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Quantos encontros de saberes, fazeres milenares e conexões com a arte contemporânea existem em Belém? A capital paraense possui matriz cultural de origem indígena Tupinambá que influenciou a música, dança e gastronomia da cidade, com diversos mestres e mestras que permanecem anônimos na história da arte amazônida, anciãs e anciões que dominam conhecimentos ancestrais.

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Uma delas é Izete Costa, mais conhecida como dona Nena, que desde 2006 comanda uma produção de chocolate e cacau amazônico 100% orgânico na ilha do Combu. Também dona Zeneida Lima, pajé na região do Marajó; Vó Fernanda Sant'Ana, importante ceramista Icoaraciense matriarca da empresa Família Sant'Ana; dona Theo, mestra de carimbó de Santarém Novo; Dona Sultana Xavier, uma importante Sacaca de Santarém, nascida na Vila de Boim; Coletivo Arapecanga de benzedeiras e produtoras de remédios da aldeia Papagaio, povo Tupinambá Tapajós e dona Fafá, proprietária da Banca da Fafá que vende tacacá e diversas comidas típicas no comércio de Belém.

O projeto de muralismo “Anciãs Amazônidas” busca resgatar aquelas que fazem parte da história regional e constituíram a cultura local, valorizar a ancestralidade e contribuir para o aumento da autoestima dos paraenses, em especial a população periférica, exaltando assim a história e as identidades amazônidas. 

O trabalho conta com curadoria e produção cultural de Renata Segtowick e Moara Tupinambá, junto às artistas Mina Ribeirinha, Natália Lobo Tupi, Julia Leão, Brenda Lemos e Mama Quilla, que transformaram o muro interno da Casa das Artes, em Belém, em uma exposição a céu aberto.

“É importante desmistificar para a juventude o que é ser idoso e dar o destaque devido a essas mulheres que acumularam tantos saberes ao longo do anos. Também vamos instigar a conhecê-las mais por meio de QR Codes nas artes que levarão aos vídeos contando as histórias delas, criando curiosidade em quem ver o muro”, ressalta Renata Segtowick, artista, curadora e produtora do projeto. 

“Percebemos que não conhecemos muito sobre estas anciãs da cultura tradicional: elas não são as pessoas que aparecem nos livros. Então nosso objetivo é realmente trazer estas pessoas racializadas, periféricas, indígenas, entre outras e fazer disso um espaço educativo, para que as pessoas as conheçam e respeitem sua trajetória. A partir disso será possível trazer visibilidade para a história dessas anciãs que fizeram parte do cenário cultural paraense e foram invisibilizadas, tanto por aspectos da sociedade patriarcal quanto por questões étnico raciais”, completa Renata.

“Este projeto é muito importante para que nós artistas possamos também a partir da arte representar e trazer a história de mulheres que de alguma forma não estão nos livros ou na grande mídia, mulheres que foram e continuam sendo muito necessárias para a construção da nossa cultura viva na Amazônia”, conta Moara Tupinambá, uma das artistas curadoras.

As artes finalizadas já podem ser visitadas na Casa das Artes. Para saber mais sobre as artistas e as homenageadas, acesse o Instagram @ancias.amazonidas. As artistas participantes são integrantes do Núcleo de Conexão Artística e Feminina MARPARÁ (Mulheres Artistas Pará). O projeto foi selecionado pelo edital do Prêmio Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP) de Incentivo à Arte e Cultura - Governo do Pará. A Casa das Artes fica na rua Dom Alberto Gaudêncio Ramos, 236, em Nazaré, ao lado a Basílica Santuário.

Por Iaci Gomes, especialmente para o LeiaJá. 

 

Um designer, um músico, uma musicista e dois dançarinos passaram as últimas três semanas imersos no Paço do Frevo experimentando novas possibilidades de unir tecnologia e Frevo. Neste sábado (26), às 16h, eles vão apresentar ao público o resultado dessa residência artística com o instrumento eletrônico Giromin, capaz de fazer música através da dança por meio de sensores de movimento.

O projeto é vencedor do edital Funcultura Música, e o Paço foi escolhido por ser o centro de referência em salvaguarda em que o Frevo pulsa desde as expressões mais tradicionais às linguagens mais contemporâneas.

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Baseado nos pilares tecnologia, música e dança e elegendo o Frevo como caminho, o designer e doutorando em design pela UFPE João Tragtenberg convidou nomes de peso do cenário artístico local para experimentarem novas possibilidades com o Giromin. São eles: o músico Henrique Albino, a musicista Aishá Lourenço e os dançarinos Wilson Aguiar e Orun Santana.

O evento de sábado, com 40 minutos de duração, vai mostrar o resultado da Residência Artística: Giromin, da investigação para o desenvolvimento desse artefato, seu aprimoramento e a fase de experimentação feita pelos artistas. O frevo foi escolhido para esses experimentos pela conexão forte que carrega entre música e dança.

O Giromim é uma tecnologia que dá um acesso mais direto ao dançarino para que ele mesmo faça a música através da sua dança, potencializando esse processo de criação musical do passista, ao mesmo tempo em que expande o movimento corporal, pois, para criar a música através do artefato, é preciso que o dançarino de mova mais para cá ou para lá.

João pesquisa formas de criar novos instrumentos musicais digitais enraizados na cultura pernambucana para produzir e modular sons a partir do movimento. Assim nasceu o Batebit Artesania Digital, que investe na tecnologia como uma plataforma de experimentação e expressão artística.

Da assessoria

A Biblioteca Monteiro Lobato vai disponibilizar até o próximo dia 30 uma seleção de obras e gêneros para celebrar o Dia da Consciência Negra, que é comemorado em 20 de novembro. As obras estão disponíveis para o público para a consulta e empréstimo no piso superior da biblioteca, de segunda a sexta, das 9h às 17h.

Com a intenção de fortalecer e contribuir com os debates acerca da igualdade racial, entre as obras que estão disponíveis pela a Biblioteca há títulos como “O Pequeno Manual Antirracista”, da filosofa brasileira Djamila Ribeiro, “Heroinas Negras Brasileiras em Cordeis”, da poeta e cordelista brasileira Jarid Arraes,  “Um Apelo à Consciencia: Os Melhores Discursos de Martin Luther King”, do ativista poltico norte-americano Martin Luther King Jr, entre outros.

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A iniciativa da Secretaria de Cultura de Guarulhos, a seleção de obras feita pelos servidores da Biblioteca Monteiro Lobato integra o projeto BML Indica e tem como objetivo a circulação de pessoas pelos espaços públicos de fomento ao livro e à leitura da cidade.

Serviço - Livros para o Dia da Consciência Negra na Biblioteca Monteiro Lobato (GRU)

Quando: até dia 30/11/2022, segunda a sexta, das 9h às 17h.

Endereço: Rua João Gonçalves, nº 439, Centro, Guarulhos/SP.

Por Emanuelly Lisboa

Compondo a programação que celebra o Mês da Consciência Negra, o fim de semana no Paço do Frevo está com três eventos para quem quer curtir o Frevo, do tradicional ao contemporâneo. Na sexta-feira (18) é dia do projeto Hora do Frevo, que recebe o Quinteto do Frevo e Cia, de Olinda, ao meio-dia, no térreo do museu, com acesso gratuito.

No sábado (19), a Mestra Landinha Monteiro, conhecida como A Dama do Passo, facilita a Oficina Desvendando, compartilhando suas experiências e dinâmicas em torno do Frevo, também com acesso gratuito. Já no domingo (20), quem se apresenta é a multiartista pernambucana Caetana Silva, com o espetáculo Futuro Caetana.

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O Paço do Frevo é uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho, com realização da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura da Cidade do Recife e da Secretaria Municipal de Cultura, e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).

Por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o patrocínio master do Instituto Cultural Vale, o papel de mantenedor do Grupo Ultra, patrocínio da Rede e da White Martins. Conta com o apoio do Grupo Globo, Pernambucanas e Chevrolet Serviços Financeiros,  e o apoio cultural do Itaú Cultural e do Porto de Suape.

Serviço

Programação cultural no Paço do Frevo

Hora do Frevo

Sexta-feira (18) | 12h

Quinteto do Frevo e Cia

Térreo do Paço do Frevo

Acesso gratuito

Oficina Desvendando, com Mestra Landinha

Sábado (19) | Das 9h às 13h

Escola Paço do Frevo, na sala Tesoura

Acesso gratuito

Inscrições pelo formulário neste link

Panorama Dança Frevo, com Caetana Silva

Domingo (20) | 16h

Ingresso: entrada do museu - R$ 10 inteira e R$ 5 meia

*O Paço do Frevo fica localizado na Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife

Da assessoria

Entre os dias 17 e 18 de novembro, o Teatro Padre Bento em Guarulhos receberá o “Festival Abayomi – Encontros Preciosos”, com atividades gratuitas como oficinas e vivências sobre a importância da identidade racial para a formação de artistas.

Uma das oficinas é de danças e percussão com ritmos brasileiros, por exemplo: roda de coco, ciranda, maracatu, samba-rock, slam; e dança africana. A classificação etária é para maiores de 12 anos.

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O festival é produzido pela Cia. TáDito, com curadoria de Diego Dionisio. O objetivo é mostrar a trajetória de mais de 20 anos da produção com artistas negros da cidade e o fomento de ações culturais e artísticas para potencializar as identidades culturais afro-brasileiras e a conscientização para políticas públicas a favor da equidade racial.

Confira a programação:

17 de novembro, quinta feira

17h30 – Workshop de dança afro com a professora, atriz e influencer, Tainara Cerqueira;

19h – Workshop Danças da Cultura Popular com Camilla Rocha, professora de artes, pedagoga, bailarina e atriz, com licenciatura plena em teatro e arte-educação, formação em danças brasileiras;

19h30 – Workshop de samba-rock com o Coletivo Samba RockAno.

18 de novembro, sexta-feira

17h – Workshop de coco com a cantora e percussionista, Rafaella Nepomuceno, que comanda o Trio de Percussão Coco de Oyá e o Coletivo de Mulheres Axé e Coco.

19h - Workshop de dança Vogue com as dançarinas Luana Àkira e Cunnany Williansa. A vogue é um estilo de dança marcado por poses, “caras e bocas”, que surgiu entre as décadas de 1960 e 1980 nos Estados Unidos, como uma reafirmação de identidade de gênero e sexualidade das pessoas negras, latinas, periféricas e LGBTQIA+.

20h – Workshop de poesia marginal e slam com Monique Amora, poeta formada há quatro anos do projeto Slam Interescolar.

20h – Workshop de slam e poesia com a bicampeã estadual do Slam São Paulo, escritora, assistente de direção, Matriarka.

Serviço - Festival Abayaomi

Data: 17 e 18 de novembro de 2022

Local: Teatro Padre Bento

Endereço: Rua Francisco Foot, número 3 - Jardim Tranquilidade, Guarulhos/SP

Entrada gratuita

Nesta quarta-feira (16), faz 100 anos do nascimento de José de Sousa Saramago (1922 - 2010), escritor e jornalista português, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Para comemorar o centenário, o Leia Já selecionou uma lista com alguns dos principais livros do autor, confira:

Ensaio sobre a cegueira (1995) - O livro conta a história de uma cidade que é tomada por uma epidemia de “cegueira branca”, causando uma grande mudança na vida das pessoas. O objetivo é lembrar ao leitor da “responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". Em 2008, a obra ganhou um filme estrelado por Mark Ruffalo, Alice Braga, Danny Glover e Sandra Oh. 

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O Homem Duplicado (2002) - O professor de história Tertuliano Máximo Afonso assiste a um filme cujo um dos atores é parecido com ele. Porém, Tertuliano descobre que na verdade o ator é um clone dele mesmo e sua vida muda completamente após saber que possui uma versão duplicada. Em 2013, o livro ganhou uma adaptação para cinemas, estrelada por Jake Gyllenhaal e dirigida por Denis Villeneuve.

Com o mar por meio - Uma amizade em cartas (2017) - A obra reúne uma série de cartas, bilhetes, cartões e fax trocado entre os amigos José Saramago e o escritor brasileiro Jorge Amado (1912 - 2001). Uma amizade que também se estendeu para suas companheiras, a escritora e fotógrafa Zélia Gattai Amado (1916 - 2008) e a jornalista María del Pilar del Río Sánchez.

Depois que suas propriedades psicodélicas foram descobertas por acidente em um laboratório por Albert Hofmann (1906-2008), o LSD foi rapidamente banido no Reino Unido  no ano de 1966, dois anos após sua descoberta. Porém, a droga ainda é muito associada à cultura hippie e aos movimentos contraculturais dos anos 60.

Em uma época de luta por direitos civís, assassinato do presidente norte-americano, a Guerra no Vietnam e outros eventos marcantes, muitos associam esta década a uma mudança de paradigmas sociais, muitos deles influenciados por grandes artistas, como Bob Dylan, os Beatles, Jimi Hendrix, Janes Joplin etc.

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Um dos principais momentos chave desta virada aconteceu no Festival de Woodstock, em 1969. Este evento é considerado até hoje como um dos maiores eventos musicais da história e, provavelmente, o mais famoso deles. Em um contexto de muita agitação política e social nos Estados Unidos, este contexto estimulava o cenário de uma efervescência cultural.

A contracultura e o movimento hippie, influenciado pelo uso de substâncias, surgiu para questionar o “american way of life”, expressão usada para referir-se ao estilo de vida norte-americano, muito centrado na capacidade de consumo. Este modo consolidou-se na década de 1950, período marcado por uma geração de prosperidade econômica e a existência de um imaginário de modelo familiar estável.

O LSD foi recebido com muito entusiasmo pela comunidade científica, diversos estudos foram realizados pelo professor de psicologia de Harvard, Timothy Leary. Foi no fim da década de 1960, quando as mudanças nas leis do país tornaram-se mais rígidas no controle sobre os produtos farmacêuticos.

O uso e estudo científico da substância foi banido por diversas décadas, só retornando aos laboratórios de universidades recentemente, após a nova onda de popularidade da substância proporcionada por investidores e desenvolvedores do Vale do Silício.

Atualmente, a substância está sendo aplicada em tratamentos para depressão, ansiedade, stress pós traumático e em casos terminais de câncer. Neste último caso, pesquisadores alemães e norte-americanos realizam uma pesquisa em conjunto tendo o LSD como agente para o auxílio de questões existenciais e a aceitação da mortalidade, visando reduzir o sofrimento de pacientes.

O grupo de trabalho da Infraestrutura do novo governo contará com nomes como o do mestre em economia e ex-presidente do Banco Fator Gabriel Galipolo, da ex-ministra do Planejamento durante o governo Dilma Rousseff Miriam Belchior, e ex-ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos do Brasil Maurício Muniz, entre outros. Os nomes foram anunciados nesta segunda-feira (14) pelo coordenador da equipe de transição e vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), em São Paulo.

Outro grupo anunciado pelo vice foi o de Cidade, que contará com o nome do ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), do deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL), e dos professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) Ermínia Maricatto e Nabil Bonduki. O ex-prefeito de Niterói (RJ) Rodrigo Neves (PDT), e o prefeito de Recife, João Campos (PSB), também integrarão o grupo.

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O grupo de Cultura contará com a deputada federal Áurea Carolina (PSOL-MG) e as atrizes Lucélia Santos e Margareth Menezes. Alckmin também anunciou um subgrupo dedicado à infância, formado por professores e advogados, e afirmou que os restantes dos grupos devem ser apresentados nesta quarta-feira (16).

Confira os nomes dos indicados para cada grupo:

GT de Infraestrutura:

- Alexandre Silveira, senador (PSD-MG)

- Gabriel Galipolo, mestre em economia e ex-presidente do Banco Fator

- Maurício Muniz, ex-ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos do Brasil

- Miriam Belchior, ex-ministra do Planejamento

- Paulo Pimenta, deputada federal (PT-RS)

- Vinicius Marques, ex-presidente do CADE

- Fernanda Batista, secretária de infraestrutura de Pernambuco

- Marcos Cavalcante, secretário de infraestrutura da Bahia

GT de Cidades:

- Ermínia Maricatto, arquiteta e professora na FAU-USP

- Evanise Lopes Rodrigues, mestre em urbanismo

- Maria Fernanda Ramos Coelho, ex-presidente da Caixa Econômica Federal

- Inês Magalhães, ex-ministra das cidades

- Geraldo Magela, ex-deputado federal pelo DF

- Guilherme Boulos, deputado federal eleito (PSOL-SP)

- José de Filippi, prefeito de Diadema

- Márcio França (PSB), ex-governador de São Paulo

- Rodrigo Neves (PDT), ex-prefeito de Niterói (RJ)

- João Campos (PSB), prefeito de Recife

- Nabil Bonduki, arquiteto e professor na FAU-USP

 

GT da Cultura:

- Áurea Carolina (PSOL), deputada federal

- Lucélia Santos, atriz

- Margareth Menezes, cantora, compositora e atriz

Nesta quinta-feira (10), a partir das 19h, a galeria de artes do SESC Casa Amarela vai abrir suas portas para comemorar a mostra Cinema de Animação em Pernambuco - 5 Décadas de História. O público irá conferir os primeiros filmes artesanais da década de 1970 até os dias atuais, além de acesso a equipamentos ópticos e interação com elementos importantes que moldaram a trajetória do cinema de animação.

"Embora ainda existam vários filmes e diversas histórias para serem contadas, essa arte marginal terá não só a capacidade de divulgar a história de nossa cultura, como descobrir e revelar novos agentes sobre essa técnica cinematográfica que urge maior pesquisa e preservação. A exposição cumpre o desafio de trazer tanto em termos de linguagem, técnica e estética uma estrutura narrativa da produção de cinema de animação em Pernambuco", detalhou Tiago Delácio, curador da mostra.

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Os materiais de acervo disponíveis fazem parte do Museu de Cinema de Animação Lula Gonzaga (MUCA), espaço dedicado à formação técnica e preservação de obras, localizado em Gravatá, no interior pernambucano. Realizado pelo SESC PE, através do projeto AnimaSesc, a exposição tem incentivo do FUNCULTURA - Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura e parceria cultural do MUCA e da Asaga Audiovisual. 

Serviço

Exposição Cinema de Animação em Pernambuco - 5 décadas de história

10 de novembro | Abertura 19h

A mostra poderá ser vista 20 de janeiro de 2023 | Segunda a sexta-feira, das 9h às 19h

SESC Casa Amarela - Avenida Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 - Mangabeira, Recife

Acesso gratuito

O ANIMAGE - Festival Internacional de Animação de Pernambuco - volta a ocupar as salas de cinema do Recife. A 12ª edição acontece de 15 a 20 de novembro de 2022 e retorna ao formato presencial, com sessões variadas de curtas e longas no Teatro do Parque, Cinema da Fundação Derby e Cinema da UFPE.

Além da programação de filmes de animação para todas as idades, o festival também oferece atividades formativas como masterclasses e debates. Entre os longas-metragens que serão exibidos este ano, há produções que chegam pela primeira vez ao Recife como Meu Tio José, dirigido por Ducca Rios e com voz de Wagner Moura. 

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A produção baiana é um filme afetivo, traz um drama familiar que encontra um drama político, baseado em um recorte real da vida do diretor, sobre a relação dele (ainda garoto) com seu tio ativista durante a ditadura militar. O filme também lança um poema inédito de Torquato Neto, dedicado ao Tio José. A trilha sonora tem cinco canções de Chico Buarque, em novas versões.

"Mais uma vez o ANIMAGE chega com uma programação forte, diversificada e representativa do melhor da animação mundial, o que reforça a posição do festival entre os mais importantes do país. Este ano o ANIMAGE dobrou o número de inscrições recebidas do mundo todo para a Mostra Competitiva de curtas, bate recorde no número de longas exibidos e investe em uma mostra comemorativa dos 50 anos de animação pernambucana", observa Antonio Gutierrez, diretor do festival.

O festival é um dos mais importantes do Brasil e promove a criação artística também pela sua comunicação visual. A cada edição, o cartaz que representa o festival é assinado por um artista diferente. A ilustradora Larissa Ribeiro é a autora convidada deste ano; ela se inspirou nos bestiários antigos com representações de monstros e outras criaturas mágicas para criar a ilustração do ANIMAGE.

Mostra Competitiva

Realizadores de diversas partes do mundo inscrevem, anualmente, suas produções de curta-metragem no circuito competitivo do ANIMAGE. Os filmes selecionados pela curadoria são exibidos para o público dentro da programação do festival. Este ano mais de 1600 inscrições de 40 países foram recebidas para a competição de curtas, um número que reflete a expressiva produção audiovisual desse segmento em todo o mundo. Destas, 92 estão competindo.

A Mostra Competitiva premia com troféu os melhores filmes selecionados nas categorias Melhor Curta-Metragem (este com prêmio em dinheiro no valor de R$ 4.000,00), Melhor Curta Infantil, Melhor Curta Brasileiro, além da melhor Direção, Roteiro, Direção de Arte, Técnica e Som.

O curador do festival, Júlio Cavani, comenta sobre esta edição. "No momento em que são celebrados 50 anos de cinema de animação em Pernambuco, o Animage continua consolidado como parte importante desse cenário cada vez mais crescente. A equipe de curadoria teve acesso a uma oferta numericamente inédita de curtas e longas (nacionais e estrangeiros), o que estimulou critérios ainda mais exigentes", disse.

"Até chegar na programação final, todos passaram por um crivo elaborado a partir da identidade artística construída e reforçada pelo festival ao longo dos anos. Em 2022, as sessões do festival voltam às salas de cinema do Recife, onde são reconstruídas as experiências coletivas que tornam o cinema uma arte única e vibrante", completou.

A proposta do ANIMAGE é promover a originalidade e a diversidade do cinema de animação, trazendo ao público a riqueza de técnicas e temáticas da produção de diversos países. A programação pode ser vista na íntegra nas redes sociais do evento.

O Festival ANIMAGE tem incentivo do SIC – Sistema de Incentivo à Cultura / Fundação de Cultura Cidade do Recife / Secretaria de Cultura / Prefeitura da Cidade do Recife, apoio do Sesc Pernambuco, Consulado da França em Recife e Embaixada da França no Brasil, Consulado Geral da República Federal da Alemanha em Recife, Instituto Cervantes Recife, Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., Teatro do Parque, Cinema da Fundação Derby, Cinema da UFPE, Cepe - Companhia Editora de Pernambuco, Revista Continente e realização da Rec-Beat Produções e Leão Produções.

*Da assessoria

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Valorizar a cultura amazônica e o trabalho de fazedoras e fazedores de cultura da região estão entre os principais objetivos do Festival Jambu Live. Este ano, pela primeira vez, o festival ocorre de maneira presencial, garantindo uma opção gratuita de entretenimento e acesso à cultura para quem mora em Belém.

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A terceira edição do festival ocorre entre os dias 16 e 20 de novembro em dois espaços e terá mais de 20 atrações, entre bandas, DJs e espetáculos cênicos. A programação também será transmitida na internet.

O festival reúne mais de 20 espetáculos em diferentes estilos, ritmos e linguagens. A programação busca ser uma vitrine para artistas locais, sejam eles novos nomes ou que já estão na estrada há algum tempo. “O festival é esse espaço de visibilidade. Temos muitos artistas aqui no Estado que às vezes as pessoas não conhecem. E é sempre uma surpresa muito boa conhecer tantos talentos e tenho certeza que quem vier vai sair daqui encantado”, afirma Regina Lima, docente da Universidade Federal do Pará (UFPA) e coordenadora do Projeto de Extensão que realiza o Festival.

A edição deste ano traz como tema “A Amazônia é arte viva” e a pluralidade cultural da região é um dos pontos principais da programação. Entre os nomes desta edição na parte musical estão Thaís Badu, Arthur da Silva, Bruna BG, Raidol e MC Íra. Já nas artes cênicas, o festival trará uma apresentação da House of Híbrida, coletivo que reúne artistas LGBTI+, também terá a escola Ribalta e um espetáculo exclusivo de Jothan Netto.

A programação ocorre em dois espaços, em Belém. Entre os dias 16 e 18, o Festival Jambu Live estará rodeado pelo Rio Guamá no Campus Guamá da UFPA. A programação começa às 17 horas. Já nos dias 19 e 20 o Festival aterrissa na Fundação Cultural do Pará, no Centur, numa parceria inédita com o Festival Amazônia FIDOC. Todos os dias do festival serão transmitidos ao vivo no canal do YouTube do Jambu Live.

Aposta Jambu

Desde a sua primeira edição, em 2020, o Festival Jambu Live busca ser um espaço de ampliação da visibilidade do trabalho de fazedores e fazedoras de cultura da música e das artes cênicas da Região Amazônica. Em 2020, a Aposta Jambu levou ao palco do Festival, que foi transmitido ao vivo, os cantores João Daibes e Renan Andrade, que tiveram a oportunidade de apresentar suas canções e participar de um festival com outros grandes nomes da música.

Este ano, o Festival abriu uma seleção entre estudantes da UFPA para escolher uma voz para compor a programação. A vencedora da seleção foi a estudante Luize Liz, do curso técnico em canto popular pela UFPA. A estudante tem 20 anos e canta desde os 13, por influência do pai.

Luize é natural do município de Igarapé-Miri, no Pará, mas veio morar em Belém para concluir os estudos. Luize lançou sua primeira canção em 2018, intitulada “Pra Ser Feliz”, dos autores Moisés e Renato Sinimbú. Agora, a cantora sobe ao palco do Jambu Live como uma aposta da nova geração da música paraense.

O Circuito Jambu Multicultural

O Circuito Jambu Multicultural é um projeto de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA), coordenado pela Profa. Dra. Regina Lima, docente da Faculdade de Comunicação. Ele tem como objetivo ampliar a visibilidade do trabalho de fazedores e fazedoras de cultura da região amazônica, garantindo a permanente presença de produções periféricas e de pessoas pretas, indígenas, quilombolas, LGBTI+, Pessoas com Deficiência, entre outros recortes que historicamente não costumavam ser incluídos em circuitos culturais, diminuindo sua visibilidade.

O projeto busca realizar uma série de atividades, aqui intituladas multiculturais, nas diversas modalidades artísticas e culturais, sempre com foco na produção cultural da Amazônia. O Circuito Jambu Multicultural é um dos desdobramentos do projeto de extensão Jambu Festival: Conexões Periferia, realizado entre 2019 e 2021.

Entre suas atividades, está o Festival Jambu Live 2022. A programação completa do Circuito e do Festival está nas redes sociais oficiais do projeto.

O Circuito Jambu Multicultural é financiado por emenda parlamentar do deputado federal Airton Faleiro, do Partido dos Trabalhadores (PT). O CJM tem apoio da Faculdade de Comunicação, do Instituto de Letras e Comunicação, da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa e da Pró-Reitoria de Extensão da UFPA. Tem como parceiros o Festival Amazônia FIDOC, o Na Figueredo, a ADUFPA, a ONG Olivia, o CAOC/UFPA e o CACO/UFPA.

Serviço

Festival Jambu Live 2022.

16 a 20 de novembro.

Programação gratuita.

Na UFPA e na Fundação Cultural do Pará.

Mais informações em @jambulive nas redes sociais.


Por Marcos Melo, da Assessoria de Comunicação do Circuito Jambu Multicultural.

Neste sábado (12), como parte da programação do Mês da Consciência Negra, o Paço do Frevo sedia o Encontro Nacional de Cultura e Capoeira. O evento vai reunir, a partir das 14h, praticantes, professores e mestres de vários estados do país, com a presença de alunos do Centro Cultural de Capoeira Raízes do Brasil, que faz um trabalho social em diversas comunidades do Recife e da Região Metropolitana, com destaque para a Comunidade do Pilar, vizinha ao museu. 

No encontro, cerca de 30 crianças terão a oportunidade de passar pelo ritual de iniciação, o chamado 'batizado'. Também haverá entrega de cordas e apresentações de capoeira e Frevo. A maioria dos pequenos é do Pilar, onde o mestre João Fábio Accioly, o Professor Cabecinha, que iniciou os trabalhos na capoeira ainda na década de 1990, toca o projeto social Ninho do Papagaio, que já transformou a vida de várias famílias. O público interessado pode assistir ao encontro, a entrada é o ingresso do Paço (R$ 10 inteira e R$ 5 meia).

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O Centro Cultural de Capoeira Raízes do Brasil tem sede em Brasília, foi fundado em 1980 e conta com representantes de vários estados e países do exterior. O grupo tem como objetivos propiciar a divulgação, o estudo e a prática de atividades culturais e esportivas, além de promover socialização, integração social e cidadania através da inclusão de pessoas de diversos níveis sociais, atuando em escolas, faculdades, clubes e comunidades. As atividades no Recife são coordenadas pelo professor de educação física e mestre de capoeira Ruy Bandeira, o Mestre Papagaio.

Da assessoria

Conectar-se ao território e fortalecer a música autoral pernambucana é um dos motes da Mostra Leão do Norte, maior ação de música do Sesc Pernambuco, que realiza mais uma edição a partir desta quarta-feira (9), com programação gratuita no teatro Marco Camarotti, na Praça do Campo Santo e no Largo da Santa Cruz, todos situados na região central do Recife.

A partir das 19h, Osmar do Pife Elétrico dá início à programação de shows, com apresentação aberta ao público no Largo da Santa Cruz, bairro da Boa Vista, área central do Recife. A mostra promove ainda uma vivência voltada para confecção e prática de pife junto a Osmar, nos dias 10 e 11, das 14h às 16h, no Sesc Santo Amaro. Os interessados podem se inscrever pelo telefone (81) 3216-1728.

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O Teatro Marco Camarotti, dentro do Sesc Santo Amaro, recebe a mostra na quinta, sexta e sábado, a partir das 20h. A entrada é gratuita, mas é preciso retirar os ingressos com uma hora de antecedência na bilheteria do teatro. Apresentam-se na quinta-feira (10), Olivia Fancello, às 20h, e Laís de Assis e Sônia Guimarães, às 21h. Na sexta-feira (11), Vitória do Pife e Mônica Maria comandam o palco.

A programação se encera no sábado à noite, com a apresentação do Grupo Marsa, a partir das 20h no Teatro Marco Camarotti. O repertório de 1h30 promete movimentar questões sobre o ciclo da vida, as relações humanas com a natureza e a sociedade, tudo isso embalado pelas sonoridades africanas, nordestinas e sul-americanas.

Feirinha criativa

Todo segundo sábado do mês acontece a Feirinha Criativa na Praça do Campo Santo, em frente ao Sesc Santo Amaro, com mais de 50 expositores comercializando acessórios, plantas, moda pet e opções gastronômicas. A edição que acontece neste sábado (12) é abraçada pela Mostra de Música Leão do Norte, com apresentações do Afojubá Batuque, a partir das 15h, e Gabi do Carmo, às 17h.

Da assessoria

No próximo sábado (12), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizará a cerimônia do II Concurso Nordestino do Frevo em um evento aberto ao público. Com a participação de blocos líricos, maracatus, do homenageado desta edição, o compositor Getúlio Cavalcanti, e a apresentação das músicas vencedoras, o frevo e seus artistas serão celebrados no campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte.

O concurso que nasceu durante a fase mais aguda da pandemia de Covid-19, em 2021, tem agora a chance de celebrar o frevo como deve ser: com um grande carnaval.

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"Estamos muito felizes com a oportunidade de celebrar a culminância desse concurso com uma grande festa aqui em nossa Casa. Compartilhar com a população as composições reconhecidas pela nossa comissão julgadora cumpre com a finalidade do concurso, que é  fomentar a produção cultural da região Nordeste e fortalecer o frevo, ritmo tão nosso que carrega o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade", celebra o Presidente da Fundaj Antônio Campos.

A cerimônia começa às 16h, no hall do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), com o lançamento do livro Ao Compasso do Frevo. Com selo da Editora Massagana, a publicação reúne a história das composições e dos artistas premiados na primeira edição do concurso, com destaque para o homenageado do certame, o Maestro Duda.

A versão física do álbum com as dez composições vencedoras do I Concurso Nordestino de Frevo, gravado no início deste ano sob a direção musical de Nilson Lopes, também será apresentada ao público. Para eternizar o momento, a atriz Melissa Beatriz de Lima declamará o poema É Assim Que o Frevo É, escrito por Noel Tavares, um dos vencedores da categoria Frevo de Bloco nesta segunda edição do concurso.

Por volta das 16h30, o homenageado deste ano, o compositor e intérprete Getúlio Cavalcanti, sobe ao palco montado no jardim do Muhne para contagiar os foliões com seus frevos clássicos, que marcaram e ainda marcam os nossos carnavais.

Dono de uma obra que atravessou décadas e gerações, Getúlio foi o vencedor da categoria Frevo de Bloco na edição passada do certame com a composição É Fantasia. Seus 60 anos de carreira artística serão celebrados com a entrega do troféu de homenageado do II Concurso Nordestino do Frevo.

A folia continua com a apresentação dos blocos líricos Eu Quero Mais, Cordas e Retalhos, Bloco da Saudade e Boêmios da Boa Vista. Em seguida, começa a entrega dos prêmios e as apresentações das composições vencedoras de 2022. Apresentam-se, nesta ordem, os selecionados nas categorias de Frevo de Bloco, Frevo Livre Instrumental, Frevo Canção e Frevo de Rua. Dentre as canções apresentadas, a comissão julgadora escolherá os ganhadores dos prêmios de Melhor Intérprete e Melhor Arranjo.

Durante a deliberação do júri, o público vai aproveitar a apresentação do Maracatu Rural Cruzeiro do Forte, que chega à Fundaj para abrilhantar a premiação com um grupo de 40 integrantes. Após esse momento cultural, os vencedores serão anunciados e sobem ao palco para receber seus troféus. Ao todo, serão destinados R$ 92 mil para os músicos.

O valor total será dividido entre os vencedores das 12 categorias, com variação de R$ 4 mil a R$ 10 mil, dependendo da colocação e do segmento. Além disso, a Editora Massangana também lançará o livro referente à segunda edição do concurso com as histórias dos autores e da concepção de cada uma das obras. Dez obras inéditas de compositores residentes no Nordeste foram selecionadas, sendo três para a categoria de Frevo Canção, três para a de Frevo de Bloco, três para a de Frevo de Rua e uma para a de Frevo Livre Instrumental.

Da assessoria

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu neste sábado (5) os efeitos da medida provisória (MP) editada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) que adia o pagamento de benefícios ao setor cultural.

A MP postergou o repasse de benefícios previstos na Lei Paulo Gustavo (que seriam pagos em 2022) e nas leis do Perse e Aldir Blanc 2 (previstos para 2023). Os pagamentos foram adiados para 2023 e 2024, respectivamente. As leis têm como objetivo suprir carências sofridas pelo setor cultural na pandemia. Bolsonaro vetou as leis, mas o Congresso derrubou os vetos e as normas foram promulgadas.

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A liminar atendeu a pedido da Rede Sustentabilidade. O partido alegou que a edição de medidas provisórias exige requisitos de relevância e urgência, que não teriam sido preenchidos. "Quando quis soltar o orçamento para reduzir sua rejeição pensando na tentativa de reeleição, tudo podia ser feito", apontou a legenda.

A Rede acrescentou que houve abuso ao impor "a vontade unilateral do Presidente da República ao povo brasileiro, à revelia do que já foi devidamente deliberado pelo Congresso Nacional".

Cármen Lúcia acolheu os argumentos da legenda. A ministra apontou que a MP esvaziou a finalidade das leis e "acarretaria maiores e irreparáveis danos àquele segmento social, cultural e econômico", além de ter burlado "a livre atuação do Parlamento".

"Tem-se, assim, que, após conturbada peleja cultural, na qual a sociedade explicou, postulou e obteve os direitos conquistados nas leis em vigor, advém a medida provisória editada em contrariedade ao que tinha sido explicitado e obtido, legitimamente, do Poder Legislativo nacional", escreveu a ministra na decisão, que será submetida ao plenário virtual da Corte.

A partir da próxima quinta-feira (10), em Serra Talhada, o 15º Encontro Nordestino do Xaxado promete animar muita gente. Até o dia 13 de novembro, o evento cultural vai reunir o público em vários polos da cidade, incluindo o Sítio Passagem das Pedras. O local é conhecido por conta do nascimento do cangaceiro Lampião.

Com uma programação diversificada, a edição deste ano do encontro foi desenvolvida para ocupar os espaços emblemáticos da batalha cultural de Serra Talhada. "Na Estação do Forró, principal polo de apresentações, está instalado o Museu do Cangaço, o Parque de Esculturas Ronaldo Aureliano e a Academia Serra-talhadense de Letras. O Pátio da Feira Livre tem uma relação estreita com a história do grupo Cabras de Lampião, pois foi onde tudo começou e onde fizeram a sua primeira apresentação", explicou Cleonice Maria, presidente da Fundação Cabras de Lampião.

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"As escolas são lugares que sempre abriram as portas para que pudéssemos ensaiar, nos reunir e construir essa história. E o Sítio Passagem das Pedras é uma expressão de conquista por espaço de qualidade para fruição de produção artística. Os grupos que foram selecionados e convidados são grupos que têm trajetória de luta e resistência em suas cidades e região, que conhecemos nas estradas da cultura, nos festivais e que sempre contribuíram bastante com a nossa caminhada", completou a produtora do projeto.

Moradores e visitantes do município do Sertão do Pajeú terão a oportunidade de conferir apresentações de grupos pernambucanos e também de outros estados como Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Shows, oficinas de dança, feiras de artesanato local, mostra de comedoria sertaneja e passeios turísticos estão incluídos na programação.

Em parceria com a Prefeitura Municipal de Serra Talhada e com a Fundação Cultural de Serra Talhada. O evento tem incentivo do Funcultura, da Fundarpe, da Secretaria Estadual de Cultura e do Governo de Pernambuco, o 15º Encontro Nordestino do Xaxado é idealizado pela Fundação Cultural Cabras de Lampião e da Agência Cultural de Criação e Produção. O cronograma completo está disponível no site do evento.

A cidade de Tracunhaém, localizada na Zona da Mata Norte de Pernambuco, recebe, entre os dias 7 a 13 de novembro, a 22ª edição do Tipóia Festival, que traz como tema: 'Levantando a Poeira' Considerado o maior evento de arte, cultura e música realizado ao ar livre, no interior do Estado, este ano, a programação aposta em uma agenda recheada de atividades para todos os públicos e gostos, gratuitamente.

O festival vai promover aproximadamente 40 ações. Entre elas, encontros de grupos de cultura popular, apresentações de artistas ligados à música independente, batalhas de MC's e Breaking, lançamento de livro, mostra de vídeos, encontro de bateristas, além de oficinas de cerâmica, rabeca e arte para crianças.

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Durante sete dias, o projeto vai circular por praças, escolas, ruas e avenidas, tanto da cidade como da zona rural, levando diversão, alegria e muita energia. Tudo isso embalado pela participação de artistas da cidade, região e até de outros estados do Nordeste.

O evento, que tem como proposta contribuir com a interiorização, a circulação da produção cultural e a democratização do acesso à arte, terá a participação especial de Zeca Cirandeiro e a Ciranda Popular de Paudalho; Neuro Roots (Olinda); Prisma Orbe (Goiana); Lambarero - 15 anos ( Nazaré da Mata); Cássio Oli (Igarassu); Épiko's (Timbaúba), Sambada de pé de parede entre os mestres Erick Moraes e o contra mestre Maurício, do Maracatu Estrela de Tracunhaém; e a Ciranda Bela Rosa, do Mestre Bi (Nazaré da Mata); entre outros. Destaque para o show 'Afonjah e Isaar na África', que irá se apresentar no festival, após turnê em Moçambique e África do Sul.

Para além do clima musical, dançante e badalo do Tipóia Festival, a programação oferece, ainda, atividades recreativas para o público intergeracional, como a mostra de vídeos artísticos-culturais que, nesta edição, vai circular por localidades rurais de Tracunhaém, levando debates, rodas de diálogo e arte para o público infantil e suas famílias. Somado a tudo isso, também será realizada oficinas de artesanato em cerâmica com mestre Valdik; oficina de rabeca ministrada pelo rabequeiro Dinda Salu.

O Tipóia Festival é notadamente um espaço de encontro dos admiradores da cultura pernambucana realizada na Zona da Mata, seja ela de aspecto da cultura popular ou da cena independente. "Neste evento propomos valorizar e construir uma relação que valorize a banda de Rock, a música instrumental e grupo de HIP HOP, além do potencial que tem a cerâmica local, considerado um dos maiores polos de Artesanato com Barro" diz Sidclei Marcelino de Almeida, músico, incentivador cultural, coordenador e uma das atrações do festival.

"A cada edição o festival tem se tornado mais importante. Pois contribui para formar e informar o jovem, capacitando-o para o mercado de trabalho da música, artes, audiovisual, a valorização do ofício do barro e outras linguagens artísticas abordadas. O caráter social do evento é visível na participação da comunidade, especialmente na economia local, com geração de empregos e movimentação do comércio no local do evento", complementa o artista.

Com a proposta de contribuir com a formação de crianças, adolescentes e jovens, e público em geral, por meio de atividades culturais, o Tipóia Festival vai promover duas oficinas, gratuitas. A primeira delas é a 'Oficina de Cerâmica: Aprendendo a Fazer Fazendo'. A iniciativa visa capacitar pessoas para o ofício da olaria - uma das principais atividades ligado ao município de Tracunhaém. A ideia é que os alunos vivenciem, na prática, a modelagem de peças utilitárias, decorativas e musicais.

As oficinas têm caráter técnico e de demonstração, e acontecerão nas dependências do ateliê do Mestre Valdik. Todas as produções artesanais dos participantes farão parte de uma exposição ao final da oficina.  O período das aulas será de 07 a 10 de novembro, no horário das 14h às 16h.

Outra oportunidade para o público é a 'Oficina de Rabeca' - instrumento musical que traz elementos da sonoridade da Zona da Mata Norte. A oficina tem como finalidade repassar técnicas de sonoridade das tradições de cultura popular da região, como cavalo marinho e forró, por exemplo.

Os conhecimentos serão repassados pelo rabequeiro, cantor e compositor, Dinda Salu - décimo segundo filho do mestre Salustiano - um dos ícones da cultura popular na zona canavieira, de quem herdou os ofícios de rabequeiro, cantor e compositor. A capacitação é destinada para 15 pessoas, no período de 10 e 11 de novembro, das 15h às 18h, na Oca.

Durante o evento o músico pernambucano Sid3, lança seu novo trabalho musical 'Cidade do Barro'. O projeto traz como reflexão as sonoridades captadas ao dia-a-dia, como na produção das peças de cerâmicas, sons gravados nas Olarias de Tracunhaém, conversas com os Mestres Artesãos, o som do trabalho manual, da queima das peças no forno, da pisada do barro e dos instrumentos musicais feitos de barro. A produção musical do álbum é assinada por Buguinha Dub.

A formação do grupo é bastante inusitada, um Quarteto: bateria (Sid3), sanfona (Mahatma Costa), baixo (Jobeni Oliveira) e Buguinha Dub – unindo o tradicional e o contemporâneo. O projeto “Cidade de Barro” é uma produção da Epahey Produções e Cintia Viana, com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura). O ato de lançamento acontece na noite do sábado, 12 de novembro, na Praça Costa Azevedo, Centro de Tracunhaém, a partir das 21h.

Entre os destaques desta edição está o espaço para o rap, com o Palco Tipoia Hip Hop, que acontece em parceria com a confecção Nordeststreet e outras organizações dessa expressão no estado. Destaque para Batalha de MC's e a Batalha de Breaking, por fim, pocket show GDF. As apresentações serão realizadas na estrutura montada em frente à Praça Costa Azevedo, Centro de Tracunhaém, com início às 14h.

Em mais de duas décadas, o Tipóia Festival recebeu inúmeros artistas, que ajudaram a manter o evento cada vez mais forte e reconhecido pela sociedade e entidades públicas. Por lá já passaram, em outras edições, mais de 100 artistas, como Siba, Zé Brown, Maestro Forró, Devotos, Tito Lívio, Tiger, Alessandra Leão, Fábio Trummer, Cláudio Assis, Tiago Amorim, Isaar, Hannagorik, Maciel Salu, entre outros.

Da assessoria de imprensa

No dia 3 dezembro, no Teatro Guararapes, em Olinda, a comédia vai juntar Os Melhores do Mundo e a trupe dos Barbixas. Os grupos cênicos se unem em um espetáculo recheado de diversão e muito improviso. O projeto 'O Grande Desencontro' terá esquetes com bastante interatividade com o público pernambucano.

O humor de Anderson Bizzocchi, Daniel Nascimento e Elidio Sanna, os Barbixas, é conhecido no país inteiro desde 2004. O trio também é reconhecido fora do Brasil, já que está há 15 anos em uma turnê ininterrupta.

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A turma de Os Melhores do Mundos, formada por Adriana Nunes, Adriano Siri, Jovane Nunes, Ricardo Pipo, Victor Leal e Welder Rodrigues, surgiu em Brasília na década de 1990. Sucesso por onde passa, o grupo já produziu mais de 20 especáculos, entre eles o estouro 'Hermanoteu na Terra de Godah'.

Os ingressos para 'O Grande Desencontro' estão disponíveis, a partir de R$ 50, no site Ingresso Digital e na bilheteria do teatro.

Serviço

O Grande Desencontro, com Os Melhores do Mundo e Barbixas

3 de dezembro | 21h

Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco, Salgadinho, Olinda

Ingressos: Plateia especial - R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia) / Plateia - R$ 130 (inteira) e R$ 65 (meia) / Balcão - R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)

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O Festival de Saberes Ancestrais reuniu, em palestras e rodas de conversa, no Museu do Estado do Pará (MEP), em Belém, temáticas sobre os povos ancestrais. Em seu segundo dia de encontro, o festival contou com a presença de diversos nomes reconhecidos, como o líder indígena e ambientalista Ailton Krenak, a escritora e ativista Márcia Mura, o escritor e ativista da causa quilombola Nêgo Bispo e a ativista ambiental e cultural Claudete Barroso.

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Ailton Krenak realizou o ato decisivo para a inclusão do Artigo 231 na Constituição de 1988, conhecido como “Capítulo dos Índios”, na Assembleia Nacional Constituinte, em 1987. Enquanto discursava, o líder indígena pintava seu rosto com pasta de jenipapo. Ao relembrar do ato, Krenak afirma que a fala foi espontânea, mas baseada na sua experiência de mobilização política com povos originários.

“Eu não imaginava que a gente fosse ter o desenvolvimento da história brasileira recente de ter um presidente da República que ameaça o povo indígena, um genocida que fica dizendo que nós não teremos mais nem um milímetro de terra indígena demarcada. Essa gente que não gosta do povo indígena, o tempo deles passa rápido. Eles passarão, nós passarinho”, disse, citando o poeta Mário Quintana.

Durante a mesa de conversa, Krenak abordou a naturalização do consumo de alimentos industrializados pelos brasileiros e frisou sobre o direito à vida que todos os serem têm. “Belém é cheia de ofertas interessantes para a cultura, para quem está aqui na cidade participar de todo tipo de evento”, declarou.

O líder indígena, que é, também, autor de cinco livros, falou que não se considera um escritor, visto que vem de uma tradição oral e, assim, seus primeiros livros foram feitos: ele falou, os textos foram gravados e, posteriormente, publicados. “Quando eles me designaram para aquele prêmio literário, o Juca Pato, em 2020/2021, eu disse: ‘Vocês estão querendo premiar um escritor? Eu não sou um escritor, eu sou um contador de histórias’. Mas, mesmo assim, eu tenho um bonequinho Juca Pato na minha prateleira”.

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O futuro é agora, de acordo com Krenak e Márcia Mura. Para a ativista, o futuro depende dos antepassados, da ancestralidade e dos saberes. Márcia luta pela existência do seu povo, os Mura, apesar de todas as camadas de colonização. “O nosso modo de ser Mura está vivo. Enquanto houver uma Mura lutando, vai haver resistência. E é assim que eu sigo, nessa resistência”, ressaltou.

Para Márcia, o festival foi uma grande realização de fortalecimento que trouxe a presença de ensinamentos de seus “parentes”, o que lhe deu força. Ela relembra da importância da valorização de tecnologias ancestrais – como casas de palha, esteiras e panelas de barro –, visto que não representam atraso ou empobrecimento, mas, sim, bem viver e saúde.

“É essa força, de toda essa ancestralidade, junto com outras pessoas, que Namãtuyky (o grande criador, na cultura Mura), os ancestrais e as ancestrais colocam no nosso caminho, que faz a gente se sentir vivo, viva; e tenha força para que, apesar de toda essa colonização, esses projetos de morte, a gente continue lutando para que o nosso bem viver se mantenha e a gente continue conectado com esse ambiente inteiro”, frisou.

Nêgo Bispo, piauiense, ativista da causa quilombola e uma das principais vozes do pensamento das comunidades do Brasil, disse que participar desse encontro é reviver sua ancestralidade. O ativista afirma que o sentimento de dever cumprido é satisfatório.

“A minha alegria é saber que a geração neta está dialogando com a minha geração avó e eu faço parte desse elo de ligação, através das oralidades e das escritas. Então, isso me deixa com a sensação de que a minha passagem por esse mundo é resolutiva, e eu me sinto uma pessoa que está conseguindo cumprir sua missão”

Kauacy Wajãpi, representante de etnia que vive na região do Oiapoque, no Amapá, faz parte da associação multiétnica Hykakwara e ressalta a relevância do Festival de Saberes Ancestrais, que traz a importância da identidade indígena que ressurge a partir das lutas dos povos em retomada e reconexão com seus territórios.

“Nós temos parente à frente de um evento muito importante, agregando personalidades indígenas e negras, e de pessoas que estão falando muito sobre o ecossistema, sobre a questão da nossa sobrevivência, não só questão da região Amazônica, mas mundial”, disse.

Kauacy também falou sobre o processo de apropriação e identificação indígena que ainda está sendo contido.

“Quando nós tentamos lutar e tentamos avançar, novamente somos reprimidos com as mortes, invasões de terras e os estupros que acontecem quase que sempre. Então, dói muito para nós como povos indígenas dentro desse território não poder nos afirmar como indígenas”, ressaltou.

A ativista ambiental e cultural Claudete Barroso faz parte do projeto Alegria com Água Doce Mirim, que tem o objetivo conscientizar crianças e adolescentes e garantir a valorização do patrimônio cultural da ancestralidade dos povos através das músicas de carimbó.

“O carimbó é um estilo de vida, não é apenas uma dança, não é apenas uma música, ele é a vida, é ancestralidade, é o toque do coração no próprio curimbó, é a força histórica ancestral. A gente canta em nossas músicas a nossa vida, nosso lugar de pertencimento, isso é necessário”, concluiu.

Por Amanda Martins, Lívia Ximenes e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Nestas quarta e quinta-feira (19 e 20), a Orquestra Sinfônica do Recife sobe ao palco do Teatro de Santa Isabel para mais dois concertos gratuitos, desta vez sob a regência do maestro titular Lanfranco Marcelletti Jr. As apresentações serão gratuitas, com início às 20h. 

A Orquestra executará um repertório majoritariamente brasileiro, com peças de Nilson Lopes e Heitor Villa-Lobos. O francês César Franck também será lembrado. O programa começa com a “Abertura Nordestina”, de Nilson Lopes, compositor e arranjador pernambucano, de Nazaré da Mata.

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“A composição lembra nossos índios, a chegada dos portugueses e o triste período da escravidão, terminando com referências ao xaxado e ao cangaço”, comenta o maestro Lanfranco, situando a composição na história e na memória nordestinas.

Do célebre Heitor Villa-Lobos, o maestro escolheu a “Bachiana Brasileira nº 9”, composta em 1945.

“Foi a última de suas bachianas: uma grande maneira de terminar o ciclo de nove composições tão significativas para a música brasileira”, classifica o maestro (foto abaixo).

A apresentação encerrará com a “Sinfonia em ré menor”, de César Franck, datada de 1889, composta por três movimentos, que, segundo o maestro, transitam entre o trágico, o sublime e misterioso até triunfar em grande alegria. Melhor despedida, impossível.

Os ingressos para as duas apresentações serão distribuídos gratuitamente, na bilheteria do Santa Isabel, a partir das 19h.

Terá prioridade de acesso quem não conseguiu entrar no concerto anterior e fez um cadastro, informando nome e telefone para contato.

Serviço

Concertos da Orquestra Sinfônica do Recife – Temporada 2022

Datas: 19 e 20 de outubro

Horário: 20h

Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio)

Entrada franca: Ingressos distribuídos na bilheteria do teatro, a partir das 19h

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