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Delegados e peritos da Polícia Federal rebateram nesta terça-feira, 19, o presidente Jair Bolsonaro e sua mais recente ofensiva contra o sistema eleitoral. Segundo esses profissionais da PF, desde a redemocratização, em 1988, as eleições 'ocorrem sem qualquer incidente que lance dúvidas sobre sua transparência e efetividade'. Os policiais ainda reiteram que as urnas eletrônicas 'já foram objeto de diversas perícias e apurações por parte da PF e que nenhum indício de ilicitude foi comprovado nas análises técnicas'.

Em reunião com 60 embaixadores, na segunda, 18, Bolsonaro atribuiu à PF a declaração de que o Tribunal Superior Eleitoral 'é um queijo suíço, como uma peneira'. A alegação foi denunciada e rebatida já nesta segunda-feira pela corte eleitoral. "A Justiça Eleitoral não tem conhecimento de tal afirmação feita pela Polícia Federal", afirmou a corte ao reagir às falas do presidente.

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A nota que contradiz Bolsonaro é subscrita por três das principais entidades de delegados e peritos da PF - a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal.

A PF não se manifestou oficialmente. Procurada pela reportagem do Estadão ainda na segunda, 18, a instituição não se pronunciou sobre o 'queijo suíço'.

As entidades policiais, por seu lado, ressaltaram que a corporação participa de testes de segurança realizados pelo TSE. "Até o momento não foi apresentada qualquer evidência de fraudes em eleições brasileiras", afirmam.

Delegados e peritos enfatizaram a Bolsonaro. "Acatar a legislação eleitoral vigente e respeitar a Constituição, bem como as decisões democráticas, é imprescindível a todo e qualquer representante eleito ou postulante a cargo eletivo."

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DIVULGADA POR DELEGADOS E PERITOS:

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FENADEPOL) manifestam total confiança no sistema eleitoral brasileiro e nas urnas eletrônicas. A Polícia Federal é uma das instituições de Estado que tem por atribuição garantir a lisura e segurança das eleições, que desde a redemocratização ocorrem sem qualquer incidente que lance dúvidas sobre sua transparência e efetividade.

É importante reiterar que as urnas eletrônicas e o sistema eletrônico de votação já foram objeto de diversas perícias e apurações por parte da PF e que nenhum indício de ilicitude foi comprovado nas análises técnicas.

A Polícia Federal, assim como diversos outras instituições renomadas, tem participado de testes públicos de segurança promovidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e abertos a qualquer cidadão, cujo objetivo é buscar o contínuo aperfeiçoamento das urnas eletrônicas, sendo que até o momento não foi apresentada qualquer evidência de fraudes em eleições brasileiras.

Acatar a legislação eleitoral vigente e respeitar a constituição, bem como as decisões democráticas é imprescindível a todo e qualquer representante eleito ou postulante a cargo eletivo.

As entidades representativas que subscrevem esta nota têm total confiança de que, neste ano, o povo brasileiro escolherá seus representantes de forma transparente e republicana como sempre fez.

Brasília, 19 de julho de 2022

Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF)

Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF)

Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FENADEPOL)

Em meio a novas agressões do presidente Jair Boslonaro ao sistema eleitoral - durante reunião com 60 embaixadores nesta segunda, 18 - o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, conversou com o ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e reagiu à 'tentativa de se colocar em xeque, mediante a comunidade internacional, o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, que têm garantido a democracia brasileira nas últimas décadas'.

Fux e Fachin se falaram por videoconferência. De saída da presidência do Supremo, Fux repudiou os ataques de Bolsonaro a cerca de 70 dias das eleições gerais. Ele reiterou 'confiança total na higidez do processo eleitoral e na integridade dos juízes que compõem o TSE'.

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O ministro Alexandre de Moraes, atual vice-presidente da corte eleitoral, comandará o tribunal durante o pleito que se aproxima. Junto de Fachin e do ex-presidente do TSE Luís Roberto Barroso, o magistrado é um dos alvos preferenciais do chefe do Executivo e de sua base aliada.

Após a reunião em que Bolsonaro não só atacou o sistema eletrônico de votação, mas também fez alegações direcionadas a ministros do TSE, a corte eleitoral divulgou uma lista rebatendo vinte alegações do chefe do Executivo. O TSE elencou diversos conteúdos produzidos pela Secretaria de Comunicação e Multimídia da corte que desmontam a narrativa do presidente.

O ex-presidente Lula (PT) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (19), que determine que o presidente Jair Bolsonaro (PL) exclua das suas redes sociais os vídeos do evento realizado na segunda-feira (18), no Palácio do Planalto, com embaixadores de vários países, com fake news sobre o sistema eleitoral brasileiro. O petista solicita que o presidente seja condenado a pagar multa de R$ 25 mil pelo suposto crime de propaganda eleitoral antecipada. 

No evento realizado por Bolsonaro, ele afirmou que os ministros do TSE tentaram barrar medidas de transparência às urnas eletrônicas com o objetivo de eleger políticos de esquerda. “A conduta de Bolsonaro se agrava ao se considerar que o pronunciamento, veiculado na mídia oficial do governo federal, a TV Brasil, ao vivo e na íntegra, fazendo uso de meios oficiais para propagar desinformação e realizar propaganda extemporânea”, diz a peça assinada pelos advogados de Lula, Cristiano Zanin e Eugênio Aragão.

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No início da fala, Bolsonaro afirmou que basearia a apresentação num inquérito da Polícia Federal sobre o suposto hacker ao TSE durante as eleições de 2018. “Segundo o TSE, os hackers ficaram por oito meses dentro do computador do TSE, com código-fonte, senhas, muito à vontade, e a PF diz, ao longo do inquérito, que eles poderiam alterar nome de candidatos, tirar voto de um e mandar para o outro”, contou. 

Um outro inquérito foi aberto pelo STF para investigar o vazamento da apuração com Bolsonaro e o deputado bolsonarista. “Eu ando o Brasil todo, sou bem recebido em qualquer lugar. Ando no meio do povo. O outro lado, não. Sequer come no restaurante do hotel, porque não tem aceitação. Pessoas que devem favores a eles não querem um sistema eleitoral transparente. Pregam o tempo todo que, após anunciar o resultado das eleições, os chefes de Estado dos senhores devem conhecer o resultado das eleições”, disse o mandatário. 

De acordo com nota enviada ao UOL, a Presidência disse que Bolsonaro manteve encontro hoje com os chefes de missões diplomáticas no Brasil. “O presidente sublinhou aos representantes do corpo diplomático que sua própria carreira política é um resultado do sistema democrático. Lembrou seu período de mais de 30 anos como representante eleito, em trajetória iniciada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, passando pela Câmara dos Deputados e culminando com sua eleição à Presidência da República em 2018, com mais de 57 milhões de votos válidos, em campanha realizada com mínimo financiamento público”. 

O Cidadania, que apoia Simone Tebet (MDB) na disputa pela Presidência, cobrou do Congresso a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em nota divulgada nesta terça-feira, 19, o partido argumenta que o presidente "perdeu qualquer compostura que ainda pudesse ter pelo cargo que ocupa" após as acusações contra o sistema eleitoral em reunião com embaixadores estrangeiros nesta segunda, 18.

"As urnas eletrônicas que deram a ele e a seus filhos diversos mandatos tirarão de Bolsonaro em outubro não apenas o cargo, mas o foro especial por prerrogativa de função. E o poder e a influência que hoje detém sobre os órgãos de controle. Mas isso não exime o Congresso Nacional de cumprir o seu papel e abrir um processo de impeachment", afirma o texto, assinado pelo presidente nacional da sigla, o ex-deputado e ex-senador Roberto Freire.

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Bolsonaro é alvo de mais de 140 pedidos de impeachment encaminhados à Câmara dos Deputados desde que assumiu a Presidência, em 2019. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), vem engavetando todos os novos pedidos de afastamento. Ele também não se manifestou, até o momento, sobre a reunião de Bolsonaro com os representantes de embaixadas estrangeiras.

Ex-vice-presidente da Câmara, o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM) chamou a apresentação de Bolsonaro de "patética" e afirmou que o silêncio de Arthur Lira é "mais ensurdecedor" do que o dos embaixadores que participaram do evento. "Ao posto de Presidente da Câmara não é dado o direito de escolher o silêncio cúmplice", escreveu, em sua conta no Twitter.

Outro parlamentar a cobrar Lira publicamente, nesta terça, foi o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE). "O presidente da Câmara precisa se manifestar diante das mentiras de Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas e as ameaças à democracia, ontem, diante de embaixadores de diversos países", escreveu, também no Twitter.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), divulgou nota ainda nesta segunda-feira reafirmando que "a segurança do processo eleitoral não pode ser questionada" - mas não citou a possibilidade de processo de impeachment. Outros parlamentares apontaram crime de responsabilidade e já encaminharam ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da República. O grupo que assina o documento reúne integrantes do PT, PSOL, PCdoB, Rede, PSB e PV.

O Congresso entrou em recesso nesta segunda-feira, 18, pelas próximas duas semanas. A partir desta quarta-feira, 20, começa o prazo em que as convenções partidárias podem ser convocadas para oficializar candidaturas à Presidência, Senado, Câmara e governos estaduais.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) usou o Twitter, nesta terça-feira (19), para afirmar que o presidente Jair Bolsonaro cometeu um ato de traição ao Brasil ao reunir embaixadores para, mais uma vez, levantar suspeitas sobre a lisura do processo eleitoral do país e questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas. 

Segundo Dilma, Bolsonaro reuniu o mundo para anunciar que dará um golpe. 

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"Bolsonaro cometeu ontem um ato de traição ao Brasil. É a 1ª vez que um presidente convoca o mundo para anunciar que vai dar um golpe. Com este ato, Bolsonaro confessa que vai perder a eleição para Lula", escreveu a ex-presidente petista.

Dilma Rousseff ainda fez um questionamento: "Até quando as instituições serão complacentes com essa vergonha autoritária?"

A reunião liderada por Bolsonaro com embaixadores que aconteceu nessa segunda-feira (18) repercutiu no mundo e rendeu reações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que listou 20 inverdades do discurso do presidente. 

Veículos da imprensa internacional repercutiram a investida do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra urnas eletrônicas ocorrida na tarde desta segunda-feira (18). Jornais do mundo inteiro noticiaram, nesta terça terça-feira (19), o encontro em que o chefe do Executivo disse a diplomatas estrangeiros, sem apresentar provas, que há inconsistências na segurança do processo eleitoral brasileiro.

O americano The New York Times (NYT), um dos jornais de maior relevância no mundo, chamou o gesto de Bolsonaro de "potencial prévia" de sua estratégia para uma eleição na qual, como apontam as pesquisas, "ele pode perder de forma esmagadora".

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Assim como o Estadão, a publicação ouviu participantes do encontro sob condição de anonimato. Diplomatas disseram ao jornal americano que se preocuparam com a possibilidade de o presidente estar "preparando o terreno para contestar os resultados da eleição se ele perder".

O NYT sugeriu que Bolsonaro pode estar seguindo as pegadas do ex-presidente americano Donald Trump, que atiçou apoiadores contra o sistema eleitoral dos Estados Unidos em uma ação que desembocou no ataque ao Capitólio, no início do ano passado, que deixou cinco mortos. "Assim como Trump, Bolsonaro parece estar desacreditando a votação antes que ela aconteça, em um suposto esforço para aumentar a confiabilidade e a transparência", afirmou o jornal norte-americano.

O La Nación da Costa Rica destacou o fato de não haver provas que fundamentem o discurso de Bolsonaro contra as urnas. O jornal ressaltou a polarização que há no Brasil entre o atual presidente e seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é líder nas pesquisas de intenção de voto.

O La República, da Colômbia, noticiou que o presidente brasileiro compartilhou sua "preocupação" com diplomatas e que ele tem questionado "repetidamente" o sistema de votação do País. A publicação ainda lembrou que a Argentina, governada pelo esquerdista Alberto Fernández, não foi representada no encontro.

O serviço de notícias americano Bloomberg classificou os questionamentos de Bolsonaro como "velhas e refutadas teorias da conspiração". "Bolsonaro, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em todas as pesquisas de opinião, repetidamente questionou a confiabilidade do sistema de votação eletrônica do Brasil, até mesmo alegando sem provas que sua eleição de 2018 foi fraudada e que ele deveria ter vencido no primeiro turno", disse a reportagem.

Em reunião com os embaixadores nesta segunda-feira (18), no Palácio da Alvorada, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que, na sua concepção, o sistema eleitoral brasileiro feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é falho e inauditável. Ele também falou sobre o suspeito hacker que passou oito meses dentro do sistema do TSE e reclamou que o inquérito da investigação ainda não foi concluído. De acordo com o presidente, com uma apresentação de powerpoint, “tudo o que vou falar aqui está documentado, nada é da minha cabeça”.

Após o pronunciamento, "O Presidente" foi parar nos Trendings Topics do Twitter em critica às falácias ditas por Bolsonaro no seu discurso durante o evento. Ele também apontou que Fachin "foi o responsável por tornar Lula elegível" a partir da decisão do Supremo Tribunal Federal pela liberdade e elegibilidade do ex-presidente. 

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Ao exaltar que o que mais quer para o “meu” Brasil é que a liberdade continue a valer depois das eleições, ao atacar o TSE, Bolsonaro disse querer transparência no pleito. “Queremos que o ganhador seja aquele que realmente seja votado. Temos um sistema eleitoral que apenas dois países no mundo usam. No passado, alguns outros países começaram a usar esse sistema e rapidamente foi abandonado. O que queremos são eleições limpas, transparentes, onde o eleito reflita a vontade da sua população”. 

Durante o seu discurso e a apresentação no powerpoint, o presidente falou de um possível ataque hacker ao sistema do TSE divulgado pelo próprio hacker após o segundo turno das eleições de 2018. “Quero me basear no inquérito da Polícia Federal que foi aberto. O hacker falou que tinha invadido o TSE e a PF começou a apurar se houve ou não manipulação e de quem seria a responsabilidade”. 

“Tudo começa nessa denúncia, que foi de conhecimento do TSE, onde o hacker diz claramente que ele teve acesso a tudo dentro do TSE; a todos os milhares de código-fonte, que teve acesso a senha de um ministro do TSE, bem como de outras autoridades. Várias senhas ele conseguiu e a ministra do TSE da época, que também é ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, fez com que o inquérito fosse instaurado”. 

De acordo com Bolsonaro, os hackers ficaram oito meses “dentro dos computadores do TSE, com códigos fontes, senhas e muito à vontade, e diz ao longo do inquérito que eles poderiam alterar nome de candidatos, tirar foto de um e transferir para o outro”. “Ou seja, um sistema que, segundo documentos do próprio TSE e conclusão da PF, um processo aberto a muitas maneiras de alterar o processo de votação”, atacou o presidente, que defende o voto impresso. 

No entanto, a Secretaria de Comunicação e Multimídia do TSE produziu conteúdos que explicam que o presidente apresentou ao menos 20 fake news nesta reunião, explicando alguns dos pontos falados por ele. Com relação aos dois países além do Brasil que utilizam voto eletrônico, mencionado por Bolsonaro, “os equipamentos utilizados pelo eleitorado de parte da França e dos Estados Unidos para realizar a escolha de representantes também não imprimem comprovante físico da votação”, disse a Justiça Eleitoral. Também foi dito pelo presidente que as urnas eletrônicas são inauditáveis, mas, ainda segundo a Justiça Eleitoral, “as urnas eletrônicas podem ser auditadas”. “As verificações, acompanhadas de perto por diversas entidades respeitadas, ocorrem antes, durante e depois das eleições para assegurar o bom funcionamento do sistema eleitoral brasileiro”. 

Ataque Hacker 

O presidente afirmou que o sistema do TSE sofreu ataque hacker e insinuou, mais uma vez, em ataque ao Tribunal e na defesa do voto impresso, que as urnas eletrônicas foram invadidas. Segundo a Justiça Eleitoral, o ataque não violou a segurança do sistema das eleições, ou seja, as urnas e nem o sistema eleitoral foram afetados pela tentativa do ataque hacker. O sistema de checagem “Fato ou Boato” do TSE também explicita que a informação de que o hacker desviou 12 milhões de votos da urna eletrônica durante as eleições de 2018 é falsa. “Como as urnas eletrônicas jamais entram em rede e não têm nenhuma conexão com a internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e apuração”, explicou. 

Após o presidente Jair Bolsonaro apresentar a embaixadores um PowerPoint com suas desconfianças sobre o sistema eleitoral brasileiro, mais uma vez sem provas, o Palácio do Planalto emitiu nota que minimiza os ataques do chefe do Executivo às urnas eletrônicas e chama o encontro de "intercâmbio de ideias". O posicionamento oficial é incomum no atual governo.

"O senhor Presidente da República manteve encontro hoje com chefes de missões diplomáticas acreditadas no Brasil para intercâmbio de ideias sobre o processo eleitoral em curso no nosso País", diz o governo, em nota oficial. O encontro com embaixadores aconteceu nesta tarde no Palácio da Alvorada e não constou da agenda oficial, como orienta a legislação.

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A apresentação de Bolsonaro foi marcada por distorções e acusações sem provas sobre a lisura das urnas eletrônicas. O presidente citou vídeos descontextualizados e fake news já desmentidas pela Justiça Eleitoral.

No posicionamento oficial, o governo diz que Bolsonaro tem como prioridade fazer valer a vontade dos eleitores nas urnas. "O senhor Presidente da República sublinhou aos titulares e representantes diplomáticos presentes seu desejo de aprimorar os padrões de transparência e segurança do processo eleitoral brasileiro. Enfatizou que a prioridade é assegurar que prevaleça, de modo inquestionável, a vontade do povo brasileiro nas eleições", diz a nota.

Veja a nota do governo na íntegra:

O senhor Presidente da República manteve encontro hoje com chefes de missões diplomáticas acreditadas no Brasil para intercâmbio de ideias sobre o processo eleitoral em curso no nosso País.

O Presidente Jair Bolsonaro sublinhou aos representantes do corpo diplomático que sua própria carreira política é um resultado do sistema democrático. Lembrou, nesse sentido, seu período de mais de 30 anos como representante eleito, em trajetória iniciada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, passando pela Câmara dos Deputados e culminando com sua eleição à Presidência da República em 2018, com mais de 57 milhões de votos válidos, em campanha realizada com mínimo financiamento público (menos de um milhão de dólares).

O senhor Presidente da República sublinhou aos titulares e representantes diplomáticos presentes seu desejo de aprimorar os padrões de transparência e segurança do processo eleitoral brasileiro. Enfatizou que a prioridade é assegurar que prevaleça, de modo inquestionável, a vontade do povo brasileiro nas eleições que se realizarão em 2 de outubro próximo.

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu tentar controlar a cobertura jornalística da reunião convocada com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada. A equipe de comunicação do Executivo liberou a entrada apenas de veículos que se comprometessem a transmitir o encontro ao vivo e na íntegra.

A reunião de Bolsonaro com embaixadores está marcada para as 16 horas. Na ocasião, o presidente deve apresentar um PowerPoint com suas desconfianças - nunca comprovadas - em torno do sistema eleitoral brasileiro. Também fará críticas aos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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O encontro foi mantido apesar de Bolsonaro ter afirmado nesta manhã que passou a noite em claro com febre e gripe. O Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, entrou em contato com a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) do governo para saber se o presidente fará teste de covid-19 e cancelará seus compromissos para ficar em isolamento, como recomendam especialistas em caso de sintomas gripais.

Também procurou o médico pessoal de Bolsonaro, Antônio Macedo, para apurar detalhes sobre o estado de saúde; e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para se posicionar sobre o chefe do Executivo conversar sem máscara com apoiadores mesmo com sintomas gripais. Ninguém retornou aos contatos até o momento.

Segundo fontes, os EUA serão representados na reunião pelo encarregado de negócios, Douglas Koneff. A União Europeia, pela encarregada do mesmo setor, Ana Beatriz Martins, já que o embaixador da UE no Brasil, Ygnácio Ibañez, está em férias na Europa. A embaixadora da França, Brigitte Collet, também participará da reunião com Bolsonaro.

Embaixadores estrangeiros convidados pelo presidente Jair Bolsonaro para uma apresentação sobre supostas fraudes em eleições brasileiras, nunca comprovadas, relatam constrangimento em faltar ao encontro nesta segunda-feira, 18, no Palácio da Alvorada. A convocação foi enviada a cerca de 50 embaixadores, segundo o próprio presidente, mas os critérios de escolha não foram divulgados por Bolsonaro, tampouco pela Presidência da República. O governo espera em torno de 40 presenças.

Dois chefes de missões diplomáticas europeias, que não relatam dúvida sobre a confiabilidade do sistema eleitoral do Brasil e defendem publicamente respeito às instituições democráticas, disseram que se veem numa saia-justa com o convite de Bolsonaro. Isso porque, em maio, atenderam a uma convocação similar do ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, para falar sobre a segurança e a transparência do sistema de urnas eletrônicas. Fachin reuniu na ocasião 68 embaixadores.

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Seria no entendimento de alguns diplomatas uma descortesia se ausentar propositadamente da reunião de Bolsonaro, que lhes será útil para entender e poder relatar ao exterior alguns dos argumentos do presidente e seus planos, a serem apresentados em slides de power-point.

Por isso, mesmo países que adotaram discrição sobre o tema resolveram comparecer como Estados Unidos, França, Portugal e Bélgica. Algumas embaixadas cujo embaixador não está em Brasília vão enviar o número dois, como é o caso da União Europeia. Itália e Índia também confirmaram presença.

Dos membros do conselho de Segurança das Nações Unidas, só a China não se manifestou, por não ter sido convidada, segundo fontes diplomáticas. O Reino Unido também não enviará representante, por falta de convite.

O mesmo ocorreu com representantes de países sul-americanos governados pela esquerda, como Chile e Argentina, que disseram não ter recebido convite. Já Colômbia e Equador, cujos atuais presidentes são alinhados a Bolsonaro, pretendem comparecer.

Fora da agenda oficial, o presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição, promove nesta segunda-feira (18), às 16 horas, no Palácio da Alvorada, reunião com embaixadores estrangeiros. Embora o convite enviado aos representantes de outros países não detalhe o tema do encontro, o próprio Bolsonaro já adiantou que pretende apresentar na ocasião um PowerPoint com suas desconfianças - nunca comprovadas - em torno do sistema eleitoral brasileiro. Devem haver, ainda, críticas à suposta falta de isenção dos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Acompanham o presidente no encontro os ministros Carlos França (Relações Exteriores) e Ciro Nogueira (Casa Civil). O ex-ministro da Defesa e pré-candidato a vice na chapa à reeleição, Walter Braga Netto, também deve participar. Os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, chegaram a ser convidados, mas declinaram.

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Neste domingo (17), em conversas com jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro declarou que 40 embaixadores já confirmaram presença na reunião, mas não especificou quais.

Nos bastidores, integrantes do Itamaraty mostram desconforto em misturar o aparato diplomático com os rompantes político-eleitorais do presidente. Para a oposição, Bolsonaro, eleito pela urna eletrônica, ataca o sistema eleitoral brasileiro com o objetivo de preparar o discurso para "melar" as eleições caso seja derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Palácio do Planalto e líder nas pesquisas de intenção de voto.

Nesta terça-feira (1º), embaixadores e diplomatas das delegações do Ocidente abandonaram duas reuniões da ONU, na Suíça, enquanto o chanceler russo Sergey Lavrov se pronunciava. O Brasil adotou uma postura neutra e permaneceu na sala.

As mobilizações durante as Conferências de Direitos Humanos, e mais cedo, a do Desarmamento, evidenciaram o isolamento da Rússia e intensificaram as críticas aos "atos de agressão" contra a Ucrânia. 

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Com ocupação de 180 pessoas, a sala de reuniões foi esvaziada por 140 representantes dos países, estimou a delegação alemã.

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O Brasil e países como Venezuela, Iêmen, Argélia, Síria e Tunísia não aderiram ao boicote e acompanharam o discurso de Lavrov.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, já haviam indicado que o país adotaria uma postura neutra e equilibrada em relação ao conflito.  

O chancelar russo classificou os Estados Unidos e seus aliados como 'egoístas' e repudiou as sanções aplicada contra a Rússia. Inclusive, sua participação foi virtual, já que as aeronaves do país estão impedidas de sobrevoar o espaço aéreo da União Europeia.

O presidente da Turquia, Recep Erdogan disse nesta sexta-feira (22) que ordenou ao ministro das Relações Exteriores do país que dez embaixadores estrangeiros fossem declarados no critério de "persona non grata" no país, após pedirem a libertação de um filantropo preso desde 2017.

Entre os embaixadores estão representantes dos Estados Unidos, França e Alemanha, Holanda, Canadá, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Noruega e Nova Zelândia. No início da semana, eles emitiram um comunicado pedindo uma resolução para o caso de Osman Kavala, um empresário e filantropo detido há quase quatro anos, apesar de não ter sido condenado por nenhum crime.

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Após as manifestações contrárias à prisão do empresário, os diplomatas foram convocados ao Ministério das Relações Exteriores na terça-feira.

Descrevendo a declaração como uma "imprudência", Erdogan disse que ordenou que os embaixadores fossem declarados indesejáveis. Uma declaração de "persona non grata" contra um diplomata geralmente significa que o indivíduo está proibido de permanecer no país anfitrião.

Kavala, 64, foi absolvido no ano passado de acusações ligadas a protestos antigovernamentais em todo o país em 2013, mas a decisão foi anulada e juntou-se a acusações relacionadas a uma tentativa de golpe de 2016.

Observadores internacionais e grupos de direitos humanos pediram repetidamente a libertação de Kavala e do político curdo Selahattin Demirtas, que está preso desde 2016. Eles alegam que as prisões se baseiam em considerações políticas. Ancara nega as reivindicações e insiste na independência dos tribunais turcos.

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos pediu a libertação de Kavala em 2019, dizendo que sua prisão ocorreu para silenciá-lo e não foi apoiada por evidências de um crime. O Conselho da Europa afirma que iniciará o processo de infração novamente na Turquia no final de novembro, se Kavala não for libertado. Fonte Associated Press.

Ciceroneado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, um grupo de diplomatas, parlamentares e jornalistas estrangeiros começa nesta quarta-feira (8) a percorrer parte da Amazônia brasileira. Segundo a vice-presidência, apesar de concentrada em cidades do Pará, a viagem é uma oportunidade para o governo federal apresentar a representantes da comunidade internacional a realidade regional e as ações públicas para preservação do bioma e desenvolvimento econômico da região que compreende nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

"Esta viagem vai se desenvolver na Amazônia Oriental, mais especificamente no estado do Pará. O objetivo é apresentar a estas autoridades estrangeiras - bem como ao público brasileiro, por meio dos formadores de opinião que irão nos acompanhar - a realidade da região e as principais políticas [federais e estaduais] com vistas ao desenvolvimento da Amazônia Legal”, disse Mourão na última segunda-feira (6), no programa Por Dentro da Amazônia, transmitido pela Rádio Nacional AM.

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Segundo a assessoria da vice-presidência, participam da comitiva representantes diplomáticos de oito países (Angola, Espanha, França, Índia, Japão, Paraguai, Suíça e Uruguai), além do Reino Unido (formado por Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales) e da União Europeia. Também viajam com o grupo membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA – bloco socioambiental formado pelos países sul-americanos que compartilham o território Amazônico: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela), jornalistas estrangeiros e brasileiros, parlamentares brasileiros e representantes dos ministérios do Meio Ambiente; Minas e Energia; Relações Exteriores e Ciência, Tecnologia e Inovações.

Até a sexta-feira (10), a comitiva visitará as cidades de Altamira, Belém, Medicilândia e Parauapebas. Entre as atividades programadas estão um sobrevoo à Floresta Nacional de Carajás; visitação a complexos mineradores da Vale, à usina de Belo Monte, à Fundação Evandro Chagas e ao Museu Emílio Goeldi, além de encontros com autoridades estaduais.

Em novembro de 2020, o Conselho Nacional da Amazônia Legal realizou uma primeira missão diplomática com o mesmo objetivo. Na ocasião, o conselho, presidido por Mourão e responsável por coordenar e acompanhar a implementação das políticas públicas relacionadas à Amazônia Legal levou chefes de missões diplomáticas da África do Sul, Alemanha, Canadá, Colômbia, França, Espanha, Peru, Portugal, Suécia, Reino Unido, União Europeia e OTCA a visitar pontos pré-definidos nas cidades de Manaus, São Gabriel da Cachoeira e Maturacá, todas no Amazonas.

“[Os integrantes da comitiva] tiveram a oportunidade de ver a realidade destas áreas tão distantes e isoladas do território brasileiro”, acrescentou o vice-presidente, explicando que, este ano, o Pará foi escolhido em função de, segundo Mourão, conciliar grandes centros urbanos, projetos de mineração e de infraestrutura, ações de proteção e preservação ambientais e investimentos em bioeconomia. “Isto [as viagens com representantes de outros países] nos incentiva a buscar cada vez mais recursos que propiciem recursos condições de vida melhores para todos que ali vivem”, acrescentou o vice-presidente durante o programa da Rádio Nacional AM.

Maior floresta tropical do mundo, a conservação da Amazônia desperta atenção internacional, já que, além dos prejuízos imediatos para a população local e para a economia brasileira, sua destruição causaria impactos globais, dentre eles a liberação de grande quantidade de gases de efeito estufa. No início de agosto, após a divulgação dos dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), o vice-presidente disse que o Brasil não atingirá, este ano, a meta de reduzir em 10% o desmatamento da Amazônia.

“Provavelmente, não vou cumprir aquilo que eu achava que seria o nosso papel: chegar a 10% de redução. Acho que vai dar na faixa de 4% a 5%, uma redução muito pequena, muito irrisória, mas que já é um caminho andado”, disse Mourão a jornalistas. Dias depois, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Orlando Leite Ribeiro, destacou os esforços da pasta para reverter imagem negativa do Brasil no exterior em relação ao desmatamento e a queimadas.

“É preciso diferenciar o problema que temos do problema da imagem. Temos, sim, problemas com o número crescente de desmatamento. O governo está ciente disso e tenta reverter. Mas existe um problema maior que é a percepção, no exterior, dessa situação. No imaginário popular europeu, a Amazônia está queimando e estão extraindo madeira no coração da Amazônia, mas a gente sabe que não é isso”, disse Ribeiro durante evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

 

Na noite deste sábado (31), o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), usou sua conta no Twitter para anunciar a confirmação de uma viagem de embaixadores internacionais à Amazônia. Segundo sua publicação, a expedição será realizada de quarta-feira, 4 de novembro, até a sexta-feira (6). 

Além da viagem, Mourão anunciou uma reunião do Conselho da Amazônia, marcada para a próxima terça-feira (3). Sem dar maiores detalhes, o vice-presidente afirmou também que fornecerá mais informações sobre a viagem na segunda-feira (2), durante o programa “Por Dentro da Amazônia”, na Rede Nacional de Rádio, às 9h e 20h30. 

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“Não verão nada queimando”

A ideia de organizar uma viagem de embaixadores internacionais para sobrevoar a Amazônia começou a ser ventilada pelo presidente, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), durante a cerimônia de formatura dos alunos do Instituto Rio Branco, responsável por formar diplomatas no País. A intenção de Bolsonaro, segundo ele mesmo, é mostrar que a maior floresta tropical do planeta Terra “não está queimando”

“O que mais nós precisamos é da verdade. Não podemos nos deixar vencer pela falsa narrativa. O mundo sempre esteve em guerra, nem que seja no campo das comunicações. Não é fácil estar do lado da verdade. A verdade me trouxe até aqui e a verdade libertará o nosso país”, afirmou o presidente, que vem sofrendo pressão por uma nova política ambiental, diante de dados que apontam crescimento das queimadas tanto na Amazônia quanto no Pantanal. 

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O ápice das pressões sobre o governo do Brasil foi o fato de oito países europeus enviarem uma carta a Mourão, afirmando que a alta do desmatamento poderia dificultar a importação de produtos brasileiros, pois estariam comprometidos em eliminar o desmatamento das cadeias de produtos agrícolas vendidos para a Europa.

Após a fala de Bolsonaro, o vice-presidente começou a organizar a expedição que deve contar com ministros, representantes de países, chefes diplomáticos da União Europeia e da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). 

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O presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta quarta-feira, 7, 30 novos embaixadores do País no exterior. Os atos de nomeação estão publicados no Diário Oficial da União de hoje.

Entre os embaixadores nomeados está Nestor Forster Junior para a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Forster foi indicado por Bolsonaro em novembro do ano passado, após o governo desistir de emplacar para o cargo o nome do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República. No entanto, o Senado somente aprovou o nome de Forster para o posto no dia 22 de setembro, quando foi feito um esforço concentrado na Casa para aprovação de diversas indicações pendentes para embaixadas brasileiras.

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Também foi nomeado hoje Reinaldo José de Almeida Salgado para a Embaixada do Brasil na Argentina. Os outros embaixadores nomeados são:

Luís Ivaldo Villafañe Gomes Santos, para a embaixada do Iraque;

Regina Célia de Oliveira Bittencourt, Embaixada do Benim e, cumulativamente, na República do Níger;

Mauricio Medeiros de Assis, Embaixada de Timor-Leste;

Oswaldo Biato Júnior, Embaixada na Geórgia;

Marcel Fortuna Biato, Embaixada na Irlanda;

Paulo Roberto Soares Pacheco, Embaixada do Chile;

José Carlos de Araújo Leitão, Embaixada da Costa do Marfim;

Flávio Hugo Lima Rocha Junior, Embaixada de Botsuana; Bruno Luiz dos Santos Cobuccio, Embaixada do Senegal;

Renato Soares Menezes, Embaixada do Congo e, cumulativamente, na República Centro-Africana;

Arthur Henrique Villanova Nogueira, Embaixada da Zâmbia;

Colbert Soares Pinto Junior, Embaixada de Cabo Verde;

Ellen Osthoff Ferreira de Barros, Embaixada em Burkina Faso;

Rafael de Mello Vidal, Embaixada em Angola;

Carlos Eduardo de Ribas Guedes, Embaixada do Mali;

Gerson Menandro Garcia de Freitas, Embaixada em Israel;

Sérgio França Danese, para embaixada na África do Sul e, cumulativamente, no Reino do Lesoto e na República de Maurício;

Paulo Roberto Caminha de Castilhos França, Embaixada no Reino dos Países Baixos;

Francisco Mauro Brasil de Holanda, Embaixada do Kuwait e, cumulativamente, no Reino do Bahrein;

Hermano Telles Ribeiro, Embaixada na República Libanesa;

José Antonio Gomes Piras, Embaixada da Estônia; José Raphael Lopes Mendes de Azeredo, Embaixada do Suriname;

Rodrigo do Amaral Souza, Embaixada na República de Trinidad e Tobago;

Antonio José Maria de Souza e Silva, Embaixada das Filipinas e, cumulativamente, na República de Palau, nos Estados Federados da Micronésia e na República das Ilhas Marshall;

Norton de Andrade Mello Rapesta, Embaixada na Ucrânia;

Carlos Antonio da Rocha Paranhos, Embaixada na República da União de Myanmar;

Rodrigo de Azeredo Santos, Embaixada da Dinamarca e, cumulativamente, na República da Lituânia;

Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto, Embaixada do Irã.

Além dos embaixadores, foram nomeados:

Norberto Moretti para exercer o cargo de Delegado Permanente do Brasil junto à Organização de Aviação Civil Internacional em Montreal;

Aldemo Serafim Garcia Júnior para exercer o cargo de Cônsul-Geral do Brasil em Hamamatsu, Japão;

Carlos Sérgio Sobral Duarte para exercer o cargo de Representante Permanente do Brasil junto à Agência Internacional de Energia Atômica - AIEA e Organismos Internacionais Conexos, em Viena, Áustria;

Alessandro Warley Candeas para exercer a Chefia do Escritório de Representação do Brasil em Ramalá;

Regina Maria Cordeiro Dunlop, para exercer o cargo de Cônsul-Geral do Brasil em Istambul, República da Turquia;

Antonio Alves Júnior, para exercer o cargo de Cônsul-Geral do Brasil em Córdoba, República Argentina; Nedilson Ricardo Jorge, para exercer o cargo de Cônsul-Geral do Brasil em Montreal, Canadá.

O presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Senado Federal, para apreciação, indicações de diplomatas para o cargo de embaixador do Brasil em três países africanos, além de Estônia e Geórgia, na Europa. Os nomes constam de mensagens publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira. Para que assumam os postos, eles precisam ter os nomes aprovados pelo Senado.

Os diplomatas indicados foram: Antônio Carlos de Salles Menezes, para a República da Guiné; Colbert Soares Pinto Junior, para a República de Cabo Verde; Arthur Henrique Villanova Nogueira, para a República da Zâmbia; Oswaldo Biato Júnior, para a Geórgia; e José Antonio Gomes Piras, para a República da Estônia.

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A Comissão de Relações Exteriores (CRE) deverá ouvir, nesta quinta-feira (10), três diplomatas de carreira que foram indicados pelo Ministério das Relações Exteriores para exercerem o cargo de embaixador em países amigos.

O ministro Eduardo Ricardo Gradilone Neto foi indicado para a embaixada brasileira na Eslováquia. A ministra Vera Lúcia dos Santos Caminha Campetti foi indicada para a embaixada na República de Barbados. E o ministro Carlos Ricardo Martins Ceglia foi indicado para a embaixada brasileira na Turquia.

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Os três são formados pelo Instituto Rio Branco, sendo todos diplomatas de carreira, com grande experiência acumulada em missões no exterior, em diversos países e em organizações internacionais. Seus relatórios de indicação, respectivamente elaborados pelos senadores Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Telmário Mota (Pros-RR) e Daniella Ribeiro (PP-PB), foram todos favoráveis e seus nomes devem ser aprovados após a sabatina de cada um dos indicados.

Novas indicações

A CRE também deverá receber para vista coletiva os relatórios das indicações dos diplomatas Cláudio Raja Gabaglia Lins e Ruben Antônio Correa Barbosa, ambos elaborados pelo senador Jacques Wagner (PT-BA). Cláudio Raja Gabaglia Lins está sendo indicado para a embaixada brasileira nas Bahamas. Por sua vez, Ruben Barbosa está sendo indicado para a embaixada no Cazaquistão, acumulando também as representações junto ao Quirquiztão e ao Turcomenistão.

Além das indicações dos novos embaixadores, a Comissão de Relações Exteriores também votará a aprovação de três acordos internacionais e a proposta de criação de um grupo parlamentar Brasil-Países Árabes.

*Da Agência Senado

 

O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta quinta-feira (3), em cerimônia no Palácio do Planalto, as credenciais de 10 novos embaixadores no Brasil. O evento foi fechado à imprensa.

A partir de agora, estão habilitados a despachar no Brasil os embaixadores Norman Lizano Ortiz, da Costa Rica; Gorazd Rencelj, da Eslovênia; Jennifer Lynne May, do Canadá; Johanna Brismar Skoog, da Suécia; Gideon Gumisai Gapare, do Zimbábue; Florêncio de Almeida, de Angola; Pauline Ruratotoye, do Burundi; Juan Angel Delgadillo Franco, do Paraguai; Olímpio Maria Alves Gomes Miranda Branco, do Timor Leste; e Ygnacio Ybañez Rubio, da União Europeia.

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Tradicionalmente, um embaixador assume o posto depois de entregar documentos enviados pelos presidentes de seus países ao governo do país onde atuará. A apresentação das cartas credenciais ao presidente da República é uma formalidade que aumenta as prerrogativas de atuação do diplomata no Brasil.

Caso a credencial não seja recebida pelo presidente, o embaixador não pode representar o seu país em audiências ou solenidades oficiais no Brasil.

 

Apenas servidores integrantes da carreira diplomática poderão ser indicados para chefes de missão diplomática de caráter permanente nas embaixadas. Esse é o objetivo de um substitutivo à PEC 118/2019, que acaba de ser apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ainda não há previsão de data para votar a matéria, cuja autoria é do senador Alvaro Dias (Podemos-PR), devido à ampla agenda de debates na comissão sobre as reformas da Previdência e tributária.

A proposta original previa mudanças no artigo 52 da Constituição, que trata das competências privativas do Senado Federal. No entanto, o substitutivo de Randolfe à PEC 118/2019 propõe a restrição às indicações diplomáticas no artigo 84, que trata das competências privativas do presidente da República. A mudança foi necessária, porque a indicação de embaixadores é uma atribuição do chefe do Executivo, cabendo ao Senado apenas aprovar ou rejeitar a escolha dos chefes de missão diplomática.

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Em nota à Agência Senado, Randolfe declarou que, caso a proposta seja aprovada, as indicações de pessoas que não sejam da carreira diplomática sequer serão enviadas ao Senado. Como mencionado na justificação da PEC, a lei que regulamenta a carreira de representantes do Brasil no exterior (Lei 11.440/2006) já limita a indicação de embaixadores a ministros de Primeira ou Segunda Classe dos quadros da carreira diplomática. Porém, a lei abre possibilidade para designação de brasileiro nato não pertencente ao corpo funcional do Ministério das Relações Exteriores. Para Randolfe, o que deveria ser uma excepcionalidade acabou tendo um limite muito amplo e bastante subjetivo. É essa situação que a PEC busca corrigir.

“Não é admissível que as indicações para cargos de tamanha importância, e que requerem alto grau de especialização fiquem livres para serem utilizadas como moeda de barganha, prêmios, ou para agradar pessoas próximas ao governo do momento” defende o senador.

Voto aberto

Na sessão plenária da última quarta-feira (14), Randolfe defendeu o voto aberto em todas as deliberações do Senado, mas, especialmente, nos casos de indicações de embaixadores. Para o senador, a prática deve ser aplicada principalmente quando a Casa decidir sobre o nome de Eduardo Bolsonaro para a Embaixada brasileira nos Estados Unidos, caso Jair Bolsonaro o confirme. O líder da Rede considerou o caso um “exemplo claro de nepotismo”.

“Vem muito a calhar a cobrança do voto aberto, vem muito a calhar. Eu acho que é do momento atual. Porque não se trata da indicação de qualquer embaixador, se trata do presidente da República num ato claro de ofensa às instituições republicanas, querer fazer a escolha de um parente seu utilizando as pressões do cargo”.

*Da Agência Senado

 

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