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A desembargadora federal Simone Schreiber decidiu extinguir a exigência de fiança de R$ 1 milhão para o pastor Everaldo Pereira (PSC). Com isso, a prisão do político foi revogada. Pereira foi detido em agosto de 2020 na Operação Tris in Idem, que apura um esquema de corrupção no então governo de Wilson Witzel.

Para seguir em liberdade, a Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou que o pastor use tornozeleira eletrônica; não mantenha contato com outros investigados; não preste consultoria, administre ou frequente as empresas indicadas na denúncia, ainda que informalmente; não se ausente do Rio, devendo, inclusive, entregar seu passaporte; não acesse repartições públicas; compareça à Justiça quando sua presença for relevante para o processo; e fique recolhido em casa no período noturno e nos dias de folga.

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Na última quinta-feira (1º), a juíza Caroline Figueiredo, substituta da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, havia aceito o pedido da defesa para revogar a prisão do pastor, mas determinou a fiança de R$ 1 milhão.

O empresário Edson Torres disse, em depoimento nesta quarta-feira (13), que pagou R$ 980 mil a Wilson Witzel antes de começar a campanha para o governo do estado do Rio de Janeiro, em 2018 para garantir a subsistência do governador afastado caso não fosse eleito.

O acerto foi feito em uma reunião entre Torres e pastor Everaldo, presidente do PSC, quando Witzel ainda era juiz federal. O dinheiro, segundo o empresário, saiu de um fundo criado com este propósito e que teve a participação do também empresário Vitor Hugo Barroso, que segundo Torres, operava a caixinha de propinas que passou a existir depois da eleição de Witzel.

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“Participei dessa estrutura junto com o empresário que eu procurei [Vitor Hugo Barroso] e ele ajudou antes da desincompatibilização do juiz. Era de R$1 milhão mas chegou a R$ 980 mil até a data da desincompatibilização”, relatou, acrescentando que o interesse em participar era para conseguir contratos que tinham deixado de existir nos governos anteriores de Sérgio Cabral e de Luiz Fernando Pezão.

Durante o depoimento como testemunha no Tribunal Especial Misto (TEM), que conduz o processo de impeachment do governador afastado do Rio, Wilson Witzel, Torres acrescentou que o dinheiro foi pago em parcelas, uma delas diretamente a Lucas Tristão, que foi um dos coordenadores de campanha, e depois da posse assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais no início do governo Witzel. Outras, segundo o empresário, foram pagas ao próprio pastor Everaldo.

Após a sessão, o governador afastado divulgou declaração: “Jamais recebi qualquer valor indevido de quem quer que seja, antes e depois de eleito”.

Ainda no depoimento, Torres disse que pagou propinas ao ex-secretário de Estado de Saúde do Rio, Edmar Santos, e que não sabia o destino que ele dava ao dinheiro. Torres contou que conhece Edmar desde que este era diretor do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Nessa época, segundo o empresário, já pagava propinas ao então diretor.

O empresário admitiu que sugeriu o nome de Edmar ao pastor Everaldo para um cargo no governo Witzel. Em princípio, achava que ele iria ser reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), conforme pretendia o próprio Edmar, mas se surpreendeu com a indicação para secretário de Saúde.

Torres estimou em R$ 55 milhões a arrecadação da caixinha de propinas, que tinha desde vantagens de empresas em contratos com o Estado até percentuais obtidos por meio de favorecimento de empresas no pagamento de restos a pagar entre 2019 e maio de 2020. De acordo com o empresário, ele ficava com 15% dos valores, o empresário Vitor Hugo Barroso, com o mesmo percentual, Edmar com 30% e pastor Everaldo, presidente do PSC com 40%, sendo que parte era repassada para a estrutura do governo.

Apesar de considerar que Witzel participava do esquema, o empresário acrescentou que não podia informar quanto caberia ao então governador. “Eu continuei pagando ao Edmar, mesmo sendo secretário, o combinado com ele anteriormente quando diretor até fevereiro de 2020”, disse.

De acordo com o empresário, o grupo ligado ao pastor Everaldo desviava de 3% a 6% dos valores dos contratos na área da saúde, inclusive com as Organizações Sociais (OS).

Defesa

A defesa de Edmar Santos disse que não costuma prestar declarações sobre o andamento dos processos dos clientes, ainda mais se estiverem em sigilo da Justiça. Já a defesa do pastor Everaldo negou participação do cliente no esquema de propinas. “Ele jamais recebeu propina ou participou de qualquer grupo criminoso. A defesa segue empenhada em esclarecer, na Justiça, que o Pastor Everaldo é alvo de delações covardes, mantém sua confiança na Justiça e reitera que sua prisão é desnecessária, pois sempre esteve à disposição das autoridades”.

Cedae

Ainda no depoimento, o empresário disse que teve participação direta na indicação de Hélio Cabral na presidência da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae). “Tive uma relação pessoal de amizade e de profissionalismo com ele ao longo dos anos e na campanha eu o indiquei para o fazer o projeto político na área de saneamento e na área financeira da campanha.”, revelou.

O Tribunal Especial Misto, composto por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais, também ouviu como testemunha Valter Alencar Pires Rabelo. O depoimento pedido pela desembargadora Maria da Glória teve o apoio do Tribunal de Justiça do Piauí, onde Valter mora. Ele disse que se aproximou de Witzel antes da campanha, porque também concorreria ao governo do Piauí pelo PSC. Depois se mudou para o Rio e se tornou assessor especial. A tarefa era aproximar o governador de representantes de outros países instalados no Brasil. Valter admitiu que fez a indicação de seis pessoas ao governo, entre elas o filho e um sobrinho.

Recursos

Na mesma sessão, os integrantes do Tribunal Especial Misto rejeitaram o pedido apresentado pela defesa de Witzel para que voltasse a ser contado o prazo de 180 dias do processo de impeachment. O prazo foi suspenso por decisão do presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e do Tribunal Misto, desembargador Cláudio Mello Tavares, após o interrogatório de Witzel ter sido suspenso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinando ainda que o governador afastado só pode ser ouvido depois da defesa de Witzel ter acesso a todos os documentos remetidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) com a delação de Edmar Santos e o depoimento do ex-secretário.

Agora, o TEM depende do recebimento da denúncia pelo STJ para que caia o sigilo sobre a delação de Edmar Santos e ele possa voltar a depor e falar sobre o conteúdo da delação. “A última etapa que falta é o Edmar voltar a depor, após o sigilo ter caído e em seguida fazer o interrogatório do governador afastado”, comentou, destacando que o prazo de 180 dias que passou a correr quando o acórdão referente foi publicado e por isso teria que expirar no dia 9 de maio de 2021.

 

O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu na sexta-feira (4) converter a prisão do presidente do PSC, Pastor Everaldo, de temporária para preventiva (que não tem prazo para acabar). A determinação do ministro atende a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Pastor Everaldo é apontado pela PGR como um dos líderes dos três grupos instalados no governo fluminense para desvio de recursos e contratações irregulares. Influente na política local, o pastor foi preso no dia 28 de agosto, no âmbito da mesma operação que afastou Wilson Witzel (PSC) do Palácio Guanabara. Na última quarta-feira, por 14 a 1, a Corte Especial do STJ confirmou o afastamento de Witzel do cargo.

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Segundo as investigações, Pastor Everaldo é suspeito de liderar "um dos grupos criminosos" que atuavam no Executivo e no Legislativo do Rio. Esse grupo, de acordo com o Ministério Público, cobrava propina para direcionar contratos em várias áreas da administração pública.

"Everaldo instituiu uma 'caixinha única' para pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos da organização criminosa sob investigação, a partir do direcionamento de contratações de organizações sociais e na cobrança de um 'pedágio' sobre a destinação de 'restos a pagar' aos fornecedores", diz representação da subprocuradora-geral Lindôra Araújo ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Para "administrar a caixinha", ainda conforme os investigadores, Everaldo teria criado uma "típica estrutura ramificada de organização criminosa, com divisão de tarefas entre integrantes do grupo", entre eles Witzel e o ex-secretário de Saúde do Rio Edmar Santos, que fez acordo de delação premiada.

Em nota, o PSC informou que "considera desnecessária a prisão do Pastor Everaldo, um cidadão que sempre esteve à disposição das autoridades". "O PSC confia na Justiça, entretanto alerta que a criminalização da política fragiliza a democracia. O ex-senador Marcondes Gadelha segue na presidência do partido e o calendário eleitoral da legenda permanece inalterado", disse o partido.

Perfil.

Da candidatura nanica ao Planalto em 2014 até a prisão pela Polícia Federal, a trajetória política de Pastor Everaldo ficou marcada pelo "batismo" do presidente Jair Bolsonaro no Rio Jordão, em maio de 2016. Católico, Bolsonaro, então deputado federal, fez, na ocasião, um aceno aos evangélicos, hoje parte importante do seu eleitorado.

Dois anos depois, o pastor ganhou poderes na política do Rio. Presidente do partido de Witzel, Everaldo foi o responsável por estimular a candidatura do ex-juiz ao governo do Estado. Era visto com frequência no Palácio Guanabara, embora não tivesse cargo público. Além da Secretaria de Saúde, foco da investigação sobre desvios durante a pandemia do novo coronavírus, o pastor da Assembleia de Deus mantinha influência também na Cedae, empresa pública de água e esgoto.

O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária do ex-presidente do PSC Pastor Everaldo. O magistrado atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

No mesmo dia de sua prisão, o pastor se afastou da presidência do PSC. Em seu lugar assumiu interinamente o vice-presidente do partido, Marcondes Gadelha.

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Pastor Everaldo foi preso na sexta-feira (28) durante Operação Tris In Idem, que investiga um esquema de corrupção no governo do Rio de Janeiro. O caso corre sob sigilo ao menos até a análise sobre o recebimento de uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF).

Na mesma operação, o governador do Rio, Wilson Witzel, foi afastado do cargo por 180 dias, também por decisão de Gonçalves.

Nesta quarta-feira (2), a Corte Especial do STJ deve julgar se mantém a liminar (decisão provisória) do ministro sobre o afastamento.

Em nota divulgada pelo PSC, o Pastor Everaldo diz desconhecer os motivos da prorrogação de sua prisão porque ainda não teve acesso à decisão. “Ele reitera que sua prisão é desnecessária, uma vez que sempre esteve à disposição de todas as autoridades. Pastor Everaldo reafirma sua confiança na Justiça e sua fé em Deus”, diz o texto.

Numa segunda nota, o PSC acrescentou que o Pastor Everaldo “vem se colocando sistematicamente à disposição da Justiça, além de ter endereço fixo e conhecido”. O partido disse ainda que “reitera sua confiança na Justiça, entretanto a criminalização dos políticos enfraquece a democracia”.

O nome Victor Hugo Amaral Cavalcante Barroso é citado 60 vezes na representação do Ministério Público Federal (MPF) que detalhou o suposto esquema de loteamento de contratos e cargos na gestão do governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC). Ele se apresentou à Polícia Federal no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, neste domingo (30) e foi detido.

No documento de 403 páginas, tornado público na sexta-feira (29), quando foi deflagrada a Operação Tris in Idem para afastar o chefe do Executivo fluminense e prender 17 pessoas, os investigadores detalham as suspeitas que recaem sobre Barroso. Ele é apontado como operador financeiro do presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo Pereira, que por sua vez é acusado de chefiar um dos três grupos ocultos instalados na máquina pública para desviar recursos e se beneficiar sistematicamente de contratações irregulares do governo. O líder religioso e político foi um dos presos na operação.

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De acordo com a investigação, o grupo gerenciava o orçamento estadual reservado à Saúde e indicou o ex-secretário da pasta e hoje delator, Edmar Santos, e o antigo "número dois" da secretaria, Gabriell Neves, para garantir o controle de pagamentos e contratações.

Segundo suspeitam os procuradores, caberia a Barroso cooptar agentes públicos e privados, indicar as organizações sociais que deveriam ser contratadas pelo governo e cuidar da contabilidade dos desvios. Para isso, teria sido montado um "sistema financeiro paralelo".

"Victor Hugo Barroso criou uma complexa organização de pessoas jurídicas, que indicam a estruturação de "camadas" de ocultação de valores, também típica de lavagem de dinheiro, onde as transações financeiras se misturam, dificultando a rastreabilidade", diz o Ministério Público Federal na representação.

Nesta etapa de lavagem de dinheiro, o grupo usaria a transportadora de valores Fênixx, constituída por Barroso em sociedade com o secretário de Cidades, Juarez Fialho, para guardar os valores desviados em carros-forte, repetindo o sistema usado pelo ex-governador Sérgio Cabral.

Além disso, as offshores Tremezzo S/A, Firbank Croporation e South America Properties LLC, registradas em nome do operador, de sua mãe e irmã no Uruguai, serviriam para remessas de dinheiro ao exterior.

Em delação premiada, Edmar Santos contou ainda que Barroso fornecia cartões de crédito em nome de terceiros para que os integrantes da organização criminosa pudessem saldar despesas pessoais e vetava celulares em reuniões para tratar do esquema.

Em troca dos serviços, o suposto operador receberia 15% da "caixinha" abastecida pelos lucros obtidos com as fraudes nas contratações.

Defesas

A reportagem busca contato com Victor Hugo Barroso. O espaço está aberto para manifestações.

Em nota na sexta-feira, a defesa do governador afastado disse que "Wilson Witzel recebe com grande surpresa a decisão, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade. Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis". Em pronunciamento na sexta, o governador afastado se disse "indignado" e "vítima de perseguição política".

Pastor Everaldo informou em nota, também na sexta, que, "no dia 19 de agosto, encaminhou petição ao STJ solicitando para ser ouvido". Diz ainda que, na "sexta-feira, foi surpreendido com sua prisão e com a busca e apreensão realizadas em seus endereços. Após ser preso, o Pastor Everaldo pediu para ser ouvido ainda na sexta. "O depoimento, no entanto, só deve acontecer na próxima segunda-feira, dia 31. O Pastor Everaldo reitera sua confiança na Justiça", finaliza a nota.

A defesa do secretário Juarez Fialho também sem manifestou: "Juarez Fialho esteve na iniciativa privada até novembro de 2018. Ao ser convidado para trabalhar no Governo do Estado, se desligou de toda e qualquer atividade privada para se dedicar exclusivamente ao serviço público. Sendo assim, não possui qualquer vínculo com as empresas citadas".

O PSC também se manifestou na sexta e informou que o "ex-senador e ex-deputado Marcondes Gadelha, vice-presidente nacional do PSC, assume provisoriamente a presidência da legenda. O calendário eleitoral do partido nos municípios segue sem alteração. O PSC reitera que confia na Justiça e no amplo direito de defesa de todos os cidadãos. O Pastor Everaldo sempre esteve à disposição de todas as autoridades, assim como o governador Wilson Witzel".

Foto: Ricardo Minussi/PSC

O ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato à Presidência em 2018, Fernando Haddad (PT), aproveitou a prisão do presidente do PSC, pastor Everaldo Pereira, para disparar críticas contra quem une religião e política visando o que chamou de 'charlatanismo'. Em publicação no Twitter, nesta sexta-feira (28), o petista estendeu o comentário à deputada Flordelis, denunciada como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. 

"Espero que o charlatanismo que tomou conta deste país comece a ser desmontado. Não se mistura religião e política sem produzir o caos. Flordelis e Everaldo, vão com Deus!", escreveu na rede social. 

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Pastor Everaldo foi preso nesta sexta pela Polícia Federal na Operação Tris in Idem, que também afastou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), do cargo por 180 dias. O religioso é investigado na operação que apura um esquema de corrupção na secretaria de Saúde do Estado e foi citado na delação premiada do ex-secretário da pasta, Edmar Santos, pela sua influência no setor.

Já Flordelis foi apontada, na última segunda-feira (24), como a mandante do assassinato do marido. A parlamentar foi acusada de homicídio triplamente qualificado, homicídio tentado, associação criminosa, uso de documento ideologicamente falso e falsidade ideológica. Outras dez pessoas também foram denunciadas no caso, nove estão presas.

​O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves decretou a prisão temporária do presidente do Partido Social Cristão (PSC), Everaldo Dias Pereira – o pastor Everaldo –, e de mais dez pessoas, todas investigadas na Operação Placebo, que apura a formação de organização criminosa para o desvio de recursos na área da saúde do Rio de Janeiro.

No âmbito da mesma operação, o ministro determinou o afastamento por 180 dias do governador do estado, Wilson Witzel, e a prisão preventiva de outros seis investigados.

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Diferentemente das prisões preventivas – decretadas sem prazo determinado –, as prisões temporárias têm duração máxima de cinco dias, mas podem ser prorrogadas mediante prévia decisão judicial fundamentada.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o pastor Everaldo lideraria um dos grupos criminosos influentes nos poderes Executivo e Legislativo do Rio de Janeiro, especialmente no governo de Wilson Witzel. As investigações apontaram que o presidente do PSC comandaria várias contratações e teria controle sobre orçamentos na Secretaria da Saúde e em outros órgãos estaduais.

Ao justificar a necessidade das prisões temporárias, o ministro destacou que quaisquer medidas cautelares mais brandas – como a proibição de contato com pessoas investigadas, o monitoramento eletrônico e a prisão domiciliar – não seriam suficientes, "na medida em que não obstariam a manutenção de práticas para ocultação de evidências e destruição de elementos de informação e de prova, como remessa de recursos ao exterior, influência sobre testemunhas" e outras ações ilegais.

Da assessoria do STJ

Depois de encontrar com a Executiva Nacional do PSC para debater a conjuntura eleitoral em Pernambuco, o deputado estadual André Ferreira afirmou que a candidatura dele ao Senado Federal é uma das prioridades do presidente nacional da legenda, Pastor Everaldo. De acordo com André, durante a reunião, que aconteceu nessa quinta-feira (7), ele apresentou dados de pesquisas internas e detalhou as articulações que vem mantendo com líderes políticos estaduais. 

“Foi uma reunião muito boa e produtiva. O nosso presidente gostou do que apresentei, dos números de pesquisas internas que temos. Ele prometeu empenho e estrutura para que a gente possa fazer uma ótima campanha em Pernambuco”, afirmou André Ferreira.

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Apesar da prioridade, ainda não se sabe, porém, se André concorrerá ao cargo mantendo a aliança com o governador Paulo Câmara (PSB) - que deve anunciar a composição da chapa da Frente Popular apenas entre julho e agosto - ou se ele ingressará nas hostes da oposição e ocupará a vaga que ainda não foi preenchida na chapa que está sendo montada pelo movimento Pernambuco Quer Mudar e deverá ter como candidato a governador, o senador Armando Monteiro. 

Além de Pernambuco, o PSC terá candidatos fortes ao Senado no Rio, com o próprio Pastor Everaldo; na Bahia, com Irmão Lázaro; em Sergipe, com André Moura; na Paraíba, com Marcondes Gadelha; e no Paraná, com Takayama. O partido terá, ainda, candidato à Presidência da República, o economista Paulo Rabello de Castro, e candidatos ao governo do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Amazonas.

Expectativa para Pernambuco - Também foram apresentadas as perspectivas do partido para a Câmara Federal. O PSC pretende eleger entre 30 e 35 deputados federais, dos quais dois devem sair de Pernambuco. André Ferreira ainda disse que mostrou, com números, que a legenda fará entre seis e oito deputados estaduais em outubro.

Com foco na continuidade familiar da participação política, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa, filiou-se, nesta terça-feira (20), ao PSC. O ingresso do parlamentar - que também atraiu os filhos, Guilherme Júnior e Geovana Uchoa, prefeitos, ex-prefeitos e vereadores de cidades do interior e da Região Metropolitana - foi celebrado pela legenda social-cristã durante um ato que aconteceu em Jaboatão dos Guararapes e contou com a presença dos presidentes nacional, Pastor Everaldo, e estadual, deputado André Ferreira. 

A escolha do presidente da Alepe pelo PSC une duas famílias de grande porte político no estado: a Uchoa e a Ferreira. A primeira comanda o Legislativo pernambucano por seis mandatos consecutivos e vai disputar uma vaga na Câmara Federal, já a segunda tem uma vaga na Alepe, com André, comanda a prefeitura de Jaboatão, com Anderson que é do PR, tem espaço na Câmara do Recife, com Fred e busca postos mais altos, como uma vaga no Senado, nas eleições deste ano.

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“Tenho certeza que fizemos a melhor escolha, a escolha da família, que é o norte, o fundamento da pessoa humana. Não podemos dizer que alguém tem ou não tem alguma coisa subestimando a força ou a vontade. Vamos responder isso nas urna, eu e Guilherme Júnior”, projetou o presidente da Alepe, fazendo referência a falta de espaço que encontrou no PDT para a disputa do filho. “[Os próximos passos agora] são fortalecer o partido que agora acabo de me inscrever para que possamos continuar no rumo certo”, completou.

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Presidente nacional do PSC, o pastor Everaldo afirmou que o ingresso de Uchoa dava mais força a legenda. “Não temos vergonha de dizer aquilo que acreditamos, estão claras as nossas convicções. Pesou a convivência com os Ferreiras, mas Uchoa também é um político habilidoso. Os mais novos que tomem exemplo, tem que ensinar a fórmula que é ser presidente de uma Assembleia por seis mandatos. Para o PSC representa o reconhecimento do trabalho de seriedade e transparência que fizemos. Sabem das nossas convicções e acreditam na gente”, frisou. 

Na mesma linha, André Ferreira salientou que a entrada de Uchoa “faz, sem dúvida, o PSC ser um dos mais cobiçados do estado”. “O partido hoje deu um grande salto. A partir de hoje, o PSC tem uma nova história.  A vinda de Guilherme Uchoa, que um deputado com experiência, é influente”, ponderou o deputado estadual.  

A união das famílias também foi destacada por Anderson Ferreira. “Ter ao lado da nossa família uma família e um grupo político que tem Guilherme Uchoa é importantíssimo. Não tenho dúvida da sua eleição, Júnior, sabe fazer política e vem de uma boa escola. Guilherme Uchoa tem virtude, é um amigo de todos e essa nossa amizade é um caminho natural de pessoas do bem. Vai convergir para buscar a unidade de um bem maior”, ressaltou o prefeito. 

Além de Guilherme Uchoa e dos filhos dele, o PSC filiou também nesta terça o ex-deputado estadual Sérgio Leite, o ex-prefeito de Camaragibe, Jorge Alexandre, e o ex-prefeito de Brejo da Madre de Deus, Roberto Asfora. 

Presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa se filiará ao PSC nesta terça-feira (20). O ato de ingresso do parlamentar ao partido será às 15h, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. O filho de Uchoa, empresário Guilherme Uchoa Júnior, também vai se filiar legenda social-cristã. O evento contará com as presenças dos presidentes do PSC nacional, Pastor Everaldo, e estadual, deputado André Ferreira.

Guilherme Uchoa anunciou a filiação ao PSC na última sexta-feira (16). Ele deixou o PDT, onde militou por 20 anos, por falta de espaço no partido para que o filho disputasse uma vaga de deputado federal. Uchoa vai concorrer à reeleição na Alepe. 

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A entrada do presidente da Casa Joaquim Nabuco no PSC ocorreu também sob a condição de liberdade para que ele apoie a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), caso a legenda social-cristã decida se alinhar ao palanque de oposição ao pessebista. O PSC quer concorrer ao Senado, com André Ferreira, e ainda não há perspectivas positivas do espaço para a disputa pela Frente Popular de Pernambuco. 

A presidente Dilma Rousseff está tentando reintegrar o PSC à combalida base de seu governo. A petista reuniu-se com o presidente da legenda, Pastor Everaldo, na quarta-feira, 9, no Palácio do Planalto para "quebrar o gelo", segundo relatos de participantes do encontro. O partido chegou a dar sustentação ao primeiro governo Dilma.

Everaldo foi adversário de Dilma na disputa pela Presidência da República no ano passado e estava mais ligado a outro candidato, o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

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Na semana passada, o Pastor Everaldo encontrou-se com assessor especial da petista Giles Azevedo. Na terça-feira, o encontro foi com a própria presidente e durou 40 minutos. Além dos dois, participaram Giles e o líder do PSC na Câmara, André Moura (SE).

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A reunião serviu para um distensionamento entre os dois. A conversa começou acerca dos netos de Dilma e Everaldo, mas contemplou também a crise econômica. Tanto Everaldo quanto Moura se posicionaram contra aumento de impostos. O pastor sugeriu a venda de ativos e o enxugamento da máquina.

De acordo com Moura, não houve oferta de cargos, mas a petista os chamou claramente para reintegrar a base. "Ela pediu para a gente se reaproximar do governo, para voltar a fazer parte da base. Já fomos base no primeiro governo. Ela pediu para ajudar na Câmara, principalmente", afirmou o líder, que negou reaproximação. Moura, que é relator da reforma tributária e subrelator da CPI da Petrobras, participou nesta quinta-feira, 10, do lançamento do movimento suprapartidário pelo impeachment de Dilma.

"Estamos fora da base. Votaremos a favor do Brasil", disse o Pastor Everaldo.

Em agosto, Dilma sinalizou aos líderes da base que se aproximaria dos partidos e suas bancadas no Congresso, minimizando as constantes críticas ao encastelamento da presidente.

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Defensor do que chamou de "estado mínimo necessário", o pastor Everaldo Pereira, candidato à presidência pelo PSC, votou no fim da manhã deste domingo na Escola Municipal Grécia, na Vila da Penha, zona norte do Rio, acompanhado da neta Ana Carla, de 9 anos. Ao deixar a seção eleitoral, Everaldo declarou voto no governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e no filho Filipe Pereira (PSC), que concorre a uma vaga na Câmara dos Deputados. "Os outros (candidatos) deixa, os outros não (vou dizer)", disse o pastor da Assembleia de Deus.

Everaldo chegou ao local da votação por volta das 11h10 acompanhado de três filhos e dois netos, além de assessores. O candidato do PSC não quis se posicionar em relação a um eventual apoio no segundo turno, afirmando que vai aguardar o resultado. "Só vou me pronunciar a respeito de qualquer coisa do segundo turno após a apuração da eleição", afirmou. Defensor da privatização de empresas como a Petrobras, Everaldo voltou a defender o que classificou de "estado mínimo necessário".

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"Estou aqui na escola Grécia, no subúrbio do Rio, onde os meus três filhos estudaram. Defendo que o brasileiro continue progredindo e que tenhamos uma escola pública de qualidade. Tenho compromisso com a educação, com a saúde, com a segurança pública de qualidade, com o estado mínimo necessário e sem corrupção", disse o candidato, que beijou crianças e cumprimentou funcionários da Justiça Eleitoral ainda dentro da escola.

Morador do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, Everaldo não vive há 14 anos na região em que seu título está registrado. O candidato entrou na fila da seção 056, mas quando ainda havia quatro pessoas a sua frente, foi convidado por um mesário a votar, após pedido feito por um agente responsável por sua segurança.

Os escândalos de corrupção e desvio de dinheiro na Petrobras foram destaques nos embates ocorridos no último debate entre os presidenciáveis antes do primeiro turno dessas eleições, realizado na noite dessa quinta-feira (2) na Rede Globo.

Logo na primeira pergunta, a candidata do PSOL, Luciana Genro, indagou Dilma Rousseff sobre se os casos de corrupção eram resultado da aliança que o Partido dos Trabalhadores havia feito com os partidos de direita. Dilma rebateu ao defender as ações do governo para combater a impunidade e os atos ilícitos no setor público. “Não acho que sejam alianças que definam corruptos. Não acredito que tenha alguém acima de corrupção. Acho que todo mundo pode cometer corrupção. As instituições é que têm que ser virtuosas de impedirem que isso ocorra”, declarou.

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Em seguida, o pastor Everaldo (PSC) perguntou ao candidato do PSDB, Aécio Neves, sobre o suposto uso político dos Correios em favor da campanha petista. Na resposta, o tucano disse: "É vergonhoso o que vem acontecendo no governo, a Petrobras deixou as páginas de economia para as páginas policiais. Os Correios, centenário, estão à serviço da candidatura do PT em Minas Gerais. E quem disse isso foi uma liderança do Partido dos Trabalhadores. Boa parte da correspondência enviada por nós não chegou aos destinatários", declarou.

Na réplica, Pastor Everaldo disse que os Correios estão processando sua candidatura porque ele denunciou esses escândalos da estatal. "Estão tentando calar a boca de quem diz a verdade. Basta dessa corrupção", emendou. Aécio, na tréplica, disse que encontrou essa indignação em todo o Brasil, de pessoas que não aguentam mais ver o Estado brasileiro a serviço de um projeto de poder. "É este vale tudo", disse, citando inclusive os ataques da campanha do PT a Marina Silva, sua adversária do PSB.

Aécio também atacou a adversária do PT: "Dilma disse que demitiu o diretor Paulo Roberto da Costa, mas a ata da Petrobras disse que ele renunciou. Além disso, ele recebeu elogios por sua atuação. Este senhor está sendo obrigado a devolver R$ 70 milhões roubados da Petrobras", salientou. Em outro momento, Dilma leu um trecho do depoimento de Costa na CPI da Petrobras, quando explicou que ele fez a carta de renúncia após saber que seria substituído. ”Eu queria dizer que tem gente que combate a corrupção, como eu, para fortalecer a Petrobras. Te outras pessoas que combatem a corrupção para enfraquecer a Petrobras porque querem a sua privatização”, acusou.

O tucano disse que não quer privatizar a estatal. “A Petrobras vai ser devolvida aos brasileiros, tendo uma gestão de empresa profissional, para que engrandeça a empresa e não a diminua como está ocorrendo no atual governo”, disparou.

Embora seja contrário às reivindicações dos gays sobre a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo e a criminalização da homofobia, o pastor Everaldo Pereira, candidato à Presidência da República pelo PSC, criticou nesta terça-feira, 30, o tom das declarações feitas por Levy Fidelix sobre essas questões no debate da TV Record.

Na avaliação do pastor, o candidato do PRTB foi desrespeitoso. "Opiniões divergentes devem ser encaradas com naturalidade, mas sem desrespeito!", afirmou.

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Em nota à imprensa, o candidato do PSC, que também é presidente do partido, criticou ainda os candidatos que não assumem posições no debate sobre os direitos reivindicados pelos gays. "Isso deve ser cobrado por toda a opinião pública", disse.

Candidato do Partido Social Cristão (PSC) à Presidência da República, o pastor Everaldo defende os valores da família e o aumento da parceria público-privada no país. Entre as propostas dele estão a reforma política, a abertura de mercado em vários setores para empresários e a reestruturação da segurança pública.

Confira os principais pontos do programa de governo do presidenciável:

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- Combate à prática do aborto enquanto recurso paliativo de uma política inconsequente de planejamento familiar;

- Desburocratização do processo de adoção de crianças abandonadas;

- Expansão do modelo do Prouni ao ensino técnico, médio, fundamental e infantil, incentivando a inserção de alunos na rede privada de ensino através de vales-educação e instrumentos afins, garantindo aos mais humildes o mesmo nível de educação dos mais abastados; 

- Cumprimento do mandamento constitucional que exige o investimento mínimo de 18% do orçamento federal em educação; 

- Desburocratização do processo de abertura de escolas, de cursos e do número de vagas em instituições de ensino privados;

- Desburocratização dos transportes e foco no livre-mercado, com privatização e abertura de mercado nos setores de aeroportos, ferrovias, hidrovias, estradas públicas e demais bens e serviços relacionados à área;

- Reforma política que prevê o fim da obrigatoriedade de voto; criação de um sistema de impressão de votos feitos na urna eletrônica para depósito em urna física, garantindo duplo sistema de recontagem; e simplificação da burocracia para registro de candidaturas e prestação de contas;

- Reestruturação das polícias, com investimento em capacitação e valorização da remuneração, aprofundamento da investigação criminal com investimento em inteligência e reformulação da administração presidiária;

- Desburocratização do processo para legalização de produtos médicos junto ao Governo e ampliação do livre-mercado de operadoras de planos de saúde, além da extinção de tributos que incidam no sistema de saúde;

- Investimento na criação e uso de biotecnologia e engenharia genética no campo para o aumento da produtividade agrícola nacional, além da redução da carga tributária sobre produtos, insumos e maquinário no setor e extinção de tributos sobre os produtos da cesta básica.

Líder religioso da Assembleia de Deus, o candidato à Presidência da República pelo PSC, Pastor Everaldo, lançou sua candidatura com a proposta de defender os valores cristãos e a família. Na economia, ele é a favor de austeridade fiscal, livre concorrência e redução da presença do Estado. Segundo o presidenciável, caso eleito, seu governo vai frear a expansão monetária e cortar gastos para conter a inflação. Ele também é favorável à redução da carga tributária. 

Confira trechos da entrevista concedida à Agência Brasil: 

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Agência Brasil: As estimativas de inflação oficial pelo IPCA para o próximo ano estão em torno de 6,2%, próximo do teto da meta. Como pretende atuar para conter o aumento de preços?

Pastor Everaldo: Atacando as duas principais causas da inflação: a desenfreada expansão monetária, promovida pelo atual governo, e a falta de austeridade fiscal. No nosso governo não gastaremos mais do que arrecadamos e conduziremos uma exemplar e responsável gestão pública, cortando gastos desnecessários e focando nossos esforços em serviços públicos essenciais. 

Agência Brasil: Apesar de todo o seu potencial energético, o Brasil continua com uma tarifa alta. O que fazer para evitar mais aumentos?

Pastor Everaldo: Uma real abertura do mercado de energia e garantia de direitos de propriedade para os novos investidores, sem nenhum tipo de preconceito contra qualquer matriz energética, buscando sempre garantir o respeito ao meio ambiente. Vamos investir em aumentar a pluralidade de matrizes energéticas para barateamento da energia, com esforço nos setores de energia solar, hidrelétrica, eólica, nuclear, fóssil e biomassa.

Agência Brasil: Quais os planos do seu governo para resolver gargalos de infraestrutura?

Pastor Everaldo: Historicamente, o modo de produção da infraestrutura no Brasil foi estatal, ou seja, feito pelo Estado por meio do recolhimento de impostos. Esse arranjo é extremamente maléfico para a sociedade porque funciona com base em péssimos incentivos econômicos. A partir da década de 90, foi aplicado o modelo da concessão pública ao setor privado, que se mostrou superior por trazer elementos de mercado, mas em longo prazo o empresário perde o interesse em investir, pois precisa devolver o bem que explora, recorrendo então ao BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social]. Cria-se um incentivo para que o empresário invista o mínimo e explore ao máximo o bem em questão. Vamos mudar essa lógica. O projeto do PSC para a infraestrutura é a abertura do mercado para livre concorrência sem concessão, com desestatização do setor. Todo e qualquer agente econômico disposto a investir em energia, telecomunicações, saneamento básico, estradas, hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos e demais serviços de infraestrutura estará livre para fazê-lo, em livre concorrência, sendo dono do seu negócio para investimento e lucratividade em longo prazo e com menos dinheiro público.

Agência Brasil: O debate sobre a reforma política se arrasta há anos e, recentemente, houve a aprovação de um texto que ficou conhecido como minirreforma. Pontos como o voto facultativo, a reeleição e o financiamento de campanha não foram aprofundados devido ao impasse em torno dessas questões. Qual é a sua posição sobre cada um desses pontos e como o chefe do Executivo pode contribuir para que essa discussão efetivamente avance, respeitando a prerrogativa de independência entre os Poderes?

Pastor Everaldo: O PSC, por meio do deputado Filipe Pereira, apresentou a PEC [Proposta de Emenda à Constituição] 159/2012, que defende a adoção de voto facultativo no país. O candidato a vice-presidente na nossa chapa, Leonardo Gadelha, sempre foi um dos mais atuantes deputados em defesa do fim da reeleição. Somos contra o financiamento público de campanha, pois além de não combater o caixa 2, retira dinheiro de serviços públicos essenciais para sustentar políticos, e isso não está certo. Temos que buscar fórmulas que reduzam os gastos de campanha com financiamento transparente e desburocratização da legislação aplicada, que também aumenta os custos, mas com financiamento privado e voluntário de quem pretende mudar o país investindo em ideias.

Agência Brasil: O Brasil é apontado como um dos países com a maior carga tributária do mundo. No Congresso, tramita uma proposta de reforma tributária que pouco tem avançado. Quais os planos do seu governo para equacionar essa questão e minimizar o desgaste político que isso pode gerar?

Pastor Everaldo: Nossos planos imediatos incluem a isenção no Imposto de Renda Pessoa Física para quem ganha até R$ 5 mil por mês, além de cortarmos as contribuições sociais, que vão apenas pro caixa do governo federal, na proporção de um vinte avos por ano, ao longo de 20 anos. Pretendemos também simplificar cada vez mais a legislação tributária. Não dá mais para o país impor um fardo tão grande ao setor produtivo. Vamos acabar com a tributação sobre produtos e serviços ligados a saúde e educação. Se ambos são direitos fundamentais, por que o Estado tributa esses setores? Isso simplesmente não faz sentido. Para compensar a perda dessas receitas, vamos reduzir o subsídio desenfreado patrocinado pelo governo a diversos setores econômicos que podem se sustentar sozinhos.

Agência Brasil: O Plano Nacional de Educação (PNE) é considerado uma grande conquista para o setor. Como pretende, em quatro anos, avançar nas pautas indicadas na lei? Como pretende resolver a questão do financiamento?

Pastor Everaldo: A questão do financiamento já está resolvida. A sociedade brasileira está envelhecendo e teremos proporcionalmente cada vez menos crianças entrando no sistema educacional, ao passo que os recursos aumentarão cada vez mais em virtude dos royalties do pré-sal. O desafio agora está na melhoria da gestão, não no financiamento. Para isso, propomos a inserção de mecanismos típicos de eficiência dentro do sistema público, como meritocracia e o plano de metas, premiando as melhores escolas e servidores, com foco nas matérias citadas; no estimulo à municipalização das decisões educacionais, com especial estímulo à participação de pais e mestres na elaboração do plano educacional da criança; investimento em processos educacionais de longa distância e informatizados para reduzir o custo do ensino em todo o país; entre outras ações.

Agência Brasil: A Constituição Federal de 1988 estabeleceu um prazo de cinco anos para que todas as terras indígenas fossem identificadas e demarcadas. Passados 21 anos do fim desse prazo, pouco mais de 44% foram homologados. A falta de definição sobre essas áreas acaba sendo uma das principais causas do aumento de conflitos e da violência no campo. Como o senhor pretende resolver a questão da demarcação de terras indígenas?

Pastor Everaldo: Discordamos da tese de que a falta da demarcação de terras indígenas é uma das principais causas do aumento de conflitos no campo. De acordo com o IBGE, 12% de todo o território nacional já estão demarcados e reservados para apenas 0,005 milhão de índios que moram no campo, enquanto 200 milhões dos demais brasileiros vivem nos 88% restantes, mostrando claramente uma desproporção em favor dos índios. O que causa violência no campo é a falta de autoridade do Estado em manter a ordem pública e o direito de propriedade no campo, seja em favor de brasileiros índios ou não índios. Vamos reestabelecer essa ordem.

Agência Brasil: É possível tornar o passe livre uma realidade? Como? Como o governo federal pode atuar para garantir melhorias na mobilidade urbana nos grandes centros?

Pastor Everaldo: Essa reivindicação não é um bom projeto de política pública. Criar um sistema totalmente subsidiado pelo Estado vai gerar superutilização do transporte, aumento dos custos e consequente aumento da tributação e uma maior corrupção entre agentes públicos e empresários do setor. Precisamos, em vez disso, expandir o livre mercado no setor, aumentando a concorrência e acabando com o oligopólio hoje existente nas grandes e médias cidades. É a concorrência que vai diminuir os custos do setor, sem necessidade de aporte de recursos públicos, que devem ser aplicados em setores como educação, saúde e segurança.

Agência Brasil: Como garantir a manutenção de um sistema de saúde público, universal e gratuito e enfrentar esses gargalos? Como suprir a falta de médicos nas regiões mais isoladas?

Pastor Everaldo: Devemos sempre lembrar que a falta de médico se dá em virtude de uma política implementada pelo governo impedindo a criação de cursos de medicina. Chegaram a tentar aprovar uma proposta impedindo a criação de vagas de medicina por dez anos, o Projeto de Lei 65/2003. Portanto, o Mais Médicos acabou por se tornar uma necessidade. Planejamos manter o programa, mas sem pagar qualquer quantia para o governo cubano. Todo médico cubano que quiser permanecer terá seu salário pago integralmente para si próprio e receberá asilo político. Com isso, teremos tempo para investir na expansão das vagas de medicina tanto na rede universitária pública quanto na privada. Investiremos maciçamente na saúde pública e vamos desonerar de tributação os remédios e aparelhos médicos, além de facilitar a adesão de brasileiros a planos privados de saúde.

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou, nessa terça-feira (23), três pedidos de direitos da resposta dos candidatos à Presidência da República. Num deles, os ministros concederam tempo para a candidata da coligação com a força do povo, Dilma Rousseff (PT), se defender das acusações feitas durante o guia do pastor Everaldo (PSC).

Para os ministros, o postulante extrapolou a crítica política na propaganda ao atribuir ao PT supostas práticas de crimes. Diante disso, o relator do processo, Tarcisio Vieira de Carvalho, sustentou que Everaldo e o PSC “não se limitaram a tecer críticas de natureza política a adversários, ínsitas ao debate eleitoral franco e aberto, ainda que forte e ácido. Foram além. Ao se valerem dos termos ‘corrupção’ e ‘roubalheira’, fizeram alusão direta a prática de crimes capitulados na legislação penal brasileira, e ao relacionarem tais práticas ao atual governo petista, infringiram a lei eleitoral, sustentou.

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A decisão do TSE em favor de Dilma foi unânime e ela terá o direito de respeito de um minuto no rádio e dois minutos na televisão.

Dilma x Marina

Em outra decisão, o TSE negou o direito de resposta de Dilma no programa da candidata da coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva (PSB). Na representação, o PT acusou Marina de ter veiculado propaganda com conteúdo inverídico. No programa citado no processo, Marina Silva disse: “No meu governo os recursos do pré-sal vão ser usados para a saúde e a educação, não para a corrupção".

A coligação de Dilma sustentou que o programa de Marina “passa a desferir leviandade em desfavor dos representantes, veiculando informação de caráter nitidamente inverídico, calunioso, difamatório e injurioso, na medida em que lhes imputa, ilegalmente, o desvirtuamento e desvio dos recursos do pré-sal em atos de corrupção".

Já o plenário teve um entendimento diferente e indeferiu o pedido. O ministro relator, Tarcisio Vieira de Carvalho, justificou a decisão. “Não antevi na fala de Marina Silva nenhuma alusão clara a outros governos ou a quem quer que seja, por sutil que fosse, entre governos passados. Houve uma crítica inespecífica à corrupção e sem referência a uma corrupção qualquer em curso relativamente ao uso dos recursos do pré-sal”, afirmou.

 Por maioria de votos, o TSE também negou o pedido de Marina contra Dilma. Os socialistas acusaram o PT de tentar criar um “cenário de horror” com a concessão de autonomia ao Banco Central, proposta defendida por Marina. Na representação, a coligação Unidos pelo Brasil afirmou que a propaganda petista tentou criar um “estado de pânico nos eleitores”, ao enfatizar que a consequência da autonomia ao Banco Central seria “a falta de comida na mesa da família brasileira”.

O documento explicou ainda que a proposta defendida pelos seis partidos que apoiam Marina é de assegurar independência do BC para possibilitar ao órgão a execução da política de controle da inflação. Isso porque, de acordo com a candidata, pelo atual sistema, a instituição não teria autonomia para defender a estabilidade da moeda e seus diretores estariam sujeitos a pressões políticas.

O plenário entendeu que na propaganda citada não há qualquer ofensa pessoal à Marina e, por isso, negou o pedido.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu três liminares em favor da coligação de Dilma Rousseff, que entrou com ações contra as propagandas eleitorais das últimas três semanas do candidato do PSC, Pastor Everaldo. O material em questão associa o PT a atos de corrupção. Com a decisão, o conteúdo não poderá ser reproduzido novamente.

Um dos processos argumentou que a propaganda tem informações ofensivas, degradantes e injuriosas. Na peça representada, Pastor Everaldo diz que o dinheiro dos brasileiros está "sendo roubado" por um "bando de ladrões". "Agora, novamente vemos membros ligados ao governo do PT envolvidos em um escândalo ainda maior (que o do mensalão)", diz o candidato na propaganda.

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O ministro do TSE Tarcísio Vieira de Carvalho Neto definiu que o PSC não pode reproduzir o conteúdo até a decisão final da causa. Como o partido grava o programa apenas uma vez por semana, havendo repetição do conteúdo diariamente, a exibição será interrompida nesta terça. A assessoria do PSC informou que já apresentou defesa. Para não deixar o horário eleitoral gratuito de rádio e TV fora do ar a partir de amanhã, um programa foi gravado às pressas e será exibido no lugar do anterior.

Por meio de nota, Pastor Everaldo manifestou indignação e repúdio à ação impetrada pelo PT. "A atitude do Partido dos Trabalhadores vem confirmar o comportamento autoritário de um partido que não sabe lidar com a crítica", diz o documento.

O candidato do PSC à Presidência, Pastor Everaldo, reafirmou seu compromisso com o livre mercado e defendeu as reformas política e tributária, em reunião com empresários do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE).

Em resposta às solicitações dos empresários, o candidato afirmou que seria leviano dizer que, se eleito, diminuirá a carga tributária de imediato, mas deu como exemplo a proposta de extinguir a Cofins gradualmente. Já em relação à reforma política, Pastor Everaldo afirmou que três ações são possíveis de serem tomadas de imediato. "Meu partido já apresentou projeto para o fim do voto obrigatório e o fim das coligações proporcionais, para que as pessoas votem na ideologia do partido", afirmou.

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Outra ação seria determinar que as alianças majoritárias não aumentarão o tempo de televisão nas campanhas eleitorais, ou seja, o partido que lidera a coligação ficaria somente com o tempo de TV que já tem. "O voto distrital seria uma segunda ou terceira etapa da reforma política", disse o candidato.

Pastor Everaldo também defendeu a reforma do pacto federativo, transferindo mais responsabilidades para os âmbitos municipais e estaduais, e o Estado mínimo como forma de reduzir a corrupção. "A Petrobras é uma vergonha, afundada em dívidas e foco de corrupção", disse.

Os compromissos foram assumidos após a apresentação de apelos dos empresários no início da reunião, entre eles a descentralização do Estado; a reforma política, com voto distrital misto (combinação dos votos proporcional e majoritário); e a intensificação das relações comerciais do Brasil com países desenvolvidos. "A relação com emergentes é importante, mas não pode substituir relação com Europa e Estados Unidos", afirmou Mario Ernesto Humberg, primeiro coordenador geral do PNBE. Segundo ele, existe uma "convergência de pensamentos" entre os empresários e o candidato do PSC.

Humberg avaliou que Pastor Everaldo tem sido o mais "direto" entre os candidatos e que falta coragem a outros presidenciáveis. Alguns empresários chegaram a dizer que o discurso político do candidato sobre iniciativa privada soa como "sinfonia" aos ouvidos.

O candidato do PSC à Presidência da República, Pastor Everaldo, assinou nesta quarta-feira (27), na capital paulista, termo de compromisso com o projeto Presidente Amigo da Criança, da Fundação Abrinq - Save the Children.

Neste ano, o projeto chegou à quarta edição, lançada no último dia 13 de julho. Ao assinar o documento, o candidato se compromete a estabelecer políticas públicas para atender metas que gerem melhorias para crianças e adolescentes em diversas áreas. A ideia é buscar a adesão de todos os candidatos. Até agora, quatro dos postulantes ao cargo de presidente da República assinaram o termo.

De acordo com a coordenadora do programa, Jeniffer Caroline Luiz, o texto foi inspirado no documento O mundo das Crianças, da Organização das Nações Unidas (ONU). As ações são monitoradas pela fundação e por mais 16 organizações de atuação nacional e internacional. A rede conta ainda com o auxílio da sociedade civil para comunicar como estão os  investimentos e o cenário. “Também temos como foco produzir e disseminar conhecimento sobre o assunto”, disse Jeniffer.

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O projeto tem como eixos promover vidas saudáveis, facilitar o acesso à educação de qualidade, proteger contra maus-tratos, exploração e violência e investir na infância e na adolescência.

“Ao assinar [o termo de compromisso], o candidato está concordando em oferecer transparência durante o processo, proporcionar canais com a sociedade civil, cumprir e avaliar o desempenho do Estado brasileiro de acordo com as metas, ampliar o orçamento para as políticas de atenção à criança e ao adolescente, avançar nas estratégias de enfrentamento das principais causas de violação [de direitos] e elaborar plano estratégico para o período de 2015 a 2018”, explicou Jeniffer. 

O candidato do PSC disse que, como pastor e militante da igreja, seu foco sempre foi dar atenção especial às crianças e à educação. Pastor Everaldo ressaltou que, se for eleito presidente, fará um novo pacto federativo para repassar mais recursos para os municípios. “E, assim, dar toda atenção às nossas crianças, dar um futuro realmente promissor para o nosso país. Vamos investir na capacitação do professor, dar salário digno, dar a dignidade que ele merece e dar às nossas crianças condições de ter educação de qualidade”, afirmou.

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