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A modelo e influenciadora digital Rafa Kalimann publicou novas fotos, na noite do último sábado (9), em seu perfil no instagram, e inspirou seus seguidores, ao citar o escritor, filósofo e educador Rubem Alves. 

“’É isto que amamos nos outros: o lugar vazio que eles abrem para que ali cresçam as nossas fantasias. Buscamos, no outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta; não a solidez do músculo, mas o colo que acolhe... como seria bom se as outras pessoas fossem vazias como o céu, e não tão cheias de palavras, de ordens, de certezas. Só podemos amar as pessoas que se parecem com o céu, onde podemos fazer voar nossas fantasias como se fossem pipas.. - Rubem Alves’”, Kalimann escreveu na legeda. 

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Além dos elogios à sua beleza, gata teve respostas relacionadas ao texto. “É tão lindo se aconchegar no céu que é o seu ser tão acolhedor”, disse um perfil. “Eu simplesmente amei essas fotosss e essa legenda”, comentou outra seguidora. 

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Honrando a história do professor e filósofo Benedito Nunes, a UNAMA – Universidade da Amazônia, unidade Parque Shopping, está promovendo uma mostra sobre a vida pessoal e carreira desse grande pensador brasileiro. A exposição está disponível nos corredores da universidade (veja fotos na galeria acima), no Parque Shopping, na avenida Augusto Montenegro, em Belém.

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O letrólogo e professor Paulo Nunes conheceu Benedito Nunes quando estudava na Universidade Federal do Pará (UFPA) e destaca a importância do filósofo paraense para os estudos da narrativa. ''Benedito é mestre, vindo da Filosofia e reverenciado no mundo das Letras como um dos grandes críticos literários do Brasil no século XX”, afirma. Paulo Nunes afirma que Benedito Nunes inseriu Belém e o Pará no mapa da recente inteligência nacional, integrando a segunda geração modernista paraense.

Nascido em Belém, no dia 21 de novembro de 1929, Benedito Nunes descobriu a leitura aos quatro anos, na Escola Sagrado Coração de Jesus, propriedade de sua tia, Theodora da Cruz Vianna. Formou-se em Direito em 1952 e casou-se com Maria Sylvia, sua colega de classe. No mesmo ano, fez o Exame de Suficiência, aplicado pelo Ministério da Educação, para o ensino de Filosofia. Lecionou em diversos colégios de Belém, ministrando as disciplinas Filosofia, História Geral e História do Brasil; e em cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Pará, ensinando sobre História da Filosofia e Ética.

Em 1961, Benedito Nunes foi contratado pela UFPA – Universidade Federal do Pará, deixando o ensino secundário e, em 1964, foi efetivado; após dois anos, foi nomeado professor titular, lecionando Introdução à Filosofia, História da Filosofia e ética. Entre 1962 e 1964, ele coordenou o Serviço de Teatro, criado junto com a esposa.

Durante o golpe civil-militar de 1964, Benedito e Maria Sylvia Nunes sofreram duas tentativas de busca em sua residência – onde havia produção e ensaio de produções teatrais – por militares, o que falhou, visto que erraram o endereço. Entretanto, o clima de delação incentivado nas universidades e as notícias preocupantes que circulavam fizeram com que o casal fosse para a França, em 1967.

Em território francês, Benedito e Maria Sylvia dedicaram-se aos estudos: Benedito focava em sua pós-graduação no Instituto de Estudos Portugueses e Brasileiros da Universidade de Sorbonne e lecionava Literatura Brasileira na Universidade de Haute Bretagne, enquanto Maria Sylvia fazia cursos livres no Collège de France.

Após dois anos, em 1969, o casal retornou ao Brasil. Benedito Nunes retornou à UFPA como professor e, em 1975, apresentou um projeto como base para a criação do curso de Filosofia, no qual, um ano depois, tornou-se o primeiro coordenador e presidente. Em 1992, aposentou-se, mas permaneceu ministrando aulas no curso de Mestrado em Letras, na disciplina Teoria da Crítica.

Além da UFPA, Benedito Nunes também fez parte do corpo docente de outras instituições brasileiras e do exterior. Para a concepção de suas aulas e cursos, o professor sempre teve como base a palavra no papel, valorizando muito a leitura e a escrita. Autodidata, publicou diversos artigos em periódicos brasileiros e estrangeiros, capítulos de livros, traduções, ensaios e livros, sendo três deles com objetivos didáticos.

Por Amanda Martins, Lívia Ximenes e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O Dia do Filósofo comemorado hoje (16), visa homenagear o profissional responsável por se aprofundar e pesquisar sobre a vida humana, política, religião, valores, moral e ética. Na história da humanidade, muitos foram os filósofos que contribuíram com a sociedade, entre eles, Platão, Aristóteles e Sócrates, que além de apresentar ao mundo suas ideias, serviram de inspiração para futuros aprendizes.

De acordo com o professor, educador popular na União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (Uneafro) e mestre em Filosofia pela Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH-Unifesp), Diogo Dias, a filosofia se destaca nos momentos em que a humanidade se encontra em crise, uma vez que são as contradições que fortalecem os debates e permitem novas descobertas. “A crise se torna uma grande fonte de reflexão para a filosofia. Estamos em uma época em que se agravaram as contradições do sistema de reprodução capitalista, o que ele traz em relação à exploração da natureza e dos homens pelos homens”, aponta.

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Segundo o professor, todos os debates que abrangem o campo da esfera pública, se utilizam das questões filosóficas como plano de fundo. “A filosofia possibilita a nós, fazer uma reflexão mais rigorosa sobre o que vivenciamos. Acredito que essa é a grande contribuição que ela pode nos oferecer, em tempos em que todas as ideias parecem estar em risco”, esclarece Dias, que  ressalta ainda que também é preciso analisar quais ideias serão mantidas e quais devem ser substituídas.

Atualmente, Dias pontua que o debate filosófico contribui com a sociedade no momento em que eleva a consciência das pessoas, sobre a situação as quais vivem e suas reais possibilidades. A principal crítica da filosofia gira em torno da mensagem que cerca algumas propagandas ou publicidades. "Às vezes também aparece em algumas culturas empresariais, que não consideram algumas questões, para que as pessoas saibam fazer suas próprias avaliações e escolherem o melhor caminho, de acordo com suas próprias condições”, afirma.

Campos Profissionais

No Brasil, a docência é a principal área de atuação da filosofia, tanto nos níveis básicos como superiores. Dias explica que muitos cursos de humanas ou de artes, também inserem disciplinas de filosofia em suas grades curriculares. Além disso, o profissional também pode atuar em campos atrelados à arte e cultura; seguir o caminho da pós-graduação, orientação de mestrados e doutorados; ou se tornar um pesquisador. “Infelizmente no Brasil, sofremos um abandono nos investimentos do campo da pesquisa, que também impacta a filosofia”, lamenta.

Para aqueles que desejam seguir uma carreira na filosofia, o professor orienta a se abrir ao processo de formação e transformação que o estudo do conhecimento pode oferecer. De acordo com Dias, esse processo dependerá da experiência individual de cada um. “Ao mesmo tempo, várias ideias que temos serão abaladas. Muitas vezes, como um mecanismo de defesa, as pessoas se fecham para as ideias que a filosofia traz”, exemplifica.

Dias aconselha a buscar por leituras, independente de suas vertentes, sejam de direita, esquerda ou conservador; absorver esses conteúdos; pensar por si próprio e conversar com os colegas da graduação para compartilhar as ideias. “Também deve-se manter o senso crítico, de não aceitar nada como uma verdade absoluta, antes de haver uma mediação ou questionamento. Além claro, de desenvolver o gosto pela leitura e pela escrita, que junto ao desenvolvimento das ideias, são grandes materiais de trabalho para os filósofos”, finaliza.

Abraham Weintraub, ministro da Educação, deu uma declaração polêmica na manhã desta quinta-feira (5), pela rede social Twitter. Ao anunciar material desenvolvido pelo secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, Weintraub aproveitou a oportunidade para ofender o educador e filósofo brasileiro Paulo Freire. 

O ministro da Educação compartilhou no Twitter um vídeo explicativo que orienta os pais a escolherem livros ideais para os filhos de zero a três anos de idade. Na situação, Weintraub ainda atacou Paulo Freire e citou também o inexistente “kit gay”. “Paulo Freire e kit gay não têm vez no MEC do presidente Jair Bolsonaro. Vejam uma amostra do formato/conteúdo do material que o professor Carlos Nadalim preparou para as crianças. Querem saber mais? Sigam o prof. Carlos Nadalim, o novo rosto (e o primeiro sorriso) do ensino no Brasil”, tuitou o ministro. 

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Paulo Freire nasceu em Recife, foi educador e filósofo e é o patrono da educação brasileira. O pernambucano tem, ao menos, 35 títulos doutor honoris causa em diversas universidades do mundo. 

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Depois do secretário da Cultura Roberto Alvim ter sido demitido por parafrasear o ministro da propaganda da Alemanha Nazista Joseph Goebbels, o Filósofo Olavo de Carvalho diz que o "discurso do Alvim não tem, por si, nenhum conteúdo nazista ou racista". Além disso, o guru ideológico do Bolsonaro afirma que o secretário foi enganado por algum "funcionário sacana" e "esquerdista". 

Olavo diz ainda que o funcionário que fez isso foi o responsável por avisar aos jornalistas "que, esfregando as mãos de prazer, deu no Alvim o tiro de misericórdia. Interroguem esse jornalista e acabarão sabendo de onde veio a coisa toda", escreveu o filósofo.

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Olavo diz que o caso do Alvim deve servir de alerta aos futuros ocupantes do cargo. "Não confiem em funcionários esquerdistas. Eles são desleais por obrigação", diz Olavo.

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No Dia dos Finados, celebrado nesta quinta-feira (2), nada mais justo do que homenagear aqueles que têm um papel fundamental em um momento delicado e difícil para muitas pessoas: o coveiro. Um desses profissionais é Osmair Camargo Cândido, que exerce a atividade há mais de 25 anos. Mais conhecido como Fininho, ele se tornou exemplo nacional ao conseguir, através do seu trabalho, realizar um sonho de criança: se formar em filosofia. 

“Eu estava desempregado quando apareceu um concurso para uma empresa para entrar no ramo funerário antes de ser coveiro. Achei interessante e analisei a minha necessidade com a possibilidade. Isso me permitiu estudar filosofia depois. Desde menino que eu sempre pensei em estudar filosofia, eu nunca pensei em estudar outra coisa. Mas, com o tempo e com os estudos eu consegui criar um elo entre a filosofia e a minha atividade profissional”, contou Fininho durante participação no programa Conversa Com Bial. 

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O coveiro filósofo falou que, durante todos estes anos, já se emocionou profundamente diversas vezes. “Porque você vai sepultar um corpo sabendo que um dia você também será sepultado, então isso é um elo muito forte. Então, eu não posso querer um tratamento digno se eu não puder oferecer no momento. Eu tenho como objeto de trabalho uma coisa muito difícil como apanhá-lo [o cadáver] com as mãos. Eu tenho quer ter zelo, cuidado, eu tenho que dignificar o meu objeto de trabalho para com isso sair feliz”. 

“Eu não posso tratar um corpo como se ele fosse mercadoria, como se ele fosse qualquer coisa porque o coveiro tem uma coisa muito interessante que eu gostaria que todo mundo soubesse: ele tem como objeto de trabalho a morte. E o que é a morte? O silêncio, a morte é tida como a maior derrota, então quando você vê alguém morto logo chega alguém para dar um pitaco: morreu porque fumava, morreu porque bebia, a morte é uma derrota”. 

Também contou que a principal virtude que um coveiro pode ter é a discrição. “Ele tem que ter uma semi-ausência, deve ser discreto, eficiente, ter o feeling das coisas e tem que agir de um modo que não fira ainda mais as pessoas porque ali quando se está em uma situação dessa está tendo uma separação clara, ele vai se separar, mas não é daquele corpo, ele vai se separar de toda uma memória afetiva, então, essa memória afetiva, esses sentimentos estão muito além”, ressaltou ao também lamentar que o coveiro é um profissional “um tanto esquecido”. 

Fininho consegue conciliar os dois trabalhos e pretende ir longe: está elaborando um projeto de mestrado para apresentar na USP, com enfoque na utopia da igualdade, é fluente em alemão, e está escrevendo um livro sobre as memórias de um coveiro. 

Antes de se tornar uma das mais importantes vozes da esquerda mundial, o filósofo italiano Antonio Negri, de 84 anos, ficou 4 anos preso na Itália sob a acusação de ligação com as Brigadas Vermelhas. Era o fim da década de 1970. Saiu da cadeia ao ser eleito deputado e se exilou na França. Professor de filosofia do Direito e Teoria do Estado, Negri esteve em São Paulo participando de seminário 1917, o Ano que Abalou o Mundo e do lançamento do livro homônimo, organizados pela editora Boitempo. Aqui, ele fala sobre o futuro de Lula e da esquerda.

O que as bruxas de Macbeth lhe revelam sobre o futuro de Lula?

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Não sei se suicídio ou uma tentativa desesperada de luta. Eu penso que Lula seja o maior homem político da América Latina na segunda metade do século 20, pois construiu nesse País continente uma força popular.

Mas o problema não é judiciário? O problema não é que Lula recebeu propinas e deve pagar por isso?

Não sou contrário a isso (punir corruptos), desde que valha para todos. Se a Justiça bate em alguém é certo, porém deve atingir a todos da mesma maneira.

A política feita pelo PT para governar o País se exauriu?

Creio que sim. Creio que no Brasil existe uma situação dramática de todos os pontos de vista.

Por que, professor?

Porque não há uma direita que seja capaz de interiorizar o passado desse País, isto é, essa democracia que se quer e não se quer, e que Lula a interpretou e a fez viver de um ponto de vista popular, com a adesão das grandes massas à democracia.

Jair Bolsonaro, um ex-paraquedista do Exército, segundo as últimas pesquisas, deve ser bem votado na próxima eleição presidencial. Quais as causas do crescimento da extrema-direita?

Isso acontece porque, à direita, falta uma posição política capaz de se opor, porque, para fazer essa operação, com toda probabilidade, seria necessário aceitar que passamos 20 anos de hegemonia lulista.

Isso seria reflexo da onda na Europa e nos Estados Unidos?

Provavelmente não. Creio que o fenômeno brasileiro seja diferente. Há uma queda geral de regimes de esquerda na América Latina, com fenômenos bastante contraditórios, como nos países andinos, como essa grande chaga que é a Venezuela. Mas creio que tudo tenha uma espécie de autonomia. A América Latina não sofre, seguramente, influência da situação europeia, muito fechada em si mesma, no problema da construção europeia e sua colocação global.

O senhor conhece os programa sociais dos governos petistas. O senhor acha que eles não foram suficientes para criar uma nova identidade para a esquerda?

O governo Lula ficou muito limitado por suas contradições, não há dúvida. E errou em duas coisas fundamentais. A primeira foi a reforma constitucional (ele se refere à reforma política). Como se pode aceitar uma Constituição na qual a corrupção é necessária para fazer qualquer lei? Esse é um erro extraordinário. A justificação de Lula é: "Estávamos há muito pouco tempo em uma situação democrática para nos dar o luxo de reformar a Constituição". A segunda é o fato de não ter organizado os instrumentos midiáticos e de cultura popular. Esses são erros que, infelizmente, devem ser pagos. Não é possível ter uma Constituição desse tipo, na qual cada igreja protestante elege o seu deputado, na qual se pode ter um presidente com 70% dos votos nacionais e não ter uma maioria parlamentar. São coisas que são incompreensíveis para qualquer constitucionalista europeu desde o século 19.

A experiência do PT deve ser reformada ou arquivada?

Não sei. Sei que na Europa, a corrupção se conhece desde sempre. Sou professor de direito constitucional. Estudei a histórica constitucional de todo o mundo. A corrupção existe em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o lobby constituiu um poder. Quando me encontro diante da miséria, não porque a quantidade é pequena, mas porque os personagens são míseros - e também os juízes -, vejo que se trata de uma comédia. De uma trágica comédia, cujos personagens são figuras da commedia dell’arte (teatro popular surgido na Itália renascentista). Como professor de direito constitucional, eu me pergunto: Como é possível que alguém, para governar um país, precise ter dinheiro para pagar essa quadrilha de deputados?

Em seu livro Multidão, o senhor volta aos Federalist Papers, de James Madison. Como aqueles que desejam construir novas estruturas democráticas devem usar as lições de Madison?

Creio que a coisa absolutamente fundamental em O Federalista é a teoria do equilíbrio (pesos e contrapesos). Essa é a coisa fundamental. Creio que, hoje, a estrutura do constitucionalismo, superando a figura dos partidos em parte, poderia reconquistar os novos contrapoderes. O grande problema da democracia é sempre aquele de entender quem são os sujeitos. Esse é o ensinamento de Madison: quais são os checks que permitem equilibrar as coisas. O único medo - terrível medo - é o desequilíbrio. E aqui retornamos ao problema da direita brasileira, que quer reduzir a experiência de Lula a um sonho macbetiano.

Mas Lula foi condenado a 9 anos de prisão...

E eu fui condenado a 28 anos.

E o que isso muda para Lula?

Muda que ele não poderá fazer política. E que, provavelmente, também acabará na prisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O filósofo e escritor paranaense Mario Sérgio Cortella estará na Universidade Guarulhos (UNG), no dia 16 de fevereiro, falando aos profissionais do ensino médio. A palestra, destinada aos dirigentes e coordenadores pedagógicos da região central de São Paulo, acontece no anfiteatro do campus Brigadeiro-Paulista da UNG, e tem início previsto para as 20h. A reunião também vai contar com a presença de autoridades ligadas à educação da capital paulista.

O tema do encontro é “A educação e a emergência de múltiplos paradigmas: novo tempos, novas atitudes”. O renomado doutor em educação vai falar sobre as dificuldades encontradas nos novos contornos que a alfabetização está adquirindo, fruto de novos modelos familiares e da inserção de jovens deficientes nas escolas. Cortella, que também já atuou como secretário de Educação de São Paulo no início dos anos 90, utiliza suas próprias publicações para ilustrar a palestra.

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Citações de livros como “Escola e o Conhecimento”, “Não nascemos prontos” e “Não espere pelo Epitáfio”, estarão presentes na abordagem dos temas propostos, junto com a experiência adquirida como professor da PUC-SP, desde 1977 e das participações ativas como educador no cenário político. Mario Sérgio Cortella também é comentarista da Rádio CBN e do Jornal da Cultura.

A educação e a emergência de múltiplos paradigmas: novo tempos, novas atitudes

Anfiteatro do Campus Brigadeiro

Endereço: Av. Brigadeiro Luís Antônio, 917 – Bela Vista – SP

Inscrições pelo site da UNG

Após a notícia da morte de um dos maiores sociólogos e filósofos contemporâneos, o polonês Zygmunt Bauman, acadêmicos e seguidores das teorias do autor de "Amor Líquido", "Modernidade Líquida", "Globalização" e "Vidas Desperdiçadas" foram surpreendidos pela notícia, no dia 9 de janeiro. Para relembrar a trajetória do estudioso, a TV Brasil fará uma pré-estreia nesta sexta-feira (13), às 23h30, apresentando uma entrevista exclusiva com Bauman realizada meses antes da sua morte. Em sua residência, ele recebeu a equipe de reportagem, refletiu sobre as perspectivas de futuro para os jovens e discutiu o uso das redes sociais como o Facebook. A gravação foi para o programa Incertezas Críticas.

"Você pode ser quem quiser e ter um mundo imaginário, online, que não aparece na realidade, offline. Pode ter várias identidades diferentes, fingir ser algo que não é e realizar todos os seus sonhos. É uma maneira de fugir das duras exigências e asperezas do mundo offline", disse Zygmunt, durante a entrevista à TV Brasil.

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Apesar da idade, 91 anos, Bauman escrevia sem parar seus livros, concedia palestras e organizava um grupo de estudos na Inglaterra. Sua principal teoria, com a qual ficou mundialmente conhecido, é a da chamada 'modernidade líquida', que aborda  a "liquidez" das relações sociais na modernidade e pós-modernidade e abriu um vasto campo de estudos para diferentes áreas, como a filosofia, a cultura, o relacionamento humano. Grande parte das suas obras foi traduzida para o português e o seu último livro lançado no Brasil foi "A riqueza de poucos beneficia todos nós?".

O professor emérito de sociologia das Universidades de Leeds e Varsóvia fez uma crítica, e explicita o atual sistema fragmentado de absorção de informações. "A combinação dos sentimentos de ignorância e impotência dá um resultado que é a humilhação, um golpe pesado na autoconfiança e na autoestima. Sou um homem sem valor, não sou quem deveria ser. De acordo com as estatísticas, a depressão é a doença mais comum no momento", pontuou o escritor, ainda em entrevista à TV Brasil. "Viver nessas circunstâncias exige que as pessoas tenham nervos muito fortes. Que tenham determinação e, também, eu acho, que pensem em maneiras de transformar o mundo em que vivem. As condições de vida do mundo e não apenas as suas condições particulares. É muito difícil propor isso e ainda mais difícil conseguir”, ponderou Bauman.

Produção

Em 12 programas de 26 minutos na TV Brasil, a série Incertezas Críticas traz reflexão sobre o mundo atual na visão de alguns dos mais importantes intelectuais contemporâneos. Cada episódio destaca um pensador, em uma entrevista exclusiva em sua casa ou escritório.

A proposta da série Incertezas Críticas é debater o mundo contemporâneo em diversas perspectivas como sociedade, economia, cultura e arte. Em cada episódio, o espectador pode ter uma introdução sobre o pensamento de alguns dos mais notáveis intelectuais de nosso tempo.

Serviço

Incertezas Críticas - entrevista de Zygmunt Bauman

Pré-estreia

13 de janeiro | às 23h30

TV Brasil 

O escritor e filósofo italiano Umberto Eco, autor do conhecido livro "O nome da rosa", faleceu aos 84 anos - anunciou a imprensa local nesta sexta-feira à noite.

Eco morreu em casa, às 21h30 locais desta sexta (18h30, horário de Brasília), de acordo com a edição on-line do jornal La Repubblica, que falou com a família do autor.

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O escritor, que vivia em Milão (norte), há tempos lutava contra o câncer.

Nascido em Alessandria, no norte da Itália, em 5 de janeiro de 1932, Umberto Eco estudou Filosofia na Universidade de Turim e dedicou sua tese ao "problema estético em Tomás de Aquino".

Aproximando-se dos 50 anos, ganhou o mundo com seu primeiro romance publicado, em 1980. "O nome da rosa" vendeu milhões de exemplares e foi traduzido em 43 idiomas.

O livro foi adaptado para o cinema, em 1986, pelo francês Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery no papel do monge franciscano Guillaume de Baskerville, o ex-inquisidor encarregado de investigar a morte suspeita de uma freira em uma abadia do norte da Itália.

"Umberto Eco, um dos intelectuais mais conhecidos da Itália, morreu", estampa em sua edição digital o jornal Corriere della Sera.

"Umberto Eco teve uma presença importante na vida cultural italiana dos últimos 50 anos, mas seu nome permanecerá ligado, a nível internacional, ao extraordinário sucesso de seu romance 'O nome da rosa'", acrescentou o principal jornal italiano.

"O mundo perde um dos homens mais importantes de sua cultura contemporânea", publica La Repubblica em sua página na Internet.

Umberto Eco e outros grandes nomes da literatura italiana decidiram em novembro passado deixar a editora histórica Bompiani, comprada recentemente pelo grupo Mondadori (de propriedade da família Berlusconi), para se juntarem a uma editora nova e independente batizada "La nave di Teseo" (o navio de Teseo, o mítico rei de Atenas).

Escritura, 'uma brincadeira de criança'

Poliglota, casado com uma alemã, Eco lecionou em várias universidades, especialmente em Bolonha (norte), onde ocupou a cadeira da semiótica até outubro de 2007, quando se aposentou.

Eco explicou que demorou para embarcar no gênero da ficção porque "considerava a escritura romanesca como uma brincadeira de criança que ele não levava a sério".

Depois de "O nome da rosa", ele ofereceu aos seus leitores "O Pêndulo de Foucault" (1988), "A Ilha do Dia Anterior" (1994) e "A Misteriosa Chama da Rainha Loana" (2004). Seu mais recente romance, "Número zero", publicado em 2014, é um thriller contemporâneo centrado no mundo da imprensa.

Ele também é o autor de dezenas de ensaios sobre temas tão diversos como a estética medieval, a poética de Joyce, a memória vegetal, James Bond, a história da beleza ou da feiura.

"A beleza se situa dentro de certos limites, enquanto a feiura é infinita, de modo mais complexo, mais variado, mais divertido", explicou em uma entrevista em 2007, acrescentando que sempre "teve afeição por monstros".

Militante de esquerda, Eco não foi um escritor trancado em sua torre de marfim, sua abertura não o impediu de ter um olhar crítico para com a evolução da sociedade moderna.

"As redes sociais deram o direito à palavra a legiões de imbecis que, antes, só falavam nos bares, após um copo de vinho e não causavam nenhum mal para a coletividade", declarou recentemente, lembra o jornal Il Messaggero.

"Nós os fazíamos calar imediatamente, enquanto hoje eles têm o mesmo direito de palavra do que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis", havia dito.

Em sua primeira entrevista depois da indicação anunciada pela presidenta Dilma Rousseff para a pasta da Educação, o filósofo Renato Janine falou da sua visão da educação brasileira e da ideia de aproximá-la do mundo da cultura. “Acredito na educação como libertação. Saber não é uma transmissão de conteúdos, não é uma padronização. Penso que um dos pontos importantes é como a gente aproxima isso do mundo da cultura”, disse em entrevista ao jornalista Alberto Dines, no programa Observatório da Imprensa, da TV Brasil, que foi ao ar nessa terça-feira (31).

“O mundo da educação é muito mais regulado, porque há cursos, currículos, nota, diploma. Estou fazendo uma esquematização muito simples. O mundo da cultura, você pode ver [o filme] Lincoln, do [diretor Steven] Spielberg, é uma aula sobre escravagismo e abolição. Aula mesmo seria diferente”, acrescentou Janine, lembrando que o aprender tem se tornado mais uma obrigação e menos um prazer.

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Professor titular de ética e filosofia política da Universidade de São Paulo (USP), o ministro disse estar empolgado com sua nova missão e confessou que, para ele, foi uma “enorme surpresa” a indicação da presidenta para que ele assumisse a pasta. “Estou empolgado. Foi uma surpresa. Realmente eu não esperava. Houve algumas postagens no Facebook em favor do meu nome, mas também em favor de outros nomes.”

O novo ministro também fez reflexões sobre a democracia brasileira e as recentes manifestações de rua. Considerando que a democracia depende de instituições, mobilização política e cultura política, o professor avaliou que o país ainda enfrenta problemas no terceiro quesito. “O problema é a cultura política. Política quer dizer que não existe um lado totalmente certo e outro totalmente errado. Você tem preferências. Tem de ter pelo menos dois grupos divergentes, apresentando propostas diferentes. Mas ambos dignos, ambos legítimos”, destacou.

“A tendência para escassez de cultura política é achar que a origem de todos os males está sempre na corrupção. E sempre o corrupto é o partido que nós não gostamos. É o outro. Quando vejo esse tipo de discurso, a recusa de diálogo, me parece coisa infantil”, explicou.

Sobre como analisaria o reaparecimento de movimentos fascistas, Janine informou que vê na atualidade muita liberdade, mas também insegurança. E que, ao contrário de décadas atrás, as pessoas não vivem mais dentro de um pacote de identidade, que antes trazia garantias.

“No passado, cada um de nós vivia em um pacote identitário. A gente nasceu na classe média. Tinha umas três ou quatro carreiras universitárias para fazer. Iríamos escolher uma, casar no rito religioso. Tudo está pronto e você não sai dele”, observou.

“De repente, nada mais é obrigatório. Você pode dar vazão ao que você é e ao que você quer. Ficamos em situação mais instável, mas com maior liberdade, com maior possibilidade de realização pessoal, mas, estranhamente, com maior possibilidade de frustração. Acho que esse horizonte assusta muito”.

O futuro ministro acrescentou que, após receber a indicação para assumir a pasta, recebeu muitas mensagens. Um pequeno número delas cobrando disciplina na sala de aula e até a expulsão de alunos em determinadas situações.

“Olho e penso que eles estão falando de condutas horríveis, que não podem ser toleradas. Concordo. Mas a demanda principal é saber se se colocar ordem na bagunça vai resolver. Isto não existe. Este não é um projeto pedagógico, não é um projeto de país.” “No Brasil, há uma certa ideia muito antiga de que, com um homem providencial, autoritário, mal-humorado, despótico, tudo vai funcionar”, concluiu.

O documentário Scholé, longa-metragem sobre educação organizado pelo filósofo Marcelo Sando, tem uma de suas cenas gravadas nesta terça-feira (25), no Recife. A palestra que integrará o longa, ministrada pelo próprio Marcelo, será gravada na Oficina Brennand, que fica na Propriedade Santos Cosme e Damião, no bairro da Várzea, nesta manhã. O evento tem como objetivo debater o tema abordado pelo Projeto Scholé, que é oferecer uma nova visão sobre o ensino e propor mais autonomia no processo pedagógico. 

“A proposta é retornarmos ao sentido original da palavra pedagogia: acompanhar a criança. Não estou falando de uma escola alternativa, mas de uma alternativa à escola, uma forma mais dinâmica de navegar pelo conhecimento humano”, explica Marcelo Sando, conforme informações da assessoria de comunicação do evento.

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O projeto tem o apoio da Editora FTD, que forneceu 300 livros didáticos, para todos os níveis escolares, utilizados no programa. Produzido pela cineasta Julia Rufino, o filme intercala cenas da palestra realizada na oficina Brennand com cenas da experiência pedagógica do filósofo Marcelo Sando.  “A ideia é acompanhar o dia a dia de quatro estudantes e três professores ao longo de um mês de trabalho. Seguindo essas personagens reais, criamos uma identidade direta com o espectador para que ao longo do documentário o público desenvolva uma empatia pelas ideias abordadas”, explica a cineasta à assessoria de comunicação do evento.

Educação, cultura, literatura, arte, mídia, linguística e política serão alguns dos temas da obra do filósofo e sociólogo francês Pierre Bourdieu abordados durante o VII Curso de Extensão para Ler, no Auditório do Instituto Ricardo Brennand, que fica localizado no Bairro da Várzea. O workshop, que vai acontecer entre os dias 14 e 17 de agosto, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30, será ministrado pelo pelo historiador francês Roger Chartier, proveniente da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e professor do Collège de France e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

O curso, que terá 20 horas, custa R$ 250 e os interessados podem se inscrever através do email documenta@institutoricardobrennand.org.br.    

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Serviço

Sétimo Curso de Extensão Para Ler - Pierre Bourdieu

De 14 a 17 de agosto l 8h30 às 12h30 e 13h30 às 17h30

Auditório do Instituto Ricardo Brennand (Alameda Antônio Brennand – Várzea)

R$ 250

(81) 2121 0354

“Walter Benjamin – Como escrever a História”. Esse é o nome do minicurso que será realizado pelo Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia (NEEPD), ligado ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento é gratuito e ocorrerá do dia 6 a 8 do próximo mês.

De acordo com a UFPE, a qualificação contará com material didático. Entre as atividades, o encontro abordará tópicos sobre a crítica como forma de conhecimento histórico, a relação hermenêutica, como reescrever a história e messianismo e utopia.

Outros detalhes informativos sobre o minicurso podem ser obtidos pelos telefones (81) 2126-7351 / 8870-3623 / 9647-8018. O Campus Recife da UFPE fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da capital pernambucana.

Walter Benjamin – é considerado um dos filósofos de maior destaque na modernidade. O alemão conviveu com outros grandes pensadores, como Ernst Bloch e T. W. Adorno.



 

A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) recebe, nesta terça-feira (14), o filósofo Charles Taylor para ministrar a conferência "Religiões e Sociedade nas trilhas da secularização". O evento acontece às 19h, no auditório G1 do Bloco G da instituição.

Charles Taylor, professor da Universidade McGill, no Quebec, é considerado um dos maiores pensadores da atualidade.  No início da carreira, Taylor se propôs a elaborar interpretações originais sobre antigos e novos problemas fundamentais do pensamento social e filosófico. Suas conferências têm reunido tanto os especialistas quanto os interessados em interpretar a sociedade contemporânea.

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Taylor é especialista em autores como Hegel, Wittgenstein, Heidegger e Merleau-Ponty. Entre suas obras traduzidas para o português estão “A Ética da Autenticidade” (São Paulo: Realizações, 2011); “Imaginários sociais modernos” (Lisboa: Edições Texto e Grafia, 2010); “Uma era secular” (São Leopoldo: UNISINOS, 2010); “As fontes do self” (São Paulo: Loyola, 2005); “Hegel e a sociedade moderna” (São Paulo: Loyola, 2005) e “Argumentos filosóficos” (São Paulo: Loyola, 2000).

Filósofo como profissão. Essa é a intenção do projeto de lei (2533/11), do deputado Giovani Cherini (PDT-RS). A proposta, que está tramitando na câmara, defende que órgãos públicos de administração direta e indireta, ou entidades particulares, devem manter filósofos legalmente habilitados em seu quadro de pessoal ou em regime de contrato, visando prestação de serviços. A lei também pede que a atuação do profissional fique condicionada a registro do Ministério do Trabalho.

O texto da proposta exige que apenas poderão desempenhar a profissão bacharéis em filosofia, que já estejam completamente licenciados  até a data de publicação da nova lei, diplomados em curso parecido em outros países, depois de revalidação do diploma, mestres, doutores e não diplomados que exerçam a função há mais de cinco anos. Os membros titulares da Academia Brasileira de Filosofia e aos por ela diplomados também poderão exercer a ocupação.

A lei define como atividades de filósofos desempenhar estudos referentes à filosofia, no sentido de analisar, orientar, planejar, elaborar, supervisionar, executar e avaliar esses estudos, bem como, ensinar filosofia e história do pensamento e mais outras ações. Para deputado Giovani Cherini as atividades exercidas dentro da área de estudo da filosofia devem ser verificadas quanto a sua habilitação. “O Estado pode e deve agir para estipular as condições de habilitação e as exigências legais para o regular exercício da profissão de filósofo”, explicou Cherini.

O projeto está tramitando em caráter conclusivo. Ele será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para 
 
     

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