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O governo britânico anunciou, nesta sexta-feira (9), que espera apresentar "nas próximas duas semanas" seus planos para permitir que as pessoas totalmente vacinadas contra a Covid-19 no exterior possam viajar para o Reino Unido sem necessidade de quarentena, como os residentes britânicos.

O Executivo de Boris Johnson anunciou nesta quinta-feira (8) que, até o momento, apenas os residentes britânicos que receberam duas doses da vacina na campanha de imunização do Reino Unido estariam isentos de quarentena, a partir de 19 de julho, ao retornarem de países da denominada "lista âmbar", que inclui destinos turísticos como Espanha, França e Itália.

O anúncio gerou dúvidas sobre o que aconteceria com os expatriados britânicos ou os estrangeiros vacinados em outros países.

"É algo em que estamos trabalhando muito ativamente", afirmou hoje o ministro de Transportes, Grant Shapps, ao canal Sky News.

"Quanto aos prazos, creio que poderei dizer algo a mais nas próximas duas semanas", acrescentou.

O objetivo é poder "reconhecer os aplicativos móveis ou certificações de outros países", o que será "mais fácil para alguns lugares como a União Europeia", que conta com um passaporte digital como o Reino Unido, do que para os Estados Unidos, onde os sistemas de certificados variam muito entre estados e são principalmente de papel, destacou.

Um sindicato de agentes de imigração alertou que os controles sobre vacinação que seriam introduzidos para as chegadas aos aeroportos britânicos poderiam provocar filas muito longas, de até seis horas, em relação às duas horas atuais.

"É uma decisão política comprovar o status da covid de 100% das chegadas, e esse é especialmente o problema", disse sua porta-voz, Lucy Moreton, à BBC.

Shapps também defendeu a decisão de permitir que mil torcedores da Itália assistam a final da Eurocopa entre sua seleção nacional e a da Inglaterra no domingo no estádio de Wembley em Londres, sem a necessidade de uma quarentena prévia.

"Vão diretamente para ver o futebol e vão embora 12 horas depois, não podem viajar para nenhum outro lugar", explicou.

O governo da Argentina prorrogou até o dia 28 de fevereiro o fechamento de fronteiras para turistas, com exceções, por conta da pandemia de Covid-19, informou o Ministério da Saúde neste domingo (31).

Os voos de e para o Brasil poderão ser mantidos, mas com uma redução de 50% nas viagens - como foi anunciado em uma medida divulgada no dia 27 de janeiro. Já aqueles que vêm ou voltam para Estados Unidos, México e países da Europa devem ser reduzidos 30% da frequência.

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"A presente medida prorroga a proibição de entrada no território nacional, também até o dia 28 de fevereiro de 2021 inclusive, de pessoas estrangeiras não residentes no país, através de portos, aeroportos, passagens internacionais, centros de fronteira ou qualquer outro ponto de acesso, com o objetivo de reduzir as possibilidades de contágios", diz um trecho do artigo 30 do decreto 67/2021.

Já sobre Reino Unido e Irlanda do Norte, a decisão administrativa 44/2021, incluída no decreto, afirma que a Administração Nacional da Aviação Civil (Anac) "manterá a suspensão das autorizações e permissões que foram impostos nas operações de transporte aéreo de passageiros e passageiras em voos diretos".

A Argentina vem registrando alta nos números de casos e de mortes por Covid especialmente na província de Buenos Aires. Ao todo, o país contabiliza mais de 1,9 milhão de contaminados e 47,9 mil óbitos provocados pelo coronavírus Sars-CoV-2. 

Da Ansa

A partir desta quarta-feira (30), passageiros de voos internacionais que embarcarem para o Brasil precisarão apresentar um teste RT-PCR negativo ou não reagente para Covid-19. O exame deve ter sido feito até 72 horas antes da viagem. A obrigatoriedade vale para todos os viajantes, brasileiros ou estrangeiros, independentemente de sua origem.

Crianças menores de 2 anos estão dispensadas da apresentação do teste, assim como crianças com idade entre 2 e 12 anos, desde que seus acompanhantes cumpram todas as exigências. Já crianças entre 2 e 12 anos viajando desacompanhadas são obrigadas a apresentar o exame, da mesma forma que os demais viajantes.

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A medida está prevista na portaria nº 648/2020, publicada na semana passada, que e também trata da proibição, em caráter temporário, da entrada no Brasil de voos com origem ou passagem pelo Reino Unido e Irlanda do Norte. No último dia 17, o governo já havia determinado a exigência do exame na portaria nº 630/2020.

Declaração de Saúde do Viajante

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), brasileiros e estrangeiros que vierem do exterior por via aérea deverão preencher a Declaração de Saúde do Viajante (DSV) e apresentar o e-mail de comprovação de preenchimento para a companhia aérea.

O teste deverá ter sido realizado em laboratório reconhecido pela autoridade de saúde do país do embarque. Na hipótese de voo com conexões ou escalas em que o viajante permaneça em área restrita do aeroporto, o prazo de 72 horas será considerado em relação ao embarque no primeiro trecho da viagem.

As obrigações fixadas pela norma não valem para voos procedentes do exterior com paradas técnicas ou conexão no Brasil desde que não ocorra qualquer procedimento de desembarque seguido de imigração.

O descumprimento da exigência pode gerar responsabilização civil ou penal, deportação de volta ao país de origem ou a invalidação do pedido de refúgio, caso ele existe.

O governo do Japão anunciou neste sábado (26) que proibirá a entrada de estrangeiros no país entre 28 de dezembro e 31 de janeiro como forma de evitar a propagação de uma nova variante do coronavírus Sars-CoV-2.

Apenas moradores e estrangeiros residentes poderão voltar ao território desde que apresentem teste negativo para a Covid-19 e fiquem de quarentena obrigatória por 14 dias.

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A medida foi publicada após a confirmação de que a nova cepa, localizada primeiramente no Reino Unido e que aparenta ser mais transmissível, foi detectada em cinco cidadãos que chegaram de países europeus.

Até o momento, não se sabe se essa nova variante é mais letal do que as anteriores, mas as indicações de que ela se dissemina mais rapidamente fez com que mais de 50 países bloqueassem voos do Reino Unido. 

Da Ansa

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) recebe inscrições, até 18 de janeiro de 2021, para programas de pós-graduação direcionados a estrangeiros que almejam estudar no Brasil. No total, 50 vagas são oferecidas para o curso de doutorado.

De acordo com o edital da seleção publicado nesta quinta-feira (3), os candidatos não devem ser cidadãos brasileiros e nem binacionais, não podem residir no Brasil e precisam apresentar Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras). O processo seletivo exige, ainda, que o currículo Lattes esteja atualizado, bem como o plano de trabalho precisa estar em português entre outros requisitos.

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Ainda segundo a Capes, os selecionados contarão com uma bolsa mensal no valor de R$ 2,2 mil, durante 48 meses. Também são oferecidos aos aprovados pagamento de passagem de retorno ao país de origem e assistência médica.

As inscrições podem ser feitas gratuitamente por meio do site da seleção. Para mais informações sobre as linhas de pesquisa disponíveis, acesse o edital da oportunidade.

O Ministério da Educação (MEC) publicou, nesta segunda-feira (16), no Diário Oficial da União (DOU) uma resolução que trata sobre o direito de matrícula de crianças e adolescentes migrantes, refugiados, apátridas e solicitantes de refúgio no sistema público de ensino brasileiro. Esse direito foi assegurado pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). 

De acordo com o documento, a matrícula, uma vez demandada, será de imediato assegurada na educação básica obrigatória, inclusive na modalidade de educação de jovens e adultos e, de acordo com a disponibilidade de vagas, em creches. Além disso, não será necessário que o candidato apresente documentação comprobatória de escolaridade anterior.

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“Na ausência de documentação escolar que comprove escolarização anterior, os estudantes estrangeiros na condição de migrantes, refugiados, apátridas e solicitantes de refúgio terão direito a processo de avaliação/classificação, permitindo-se a matrícula em qualquer ano, série, etapa ou outra forma de organização da educação básica, conforme o seu desenvolvimento e faixa etária”, diz documento. 

Além disso, a matrícula em instituições deverá ser facilitada, considerando a situação de vulnerabilidade dos estudantes. Para alunos da educação infantil e no primeiro ano do ensino fundamental, a matrícula obedecerá apenas o critério da idade da criança; já para matrícula a partir do segundo ano do ensino fundamental e no ensino médio, os sistemas de ensino deverão aplicar procedimentos de avaliação para verificar o grau de desenvolvimento do estudante e sua inserção no nível e ano escolares adequados, de acordo com informações do documento. 

As escolas devem seguir diretrizes como prevenção ao bullying, racismo e xenofobia; não segregação entre alunos brasileiros e não-brasileiros, mediante a formação de classes comuns; capacitação de professores e funcionários sobre práticas de inclusão de alunos não-brasileiros; prática de atividades que valorizem a cultura dos alunos não-brasileiros; não discriminação; e oferta de ensino de português como língua de acolhimento, visando a inserção social àqueles que detiverem pouco ou nenhum conhecimento da língua portuguesa.

A resolução também diz que os sistemas de ensino deverão aplicar procedimentos de avaliação para verificar o grau de desenvolvimento do estudante e sua adequada inserção na etapa escolar.

Dois angolanos foram agredidos e arrastados para fora de uma loja de bebidas na Zona Sul de Maringá, no norte do Paraná, no último sábado (7). As imagens analisadas pela Polícia Civil mostram os estrangeiros sendo chutados por seguranças e clientes do estabelecimento. As vítimas apontam que a confusão foi motivada por preconceito.

“Compraram cerveja e foram pegando uma a uma, na quarta teve uma discussão. Quando eles foram buscar a quinta cerveja, o segurança não deixou pegar e aí começou a briga. Um dos meninos tentou impedir, mas deram o ‘mata-leão’ e ele foi arrastado. Segundo eles, as pessoas que estavam nesta empresa diziam ‘seus folgados, haitianos voltem para a terra de vocês’”, descreveu o presidente da Associação de Estrangeiros na região, Ronelson Furtado, em entrevista à TV Globo.

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Já desacordado após ser asfixiado, um dos angolanos foi arrastado pelo pé e jogado para fora da revendedora, junto com o outro, que foi arrastado pelo braço. Com hematomas e lesões pelo corpo, o que ficou em pior estado precisou ser internado e ficou no Hospital Universitário até a manhã do domingo (8).

O advogado dos estrangeiros, Mário Henrique Alberton, classificou as agressões como ‘brutais, covardes e com risco de vida’ aos clientes. “Vamos tomar todas as medidas cabíveis para apurar a responsabilidade dos agressores. Essa será a forma de dissuadir outras pessoas que pensem igual para que isso não ocorra mais”, afirmou.

O governo federal autorizou a entrada de estrangeiros, de qualquer nacionalidade, em todos os aeroportos do Brasil. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União dessa quinta-feira (24) e prorroga, por 30 dias, a restrição à entrada de estrangeiros “por rodovias, por outros meios terrestres ou por transporte aquaviário.”

Em julho, o governo já havia liberado parcialmente a entrada de estrangeiros por via aérea, mantendo a restrição nos aeroportos de Mato Grosso do Sul, da Paraíba, de Rondônia, do Rio Grande do Sul e do Tocantins. Já no mês passado, a restrição atingiu os aeroportos nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, do Rio Grande do Sul, de Rondônia, Roraima e do Tocantins.

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Desde que os voos internacionais e a entrada de estrangeiros por outras vias foram restringidos em março, em razão da pandemia da Covid-19, o governo vem avaliando, mês a mês, as medidas que devem ser mantidas.

A entrada por estrangeiros por via aérea está permitida desde que obedecidos os requisitos migratórios adequados à sua condição, inclusive o de portar visto de entrada, quando este for exigido. Aqueles que vierem ao Brasil para viagem de curta duração, de até 90 dias, deverão apresentar à empresa aérea, antes do embarque, comprovante de aquisição de seguro válido no Brasil, para gastos de saúde.

A portaria conjunta assinada pela Casa Civil e pelos ministérios da Saúde, Infraestrutura, Justiça e Segurança Pública autoriza, excepcionalmente, o estrangeiro que estiver em país de fronteira terrestre com o Brasil e precisar atravessá-la para embarcar em voo de retorno a seu país de residência, a entrar com autorização da Polícia Federal e dirigir-se diretamente ao aeroporto. Para isso, deverá apresentar demanda oficial da embaixada ou do consulado do seu país e os bilhetes aéreos correspondentes.

A empresa Québec International, especializada em agenciar estrangeiros para trabalharem no Canadá, abriu inscrições para um processo seletivo online. A iniciativa vai contratar profissionais das áreas de Tecnologia da Informação (T.I.) e Educação Alimentar de vários países do mundo. O Brasil está na lista.

As inscrições estão abertas até 14 de setembro. Para participar da seletiva, os profissionais devem criar um perfil no ambiente virtual da agência. O registro permite que o candidato escolha as vagas nas quais deseja atuar. Na sequência, é necessário completar a ficha cadastral disposta no idioma francês, uma das línguas oficiais do país norte-americano.

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De acordo com a Québec International, todo o processo de inscrição é gratuito. As empresas contratantes darão retorno à agência a partir de 28 de setembro. Todos os profissionais convocados para entrevistas devem receber contato por e-mail até 4 de outubro. A última etapa do processo seletivo deve ocorrer entre os dias 5 e 9 daquele mês. Ainda segundo os recrutadores, a última etapa antes da contratação será realizada online, por meio da ferramenta de comunicação Skype.

O governo restringiu, pelos próximos trinta dias, a entrada de estrangeiros de qualquer nacionalidade por qualquer via no Brasil. O anúncio foi feito em edição extra do Diário Oficial da União, na noite da terça-feira (30) e dá continuidade a medidas restritivas que passaram a vigorar no fim de março.

De acordo com o texto, o governo tomou a decisão com base em recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As medidas poderão ser prorrogadas, conforme orientação do órgão. As restrições se devem à pandemia de Covid-19, que já matou quase 60 mil pessoas no País.

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A portaria, assinada pelos ministros Braga Netto (Casa Civil), André Mendonça (Justiça), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Eduardo Pazuello (Saúde), lista diversas exceções à proibição, como estrangeiros que possuam "visto de visita concedido para estada de curta duração, sem intenção de estabelecer residência", ou aqueles para quem o visto foi dispensado "com finalidade de realizar atividades artísticas, desportivas ou de negócios".

A regra também não valerá para brasileiros naturalizados, imigrantes com residência em caráter definitivo, passageiros em trânsito internacional (se não deixarem a área internacional do aeroporto) ou para estrangeiros cônjuges, filhos, pais ou companheiros de um brasileiro.

O texto também diz que não está impedido "o tráfego de residentes fronteiriços em cidades-gêmeas, mediante a apresentação de documento de residente fronteiriço ou de outro documento comprobatório". Mas, em parágrafo único, ressalta que tal regra não se aplicará para a fronteira com a Venezuela.

O Brasil é conhecido por ser um país receptivo e abrigar cidadãos das mais diversas parte do mundo. Segundo os registros da Polícia Federal, só na cidade de São Paulo vivem 361,2 mil imigrantes de maneira regular.

Entretanto, com o decreto de pandemia há pouco mais de três meses, a preocupação não sai da cabeça de quem veio para o território brasileiro trabalhar e realizar seus sonhos de vida. Afinal, mais de 58,3 mil mortes por Covid-19 foram registradas em nosso país, das cerca de 503 mil em todo o planeta.

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Além de ficar atento aos cuidados por aqui, quem nasceu em outro país também se mantém aflito com a situação da família e dos amigos que seguem vivendo a milhares de quilômetros de distância.

Morador da cidade de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, o haitiano Jean Paul, 29 anos, acompanha a situação no país centro-americano por meio dos familiares que trabalham na imprensa de lá. De acordo com ele, o problema no Haiti é pior em locais sem estrutura de saúde.

Apaixonado por futebol, Jean Paul escolheu viver no Brasil e só retornaria ao Haiti para cuidar da mãe. Foto: arquivo pessoal

"O mais complicado para eles é o pessoal que vive no interior, no campo, porque o governo não chega até lá", lamenta o ajudante e estudante de enfermagem.

No Brasil há pouco mais de quatro anos, Paul é mais um dos que precisam sair para trabalhar e enfrentar o risco do contágio todos os dias, mas é cauteloso em relação ao vírus.

"Tenho que sair para a rua para buscar o pão, mas evito sair sem necessidade, vou ao serviço e volto para casa. Estou me cuidando ao máximo", afirma.

Apesar de toda apreensão, Paul, que escolheu vir para o Brasil por ser apaixonado pelo futebol, não pretende abandonar a terra que adotou. "Só voltaria para meu país agora para cuidar da minha mãe, depois da pandemia eu retornaria ao Brasil de novo", ressalta o haitiano.

Saudade da família

Há seis anos no Brasil, o professor de idiomas Andréz Felipe Olivoz Vega, 31 anos, é nascido em Bogotá, capital da Colômbia. Apesar de um número baixo de mortos em relação ao índice brasileiro (são cerca de 3,2 mil mortos em solo colombiano), ele acredita que ambos os países falharam no controle da pandemia.

"A negligência social de aderir ao isolamento e a negligência governamental de lidar efetivamente com este problema. Infelizmente nesse quesito estamos juntos, parece o que a gente tem mais em comum é o que tem de pior também", afirma.

O colombiano Andréz tem receio de não poder rever a família, que ele não visita há três anos. Foto: arquivo pessoal

De acordo com o professor colombiano, a saudade da família é grande e viver longe da terra natal exige muito equilíbrio psicológico. "O mais complicado é começar a pesar um pouco a paranóia de que vamos pegar o vírus, morrer e nunca mais ver a família", reflete.

Sem visitar seu país desde 2017, Vega diz que os seus parentes mais próximos estão preocupados com a realidade brasileira. "O desempenho do atual governo está dando o que falar no ambiente internacional e eles, ao verem tantos casos, se preocupam com a minha situação aqui", declara o bogotano que, mesmo com a redução de carga de trabalho, se mantém firme na rotina de aulas on-line e sonda novos alunos para voltar ao ritmo normal de atividades.

Segundo Vega, a razão não lhe permitiria voltar Colômbia agora, mas o coração segue apertado. "Acho que voltaria para passar um tempo com a minha família, dois, três, seis meses, quem sabe, e depois cogitar novamente voltar, mais por uma questão de saudades", fala.

Isolamento

Outro que vive a pandemia longe do país natal é o professor alemão Kai Lehmann, 44 anos. Membro do corpo docente do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da Universidade de São Paulo (USP) e vivendo no Brasil desde 2007, Lehmann lembra que ele e a esposa decidiram que eles e os dois filhos, um menino de oito e uma menina de quatro anos, iniciariam o isolamento social antes das orientações das autoridades brasileiras.

"Começamos a entrar em quarentena uma semana antes do decreto e desde então estamos aqui dentro do nosso apartamento pequenininho, mas nos sentimos razoavelmente bem", explica o europeu, que segue ministrando aulas em casa e transmitindo via Internet.

O alemão Kai Lehman e seu filho; a família está isolada em seu apartamento desde antes do decreto da quarentena oficial. Foto: arquivo pessoal

Apesar de considerar que as crianças se adaptam melhor a esse tipo de mudança na rotina do que os adultos, Lehmann afirma que a família tem dado um jeito de ajudar os filhos na hora do estudo e das atividades recreativas em um ambiente reduzido.

Segundo o professor, a esposa vem tendo trabalho para auxiliar o filho nas tarefas e a filha, que tem atividades o dia todo quando está na creche, tem que se ocupar sozinha em algumas diversões diárias.

"Fazer as brincadeiras com eles aqui é obviamente difícil, mas a gente está nessa situação há três meses, então ganhamos experiência e a aplicamos agora", cita o alemão, que realça certa aflição por alguns familiares na Alemanha, mas comemora o fato de os pais, que moram na capital Berlim, estarem bem, pois o país conseguiu controlar a pandemia.

"Eles têm respeitado as regras de lá. Minha irmã é professora e o marido dela atua em um hospital e, apesar disso ser o que mais preocupa, eles moram em Bremen e os números estão sob controle", observa.

Ainda de acordo com o professor, o comportamento da população que não cumpre as recomendações das autoridades sanitárias não o surpreende. "É muito mais difícil as pessoas respeitarem uma quarentena quando se ganha muito pouco e tem que sair para trabalhar", analisa.

Segundo Lehmann, a família considerou a possibilidade de deixar o Brasil e ir para a Alemanha e só não fez isso porque a mãe da esposa, que mora no Rio de Janeiro, não conseguiria ser aceita na Europa.

"Recebo mensagens da embaixada alemã pedindo para voltar, informando opções de voo, mas não podemos deixar ela sozinha, essa opção atualmente não existe porque ela não conseguiria entrar na Alemanha", explica.

O governo federal prorrogou por mais 15 dias a restrição da entrada de estrangeiros de qualquer nacionalidade no Brasil em razão da pandemia do novo coronavírus. A decisão segue recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite do último sábado (20).

A restrição excepcional e temporária foi definida pela Portaria Interministerial nº 255/2020, publicada em 22 de maio e que tinha prazo de 30 dias, agora prorrogado. A medida vale para entradas por rodovias ou outros meios terrestres, por via aérea ou por transporte aquaviário.

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O transporte de cargas não será atingido pelas restrições, assim como outras atividades de logística. Também continuam permitidos a execução de ações humanitárias transfronteiriças e o tráfego de residentes fronteiriços em cidades-gêmeas, desde que seja garantida a reciprocidade no tratamento ao brasileiro pelo país vizinho.

A restrição também não se aplica a imigrante com residência de caráter definitivo; profissional estrangeiro a serviço de organismo internacional ou acreditado junto ao governo brasileiro; passageiro em trânsito internacional, desde que não saia da área internacional do aeroporto e que o país de destino admita o seu ingresso; e estrangeiros autorizados pelo governo, portadores de Registro Nacional Migratório e cônjuge, companheiro, filho, pai ou curador de cidadão brasileiro.

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (25) que decidiu antecipar em dois dias a proibição da entrada no país de pessoas estrangeiras que tenham passado pelo Brasil nos 14 dias anteriores à viagem.

A medida da Casa Branca iria entrar em vigor a partir das 23h59 (horário dos EUA) desta quinta-feira (28). A partir de agora, a regra passará a valer neste mesmo horário na terça-feira (26).

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O governo, no entanto, não revelou os motivos para a mudança. O veto só não atingirá pessoas que tenham residência permanente no país ou que sejam pais, irmãos ou cônjuges de norte-americanos.

O veto foi anunciado pelo governo local no último domingo (24). Na oportunidade, a secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, disse que o objetivo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é "proteger" o país.

O chefe de Estado norte-americano já havia proibido anteriormente viajantes com passagens por União Europeia, Reino Unido e China em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Com 374.898 infectados pela Covid-19, o Brasil continua sendo o segundo país do mundo com o maior número de casos da doença, atrás apenas dos Estados Unidos (mais de 1,6 milhão de casos), e o sexto em número de mortes - atrás dos EUA (98.034), do Reino Unido (36.996), da Itália (32.877), da França (28.460) e da Espanha (26.834).

Da Ansa

Nesta segunda-feira (18) foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) a lista de médicos cubanos que voltarão para o Brasil para serem reintegrados ao programa Mais Médicos. Com o início das atividades marcadas para o dia 23 deste mês, os profissionais serão destinados a 10 estados.

Aos estrangeiros, será concedido o "registro único para exercício da medicina", de acordo com a portaria nº 31. Eles vão atender no Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão e Minas Gerais.

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O Ministério da Saúde havia calculado o investimento de R$ 1,4 bilhão para manter todos os profissionais do programa, inclusive os médicos brasileiros. Vale ressaltar que eles atenderão em mais de um hospital e o dimensionamento será organizado pelas secretarias de saúde.

 

O governo brasileiro decidiu estender por mais 30 dias as restrições para ingresso de estrangeiros no Brasil por voos internacionais, independentemente da nacionalidade, como medida para tentar conter o avanço do novo coronavírus no País.

A decisão consta de Portaria Interministerial da Casa Civil, ministérios da Justiça, Infraestrutura e Saúde, publicada em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta tarde. A medida restritiva tinha sido adotada em 27 de março pelo prazo de 30 dias, o que agora é prorrogado por igual período.

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Segundo o texto, a medida atende à recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A restrição não se aplica a brasileiro, nato ou naturalizado; imigrante com residência de caráter definitivo, por prazo determinado ou indeterminado, no território brasileiro; profissional estrangeiro em missão a serviço de organismo internacional, desde que devidamente identificado; funcionário estrangeiro acreditado junto ao Governo brasileiro; estrangeiro que seja cônjuge, companheiro, filho, pai ou curador de brasileiro; cujo ingresso seja autorizado especificamente pelo Governo brasileiro em vista do interesse público; e portador de Registro Nacional Migratório; ao transporte de cargas; passageiro em trânsito internacional, desde que não saia da área internacional do aeroporto e que o país de destino admita o seu ingresso; e pouso técnico para reabastecer, quando não houver necessidade de desembarque de passageiros das nacionalidades com restrição.

O veto não impede ainda o ingresso e permanência da tripulação e dos funcionários de empresas aéreas no País para fins operacionais, ainda que estrangeira.

O descumprimento das medidas restritivas implicará ao agente infrator: responsabilização civil, administrativa e penal; repatriação ou deportação imediata; e inabilitação de pedido de refúgio.

A portaria abre exceção ao estrangeiro que estiver em um dos países de fronteira terrestre e precisar atravessá-la para embarcar em voo de retorno a seu país de residência, desde que seja dada autorização da Polícia Federal.

Ainda que os efeitos da Covid-19 assustem a maior parte do mundo, um grupo de turistas violou a recomendação de isolamento domiciliar e promoveu uma orgia regada a drogas na cobertura de um edifício de Phuket, na Tailândia. Após denúncias feitas por vizinhos, as autoridades locais encerraram a festa e prenderam os envolvidos.

Ao todo, 14 pessoas foram detidas, dessas nove eram estrangeiras. Apenas cinco mulheres eram nativas, enquanto os demais autuados eram três britânicos, um ucraniano, três ucranianas, um australiano e um americano. No imóvel, os policiais também localizaram maconha e cocaína. O país asiático já registrou, pelo menos, 15 mortes em decorrência da Covid-19.

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O governo do Panamá proibirá a partir desta segunda-feira (16) a entrada de estrangeiros que não tenham visto de residência no país.

"A partir das 23h59 de 16 de março, será proibida a entrada no país de estrangeiros e não residentes no Panamá", anunciou no Twitter o presidente do país, Laurentino Cortizo. Segundo ele, todo passageiro panamenho ou estrangeiro residente terá que cumprir isolamento domiciliar por 14 dias.

O governo do Panamá endureceu neste domingo as medidas para conter o avanço do novo coronavírus, e anunciou que o número de infectados subiu para 55, com um morto.

Os Estados Unidos declararam nesta sexta-feira, 31, emergência em saúde pública nacional por causa do coronavírus e anunciaram que irão proibir temporariamente a entrada de estrangeiros vindos da China.

De acordo com as autoridades sanitárias do país, as medidas têm como objetivo diminuir o risco de propagação do vírus internamente. Sete casos da doença já foram confirmados nos EUA. Na quinta-feira, o governo americano anunciou o primeiro caso de infecção em um cidadão que não esteve no país asiático, o que indica transmissão interna do vírus.

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De acordo com o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, o veto a entrada de estrangeiros que estiveram na China começa a valer no próximo domingo, 2, e será voltado para os visitantes que tenham viajado à China nos 14 dias anteriores.

A decisão do governo americano contraria a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que orientou os países a não adotarem medidas restritivas de viagem e comércio. O país poderá ser convocado pela agência a justificar por que tomou tal decisão. A organização já havia declarado emergência em saúde pública de interesse internacional por causa do risco de surto global da doença.

Em todo o mundo, o coronavírus já infectou quase 10 mil pessoas, das quais pelo menos 2598 morreram. Mais de 20 países já confirmaram casos da doença. No Brasil, não há casos confirmados, mas o Ministério da Saúde investiga 12 possíveis infecções.

O presidente Jair Bolsonaro revogou o Decreto 3.447/2000, que delegava ao ministro de Estado da Justiça, atualmente Sérgio Moro, a competência para resolver sobre a expulsão de estrangeiros do País e a sua revogação. A decisão de Bolsonaro está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (23), por meio de outro decreto (10.208/2020) que também é assinado por Moro.

A expulsão de estrangeiros é competência do presidente da República, mas desde maio de 2000 estava sob a responsabilidade dos titulares que passaram pela pasta da Justiça por determinação do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

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A decisão acontece na semana em que o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, foi denunciado pelo Ministério Público Federal no âmbito da Operação Spoofing, que apura a invasão de aplicativos de mensagens de autoridades brasileiras, entre elas o ministro Moro.

Integrantes da cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) ouvidos pelo Estado/Broadcast avaliam que não há empecilhos legais para Glenn ter se tornado alvo de denúncia do Ministério Público Federal (MPF), mesmo sem ser formalmente investigado na Operação Spoofing.

De acordo com o Estatuto do Estrangeiro, uma pessoa de outra nacionalidade pode ser expulsa do País se "atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais".

Expulso, o estrangeiro está impedido de retornar ao País. Caso descumpra, incidirá no crime previsto no artigo 338 do Código Penal (reingresso de estrangeiro expulso), que sujeita o estrangeiro à pena de reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de nova expulsão após o cumprimento da pena.

Segundo o Ministério da Justiça, a expulsão, via de regra, ocorre quando um estrangeiro comete um crime no Brasil e é condenado por sentença transitada em julgado que tenha pena de no mínimo dois anos.

Fases do processo

1º - O juiz, a Polícia Federal ou o Ministério Público informam o Ministério da Justiça a prisão ou a condenação de qualquer pessoa estrangeira que tenha cometido crime, para que seja feita a análise de abertura de processo administrativo para fins de expulsão.

2º - Após abertura de processo, por despacho do Diretor do Departamento de Estrangeiros, é determinada a instauração de inquérito policial administrativo para fins de expulsão (IPE).

3º - É concedido o direito constitucional da ampla defesa ao estrangeiro.

4º - O estrangeiro não será expulso se tiver cônjuge brasileiro do qual não esteja divorciado ou separado, de fato ou de direito, e desde que o casamento tenha sido celebrado há mais de 5 anos; ou filho brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa economicamente.

5º - Após o Ministério da Justiça receber o referido inquérito, e for verificado que o mesmo se encontra devidamente instruído, será feita a análise de mérito, objetivando verificar se o estrangeiro não se encontra amparado pela legislação brasileira.

6º - Caso se verifique que o estrangeiro seja passível de expulsão, será encaminhado um parecer conclusivo ao Ministro da Justiça, que determinará sobre a expulsão por Portaria. Com o decreto de hoje, caberá ao presidente da República dar a canetada final.

O governo está atrás de 40 empresas estrangeiras para ingressar no mercado brasileiro para aumentar a concorrência e baratear o preço das passagens. Hoje, os voos nacionais são concentrados em três empresas: Azul, Latam e Gol.

A abertura para esse tipo de ação foi dada pela medida provisória, convertida em lei, que autorizou áreas com 100% de capital estrangeiro a operarem no mercado doméstico. "Estamos trabalhando para que boa parte dos aviões que estão vindo para a América Latina em 2020, venham para o Brasil", disse o chefe da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Ronei Saggioro Glanzmann.

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Apesar da manutenção da cobrança pelo despacho da bagagem e o fato de o Estado de São Paulo ter reduzido o ICMS do combustível de aviação, Glanzmann admite que a saída da Avianca no mercado doméstico tornou o ano mais difícil para o setor. "A empresa tinha 14% em média do mercado doméstico, mas em algumas áreas específicas ela tinha mais da metade", afirma.

Com a redução da oferta de voos no País decorrente da crise da Avianca Brasil, os preços das passagens aéreas nas principais rotas da companhia registram altas de até 140%.

O governo considera que o processo mais avançado de ingresso de estrangeiras é o da Air Europa. A autorização está em curso na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A eventual entrada da empresa, no entanto, pode esbarrar na compra da Air Europa pelo International Airlines Group (IAG).

"Estamos acompanhando o movimento deles. Acho que deram uma parada na discussão por ora, mas estão na nossa mira para retomarmos o assunto. Enquanto isso, fizeram um acordo com a Gol para operar a distribuição no País", disse Glanzmann.

Pelo acordo fechado com a Gol, a Air Europa voará de São Paulo, Recife, Salvador e Fortaleza para outras 20 cidades do Brasil, segundo a Anac. Os voos terão início em janeiro de 2020: "isso sinaliza que o mercado brasileiro é estratégico".

Low Cost

Com a permissão da cobrança do despacho de bagagem estabelecida no mercado, o Brasil ficou mais atrativo para as chamadas companhias "low cost", de baixo custo. Atualmente, três delas já atuam no Brasil: Norwegian, Sky Airlines e Flybondi.

A JetSmart deve iniciar em 27 de dezembro a rota Santiago - Salvador. A Sky também iniciará rota nova (Santiago - Salvador) em 26 de dezembro, e a Flybondi planeja dois novos trajetos: no dia 20 a rota Buenos Aires - Florianópolis e a partir de março a rota Buenos Aires - Porto Alegre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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