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Após a ministra Damares Alves dizer que "menino veste azul e menina veste rosa", pessoas anônimas e famosas ficaram revoltadas com o que ouviram dela. Bruno Gagliasso, atualmente no ar em "O Sétimo Guardião", foi um dos artistas que se incomodou com a declaração de Damares.

Em sua conta oficial no Instagram, nessa segunda-feira (14), Bruno voltou a criticar a fala da ministra através de uma foto editada com as cores do movimento LGBT. "Hoje me deu vontade de sair colorido! Muita cor e amor pra todos vocês... A vida fica mais linda colorida!!!", legendou o ator.

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A imagem publicada por Bruno Gagliasso é a mesma que foi alterada em programa de computador compartilhada no dia 3 de janeiro, também no Instagram, um dia depois do vídeo da posse de Damaraes Alves ter circulado na internet com a polêmica fala.

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Faltam dez dias para começar a 19ª edição do Big Brother Brasil, mas Boninho vem usando o Twitter nos últimos dias para dar algumas dicas do que vai acontecer no programa. Enquanto dava um spoiler sobre os futuros participantes, o diretor do reality show surpreendeu os usuários do Twitter ao ironizar a fala de Damares Alves na posse como ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos na última quarta-feira (2).

"Chega de azul e rosa. Todo mundo de roxo", brincou o marido de Ana Furtado. A resposta de Boninho foi porque uma seguidora pediu para que a nova temporada do BBB selecionasse lésbicas, gays e mulheres que militam sobre conquistar os mesmos direitos que os homens exercem.

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Na madrugada deste sábado (5), Boninho publicou uma foto de Jorge Pontual, de blazer rosa, após o jornalista ser criticado nas redes sociais ao aparecer com a cor citada pela ministra Damares ao ter declarado que "menino veste azul e menina veste rosa". A postagem dividiu opiniões dos internautas.

"Iria ficar mais bonito se esse babaca tivesse colocado um vestido rosa. Aí sim, iria lacrar", criticou uma pessoa. "Já quero os participantes masculinos entrando de rosa e as meninas de azul", comentou outra.

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Na manhã deste sábado (5), o ator Carlos Vereza usou sua conta no Facebook para fazer uma critíca aos jornalistas da TV Globo, Jorge Pontual e Renata Lo Prete. Após a ministra Damares Alves afirmar que azul é para menino e rosa para meninaVereza, que votou em Jair Bolsonaro (PSL) para Presidente da República, publicou na rede social sua insatisfação ao ver Renata e Pontual vestidos com as cores citadas no dia da posse da também pastora evangélica.

"Patéticos... Apresentadores na televisão fazendo birrinha, mulheres vestindo azul e homens de rosinha. É esta a oposição a um governo eleito por 57 milhões de brasileiros. (...) Continuem com seus ridículos protestos, enquanto é tempo, pois breve, tenho certeza, mudarão rapidinho de opinião!", disparou.

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Na postagem, seguidores concordaram com a postura de Carlos Vereza sobre as roupas usadas pelos repórteres durante a exibição do Jornal da Globo. "Chega a ser infantil a hostilidade deles com o governo Bolsonaro. "A cada fato mais me convenço de que estou do lado certo. Temos que apoiar o presidente. Vai ser assim por um bom tempo!", comentou uma internauta. 

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A declaração da ministra Damares Alves de que "menino veste azul e menina veste rosa" continua dando o que falar. Na madrugada deste sábado (5), o Jornal da Globo apresentado por Renata Lo Prete virou um dos assuntos mais comentados da internet.

Durante a atração, a jornalista conversou com o correspondente internacional Jorge Pontual, mas a interação dos dois não foi o que chamou mais atenção dos telespectadores. Renata e Pontual surgiram vestidos com as cores citadas por Damares, ela de vestido azul e ele de blazer rosa.

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Os eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que estavam assistindo ao programa jornalístico, acharam que as roupas usadas pelos repórteres foi uma forma provocativa da emissora. No Twitter, os internautas criticaram a Globo e os jornalistas.

"Seria uma nojenta coincidência com o assunto em pauta sobre as cores em meninos e meninas que o Jorge Pontual, da 'GloboLixo', estaria dando suas notícias desta forma?", comentou um dos usuários da rede social. "E o pessoal do Jornal da Globo querendo lacrar com a Renata Lo Prete de vestido azul e o Jorge Pontual de terno rosa. Que ridículo! Parece um bando de adolescentes! O que está acontecendo com o jornalismo brasileiro?", criticou outra pessoa.

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Arte produzida por Jorge Cosme, do Crise dos 25.

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A frase da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, de que “menino veste azul e menina rosa” tem repercutido além do âmbito político. Após cumprir agendas institucionais nessa quinta-feira (3), a auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi a um shopping em Brasília e ao entrar em uma das lojas foi provocada pelo vendedor que a questionou, ao observar que a cor da roupa usada por ela era azul: “E aí, ministra, você é menino ou menina?”.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a reação de Damares Alves ao ser indagada pelo vendedor. “Ele constrange a gente”, respondeu a responsável pela pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos. Na gravação, o funcionário rebate a resposta dela e se identifica. “Você que constrangeu a gente amor, tchau... Thiego Amorim é o meu nome”, encerra o vídeo. Antes de deixar o local, ela e as assessoras fizeram fotos do vendedor e da loja.

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Por meio do Stores, no Instagram, Thiego Amorim reforça o questionamento que fez e endossa a provocação pontuando que aguarda a visita do presidente no local. “Não devemos nos calar não, a gente negro, gay, favelado seja o que for. Não podemos nos calar nunca”, cravou. “E agora vou esperar o Bolsonaro vir aqui na loja”, completou o vendedor.

A polêmica em torno da ministra iniciou após um registro feito após a sua posse na última quarta-feira (2). Ao lado de apoiadores, ela aparece puxando um grito de guerra que dizia: “menino veste azul e menina veste rosa”. Marco, segundo ela, do início de uma “nova era” no Brasil com o governo Bolsonaro. Antes disso, Damares também já havia dito que pretendia acabar com a “doutrinação ideológica”.

Após a repercussão negativa, a ministra minimizou o impacto da declaração e disse que foi mal interpretada. "Meninos e meninas podem vestir azul, rosa, colorido, enfim, da forma que se sentirem melhores", disse a auxiliar de Bolsonaro.

A fala de Damares Alves afirmando que "menino veste azul e menina veste rosa", após tomar posse do cargo de ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos na última quarta-feira (2), continua repercutindo. A declaração de Damares não só causou burburinho para quem tem ideologia política contrária ao governo do presidente Jair Bolsonaro, como deu o que falar também entre os famosos. Luciano Huck foi um deles.

Em foto publicada no Instagram nessa quinta-feira (3), o apresentador surgiu ao lado de Angélica com as cores citadas pela ministra. "Rosa ou azul? Tanto faz", legendou. Na mesma rede social, o vereador Carlos Bolsonaro rapidamente buscou uma forma de provocar Luciano Huck. 

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Através da função dos Stories, Carlos compartilhou uma imagem que traz o marido de Angélica com os dois filhos nos braços, onde mostra a caçula, Eva, vestida com uma roupa na cor rosa. A publicação do filho de Bolsonaro não conteve nenhuma legenda.

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Um vídeo que circula nas redes sociais mostra Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro (PSL), afirmando que "menino veste azul e menina veste rosa". Aplaudida por apoiadores, ela diz ainda que o País vive uma "nova era".

Damares reagiu à publicação e, à reportagem, disse que seu objetivo foi, de fato, fazer uma declaração contra a "ideologia de gênero", referindo-se à sexualidade das crianças. "Fiz uma metáfora contra a ideologia de gênero, mas meninos e meninas podem vestir azul, rosa, colorido, enfim, da forma que se sentirem melhores", explicou.

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O vídeo, segundo a assessoria de comunicação de Damares Alves, foi gravado logo após o fim de seu discurso de posse, realizado nessa quarta-feira (2), em Brasília (DF). Damares recebia um grupo de apoiadores em uma sala no ministério. Ela pede atenção do grupo que a acompanha e diz a frase. Após aplausos e gritos de apoio, a ministra repete: "Atenção, atenção. É uma nova era no Brasil. Menino veste azul e menina veste rosa".

Além de ser compartilhado nas redes sociais, o vídeo foi divulgado em uma página do Twitter que se intitula apoiadora da ministra.

Em sua fala durante a posse, Damares reafirmou que pretende acabar com o "abuso da doutrinação ideológica de crianças e adolescentes no Brasil" e que "a revolução está apenas começando".

A ministra afirmou que seu governo vai se voltar para políticas públicas "que priorizem a vida desde a concepção", ou seja, desde a fecundação do óvulo, deixando clara a sua posição contra o aborto. "No que depender do governo, sangue inocente não será derramado neste País. Este é o ministério da vida", disse, em seu discurso.

Damares tomou posse nessa quarta e declarou ainda que vai governar com "princípios cristãos", sempre priorizando a família. "O Estado é laico, mas esta ministra é terrivelmente cristã", disse. "Acredito nos desígnios de Deus e propósitos de Deus."

As redes sociais se encheram das cores rosa e azul, nesta quinta (3), após uma declaração feita pela recém-empossada ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. A fala em que a ministra decreta que "meninos vestem azul e meninas vestem rosa" gerou uma reação por parte da sociedade brasileira, incluindo os artistas.

De Maisa Silva, passando por Paola Carosella, chegando até o ex-BBB Wagner Santiago, várias foram as respostas destinadas à Damares, mostrando a indignação dos famosos e repúdio a atribuição de gênero às cores de roupas. Confira algumas das reações.  

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Nessa quarta-feira (2), Damares Alves tomou posse do cargo de ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Após um vídeo circular na internet em que Damares afirma que "menino veste azul e menina veste rosa", a declaração não soou bem para algumas pessoas, incluindo na classe artística.

A apresentadora Maisa Silva se posicionou sobre a fala de Damares, mas sem citá-la. "Quando eu era criança e comecei a escolher minhas roupas, eu escolhia tudo, menos rosa, porque não gostava, assim como várias amiguinhas minhas não gostavam de rosa. Muito ultrapassado isso", escreveu, ao interagir com os seguidores do Twitter nesta quinta-feira (3).

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Maisa, de 17 anos, continuou opinando sobre a fala da ministra quando recebeu uma mensagem em analogia ao filme "Meninas Malvadas" por meio do bordão "Às quartas, usamos rosa". "Abrimos excessões. Mas eu voltei a usar rosa agora com 16 anos. Minha mãe nunca me obrigou a usar 'cor' para ser 'menina'", completou a jovem. 

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No mesmo dia em que lembrou ser “terrivelmente cristã” a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que pretende acabar com o “abuso da doutrinação ideológica” das crianças e adolescentes e alertou que o governo do presidente Jair Bolsonaro será "implacável" contra pedófilos e o turismo sexual no Brasil.

"Atenção, pedófilos de plantão. Atenção, senhores, a brincadeira acabou no Brasil. Bolsonaro é presidente. Seremos implacáveis com abusadores", disparou a ministra, que já revelou ter sido abusada sexualmente por dois pastores quando era criança.

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Quanto à questão de gênero, ela chegou a ponderar que os direitos da população LGBT serão mantidos, mas era necessário acabar com a “doutrinação ideológica”.

“Um dos desafio é acabar com o abuso da doutrinação ideológica. Acabou a doutrinação ideológica  de crianças e adolescentes no Brasil”, frisou Damares, na cerimônia em que deu o pontapé inicial para as atividades do novo ministério. “Neste governo, menina será princesa e menino será príncipe. Ninguém vai nos impedir de chamar as meninas de princesa e os meninos de príncipe”, acrescentou.

Damares ainda defendeu a necessidade da criação da pasta responsável por questões ligadas à família. “Muitas pessoas no Brasil estão perguntando: precisava de um Ministério da Família? Sim, gente. O governo Bolsonaro vem com uma outra perspectiva. Todas as políticas públicas neste país terão que ser construídas com base na família... Não dá mais para pensar em políticas públicas sem pensar no fortalecimento da família”, destacou a ministra.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse hoje (2) que, no governo do presidente Jair Bolsonaro, os direitos conquistados pela comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) estão assegurados.

“Teremos um diálogo aberto com a comunidade LGBT. Nenhum direito conquistado pela comunidade LGBT será violado”, afirmou a ministra.

Segundo Damares, não haverá mudanças na estrutura destinada ao encaminhamento de demandas da comunidade LGBT. A ministra disse que a Secretaria de Proteção Global, cujo titular será o gestor público Sérgio Queiroz, terá uma diretoria dedicada às causas LGBT.

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 “As demandas da comunidade LGBT nunca foram cuidadas por uma secretaria, sempre foram cuidadas por uma diretoria. E o presidente [Jair] Bolsonaro respeitou essa estrutura. Portanto, a comunidade LGBT continua com a estrutura que tinha no ministério”, argumentou Damares.

A Diretoria de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que era vinculada à Secretaria Nacional de Cidadania, será mantida, com a mesma estrutura, na Secretaria Nacional de Proteção Global. Damares disse que, no comando da nova pasta, vai lutar “pelo combate a todos os tipos de preconceitos nesta nação, inclusive LGBT”.

Na Secretaria de Proteção Global estarão também o combate à tortura, temas ligados à anistia e ao combate ao trabalho escravo.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos terá oito secretarias temáticas. Além da Proteção Global, as secretarias cuidarão dos direitos das pessoas idosas, das pessoas com deficiência, da juventude, das crianças e dos adolescentes, da família, da igualdade racial e das mulheres.

A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse neste sábado (29) que vem sofrendo ameaças nas redes sociais há uma semana e que está conversando com a Polícia Federal. Segundo contou a futura ministra, as ameaças começaram em sua página do Facebook e por mensagens de WhatsApp, mas ela diz não ter levado a sério, porque achou que era uma forma de "deboche". Mas, com a publicação de uma reportagem do portal Metrópoles neste sábado, que diz que o mesmo grupo que ameaçou o presidente eleito Jair Bolsonaro na posse também a tem como alvo, ela ficou mais preocupada e sua equipe entrou em contato com a PF.

"Os recadinhos que eu recebi são de formas de como matar a ministra. Inclusive, eu não sabia que podia morrer de diversas formas. Algumas até muito criativas e divertidas. Mas como é por Facebook (as ameaças), a gente acaba acreditando que é mais deboche que ameaça. Até que hoje a imprensa publica que eu sou alvo. Estava achando que era brincadeira de mau gosto, eu subestimei mesmo", afirmou.

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A futura ministra disse ainda não estar assustada, porque "quem protege criança do crime é alvo (do crime organizado)". A equipe de comunicação de Damares está agora rastreando as mensagens que ela recebeu nas redes sociais.

No último dia 27, a PF abriu um inquérito para investigar uma suposta ameaça ao presidente eleito na posse, marcada para a próxima terça-feira, 1º. A autoria é do mesmo grupo que agora ameaça Damares, um que se define como terrorista e reivindicou ter colocado uma bomba em uma igreja em Brazlândia, região administrativa do Distrito Federal, na madrugada de Natal, sem sucesso - o artefato explosivo foi desarmado pela Polícia Militar.

Na manhã do dia 6 de dezembro, Damares Alves, como de costume, auxiliava seu então chefe, o senador Magno Malta (PR-ES), na condução da CPI dos Maus Tratos no Senado. A comissão investiga crimes contra crianças e adolescentes, assunto caro à evangélica Damares. Ela, no entanto, deixou a sala antes do fim da reunião. Quando Malta encerrou as discussões, voltou ao gabinete, e encontrou sua assessora dando entrevistas como futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Segundo amigos próximos, Damares foi surpreendida pelo convite de Jair Bolsonaro e decidiu aceitá-lo porque entendeu que se tratava de um "chamado divino". A decisão foi previamente discutida em seus grupos de WhatsApp. Malta sabia do interesse do presidente eleito pela sua assessora, mas levou um susto com o anúncio. A história acabou estremecendo a relação entre os dois.

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Apesar de já se conhecerem dos corredores da Câmara, foi Malta quem aproximou Bolsonaro de Damares. O senador foi um dos políticos mais próximos do presidente eleito durante a campanha. A assessora costumava acompanhar o chefe em compromissos com o então candidato. E ficou amiga da futura primeira dama, Michelle Bolsonaro, evangélica como ela. Há quem não tenha dúvidas de que a indicação para o ministério foi sugestão da mulher do presidente. Malta não conseguiu um cargo no novo governo.

Assim que seu nome foi anunciado, internautas resgataram vídeos de palestras em igrejas, em que Damares contava que viu Jesus em um pé de goiaba. A história, contada fora de contexto, levou a uma onda de memes que irritaram o presidente eleito. No Twitter, Bolsonaro disse ser "extremamente vergonhoso debocharem do relato".

A futura ministra acabou esclarecendo que a aparição havia se dado durante um quase suicídio, após sofrer sucessivos estupros quando criança, cometidos por pastores. Para o grande público, tudo foi uma grande e chocante novidade, mas o assunto fazia parte de suas pregações pelo País.

Em vídeos no YouTube, é possível ver uma futura ministra que brada contra a discussão de temas relacionados a gênero nas escolas e diz que a educação sexual precisa ser autorizada pelos pais. Mas também que afirma que "os cristãos sempre acolheram os gays". A retórica é simpática, eloquente e emocional.

Damares faz apresentações didáticas, com uso de slides. Um deles mostra um material feito pelo Ministério da Saúde sobre prevenção do HIV, com cenas de sexo. A evangélica afirma que ele foi mandado para escolas, "para crianças de 10 anos". "Vocês não estão prestando atenção ao que está acontecendo com seus filhos nas escolas brasileiras", dizia aos fiéis, anos antes de livros contra a homofobia, apelidados de "kit gay", se tornarem tema das eleições.

Procurado, o Ministério da Saúde informou que o material é para adultos e "nunca foi distribuído às escolas".

Aborto e gays

"Se a gravidez é um problema que dura só nove meses, o aborto é um problema que caminha a vida inteira com a mulher", disse Damares, para desespero das feministas, em uma das suas primeiras declarações como futura ministra da Mulher. E, mais ainda, vai apoiar um projeto que dá direitos ao feto e restringe o acesso ao aborto legal.

A proposta foi vista como uma espécie de "bolsa-estupro" para mulheres que decidirem não abortar. Por outro lado, pediu semana passada para se reunir com grupos LGBT e se comprometeu em combater a violência contra os transexuais e sua empregabilidade.

O amigo e deputado federal Sóstenes Cavalcanti (DEM-RJ) conta que Damares é admirada no meio evangélico pela "dedicação para valorizar a vida, os direitos humanos e conservadores". E é isso que a maioria do povo brasileiro quer, acredita ele. "Ela tem competência técnica e experiência para ser uma ministra em plena sintonia com Bolsonaro."

Damares Regina Alves, de 54 anos, nasceu em Paranaguá, no Paraná, mas se mudou cedo para Sergipe. "Me autodeclaro sergipana por ser o lugar mais lindo do mundo", disse, em mensagem de WhatsApp ao jornal O Estado de S. Paulo. Morou ainda na Bahia e São Paulo, acompanhando o pai pastor.

Formou-se professora e advogada. "Não esquece de colocar na matéria que, segundo pesquisas, sou a pastora mais bonita do Brasil, corintiana feliz e convicta."

Em 1999, mudou-se para Brasília para trabalhar no gabinete do tio, o deputado e pastor Josué Bengtson (PTB-PA). Três anos depois de deixar a assessoria, em 2006, o parlamentar foi alvo da Operação Sanguessuga, acusado de desviar recursos para compra de ambulâncias. As ações prescreveram. Até 2015, quando começou a trabalhar com Malta, foi ainda secretária parlamentar de cinco deputados da bancada conservadora.

Índios

Damares é divorciada e adotou uma menina indígena, hoje com 20 anos, e quer adotar mais duas crianças. O abuso na infância a teria impedido de ter filhos. A garota foi salva do que ela chama de "infanticídio indígena" e que se tornou uma de suas principais causas. Ao conhecer mães que haviam fugido de aldeias porque discordavam da cultura de matar crianças com deficiências ou doenças graves, ela resolveu fundar uma ONG sobre o assunto.

"A batalha dela é pela vida. Já recebeu famílias indígenas em casa porque não tinham onde ficar", conta a advogada Maíra Barreto Miranda, cofundadora da ONG Atini.

As duas lutaram na Câmara pela aprovação de uma lei para proteger as crianças indígenas. Mas um filme sobre o tema, coproduzido pela Atini, foi proibido de ser divulgado pelo Ministério Público Federal. O órgão entendeu que ele leva à discriminação do índio.

Ao jornal, Damares contou também que já está pensando em programas para prevenção da automutilação e do suicídio infantil. "Esse tema não teve o olhar dos gestores públicos. Os pais estão desesperados."

Os casos de suicídios no Brasil têm crescido na faixa etária de 15 a 19 anos. Entre crianças, os números são baixos, com exceção das indígenas. "Ninguém é a favor do infanticídio indígena ou do suicídio infantil, mas isso não é um problema social pela dimensão. Criança sem atendimento médico, sim. Tribos que têm direito à terra e governante que diz que não vai demarcar, sim", afirma o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

Para ele, a futura ministra não pode nortear as políticas públicas pelos seus interesses e dramas pessoais.

Segundo o assessor Luiz Carlos Bassuma, que trabalhou com Damares, pesou na decisão dela a transferência da Funai para a pasta que vai comandar. "Eu disse a ela: 'você não buscou isso, não pleiteou, não pode negar'. É um chamado de natureza espiritual, para cumprir uma missão na nação."

Pela falta de missionários evangélicos no Nordeste, Damares se tornou pastora muito jovem. Atuou primeiro na Igreja Quadrangular, da qual seu pai foi fundador, e hoje está na Igreja Batista da Lagoinha. Ambas são neopentecostais. "A igreja evangélica cresceu demais, amém, mas o que de fato está fazendo para mudar a sociedade?", perguntava numa palestrava em 2013. Ela mesma dava a resposta. "Deus está nos preparando para uma nova fase, que é a transformação da sociedade." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que vai manter em funcionamento as atuais políticas públicas de proteção aos índios isolados e de recente contato, sem nenhum tipo de retrocesso. O compromisso foi firmado em um encontro realizado nesta sexta-feira, 21, entre Damares e a coordenação-geral de índios isolados na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília.

"Esses indígenas continuarão a ter a proteção do Estado nos moldes que se encontra hoje. O contato com eles pode ser nocivo, eles não têm resistência à gripe. Por exemplo, para se visitar uma aldeia de índios de recente contato é necessário até fazer uma quarentena na floresta de no mínimo dez dias antes de efetivar o contato. São especificidades como essas que serão respeitadas. Quem cuidará desses índios será o Estado e não ONGs", disse a ministra.

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O ministério informou que existem 305 povos indígenas diferentes no Brasil, sendo que a maior parte deles já interage com não índios, inclusive manifestando desejo por mais educação, tecnologia, apoio em saúde e produtividade. "Para estes povos, a política de isolamento não será aplicada. Estes povos serão ouvidos à construção de programas governamentais e políticas públicas que atendam seus anseios, de acordo com a legislação vigente e o princípio da soberania e segurança nacional", declarou.

Atualmente a coordenação geral de índios isolados e de recente contato mantém, com extrema dificuldade financeira, 23 bases de proteção etnoambiental na Amazônia Legal, atuando na proteção da autonomia destes povos, respeitando a ideia de não-contato.

A Funai reconhece 26 grupos considerados isolados, grupos indígenas com ausências de relações permanentes com as sociedades nacionais ou com pouca frequência de interação, seja com não-índio ou outros povos indígenas.

Há ainda 21 grupos de recente contato, que mantêm relações de contato permanente ou intermitente com segmentos da sociedade nacional e que, independentemente do tempo de contato, apresentam singularidades em sua relação com a sociedade nacional e autonomia.

O esgotamento dessas unidades foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, em reportagem publicada no ano passado. A maior presença de povos isolados do Brasil se dá no Vale do Javari, onde já foram registradas 16 referências desses grupos. A população total da terra oscila entre 3,8 mil e 5,5 mil pessoas, sem incluir as estimativas da população de índios isolados.

Hoje, há ao menos 107 registros da presença de índios isolados em toda a Amazônia Legal, área que abrange nove Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos Estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.

Povos da etnia matís, marubo, canamari, culina e maioruna, também conhecidos como matsés, são de contato permanente. Já o povo corubo é considerado isolado, apesar de um pequeno grupo ter sido contatado em 1996 pela Funai.

Representantes de grupos LGBT se reuniram nesta quarta-feira (20) com a futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Durante o encontro, que aconteceu na sede do governo de transição, Damares se comprometeu em combater à violência contra a comunidade e com a empregabilidade de transexuais.

Os grupos entregaram à futura ministra um documento intitulado 'O que queremos do Estado brasileiro', em que um dos pedidos é "reconhecer e valorizar a existência das diversas composições de família, inclusive as famílias homotransafetivas, garantindo-lhes acesso às mesmas políticas sociais que as famílias tradicionais".

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O presidente da Aliança Nacional LGBT, Toni Reis, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a ministra foi "muito empática e respeitosa" durante a reunião. "Acabaram as eleições, agora vamos ter que trabalhar os problemas do Brasil. Ou a gente dialoga, ou a gente dialoga", disse Toni.

De acordo com Toni, a futura ministra defendeu que a "família tradicional" e "todas as outras composições familiares" tem que ser reconhecidas. "Ela falou isso pessoalmente, inclusive, ela falou que é só ela e a filha dela e elas são família."

A reunião aconteceu a pedido de Damares. De acordo com o presidente da associação, estiveram presentes no gabinete de transição membros de mais de 30 organizações, que representam a comunidade LGBT, entre eles, pessoas filiadas ao PT, ao PSOL, evangélicos, católicos e membros do Conselho Nacional Contra a Discriminação De Lésbicas Gays Bissexuais Travestis e Transexuais, vinculado ao ministério.

Segundo a Diretora de Promoção de Direitos LGBT do Ministério dos Direitos Humanos e presidente do Conselho, Mariana Reidel, o entendimento é de que o dialogo com a comunidade LGBT vai continuar como uma as prioridades da Pasta. "Todo o colegiado do conselho, assim com as entidades que estiveram lá, foi 100% de entendimento de que sim é uma pauta que o ministério vai continuar, é uma pauta que eles têm intenção de fazer um diálogo sempre e constante", disse Mariana ao Estado.

No dia em que foi anunciada para compor a equipe de Jair Bolsonaro, Damares, que é pastora evangélica, disse que faria o enfrentamento à violência contra a comunidade LGBT. "Se precisar estarei nas ruas com as travestis, se precisar estarei na porta da escola com as crianças que são discriminadas por sua orientação sexual", declarou na ocasião.

Demandas

O documento entregue à futura ministra elenca demandas do movimento nas áreas de direitos humanos, educação, saúde, Previdência Social, emprego, segurança pública e assistência social. Entre as solicitações está a manutenção de diretoria específica para questões de direitos humanos da população LGBTI+ na estrutura do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

O coletivo também pede, entre outros pontos, a criação de uma comissão Interministerial para discutir e acompanhar políticas públicas para a população LGBTI, implementação de rede de prevenção e proteção contra discriminação e violência com financiamento federal, ampliação da Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT e a promoção de mecanismos de empregabilidade de travestis e transexuais.Representantes de grupos LGBT se reuniram nesta quarta-feira, 20, com a futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Durante o encontro, que aconteceu na sede do governo de transição, Damares se comprometeu em combater à violência contra a comunidade e com a empregabilidade de transexuais.

A futura ministra Damares Alves, escolhida por Jair Bolsonaro (PSL) para comandar a pasta Mulher, Família e Direitos Humanos no novo governo, disse ter sido abusada por dois pastores quando era criança. Em entrevista à Universa, do portal Uol, ela deu detalhes sobre os abusos, falou que tentava dar "sinais" do que estava acontecendo, mas que ninguém notava.

"Fui abusada por dois religiosos. Da primeira vez, foi um missionário da igreja evangélica que frequentávamos na época, em Aracaju. Foram várias vezes em um período de dois anos. Começou quando eu tinha seis anos e a última vez que o vi estava com oito", relata Damares.

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"(O segundo) não foi às vias de fato. Me recordo de quatro momentos. Passava a mão no meu corpo, me beijava na boca, me colocava no colo. Uma vez ejaculou no meu rosto", completou.

A futura ministra disse ter se tornado uma criança retraída depois dos abusos. "Me tornei uma menina triste. Antes dos abusos eu sentava no primeiro banco da igreja, cantava feliz, dançava. Depois, não cantava do mesmo jeito, não dançava. Virei uma criança retraída. Tinha pesadelos e gritava à noite", contou.

De acordo com Damares, seus pais ficaram sabendo sobre os abusos anos mais tarde, mas nada aconteceu. "Já adulta soube que meus pais descobriram. Mas, na época, nada foi feito. Acontece com a maioria das meninas abusadas: algumas não falam porque são ameaçadas, outras, porque têm medo da reação do pai e da mãe e há as que acham que ninguém vai acreditar. Mas eu emitia muitos sinais. Infelizmente, ninguém notou", detalhou.

Damares falou sobre a história do pé de goiaba, que ganhou repercussão recentemente por causa do vídeo de uma pregação no qual ela aparece fazendo o relato. A pastora diz que, por causa dos abusos, tentou se matar. Pegou veneno de rato e subiu na árvore, onde costumava ir para chorar sem ser vista, mas desistiu de se envenenar depois de, segundo ela, ter "visto Jesus".

"Estão me ridicularizando por ter falado isso, mas se vocês não acreditam, problema é de vocês", afirmou. "Tem criança que vê duende, que fala com fadas. Eu vi Jesus. Percebo que há uma discriminação religiosa sórdida que está banalizando o sofrimento de uma criança", emendou.

Após a repercussão do relato de Damares sobre a visão de Jesus, o presidente eleito chegou a publicar uma mensagem no Twitter em defesa de sua futura ministra. Bolsonaro considerou "surreal" e "extremamente vergonhoso" o que chamou de "deboche" contra a história contada pela pastora.

A futura ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, informou nesta segunda-feira (17), por meio de nota, que a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) será mantida e permanecerá com a mesma nomenclatura, "com foco na dignidade da pessoa humana".

"Informamos ainda que o objetivo da Secretaria será o de ampliar as ações de acesso às políticas públicas, para a população negra, indígena, quilombola, cigana, moradores do semiárido, comunidades ribeirinhas e comunidades tradicionais", diz a nota.

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A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) será a última decisão a ser tomada pela equipe de transição. O perfil do novo presidente da instituição, disse, será de alguém que "ame desesperadamente os índios". Damares também avaliou que a questão da Funai "desde o início foi um ponto complexo, complicado de tratar".

Questionada sobre a possibilidade da demarcação de terras indígenas passar para uma secretaria no Ministério da Agricultura, ela respondeu que o grupo está trabalhando "uma outra situação" para a demarcação, mas disse que não comentaria agora. Segundo a ministra do futuro governo de Jair Bolsonaro, "está chegando nova era para o Brasil" e "um novo momento para os povos indígenas".

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"Vamos dar a atenção que merece para a Funai. Vai ser o último a ser decidido com certeza." Segundo ela, a escolha do presidente da Funai será tomada em conjunto com o presidente eleito Jair Bolsonaro e não há nenhum nome cotado ainda.

"O índio vai ser tratado como um todo", declarou. Damares também afirmou que haverá atenção especial para a educação indígena, para as mulheres, idosos e pessoas com deficiência nas tribos.

A futura ministra contou que, nesta terça-feira (11), um grupo de indígenas virá conversar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição. "Eles são minha família. Estamos interagindo. Conheço cada liderança."

Damares Alves voltou a afirmar que a espinha dorsal do ministério será "a vida". Destacou também que terá foco no combate à automutilação de crianças e adolescentes. Ela disse que nesta terça será anunciado o secretário de assuntos da criança e do adolescente.

A pastora evangélica Damares Alves, futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, negou ontem que tenha planos de "evangelizar" os povos indígenas. Ela disse, no entanto, que haverá uma "mudança radical no tratamento com os isolados da Amazônia, respeitando tudo de bom que já tem sido feito por eles e com eles".

Damares terá em sua pasta a Fundação Nacional do Índio (Funai), antes subordinada ao Ministério da Justiça. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ela afirmou que não vai misturar religião com sua atuação na pasta. "Essa afirmação de evangelização dos índios é absurda. Quem está assumindo esse Ministério é uma advogada e militante dos Direitos Humanos. A pastora fica lá na igreja, no domingo", disse. "Se eu encontrar uma missão cristã, seja ela católica ou evangélica, em uma área indígena cometendo irregularidades, serei eu a primeira a ir lá e expulsar de lá."

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Sobre os povos isolados, cujas práticas de proteção estão em vigor desde os anos 1980, ela disse que "questiona" a política atual. "Vamos trazê-los para o protagonismo. Não é porque estão isolados, que estão esquecidos e deixados a cuidados de ONGs. Quem vai assumir o cuidado desse povo isolado é o Estado."

Damares evitou detalhar opiniões sobre demarcações de terras, sob a justificativa de que ainda vai conhecer a agenda de outros ministérios sobre as questões indígenas. "Temos áreas de muitos conflitos, mas eu acredito na força do diálogo também. Todo mundo vai ter que ceder. Mas que fique claro: em todas as disputas eu vou estar do lado do índio. Não vou estar do lado de antropólogo, nem de ONG, estarei do lado do índio", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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