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A CBF anunciou no fim da tarde desta quinta-feira (24) a convocação do atacante Ricardo Oliveira, do Santos, para os jogos contra Chile e Venezuela, nos dias 8 e 13 de outubro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O jogador ocupará a vaga que era de Roberto Firmino, do Liverpool, cortado por lesão.

Artilheiro do Brasileirão, com 17 gols, Ricardo Oliveira não era convocado desde março de 2007, quando fora chamado pelo próprio Dunga, então em sua primeira passagem pelo comando da seleção. O atacante de 35 anos já defendeu a camisa da seleção principal em 12 oportunidades, tendo marcado três gols.

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A lesão que ocasionou o corte de Firmino não foi revelada. A seleção brasileira encara o Chile no dia 8 de outubro, fora de casa, e recebe a Venezuela em Fortaleza cinco dias depois.

Ao pedir dispensa da seleção brasileira, o lateral-direito Rafinha deixou claro que pretende atuar pela seleção da Alemanha. Mas as chances de conseguir realizar o seu desejo não são muito boas. A pretensão esbarra no Estatuto do Fifa. Em 2005, ele defendeu o Brasil no Mundial Sub-20 e, por isso, para poder atuar por outra seleção, já teria de possuir dupla nacionalidade naquela época. Rafinha não tinha.

Os planos de Rafinha devem ir por água abaixo por causa da alínea 1 do artigo 8 do Anexo 3 do estatuto, de acordo com o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em legislação esportiva. "Ele não vai conseguir a troca (de seleções). É impossível", garantiu. Ele explica que para os jogadores que disputaram torneios de seleções da Fifa nas categorias de base é permitida uma troca, desde que já tenha nacionalidade da equipe que prefira defender. Rafinha ainda não é naturalizado alemão, embora já esteja no país há 11 anos.

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Carlezzo cita dois precedentes contra o lateral-direito. O volante Fernando jogou Mundial Sub-20 em 2007 pelo Brasil e no ano passado a Federação Portuguesa foi à Fifa para que jogasse por sua seleção e recebeu um não. Também foi negado o pedido em 2013 da Federação Mexicana pelo meio-campo Rubens Sambueza porque ele havia defendido a Argentina no Mundial Sub-17, em 2001.

"Essa jurisprudência é a grande paulada. A Federação Alemã vai ter de encaminhar o pedido à Fifa e tem de solicitar à CBF a documentação. A CBF teria de passar para a Fifa todas as partidas que o Rafinha disputou por todas as seleções. A Fifa vai checar as datas e ver que não fecha (porque ele ainda não tem a naturalização alemã)", disse Carlezzo.

A reportagem procurou Rafinha nesta quarta-feira, sem sucesso. Pessoas próximas ao jogador do Bayern de Munique consideram que Dunga o convocou para os jogos do Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 só para que ele não viesse a defender a Alemanha - evitando o que ocorreu com Diego Costa, que optou pela Espanha e recusou uma convocação de Felipão.

Rafinha já havia revelado publicamente a sua intenção de jogar pela Alemanha. E Philip Lahm há cerca de um mês declarou que ele seria seu substituto ideal na seleção campeã do mundo. O técnico Joachim Löw já teria conversado com ele sobre essa possibilidade. Apesar disso, o lateral-direito usou a sua conta em uma rede social para negar isso. "Pedi a liberação da seleção porque não me vejo disputando uma vaga na lateral e não por estar trocando o Brasil pela Alemanha", disse. Em outro trecho, escreveu o seguinte: "Estar tirando a dupla cidadania não significa que vou jogar pela Alemanha".

Dunga, em sua primeira passagem pela seleção, o levou para a Olimpíada de Pequim, em 2008. Na ocasião, Rafinha, a contragosto, teve de brigar com seu clube, o Schalke 04, para ir à China. Depois disso, o técnico nunca mais o convocou.

O técnico Dunga anunciou na manhã desta quinta-feira (17), os 23 convocados para os primeiros jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2016. A lista não teve muitas alterações com relação à última convocação do treinador para os amistosos contra Costa Rica e EUA. Os principais destaques ficaram por conta dos meias Renato Augusto e Oscar, o primeiro não vinha sendo nome presente nas convocações do treinador, já o segundo volta após um longo período afastado da equipe.

Outro destaque da lista ficou por conta da ausência do atacante Neymar, do Barcelona. O atleta, que pegou suspensão de quatro jogos por conta da confusão no jogo contra a Colômbia, já cumpriu dois ainda quando a equipe disputou as fases seguintes da competição sul-americana e agora cumprirá os dois restantes nas primeiras rodadas da eliminatória. O meia Kaká, que havia sido a grande novidade da lista para os amistosos também ficou de fora por conta de uma lesão muscular.

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A seleção entra em campo nos dias 8 e 13 de outubro. Primeiro enfrenta o Chile, no Estádio Nacional, às 20h30, em seguida vem ao país para jogar contra a Venezuela, no Castelão, às 22h.

Confira a lista de relacionados:

Goleiros

Jefferson - Botafogo

Marcelo Grohe - Grêmio

Alisson - Internacional

Laterais

Fabinho - Monaco

Rafinha - Bayer de Munique

Filipe Luis - Atlético de Madrid

Marcelo - Real Madrid

Zagueiros

David Luiz - Paris Saint Germain

Miranda - Inter de Milão

Marquinhos - Paris Saint Germain

Gil - Corinthians

Meias

Luiz Gustavo - Wolfsburg

Fernandinho - Manchester City

Elias - Corinthians

Renato Augusto - Corinthians

Lucas Lima - Santos

Oscar - Chelsea

Willian - Chelsea

Philippe Coutinho - Liverpool

Atacantes 

Firmino - Liverpool

Hulk - Zenit

Lucas - Paris Saint Germain

Douglas Costa - Bayer de Munique

Dunga tem até o próximo dia 17 para fechar a lista dos jogadores que vão defender o Brasil nas duas primeiras rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018 contra o Chile e Venezuela, em outubro. O treinador já definiu 90% do grupo que não terá Neymar nestes dois jogos.

Na convocação para as Eliminatórias, Dunga terá de relacionar 23 jogadores. De acordo com suas avaliações na fase de testes nos amistosos e na campanha da Copa América no Chile, o técnico não deve ter dor de cabeça na hora de formar o grupo.

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Dos três goleiros, Marcelo Grohe (Grêmio), titular nos últimos dois amistosos, é nome certo ao lado de Jefferson, do Botafogo. O técnico ainda não se definiu pelo terceiro nome. Nas laterais, salvo problemas de última hora com lesões, Danilo (Real Madrid) e Daniel Alves (Barcelona) estão garantidos. Marcelo (Real Madrid) e Filipe Luis (Atlético de Madrid) estão confirmados.

Na zaga, Miranda (Internazionale), David Luiz (Paris Saint-Germain) e Marquinhos (Paris Saint-Germain) têm presença garantida. Thiago Silva (outro do Paris Saint-Germain), Gabriel Paulista (Arsenal) e Gil (Corinthians) lutam pela última vaga.

O setor de meio de campo é o que mais atormenta Dunga. Ele tem preferência pelos volantes Luiz Gustavo (Wolfsburg), Fernandinho (Manchester City) e Elias (Corinthians) - os três têm cadeira cativa na seleção. Ramires (Chelsea) corre por fora. Pode ser atropelado por Rafinha (Barcelona), que é da seleção olímpica, mas impressionou o treinador contra Costa Rica e Estados Unidos.

Entre os meias, Willian (Chelsea) e Oscar (Chelsea) estão na lista de Dunga. Lucas Lima (Santos) chamou a atenção do treinador, mas não arrancou suspiros. Pode ficar fora das duas primeiras rodadas das Eliminatórias.

Kaká, chamado às pressas para dar suporte aos mais novos na seleção, virou uma incógnita pela sua condição física. Jogou apenas 20 minutos contra a Costa Rica, sofreu com dores musculares e ficou fora do amistoso contra os Estados Unidos. Pode ser preterido, apesar dos elogios que recebeu do treinador na última terça-feira após a vitória (4 a 1) contra os Estados Unidos.

SEM NEYMAR - Na linha de frente, o técnico entende que Hulk se encaixou bem como centroavante. Douglas Costa (Bayern Munique), atuando como um ponta aberto no setor esquerdo, está garantido. Lucas Moura (Paris Saint-Germain) foi outro que voltou muito bem e deve aparecer na próxima convocação. Roberto Firmino (Liverpool) caiu de cotação com o treinador.

Resta a Dunga encontrar uma solução para a ausência de Neymar, suspenso. A seleção ainda gravita na órbita do craque do Barcelona e não tem ideias quando ele não está em campo.

O técnico convoca os jogadores no próximo dia 17 para enfrentar o Chile, dia 8 de outubro, em Santiago, e Venezuela, dia 13, em Fortaleza. Dunga reassumiu a seleção em agosto de 2014. Até aqui foram 16 jogos - 14 vitórias, um empate e uma derrota.

O técnico Dunga minimizou o fato de a seleção brasileira só ter jogado bem no amistoso contra os Estados Unidos depois da entrada do atacante Neymar. O treinador do Brasil preferiu enaltecer o desempenho de outros jogadores e voltou a dizer que o time já atuou sem sua principal estrela.

"O bom é sempre contar com o Neymar, mas quando ele não está (em campo), os outros jogadores estão correspondendo", disse o treinador após a vitória por 4 a 1 sobre os Estados Unidos, na noite desta terça-feira, em Foxborough. "É que tudo que se fala do Neymar toma uma proporção muito grande."

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O Brasil encerrou neste amistoso sua preparação para a disputar as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O próximo jogo da seleção será em 8 de outubro contra o Chile, fora de casa, na estreia no torneio classificatório. No dia 13, o adversário será a Venezuela. Para esses dois jogos, o atacante do Barcelona estará suspenso, ainda pela expulsão na partida contra a Colômbia, na fase de grupos da Copa América.

Esse foi o principal motivo de Neymar ter ficado no banco de reservas diante dos Estados Unidos. O craque já tinha ficado na reserva na maior parte do jogo contra a Costa Rica, no último sábado, quando o Brasil só venceu por 1 a 0. Nesta quarta-feira, a seleção ganhava por 1 a 0 até o intervalo. Neymar entrou no segundo tempo, fez dois gols e abriu o caminho para a goleada por 4 a 1.

Faltando um mês para o início das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, Dunga fez mistério nesta segunda-feira e não revelou qual será a escalação para o amistoso contra os Estados Unidos, nesta terça, em Boston. O técnico afirmou que está em dúvida quanto ao time: não sabe se vai escalar uma equipe para vencer ou se vai aproveitar a oportunidade para fazer mais testes.

"A primeira observação nossa vai ser depois do treinamento, conversar com os jogadores para ver o desgaste. A segunda observação faremos com a comissão, para jogar um time que vai para ganhar ou para experimentar novos atletas", declarou o técnico, nesta segunda.

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Apesar de defender a opinião de que alguns atletas ainda precisam ser testados, o técnico reclamou que, independentemente do desempenho durante o jogo, o resultado será o norte das avaliações sobre o grupo. "Seria bom que as pessoas envolvidas no futebol pensassem que estamos com um time em formação e que olhassem além do placar. Se tivéssemos mais paciência nas análises, teríamos rendimento ainda melhor de alguns jogadores."

Uma das mudanças que Dunga pretendia realizar na atividade no Gillette Stadium era a entrada de Kaká como "falso 9" no lugar de Hulk. A ideia não pôde ser concretizada porque o meia do Orlando City ficou no hotel após sentir um desconforto muscular.

"Minha ideia fixa é que temos que observar alguns jogadores que não tiveram muitas chances. Mas ainda temos de levar em conta o que é cobrado de nós a todo momento. Temos que ponderar isso bastante. Precisamos experimentar novos jogadores. Alguns vieram e tiveram chances, outros ainda não. Temos que pensar bem para traçar a nossa meta para esse jogo", completou o treinador.

Dos 23 convocados para os dois amistosos, 17 entraram em campo no último sábado, em Nova York, diante da Costa Rica. Seguindo o pensamento do técnico, Alisson, Douglas Santos e os titulares Lucas Lima e Danilo podem ganhar mais chances. Reservas não utilizados como Filipe Luis, Roberto Firmino e Jefferson estiveram no grupo da Copa América e devem ter menos oportunidades.

Sobre a seleção adversária, Dunga exaltou os resultados recentes dos norte-americanos, que venceram a Alemanha, por 2 a 1, e a Holanda, por 4 a 3. "Se repetirem isso, será um grande teste. Para alguns foi surpresa a forma de jogar compacta, de marcação, mas para outros, não. Eles têm paciência de esperar o adversário errar para armarem o contra-ataque."

No último jogo, Neymar jogou apenas os 10 minutos finais, substituindo Douglas Costa. Após a entrada do craque, Miranda, que até então estava com a faixa de capitão, tratou de passá-la ao camisa 10. Dono da braçadeira na conquista do tetracampeonato em 1994, Dunga não se mostrou surpreso, afirmando que a ação do zagueiro foi "uma lição de humildade, respeito. Com a faixa ou sem a faixa, será um líder. Totalmente desprovido de vaidade. Isso me agradou e não é surpresa em se tratando do Miranda."

O técnico Dunga ficou desconfortável ao explicar nesta quinta-feira a convocação do atacante Neymar para os últimos amistosos de preparação para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, contra Costa Rica e Estados Unidos, mesmo sabendo que o jogador do Barcelona não vai poder atuar dois primeiros jogos do torneio classificatório para o Mundial da Rússia, em consequência de uma suspensão.

Durante a divulgação da lista, o treinador foi questionado se a decisão foi tomada por causa do contrato da CBF com patrocinadores, que exigiria a convocação de seus principais atletas. Dunga contestou, afirmando que "enxerga um pouco mais além do próprio nariz".

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"O Neymar é uma referência. Se nós tivéssemos pensado só nos dois primeiros jogos (das Eliminatórias) não levaríamos, mas estamos pensando em todos os jogos. Queremos ver como o time age com e sem ele", considerou. "O tempo é curto, não temos de trabalhar opções. Então qualquer tempo tem de ser aproveitado. Nenhum treinador deixaria o Neymar de fora."

Mesmo convocado, não é certo que Neymar participe do amistoso com a Costa Rica, marcado para o dia 5 de setembro, em Nova Jersey, já que está se tratando de uma caxumba. "Teremos duas semanas até lá, então vamos ver se ele terá condições de jogo." Em seguida, no dia 8, a seleção brasileira enfrenta os Estados Unidos, em Boston.

A CPI do Futebol aprovou um plano de trabalho que inclui o depoimento dos ex-craques Pelé e Zico a fim de contribuir com sugestões para a reestruturação do futebol brasileiro. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), membro da CPI, avalia que a programação do colegiado está praticamente completa e deverá trazer elementos para que os parlamentares destrinchem os problemas do esporte mais praticado do país e tentem encontrar soluções. 

De acordo com o plano de trabalho, os jornalistas Juca Kfouri, José Cruz, Sérgio Rangel e Jamil Chade, todos repórteres de esporte de grandes veículos de comunicação do país, serão os primeiros a falarem na CPI. Eles irão à CPI, já na próxima semana, na condição de testemunhas.

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Além deles, os parlamentares irão ouvir presidentes de federações de futebol de vários estados; presidentes de grandes clubes, como Flamengo, São Paulo, Grêmio e Atlético-MG; os próprios jogadores, representados pelo Bom Senso Futebol Clube; e ex-atletas como Cafu e Roque Júnior.

Segundo o senador, o objetivo original da CPI de investigar eventuais irregularidades em contratos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014 (COL) está mantido, mas que a ideia é avançar ainda mais. 

“Vamos muito além disso. A ideia é discutirmos aqui todos os pontos relacionados ao futebol, ouvindo os envolvidos com o esporte e nos debruçando, inclusive, sobre os documentos decorrentes de investigações já em curso feitas por órgãos competentes do Brasil e do exterior”, afirma Humberto.  

O plano de trabalho inclui ainda a vinda dos técnicos Felipão, Carlos Alberto Parreira e Dunga, assim como o depoimento do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira. 

“O nosso objetivo é realizar as oitivas para analisar a situação do esporte como um todo: o calendário de jogos, a situação financeira dos clubes e das federações, as condições de trabalho dos atletas e árbitros, assim como a gestão da CBF”, explica Humberto.

Os integrantes da CPI também aprovaram, na sessão de hoje, requerimentos que solicitam autorização da Procuradoria Geral da República para o compartilhamento de informações sobre o caso Fifa, investigado originalmente pelo FBI, e autorização para a ida de um grupo de trabalho formado pelos senadores aos Estados Unidos em busca da documentação. 

A ideia dos senadores é apresentar o relatório final da CPI no dia 24 de novembro e discuti-lo e votá-lo no dia 8 de dezembro.

Dunga está garantido no cargo e a comissão técnica da seleção brasileira não deverá passar por mudanças radicais. Mas a participação da equipe na Copa América será alvo de uma avaliação, a primeira mais profunda desde que o treinador reassumiu o cargo e Marco Polo Del Nero chegou à presidência da CBF. Uma reunião na sede na entidade, no Rio, foi marcada para esta terça-feira, mas pode ficar para os próximos dias porque a CBF está empenhada na elaboração de um texto substitutivo da MP de refinanciamento da dívida fiscal dos clubes.

No encontro com Del Nero estarão presentes Dunga, o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, e o secretário-geral da entidade, Walter Feldman, embora este tenha como principal atribuição nesta semana preocupar-se com a MP. O diretor de marketing da CBF, Gilberto Ratto, também pode ser convidado a participar, uma vez que esteve com a delegação desde a chegada ao Chile.

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Marco Polo vai receber relatórios de Dunga e Gilmar e outro de Feldman. Em seguida, fará vários questionamentos. Um deles, embora não em tom de cobrança, será sobre o descontrole emocional de alguns jogadores, sobretudo Neymar. O presidente lembrará que no Campeonato Brasileiro os juízes foram instruídos a advertir com cartão amarelo o jogador que reclamar, embora isso não tenha relação direta com a seleção porque a maior parte dos jogadores atua fora do País. Mas deve falar que pretende ver os atletas mais controlados.

O presidente também está preocupado com os jogadores que estarão à disposição. Acha que é importante usar a juventude ao lado da experiência. Neste contexto, Robinho ganha ainda mais força depois de ter sido o substituto de Neymar de fato. E Kaká pode ter nova oportunidade com Dunga.

O fracasso da seleção na Copa América não merecerá maiores reparos ou cobranças, embora Del Nero tenha dito em janeiro entender que o Brasil tem de ser no mínimo finalista de todas as competições de que participa. Mas também disse que Dunga não cairia caso isso não viesse a ocorrer no torneio do Chile porque o trabalho tem como meta a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Del Nero acredita que a seleção foi prejudicada pelos desfalques e erros individuais. No último domingo, o dirigente voltou a assegurar a permanência do treinador na seleção. "Ele ligou para o Dunga logo depois da partida, conversaram longamente e o presidente passou tranquilidade ao treinador. O risco que ele corre é zero. Dunga comentou que é muito bom trabalhar desse jeito, tendo respaldo", contou Feldman.

Na reunião também será iniciado o processo de preparação para as Eliminatórias. A disputa começa em outubro, mas Dunga e Gilmar pretendem ir à Rússia em julho para acompanhar o sorteio da tabela dos jogos. A Fifa vai promover um encontro para este fim no dia 25, em São Petersburgo.

A seleção volta a se reunir em setembro para dois amistosos, nos dias 4 e 8, nos Estados Unidos. A convocação para estes jogos será em agosto e a intenção da comissão técnica é chamar Neymar, mesmo se não puder contar com ele para os dois primeiros jogos das Eliminatórias.

O técnico Dunga comparou as críticas que recebeu na seleção brasileira quando atuava como jogador à situação dos afrodescendentes brasileiros. A afirmação foi feita na tarde desta sexta-feira (26), durante entrevista coletiva no Estádio Ester Roa, em Concepción, local da partida contra o Paraguai, no sábado, pelas quartas de final da Copa América.

"Nós éramos ruins com sorte e os outros eram bons com azar. Aquela seleção tinha uma cobrança de 40 anos sem Copa América e 24 anos sem Copa. Até acho que sou afrodescendente de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham para mim e falam 'vamos bater nesse aí'. E começam a me bater, sem noção e sem nada. Aqui na seleção só tem uma opção: ganhar. É um preço bom que se paga. É uma alegria e um orgulho defender esse País", afirmou o treinador.

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O treinador não deu pistas sobre a escalação que deverá utilizar. Uma boa possibilidade é a entrada de Fred no lugar de Philippe Coutinho para garantir maior força defensiva. O Brasil enfrenta o Paraguai neste sábado pelas quartas de final da Copa América. Se o jogo terminar empatado a decisão da vaga na semifinal será nos pênaltis.

Na véspera da partida contra o Paraguai, o técnico Dunga afirmou nesta sexta-feira que existe uma "pressão grande" sobre o atual grupo da seleção brasileira que disputa a Copa América, em uma comparação com as gerações anteriores da equipe.

"Eles têm uma pressão muito grande depois da Copa. Tem umas perguntas que devemos fazer. Se a seleção boa não ganhou, como colocar uma pressão na ruim? Temos que olhar o futebol de um jeito diferente", afirmou o treinador na tarde desta sexta-feira, em entrevista coletiva, quando foi questionado sobre o grupo que ele dirige e a sua própria geração.

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"Técnica e talento é bom (sic), mas não é o suficiente para escolher um time. Tem que montar um quebra-cabeça e um time. Para isso, há um conjunto de fatores", declarou o treinador. "Temos bons valores, os jogadores estão trabalhando e estão adquirindo a experiência."

O treinador não deu pistas sobre a escalação que pretende utilizar na partida decisiva. De maneira evasiva, ele comentou as alterações que fez contra a Venezuela, por exemplo, quando improvisou David Luiz como volante.

Na Copa América de 2007, quando conquistou o título, ele escalou Daniel Alves como meia. "Vai depender do que vamos conversar com os atletas. Temos que saber que nem sempre repetir algo é bom. É uma opção que podemos repetir nessa ou em outra ocasião."

A tendência é que seja feita apenas uma alteração na equipe que venceu a Venezuela. Fred pode ser escalado no lugar de Philippe Coutinho para garantir maior força defensiva no meio-campo.

Todo mundo que gosta do futebol queria ver Neymar em campo, afirmou no sábado o técnico Dunga, depois da punição contra a estrela da seleção, que está fora do restante da competição.

"Neymar é um representante, um personagem do futebol, as punições para ele foram muito grandes. É lógico que todos que amamos o futebol queremos ver ele em campo, e não só Neymar, mas também Alexis Sánchez, Lionel Messi, Angel Di Maria...", declarou Dunga em coletiva de imprensa, antes da partida contra a Venezuela, pelo Grupo C.

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Dunga evitou criticar o processo disciplinário da Conmebol, que puniu o jogador por quatro jogos depois da derrota por 1 a 0 contra a Colômbia pela confusão que causou ao final da partida.

"Temos as pessoas no jurídico da CBF que vão fazer o contraponto das decisões tomadas. Nós não queremos nada a nosso favor, não queremos nada contra nós. Tudo parelho. Julgamentos iguais para todos na competição", declarou Dunga em coletiva de imprensa na véspera do jogo.

O técnico questionou o cartão amarelo recebido por Neymar na partida contra a Colômbia, num lance em que o craque brasileiro foi acusado de tocar na bola com a mão propositalmente.

"Neymar recebeu 20 porradas (...) perdeu o equilíbrio e tocou na bola com a mão e levou o amarelo. Agora eu pergunto: quem deve levar o cartão? Quem perde o equilíbrio ou quem da a porrada?", questionou.

Ao fim da partida, Neymar foi expulso por iniciar uma confusão em campo, depois de acertar uma bolada em Pablo Armero e dar uma leve cabeçada em Jeison Murillo. A punição acabou sendo mais severa porque o árbitro relatou insultos proferidos pelo atacante no túnel que leva aos vestiários.

"Se cada um de nós fosse cortado por um erro, ninguém estaria aqui. Estamos aqui para fazer crescer os jogadores", refletiu Dunga, que garante que a decisão de ficar ou não com o elenco pelo restante da competição será de Neymar.

Brasil e Venezuela, ambos com três pontos no Grupo C, jogam a classificação às quartas de final neste domingo, a partir de 18h30, horário de Brasília, no estádio Monumental de Santiago.

Dunga define no treino da tarde deste sábado (20), no CT da Universidad de Chile, a seleção brasileira que enfrenta a Venezuela neste domingo em Santiago. Define, mais precisamente, o substituto de Neymar. Há duas opções principais: Robinho ou Philippe Coutinho.

Se optar pelo atacante do Santos, é bem provável que o meia do Liverpool também comece jogando, no lugar de Fred. Caso queira apenas mudar um jogador e formar o meio de campo com cinco nomes, o mais cotado é Coutinho. Mas há uma outra opção, que seria colocar Robinho ou Coutinho no lugar de Neymar, com Douglas Costa no meio de campo, por ser mais ofensivo que Fred.

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Outra alteração estudada é no comando do ataque. Diego Tardelli substituiria Roberto Firmino, embora no treino de sexta-feira este tenha ficado todo o tempo no time titular.

Dunga pediu neste sábado que o jogador que entrar no lugar de Neymar não seja comparado com o craque. "Nenhum jogador entra para substituir o outro, ele apenas entra no lugar do outro, com suas características", disse. "Senão, quem entra vai perder suas características. Nenhum jogador tem responsabilidade exclusiva de conduzir a seleção."

O treinador voltou a repetir que confia plenamente em todos os jogadores que fazem parte do grupo - muitos só estão no Chile porque os convocados inicialmente se contundiram - e que acredita que quem ele escalar contra a Venezuela dará a resposta em campo. "É uma oportunidade (a ausência de Neymar) de mostrar o quanto confiamos neles e temos certeza de que vão responder."

Dunga disse que desde o início de seu trabalho na seleção, no segundo semestre do ano passado, tenta tirar o melhor de cada jogador, dentro e fora do campo. "Tentamos encontrar mais liderança, colocar pressão nos jogadores que suportam mais. É isso que estamos buscando, mas não se vai conseguir do dia para a noite. Vale a pena transmitir a confiança."

O treinador prevê um jogo complicado contra a Venezuela, algo que até um passado recente não era nem considerado. Mas, para ele, o futebol mudou. "A Venezuela é uma equipe compacta, tem intensidade muito boa nos 90 minutos. Eles buscam ataque, têm jogadores que sabem o que fazem, jogam na Europa. A Venezuela amadureceu muito depois da última Copa América."

Para Dunga, chegar à última rodada da primeira fase ainda lutando pela classificação no Grupo C, não tem importância. "Temos de nos classificar. Temos equipe para isso. O importante é classificar."

O técnico Dunga optou por ficar na defensiva. Não, não é na maneira pragmática de jogar da seleção brasileira e sim em relação à suspensão de Neymar. Ele procurou não atacar diretamente o Tribunal Disciplinar da Conmebol, dizendo que cabe ao departamento jurídico da CBF se posicionar. Apesar de contrariado, procurou se controlar. E disse que, caso a suspensão por quatro jogos seja mantida, caberá ao jogador decidir se permanece ou não com o grupo que disputa a Copa América.

Na entrevista concedida no final da manhã deste sábado (20) no hotel em que a seleção brasileira está concentrada em Santiago, o treinador só foi mais incisivo ao criticar o cartão amarelo recebido por Neymar no jogo contra a Colômbia. Também reprovou a complacência dos juízes com a violência.

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"Neymar levou 20 faltas violentas durante a partida e depois, numa situação de jogo em que estava desequilibrado, colocou a mão na bola e levou amarelo", reclamou Dunga. "O amarelo deve ser dado a um jogador que meteu a mão na bola quando estava desequilibrado ou quem fez falta violenta? Isso eu pergunto a quem gosta de futebol."

Mas ele evitou entrar no mérito da suspensão por quatro partidas ao craque - a CBF vai entrar com recurso para reduzir a pena. "A gente tem as pessoas no jurídico da CBD que vão fazer o contraponto das medidas que foram tomadas contra o Neymar", explicou. "Não queremos nada a nosso favor nem nada contra nós. Queremos tudo parelho."

Caso a punição seja mantida, Neymar estará fora da Copa América. Então, caberá ao jogador decidir se permanece com o grupo - é um dos líderes e capitão da equipe - ou se desliga para curtir suas férias.

"Ficar ou não depende do líder, do jogador. Cada pessoa tem uma reação. A decisão tem de ser tomada pelo jogador", disse Dunga. "Ele tem de sentir de que forma vai colaborar com o grupo ou se é melhor sair para não transmitir tristeza, amargura. A gente quer ter homens no grupo, não meninos. Homens que tomem decisões."

Dunga prefere não acreditar que o momento político vivido pelos cartolas do futebol mundial, algo que atinge muitos dirigentes da Conmebol, possa ter influenciado o Tribunal Disciplinar - que teria sido rigoroso demais com Neymar para dar exemplo de austeridade. "Quero acreditar que não, deixar esse assunto para o setor jurídico da CBF. Vamos nos preocupar com o jogo com a Venezuela e achar soluções para nossa equipe."

Fora da convocação de Dunga para a Copa América que está sendo realizada no Chile em 2015, o meia Hernanes vem acompanhando de perto a seleção e torcendo pelo sucesso dela na competição. Presente na Copa do Mundo de 2014 quando o técnico era Luis Felipe Scolari, o jogador ainda não foi chamado para defender o Brasil desde que o ex-capitão do tetra retornou ao comando da canarinha. Em boa fase na Inter de Milão, o atleta espera que esse período longe da seleção dure pouco tempo.

O meia vê com bons olhos o trabalho que está sendo desenvolvido por Dunga a frente da Seleção. O técnico vinha invicto em 11 jogos após a copa do mundo perdendo apenas no último confronto diante da Colômbia, na quarta-feira (18), pela Copa América. “Tenho acompanhado todos os jogos da Seleção. O Dunga tem feito uma boa campanha no comando. Ele vinha ganhando todas, porém teve esse tropeço diante da Colômbia, mas ele tem um retrospecto de vitórias muito bom”, avaliou o atleta.

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Para o jogador da Inter de Milão, a derrota para a seleção Colombiana, apesar de ter deixado o Brasil numa situação delicada na competição sul-americana, não foi surpreendente. O pernambucano classifica o adversário da equipe com uma das novas grandes potências do futebol mundial. Contudo, na sua avaliação o time de Dunga poderia ter rendido mais na partida no Chile. “O Brasil contra a Colômbia enfrentou uma equipe que tem vivido um momento muito bom. Sabíamos que não seria fácil. Os pontos fortes do Brasil foram bem anulados. A seleção também não desempenhou o futebol que estamos acostumados a ver”, reconhece.

Hernanes assegura que o retorno a seleção ainda está nos seus planos. O meia garante que pretende retornar a vestir a camisa amarelinha brevemente. Para ele, a sua preparação física é um diferencial para a volta ao time. “Estou com 30 anos, mas tenho cara e físico de 20. Então ainda tenho muitos objetivos com a seleção e quero voltar o mais rápido possível”, comenta.

Carreira

Tendo terminado sua primeiro ano na Inter de Milão, o jogador projeta para a temporada 2015/2016 conquistar o título Italiano, feito que ainda não conseguiu na Itália. O meia que atua já há cinco anos no país conquistou apenas uma Copa da Itália quando defendia a Lazio. “Estou há cinco anos na Itália e minha expectativa para as próximas temporada e brigar para ser campeão italiano. Eu ainda não tive esse prazer e tenho certeza que a Inter de Milão pode conseguir isso”, declara. O atleta acrescenta que voltar para o futebol brasileiro ainda não está nos seus planos para o futuro. “Eu ainda me vejo jogando no mínimo mais três anos na Europa. Não penso ainda em voltar”, finalizou.

O Brasil encerrou a série de 11 vitórias seguidas da nova era Dunga ao perder por 1 a 0 para a Colômbia, e o treinador ainda terá encontrar uma solução para armar a seleção sem Neymar, que foi expulso e terá que cumprir suspensão.

Temos de encontrar a forma de superar a falta dele e resolver a nossa situação. Já jogamos uma vez sem Neymar e agora vou avaliar o que pode ser feito com os jogadores que temos", disse Dunga.

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A única vez que o Brasil atuou sem seu capitão foi no dia 7 de junho, quando venceu o México por 2 a 0, em amistoso disputado em São Paulo.

O técnico da seleção também criticou o árbitro pela expulsão do camisa 10. "Ele não soube controlar a partida, e o que aconteceu no final foi lamentável", reclamou.

Além dos problemas com Neymar, Dunga admitiu que o Brasil "não teve uma boa atuação, nem individualmente, nem coletivamente".

Sem poder contar com Neymar, a seleção precisa vencer a Venezuela no domingo para não depender de outros resultados visando à classificação.

"Quando ganhamos, não está tudo bem, e quando perdemos, também não está tudo ruim. Temos que nos recuperar rápido", completou Dunga.

O Brasil vai ter de aprender a se virar sem Neymar para buscar a classificação para as quartas de final da Copa América. Domingo, contra a Venezuela, o atacante não jogará por ter sido expulso nesta quarta-feira, após o fim do jogo contra a Colômbia - durante a partida, havia recebido o segundo cartão amarelo, o que já o deixaria suspenso. Mas o técnico Dunga acha possível a seleção apresentar um bom futebol, mesmo sem o seu craque.

"Temos de esperar amanhã (hoje) para começar a pensar uma forma de jogar", disse o treinador, admitindo que sem Neymar o Brasil terá de mudar sua maneira de atuar. "Vamos recorrer aos jogadores que temos, superar a ausência para resolver nossa situação."

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E existe o risco de o Brasil, caso se classifique, ficar sem Neymar também nas quartas de final. Isso porque, pelo parágrafo 3 do artigo 29 do Regulamento da Copa América, ele poderá cumprir uma partida de suspensão pelos dois cartões amarelos e outra pela expulsão. "Não nos falaram nada sobre isso", disse Dunga depois da partida. A Conmebol deve esclarecer a situação nesta quinta-feira.

Dunga reconheceu que a seleção, que perdeu pela primeira vez sob seu comando, não esteve bem individual nem coletivamente. Mas colocou parte da culpa pelo tropeço no juiz chileno Enrique Osses. "Eu não chamaria esse juiz nem para apitar um jogo entre amigos. Imagina então numa Copa América, que reúne os melhores jogadores do mundo. Ele permitiu a violência, provocações e tivemos esse final lamentável", afirmou o treinador, referindo-se à briga após o encerramento da partida.

Na quarta-feira, no Estádio Monumental de Santiago, Neymar vai reencontrar pela segunda vez o lateral Zúñiga, o jogador colombiano que o tirou da Copa do Mundo com uma joelhada que causou uma fratura em sua terceira vértebra. Na primeira vez em que se enfrentaram após o Mundial, em um amistoso em setembro do ano passado, em Miami, os dois trocaram um abraço carinhoso, iniciativa do colombiano. Nesta quarta-feira, o técnico Dunga, não vê motivos para preocupação no novo reencontro.

"Não preocupa o Neymar. Ele jogou com a Colômbia nos Estados Unidos. No meu modo de ver, foi uma entrada de jogo, perdeu a coordenação de movimento. Não tinha como parar e acabou fazendo a falta. Parto do pressuposto que nenhum jogador entra de forma desleal para tirar um companheiro de trabalho do jogo", afirmou o treinador.

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Para o lateral colombiano, o assunto ficou no passado. "Está tudo bem com Neymar. Já ficou tudo no passado. Vou jogar contra o Brasil como joguei contra a Venezuela, é um jogo normal. Espero que não armem uma polêmica sobre isso", afirmou o lateral.

No jogo das quartas de final da Copa do Mundo, Neymar sofreu uma entrada de Juan Zúñiga aos 42 minutos do segundo tempo e saiu do jogo de maca, chorando muito. Após exames, veio a constatação de uma fratura na terceira vértebra, na região lombar. O jogo terminou com vitória do Brasil, por 2 a 1, e classificação para a semifinal (derrota para a Alemanha por 7 a 1). Neymar usou uma cinta de imobilização, teve boa recuperação, sem sequelas, e voltou a atuar no início do mês de agosto, pouco mais de um mês após a lesão.

Neymar perdoou o colombiano. "Eu o perdoaria. Não sinto rancor, não sinto ódio. Me ligou, me pediu desculpas, que não queria me machucar, falou um bocado de coisas legais. Não sinto ódio, desejo que tenha sucesso na carreira. Tudo de melhor para ele", afirmou logo após a lesão.

Além de ter aceitado o abraço em setembro, o craque do Barcelona convidou Zúñiga para o desafio do balde de gelo, uma corrente que ganhou força no ano passado e consistia em tomar um banho com água gelada ou fazer doações para uma entidade que luta contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA).

Com a missão, quase obrigação, de dar início efetivo ao processo de resgate do prestígio que teve durante décadas e que foi perdido de forma catastrófica na última Copa do Mundo, a seleção brasileira estreia neste domingo (14) na Copa América. Enfrenta o Peru às 18h30 (de Brasília), no estádio Germán Becker, em Temuco, e tanto o técnico Dunga como os jogadores sabem que vencer é fundamental. O torneio no Chile é a primeira competição oficial da equipe depois do fracasso no Mundial de 2014 e um tropeço criará um clima de desconfiança.

Quase um ano depois daquele fatídico 7 a 1 levado da Alemanha, o Brasil chega à Copa América bem diferente. A rigor, apenas um jogador está em alta: Neymar. Os demais, sobretudo os outros seis remanescentes do Mundial - Jefferson, David Luiz, Fernandinho, Thiago Silva, Willian e Daniel Alves, que chegou em cima da hora - precisam mostrar serviço.

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Até mesmo Dunga está sob avaliação. Ele tem a sua permanência pelo menos até a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, prometida pela CBF, independentemente de resultados - desde que o poder permaneça nas mãos de Marco Polo Del Nero. Também se apoia nas 10 vitórias em 10 jogos desde que assumiu, inclusive em amistosos contra de rivais de primeiro nível. "O principal objetivo, sem dúvida nenhuma, é continuar vencendo", disse o treinador brasileiro.

No Chile, o Brasil tentará o nono título da Copa América, mas Dunga prevê que não será fácil. "Será uma competição difícil porque as equipes cresceram e os jogadores estão em fim de temporada", analisou. "Os favoritos são Chile e Argentina. Depois as outras seleções, como Brasil e Uruguai, que vêm logo atrás".

Campeão da Copa América em 2007, na Venezuela, primeiro competição oficial que encarou em sua passagem anterior pela seleção, Dunga tenta tirar pressão dos ombros dos jogadores. "Não entendo. Em 2007, quando ganhamos, a Copa América não era tão importante assim. Agora parece que tem o mesmo valor de uma Copa do Mundo", constatou.

Mas, apesar do discurso, sabe que no mínimo a seleção terá de apresentar um futebol convincente. No segundo semestre terá início o desafio mais importante na caminhada rumo à Rússia: as Eliminatórias. Dunga prevê uma briga bem complicada pelas vagas. E sabe que a seleção precisa entrar com moral nesta briga. Para isso, bom resultado na Copa América servirá para dar confiança. A começar pelo jogo deste domingo contra o Peru.

O técnico tem poucas dúvidas na escalação. A principal delas é o substituto do meia Oscar, que não foi chamado por estar machucado. Deve optar por Philippe Coutinho, que mostrou mais objetividade do que Fred nos amistosos. No ataque, Diego Tardelli tem mobilidade e dinamismo, mas Roberto Firmino vem aproveitando bem as oportunidades.

Prestes a comandar a seleção brasileira em seu primeiro jogo oficial depois do fiasco da Copa do Mundo do ano passado, Dunga deixou claro que pretende usar a Copa América como prova de fogo para seu principal objetivo: as eliminatórias para o Mundial de 2018, na Rússia.

"É uma competição diferente, vai haver eliminatórias, Jogos Olímpicos, e temos que usar todas essas partidas como preparação para as eliminatórias", explicou o treinador em entrevista coletiva realizada neste sábado, antes de fazer o reconhecimento o gramado do estádio de Temuco, onde enfrentará o Peru no domingo.

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"Sempre queremos vencer. Não dá para vencer sempre, mas temos que ser competitivos", enfatizou.

Dunga foi campeão da Copa América duas vezes como jogador (1989 e 1997) e uma como treinador, em 2007, na sua primeira passagem à frente da seleção.

Contra o Peru de Guerrero, o capitão do tetra não espera moleza. "É um adversário difícil, muito competitivo", alertou.

"Temos que saber o momento certo de atacar e defender. Teremos que ter a humildade de defender sem a bola e a audácia de atacar quando tivermos a bola", explicou.

'Nem tudo é eterno'

Dunga admite que é impossível apagar o vexame histórico da goleada de 7 a 1 para a Alemanha, mas aponta que o título na Copa América pode deixar a seleção embalada para a disputa de eliminatórias que prometem ser bastante complicadas.

"Tem certas coisas que acontecem em nossa vida que vão cicatrizar, mas não tem como tirar a marca. O Brasil perdeu em 50 para o Uruguai e sempre vai se falar daquilo. Não importa se já jogamos outras vezes e vencemos. Temos que seguir adiante, sabemos que nem tudo na vida é eterno. A vitória é boa, mas não é eterna. A derrota é ruim, mas não é definitiva", filosofou.

O Brasil não disputou as últimas eliminatórias por ser o anfitrião da competição, e terá que voltar à dura rotina de viagens em estádio muitas vezes inóspitos a partir de outubro.

"Todos adoram o Brasil, mas todos adoram ver o Brasil perder. Essa é a maior dificuldade que temos. O maior prazer deles é vencer o Brasil. Quando as equipes jogam entre elas, o jogo é diferente. Contra o Brasil é outra atmosfera", analisou Dunga.

O treinador voltou a elogiar Neymar, que escolheu para ser seu capitão nessa nova jornada, com o sonho de ver o craque do Barcelona levantar a taça do hexa na Rússia.

"Desde a nossa chegada, nós pensamos em colocar um jogador como capitão pelo carisma, pelo que ele representa, pelo futebol, pela postura. O futebol é muito vinculado às crianças, com pessoas alegres. O Neymar representa isso. Sem falar que é um jogador excepcional", completou.

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