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O pastor Everaldo Pereira, aclamado candidato do Partido Social Cristão (PSC) à Presidência da República, em convenção nacional realizada nesta manhã em São Paulo, afirmou que, como cidadão brasileiro, governará para todos os brasileiros. "Vou trabalhar para todos", disse, quando questionado sobre a força da bancada evangélica no Congresso Nacional. Everaldo é pastor da igreja Assembleia de Deus e figura nas pesquisas eleitorais com cerca de 3% a 4% das intenções de voto.

O candidato do PSC discursou na plenária lotada da Assembleia Legislativa de São Paulo. A organização estima que 5 mil militantes compareceram à convenção, entre os presentes no auditório e os que ficaram do lado de fora do prédio.

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Apesar de compor a base do governo até o início deste ano, Everaldo adota o discurso da mudança. "Hoje 74% dos brasileiros querem mudança e a nossa candidatura é a única que pode oferecer essa mudança", afirmou durante seu pronunciamento. Segundo o candidato, o partido fazia apenas parte da base parlamentar e votava de acordo com o interesse dos brasileiros.

Everaldo bateu em pontos comuns a qualquer campanha, como os problemas em saúde, educação e segurança pública. "O combate ao crack virou uma lenda. No Brasil de hoje, a grande maioria que paga impostos não tem acesso a um serviço de saúde de qualidade", disse.

Everaldo reafirmou discurso de defesa da família "como está na Constituição" e posicionamento contrário ao aborto. "Defendo a vida desde a sua concepção e defendo a família como está na Constituição brasileira", disse. Everaldo disse ainda que a família brasileira deve ser respeitada e protegida e num País onde "os valores tradicionais da nação brasileira sejam resgatados, respeitando os direitos das minorias".

Marco Feliciano, deputado federal do partido por São Paulo que presidiu a Comissão de Direitos Humanos, no ano passado, criando polêmica sobre sua postura conservadora para temas como direitos de minorias, não compareceu ao evento. "Até saudei ele. Para mim, ele estava aí. Não prestei atenção", disse o pastor.

No campo político e econômico, o candidato afirmou que fará uma reforma administrativa, com redução dos ministérios para 20, reforma fiscal e um novo pacto federativo. "Nossos prefeitos estão com o pires na mão, pedindo misericórdia para fechar as contas", afirmou. Segundo Everaldo, o bolo da arrecadação deve ser distribuído com mais justiça, priorizando municípios.

A renegociação da dívida pública interna também é uma proposta do candidato pelo PSC, que afirma que o Brasil paga 44% da arrecadação em serviços da dívida. Segundo ele, não haveria quebra de contrato, apenas renegociação junto aos credores. "Em 1913 foi a última renegociação da dívida interna", afirmou.

Everaldo citou ainda o ex-presidente Itamar Franco como exemplo de diálogo entre partidos para o bem do País. "Ele pegou o País numa situação difícil, chamou todas as forças políticas e conseguiu, sem olhar para seu interesse pessoal, o interesse do seu partido, mas olhando o interesse do Brasil, nos deixar estabilidade econômica e eleger sucessor que nem era do seu partido", completou.

O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força Sindical, disse há pouco que seu partido vai referendar, no próximo sábado, o apoio à candidatura do tucano Aécio Neves. Em rápido discurso, Paulinho criticou duramente o governo Dilma Rousseff, dizendo que o PT não cumpriu os compromissos firmados com a classe trabalhadora.

"Quando ela (Dilma) sai e aparece no telão, o povo esculhamba porque vai na televisão para mentir", disse, sobre o xingamento que recebeu na abertura da Copa do Mundo no Brasil, na Arena Corinthians, nesta quinta-feira (12). "O povo mandou ela para o lugar que tinha que mandar".

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O pré-candidato do PV à Presidência da República, Eduardo Jorge, que será confirmado neste sábado (14) na corrida eleitoral ao Palácio do Planalto, classificou como "violência" o xingamento contra a presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo, na última quinta-feira (12). "Fiquei chocado com o que ocorreu. Aquilo foi falta de educação. O xingamento foi uma violência contra a presidente Dilma", disse.

Apesar da solidariedade a Dilma, o pré-candidato verde se lança ao Planalto, segundo ele, para ser uma opção ao eleitor que "acredita no desenvolvimento sustentável e quer votar verde" e é contra os "partidos do século 20".

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Jorge disse que o PV vem para essas eleições com "um programa íntegro", retomando bandeiras da legenda que ficaram fora da campanha de 2010, quando a ex-senadora Marina Silva (PSB) concorreu pela legenda. "Ela agregou muita coisa, mas tem ideias decorrentes da sua posição religiosa que são muito conservadoras", afirmou.

Sem Marina para perseguir o feito de 2010, quando ela obteve quase 20 milhões de votos, o PV encampou a legalização do aborto e a descriminalização da maconha como bandeiras. "O PV tem uma posição bem mais liberal (que a Marina)", defende.

O PV vai para as eleições com uma chapa pura, sem aliado, o que dará a Eduardo Jorge apenas um minuto para a campanha de televisão. Ele minimiza o peso que o pouco espaço dará para discutir o programa de governo elaborado em um mês. Ao ser questionado sobre o tema, o pré-candidato verde desvia: "Vamos multiplicar pães e peixes."

Jorge também irá defender uma reforma política favorável ao voto distrital e facultativo. A energia solar receberá espaço na plataforma de governo do PV, assim como mudanças na matriz industrial "datada" representada pelas montadoras de carros. O pré-candidato defende, ainda, o fim do monopólio do sistema financeiro no Brasil. "Precisamos acabar com esse domínio economicista de dez grandes bancos que mandam no Brasil", disse.

Começa a convenção nacional do PSDB que vai homologar, logo mais, o nome do senador mineiro Aécio Neves à Presidência da República. Aécio chegou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Aécio entrou no palco do auditório de mãos dadas com FHC e foi ovacionado pelos correligionários.

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), que chegou a ser cotado para disputar as eleições presidenciais deste ano pelo PSDB, também está presente. A ideia dos tucanos é mostrar que o partido começa oficialmente esta corrida à Presidência da República unido. A presença de Serra é simbólica para mostrar essa unidade.

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Os militantes do PSDB começam a chegar para a convenção nacional da legenda, neste sábado (14), em São Paulo. São esperadas cerca de 1500 pessoas no evento, que deve oficializar a candidatura presidencial do senador Aécio Neves.

No cronograma dos discursos, estão previstas as participações de representantes da Juventude do PSDB, do Tucanafro, da ala sindical, das mulheres e dos governadores Teotônio Vilela (AL), Marconi Perillo (GO), Beto Richa (PR), além dos presidentes do Democratas, senador Agripino Maia, e do Solidariedade, Paulinho da Força.

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A parte final do evento deve ser dedicada aos representantes do Estado de São Paulo, como o ex-governador José Serra, o governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que deve anunciar o nome de Aécio Neves. A presença do senador e presidente do PSDB está prevista para em torno de 11h.

Para apresentar o candidato da legenda à Presidência, os tucanos apostam em resgatar a história do mineiro, como as passagens que teve no comando da Câmara dos Deputados (2001-2002) e no Estado de Minas Gerais (2003-2010), em um vídeo que será exibido ao público presente. O avô de Aécio, o ex-presidente Tancredo Neves, um dos símbolos da redemocratização do País, também será lembrado. O slogan de Tancredo quando foi escolhido presidente do Brasil era "Muda Brasil", na mesma linha da campanha que Aécio irá colocar em campo nesta campanha ao Palácio do Planalto.

Pesquisa feita pelo Instituto Sensus mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu uma nova queda nas intenções de voto. No cenário mais provável, que inclui as candidaturas de partidos nanicos, a presidente caiu de 34% das intenções em abril para 32,2% no levantamento divulgado neste sábado pela revista IstoÉ.

Na direção contrária de Dilma, o senador Aécio Neves, presidenciável do PSDB, subiu de 19,9% para 21,5% das intenções. Já Eduardo Campos, do PSB, oscilou negativamente de 8,3% para 7,5%, variação dentro da margem de erro de 1,4 ponto porcentual.

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No mesmo cenário, o pastor Everaldo Pereira (PSC) se manteve com 2,3% das intenções de voto, Mauro Iasi (PCB) saiu de 0,3% para 1,7%, Eymael (PDC) ficou com os mesmos 0,4% de abril e Levy Fidelix (PRTB) oscilou de 0,1% para 0,2%. Randolfe Rodrigues (PSOL), que retirou ontem seu nome da disputa presidencial em favor de Luciana Genro, oscilou de 1,0% em abril para 0,9%. Brancos, nulos e indecisos caíram de 33,9% para 28,8%.

Nas simulações de segundo turno, a diferença entre a presidente Dilma Rousseff e seus potenciais adversários caiu. No cenário com Aécio Neves, o placar fica em 37,8% contra 32,7% do tucano (diferença de 5,1 pontos porcentuais). Em abril, Dilma ganharia de Aécio de 38,6% contra 31,9% (6,7 pontos porcentuais). Quando o oponente de Dilma é Eduardo Campos, a presidente ganharia com 37,5% contra 26,9% (10,6 pontos de diferença). Em abril, o placar era de 39,1% para a petista contra 24,8% do pessebista (14,3 pontos).

A pesquisa Sensus, contratada pelo próprio Instituto, foi a campo entre 26 de maio e 4 de junho e ouviu 5000 eleitores em 191 municípios de 24 Estados do País. O levantamento tem nível de confiança estimado de 95% e margem de erro máxima de 1,4 ponto porcentual. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR-00161/2014.

Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto na disputa pelo governo paulista, com 21%, o empresário Paulo Skaf, de 58 anos, presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), será oficialmente lançado neste sábado (14) como candidato do PMDB com a crença de que chegou ao fim a polarização entre PT e PSDB no Estado.

A confiança se escora nos números: no mais recente levantamento do Datafolha, publicado no dia 7, o ex-ministro Alexandre Padilha (PT) tem 3% e o governador Geraldo Alckmin, 43%. "Não há mais aquela polarização que vinha ocorrendo há 20 anos em São Paulo. Há uma nova polarização no Estado, e ela se dá entre o PMDB e o PSDB. Isso é nítido. É o fato novo neste momento."

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Skaf não aceita que o comparem ao ex-deputado Celso Russomanno (PRB), que liderou as pesquisas nas eleições municipais de 2012 e acabou fora do segundo turno, atrás de PT e PSDB. "O cenário de hoje é muito diferente. O tempo de TV está mais equilibrado", disse Skaf, que disputou o governo pelo PSB em 2010 e ficou em quarto lugar, com 4,5%. Segundo ele, o tempo de TV já passa de 4 minutos, "um tempo muito bom".

O candidato disse que "nunca" convidou o ex-prefeito Gilberto Kassab para vice. "Houve conversas, mas em nenhum momento isso foi ventilado: nem Senado nem vice". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Era de se esperar que houvesse protestos durante a abertura da Copa do Mundo. Não seria novidade, visto que, em junho do ano passado, milhares de cidadãos inconformados com o atual sistema político coloriram as ruas do país para alertar a sociedade para a deficiência e incompetência daquele que, na teoria, foram eleitos para cuidar das mais básicas necessidades de uma população há séculos desgastada pela ganância e corrupção alheia. O que não se previa, no entanto, era a falta de educação.

O que alivia, perante o cenário de grosseria visto na última quinta-feira (12), é saber que há muito mais brasileiros conscientes de que o episódio foi vexaminoso para a própria população do que os que acham que a melhor forma de protestar contra os altos valores empreendidos na realização do Mundial seria optar por mandar a presidente Dilma Rousseff (PT) “tomar no c#”.

O ex-governador Eduardo Campos (PSB), um dos principais adversários de Dilma Rousseff na disputa pelo Palácio do Planalto e um dos críticos mais ferrenhos ao modelo de administração do Partido dos Trabalhadores, reconheceu que as vaias e os xingamentos não são a forma mais apropriada para demonstrar insatisfação, principalmente quando todos os olhares estão voltados para o nosso país. Ou seja, a oposição, que teoricamente busca tirar proveito de tudo, dessa vez optou pelo caminho do meio, pelo caminho da conscientização.

A população não somente tem o direito como deve se manifestar em prol dos seus interesses, mas esse protesto precisa ser feito com educação e, principalmente, sempre levando em consideração que o meu direito termina quando começa o do próximo. É sabido que a absoluta maioria dos que foram eleitos pelos nossos votos não merecem “o que o gato enterra”, como se diz por aí, mas o grande trunfo está em não descer ao nível destes; a vitória começa a surgir quando tomamos atitudes sem nos esquecer de sermos humanos.

Frente Popular do PSB - O presidente do PPS de Pernambuco, Raul Jungmann, endossou as críticas feitas pelo prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSBD), à falta de diálogo das lideranças que constituem a executiva estadual do PSB. Jungmann disse que é comum os socialistas decidirem sozinhos os rumos da Frente Popular e que estranha, diante de tal atitude, as cobranças de engajamento feitas pelo PSB. “Não se pode cobrar que as pessoas entrem numa campanha quando são deixadas de fora. [...] Isso é voz corrente entre vereadores e deputados”, alertou o pós-comunista.

Todo cuidado é pouco - A cientista política paulista Maria Hermínia Tavares, ao analisar o decreto da presidente Dilma Rousseff (PT) que regulamenta os chamados “conselhos populares”, alertou para o risco do uso indiscriminado desses mecanismos, que, no final das contas, pode servir para fortalecer o Poder Executivo. “No mais das vezes os plebiscitos e referendos são convocados quando o governo acha que vai ganhar, pois já houve uma prévia sondagem na opinião pública”, disse Hermínia.

VEM - O superintendente de bilhetagem eletrônica do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Pernambuco, Pedro Luiz Ferreira, garantiu que a entidade conseguiu mobilizar um grande efetivo para conseguir atender à demanda da população que, a partir da próxima segunda-feira (16), vai poder solicitar a revalidação dos créditos Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) que foram expirados. O atendimento aos usuários vai ser feito via internet ou por meio de um call-center.

Curtas

Vuvuzelas, apitos e etc. – O deputado estadual Ricardo Costa (PMDB) prometeu reunir seu grupo político para animar a convenção da Frente Popular de Pernambuco, amanhã (15), no Clube Português. O peemedebista é um dos grandes defensores do alinhamento do seu partido com a pré-candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao Governo do Estado.

Racismo – O jogador Marcelo Vieira foi alvo de diversos comentários racistas feitos por internautas inconformados com o desempenho do lateral-esquerdo na partida entre Brasil e Croácia. Minutos após o atleta canarinho ter marcado um gol contra na estreia da Copa do Mundo, torcedores indignados atribuíram o feito à cor da pele do jogador. Um verdadeiro retrocesso!

Perguntar não ofende: Lula tem cacife que o PTB tanto espera para eleger Armando Monteiro?

O presidenciável do PSB, Eduardo Campos, disse que "se colhe o que se planta", em relação às vaias e hostilidades direcionadas à presidente Dilma Rousseff no jogo de abertura da Copa, realizado ontem no Itaquerão. Em entrevista à rádio CBN de Cascavel (PR), Campos ressalvou contudo que as manifestações podem ter sido inapropriadas. "Talvez possa não ter sido a melhor forma de expressar esse mau humor, essa discordância (da população), mas o fato é que vale o ditado: Na vida a gente colhe o que a gente planta", disse o pessebista.

Campos repetiu que o desejo de mudança é crescente na população brasileira, o que o leva a estar confiante na vitória dele e de sua vice Marina Silva nas urnas em outubro. O pré-candidato foi questionado sobre suas propostas para o Paraná, ao que respondeu que o Estado não pode continuar sendo "perseguido" por causas de brigas políticas. "O Paraná é um Estado que tem dado muito ao Brasil e que tem recebido pouco do Brasil. Não se pode misturar interesses de um Estado com os interesses de partidos políticos." Enquanto a Presidência é do PT, o Paraná é governado pelo tucano Beto Richa, que tenta a reeleição com apoio do PSB local.

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Com relação a propostas concretas para o Paraná, Campos disse que, se eleito presidente, trará mais recursos para obras de infraestrutura, como de ferrovias que façam a ligação do oeste paranaense aos portos. No plano nacional, Campos voltou a criticar a condução da economia e o número de ministérios do governo Dilma Rousseff.

Enquanto as atenções estavam voltadas para a abertura da Copa do Mundo, ontem, em São Paulo, no Recife o candidato do PSB a governador, Paulo Câmara, conseguiu dois apoios importantes: o do PROS, partido que já havia anunciado sua ida para o palanque de Armando Monteiro (PTB), e a manutenção do PR na aliança.

Liderada pelo deputado Inocêncio Oliveira, a legenda republicana havia decidido não participar da convenção que homologa Câmara no próximo domingo. Não assinou o edital cinco dias antes do evento, como determina a lei.

Mas, depois de uma longa conversa com o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, um dos principais coordenadores da campanha socialista, Inocêncio recuou. Vai à convenção e, consequentemente, desiste de debandar para o palanque de Armando, com quem conversou bastante ao longo dos últimos dias.

A decisão de Inocêncio não surpreende, porque ele é um político que tem arroubos e já é visto como folclórico. Faz ameaças veladas, promete o que não pode, provavelmente apenas para barganhar, e acaba ficando onde está: no lado mais conveniente do poder, à sombra do Governo.

Quanto ao PROS, o jogo foi muito mais pesado e chama atenção pelo fato de sua direção estadual ter sido destituída. Ligado a Armando, o deputado José Augusto Maia foi rifado grosseiramente uma semana após ter anunciado que o partido ficaria com o candidato trabalhista, tendo em vista que no plano nacional está alinhado à reeleição da presidente Dilma.

Em alguns Estados, de fato o PROS verticalizou a sua decisão nacional e por isso mesmo era dado como natural o seu ingresso no palanque de Armando. Sai desmoralizado o deputado José Augusto Maia, que sofreu o maior golpe político deste processo inicial da sucessão estadual.

FALTOU VOTO– O que levou o deputado Isaltino Nascimento a desistir da disputa à Câmara dos Deputados: falta de votos suficientes. E a informação certa de que o Supremo Tribunal federal vai manter, na próxima quarta-feira, a decisão de reduzir o tamanho das bancadas federais e estaduais. No caso de Pernambuco, a bancada federal perde uma cadeira, saindo de 25 para 24, e a estadual uma, de 49 para 48. Isso aumenta o coeficiente eleitoral.

Queria ser vice– Inocêncio só voltou ao palanque de Paulo Câmara porque, nas negociações com a oposição, ele próprio queria ser o vice de Armando. O comando trabalhista concluiu que sua presença na chapa daria um impacto negativo, não apenas por ser um político em fim de carreira, mas pelos altos e baixos do parlamentar em suas decisões.

Também desistiu?– Isaltino Nascimento pode não ser o único a jogar a toalha. Circulou, ontem, nos bastidores, a informação de que o ex-secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, também teria desistido de disputar um mandato federal. Se isso vier a se confirmar, Tadeu entra na campanha do candidato do PSB a presidente, Eduardo Campos, assumindo função destacada.

Perdeu o comando- Apesar de ter se pronunciado, ontem, através de uma minúscula nota negando o desfecho da sua saída do partido, o prefeito de Caruaru, José Queiroz, está de fato fora do comando do PDT, que passa ser dirigido pelo deputado federal Paulo Rubem Santiago. O anúncio formal da ida do partido para o palanque de Armando deve ser feito hoje.

Sem guia na TV– Sem o pai José Queiroz à frente do PDT e desfiliado do partido, o deputado federal Wolney Queiroz fará uma campanha bem atípica para tentar a reeleição. Mantendo o apoio a Paulo Câmara, o que é certo, fica fora da propaganda eleitoral no rádio e na televisão e não pode fazer propaganda de rua nem imprimir material impresso com os seus candidatos majoritários.

CURTAS

NO RIO– Não é simples acabar com a candidatura de Miro Teixeira (PROS) ao Governo do Rio. Sua manutenção é parte do acerto de Eduardo Campos e Marina Silva para ela engolir o apoio do PSB à reeleição de Geraldo Alckmin em São Paulo.

NA COORDENAÇÃO- Neto do mestre Ariano Suassuna, o militante político João Suassuna reforça a coordenação da campanha de Paulo Câmara a governador na Região Metropolitana. Com isso, também desistiu de disputar um mandato na Assembleia Legislativa.

Perguntar não ofende: A novela do PDT em Pernambuco acaba hoje? 

Em reunião com o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, na tarde dessa quarta-feira, 11, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), e outros líderes do partido reforçaram a decisão de manter candidatura própria ao governo do Rio e insistiram na tentativa de uma coligação formal com os tucanos. Aécio terá que decidir entre a aliança com o pré-candidato do DEM ao governo do Rio, o ex-prefeito Cesar Maia, ou apoio à reeleição do governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB. O tucano tentou convencer Maia a desistir da disputa, mas ontem ouviu de Agripino que o partido não abre mão do Rio, terceiro colégio eleitoral do País, com 12 milhões de eleitores.

Dissidentes do PMDB liderados pelo presidente regional do partido, Jorge Picciani, lançaram o movimento "Aezão", que reúne Aécio e Pezão e têm pressionado o PSDB a entrar formalmente na chapa do governador. O pré-candidato tucano tem procurado não se indispor com nenhum de seus apoiadores. "Recebo manifestações de forças políticas que vão além do meu partido. No Rio de Janeiro, nossa responsabilidade maior é com a construção das bases de um programa nacional. O Rio é extremamente decisivo. As alianças, os apoios que busco vão além da nossa base nacional. Com esse número exagerado de partidos, as lógicas regionais são diferentes", disse o tucano ontem, antes da reunião com o DEM.

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Assim como o PSDB, o DEM perdeu espaço no Rio de Janeiro e, nas últimas eleições, teve desempenho pífio em disputas para governador e prefeito ou nem sequer lançou candidaturas próprias. "Cesar Maia tem apoio do Democratas e isso ficou bem claro para o Aécio. Abrimos mão de candidaturas em vários Estados. No Rio, houve um entendimento anterior de aliança com o PSDB. É um pleito do Democratas no plano nacional", disse Agripino na manhã desta quinta-feira, 12.

Também participaram da reunião com Aécio o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, e o deputado Mendonça Filho (PE). Depois, os dirigentes do DEM tiveram um encontro com Cesar Maia e o deputado Rodrigo Maia (RJ), filho do ex-prefeito.

"O Rio de Janeiro é fundamental para nós. Queremos coligação formal com o PSDB até pelo histórico da aliança. O PMDB que apoia Aécio é uma dissidência, os principais líderes do partido apoiam oficialmente a presidente Dilma Rousseff", afirmou Mendonça Filho, referindo-se ao ex-governador Sérgio Cabral, ao prefeito Eduardo Paes e a Pezão. Os três líderes peemedebistas prometem fazer campanha pela reeleição da presidente, mas não impedem o avanço no movimento "Aezão".

A dissidência do PMDB é uma resposta à decisão do PT de lançar o senador Lindbergh Farias candidato ao governo do Estado. Lindbergh começou a pré-campanha com duras críticas ao governo de Sérgio Cabral, a quem acusa de ter dado atenção à elite e esquecido os pobres.

A insatisfação dos peemedebistas fluminenses foi refletida na convenção nacional do partido, com o voto majoritário do PMDB-RJ contra a reedição da aliança com o PT para reeleição da presidente Dilma Rousseff.

A Câmara dos Deputados começou a analisar o Projeto de Lei 6037/13, do deputado José Stédile (PSB-RS), que proíbe a divulgação de sondagens ou enquetes eleitorais que não sigam os padrões técnicos definidos na legislação. A proposta será apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para o Plenário.

Atualmente, há apenas uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre divulgação de enquetes ou sondagens eleitorais sem controle de amostra. Nesses casos, de acordo com o TSE, deverá ser informado que não se trata de pesquisa, mas de mero levantamento de opiniões contando apenas com a participação espontânea do entrevistado.

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De acordo com o deputado, a resolução do TSE necessita de uma base legal clara que proíba a divulgação de consultas desse tipo à opinião pública. Para Stédile, cabe ao Congresso Nacional legislar sobre o assunto e retirando-as do processo eleitoral. O deputado acredita que as enquetes “têm sido utilizadas com muita frequência para distorcer o processo de formação da vontade do eleitor”.

*Com informações da Agência Câmara

 

O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), se reúne com a cúpula da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. Um dos temas que estão sendo discutidos no encontro é a reforma política. De acordo com a assessoria de imprensa do pré-candidato, o encontro foi solicitado por Campos. 

O encontro com Dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB e outros dirigentes deve terminar antes das 13h. Acompanham Campos,  o líder do PSB no Senado e pré-candidato ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o dirigente da Rede Sustentabilidade, Pedro Ivo.

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Ao chegar à CNBB, Campos apostou que o Brasil estreará na Copa do Mundo com uma vitória de 2 a 0 sobre a Croácia. "Eu só sei que um é do Neymar", disse o pessebista. Perguntado sobre se tinha alguma superstição para acompanhar os jogos da seleção brasileira, Campos brincou com os jornalistas: "Na porta da CNBB falar de superstição?"

*Com informações da Agência Estado

 

Com a abertura oficial, hoje, da Copa do Mundo, as eleições ficam em segundo plano ao longo nos próximos 30 dias. Pelo menos na cabeça do eleitor, porque os políticos em geral devem aproveitar o evento para uma campanha discreta, principalmente se a seleção brasileira estrear com uma vitória sobre a Croácia.

Dilma usou uma rede nacional de tevê e rádio, anteontem, para falar de Copa e a oposição entendeu que a petista quis tirar uma casquinha política. O brasileiro mistura política com futebol? Até que ponto o hexa para a seleção canarinha, em território nacional, influencia na reeleição de Dilma?

Na Copa do Mundo de 1998, na França, o Brasil perdeu, mas o candidato governista, Fernando Henrique Cardoso, que disputava a reeleição, ganhou. Na Copa do Mundo de 2002, na Coréia do Sul e Japão, o Brasil foi campeão, mas a vitória presidencial foi da oposição, no caso a eleição de Lula.

Já na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, ocorreu à derrota brasileira com vitória do candidato governista, a reeleição de Lula. Na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, o Brasil perdeu, mas o candidato governista, no caso Dilma, apoiada por Lula, ganhou.

Resultado: nas quatro últimas eleições a oposição somente ganhou na única vez em que o Brasil foi campeão! Isso prova que o povo brasileiro há muito tempo não mais vota com influência significativa do desempenho da seleção de futebol.

Mas, para quem gosta de formular teorias, quem sabe a de que quando a seleção ganha o povo se sente mais forte e alegre e resolve experimentar novos caminhos? Esses analistas, que não verificam dados, pensam que o povo brasileiro adormeceu no século XX.

ESTRATIFICAÇÃO– O PMDB já tem estratificado o resultado da convenção e de onde saíram os votos da traição. Nas urnas das regiões Sul e Sudeste, o resultado foi quase empate: 164 votos a favor da aliança contra 147. O Rio votou em massa contra Dilma: pelo menos 80%. Integrantes da cúpula dizem que parte do problema é “a falta de um José Dirceu” no PT, que enquadre o partido e cumpra a palavra com os aliados, em nome da composição e pacificação da base.

Traído e abatido– O vice-presidente Michel Temer diz que houve traição na convenção do PMDB.  Ele não esperava que peemedebistas que haviam se comprometido com ele a apoiar a reedição da aliança com o PT não cumpririam a palavra. Ao meio-dia, quando os convencionais estavam votando, percebeu que muita gente iria votar contra, como ocorreu, mas nada pode fazer mais. Já era tarde, Inês era morta!

Fiel da balança– Em conversa com aliados fiéis, a presidente Dilma reclamou bastante do resultado da convenção do PMDB. Segundo fez chegar aos ouvidos do ex-presidente Lula, o que garantiu a manutenção da aliança PT-PMDB foi o apoio do senador Roberto Requião (PR), obtido pelo vice Michel Temer nos dias que antecederam a convenção. Sem os votos do Paraná, poderia ter sido o fim da aliança.

Sem direito a voto- Aliados do deputado Inocêncio Oliveira confirmam que partiu dele a decisão do PR de não assinar o edital da convenção conjunta com o PSB no próximo domingo, que vai homologar a candidatura de Paulo Câmara a governador. Mas tem alguns republicanos que, mesmo assim, vão aparecer na convenção, mesmo sem direito a voto.

PV sacrificado– Na tentativa de garantir o apoio do PDT, o candidato do PSB a governador, Paulo Câmara, chegou a oferecer ao partido como compensação a vaga do primeiro suplente do candidato a senador Fernando Bezerra Coelho. Mesmo, vale a ressalva, o partido já ter escolhido o presidente do Partido Verde, Carlos Augusto.

CURTAS

FIM DA PORTARIA– Diante das ameaças de manifestações por parte dos produtores de leite de Pernambuco, o ministro da Agricultura, Neri Geller, garantiu, ontem, ao deputado Eduardo da Fonte (PP) que revogará a portaria que autoriza a importação de leite em pó pelas indústrias de laticínio do Nordeste até o próximo dia 20.

ENFIM, DE VOLTA- Eduardo assiste Brasil x Croácia em casa, hoje, ao lado da sua família, e permanece no Estado até o próximo domingo quando participa da convenção do PSB que oficializará a candidatura de Paulo Câmara a governador.

Perguntar não ofende: O Brasil já larga na Copa, hoje, ganhando da Croácia?

O presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE) usou boa parte da sua entrevista à Rádio Amazonas, na manhã desta quarta-feira, 11, para criticar o governo da presidente Dilma Rousseff. Depois de falar da incapacidade da administração federal em oferecer serviços públicos de qualidade, Campos disse que o dinheiro dos impostos "não é cuidado com respeito". "O Brasil, quando olha para Brasília e vê Renan Calheiros, José Sarney e Fernando Collor mandando no governo da Dilma, a gente não imagina que esse governo vá chegar na vida dos mais pobres", afirmou. Campos voltou também a dizer que o Brasil, com Dilma, "parou de melhorar e começou a piorar".

Depois de afirmar que a corrupção é o que mais o deixa indignado na política brasileira, o ex-governador defendeu que a revolta dos brasileiros seja usada para romper a polarização de PT e PSDB. "Há 20 anos o PT e PSDB comandam o País e toda vez que vão comandar estão sendo cercados pelas mesmas forças atrasadas que acabam constrangendo o Brasil com as práticas políticas mais atrasadas e menos republicanas", criticou.

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Pesquisa Vox Populi divulgada nesta quarta-feira (11), pela revista Carta Capital aponta que a presidente Dilma Rousseff manteve 40% das intenções de voto em relação ao levantamento de abril e venceria no primeiro turno se as eleições fossem hoje. O pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, cresceu 5 pontos porcentuais desde o levantamento de abril e chegou aos 21%, enquanto Eduardo Campos manteve 8% no período. O levantamento, segundo a publicação, foi feito entre os dias 30/5 e 1º/6.

Abaixo dos três principais candidatos aparecem Pastor Everaldo (PSC) com 2% e José Maria (PSTU) com 1%. Os candidatos Randolfe Rodrigues (PSOL), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Eduardo Jorge (PV), Mauro Iasi (PCB) e Denise Abreu (PTN) não atingiram 1%. A revista aponta ainda que os indecisos, que eram 18% em abril, são 14%. O número de brancos e nulos variou de 15% para 14%.

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A pesquisa foi feita com 2.200 eleitores em 161 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2,1 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número BR-00156/2014 e a pesquisa foi contratada pela Editora Confiança, que edita a revista Carta Capital.

A decisão do PR pernambucano de não assinar o edital da convenção conjunta da Frente Popular do próximo domingo, homologando a candidatura de Paulo Câmara (PSB) a governador, pode representar a debandada do grupo de Inocêncio Oliveira para o palanque de Armando Monteiro, candidato a governador pelo PTB.

Há pouco, em comentário neste mesmo espaço, antecipei que Inocêncio havia aberto um canal de negociação diretamente com Armando devido ao péssimo tratamento que vem recebendo dos aliados governistas.

O líder republicano, dono de um capital eleitoral invejável no Agreste e Sertão, foi rifado do Governo João Lyra e ganhou um prêmio de consolação com a nomeação do vereador Eduardo Granja para a pasta de Habitação da Prefeitura do Recife. Granja não tem relação com Inocêncio.

É uma indicação do deputado Alberto Feitosa, de quem ganhou o apoio no Recife para disputar à reeleição para a Assembleia Legislativa. Sentindo-se desprestigiado e sem espaço, Inocêncio teria resolvido dar uma guinada no processo eleitoral.

Circulou a informação, ontem, de que, ao deixar o PR fora da convenção de Câmara, o velho cacique abriu a janela do entendimento com Armando, que passaria pela indicação do candidato a vice-governador.

A princípio, o nome cogitado seria o do deputado Sebastião Oliveira, em campanha para deputado federal como herdeiro dos votos de Inocêncio e da sua cadeira em Brasília, já que este resolveu não disputar mais um mandato federal.

Se isso vier a ser confirmado, não está afastada a possibilidade de Inocêncio rever a sua decisão de pendurar as chuteiras, concorrendo, assim, a mais um mandato para a Câmara dos Deputados no lugar de Sebastião.

RESULTADO VERGONHOSO– O resultado da convenção do PMDB que homologou a manutenção do partido na aliança da presidente Dilma frustrou a cúpula do partido e o Planalto. Dos que votaram, 275 se manifestaram contra, enquanto 398 votaram a favor, uma diferença apertada, de apenas 123 votos. Na véspera, Michel Temer, Renan e Henrique Eduardo disseram a Dilma que ela teria 80% dos votos. Teve apenas 59,1%.

Cabo eleitoral do contra– Candidato a vice na chapa de Paulo Câmara a governador pelo PSB, o deputado Raul Henry (PMDB) foi quem mais cabalou votos, ontem, na convenção do partido em Brasília contra o alinhamento à reeleição da presidente Dilma. Fez parte da tropa de choque do líder Eduardo Cunha (RJ).

Jogando pedras– No discurso de encerramento das plenárias do PTB, segunda-feira passada no Recife, o candidato do PTB a governador, Armando Neto, disse que não tem constrangimento em reconhecer os avanços na gestão Eduardo, mas sapecou: “Não somos como eles, que ontem elogiavam Dilma e hoje só fazem jogar pedras”, atacou.

Na hora certa- A pesquisa do Ibope de ontem, apontando o crescimento do candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, de 11% para 13%, chegou num momento importante em que os partidos estão em convenção oficializando seus apoios. Tem socialista torcendo para que Eduardo e Marina, candidata a vice, possam atrair mais apoios até o dia 28, data da convenção.

Vai com Armando– O PDT não decidiu, ontem, na sua convenção nacional, pelo apoio formal à candidatura de Armando a governador em Pernambuco, mas o que aliados do presidente do diretório nacional, Carlos Lupi, dizem, sem reservas, é que o partido irá mesmo para o palanque do trabalhista. O comunicado sai até a próxima sexta-feira, até porque, já no domingo, o PSB faz a sua convenção no Estado.

CURTAS

TRÊS ESTADOS– Na resolução do PDT, ontem, ao final da convenção, ficaram indefinidas as alianças em apenas três Estados: Pernambuco, Minas Gerais e Paraná. Nos demais 24 Estados a maioria das coligações é com o PT, reproduzindo o que ficou acertado no plano nacional com Dilma.

PESO DE MARINA- Quando são citados os candidatos à vice, quem mais cresce na pesquisa do Ibope é o ex-governador Eduardo Campos, que se aproxima do tucano Aécio Neves. Se os números estiverem corretos, cai por terra, assim, a tese de que Marina não teria capacidade de transferir seu capital eleitoral.

Perguntar não ofende: Quem está mostrando o cenário real da sucessão presidencial o Datafolha ou o Ibope?

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (10) mostra que a presidente Dilma Rousseff oscilou negativamente em relação ao último levantamento. No cenário mais provável, que inclui candidaturas de partidos nanicos, a presidente saiu de 37% das intenções de voto em abril para 40% em maio e voltou a 38% em junho. O pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, saiu de 14% em abril para 20% em maio e agora alcança 22%. Já o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, soma 13% das intenções de voto ante 11% em maio e 6% em abril.

No mesmo cenário, o pastor Everaldo (PSC) manteve 3% das intenções de voto. José Maria (PSTU), Magno Malta (PR) e Eduardo Jorge (PV) têm 1% cada. Outros nanicos somam 1%. Brancos e nulos são 13% e indecisos, 7%. No levantamento de maio, brancos e nulos somavam 14% e indecisos, 10%.

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A pesquisa foi contratada pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo e entrevistou 2002 pessoas em 142 municípios do País entre 4 e 7 de junho. O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais. O levantamento foi registrado sob o protocolo BR-00154/2014 no Tribunal Superior Eleitoral.

Eleições possuem enigmas? Sim. Alguns podem ser identificados. Outros custam a sê-lo. A última pesquisa Datafolha mostrou declínio nas intenções de voto dos candidatos Dilma Rousseff e Eduardo Campos. Diante disto, as conclusões iniciais foram que a presidente Dilma continuava a cair. E o candidato do PSB não mais era um candidato competitivo. Aparentemente, as conclusões são verídicas. Porém, é importante revelar aparentes enigmas.

O perfil da amostra da pesquisa do Datafolha tem as seguintes características:

1.      42% dos entrevistados têm renda até R$ 1.448,00. Neste universo de eleitores, a presidente Dilma obtém 51% de intenções de voto. Portanto, no segmento de eleitores de maior dimensão no eleitorado, a candidata do PT tem ampla vantagem sobre os adversários;

2.      22% dos entrevistados têm renda entre R$ 1. 448,00 a R$ 2.172,00. Neste universo, a presidente Dilma obtém 20% de intenções de voto. O senador Aécio Neves conquista 25% do eleitorado. E o candidato Eduardo Campos, 23%. Dilma declina consideravelmente neste segmento de renda. E não é exagero afirmar que o candidato do PSB está empatado com Aécio Neves.

3.      16% dos pesquisados possui renda entre R$ 2.172,00 até R$ 3.620,00. O candidato do PSDB, neste universo, obtém 21% de intenções de voto. O ex-governador Eduardo Campos, 16%. E a candidata do PT, 14%. Nesta parcela da população, Aécio amplia a sua vantagem sobre os demais competidores. E a presidente Dilma tem desempenho semelhante ao do candidato do PSB;

4.      11% dos entrevistados têm renda entre R$ 3.620,01 até R$ 7.240,00. A presidente Dilma obtém neste espaço de eleitores, 9% de intenções de voto. Aécio conquista 17% e Eduardo 16%. Portanto, observamos o seguinte fenômeno: quanto maior a renda, menor o percentual de eleitores dilmistas. Além disto, a distância entre Eduardo e Aécio só é acentuada no segmento que possui renda entre R$ 2.172,00 até R$ 3.620,00.

A análise do desempenho dos candidatos através da segmentação da amostra, desvenda dois aparentes enigmas: 1) são os eleitores de menor renda que garantem, neste instante, as condições de sucesso eleitoral de Dilma; 2) Eduardo e Aécio continuam a disputar semelhantes universos de eleitores. Em razão desta disputa, surge a indagação: Eduardo tem condições de superar Aécio Neves?

O olhar segmentado das diversas pesquisas eleitorais realizadas este ano mostra que a disputa presidencial será caracterizada por forte clivagem econômica. Diante deste aparente enigma, indago: por que os candidatos da oposição ainda não escolheram como foco dos seus respectivos discursos os eleitores que garantem hoje a reeleição da presidente Dilma?

A presidente Dilma recebe, hoje, o apoio formal do PMDB à sua reeleição em convenção do partido marcada para Brasília. Antes, o PDT, também em convenção, confirma a manutenção em sua coligação.

Não há nenhuma novidade na posição dos dois partidos, mas na convenção do PMDB o que está chamando a atenção é o tamanho da dissidência. Os principais líderes peemedebistas garantiram a Dilma 80% dos 738 votos que sairão de 510 delegados, alguns com direito a votar mais de uma vez.

Mas os rebeldes, que têm votado contra o Governo na Câmara dos Deputados, fechados com a orientação do líder Eduardo Cunha (RJ), dizem abertamente que a presidente terá apenas 55% dos votos e não 80% como afirmam o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves.

Dos partidos aliados no Congresso, o PMDB foi o que mais praticou infidelidade ao Governo, especialmente a bancada na Câmara, que se ressente da presença de um legítimo representante na Esplanada dos Ministérios.

Com a maioria simples ou majoritária do partido, o fato é que Dilma leva o PMDB para o seu palanque, amplia seu tempo na propaganda partidária, mas, reeleita, continuará a enfrentar os mesmos problemas com o partido.

Há muito, o PMDB deixou de ser um partido ideológico e hegemônico, para se transformar numa grande federação de interesses, movidos no campo pessoal por um grupo que o controla e que age com uma carga fisiológica invejável.

Seus cardeais já avisaram que vão de Dilma, mas que a fatura cobrada na sua reeleição será muito maior, o que pode por em risco a chamada governabilidade, caso a presidente continue torcendo o nariz para adoçar a boca dos seus caciques com cargos.

INVASÃO– Segundo reportagem do jornal espanhol El País, os 600 mil turistas previstos para chegar ao Brasil durante a Copa do Mundo deverão deixar no País R$ 6,7 bilhões, considerando que terão um gasto médio de R$ 5,5 mil reais durante a estada. O setor hoteleiro está razoavelmente satisfeito: é o que esperavam, nem mais, nem menos. Rio e São Paulo são, pela ordem, os Estados que mais atrairão turistas durante o mega evento.

Inferno astral– Em meio à crise com a Rede de Marina em São Paulo, além de uma penca de problemas que caiu em seu colo, o candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, teve que administrar, ontem, a incessante boataria de que a ex-senadora iria renunciar a vaga de vice em sua chapa.

Furo trabalhista– Na passagem por Serra Talhada, no último fim de semana, o candidato do PTB a governador, Armando Monteiro, minou ainda mais a base de apoio do seu adversário Paulo Câmara (PSB): os sete vereadores ligados ao ex-prefeito Carlos Evandro, que está apoiando o socialista, aderiram ao palanque do senador trabalhista.

PDT com Armando- Pode não sair, hoje, em Brasília, durante a sua convenção nacional, o apoio formal do PDT à candidatura de Armando a governador, mas a tendência da legenda trabalhista é reforçar o palanque do senador, mesmo que o comando do PDT, liderado pelo prefeito de Caruaru, José Queiroz, trabalhe 24 horas contra.

Quem sabotou– Vice-presidente nacional do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral joga duro contra Marina e a Rede de Sustentabilidade no episódio de São Paulo. “Quem "sabotou" o acordo ao refutar a pré-candidatura do deputado federal Márcio França (PSB) ao governo paulista foi a Rede. Houve um entendimento inicial, mas a Rede sabotou”, diz Amaral.

CURTAS

CABEÇA DURA– Da encrenqueira Marina Silva sobre a ida do PSB para o palanque de Alckmin: “Há uma discordância muito clara manifestada por mim em relação à decisão de apoiar o PSDB. Caso isso não seja revisto em São Paulo, obviamente que nós, da Rede Sustentabilidade, não vamos subir no palanque”.

REELEITO- A mesa diretora da Câmara de Carnaubeira da Penha, no Alto Sertão, para o biênio 2015-2016, já foi escolhida em votação, ontem, sendo eleito presidente o vereador Henry Cândido (PSB). Aliás, reeleito, com base na mudança no regimento interno.

Perguntar não ofende: Lula fará visita institucional ao governador João Lyra na sua passagem por Pernambuco?

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