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O escritor espanhol Juan Goytisolo faleceu neste domingo aos 86 anos em sua residência de Marrakech, Marrocos, informou a agência literária Carmen Balcells em Barcelona, Espanha.

O romancista e ensaísta, vencedor em 2014 do Prêmio Cervantes, considerado o Nobel hispânico, morreu ao lado dos familiares, informa um comunicado da agência.

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A nota não especifica as circunstâncias da morte de Goytisolo, chamado de escritor "das duas margens" por sua defesa do mundo árabe e das pontes com a América Latina.

O Portal Domínio Público - a biblioteca digital do MEC - e o Núcleo de Pesquisa em Informática, Literatura e Lingüística (NUPILL), da Universidade Federal de Santa Catarina disponibilizam mais de 300 obras de Machado de Assis para download gratuito. Sua obra completa chega a qualquer usuário da internet, que busca conhecer um pouco sobre a literatura brasileira através de livros, teses, dissertações e estudos sobre o autor. Não é preciso realizar cadastros ou inscrições no site para baixar as obras e a consulta é feita pelo nome do escritor e gênero buscado.

O projeto tem como propósito organizar, , complementar e revisar as edições digitais até então existentes na rede, gerando o que se chama de Coleção Digital Machado de Assis. A coleção foi disponibilizada em 2011, quando o Machado completaria 103 anos, e contou com a parceria do Ministério da Educação. O portal disponibiliza obras de outros autores nacionais, como Carlos Drummond de Andrade e Olvavo Bilac. 

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O portal - que disponibiliza as obras - convida os pesquisadores e especialistas que estudam sobre o escritor, para contribuirem nas pesquisas apontando possíveis omissões, sugerindo novas abordagens e mesmo enviando materiais para publicação no portal. Quanto ao público em geral, podem interagir por meio de mensagens eletrônicas, publicadas na seção Postagens.

A Itália chora a morte de um de seus intelectuais mais ilustres, o dramaturgo Dario Fo, prêmio Nobel de Literatura em 1997, que morreu nesta quinta-feira, aos 90 anos, de insuficiência respiratória.

"A Itália perde um dos grandes protagonistas do teatro, da cultura, da vida civil de nosso país", lamentou o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, ao prestar uma homenagem ao escritor.

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"Sua obra satírica, sua busca, seu trabalho cênico, sua atividade artística de múltiplas facetas são a herança de um grande italiano do mundo", acrescentou Renzi.

Inconformista e observador de sua época, Fo, que além disso era ator, ganhou fama em 1969 com sua obra "Mistério Bufo", uma epopeia sobre os oprimidos inspirada na cultura medieval.

Em "Mistério Bufo", o herói, um malabarista, estimula a rebelião com o sorriso.

A convocação à rebelião contra os poderosos e os hipócritas, com uma linguagem criativa, é um tema constante da obra Dario Fo.

Entre suas obras teatrais mais conhecidas estão "A Morte acidental de um anarquista" e "Ninguém Paga, Ninguém Paga", entre outras.

Conhecido em todo o mundo, e em particular na América Latina, onde participou de vários Festivais de Teatro, como os de Bogotá e Caracas, no início dos anos 90, seu teatro se caracterizava por uma linguagem absurda na qual misturava dialetos, latim, italiano e citações literárias.

Fundador junto com sua falecida esposa Franca Rame, musa, companheira e coautora de muitas peças de teatro, do grupo "La Comune" nos anos 70, Dario Fo soube com humor e ironia tratar tanto temas políticos quanto conflitos de amor e sexo.

Anticonformista, simpatizante comunista, admirador da experiência chilena com Salvador Allende, Dario Fo era chamado de "o mestre" pela maioria das pessoas do teatro, e sobretudo pelos artistas de rua e experimentais que se dirigiam aos seus ateliês, coordenados por seu filho, Jacopo Fo.

- Crítico do poder político e eclesiástico -

Fo, que morreu no dia em que a Academia sueca anunciou o vencedor do prêmio Nobel deste ano - para Bob Dylan -, publicou mais de cem peças de teatro e muitos livros, nos quais criticava o poder político e eclesiástico.

Sua morte gerou uma onda de reações na Itália tanto de líderes políticos quanto do mundo da cultura.

"O prêmio Nobel mais alegre de todos os tempos faleceu. Em vez de uma lágrima devemos a ele um sorriso", tuitou o escritor Erri De Luca.

"Não temo a morte, mas também não a seduzo. Se você viveu bem é a justa conclusão da vida", comentou recentemente em uma conversa com o jornal Il Corriere della Sera.

Nascido em 24 de março de 1926 na Lombardia (norte) no seio de uma família operária antifascista, Dario Fo estudou pintura e arquitetura antes de iniciar sua bem-sucedida carreira teatral no início da década de 1950.

Conhecido por seu ativismo político e seu estilo trovador medieval, esteve sempre na linha de frente para defender seus princípios, em particular nos anos 1970 e 1980, os chamados "anos de chumbo", quando fundou a organização "Soccorso rosso" (Socorro vermelho) para dar ajuda legal aos militantes de esquerda.

Na década de 1990 lutou a favor da legalização das drogas, do ar puro, do controle da natalidade, aterrorizando os católicos com seu divertido anticlericalismo.

O mestre da sátira e ao mesmo tempo referência da esquerda italiana foi um dos maiores críticos do estilo de governo do multimilionário e ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e nos últimos anos apoiou o Movimento 5 Estrelas do comediante Beppe Grillo.

"A morte de Dario Fo priva o país de uma grande voz crítica, um guia espiritual para o espírito cívico. Mas também priva o M5E de um ponto de referência fundamental, um companheiro alegre, brilhante e profundo", escreveu em um comunicado a bancada parlamentar do movimento.

Apesar de ser um flagelo da casta política, o senado italiano prestou uma homenagem a ele com um minuto de silêncio.

A Justiça da Jordânia determinou que a imprensa não informe nada sobre a investigação judicial do assassinato do escritor Nahed Hattar, que morreu no domingo (25) diante de um tribunal de Amã no qual seria julgado pela divulgação de uma charge considerada ofensiva ao islã.

A proibição de publicação de qualquer informação sobre o caso pretende preservar o "sigilo da investigação" e envolve tanto a imprensa tradicional como os sites ou as redes sociais, afirmou o ministério da Informação, que divulgou a decis]ao da justiça.

O suspeito pelo assassinato de Nahed Hattar é um jordaniano de 49 anos que foi detido no loal do crime depois de atirar três vezes contra o escritor. O homem foi indiciado por assassinato com premeditação, ato terrorista que provocou morte e posse ilegal de arma de fogo. As acusações podem resultar em uma condenação à pena de morte.

Nahed Hattar, cristão, havia sido detido em 13 de agosto depois de publicar em sua página do Facebook uma caricatura que fazia piada com os jihadistas do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Na imagem, um jihadista aparece no paraíso, ao lado de duas mulheres, e se dirige a Deus como se este fosse um serviçal. Pede uma taça de vinho e nozes, além de ordenar que mande alguém para limpar seu quarto, antes de advertir que deve bater na porta antes de entrar.

O escritor, um opositor de esquerda também conhecido por respaldar o regime sírio de Bashar al-Assad, havia sido libertado após o pagamento de fiança no início de setembro. O promotor havia determinado a censura à imprensa no caso.

O cohecido escritor e chargista jordaniano Nahed Hattar foi assassinado neste domingo (25), em Amã, quando saía de um tribunal onde era julgado pela difusão de uma caricatura considerada ofensiva ao Islã, informou a agência oficial Petra. O assassino, de 49 anos, um morador de Amã, foi detido pelas forças de segurança. Ele disparou três vezes contra Hattar, de 56 anos, quando ele subia as escadaria do tribunal de Abdali (centro da capital), onde devia comparecer.

O escritor, atingido na cabeça, morreu ao chegar ao hospital. Segundo testemunhas, o assassino era um homem barbudo que usava uma "thawb" - uma túnica tradicional até os tornozelos - de cor cinza. Disparou contra a vítima antes de se render aos policiais presentes frente ao tribunal.

Nahed Hattar, de religião cristã, foi detido em 13 de agosto depois de postar em sua página no Facebook uma charge na qual debochava dos extremistas do grupo sunita Estado Islâmico (EI). No desenho, é visto um jihadista no paraíso, cercado de duas mulheres, e que se dirige a Deus como se Este fosse um servo. O jihadista pede um copo de vinho e nozes e ordena que Deus mande alguém limpar a casa, advertindo-O que deve bater na porta antes de entrar.

A caricatura tinha por título "Deus de Dawaesh", em alusão aos jihadistas do Dáesh, acrônimo em árabe do grupo Estado Islâmico (EI).

- 'Insulto' al islam -

Hattar havia sido acusado pelas autoridades de "incitação ao ódioconfessional e insulto ao Islã". Em setembro passado, Hattar foi colocado em liberdade sob fiança, à espera do julgamento que aconteceria este domingo.

O Islã proíbe qualquer tipo de representação de Deus. Depois de ter causado grande comoção nas redes sociais, o escritor tirou a charge - que não é de sua autoria - de sua página.

Hattar explicou que a charge criticava "os terroristas e a forma que se imaginam no paraíso, e que de forma alguma ofende Deus". O governo jordaniano denunciou o assassinato do escritor como "um crime odioso" e prometeu processar o assassino.

A Irmandade Muçulana, primeira força de oposição na Jordânia, e a Dar al Ifta, a maior autoridade religiosa do país, também condenaram o crime. "A religião muçulmna é inocente deste crime odioso", indicou Dar al Ifta em um comunicado e pediu unidade aos jordanianos para combater "o terrorismo e a sedição".

A Jordânia é membro ativo da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos e combate o grupo EI no Iraque e na Síria. O reino, que há anos teme um contágio da ameaça extremista em seu território, foi cenário nos últimos tempos de dois atentados, um contra seus serviços secretos (5 mortos) e outro, reivindicado pelo EI, contra guardas da fronteira (7 mortos).

O manuscrito do escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986) usado para o famoso conto 'A Biblioteca de Babel', encontrado no Brasil, começou a ser exibido em Buenos Aires, revelou o escritor Alberto Manguel, diretor da Biblioteca Nacional argentina.

"O documento estava em um ambiente lotado de papéis, quadros, fotos, mapas, cartas de rainhas e próceres como San Martín e Rivadavia. Me surpreendeu que, em uma pasta suja, tenha aparecido algo de tanto valor. Fiquei com a voz trêmula, foi uma emoção muito grande", disse Manguel à imprensa.

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O original está escrito em letra minúscula. A obra pode ser observada na Biblioteca Nacional, que é dirigida há alguns meses por Manguel, um escritor que desenvolveu grande parte de sua carreira fora do país.

Borges foi autor de obras lidas e estudadas em todo o mundo como 'O Aleph'. É considerado o maior escritor argentino da história e um dos grandes da literatura do século XX, mas não recebeu o Nobel.

Manguel trabalhava em uma livraria quando conheceu Borges e iniciaram uma amizade. O autor de 'História Universal da Infâmia', afetado pela cegueira, pediu a Manguel que lesse para ele em seu apartamento e isto aconteceu por quatro anos na década de 1960. Borges também foi diretor da Biblioteca Nacional.

Manguel levou o manuscrito para Buenos Aires como um empréstimo. Ele o encontrou quase ao acaso com um colecionador particular em São Paulo.

'A Biblioteca de Babel' foi um dos contos incluídos no livro 'Ficções' (1944), um dos pilares da obra borgeana. A ideia apresentada por Borges é a de um universo com uma biblioteca que contém todos os livros. É considerado uma metáfora sobre o infinito e foi objeto de estudos, inclusive do ponto de vista científico.

"É um autêntico tesouro. Estes papéis têm um valor material indiscutível e, por outro ladom um valor simbólico. Há poucos elementos que formam a simbologia universal e devemos a Borges um destes elementos: o conceito da biblioteca de Babel, que hoje podemos associar a Internet", disse Manguel.

O valor material do manuscrito é avaliado em 500.000 dólares.

Parece que Criminal Minds não tem um bom histórico de uma relação positiva com seus atores. Após 11 anos de série, Shemar Moore deixou a trama policial para buscar novos caminhos. Antes dele, Mandy Patinkin afirmou que o seriado não lhe fazia bem e também abandonou o barco. Agora, Thomas Gibson foi suspenso por ter passado dos limites e agredido um dos escritores da série.

Segundo informações do site TMZ, o ator estava dirigindo e gravando uma cena algumas semanas atrás quando chegou em uma disputa criativa acirrada com o escritor. A discussão foi a outro patamar e Thomas acabou chutando o profissional na perna com força e agressividade.

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O escritor, por outro lado, não deixou para lá. Ele ligou para o seu agente que informou o caso à CBS. Para evitar mais escândalo, a emissora teve que suspender Thomas, ainda por tempo indeterminado. Entretanto, já faz duas semanas que o astro está fora da série.

Thomas deu sua versão da história em um pequeno comentário feito ao portal:

- Eram diferenças de criação no set e desentendimentos. Eu me arrependo que isso tenha acontecido. Nós todos queremos trabalhar juntos como um time para fazer a melhor série possível. Nós sempre quisemos e sempre iremos querer.

O escritor russo Fazil Iskander, conhecido por suas descrições cheias de humor da vida cotidiana em seu Cáucaso natal e seu olhar satírico sobre a sociedade soviética, morreu neste domingo aos 87 anos, informaram as agências de notícias russas citando sua família.

Apesar de nunca ter sido considerado um dissidente, Iskander descreveu em suas obras as festas alcoólicas de Stalin e os absurdos da vida soviética, o que o levou a ser censurado várias vezes.

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Nascido em 1929 no porto de Sukhumi, capital da Abecásia, atualmente região separatista da Geórgia apoiada pela Rússia, Iskander foi educado por sua mãe após a expulsão de seu pai, de nacionalidade iraniana, para seu país natal em 1938.

Um de seus principais romances, "Sandro of Chegem", descreve a vida na aldeia da Abecásia de Chegem, onde alguns excêntricos personagens são confrontados com um cotidiano soviético surrealista.

A obra, censurada durante a época soviética, já foi comparada com os livros dos americanos Mark Twain e William Faulkner.

Em um comunicado divulgado pelo Kremlin, o presidente russo, Vladimir Putin, expressou "suas profundas condolências" a sua família.

O cineasta e escritor francês Alexandre Astruc, um dos pais espirituais da Nouvelle Vague, morreu na madrugada desta quinta-feira em Paris, aos 92 anos, anunciaram seus parentes à AFP.

Figura do Saint-Germain-des-Prés pós-guerra e teórico da "caméra-stylo" (câmera caneta), que considera o cinema como o equivalente da literatura, hesitava em definir a si mesmo como "um cineasta que escrevia livros ou um escritor realiza filmes".

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Nascido em 13 de julho de 1923, em Paris, o jovem Astruc, entusiasta da matemática, foi contagiado pela literatura e passou a escrever artigos para periódicos durante os anos sombrios da ocupação alemã.

Após a Libertação, conheceu os escritores Jean-Paul Sartre e Albert Camus, a cantora Juliette Greco, e se encantou com Robert Bresson, Roberto Rossellini, Alfred Hitchcock e Orson Welles, futuros cineastas da Nouvelle Vague.

Astruc alternou filmes, romances e ensaios: "Confluences", "Poésie 44" ou "Les Vacances", publicado em 1945, são o prelúdio para "Le rideau cramoisi", uma adaptação cinematográfica de Barbey d'Aurevilly.

Em 1954, dirigiu "Les mauvaises rencontres", elogiado por François Truffaut, e assibnou duas adaptações, "Une vie" de Maupassant (1961) e "L'éducation sentimentale" de Flaubert (1961).

Ele foi o precursor da "política dos autores" liderada por François Truffaut, Jean-Luc Godard e Claude Chabrol.

Na década de 70, Alexandre Astruc foi para a televisão, apresentando um documentário sobre Sartre, "Sartre par lui-même" (1976) e filmes de TV de Edgar Allan Poe ou Balzac.

Retornando à escrita, publicou recentemente "Le roman de Descartes" (1989), uma antologia de seus textos críticos, e sua memórias em "Le montreur d'ombres" (1996)

Após quase 25 anos de pesquisas e estudos, o escritor britânico William Edmundson lança o livro A Gretoeste: a história da rede ferroviária Great Western of Brazil. A obra traz pesquisas inéditas em acervos documentários no Brasil e na Grã-Bretanha da Rede Ferroviária do Nordeste. O lançamento do trabalho em Pernambuco será na próxima terça-feira (17), na Estação de Trem Capiba, no Museu do Trem, durante a 14ª Semana Nacioal dos Museus.

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De acordo com o autor William Edmundson, o livro aborda a história do equipamento ferroviário que foi bastante utilizado pelo povo do Nordeste. “Ela foi criada em 1858 e chegou a dominar mais de 1.700 quilômetros de vias férreas em quatro Estados no Nordeste, e perdurou como uma empresa britânica durante quase um século até sua nacionalização em 1950. Além disso, o trabalho também examina o panorama histórico e econômico em todo o Brasil e explica como o fenômeno ferroviário britânico deu o impulso inicial para modernizar o País no século XIX”, falou. 

O escritor ressaltou a importância do estudo no contexto histórico e pessoal. “Quase todo inglês, pelo menos da minha geração, adora viajar numa locomotiva a vapor e conserva boas lembranças daquela época. No meu País, os passeios turísticos em carruagem antiga puxada por uma ‘Maria Fumaça’ são muito populares. Então, na minha percepção lembrar as muitas viagens por trem a vapor é como voltar ao passado”, disse.

Quanto ao desenvolvimento e manutenção da rede, Edmundson lamentou. “É uma pena que no Nordeste do Brasil, neste momento, não seja possível desfrutar disto, como é em vários lugares no Sul e Sudeste do Brasil. Embora, recentemente, a municipalidade de Gravatá tenha lançada a ideia de introduzir um passeio turístico nos trilhos da Serra das Russas”, concluiu.

Sobre o autor: atualmente, William Edmundson trabalha como consultor e escritor em João Pessoa, mas já treinou professores de língua inglesa e atuou na área de gerenciamento com British Council (Conselho Britânico), o levando a trabalhar na Colômbia, México, Brasil, Chile, e ao seu último cargo como Diretor do Conselho Britânico em Cuba. Ele já publicou sobre tópicos relacionados com a história da América Latina, principalmente Brasil e Chile, e sobre a história das locomotivas a vapor sobreviventes no Brasil.

O Professor e escritor pernambucano Lourival Holanda, foi consagrado, nesta segunda-feira (28), como novo imortal da Academia Pernambucana de Letras. Eleito com 28 votos, Lourival passa a ocupar a cadeira de número 4, que antes, pertencia ao escritor Mário Marcio Almeida.

Lourival estudou Filosofia na França e concluiu seu Doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Em Pernambuco, atuou como professor do departamento de pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador da Editora da instituição. 

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Escritor das obras como Sob o signo do silêncio e Fato e fábula, o autor se consagrou ganhando prêmios tais como Portugal Telecom (atual prêmio Oceanos) e o Rumos Literatura, do Itaú Cultural.

O escritor Luis Fernando Verissimo, 79 anos, está internado para tratar uma pneumonia. O colunista recebe cuidados médicos desde sexta-feira (25) no hospital Pró-Cardíaco, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. A reportagem tentou contato com a família do escritor, mas não obteve respostas.

No final de 2012, Verissimo chegou a ficar 24 dias internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, vítima de uma infecção. Na ocasião, o escritor passou por sessões de hemodiálise e precisou da ajuda de aparelhos para respirar.

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O escritor uruguaio Tomás de Mattos morreu nesta segunda-feira (21), aos 68 anos, informou a editora Penguin Random House em Montevidéu, que publica suas obras. De Mattos era um romancista reconhecido no Rio da Prata por obras como "La puerta de la misericordia", sobre a vida de Jesus, ou "El hombre de marzo", sobre o criador da escola pública no Uruguai, José Pedro Varela.

O editor-geral da Penguin no Uruguai, Julián Ubiría, disse em e-mail à AFP que De Mattos era "um enorme escritor" e lembrou o impacto que seu romance, "Bernabé, Bernabé!", causou no fim dos anos 1980. "O tempo dará a verdadeira entidade destas obras, por sua extraordinária qualidade artística e a profundidade dos conceitos que abarcam", destacou Ubiría.

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Seu último romance foi "Don Candiño o las doce orejas", em 2014. De Mattos nasceu em 1947 em Montevidéu, era advogado de formação e foi por duas vezes diretor da Biblioteca Nacional.

O escritor americano Pat Conroy, autor de "O Príncipe das Marés", morreu na sexta-feira aos 70 anos em sua casa na Carolina do Sul, Estados Unidos, anunciou o jornal local Beaufort Gazette. Conroy, cuja obra era inspirada em grande parte em sua infância difícil no sul dos Estados Unidos, havia anunciado em fevereiro que sofria de câncer de pâncreas.

Em seu romance "The Great Santini" (1976), compartilhou a história de sua própria família, marcada pela figura de seu pai, um ex-piloto militar autoritário e violento. Em 2013 relatou a reconciliação com seu pai em "The Death of Santini".

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Vários de seus livros foram adaptados ao cinema, como "O Príncipe das Marés" (1986), que conta a história de um homem apaixonado pela psiquiatra de sua irmã suicida. O filme, protagonizado por Nick Nolte e Barbra Streisand, recebeu sete indicações ao Oscar.

"Completei 70 anos em outubro e percebi que passei toda a minha vida de escritor tentando saber quem sou e acredito que não me aproximei da resposta", escreveu Pat Conroy em 15 de fevereiro em sua página no Facebook ao anunciar sua doença.

Seus livros frequentemente apareciam na lista dos mais vendidos do New York Times.

O escritor e filósofo italiano Umberto Eco, autor do conhecido livro "O nome da rosa", faleceu aos 84 anos - anunciou a imprensa local nesta sexta-feira à noite.

Eco morreu em casa, às 21h30 locais desta sexta (18h30, horário de Brasília), de acordo com a edição on-line do jornal La Repubblica, que falou com a família do autor.

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O escritor, que vivia em Milão (norte), há tempos lutava contra o câncer.

Nascido em Alessandria, no norte da Itália, em 5 de janeiro de 1932, Umberto Eco estudou Filosofia na Universidade de Turim e dedicou sua tese ao "problema estético em Tomás de Aquino".

Aproximando-se dos 50 anos, ganhou o mundo com seu primeiro romance publicado, em 1980. "O nome da rosa" vendeu milhões de exemplares e foi traduzido em 43 idiomas.

O livro foi adaptado para o cinema, em 1986, pelo francês Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery no papel do monge franciscano Guillaume de Baskerville, o ex-inquisidor encarregado de investigar a morte suspeita de uma freira em uma abadia do norte da Itália.

"Umberto Eco, um dos intelectuais mais conhecidos da Itália, morreu", estampa em sua edição digital o jornal Corriere della Sera.

"Umberto Eco teve uma presença importante na vida cultural italiana dos últimos 50 anos, mas seu nome permanecerá ligado, a nível internacional, ao extraordinário sucesso de seu romance 'O nome da rosa'", acrescentou o principal jornal italiano.

"O mundo perde um dos homens mais importantes de sua cultura contemporânea", publica La Repubblica em sua página na Internet.

Umberto Eco e outros grandes nomes da literatura italiana decidiram em novembro passado deixar a editora histórica Bompiani, comprada recentemente pelo grupo Mondadori (de propriedade da família Berlusconi), para se juntarem a uma editora nova e independente batizada "La nave di Teseo" (o navio de Teseo, o mítico rei de Atenas).

Escritura, 'uma brincadeira de criança'

Poliglota, casado com uma alemã, Eco lecionou em várias universidades, especialmente em Bolonha (norte), onde ocupou a cadeira da semiótica até outubro de 2007, quando se aposentou.

Eco explicou que demorou para embarcar no gênero da ficção porque "considerava a escritura romanesca como uma brincadeira de criança que ele não levava a sério".

Depois de "O nome da rosa", ele ofereceu aos seus leitores "O Pêndulo de Foucault" (1988), "A Ilha do Dia Anterior" (1994) e "A Misteriosa Chama da Rainha Loana" (2004). Seu mais recente romance, "Número zero", publicado em 2014, é um thriller contemporâneo centrado no mundo da imprensa.

Ele também é o autor de dezenas de ensaios sobre temas tão diversos como a estética medieval, a poética de Joyce, a memória vegetal, James Bond, a história da beleza ou da feiura.

"A beleza se situa dentro de certos limites, enquanto a feiura é infinita, de modo mais complexo, mais variado, mais divertido", explicou em uma entrevista em 2007, acrescentando que sempre "teve afeição por monstros".

Militante de esquerda, Eco não foi um escritor trancado em sua torre de marfim, sua abertura não o impediu de ter um olhar crítico para com a evolução da sociedade moderna.

"As redes sociais deram o direito à palavra a legiões de imbecis que, antes, só falavam nos bares, após um copo de vinho e não causavam nenhum mal para a coletividade", declarou recentemente, lembra o jornal Il Messaggero.

"Nós os fazíamos calar imediatamente, enquanto hoje eles têm o mesmo direito de palavra do que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis", havia dito.

O escritor japonês Akiyuki Nosaka, autor do relato parcialmente biográfico "Túmulo dos Vagalumes", premiado e adaptado para o cinema de animação, morreu, aos 85 anos, informou a imprensa nipônica.

Nascido em 1930 em Kamakura, ex-capital imperial situada em Kanagawa, perto de Tóquio, Nosaka perdeu a mãe pouco depois e os pais adotivos durante os bombardeios da II Guerra Mundial, em 1945.

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A experiência trágica do conflito inspirou "Túmulo dos Vagalumes" ("Hotaru no haka"), uma terrível história de dois órfãos durante a guerra.

A obra venceu em 1967 o prestigioso prêmio Naoki e em 1988 foi adaptada para o cinema por Isao Takahata, que criou o Estúdio Ghibli com seu 'discípulo' Hayao Miyazaki.

Akiyuki Nosaka também é o compositor de uma canção conhecida por todas as crianças japonesas, "Omocha no chachacha".

O escritor sueco de romances policiais Henning Mankell, famoso em todo o mundo pela série de livros protagonizada pelo detetive Kurt Wallander, que apresentava uma visão desiludida da social-democracia escandinava, morreu nesta segunda-feira, vítima de câncer, aos 67 anos.

Henning Mankell, que revelou em 2014 que sofria de câncer, "faleceu de maneira tranquila enquanto dormia em Gotemburgo", região sudoeste da Suécia, anunciou seu editor, o sueco Dan Israel, com o qual fundou a editora independente Leopard em 2001.

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"Minha ansiedade é muito profunda, mas consigo, em grande medida, controlá-la", confessou Mankell a respeito da doença.

O autor sueco, que vivia entre a Suécia e Moçambique, era um dos principais nomes do romance policial nórdico, ao lado de Jo Nesbo, Arnaldur Indridason e daqueles que são considerados os "pais" do gênero, Maj Sjöwall e Per Wahlöö.

Mankell "descreveu os corredores obscuros do modelo nórdico", afirma o jornalista e autor Olivier Truc, especialista no gênero literário noir.

"Assumia seu papel de crítico a uma democracia social que traiu a classe trabalhadora", completa.

Henning Mankell vendeu 40 milhões de livros ao longo de sua carreira. Romancista e dramaturgo, deixa uma obra considerável de quase 40 títulos, mais de 10 protagonizados pelo detetive Kurt Wallander, e vários voltados para o público infantil.

Ele era casado com Eva Bergman, de 70 anos, filha do cineasta Ingmar Bergman, falecido em 2007 e com quem o escritor tinha uma boa relação.

Sua série sobre o inspetor Wallander, ambientada no sul da Suécia, teve início em 1991 com o livro "Faceless Killers" (Assassinos Sem Rosto) e rendeu fama mundial ao escritor, que aumentou depois que a obra foi adaptada para a televisão no Reino Unido em uma série protagonizada por Kenneth Branagh.

"Henning Mankell foi um dos grandes autores suecos de nosso tempo, amado por leitores na Suécia e em todo o mundo", destaca o comunicado da Leopard.

"A solidariedade com os mais fracos e os oprimidos atravessa toda sua obra como um fio vermelho", completa o comunicado da editora.

Entre a neve e a areia

O autor sueco passava alguns meses do ano em Maputo, a capital de Moçambique, de onde "observava o mundo de um ponto diferente de nossa Europa etnocêntrica", afirmou à AFP em 2011.

Desde que visitou pela primeira vez o continente africano, nos anos 1970, ele gostava de afirmar que vivia "com um pé na neve e outro na areia".

Quando era questionado sobre o lugar que considerava o centro da Europa, respondia "a pequena ilha de Lampedusa, no sul da Sicília", onde chegam a cada ano dezenas de milhares de imigrantes.

Escritor e ativista, Mankell integrou em junho de 2010 a frota humanitária com destino a Gaza interceptada por uma unidade israelense.

"Nenhum bloqueio na história mundial perdurou eternamente (...) ninguém aceita a submissão. Mais cedo ou mais tarde, Israel viverá o que aconteceu com o sistema de apartheid na África do Sul", disse o escritor.

"Sou um homem indignado com as injustiças e as desigualdades", completou.

"A escrita era vital para Henning", declarou Dan Israel, citado pela agência TT, que visitou o autor poucos dias antes da morte.

"Ele pensava em escrever um novo livro de Wallander nos 25 anos de aniversário da série, no próximo ano".

"Com certeza acreditava que resistiria por mais tempo contra a doença", concluiu o editor.

O escritor americano E.L. Doctorow, famoso por suas obras de ficção históricas, entre elas "Ragtime" e "Billy Bathgate", morreu nesta terça-feira, aos 84 anos, anunciou seu filho ao jornal The New York Times.

E.L Doctorow morreu em um hospital de Nova York em consequência de um câncer de pulmão, segundo Richard Doctorow.

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"E.L. Doctorow era um dos maiores escritores americanos. Seus livros me ensinaram muito, sentiremos sua falta", tuitou o presidente Barack Obama.

O escritor, que nasceu no bairro nova-iorquino do Bronx, em uma família judia de ascendência russa, tinha um talento audacioso e pouco convencional, o que garantiu uma reputação de criador experimentador.

Ao longo da carreira de seis décadas, escreveu 15 romances, de obras de ficção científica a aventuras no faroeste e policiais.

Cada obra partia de diferentes fatos com elementos de ficção que davam a esses acontecimentos uma nova direção.

Edgar Lawrence Doctorow estudou no Kenyon College de Ohio e fez pós-graduação em arte dramática na Universidade de Columbia.

Foi em Columbia que conheceu aquela que seria sua futura esposa, Helen Setzer, com quem teve três filhos, um menino e duas meninas.

Depois de trabalhos transitórios e no mundo editorial, Doctorow publicou em 1960 seu primeiro romance, "Welcome to Hard Times", ambientado no velho oeste.

Depois, em 1966, lançou "Big as Life", que se inspirou na ficção científica.

Em 1971, publicou "The Book of Daniel", uma trama ficcional inspirada no casal Rosenberg.

"Ragtime", publicado em 1975 e levado aos cinemas por Milos Forman, conta a história de um músico negro - Coalhouse Walker Jr. - vitimizado pelo racismo.

Obama declarou que considera "Ragtime" um de seus livros favoritos.

Em "The March", Doctorow relata a marcha do general da União William Sherman de Atlanta a Savannah até o final da Guerra Civil.

Com "Billy Bathgate - O mundo a seus pés", outro importante romance publicado em 1998 e também levado aos cinemas com Dustin Hoffman, o autor explora o mundo do crime organizado durante os anos 1920 e 1930 nos Estados Unidos.

Em uma entrevista ao jornal Los Angeles Times, Doctorow explicou a arte de falar através dos temas de sua ficção. "Cada livro tem sua própria voz", afirmou na ocasião.

"Acho que é há uma espécie de ventríloquo quando escrevo. Nunca quero ouvir minha própria voz, isso seria o pior que poderia acontecer", acrescentou.

No ano passado, Doctorow recebeu o prêmio literário do Congresso americano (Library of Congress Prize for American Fiction).

Antes, foi agraciado com um National Book Award, três National Book Critics Circle Awards e dois PEN/Faulkner Awards.

Doctorow, que tinha uma agenda lotada, deveria participar, no próximo mês, em uma conferência na Chautauqua Institution de Nova York e no Festival Nacional do Livro da Biblioteca do Congresso, em Washington.

O escritor uruguaio Eduardo Galeano, autor de "As Veias Abertas da América Latina", faleceu nesta segunda-feira aos 74 anos, informaram à AFP fontes do hospital em que estava internado.

Galeano, que tinha câncer de pulmão, passou vários dias internado no hospital Casmu de Montevidéu e morreu na manhã desta segunda-feira.

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A editora que publicava a obra do escritor na Espanha, Siglo XXI editores, confirmou em um comunicado a morte do escritor uruguaio.

"Eduardo Galeano nasceu em Montevidéu em 3 de setembro de 1940 e morreu na mesma cidade no dia 13 de abril de 2015", afirma a nota da editora com sede em Madri.

Eduardo Hughes Galeano, nascido em 3 de setembro de 1940, foi um jornalista e ensaísta uruguaio comprometido com as causas da esquerda, que se aprofundou em sua obra nos contrastes da América Latina.

Sua obra mais emblemática é o ensaio "As Veias Abertas da América Latina", no qual denunciou em 1971 a opressão e a amargura do continente.

Traduzido para mais de 20 idiomas, o livro tenta - nas palavras do próprio Galeano - "explorar a história para impulsionar a fazê-la".

O escritor e editor francês François Maspero, cuja editora publicou nos anos 1960 e 1970 várias obras contestatórias, incluindo as de Che Guevara, morreu no sábado aos 83 anos, indicou nesta segunda-feira a editora Le Seuil.

Maspero também era jornalista e tradutor para o francês de inúmeros autores da Espanha e da América Latina, de Luis Sepúlveda a Arturo Perez Reverte, passando por Álvaro Mutis, César Vallejo e Eduardo Mendoza.

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Em 1959 fundou a editora que leva seu nome.

Neto do egiptólogo Gaston Maspero e filho do sinólogo Henri Maspero, François Maspero nasceu em Paris, em 19 de janeiro de 1932. Sua juventude foi marcada pela guerra: em 1944 seu pai morreu em Buchenwald, o campo de concentração nazista libertado há 70 anos e seu irmão foi morto na França pelos alemães.

Em 1955, abriu uma livraria no bairro latino de Paris, onde artistas e intelectuais se reuniram com frequência.

Quatro anos depois, fundou a editora Maspero, que nas duas décadas seguintes publicou textos sobre a guerra na Argélia, a revolução cubana e bras que questionavam o stalinismo, o subdesenvolvimento e o neocolonialismo.

Che Guevara, Louis Althusser, Jean-Pierre Vernant, Pierre Vidal-Naquet, Yves Lacoste, Yannis Ritsos, Tahar Ben Jelloun e Nazim Hikmet publicaram seus trabalhos na França pela editora Maspero.

Em 1982, Maspero vendeu sua editora, que passou a se chamar La Découverte, dirigida por François Gèze.

A partir de então, passou a se dedicar exclusivamente à literatura, publicando livros — sobretudo romances e relatos de viagens — e à tradução de autores de língua espanhola ou inglesa.

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