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Pesquisa do Instituto Locomotiva aponta que oito em cada dez famílias brasileiras estão endividadas e um terço têm dívidas em atraso. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7) no relatório Raio-x dos Brasileiros em Situação de Inadimplência. Os índices, que haviam piorado significativamente durante a pandemia da covid-19, já recuaram, mas ainda são elevados, segundo o relatório.

Para averiguar como anda o cenário de inadimplência no país, a entidade realizou 983 entrevistas pela internet. O questionário foi aplicado entre 11 e 22 de setembro, entre homens e mulheres de todos os estados.

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O instituto buscou compreender quais as circunstâncias ligadas à falta de pagamento em dia das contas. A intenção foi identificar a origem das dívidas contraídas, mas também capturar percepções dos brasileiros sobre a perspectiva que têm no horizonte quanto quitar os débitos e também verificar como a inadimplência afeta a vida pessoal dos brasileiros e como os círculos sociais influenciam no modo como as pessoas conduzem sua vida financeira.

O que continua abrindo mais brechas para a inadimplência é o cartão de crédito, de acordo com a pesquisa. O cartão foi a fonte de 60% dos débitos em aberto neste ano, porcentagem que superou a de 2022, de 56%.

Deixar de liquidar dívidas junto a bancos e financeiras e empréstimos e financiamentos também tem sido um desafio para grande parte dos brasileiros. Uma parcela de 43% lida com isso atualmente, proporção que subiu em relação ao ano passado, quando era de 40%.
Os brasileiros também acumulam dívidas do cheque especial (19%); de contas de serviços básicos, como luz, gás e água (17%); de impostos, como IPVA e IPTU (15%); de celular (14%); e compras feitas em lojas de departamento (12%).

Contas pendentes de assinaturas de internet e TV a cabo respondem por 10% e são seguidas na lista pelas ligadas a planos de saúde (6%); mercado (5%); mensalidades em escolas (4%); taxas de condomínio (4%); fabricantes de produtos que a pessoa revende (3%); lojas de materiais esportivos (1%); e outros (2%).

Falta de planejamento

Os principais motivos pelos quais os brasileiros ficam devendo são a falta de planejamento financeiro (36%); o desemprego (34%); ter gastos inesperados com saúde (30%); emprestar o nome de alguém para efetuar compras ou contratar serviços (16%); compras de alto valor, acima do que cabe no orçamento (11%); investimento em negócios que deram prejuízo (10%); e falta de controle nos gastos por parte do companheiro ou companheira (8%).

Outras razões a que os brasileiros atribuem a situação de contas no vermelho é a perda de renda com um divórcio (6%); problemas com vícios e jogos (3%); esquecer de pagar uma conta ou boleto (3%); e outros (3%).

Quando perguntados sobre o nível de otimismo ou pessimismo quanto a deixar em dia as contas, 39% responderam que têm certeza de que conseguirão. Em 2022, o percentual era de apenas 25%. A parcela de inadimplentes que afirmou que acha que pagará é de 23%, ante 32% da que não têm certeza, 5% da que declarou que não terá condições e 2% da que têm certeza de que não existe essa possibilidade.

Dentro do grupo dos que reconhecem não ter como quitar as dívidas, 9% são mulheres e 9% têm ensino fundamental como nível de escolaridade. Já na parcela que mantém mais otimismo, com 39%, 78% pertencem às classes A e B e 76% correspondem à proporção que pretende pagar os débitos com o programa Desenrola Brasil.

Estratégias

A principal estratégia que os inadimplentes têm em mente para conseguir colocar tudo em dia é economizar dinheiro (60%). A renegociação de dívidas é outra solução mencionada por 38%, percentual maior do que o de 2022, quando era de 31%.

A pesquisa destaca, ainda, que aumentou a parcela de pessoas que teve sucesso em se estabilizar financeiramente, variando de 20%, em 2022, para 24%, neste ano. Porém, o percentual de brasileiros que avaliam que uma melhora na economia do país é o que permite a da sua situação financeira e a quitação de dívidas caiu, passando de 29% para 20%.

A maioria dos brasileiros endividados (59%) acredita que tornar o crédito mais barato e acessível impactaria muito sua vida financeira. Além disso, 56% deles pensam que ter orientações de qualidade sobre como organizar o próprio orçamento também ajudaria.

Um dado importante diz respeito a políticas públicas. Ao todo, 41% dos participantes da pesquisa consideram que ter acesso a serviços públicos gratuitos, como creches em horário estendido e/ou mais próximas de casa ou do trabalho é um fator que também contribuiria para deixar de contrair dívidas.

No que concerne a agentes que influenciam nas decisões, o que o estudo mostra é que as redes sociais representam um problema para muitos brasileiros. São elas que incentivam 23% a ter comportamentos que complicam as contas e os pagamentos. Cônjuges são apontados por 10%.

Desenrola Brasil

O instituto também coletou impressões sobre o programa Desenrola Brasil. O que se soube por meio das respostas dadas pelos entrevistados é que oito em cada dez endividados consideram a iniciativa importante para ajudar na vida financeira dos brasileiros.

A maioria dos inadimplentes (76%) diz conhecer o programa, mas o que se nota é que somente 17% afirmam conhecer bem e 58% "só de ouvir falar", o que pode sugerir uma melhor divulgação sobre a ação. Uma das dúvidas, por exemplo, para 57%, é se suas dívidas são ou não contempladas pelo programa.

Para um quinto dos endividados (20%), seus débitos foram ou podem ser negociados no âmbito do programa. A proporção chega a 28% entre inadimplentes.

Um quinto (20%) dos endividados já negociaram dívidas com o Desenrola Brasil. Entre os inadimplentes, são 11%. Outro dado fornecido pelo Instituto Locomotiva é o de que 46% dos inadimplentes que têm certeza de que conseguirão pagar suas dívidas pretendem negociá-las no programa.

Em cinco anos, o número de brasileiros inadimplentes passou de 59,3 milhões, em janeiro de 2018, para 70,1 milhões, em janeiro de 2023, um recorde na série histórica. É o que mostra estudo inédito da Serasa Experian, divulgado nesta segunda-feira (27) em Brasília.

Não só a inadimplência cresceu, como o valor das dívidas também. Em média, cada inadimplente deve R$ 4.612,30. Em janeiro de 2018, era R$ 3.926,40. Houve um crescimento de 19% no período.

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Em relação à faixa etária, os idosos com 60 anos ou mais estão entre os mais impactados. Os endividados aumentou 17%, em comparação a outras faixas etárias, com alta de 12%. As mulheres estão com mais dívidas a pagar em relação aos homens. Entre elas, a alta foi de 18% no valor das dívidas; e entre eles, 16%. As dívidas que mais subiram foram as financeiras, com elevação de 71%.

De acordo com a Serasa, a inflação e os juros altos são os fatores que impulsionaram o aumento da inadimplência no país no período analisado.

Os dados foram divulgados no anúncio de uma edição extraordinária do Feirão Limpa Nome, que teve início hoje. Geralmente, o feirão ocorre em novembro. Na ação, os consumidores podem renegociar dívidas com bancos, financeiras, telefônicas e outras empresas. Em alguns casos, é possível quitar a dívida com 99% de desconto ou por até R$ 100, segundo a Serasa.

A negociação pode ser feita pelo site www.serasa.com.br, app Serasa no Google Play e App Store, 0800 591 1222 (ligação gratuita) ou WhatsApp 11 99575–2096. Haverá atendimento presencial nas mais de 11 mil agências dos Correios distribuídas, com pagamento de uma taxa de R$3,60.

O governo federal anunciou que vai criar um programa para atender as pessoas endividadas, entre elas as que contraíram empréstimo consignado oferecido pelo Auxílio Brasil em 2022, modalidade implantada para permitir a inclusão de pessoas inadimplentes de volta à economia.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) anual mostra que o perfil da pessoa endividada no Brasil é de uma mulher, com menos de 35 anos e ensino médio incompleto, moradora das regiões Sul ou Sudeste, cuja família recebe até dez salários mínimos.

A pesquisa foi divulgada hoje (19) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).  Na série histórica, iniciada em 2011, o ano bateu recorde: 77,9% das famílias estavam endividadas em 2022, uma alta de 7 pontos percentuais em relação a 2021 e de 14,3 se comparado com 2019, antes da pandemia de covid-19. O índice mais baixo foi registrado em 2018, quando 60,3% das famílias estavam com dívidas.

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O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que a pandemia reverteu a tendência de queda no endividamento que era registrada até 2019, especialmente entre os mais pobres. Segundo ele, os “efeitos perversos” da pandemia, com o fechamento de negócios e o aumento do número de desempregados, e no pós-pandemia, o avanço da inflação, fez com que as famílias com rendas mais baixas precisassem recorrer ao crédito para manutenção do consumo de primeira necessidade.

“Enquanto entre as famílias de maior renda foi a retomada do consumo reprimido que levou a maior contratação de dívidas. Esses fatores geraram o aumento no número de endividados em 2022 no país”, afirmou Tadros.

Recorde de superendividamento A Peic anual indicou que, do total de endividados, 17,6% se consideraram muito endividados, a maior proporção da série histórica. A cada dez famílias com renda mais baixa, duas comprometeram mais da metade da renda mensal para o pagamento das dívidas.

Já entre aqueles com maiores salários, o índice cai pela metade, o que sugere que o superendividamento está concentrado entre os mais pobres.

“Em média, durante 2022, o brasileiro gastou, a cada R$ 1 mil, R$ 302 em dívidas. No total, 70% das famílias comprometeram pelo menos 10% da renda com essa finalidade. Mais de 1/5 dos endividados tiveram de gastar, no mínimo, metade do salário para pagar dívidas”, diz a CNC.

O diretor de Economia e Inovação da CNC, Guilherme Mercês, afirmou que é importante que sejam adotadas medidas que possibilitem uma redução nos juros e na inflação, com uma nova âncora fiscal para a gestão das contas públicas.

“Em mais de dez anos, nunca as pessoas se sentiram tão endividadas, e o que a Peic demonstra é que o superendividamento é principalmente um problema para as famílias de baixa renda. Se esse endividamento diz respeito ao custo dos créditos e da inflação, um dos fatores essenciais para resolver isso é ter uma economia brasileira com juros mais civilizados, porque taxa de juros alta é sinônimo de dívidas caras, sempre”, disse Mercês, durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro.

Para o diretor, programas de renegociação de endividamento como os que estão sendo anunciados pelo governo federal são fundamentais e “estancam as angústias das pessoas e famílias”. “Mas, em termos estruturais, o que vai resolver esse problema é uma taxa de juros mais baixa”, ressaltou.

O volume de famílias com contas atrasadas no país subiu em outubro e atingiu a maior taxa anual em seis anos, revelou nesta segunda-feira (7) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira pela CNC, a proporção de famílias inadimplentes ficou em 30,3% em no mês passado, alta de 0,3 ponto percentual em relação a setembro, e de 4,6 pontos em relação a outubro do ano passado. 

Esse avanço de 4,6 pontos em 12 meses foi o maior registrado na comparação anual desde março de 2016, informou a CNC. O indicador subiu pelo quarto mês consecutivo. 

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O aumento na inadimplência ocorreu mesmo com a relativa estabilidade na proporção de endividados. Em outubro, o percentual das famílias com dívidas a vencer chegou a 79,2%. O indicador caiu 0,1 ponto na comparação com setembro, mas subiu 4,6 pontos percentuais em relação a outubro de 2021. 

De acordo com a CNC, o aumento da inadimplência pode ser explicado pela combinação de grande nível de endividamento e juros altos. Na avaliação da entidade, esse cenário dificulta a quitação de todos os compromissos financeiros dentro do mês, mesmo com a melhora progressiva no mercado de trabalho, a queda da inflação e as políticas de transferência de renda reduzindo a proporção de endividados. 

Estados e renda

Na divisão por estados, a inadimplência cresceu em 12 das 27 unidades da Federação, com destaque para a Bahia, onde 43,7% das famílias relataram estar com as contas atrasadas. Em relação ao endividamento, a proporção de famílias com débitos a vencer subiu em 17 unidades da Federação. A maior alta foi no Paraná, onde 95,8% das famílias afirmaram estar endividadas. 

Na comparação por renda, a taxa de endividamento aumentou nos últimos 12 meses tanto entre as famílias de baixa e média renda (que ganham até dez salários mínimos) quanto entre as de maior renda (que recebem mais que dez salários mínimos). Segundo a CNC, as dívidas no cartão de crédito e no cheque especial, que cobram os juros mais altos, estão pressionando o aumento na proporção de endividados. 

Desaceleração

Na comparação com outubro de 2021, o número de famílias com dívidas a vencer subiu 4,6 pontos percentuais, menor taxa anual desde julho de 2021, disse à Agência Brasil a economista da CNC Izis Ferreira. Segundo Izis, nessa base de comparação, o aumento tem sido cada vez menor. A economista destacou que hoje ainda existe uma proporção de endividados mais alta do que havia em outubro de 2021, mas disse que a taxa anual vem desacelerando, ficando “cada vez menos expressiva”.

  Izis Ferreira ressaltou que, atualmente, as pessoas circulam mais pelas ruas e podem consumir produtos e serviços sem nenhuma restrição. O contexto econômico mostra que a inflação está dando uma trégua, temporariamente e ainda em nível elevado, mas tem aliviado um pouco a renda disponível. “Isso se refletiu na proporção de endividamento, embora o nível de endividamento ainda seja muito alto.” 

A economista ressaltou que, em 2021, a proporção de endividados cresceu mais entre famílias de maior renda (5,8 pontos percentuais) que entre as de menor renda (4,3 pontos percentuais ). De setembro para outubro deste ano, a redução foi mais significativa entre os consumidores de renda elevada (-0,5 pontos percentuais).

“Temos 80,2% de famílias de baixa e média renda endividadas hoje e 75,4% de famílias de renda alta endividadas. Na comparação com outubro do ano passado, o endividamento foi maior para o grupo de alta renda, que retomou o consumo de serviços em um ambiente em que estes estão mais caros. Estamos falando de passagens aéreas, viagens, salão de beleza, alimentação fora do domicílio. Tudo isso cresceu muito de preço no último ano.” 

Passagens aéreas pesam muito no item de viagens para famílias de renda elevada, que as compram com cartão de crédito, disse a economista. A retomada de serviços por esse grupo, em um ambiente em que há inflação de serviços alta, levou-o a um aumento mais expressivo na proporção de endividados. Mas o grupo de menor renda ainda tem famílias mais numerosas quando se olha o total de endividados no Brasil, destacou. 

Juros altos

Os orçamentos domésticos continuam apertados, principalmente entre as famílias de menor renda, apesar da retomada progressiva do fôlego na economia, disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “O nível de endividamento alto e os juros elevados pioram as despesas financeiras associadas às dívidas em andamento, ficando mais difícil quitar todos os compromissos financeiros dentro do mês.” 

Segundo o Banco Central, os juros anuais em todas as linhas de crédito para as pessoas físicas atingiram 53,7% em média, em setembro, com evolução de 12,5 pontos percentuais. Izis Ferreira afirmou, contudo, que a proporção de famílias com dívidas atrasadas por mais de 90 dias vem se reduzindo desde abril. Em outubro, esse indicador alcançou 41,9% dos inadimplentes, menor proporção desde dezembro de 2021. 

Segundo Izis, os consumidores têm buscado renegociar as dívidas atrasadas. A porcentagem de famílias que afirmaram não ter condições de pagar as contas caiu 1 ponto percentual de setembro para outubro, representando 10,6% do total de famílias. 

Principais dívidas

O cartão de crédito mantém-se, já há algum tempo, como principal tipo de dívida das famílias brasileiras, indica a Peic. Aumentou de 84,9%, em outubro do ano passado, para 86,2% em igual mês deste ano. Do mesmo modo, houve expansão no cheque especial, de 4,9% para 5,1%, na mesma base de comparação.

"São duas modalidades de fácil acesso, além de serem meios de pagamento muito difundidos. E, muitas vezes, as famílias consideram o limite aprovado como renda disponível, assim como o cheque especial. O que aconteceu, ao longo do ano, é que as duas modalidades foram suportando o consumo, especialmente de gêneros de primeira necessidade, para consumo imediato, e o orçamento não deu. Aí, como a família não tem reserva de emergência, usou o cheque especial e o cartão de crédito.”  Izis salientou que, nesse caso, além da questão conjuntural, há o fator comportamental.

Além de ser muito fácil de usar e muito divulgado, o cartão de crédito enfrenta promessas de benefícios e incentivos de muitas lojas. Isso, de certa forma, incentiva as pessoas a usar mais o cartão de crédito. “Por isso, chegamos a 86,2% de endividados no cartão. Só que o cartão é uma faca de dois gumes. Ele é muito fácil, mas é muito caro.” 

A taxa de juros média do rotativo do cartão alcança em torno de 380% ao ano, embora existam instituições que pratiquem juros bem maiores que a média. “Aí, a pessoa, quando não consegue pagar toda a fatura, fica sujeita a essa taxa de juros que é a maior do mercado de crédito. A taxa do cheque especial é a segunda maior. Então, o que a gente vê são as modalidades que custam mais caro apresentarem crescimento quando se olha o resultado de outubro em relação a outubro do ano passado.” 

Já o crédito consignado, um dos tipos de crédito com juros mais baixos (cerca de 25% ao ano, segundo dados do Banco Central, perdeu espaço no endividamento dos brasileiros: 5% do total de consumidores endividados tem dívidas consignadas atualmente, ante 7% em outubro de 2021.

O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, se comprometeu nesta quinta-feira (1°) em refinanciar dívida de mais de 66 milhões de pessoas com descontos de 90%, e de mais de 6 milhões de empresas que, segundo ele, "estão constrangidas no Serasa à iminência de falência".

A fala ocorreu em entrevista do presidenciável ao jornalista William Waack na CNN.

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Ciro também promete retomar 14 mil obras paradas e diz que, com isso, vai gerar 5 milhões de empregos em 2 anos. O presidenciável fala ainda em reindustrialização do País.

Defensor de uma mudança do sistema econômico, Ciro diz que vai "transformar o sistema tributário" do Brasil, taxando os super ricos e diminuindo a incidência tributária sobre o consumo dos mais pobres.

O Procon Pernambuco anunciou, nesta quarta-feira (29), o Mutirão dos Superendividados para que os pernambucanos consigam negociar as suas dívidas, do dia quatro ao dia oito de julho. A ação acontecerá na sede do órgão, localizado na Rua Floriano Peixoto, 141, Centro do Recife, das 8h às 14h.

O agendamento ficará disponível a partir desta quinta-feira (30), por meio do site do Procon-PE, mas fichas de atendimento também serão distribuídas conforme a demanda. Caso queira negociar mais de uma dívida, precisará escolher um intervalo de ao menos uma hora entre os atendimentos. 

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Os consumidores conseguirão negociar com a Celpe, Compesa, bancos, empresas de telefonia e TV a Cabo, além de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviço (ISS) com as prefeituras de Recife, Olinda e Jaboatão.

Este ano, também será possível a negociação direta com a loja de varejo Magazine Luiza, além de poder, gratuitamente, consultar o CPF junto aos órgãos de proteção ao crédito.

Documentos

É necessário apresentar original e cópia da carteira de identidade, CPF e o comprovante de residência, além de documentos que possam comprovar a dívida, como nota fiscal, ordem de serviço, faturas, comprovante de pagamento e/ou contrato, número de protocolo, entre outros. Caso no documento conste o nome de outra pessoa, que não seja o do titular, é necessário procuração reconhecida em cartório para a representação. 

O Procon-PE também ressalta que é obrigatório apresentar o comprovante de vacinação da Covid-19 para o acesso ao prédio.

O nível de endividamento médio das famílias brasileiras em 2021 foi o maior em 11 anos, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta terça-feira (18) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

De acordo com o levantamento, o último ano apresentou recorde do total de endividados, registrando uma média de 70,9% das famílias brasileiras, enquanto dezembro alcançou o patamar máximo histórico com 76,3% do total de famílias. Segundo a CNC, as famílias recorreram mais ao crédito para sustentar o consumo.

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Na avaliação por faixa de renda, o endividamento médio das famílias com até 10 salários mínimos mensais aumentou 4,3 pontos percentuais (p.p), chegando 72,1% do total. Na faixa de renda superior, acima de 10 salários mínimos, o indicador aumentou ainda mais, 5,8 p.p., e fechou em 66%.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que, entre as famílias com rendimentos acima de 10 salários mínimos, a demanda represada, em especial pelo consumo de serviços, fez o endividamento aumentar ainda mais expressivamente, em especial no cartão de crédito.

“O processo de imunização da população possibilitou a flexibilização da pandemia, refletindo no aumento da circulação de pessoas nas áreas comerciais ao longo do ano, o que respondeu à retomada do consumo, principalmente de serviços”, disse Tadros, em nota.

Na comparação com 2020, das cinco regiões do país, apenas o Centro-Oeste apresentou queda do índice, 0,3 ponto percentual. O Norte registrou estabilidade, e o Sudeste se destacou com aumento de 5,9 ponto percentual (p.p.), seguido pelo Sul (+5,5 p.p.) e o Nordeste (+4,5 p.p.). Porém, considerando o total de endividados, o Sul contou com o maior percentual, aproximando-se de 82%.

Inadiplência

Na direção oposta dos indicadores de endividamento, no último ano, os números de inadimplência apresentaram queda. De acordo com a pesquisa, o percentual médio de famílias com contas e/ou dívidas em atraso diminuiu 0,3 p.p. na comparação com 2020, chegando a 25,2%.

Após iniciar 2021 em patamar superior ao observado no fim do ano anterior, o percentual mensal de inadimplência teve redução até maio, mas passou a apresentar tendência de alta desde então, alcançando 26,2% em dezembro e ficando acima da média anual.

“O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas e/ou dívidas em atraso e que, portanto, devem permanecer inadimplentes também contou com uma redução na comparação com 2020, 0,6 p.p., totalizando 10,5% dos lares no país. Os números indicam que essa parcela de consumidores apresentou movimentos diferentes ao longo do ano. Enquanto, no primeiro semestre, o indicador de inadimplência recorrente oscilou entre baixa e alta, a partir de julho passou a registrar tendência de queda, encerrando o ano em 10% do total de famílias, abaixo da média anual”, afirmou a CNC.

Para a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, os números indicam que, ainda que em condições financeiras mais acirradas, os consumidores conseguiram quitar os compromissos financeiros e evitaram incremento da inadimplência até o fim do terceiro trimestre. Nos últimos três meses do ano, no entanto, o indicador de contas em atraso aumentou, já indicando tendência de alta para o início de 2022.

“Os consumidores seguirão enfrentando os mesmos desafios financeiros da segunda metade de 2021, principalmente inflação, juros elevados e mercado de trabalho formal ainda frágil. Soma-se a isso o vencimento de despesas típicas do primeiro trimestre, que deverá apertar ainda mais os orçamentos domésticos neste período”, disse Izis.

O percentual de endividados no país fechou 2020 em 66,5%, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). É o maior patamar de endividamento familiar em 11 anos. Em 2019, por exemplo, os endividados eram 63,6% das famílias brasileiras.

As famílias inadimplentes, ou seja, com contas ou dívidas em atraso, chegaram a 25,5% no ano passado, acima dos 24% de 2019. Já as famílias sem condições de pagar as dívidas em atraso somaram 11% em 2020, percentual também superior ao ano anterior, de 9,6%.

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O percentual de pessoas que se disseram muito endividadas subiu de 13,3% em 2019 para 14,9% em 2020. As principais fontes de dívidas são cartão de crédito (78,7%), carnê (16,8%), financiamento de carro (10,7%), financiamento de casa (9,5%) e crédito pessoal (8,5%).

O tempo médio de comprometimento das famílias com dívidas no ano passado chegou a 7,2 meses, acima dos 6,9 meses no ano anterior.

O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) realiza um mutirão para endividados até esta sexta-feira (9), no Shopping Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. Os atendimentos para negociação de dívidas e registro de queixas ocorrem das 9h às 16h.

O evento visa realizar acordos de dívidas vencidas decorrentes de empréstimos, financiamentos, contratos de crédito, prestação de serviço ou aquisição de produtos, independente do valor. A entidade também disponibilizará uma unidade móvel no estacionamento do shopping para os consumidores que desejarem registrar alguma queixa contra empresas.

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Contribuintes superendividados poderão procurar ajuda em mutirão que será realizado pelo Procon-PE, de 8 a 10 de abril, no Núcleo de Práticas Jurídicas da Uninabuco, localizada na Rua do Rosarinho, 904, Centro da cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife. De acordo com o Procon, o número de fichas será limitado.

Essa será a primeira vez que o município de Paulista receberá o Mutirão dos Superendividados. O consumidor poderá negociar dívidas com todos os bancos, Celpe, Compesa, todas empresas de telefonia e o IPTU do município. "Todas as negociações realizadas no Mutirão serão acompanhadas por advogados do Procon, a fim de garantir que o consumidor receba, de fato, uma proposta diferenciada e que se enquadre em sua realidade financeira", confirma o órgão.

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Todas as empresas, exceto os bancos, que precisam do prazo de 10 dias para apresentar as propostas, realizarão audiências no momento do atendimento para que o consumidor saia do local com a negociação fechada.

Para participar é necessário apresentar original e cópia da carteira de identidade, CPF e o comprovante de residência, além de documentos que possam comprovar a dívida, como nota fiscal, ordem de serviço, faturas, comprovante de pagamento e/ou contrato, número de protocolo, entre outros. Caso no documento conste o nome de outra pessoa, que não seja o titular, é preciso procuração reconhecida em cartório para a representação.

Serviço

Quando – De 8 a 10 de abril

Local – Uninabuco

Endereço - Rua do Rosarinho, 904, Centro de Paulista - ao lado do Shopping North Way

Horário – Das 8h às 13h

Datas comemorativas, presentes de aniversários ou aquele item irresistível na prateleira podem ser os grandes vilões do bolso dos brasileiros. Uma pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL) traçou o perfil de inadimplência na cidade e constatou que um fato que não havia se repetido desde dezembro de 2013: a maioria dos consumidores entrevistados sabe quanto de sua renda está comprometida com pagamento de dívidas. 

Os dados apontam que 38% dos entrevistados afirmaram que entre 31% e 50% de sua renda estão destinados a quitar débitos; 22,7% dos negativados têm entre 51% e 80% de sua renda comprometida em função de dívidas; e apenas 3,8% não têm noção do percentual comprometido. 

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Segundo Eduardo Catão, presidente do órgão, apesar de parecer positivo este tipo de preocupação por parte dos inadimplentes, o comprometimento da renda ainda é superior ao recomendado: 30%. A análise aponta que os débitos referentes a cartão de crédito somado a cartão de loja permanecem como os mais citados entre os negativados (50% do total). Outra modalidade de crédito bastante mencionada foi a inadimplência em carnê de loja, que cresceu 11,4 pontos percentuais em relação a abril, chegando a 13,4%.

O desemprego é outro fator apresentado por agregar ao crescimento da inadimplência com a 33,7%, enquanto em abril era de 24,3%. O aumento pôde ser comparado com o número apresentado em setembro de 2015: 28%. Na sequência, a falta de planejamento/descontrole aparece como motivo do aumento dos negativados, com 21,1% dos casos. 

Na sequência está a diminuição de renda. Seu crescimento foi superior ao triplo em um ano, saindo de 5% em setembro de 2015 para 17,7% nesta edição da pesquisa. 

A má gestão financeira pode ser vista em outros índices apontados na pesquisa, como é o caso do aumento dos consumidores que foram negativados ao menos uma vez. Esse público apresentou um total de 85,2%, um crescimento superior a 37% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Diante desse dado, a análise feita pela CDL consta que o cenário econômico tem levado muitos consumidores a ficarem em situação de inadimplência de forma recorrente.

Já quanto à forma de sanar as dívidas, os consumidores apontaram em primeiro lugar a procura pelos credores a fim de realizarem um acordo como parcelamento do débito. A segunda alternativa apontada foi o corte de gastos domésticos, lazer, objetos pessoais e fazer trabalhos extras a fim de honrar os pagamentos. 

Realidade financeira

Mais de 40% dos negativados apontam que seus débitos são superiores ao que ganham, ou seja, grande parte dos consumidores gastam mais do que podem pagar com o salário que recebem. De acordo com a Câmara, esse é um grande empecilho para a regularização da condição de endividados. Já 28,2% dos inadimplentes, apontam como entrave a dificuldade de negociar com as empresas.

Quase 64% dos endividados ainda apresentaram outra realidade. Essas pessoas apontaram que realizaram o pagamento das dívidas, não houve sobras e ainda permaneceram negativados. Apenas 5,3% dos entrevistados afirmaram ter quitado as dívidas e obtiveram sobras. 

A Crise

A dificuldade financeira do país foi alegada na pesquisa e 81,3% dos entrevistados percebem a elevação da inflação; 73,9% sentiram no aumento dos juros – aumento de 37,4% comparado a setembro do ano passado. Apenas 1,9% informaram não terem sentido os efeitos da crise.

A fim de driblar a crise, mais de 90% dos consumidores disse que precisou diminuir o consumo de bens básicos como alimentos, higiene, vestuário. Já 39,2% substituiu marcas e ou cortou supérfluos. No entanto, os 3,6% que não quiseram cortar gastos ou fazer alterações, tiveram que entrar no rotativo do cartão de crédito para manter o nível de consumo.

Perfil do Inadimplente

A pesquisa afirma que, embora a diferença seja pequena, as mulheres passaram a ser maioria dos negativados com 55,3% do total. Desde o ano de início das pesquisas, em 2011, esse fato não acontece. 

Já a população com renda familiar mensal de um a dois salários mínimos representam 70,8% dos inadimplentes. Os que recebem até três salários mínimos superam os 95% dos endividados. 

Os profissionais de empresa privada se mantêm como maioria entre aqueles que não puderam honrar suas dívidas com 42,1% do total. Enquanto os desempregados, no cenário de maus pagadores, passaram de 11,8% em abril para 6,5% em setembro. 

O percentual de famílias inadimplentes, que estão com dívidas ou contas em atraso, caiu em janeiro deste ano, na comparação com dezembro e janeiro de 2013. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de inadimplentes neste mês ficou em 19,5%.

Em dezembro de 2013, o percentual havia sido 20,8%. Em janeiro do ano passado, o percentual havia ficado em 21,2%. Em média, o tempo de atraso da dívida ou conta é de 63,3 dias em janeiro deste ano, mas 47,5% dos inadimplentes têm atraso de mais de 90 dias.

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Do total de famílias, 6,5% não terão condições de pagar suas contas ou dívidas, o mesmo percentual de dezembro de 2013 e um pouco abaixo dos 6,6% de janeiro do ano passado.

Por outro lado, o percentual de endividados aumentou para 63,4% em janeiro deste ano, ante os 62,2% de dezembro de 2013 e 60,2% de janeiro daquele ano. Entre os endividados, 75,9% têm dívidas com o cartão de crédito, 16% com carnês, 13,4% com financiamento de carro, 8,7% com crédito pessoal e 7% com financiamento de casa.

O número médio de famílias endividadas cresceu 7,5% em 2013 ante 2012, aponta estudo divulgado na quarta-feira (8) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O maior acesso a cartões de crédito e a continuidade da ampliação dos financiamentos imobiliários estão por trás do aumento. Como a inadimplência manteve-se estável e o perfil do endividamento melhorou, a entidade não considera o aumento do endividamento preocupante.

Segundo o estudo Perfil do Endividamento das Famílias Brasileiras, em 2013, o número de famílias endividadas ficou em 9,1 milhões, ante 8,5 milhões no ano anterior. Na média do ano passado, 62,5% das famílias entrevistadas mensalmente na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) declararam-se endividadas.

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O estudo anual é feito com base nos dados mensais da Peic. São consideradas dívidas como cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

Como a inadimplência média manteve-se estável de 2012 para 2013 e houve uma melhora no perfil das dívidas, o crescimento do endividamento não pode ser considerado negativo, segundo Marianne Hanson, economista da CNC. "O número de contas em atraso ficou estável e as famílias estão mais otimistas em relação à sua capacidade de pagar as contas em atraso", disse.

O número médio de famílias com contas em atraso em 2013 ficou em 3,043 milhões, alta de apenas 0,1%. Segundo o estudo da CNC, 21,2% da média total de famílias entrevistas ano passado declarou ter alguma conta em atraso.

Sobre o perfil das dívidas, prazo médio maior, menor comprometimento da renda e mudanças na composição dos tipos de endividamento apontam para um cenário melhor nos últimos anos, ressalta Marianne. De 2012 para 2013, o prazo médio das dívidas passou de 6,53 meses para 6,74 meses, enquanto a parcela média da renda comprometida com dívidas caiu de 30,0% para 29,4%.

Na composição dos tipos de dívida, a economista chama atenção para o crescimento do crédito imobiliário e para a compra de veículos. O principal tipo de dívida foi o cartão de crédito, citado por 75,2% das famílias na média de 2013. Isso tem a ver com o maior acesso da população a serviços bancários, pois a pesquisa não mede se a família está no crédito rotativo.

A proporção de famílias endividadas no País cresceu 6,39% entre 2010 e 2011 e passou de 58,58% no fim de 2010 para 62,5% no encerramento do último ano. A informação é da Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que analisou dados de todas as capitais entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011.

No período analisado, o volume da dívida teve um aumento de 11,57% nas capitais, passando de R$ 145,1 bilhões em 2010 para R$ 161,9 bilhões no encerramento de 2011. O valor do último ano equivale a R$ 13,5 bilhões em dívidas por mês.

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O rendimento das famílias endividadas no período também aumentou, passando de R$ 491,5 bilhões para R$ 549,2 bilhões, ou R$ 45,8 bilhões por mês. O crescimento de 11,7% no rendimento permitiu que o brasileiro, apesar de endividado, comprometesse parcela ligeiramente menor da renda com dívidas. Na média das capitais, a parcela de renda comprometida passou de 29,53% para 29,49%. De acordo com a FecomercioSP, os economistas mais conservadores consideram saudável ter até um terço da renda comprometida com dívidas.

O levantamento também indicou que o número de famílias inadimplentes foi dois pontos porcentuais menor, passando para 22,9% do total. Além disso, houve retração no total de famílias que afirmaram não ter condições de pagar as dívidas total ou parcialmente. Em 2011, 8% da população se encontra nessa situação; em dezembro de 2010 essa proporção era de 8,9%.

Capitais

Na cidade de São Paulo, 47% das famílias tinham dívidas em dezembro de 2011. Em números absolutos, a capital paulista é a que tinha maior quantidade de famílias endividadas - mais de 1,6 milhão. No período analisado, de 2010 para 2011, o total de endividados na região recuou 0,27%.

A capital com maior proporção de famílias endividadas é Curitiba (90,3%). O resultado de 2011 é 42,4% superior ao de 2010. O maior aumento na quantidade de famílias com dívidas, contudo, foi registrado em Florianópolis: 88,8% das famílias na capital catarinense estavam endividadas em dezembro de 2011, número 45,6% maior do que o de 2010.

Aracaju encabeça o ranking das capitais que apresentaram recuo no endividamento, com queda de 11,1% no número de famílias com dívidas entre 2010 e 2011. No final de 2011, 75,8% das famílias de Aracaju possuíam dívidas. Em números absolutos, Salvador foi a que registrou maior número de famílias que quitaram dívidas, numa redução de 9,24% do total de endividados, que chegou a 66,2%.

O número de endividados caiu em fevereiro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 18 mil consumidores entrevistados para a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o percentual de famílias que se declararam endividadas caiu de 58,8% em janeiro para 57,4% em fevereiro. O nível de endividados este mês também se encontra abaixo apurado em fevereiro do ano passado (65,3%). Para a entidade, isso indica maior cautela das famílias quanto ao endividamento, com ritmo menor de consumo.

Porém, o porcentual de famílias com contas em atraso saltou de 19,9% para 20,5% de janeiro para fevereiro. Entretanto, em fevereiro do ano passado esta fatia era maior (23,4%). O nível de inadimplentes também subiu, de 6,9% para 7,3% de janeiro para fevereiro. Mas em fevereiro do ano passado, a fatia de pesquisados que admitiram não ter condições de pagar suas contas era maior (7,7%).

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Para a CNC, os gastos extras de início de ano, como pagamento de impostos e reajustes em mensalidades escolares, podem ter contribuído para o cenário de leve piora na inadimplência. Mas há possibilidade de reversão do cenário negativo. Isso porque há clara tendência de redução no nível de endividamento das famílias, além de perspectiva ainda positiva nos indicadores de mercado de trabalho.

O cartão de crédito ainda é modalidade preferencial entre os endividados, e foi lembrado por 71,9% do total, seguida por carnês (21,9%); e financiamento de carro (11,2%).

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