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Os deuses do futebol não queriam que a Arena Pernambuco se despedisse da Copa do Mundo com um jogo sem emoções. Até parecia que isso iria ocorrer, porque Grécia e Costa Rica não apresentavam um futebol digno da competição. Porém, em apenas dois lances, a história mudou. Primeiro quando Ruiz abriu o placar no início do segundo tempo. Mas principalmente aos 45, quando, milagrosamente, a Grécia conseguiu um gol e determinou prorrogação, com emoção, e pênaltis.
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Nas cobranças dos penais, Navas parou Gekas na 4ª cobrança e Umanas converteu o último, determinando o 5 a 3 e classificação da Costa Rica. O time ainda converteu com Borges, Ruiz, Gonzalez e Campbell. Pela Grécia, fizeram os gols, Mitroglou, Lazaros e Cholevas.
Nível baixo em um primeiro de uma chance só
O jogo era mais decisivo, mas o clima da Arena em seu último jogo começou mais frio do que nos anteriores. Claramente com menos torcedores dos países envolvidos no jogo, os espectadores mais assistiam do que vibravam com as jogadas, que também não estavam muito empolgantes.
Até os 35 minutos, nenhuma oportunidade mais clara e um jogo muito estudado de ambas as equipes. Somente Bryan Ruiz criava algo pelos “ticos” e Karagounis e Samaras pela Grécia, mais nada que levasse perigo real para os goleiros Navas e Karnezis.
Mas aos 36, quase a Grécia abre o placar. Em boa jogada pela esquerda, Cholevas avançou e fez belo cruzamento encontrando Salpingidis livre na segunda trave. Ele finalizou e Navas fez a defesa, na única chance clara do primeiro tempo. Uma sonora vaia da torcida brasileira que presenciou o jogo resumiu a qualidade do espetáculo.
Emoção no começo e no fim. Papastathopoulos decreta a prorrogação
A Grécia parecia que iria atacar mais no início do primeiro tempo. Mas parecia que era por isso que a Costa Rica esperava. Depois de uma falta de posição perigosa e uma cabeçada nem tanto de Samaras, foi a vez da Costa Rica atacar.
E o troco foi fatal. Aos 8, Bryan Ruiz brigou no meio de campo, foi puxado pela camisa, mas insistiu e passou para Campbell. O camisa 9 costarriquenho achou o até então sumido Bolanos pela esquerda. Ele rolou no meio para o próprio Ruiz, que com imensa categoria bateu no canto esquerdo do goleiro Karnezis para abrir o placar.
Depois disso, o jogo ficou em banho maria. O técnico português Fernando Santos, da Grécia, fez substituições conservadoras, mesmo com a expulsão do zagueiro Duarte aos 21 minutos. De forma desorganizada, o time grego tentava atacar, principalmente com o laterais Cholevas e Lazaros, mas sem assustar.
Mas o futebol nunca foi um jogo previsível. Em cima da hora, aos 45 minutos, Gekas recebeu um passe dentro da área, girou e bateu. Navas fez a defesa parcial, espalmando para frente, mas Papastathopoulos estava de olho e bateu, sem chances para o goleiro, empatando a partida.
E o quase eliminado time grego quase elimina a Costa Rica no minuto seguinte. Lazaros cruzou e Mitroglou desviou de cabeça para espetacular defesa de Navas, salvando os “ticos” e levando o jogo para a prorrogação.
Prorrogação
O time grego fez valer o jogador a mais e começou a prorrogação empurrando a Costa Rica para o seu campo defesa, onde o time de Jorge Luis Pinto fazia duas linhas de quatro, deixando apenas Campbell na frente.
Apesar disso, foram criadas apenas duas chances. A mais perigosa aconteceu aos 9, quando o lateral Cholevas saiu trombando e passando pela defesa dos “ticos” e a bola sobrou para Katsouranis finalizar. Mas a zaga cortou.
A Costa Rica ainda conseguiu um contra-ataque. Campbell deu lindo passe para Brenes, que tentou achar Borges com um cruzamento rasteiro na pequena área, Melhor para a zaga da Grécia.
No segundo tempo, a Grécia teve a chance aos 7, quando em um contra-ataque, cinco jogadores ficaram contra dois zagueiros costarriquenhos. Mas o time de Fernando Santos não soube aproveitar a oportunidade.
O juiz queria matar gregos e costarriquenhos do coração e deu dois minutos de acréscimos na prorrogação. Tempo suficiente para Mitroglou, ele de novo, quase virar o jogo. Mas Navas fez um milagre.
Ficha do jogo
Costa Rica
Keylor Navas; Duarte, González e Umana; Gamboa (Acosta), Borges, Tejeda (Cubero) e Díaz; Ruiz, Bolanos (Brenes) e Campbell. Técnico: Jorge Luis Pinto
Grécia
Karnezis; Torosidis, Manolas, Papastathopoulos e Cholevas; Maniatis (Katsouranis), Karagounis e Samaris (Mitroglou); Christodoulopoulos, Samaras e Salpingidis (Gekas). Técnico: Fernando Santos
Árbitro: Benjamin Williams (AUS)
Assistentes: Matthew Cream e Hakan Anaz (Ambos da AUS)
Cartões amarelos: Manolas e Samaris (GRE). Navas, Ruiz, Granados, Tejeda e Duarte (CRC)
Cartões vermelhos: Duarte (CRC)
Gols: Ruiz (CRC), aos 6, e Papastathopoulos aos 45 do 2º tempo
Público: 41.242