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As críticas feitas pela presidente Dilma Rousseff ao governo de Minas Gerais no domingo (8) levaram a uma troca de acusações entre o Executivo e o PSDB mineiros e PT, PMDB, PROS, PCdoB e PRB, partidos que apoiam a candidatura do ex-ministro petista Fernando Pimentel no Estado. Ao participar de inauguração de uma das obras de mobilidade da Copa do Mundo em Belo Horizonte na manhã de domingo, Dilma cobrou do governo uma "conclusão rápida" do projeto para as obras de expansão do metrô da capital.

Em nota divulgada após as declarações da presidente, o Executivo mineiro acusou o governo federal de ter "exclusiva responsabilidade" pela obra que ainda não foi executada, "apesar de estar prometida há 12 anos". E alegou que, como a União "não havia realizado sequer os projetos necessários para a execução das obras, o governo estadual se ofereceu para realizá-los".

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Também por meio de nota, o diretório mineiro do PSDB afirmou que a presidente tenta "fazer os mineiros de bobos" porque assume projetos de mobilidade que são executados com financiamentos que "deverão ser quitados com juros". A legenda em Minas é presidida pelo deputado federal Marcus Pestana, aliado do senador Aécio Neves (MG), que representará os tucanos na corrida presidencial de outubro.

Nesta segunda-feira foi a vez dos partidos que vão compor a aliança em torno de Pimentel - que tem no também ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB) o principal adversário ao governo de Minas - emitir nota acusado o Executivo estadual de "enganar a população". O documento, assinado em conjunto pelos presidentes das cinco legendas, afirma que a nota do governo presta "desserviço" à população por causa de "falsidades".

O texto usa informações da Agência Minas, agência oficial de divulgação de notícias do próprio Executivo, para citar a questão do metrô, informando que em 14 de maio passado o governo mineiro entregou o projeto executivo da obra para a Caixa Econômica Federal (CEF). "No entanto, a inépcia administrativa do governo se revelou, novamente, um projeto com falhas graves na documentação, como falta de orçamento e cronograma das obras", dispara a nota, que ressalta ainda pedidos de detalhamento da CEF para que o projeto "garanta a transparência na aplicação dos R$ 3,9 bilhões disponíveis desde 2011" para as obras.

Com relação ao PSDB, o documento acusa o partido de "faltar novamente com a verdade" ao declarar não haver recursos federais nas obras do Move, nome dado ao BRT (do inglês Bus Rapid Transti) na cidade. A nota questiona se a CEF, "que liberou R$ 382 milhões" para o sistema, "é órgão federal ou estadual" e ainda repudia "veementemente o uso reiterado de mentiras e leviandades como instrumento de disputa política" por parte dos tucanos.

Um dia antes da convenção nacional do PMDB, o vice-presidente Michel Temer fez uma peregrinação por diferentes núcleos do partido para pedir votos em favor da aliança nacional com o PT. Temer fez ainda um apelo para que a militância do partido, com ou sem direito a voto, faça boca de urna pela reedição da chapa encabeçada pela presidente Dilma Rousseff - e com Temer mais uma vez como vice - nas eleições de 2014.

"Peço a quem não seja convencional que amanhã faça boca de urna", disse Temer, que logo depois emendou que nas convenções partidárias a prática - embora restringida pela legislação nas eleições - não é proibida. "Sem embargo de diferenças locais, precisamos dar uma demonstração de unidade nacional".

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Acompanhado pelo presidente em exercício do partido, senador Valdir Raupp (RO), e pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães, deputado Eliseu Padilha (RS), Temer discursou em reuniões dos núcleos do PMDB Socioambiental, Sindical, Afro e Jovem, que se reuniram no corredor das comissões da Câmara dos Deputados.

Ao pedir votos amanhã na convenção, Temer e Raupp afirmaram que a sigla deve crescer nas eleições deste ano. Com isso, eles buscam rebater um dos principais argumentos da ala dissidente da legenda, que defende a implosão do acordo nacional com o PT. Esse grupo alega que o PMDB é um partido municipalista e que pode encolher caso dê prioridade para a disputa nacional.

De acordo com Raupp, o PMDB deve eleger entre 10 e 12 governadores neste ano, além de uma grande bancada federal. Além do mais, ele disse que a reedição da aliança nacional faz parte de um projeto de fortalecimento do partido, de modo que nas eleições de 2018 o PMDB possa lançar uma candidatura própria. "Vamos consolidar lideranças para elegermos o presidente da República em 2018", disse Raupp. Pelas contas do presidente em exercício, a aliança nacional deve ser aprovada com cerca de 80% dos votos.

O PDT deve formalizar nesta terça-feira (10), em convenção nacional, o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff com resistências a algumas propostas defendidas pelo PT para um eventual segundo mandato. Segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, o partido não concorda, por exemplo, com a revisão da Lei de Anistia nem com a regulação dos meios de comunicação. Para ele, é preciso "ter muito cuidado" com uma proposta de revisão da Lei de Anistia pela possibilidade de ela "virar uma "caça às bruxas". Já sobre a regulação da mídia, Lupi é incisivo: "o melhor regulador da mídia é a população. Quando ela quer ver, ela vê. Quando não quer, não vê". Ele afirma que "ninguém tem o direito de regular opinião de ninguém".

A convenção desta terça foi marcada para as 10h em Brasília. O PDT espera que a presidente Dilma chegue por volta das 12h acompanhada de seu vice, Michel Temer (PMDB), do presidente do PT, Rui Falcão, e dos principais ministros, como o petista Aloizio Mercadante (Casa Civil). No evento, Lupi apresentará as propostas que o PDT quer incluir no programa de governo de Dilma. As principais, diz ele, são o ensino em tempo integral e a defesa de reivindicações dos trabalhadores. Também deve estar na convenção o ministro do Trabalho, Manoel Dias - que é filiado ao PDT.

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Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (9) pelo jornal Folha de S. Paulo mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem 23% das intenções de voto no Estado de São Paulo e está empatada tecnicamente com o presidenciável tucano Aécio Neves, que soma 20% das intenções. O pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, tem 6% das intenções, em empate técnico com o pastor Everaldo (PSC), com 4%, e o senador Magno Malta (PR), com 3%. O pré-candidato do PSTU, José Maria, soma 2%. Brancos e nulos são 27% e 10% não sabem em quem votar. Na pesquisa em âmbito nacional, Dilma tem 34% das intenções de voto, ante 19% de Aécio e 7% de Campos. Brancos e nulos são 17% e indecisos, 13%.

O levantamento também mostra que, no maior colégio eleitoral do Brasil, a oposição venceria Dilma num eventual segundo turno. Aécio bateria a presidente por 46% a 34% e Campos, por 43% a 34%. Na mostra nacional, a presidente venceria os dois nomes da oposição.

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Em São Paulo, a avaliação do governo Dilma Rousseff é pior do que na média nacional. Para 23% dos eleitores paulistas, o governo atual é bom ou ótimo, 37% o consideram regular e 39% ruim ou péssimo. Em nível nacional, 33% consideram o governo Dilma ótimo ou bom, 38% o avaliam como regular e 28% como ruim ou péssimo. Em ambos os levantamentos, 1% não soube responder.

A pesquisa ouviu 2029 pessoas no Estado de São Paulo entre os dias 3 e 5 de junho. A taxa de confiança é de 95% e a margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais. O levantamento foi registrado sob o protocolo SP-00007/2014. ()

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB), prevê que 70% do seu partido aprovará nesta terça-feira (10), em convenção, a aliança com o PT e a reedição da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer visando à reeleição presidencial. "Este é o correto, o coerente, o leal, o justo", afirmou Alves, para quem, "em horas decisivas, o PMDB supera suas divergências e sabe se unir".

Indagado sobre eventuais barganhas conquistadas pelo PMDB para garantir o apoio, a exemplo de maior espaço no governo e ocupação de ministérios com mais apelo social, Alves desconversou. "Vamos primeiro ganhar a eleição". O deputado minimizou as divergências internas do partido ao lembrar que nem Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, na época da redemocratização política, conseguiram unanimidade.

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"Uma vitória consagradora da aliança é uma questão de coerência com a presidente Dilma, com Michel Temer e com o Brasil", reiterou. "Vamos dar ao País essa unidade". O presidente da Câmara fez as afirmações em entrevista nesta segunda-feira durante a inauguração do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, no município de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. Aguardada no evento, a presidente Dilma cancelou presença devido a uma gripe.

Primeiro aeroporto 100% privado do País, o consórcio Inframérica - integrado pela brasileira Engevix e pela argentina Corporación America - tem concessão de uso por 28 anos. Investimento de cerca de R$ 500 mil, o aeroporto foi entregue seis meses antes da previsão de conclusão, visando a Copa do Mundo. "É um dia histórico para o Rio Grande do Norte e para o Brasil e mais um legado da Copa para o Brasil", afirmou a presidente em uma mensagem lida pelo ministro da Aviação Civil, Moreira Franco.

Pesquisa feita pelo Ibope no Ceará e divulgada nesta segunda-feira, 9, pelo Diário do Nordeste mostra a presidente Dilma Rousseff com uma liderança confortável no Estado. A presidente, que tem o apoio do governador Cid Gomes (PROS), tem 55% das intenções de voto, contra 8% de Aécio Neves (PSDB) e 6% de Eduardo Campos (PSB). Pré-candidato do PSC, Pastor Everaldo tem 3%.

Entre eleitores que estudaram até a 4ª série do ensino fundamental, a intenção de voto de Dilma chega a 66%. O porcentual vai diminuindo à medida que a escolaridade aumenta e alcança 42% entre os que têm curso superior.

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A pesquisa foi feita com 1008 eleitores entre os dias 1º e 4 de junho. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos e a confiabilidade da pesquisa é de 95%. Ela foi registrada na Justiça Eleitoral com o número BR-00148/2014.

Em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, o candidato do PSB a presidente da República, Eduardo Campos, e sua vice Marina Silva, exibiram de público um rompimento político. Em nota oficial, a Rede de Sustentabilidade, que a rigor nem existe oficialmente como partido, expôs as vísceras do desentendimento: a aliança do PSB com o PSDB em apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin.

Eduardo e Marina não falam mais a mesma língua. É tensa a relação. Encrenqueira e fundamentalista, a ex-senadora não levou um voto a mais para o socialista. As pesquisas são um retrato disso. Antes do acordo, Eduardo tinha 7% das intenções de voto e após 90 dias em campanha ao lado dela se mantém no mesmo patamar.

Números não mentem. O que Marina acrescentou? Nada. A rigor, os problemas não se resumem a São Paulo. A cabeça dura de Marina impediu que o candidato do PSB ganhasse um palanque extremamente competitivo no Rio Grande do Sul, já abocanhado por Aécio Neves: o da senadora Ana Amélia (PP), líder absoluta em todas as pesquisas para o Governo do Estado.

Ali, Eduardo teve que se aliar ao candidato do PMDB, José Ivo Sartori, que se apresenta com uma candidatura olímpica. Em Minas, Marina torrou tanto a paciência de Eduardo que o fez romper o acordo com Aécio, pelo qual o PSDB apoiaria o PSB em Pernambuco e lá a legenda socialista também não lançaria candidato próprio a governador.

Eleição se ganha somando e não subtraindo. Quando tentou a reeleição em Pernambuco frente a Jarbas Vasconcelos, tido como um candidato forte, mas que e revelou frágil por falta de apoios, Eduardo montou a maior coligação que se tem notícia na história mais recente da política estadual.

A estratégia para minguar Jarbas foi soma, mas Marina acha que eleição se vence com teses fundamentalistas, ortodoxas e estreitas, ou seja, adepta da subtração. O tempo vai passando a impressão que Marina pode ter sido uma grande utopia, uma grande frustração. Na verdade, um tiro de Eduardo no próprio pé.

AINDA HÁ TEMPO– O PSB mandou encomendar uma pesquisa para testar um cenário com Eduardo candidato a presidente sem Marina na vice, segundo revela o site da revista Veja. Se for verdade, o candidato socialista pode estar se convencendo que não irá a lugar nenhum com o apoio da ex-senadora. E quer se salvar enquanto há tempo!

Cenário sombrio– A pesquisa Datafolha apontando o favoritismo do governador Geraldo Alckmin, enquanto Alexandre Padilha (PT) tem apenas 3%, tirou o sono de Dilma. A avaliação do comando da campanha é que Padilha pode afetar o desempenho da presidente em São Paulo. Teme que Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) entrem mais fácil no maior colégio eleitoral do País.

RUMO AS CONVENÇÕES– PMDB e PDT abrem as convenções nacionais, amanhã, em Brasília. A presidente Dilma irá as duas, começando pelo da PDT, marcada para meio dia. Com isso, o PDT será o primeiro partido a formalizar apoio à reeleição da petista. A convenção do PMDB, maior partido da base de sustentação do Congresso, abaixo apenas do PT, começa às 16 horas.

Versão de aliado- Candidato a deputado estadual, o vereador Sivaldo Albino, da bancada do PPS na Câmara de Garanhuns, contesta postagem, ontem, neste blog, de que a passagem do candidato do PSB a governador, Paulo Câmara, tenha sido um fiasco no Agreste. “Em Garanhuns, não houve agenda política, apenas uma coletiva, enquanto em Capoeiras, ao contrário do que o blog informou, tinha muita gente e muita euforia”, afirmou.

Já cedeu demais– Para ratificar o comentário desta coluna transcrevo abaixo nota na coluna de Ilimar Franco, de O Globo: “Dirigentes do PSB estão esgotados com as exigências de Marina Silva. Antes da definição em São Paulo, um pessebista foi questionado se o apoio ao PSDB não a contrariava. Ela não tem que achar nada. O PSB já cedeu demais”.

CURTAS

COM PATRIOTA– Na passagem por Afogados da Ingazeira, sábado passado, o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) foi comunicado pelo prefeito José Patriota (PSB) que terá não apenas o seu apoio formal à sua reeleição, mas também de sete vereadores da sua base na Câmara Municipal.

DINHEIRO PÚBLICO- Investigação da Polícia Federal aponta que manifestação de indígenas que resultou em um policial ferido por flecha em Brasília no dia 27 de maio foi organizada por servidores e antropólogos ligados ao governo ou financiados com recursos públicos.

Perguntar não ofende: Inocêncio Oliveira topa romper com o PSB para ser o vice de Armando?

A decisão do PSB paulista de aprovar um indicativo de apoio à candidatura de Geraldo Alckmin em São Paulo provocou a primeira crise na aliança entre o partido e a Rede Sustentabilidade de Marina Silva. No momento em que a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República cai nas pesquisas de intenção de voto, a Rede espera que a Executiva Estadual do PSB volte atrás da decisão da última sexta-feira (6), sob a ameaça de apoiar outro candidato no Estado. A cúpula do PSB acha difícil mudar sua posição.

"Passamos os últimos seis meses discutindo (o palanque estadual) e nenhuma proposta conseguiu conciliar (os interesses). Se a Rede tivesse aprovado meu nome, talvez não tivéssemos chegado a esse impasse", criticou deputado Márcio França, presidente do diretório estadual do PSB de São Paulo.

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A 20 dias da convenção que vai chancelar a candidatura de Campos, o ex-governador de Pernambuco ligou para Marina para dizer que havia se esforçado para vencer a resistência do diretório paulista e emplacar uma candidatura própria (como quer a Rede). Ele lamentou não ter conseguido convencer a militância de São Paulo.

Marina não cogita a hipótese de deixar a chapa de Campos, mas deixou claro sua insatisfação ao publicar nas redes sociais uma nota chamando a aliança em São Paulo de "equívoco". O diretório paulista da Rede se reunirá na próxima quarta-feira (11) para discutir quem poderia ganhar o apoio dos "marineiros" na sucessão estadual. "Acreditamos que até a convenção (do PSB) essa posição pode ser revertida", afirmou o porta-voz nacional da Rede, o deputado Walter Feldman (SP).

Embora dirigentes da Rede sejam oficialmente filiados ao PSB, França ressalta que a Rede Sustentabilidade é um outro partido, que assumiu o compromisso de não interferir em questões internas do PSB. Uma eventual mudança de posição só seria possível na convenção estadual, marcada para o dia 20 deste mês. A convenção nacional será no dia 28 em Brasília.

Logo que Marina divulgou a nota rechaçando a aliança com os tucanos em São Paulo, França também usou as redes sociais para dizer que respeitava a ex-senadora, mas que a decisão era fruto de uma votação no diretório. Desta forma, o dirigente considera remota a possibilidade de qualquer intervenção no diretório. "Só admito veto se a pessoa for ligada à desonestidade. E o Alckmin é um símbolo de retidão", defendeu França. Na terça-feira (10), a direção do PSB também deve se reunir em São Paulo para discutir os rumos da campanha e o palanque paulista.

Os aliados de Marina pregam uma candidatura própria nos Estados, principalmente em São Paulo, como forma de desconstruir a polarização entre PSDB e PT. "Ali (em São Paulo) é uma coligação eleitoral e a nossa aliança com o Eduardo é programática. Queremos uma expressão da nova política em São Paulo e não há a possibilidade de apoio a uma chapa sob o comando do PSDB", resumiu Feldman. "Se tivesse uma solução melhor (que o apoio a Alckmin), já teríamos chegado a ele", afirmou França.

Algumas horas após Dilma Rousseff deixar Belo Horizonte, onde esteve na manhã deste domingo (8), o diretório mineiro do PSDB divulgou nota oficial em que acusa a presidente de anunciar ou inaugurar obras que não contam com recursos federais. "Hoje, domingo, ela esteve em Belo Horizonte para, mais uma vez, tentar fazer os mineiros de bobos", diz a nota do PSDB-MG.

Por volta das 12h de hoje, a presidente visitou os corredores do BRT (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês) da cidade e participou da inauguração do Centro de Controle Operacional de Tráfego. Ao discursar no evento, Dilma criticou a ausência de investimentos em mobilidade urbana pelo governo federal em épocas passadas. "O governo federal tomou a decisão, e considero uma decisão histórica, de passar a investir em parceria com as prefeituras, que são responsáveis pelo transporte de massas", disse a presidente, afirmando que as obras "constituem algo que faltava no Brasil, que era a presença do governo federal".

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O diretório estadual tucano em Minas, Estado do presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG), disparou: "na verdade, essas obras estão sendo feitas com recursos próprios da prefeitura de Belo Horizonte e do governo do Estado". De acordo com os tucanos, os valores que "a presidente diz que direciona para as obras vêm da Caixa Econômica Federal, na forma de empréstimos, que deverão ser quitados pela prefeitura municipal, com juros".

Durante seu discurso, Dilma destacou a carteira de investimentos em mobilidade disponibilizada para as prefeituras e lembrou das condições de financiamento propostas nestes casos. De acordo com a presidente, as prefeituras que decidem investir em transporte de massas contam com condições especiais de financiamento: 30 anos de prazo, com cinco de carência e 5% de juros.

Além da crítica direcionada à gestão dos tucanos no governo federal, Dilma também cobrou em seu discurso resultados na esfera estadual, em Minas: "Espero que nós tenhamos, nessa parceria, uma conclusão rápida dos projetos que estão sob a responsabilidade do governo do Estado para que as obras do metrô possam ser concluídas com rapidez", disse. O governo de Minas Gerais ficou nas mãos dos tucanos de 2003 até abril deste ano, quando o governador Antonio Anastasia deixou o cargo para concorrer nas eleições de outubro.

A resposta do PSDB-MG veio nesta tarde. O diretório do partido reforçou na nota que "é completamente diferente da contribuição do governo de Minas e da prefeitura de Belo Horizonte, cujos recursos são a fundo perdido, caracterizando investimento". "Em outros Estados, Dilma destinou recursos a fundo perdido. Para Minas, apenas empréstimos", criticam os tucanos, que afirmam não existir investimento federal nas obras de mobilidade urbana em Belo Horizonte.

"A tentativa de enganar os mineiros está presente também na propaganda do governo federal", continua o PSDB. De acordo com o partido, o vídeo mostra BRTs na área central da capital mineira, por exemplo, "mesmo que não haja investimento do governo federal neles" e cita obras como a expansão do metrô e a duplicação da BR 381. "Estamos diante de uma prestação de contas do futuro, o que apenas os videntes são capazes de oferecer", ironizam. O partido acusa o vídeo do governo de fazer promessas de realização de obras, "pertinente apenas no horário eleitoral gratuito".

Pesquisa Ibope divulgada neste domingo (8) pelo Diário do Nordeste aponta o nome do senador Eunício Oliveira (PMDB) como favorito na disputa pelo governo estadual de Ceará. Foram cinco situações analisadas, todas contam com os nomes de Ailton Lopes (PSOL), Eunício Oliveira (PMDB), Nicole Barbosa (PSB) e Roberto Pessoa (PR). O que varia entre os cenários é nome do pré-candidato do PROS, com as seguintes opções: Domingos Filho, Izolda Cela, Leônidas Cristino, Mauro Filho e Zezinho Albuquerque.

A primeira situação apresentada aos entrevistados, em pergunta estimulada, traz Eunício Oliveira com 36% das intenções, seguido de Roberto Pessoa (15%), Domingos Filho (8%), Ailton Lopes (2%), Nicole Barbosa (2%), brancos e nulos (19%) e 18% não sabem ou não responderam. No segundo cenário, Eunício aparece com 39% das intenções de voto, à frente de Roberto Pessoa (18%), Izolda Cela (1%), Ailton Lopes (3%), Nicole Barbosa (2%), brancos e nulos (19%) e 17% não sabem ou não responderam. A terceira hipótese apresenta Eunício Oliveira com 38% das intenções de voto, seguido de Roberto Pessoa (17%), Leônidas Cristino (4%), Ailton Lopes (3%), Nicole Barbosa (2%), brancos e nulos (18%) e 17% não sabem ou não responderam.

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No quarto cenário, o peemedebista segue com 39% das respostas, antes de Roberto Pessoa (18%), Mauro Filho (3%), Ailton Lopes (2%), Nicole Barbosa (2%) com 19% de brancos e nulos e 17% que não sabem ou não responderam. Por fim, no quinto cenário, Eunício aparece com 39% das intenções de voto, seguido de Roberto Pessoa (17%), Zezinho Albuquerque (4%), Ailton Lopes (3%), Nicole Barbosa (2%), brancos e nulos (18%) e não sabem ou não responderam (17%).

Apoiadores

A pesquisa, contratada pelo Diário do Nordeste, questionou também os eleitores sobre a intenção de votos associando os nomes dos pré-candidatos com os de seus apoiadores. Eunício Oliveira aparece ao lado do vice-presidente Michel Temer, enquanto os candidatos do PROS são relacionados ao governador Cid Gomes. Já o nome de Nicole Barbosa é associado ao ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB). O apoiador de Roberto Pessoa, na pesquisa, é o ex-governador Lúcio Alcântara. Ailton Lopes, do PSOL, é associado a Heloísa Helena.

Em todos os cinco cenários, no questionamento que associa candidatos a seus apoiadores, Eunício Oliveira surge na frente com 30% ou mais das intenções de voto. A vantagem, contudo, diminui. Ganham espaço, principalmente, os candidatos do PROS e o pré-candidato do PR, Roberto Pessoa.

Pesquisa espontânea e rejeição

Eunício Oliveira é o favorito também na pesquisa espontânea: possui 11% das respostas, antes de Ailton Lopes (1%), Domingos Filho (1%), Roberto Pessoa (2%) e Zezinho Albuquerque (1%), outros (7%). Brancos e nulos somaram 14% e 63% não sabem ou não responderam.

Ailton Lopes tem 12% de rejeição; Domingos Filho, 13%; Eunício Oliveira, 11%; Izolda Cela, 15%; Leônidas Cristino, 12%; Mauro Filho, 17%; Nicole Barbosa, 13%; Roberto Pessoa, 14%; Zezinho Albuquerque, 18%. Por fim, 14% responderam que poderiam votar em todos.

A margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Foram ouvidos 1.008 eleitores entre 1º e 04 de junho. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob número CE-00008/2014 e, com relação aos dados de sucessão presidencial, no Tribunal Superior Eleitoral sob número BR-00148/2014. Dados da pesquisa realizada no Ceará com relação às eleições presidenciais e à vaga para o Senado serão divulgadas nesta segunda-feira (9).

A quatro dias da abertura da Copa do Mundo no País, a presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo (8) ter certeza de que o evento vai ser "uma festa". "E é fundamental que as pessoas tenham direito a usufruir dessa grande festa que começa nesta semana", disse a presidente. Em Minas Gerais, terra do tucano Aécio Neves, um de seus maiores adversários nas eleições presidenciais deste ano, a presidente criticou a falta de investimentos em mobilidade no passado e defendeu as obras realizadas pelo governo do PT para este evento.

"Quando o turista for embora dessa cidade, não vai levar na mala nem estádio nem as obras do BRT", disse a presidente, que participou neste domingo, em Belo Horizonte, da inauguração do Centro de Controle Operacional de Tráfego. Segundo ela, o mundial de futebol teve a função apenas de acelerar as obras. "Mas, mesmo considerando que aqui ou perto do Mineirão vai haver grande melhoria na mobilidade, as obras não foram feitas para o uso exclusivo na Copa", completou Dilma, dizendo que as benfeitorias vão ficar de "legado" para a população.

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A presidente aproveitou para pedir uma recepção "calorosa, humana e respeitosa" aos turistas. "O Brasil foi o único País que participou das 20 Copas. Em todas as vezes, em todos os países quando visitamos, fomos muito bem recebidos", disse. "Tenho certeza de que vamos mostrar um evento de alegria, de força e de civilidade no Brasil."

Críticas

Após visitar os corredores do BRT da cidade, durante a inauguração do Centro de Controle Operacional de Tráfego, a presidente disse que "no passado" o Brasil não teve investimentos do governo federal em mobilidade urbana. "O governo federal tomou a decisão, e considero uma decisão histórica, de passar a investir em parceria com as prefeituras, que são responsáveis pelo transporte de massas", disse, destacando a carteira de R$ 143 bilhões de obras de mobilidade do governo federal em apoio às prefeituras.

"Essas obras constituem algo que faltava no Brasil, que era a presença do governo federal", completou. Dilma classificou a questão da mobilidade como "um dos grandes problemas" da população brasileira hoje.

A presidente destacou que a responsabilidade pela conclusão das obras anunciadas em Minas Gerais, como extensão de linhas de metrô, é do governo estadual. "Espero que tenhamos nessa parceria uma conclusão rápida dos projetos que estão sob a responsabilidade do governo do Estado, para que as obras do metrô possam ser concluídas com rapidez."

Dilma aproveitou também para mostrar sua ligação com Belo Horizonte, onde viveu. "Eu comecei a fazer política comunitária no Morro do Papagaio, que naquela época já era um dos grandes bairros populares, um grande número de moradias irregulares e precárias", destacou. Após o evento, a presidente Dilma Rousseff embarcou de volta a Brasília.

O prefeito de Belo Horizonte (MG), Marcio Lacerda (PSB), disse há pouco que a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de Futebol - entre 12 de junho e 13 de julho - serviu para que os projetos de obras e melhorias tanto da capital mineira, que é uma das sedes do evento, quanto em outras capitais-sede no País, fossem adiantados, acelerados. "Serão benefícios permanentes para nossos moradores", enfatizou, reforçando que Belo Horizonte foi a primeira capital-sede que assinou as matrizes de responsabilidades para a Copa, em janeiro de 2010, para garantir os recursos federais para as obras e ações necessárias para recepcionar o evento.

Segundo ele, o Centro de Operações da Prefeitura (COP-BH) é um espaço de integração da iniciativa de diversos setores do País, incluindo a esfera municipal, estadual e federal. O complexo recebeu investimentos de R$ 31,6 milhões para obras de modernização, sendo R$ 30 milhões em financiamento público com juros subsidiados. "Isso é resultado da característica da capital mineira: comprometimento de todos com o que é coletivo", ressaltou.

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Lacerda falou estar "ansioso" para a Copa, mas que a capital mineira mostrará a "capacidade de receber e muito bem". A capital mineira receberá seis jogos da Copa, o primeiro será no próximo sábado, dia 14, entre Colômbia e Grécia. Será sede também de jogos das oitavas de final e semifinal. As seleções do Chile, da Argentina e do Uruguai se hospedarão na cidade-sede.

O prefeito participa da inauguração do Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH), que faz parte das obras do PAC2, com a presença da presidente Dilma Rousseff, do ministro da Cidades, Gilberto Magalhães Occhi, do ministro da Saúde, Arthur Chioro, entre outras autoridades. Dilma, que foi recebida com muitos aplausos vai anunciar também a doação de 19 ambulâncias para expansão do SAMU 192 de Minas Gerais.

A Presidente da República, Dilma Rousseff, chegou há pouco à capital mineira para inaugurar o Centro de Controle Operacional de Tráfego. Ao lado do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), do ministro das Cidades, Gilberto Magalhães Occhi, e de outras autoridades, ela visitou os corredores do BRT (Bus Rapid Transit, em inglês) da cidade. O BRT de BH recebeu R$ 730,47 milhões, sendo R$ 382,30 milhões de financiamento federal por meio do Programa Pró-Transporte.

O BRT Antônio Carlos/Pedro I tem 14,7 quilômetros de extensão, com 25 estações de transferência e dois terminais de integração. Ao longo da Avenida Antônio Carlos, o BRT está concluído e operando desde o final de maio. Já o trecho da Avenida Pedro I até o Terminal Vilarinho está em fase de conclusão. Com a obra pronta, a estimativa é que o BRT terá capacidade para transportar cerca de 400 mil passageiros/dia, com previsão de reduzir em 47% o tempo de viagem entre seus extremos.

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Dilma já está no Centro de Controle de Operações de Tráfego da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BH Trans), conhecendo o complexo, que recebeu investimento de R$ 31,6 milhões para obras de modernização, sendo R$ 30 milhões em financiamento público com juros subsidiados, acompanhada de cinegrafistas e fotógrafos e autoridades políticas. Daqui a pouco discursa ao público presente no evento.

O Centro fará o monitoramento, em tempo real, de vários serviços. As câmeras estão integradas aos órgãos municipais como Samu, guarda municipal, empresa de transporte público, defesa civil, limpeza urbana, entre outros.

Nasceram na madrugada deste domingo (8) os gêmeos do senador e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves. O anúncio foi feito por Aécio, em sua página oficial do Facebook.

De acordo com o senador, os filhos, que se chamam Julia e Bernardo, nasceram "antes da hora esperada" e permanecerão "por algum tempo" na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "Temos fé que eles vão crescer fortes e saudáveis", disse Aécio. Inicialmente, o nascimento dos filhos do político estava previsto para o mês de agosto.

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"À equipe médica que acompanhou Letícia e trouxe nossos filhos ao mundo com segurança, minha eterna gratidão. Agradecemos a Deus por essa bênção e a cada um de vocês pelas orações", finalizou o senador.

Para evitar imprevistos e constrangimentos, os três principais pré-candidatos a presidente da República optaram pela discrição durante a Copa no Brasil. A começar pela presidente Dilma Rousseff, que vai reduzir ao máximo a participação no evento. Na abertura, na quinta-feira (12), não haverá discurso. Do alto da tribuna de honra da Arena Corinthians, em São Paulo, Dilma assistirá à cerimônia oficial de início do Mundial e se limitará a declarar "aberta a Copa do Mundo de Futebol Fifa 2014". As vaias, neste momento, são consideradas "certas" e "já estão na conta" do Planalto. Ainda assim, seriam menos problemáticas que a vaia da abertura da Copa das Confederações, no ano passado.

Pelo mesmo motivo, Dilma não deve entregar a taça ao time campeão, no Maracanã, em 13 de julho. A decisão ainda pode ser revista, a depender do andamento da competição. A modelo Gisele Bündchen foi sondada para a função, mas já teria decidido recusar o convite da Fifa.

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Além disso, Dilma não vai aceitar o convite da chanceler alemã, Angela Merkel, e do primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, para ver em Salvador, no dia 16, Alemanha e Portugal. A presidente vai encontrar a colega em Brasília na véspera.

Mesmo distante dos estádios, Dilma terá agenda cheia durante a Copa. A presidente vai continuar viajando para entregar obras de mobilidade urbana pelo País, pelo menos uma vez por semana. O objetivo é reforçar o discurso de que esses empreendimentos não são destinados exclusivamente para a Copa do Mundo, e sim para atender à população em geral.

Oposição

O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), também deve adotar uma postura mais discreta na primeira fase dos jogos da Copa e deve acompanhar in loco só os jogos disputados em Minas, seu reduto eleitoral.

No jogo de abertura, a previsão é de que o tucano esteja em companhia da mulher, Letícia Weber, grávida de gêmeos e internada em um hospital no Rio de Janeiro. Já na segunda partida da seleção, o senador deve reunir amigos e ex-jogadores em um restaurante na capital mineira.

Para o terceiro jogo da primeira fase, a agenda está indefinida. Apesar de evitar as arenas num primeiro momento, integrantes da coordenação de campanha do PSDB não descartam que Aécio vá aos jogos da segunda fase, quando o Brasil poderá jogar as oitavas de final ou a semifinal no Mineirão.

No QG da campanha do pré-candidato Eduardo Campos (PSB), a ordem é não "instrumentalizar" a competição. Fora dos horários de jogos da seleção, Campos manterá uma agenda ativa, mas longe dos estádios. Nos dias em que o Brasil jogar, ele deve acompanhar as partidas discretamente, ao lado da família.

A equipe de Campos alega que, em campanhas anteriores, o ex-governador de Pernambuco nunca se aproveitou do futebol para atrair o eleitorado - o pré-candidato do PSB torce pelo Náutico, mas não tem o hábito de frequentar estádios. Sua vice de chapa, a ex-ministra Marina Silva, é avessa ao esporte e tampouco pretende assistir aos jogos in loco.

Campos manterá seus compromissos de campanha durante a competição - vai aproveitar o período para participar das negociações dos palanques estaduais e trabalhar na conclusão do programa de governo do PSB. O foco do pré-candidato nos próximos dias será a convenção do partido, marcada para o fim deste mês.

A comunicação da campanha do PSB é contra a exposição do pré-candidato durante os jogos e informa que não divulgará imagens de Campos torcendo pela seleção brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ignorado pelo PSDB na última eleição presidencial, o plano de governo do partido será utilizado como ferramenta de marketing pelo senador Aécio Neves (MG), pré-candidato da legenda, na campanha deste ano. A intenção é que o documento contenha inclusive propostas do ex-governador José Serra para a saúde, área da qual foi ministro no governo Fernando Henrique Cardoso.

A estratégia do tucano é transformar a equipe de coordenação do projeto em uma "vitrine programática" de seus aliados. Coordenado pelo ex-governador mineiro Antonio Anastasia e tendo como principal estrela o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, o seleto grupo é tratado pelo partido como esboço da Esplanada dos Ministérios em eventual vitória de Aécio.

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Segundo um membro do núcleo duro da pré-campanha, Serra - um rival histórico do senador dentro do PSDB - foi recentemente sondado para integrar o grupo em um almoço em São Paulo com Anastasia. Questionado sobre a resposta de Serra ao convite, Anastasia despista e diz que os dois conversaram apenas sobre "o quadro político nacional".

Na campanha presidencial de 2010, Serra foi criticado por seus adversários por ter registrado um documento de 13 páginas com a íntegra de discursos feitos por ele como se fosse o programa de governo. A lei exige que o projeto seja apresentado no ato da inscrição das candidaturas. O time dos escolhidos por Aécio ainda não se reuniu, mas todos foram orientados a enviar para Anastasia as linhas gerais até a primeira semana depois da convenção, marcada para sábado, em São Paulo.

Caberá a Anastasia a tarefa de sistematizar o material e apresentá-lo em formas de tópicos na inscrição das chapas, no fim de junho. Depois disso, Anastasia sairá de cena e a economista Carla Grasso assumirá o execução do programa final, que ficará pronto em setembro. "A elaboração do documento final será fruto de um processo dialético", disse Anastasia ao Estado.

O ex-governador se refere à diferença de perfis dos integrantes do grupo de programa de governo. Além de Armínio Fraga, que comanda as propostas da área econômica e defende medidas ortodoxas na economia, fazem parte do time o sindicalista João Batista Inocentini, indicado pela Força Sindical; o ambientalista Fábio Feldmann, que esteve na linha de frente da campanha de Marina Silva em 2010; Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Washington no governo FHC; e Maria Helena Guimarães de Castro, ex-secretária de Educação de São Paulo na gestão Serra.

Pronatec

O programa mais avançado até agora é o da educação, que será um dos carros-chefe da propaganda de Aécio na TV. Ele prevê a "expansão" e o "aprimoramento" de programas implementados pelo PT, como o Pronatec, criado no governo Dilma em 2011, e o ProUni, no governo Lula em 2004. "Ninguém tem o monopólio dos programas", diz Anastasia. "Vamos tornar o Pronatec mais aberto, para pessoas de idades mais avançadas e sem ensino e médio", conclui. "Vamos usar o plano de governo com força na campanha", completa Paulo Vasconcellos, marqueteiro de Aécio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PMDB chega a dois dias da convenção que deve referendar seu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff com as dissidências dos últimos anos sob certo controle, mas exigindo em troca uma repactuação dos termos da aliança para um eventual segundo mandato da petista.

A fatura passa por mais espaço na Esplanada dos Ministérios a partir de 2015; pela participação nas decisões de governo; pela manutenção, hoje rechaçada por petistas, da divisão de poder no Congresso; e pela alocação da nova geração peemedebista na máquina pública.

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Antes da provável formalização da aliança nesta terça-feira, com a presença de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, peemedebistas já apontam algumas reivindicações. "Em 2015 queremos um espaço mais justo, que enseje maior colaboração do PMDB e maior participação nas políticas públicas", avalia o presidente da Câmara, Henrique Alves (RN).

Apelo social

"As principais pastas estão nas mãos do PT e são elas também as principais vias para executar políticas públicas. Isso vai constar da discussão do novo governo", conclui o deputado. O partido controla hoje cinco ministérios, mas sente falta de um com apelo social. Saúde, Educação e Cidades estão entre as mais cobiçadas na conta a ser entregue à presidente em caso de vitória.

Outro integrante da cúpula do partido diz que ele precisa "ter um braço na área de políticas públicas". As exigências incluem maior presença em autarquias como Transpetro e Conab, além da Petrobrás.

Dirigentes do partido vão pleitear ainda a alocação, ao menos no segundo escalão, de "pupilos" que disputarão eleições estaduais e que sejam eventualmente derrotados. São exemplos o deputado Renan Filho, que conta com o apoio do pai e presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), na corrida pelo governo alagoano; e Roberto, filho do senador Romero Jucá e vice na chapa que disputa o governo de Roraima. Já o irmão do senador Vital do Rêgo, Veneziano, concorre ao governo da Paraíba.

Bombeiros

A provável reedição da chapa Dilma-Michel Temer deve contar, segundo contas de dirigentes peemedebistas, com ao menos 10% de vantagem na convenção. A previsão de placar apertado se deve à instabilidade da ala rebelde, que defende a implosão da aliança devido a conflitos regionais. Uma surpresa não está descartada.

O cenário, porém, já foi pior e exigiu uma operação encabeçada por Lula e Temer para acalmar os dissidentes. O alvo principal foi o líder da bancada na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que ao longo do mandato de Dilma liderou insurreições na Câmara contra o governo. De algumas semanas para cá, porém, o embate foi sendo amenizado.

A mudança é facilmente explicada na cúpula do PMDB: Cunha quer presidir a Câmara em 2015 e, para isso, precisa do aval do governo. Ele nega que este seja o motivo. "Não caio no erro de pautar minha vida em razão disso. A presidência da Câmara depende de uma série de fatores. Preciso me reeleger, ver o tamanho das bancadas, ver quem será o presidente. A convenção é que é legítima para decidir a aliança com o PT. Cabe a mim acompanhar."

De lado

Peemedebistas citam muitos exemplos de como tem sido postos de lado nas discussões de governo. Não são chamados, por exemplo, para reuniões no Alvorada com Lula, Dilma, e o presidente do PT, Rui Falcão, sobre estratégias de campanha. Em maio, sequer foram consultados sobre a edição do decreto que regula participação popular.

Ainda assim, Temer defendeu a manutenção da aliança. "Disse a todos: para onde vamos? Um partido do tamanho do PMDB não ter posição no cenário político nacional? Muitos dizem que em 2018 precisamos ter um candidato nacional. Eu estou de acordo. Mas agora temos que nos manter como um partido líder no processo de desenvolvimento do Brasil", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Poucos Estados preservam tanto suas tradições quanto o Rio Grande do Sul, e a política não fica alheia a essa característica. Mudar de partido é quase tão grave quanto mudar de time de futebol, e isso raramente passa incólume pelo exigente eleitorado gaúcho, que desde os anos 90 vem cultivando uma espécie de tabu. Desde que foi instituída a reeleição, em 1997, nenhum governador foi reeleito - uma curiosidade no Estado que, no início da República, criou caudilhos como Borges de Medeiros, um dos mais longevos governadores na história do País.

Eleito em 2010 para o Palácio Piratini, o petista Tarso Genro tenta romper essa nova tradição. Na semana passada, reforçou a chapa da reeleição com a candidatura do ex-governador Olívio Dutra (PT) para o Senado. No 5.º maior colégio eleitoral do País, quatro partidos da base da presidente Dilma Rousseff - PT, PP, PMDB e PDT - disputam o governo do Estado. Apesar de evitarem mudar de partido, os pré-candidatos gaúchos não são necessariamente fiéis às alianças das direções nacionais. Tanto que, dos quatro partidos acima, só o PT está com Dilma, mineira que passou a maior parte da vida em Porto Alegre.

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O principal adversário do governador é a senadora Ana Amélia Lemos (PP), aliada do pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. O embate entre Dilma e o tucano se reproduz na disputa local. Ana Amélia se alia a Aécio no discurso de enxugamento da máquina e racionalização de gastos. Tarso, como a presidente, põe em dúvida a disposição dos adversários de manterem os investimentos em programas sociais. "Não há descontrole das finanças do Estado, o que há é um controle para sair de uma crise herdada. Choque de gestão é o discurso do Aécio repetido pela Ana Amélia, que é uma figura respeitável, mas que nunca foi gestora e não conhece a estrutura do Estado. É preciso dizer que os gastos que aumentamos são sociais", diz o governador.

Tarso defende a estratégia do PT de difundir o medo ante o risco de vitória da oposição. "Não se faz choque de gestão sem que se cortem recursos. Como o pagamento da dívida não pode ser cortado, o corte só pode ser no arrocho salarial e nos programas sociais. Isso é um equívoco. É apostar na recessão e no aumento do desemprego", ataca o petista, que ocupou três ministérios (Educação, Relações Institucionais e Justiça) no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

O petista conta com a aprovação pelo Senado, esperada para novembro, do projeto de lei que muda o indexador da dívida de Estados e municípios para reduzir o déficit orçamentário. Em 2013, o déficit foi de R$ 1,4 bilhão, agravado, segundo o governo, pelo rombo previdenciário e pelos pagamentos da dívida e de precatórios. Ana Amélia critica o "pouco compromisso dos governantes com o controle de gastos". "Terei de assumir um Estado com gravíssimos problemas financeiros e estruturais. Meu mantra é trabalhar muito e economizar o máximo para o Estado", diz. "Sou uma pessoa pé no chão e vejo as coisas com simplicidade. Quando uma família está endividada, todos entram em processo de comprometimento para sair do vermelho." A senadora admite que disputar o governo não estava nos planos, mas o interesse do PP gaúcho falou mais alto. "De um lado me alegra e, de outro, me atemoriza, pelo tamanho do desafio."

Neutralidade

Embora a direção nacional do PP tenha declarado apoio à reeleição de Dilma, líderes estaduais aliados de Aécio se esforçam para aprovar na convenção nacional a neutralidade do partido, a fim de garantir a presença do tucano no material de campanha e no programa de rádio e TV. "Não adianta liberar o partido regionalmente se eu não puder colocar o Aécio na minha propaganda", diz Ana Amélia. Antes do acerto com o PSDB, a senadora se aproximou do pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, mas a Rede Sustentabilidade, grupo da ex-ministra Marina Silva, reagiu por causa da ligação de Ana Amélia com o agronegócio.

Pesquisa Ibope/RBS realizada entre 27 e 31 de março e divulgada em 5 de abril aponta Ana Amélia na liderança, com 38%, seguida por Tarso, com 31%. Pré-candidato do PMDB, o dissidente José Ivo Sartori, que se aliou a Eduardo Campos na disputa presidencial, tem 5% dos votos. Com 3% aparece Vieira da Cunha (PDT), aliado ao DEM e ao PSD, que deverá abrir o palanque a vários presidenciáveis. Roberto Robaina, do PSOL, ficou com 1%. A pesquisa registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número RS-00003/2014 teve 812 entrevistados. A margem de erro é de três pontos porcentuais.

"Tradicionalmente as eleições no Rio Grande do Sul são muito polarizadas. O PP tem crescido, tem força no agronegócio e militância na juventude. As coisas estão marcadas, com Tarso à esquerda e Ana Amélia à direita. Mas não se pode desprezar a força do PMDB, que sempre pegou um eleitorado de centro", diz o cientista político Benedito Tadeu César, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O governador usa o discurso polarizado não só na busca pela reeleição, mas para defender suas posições dentro do PT - Tarso faz parte da corrente que prega mudanças no partido, com alianças no campo da esquerda e reaproximação dos movimentos sociais. "O PT, com a sua condição de partido de governo, se aproxima de um pragmatismo perigoso. No futuro, tem de assumir novamente uma função transformadora na sociedade", diz. "Se não o fizer, o campo popular, de esquerda, vai se fragmentar em milhares de micro-organizações e a direita e a centro-direita vão reinar por muito tempo."

Nas questões do cotidiano dos gaúchos, um dos flancos em que Tarso é mais atacado pelos adversários está no fato de não aplicar o piso nacional dos professores, instituído por ele próprio no Ministério da Educação. O petista alega que o Congresso, ao votar a lei, mudou o indexador, o que inviabilizou o pagamento. O Estado paga um complemento mensal aos professores fora do salário oficial. Além desse tema, para Benedito César a campanha gaúcha também discutirá a própria concepção de Estado e infraestrutura. "O Rio Grande do Sul depende da produção agrícola, mas não tem como escoar a produção." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que "nessa eleição a verdade vai vencer toda a quantidade de mentira e desinformação semeada pelo País". "Se na eleição do Lula, a esperança venceu o medo. Nessa eleição é importante que a verdade vença essa quantidade de mentiras", afirmou durante evento organizado pelo PT gaúcho, em Porto Alegre, para lançar a pré-candidatura de Tarso Genro à reeleição ao governo do Estado.

Dilma citou ainda um dos bordões que a campanha petista tem usado para se referir ao governo tucano, que antecedeu os petistas no comando do País. "Muitos querem na oposição voltar ao passado", afirmou, ressaltando que o governo do PT nos últimos 11 anos iniciou uma "trajetória de transformação" com maior distribuição de renda. "Foi um movimento que eu chamo de avassalador".

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Assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez em seu discurso, Dilma também citou a crise econômica global de 2008 e disse que "o Brasil soube defender, como poucos países, o emprego e o salário dos trabalhadores". "Ficou claro que o Brasil (na crise) não iria se render, não iria se abater e nem se ajoelhar diante do sistema de finanças representado pelo FMI", afirmou.

Dilma disse que com a crise houve desemprego e perda de direitos que explicam o surgimento de movimentos neonazistas e de extrema direita em alguns países do mundo, principalmente na Europa. A presidente destacou que é preciso que o PT tenha orgulho de contar que nesses 11 anos foi "contra a corrente". "Fizemos a maior redução da desigualdade da nossa história", reforçou. "Em só 11 anos".

A presidente afirmou que a transformação social do país aconteceu "como uma onda" e puxou para cima a renda dos brasileiros de uma forma geral. "Nós não tiramos de nenhuma camada para dar para outra. Todos melhoraram renda", disse. Segundo Dilma, "todos os dados mostram que a transformação social ainda está em curso no País". "Essa é a característica maior que nos distingue. Termos sido nos nossos governos, com o PT e com os partidos da base aliada, os protagonistas de uma grande transformação social no Brasil. Ela ainda está em curso e depende de nós", reforçou.

Dilma e o ex-presidente Lula participam em Porto Alegre de evento organizado pelo PT gaúcho para lançar a pré-candidatura de Tarso Genro à reeleição ao governo do Estado e do ex-governador Olívio Dutra ao Senado, ao lado dos aliados PC do B, PTB, PR, PROS, PTL e PTC.

O perfil oficial do pré-candidato à Presidência Eduardo Campos no Twitter respondeu abertamente a um perfil que se oferece para comprar seguidores. "Olá, @publicidadees, pode nos enviar a proposta por DM. #Equipe40", diz o tuíte publicado ontem às 19h31 por @eduardocampos40, perfil certificado do presidenciável. Também ontem, às 17h36, o perfil @publicidadees havia tuitado "Compre 50mil seguidores em qualquer rede social e ganhe mais 50mil de brinde. Interessados chamar por DM".

A última postagem do @publicidadees antes dessa era de 29 de abril, também falando sobre promoção para comprar seguidores na rede social. "Promoção relâmpago. 50mil seguidores reais no instagram por 800 reais a vista, promoção válida até quarta-feira. Chama por dm", diz o tuíte.

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Contatada, a assessoria de Campos disse que o perfil recebe diariamente diversos contatos e que, "por padrão, é solicitado para que essas pessoas enviem o conteúdo de suas demandas por mensagem direta". A nota afirma que o tuíte em questão seguiu esse procedimento. "São falsas as informações de que negociamos compra de seguidores. A prova irrefutável disso é que nosso perfil oficial no Twitter conta com cerca 27 mil seguidores, número modesto, que representa um trabalho que começou há apenas alguns meses", diz a nota. O perfil do @publicidadees se identifica no Twitter como: "Empresa de Publicidade em Mídias Sociais. A maior concentração de seguidores por metro quadrado. Entre em contato conosco: Contatogilliardi@r7.com. (Colaborou Mário Braga)

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