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Circula nas redes sociais a informação falsa de que acontece, no Recife, campanha de vacinação contra Febre Amarela. O boato é que a imunização começou na quarta-feira (15) e ocorreria por uma semana, até a quarta-feira (22), em todas as Unidades de Saúde da Família do município. 

Como consta no site da Prefeitura do Recife, a probabilidade de a doença chegar à capital pernambucana é pequena e, portanto, a recomendação do Ministério da Saúde permanece que a vacinação ocorra apenas para pessoas que vão viajar para áreas de risco.  

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Os casos de febre amarela apareceram em Minas Gerais (MG), que já contabiliza 101 mortes só em 2017, e no Rio de Janeiro (RJ), onde foram confirmadas, na sexta-feira (17), as primeiras mortes de macacos pelo vírus

O Rio teve as primeiras mortes de macacos por febre amarela confirmadas pela Secretaria de Estado de Saúde. Os animais foram encontrados em áreas rurais de São Sebastião do Alto, na Região Serrana, e Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.

Os moradores da Região Serrana começam neste sábado (18) a receber a vacina da febre amarela, numa campanha pata imunizar toda a população, a exemplo do que foi feito em Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea. Ali foram imunizados 75% dos 42 mil moradores em dois dias de campanha, depois da morte de um pedreiro por febre amarela na cidade.

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O movimento para se vacinar contra febre amarela no hospital de campanha montado pela Secretaria de Estado de Saúde, no centro de Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea do Rio de Janeiro, entrou madrugada adentro nesta sexta-feira (17).

Alertados pela confirmação de que a primeira morte pela doença no Estado é de um morador da zona rural da cidade, os moradores locais e de municípios vizinhos correram para garantir vacina. O temor era de que as doses não fossem suficientes para atender toda a população.

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Os casos de febre amarela na cidade assustaram a população e houve uma corrida aos postos. Entre quarta-feira (15), quando os casos de febre amarela foram confirmados, e às 15h desta quinta-feira, 16, 17 mil pessoas foram imunizadas. Novas remessas da vacina chegaram de helicóptero no fim da tarde.

Perto de meia-noite, estavam na fila estudantes que voltavam das aulas no campus da Universidade Federal Fluminense, funcionários da Autopista Fluminense, a concessionária que administra trecho da BR-101 e moradores que não conseguiram se vacinar pela manhã - ou que não puderam esperar nas longas filas que se formaram nos postos de saúde da cidade desde cedo.

Entre o choro de crianças, com medo da vacina, e a conversa de quem esperava para receber uma dose do imunizante, um jovem de Barra de São João, distrito de Casimiro de Abreu, desmaiou logo depois de tomar a vacina. Segundo informações de uma enfermeira que o socorreu, ele havia passado a tarde ensaiando em uma banda, estava sem se alimentar dede cedo e teve uma crise de hipoglicemia. Foi levado de ambulância para o Hospital Municipal de Casimiro de Abreu, onde recebeu soro. O nome dele não foi divulgado.

A professora de música Ester dos Santos Couto, de 56 anos, contou que decidiu se vacinar quase de madrugada depois de procurar pela vacina em três postos durante a tarde e não encontrar. "Em uma das filas, eu cheguei a ficar mais de uma hora esperando as doses. A melhor coisa foi procurar o hospital de campanha a essa hora. A fila está bem menor", afirmou.

O operador de pedágio Rômulo Marchi Veloso, de 22 anos, combinou com os colegas de trabalho para se vacinarem depois do expediente, encerrado às 22h. "Estamos todos muitos preocupados. Temos um sítio em Córrego da Luz, onde ocorreram os primeiros casos, e vamos evitar de ir para lá".

A estudante de psicologia da UFF/Macaé Neusi Mozer, de 43 anos, havia tentado se vacinar pela manhã. "Estava um caos, as filas nos postos de saúde eram imensas", contou. Ela aproveitou a fila pequena do fim da noite para se imunizar. "Meu filho mais moço está em São Paulo e já vai vir de lá vacinado", disse.

Técnicos do município contaram ter vacinado moradores do Rio de Janeiro, São Gonçalo, Rio Bonito e Rio das Ostras, que viajaram a Casimiro de Abreu para garantir a dose da vacina.

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O centro municipal de saúde Píndaro de Carvalho Rodrigues, na Gávea, zona sul do Rio, teve longas filas nesta quinta-feira, 16, no dia seguinte à confirmação de dois casos de febre amarela no Estado do Rio, sendo uma morte. Algumas pessoas esperaram até cinco horas para conseguir a vacinação.

É o caso da diarista Maria Valdelice Cardoso, 38, que chegou por volta das 8h, mas foi imunizada pouco depois das 13h. No período da manhã, foram distribuídas 100 senhas, que esgotaram por volta das 8h. Foi feita mais uma distribuição de 100 senhas às 12h30.

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"Tirei o meu dia de trabalho para isso. Queria ter tomado antes, mas só era permitido para quem fosse viajar para áreas de risco. Fiquei assustada com a morte e decidi que não dava mais para esperar", afirmou. Maria reclamou de ter precisado faltar ao trabalho. "Tem muita fila, fica todo mundo cansado, especialmente as crianças, que ficam irritadas, chorando".

A babá Marta Roberta da Silva, de 34 anos, chegou às 10h, junto com o menino de quem toma conta, de 9 anos. O pai dele os acompanhou. "Dizem que o risco da doença chegar à cidade do Rio é mínimo, mas a população está apavorada depois da confirmação da morte. Até então não tinha caso perto", disse ela, que conseguiu a senha 51 para vacinação no período da tarde.

Também babá, Raphaelle Gomes, de 26 anos, se vacinou nesta quinta. Ela trabalha no Rio de segunda a sexta, mas viaja todos os finais de semana para Leopoldina, em Minas Gerais. Na cidade mineira, faltou vacina por cerca de dois meses, mas recentemente chegou reforço.

"Sei que estou em risco, que deveria vacinar faz tempo, mas a gente vai adiando. Foi desleixo, mas agora que chegou no Rio também não dava mais para adiar".

Diante dos 36 casos suspeitos de febre amarela no Rio de Janeiro, a Secretaria de Saúde do Estado confirmou, nesta quarta-feira (15), novos dois casos da doença e uma morte. O registro foi feito no município de Casimiro de Abreu, cuja vítima foi o pedreiro Watila Santos, de 38 anos. 

De acordo com a Secretaria de Saúde, o homem deu entrada no Hospital Municipal Ângela Maria Simões Menezes, em Casimiro de Abreu, no último final de semana, mas faleceu poucas horas após chegar à unidade. Os seus sintomas eram fortes dores de cabeça e no corpo, febre, falta de ar e taquicardia. Ainda segundo informações, ele não havia tido contato com nenhuma área de risco de contágio.

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O jornal O Globo apontou para o depoimento da sobrinha de Watila. Ela contou que o tio havia procurado ajuda médica por três vezes. Além disso, ainda informou sobre as condições de moradia do pedreiro cuja residência era dividida por cerca de 30 pessoas, em área precária e com muitos mosquitos. 

O Rio de Janeiro anunciou que vai estender para toda a população do Estado a vacinação contra a febre amarela. O início do reforço na imunização deve ocorrer a partir da última semana de março. Atualmente, a vacinação no Estado ocorre apenas em 30 municípios localizados nas divisas com Minas Gerais e Espírito Santo, onde há casos confirmados da doença.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que solicitou na última semana ao Ministério da Saúde a inclusão do Estado na área de recomendação da vacina. A estratégia é expandir a vacinação como medida preventiva - nenhum caso recente da doença foi registrado no território fluminense.

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A estimativa é que toda a população do Estado seja imunizada até o fim do ano, com exceção das contraindicações. A SES calcula que serão necessárias 12 milhões de doses. Para a primeira etapa, já foram solicitadas 3 milhões de doses ao Ministério da Saúde.

"O Estado do Rio já vem adotando medidas preventivas, como a vacinação da população das cidades que estão próximas às divisas com os Estados onde há confirmação de casos, estratégia que vem se mostrando eficiente uma vez que não há nenhum registro de caso da doença em humanos até o momento", afirmou o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Junior, em nota.

A equipe de Vigilância em Saúde do Estado vem acompanhando a evolução do cenário epidemiológico no País. "(Isso) para que possamos fazer avaliações constantes e dessa forma, continuar nos antecipando, com foco na proteção da população fluminense", disse o secretário.

Segundo a SES, todos os 92 municípios do Rio terão estoques abastecidos para organizarem suas campanhas de acordo com as capacidades operacionais e de armazenamento de cada um. A estimativa é que 1,5 milhão de pessoas sejam imunizadas por mês e, assim, até o fim do ano, o Rio alcance 90% da cobertura vacinal, dentro do público com indicação para a imunização. "Todos os municípios serão orientados por equipes técnicas da SES para organização de suas campanhas de vacinação", informou.

"A expansão da indicação da vacina para todo o Estado é continuidade das ações preventivas que estamos adotando desde o início do ano, com base no cenário epidemiológico dos Estados vizinhos", disse Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES. Ele afirmou ainda ser fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos às contraindicações da vacina e aos possíveis efeitos adversos.

A subsecretaria de Vigilância em Saúde também orientou os 92 municípios do Estado quanto à nova definição para casos suspeitos. Nela, as prefeituras devem intensificar a vigilância por meio da notificação de todo evento suspeito, visando a detecção precoce e resposta coordenada dos serviços de saúde pública aos possíveis casos.

"Para tornar o sistema de vigilância epidemiológica mais sensível, devem ser notificados para fins de investigação os casos de indivíduos com febre com até sete dias de duração, acompanhada de dois ou mais dos seguintes sinais e sintomas: cefaleia, mialgia, artralgia, vômitos, icterícia e manifestações hemorrágicas, residente ou procedente nos últimos 15 dias de áreas de transmissão de febre amarela", diz a secretaria em nota.

Um macaco encontrado morto por traumatismo craniano há uma semana, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, reforçou a suspeita de que esses animais estão sendo caçados e abatidos por serem depositários do vírus da febre amarela. Com ele, já são 25 os primatas que morreram neste ano no município e a maioria pode ter sido executada - 15 a pedradas e pauladas, quatro atados com cordas e um carbonizado. Apenas um deles estava doente. Pelo menos outras nove cidades têm casos semelhantes ou denúncias.

O risco de matança de macacos por medo da febre amarela já mobiliza os órgãos públicos. O 4.º Batalhão da Polícia Militar Ambiental intensificou a vigilância em áreas de matas com a presença de macacos. Em Severínia, foram achados espécimes mortos com ferimentos suspeitos na Matinha do Rubião. De 22 primatas que habitavam a área, restam oito. Um macaco encontrado morto no bairro Santa Rita, em Franca, na terça, pode ter sido vítima da ação humana, segundo a prefeitura.

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A Polícia Ambiental de Bauru, que atende 39 municípios, recebeu denúncias da presença de caçadores em matas. Um suspeito foi detido com armas e munição em Arealva. Depois que um jovem de 17 anos adoeceu em Santa Cruz do Rio Pardo, cinco macacos foram encontrados mortos no Bairro Cachoeira, onde o rapaz teria sido contaminado. Dois deles apresentavam ferimentos.

Em Américo Brasiliense, onde uma idosa morreu com febre amarela após contrair a doença em uma mata local, também houve denúncias, não confirmadas, de ataques a macacos. A diretora de Saúde, Eliana Marsili, fez um apelo para que a população não se voltasse contra os animais. "Os macacos são nossas sentinelas, nos avisam quando o vírus está circulando."

Segundo Danilo Teixeira, presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia, todos os primatas são suscetíveis ao vírus da febre amarela, sendo os bugios (gênero Alouatta), alguns saguis (Callithrix) e micos (Cebus) os mais sensíveis, podendo morrer da doença. "Eles são tão vítimas da febre amarela quanto os seres humanos. São hospedeiros do vírus, como nós somos também. Mas quem transmite são os mosquitos", ressaltou."O ser humano só se contamina quando entra na mata. Ali está exposto a ser picado."

Investigação

Em Ribeirão Preto, dos 35 macacos achados mortos neste ano, entre eles uma família de bugios, 5 tinham a doença. Outros resultados são aguardados. De acordo com o secretário de Saúde, Eleuses Paiva, cada vez mais são registradas causas externas para as mortes. Um deles, por exemplo, foi carbonizado e outro sofreu traumatismo.

Fora da região onde se concentram os casos de febre amarela no Estado, também há indícios de caça aos macacos. Um espécime foi resgatado com ferimentos em Ferraz de Vasconcelos, região metropolitana de São Paulo, mas acabou morrendo. Os exames indicaram que a doença não foi a causa da morte. Em São Roque, dos três macacos achados mortos, um óbito foi consequência de ferimentos que podem terem sido causados pelo homem.

De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado, de janeiro de 2016 a 14 de fevereiro de 2017 foram registradas 228 epizootias (situação de adoecimento ou óbito) para febre amarela entre macacos, sendo confirmados 32 casos da doença em primatas nas regiões de Ribeirão Preto, Barretos, Franca, São José do Rio Preto e Sorocaba.

Em Minas Gerais, a matança de macacos levou a Polícia Militar a divulgar um comunicado, alertando que matar animal silvestre é crime ambiental punido com prisão sem direito à fiança e multa. "Com a eliminação dos macacos, cada vez mais os mosquitos se aproximam do homem, espalhando ainda mais a doença", diz o texto do informe. Em Simonésia, houve denúncia de mortes de primatas por tiros e envenenamento.

Alerta

Até quinta-feira (2) foram notificados 1.411 casos suspeitos da doença no País. Há 915 sob investigação e 352 (24,9%) confirmados. Das 224 mortes em análise, 113 foram confirmadas. Minas Gerais, foco do surto, tem 1.088 notificações em 87 cidades e 92 óbitos confirmados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde que registrou a primeira morte por febre amarela no Estado de São Paulo, em janeiro deste ano, a cidade de Américo Brasiliense, com 38,2 mil habitantes, está em guerra contra o vírus. Dois meses após o óbito, o Departamento de Saúde registra 3,5 mil domicílios visitados e 2,4 mil pessoas vacinadas apenas na área urbana. Na zona rural, onde aconteceu a contaminação, equipes foram de casa em casa e aplicaram 130 vacinas.

Desde janeiro, a prefeitura retirou 150 caminhões com possíveis criadouros de mosquitos transmissores da doença, entre eles o Aedes aegypti, responsáveis também pela contaminação de dengue, zika e chikungunya. Cartazes de alerta foram espalhados pelo município. Grande parte desse trabalho é feita por voluntários, segundo a diretora de Saúde do município, Eliana Marsili. "Mais de 150 pessoas se apresentaram para nos ajudar", conta.

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No retorno das aulas, a campanha contra a doença entrou nas escolas. Os alunos foram desafiados a fazer trabalhos sobre a febre amarela e a levar o conteúdo para os pais. "Está sendo uma operação de guerra. Tivemos até ajuda da Força Nacional. O resultado é que não tivemos nenhum outro caso", disse.

Cachoeira

A única vítima da febre amarela, Luíza Pires de Oliveira, de 68 anos, moradora do bairro urbano Santa Terezinha, morreu em 3 de janeiro, depois de apresentar os sintomas da doença. No dia do Natal, após o almoço, ela foi até a Cachoeira do Pirapora, na zona rural da vizinha Santa Lúcia. O mal-estar começou no dia seguinte.

Com dor de cabeça, febre e vômito, ela foi levada a um hospital e submetida a exames de sangue e urina. Na sequência, foi diagnosticada com suspeita de dengue. Como não melhorava, foi transferida para um hospital em Araraquara. "Ela foi direto para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e não saiu com vida", diz a filha Regina Garcia. Só então Luíza, viúva, mãe de 11 filhos, foi diagnosticada com febre amarela. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nos últimos dois dias, mais sete pessoas morreram em decorrência da febre amarela e as autoridades municipais de Saúde municipais confirmaram mais 20 casos da doença nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.

Segundo balanço divulgado hoje (17) pelo Ministério da Saúde, desde o início do ano, dos 200 óbitos suspeitos de febre amarela notificados, 89 foram confirmados, 108 continuam sob investigação e três foram descartados. As mortes provocadas pela febre amarela ocorreram em Minas Gerais (77), Espírito Santo (9) e em São Paulo (3).

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Ao todo, 1.258 casos suspeitos de febre amarela foram notificados este ano, sendo que 263 foram confirmados, 882 seguem sendo investigados e 113 foram descartados. Do total de registros, 1.032 foram em Minas, 163 no Espírito Santo, 16 em São Paulo, 15 na Bahia, 6 no Tocantins e um caso foi notificado no Rio Grande do Norte.

Para tentar conter o avanço da febre amarela no país, o Ministério da Saúde enviou 12,7 milhões de doses extras da vacina contra a doença para os estados com registros de casos e para localidades na divisa com áreas que tenham casos notificados.

Até o momento, Minas Gerais recebeu 5,5 milhões de doses extras do imunizante, São Paulo, 2,75 milhões de doses; Espírito Santo, 2,5 milhões; Rio de Janeiro, 1,05 milhão e a Bahia, 900 mil. O montante, segundo o ministério, é um adicional às doses de rotina do Calendário Nacional de Vacinação, enviadas mensalmente aos estados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cai de forma importante o número de novos casos confirmados de febre amarela no Brasil. Mas alerta que um monitoramento da situação pelas próximas semanas será necessário antes de declarar que o surto já não seria mais um risco. Por enquanto, a OMS mantém sua recomendação para que turistas sejam vacinados antes de ir a determinadas áreas de risco no Brasil.

Dados publicados nesta sexta-feira, 17, apontam que, na segunda semana de 2017, um total de novos 80 casos foram confirmados no Brasil em relação aos sintomas. A taxa caiu para 50 na semana seguinte, 20 na quarta semana do ano e menos de cinco na atual semana examinada.

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"Seguindo a distribuição de casos por semanas epidemiológica e por Estados, uma tendência decrescente é observada", apontou o documento da OMS feito em colaboração com a Organização Pan-Americana de Saúde. Cautelosa, as entidades apontam que "será necessário continuar a monitorar a situação para determinar se essa tendência vai persistir nas próximas semanas".

De acordo com a OMS, entre 1º de dezembro de 2016 e 15 de fevereiro de 2017, um total de 1.236 casos foram registrados de febre amarela no Brasil. 243 foram confirmados, 108 descartados e 885 ainda estão sob exame. 197 mortes foram contabilizadas, com uma taxa de fatalidade de 34% para os casos confirmados. Apesar de a febre amarela ser endêmica no Brasil, o número de casos no atual surto é superior às décadas precedentes.

Mas, no que se refere aos casos suspeitos, o número de registros continua a aumentar e por isso a cautela da OMS. Até o dia 8 de fevereiro, um total de 1.060 casos foram identificados, dos quais 765 estavam ainda sendo examinados. Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins registraram casos.

Expansão

Além do Brasil, a OMS aponta que Colômbia, Peru e Bolívia registraram casos suspeitos e que o risco de proliferação continua, conforme o jornal "O Estado de São Paulo" revelou há duas semanas. No caso boliviano, os exames confirmam pelo menos um caso de um turista na região de Caranavi. "Durante o período de infecção, o caso viajou para fora da Bolívia", alerta, lembrando que a febre amarela é endêmica no país andino mas que, desde 2013, apenas casos esporádicos têm sido registrados.

Outro risco que continua é o da transmissão por animais, principalmente no Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai.

Em uma outra recomendação, a OMS também alertou que as amostras biológicas devem ser consideradas como "potencialmente infecciosas". Segundo a entidade, "todos os funcionários de laboratórios devem estar vacinados e usar equipamentos de proteção".

O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 13,8 milhões aos fundos de Saúde dos Estados e dos municípios para que intensifiquem a vacinação contra febre amarela. A portaria que libera o recurso está publicada no Diário Oficial da União (DOU).

A transferência será feita em parcela única e alcança municípios dos Estados da Bahia (R$ 394 mil), Espírito Santo (R$ 1,6 milhão), Minas Gerais (R$ 8,9 milhões), Rio de Janeiro (R$ 921 mil) e São Paulo (R$ 1,9 milhão).

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a turistas estrangeiros que estejam pensando em viajar a áreas de risco no Brasil para o carnaval que tomem vacinas contra a febre amarela dez dias antes de embarcar. Em um comunicado publicado nesta quarta-feira (15) em Genebra, na Suíça, a entidade ampliou as "áreas de risco" da doença no Brasil, incluindo novos municípios dos Estados da Bahia, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

A OMS aponta que "atualmente não existe evidência de transmissão do vírus da febre amarela nas grandes áreas metropolitanas da costa leste, como Rio, Salvador ou São Paulo". As novas recomendações, porém, foram feitas "diante da situação que se desenvolve" e considera que turistas "nas próximas semanas podem fazer tours fora das principais cidades".

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Segundo a OMS, o visitantes devem ser vacinados dez dias antes de viajar e uma só dose é considerada como suficiente para garantir imunidade. Para pessoas com contraindicações em relação à vacina, a OMS sugere que um médico seja consultado. Isso inclui crianças com menos de 9 meses, mulheres grávidas, que estejam amamentando ou pessoas acima de 60 anos de idade.

Uma vez no Brasil, o turista deve tomar "medidas para evitar picadas de mosquito", conhecer os sintomas da febre amarela e, caso desenvolva algum mal-estar, procurar imediatamente um médico. "A transmissão da febre amarela continua em expansão em direção à costa atlântica do Brasil, em áreas que não eram consideradas de risco para a febre amarela antes da revisão realizada pela OMS, no final de janeiro de 2017", explica o comunicado da entidade.

No caso da Bahia, a OMS aponta que as áreas novas de risco de febre amarela incluem os municípios de Alcobaça, Belmonte, Canavieiras, Caravelas, Ilhéus, Itacaré, Mucuri, Nova Viçosa, Porto Seguro, Prado, Santa Cruz Cabrália, Una, Uruçuca, Almadina, Vereda, Vitória da Conquista e uma dezena de outras. 

Já no Espírito Santo, o Estado inteiro é considerado como área de risco, com a exceção da zona urbana da capital, Vitória.

Para o Estado do Rio, o risco está associado com municípios que fazem fronteira com Minas Gerais e Espírito Santo, como Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Miracema, Campos dos Goytacazes e São João da Barra.

A prefeitura de Belo Horizonte interditou parque da região oeste da cidade onde um macaco foi encontrado morto nesta segunda-feira, 13. Exames serão feitos para determinar se o animal foi vítima de febre amarela. Óbitos de primatas não humanos pela doença são considerados pelas autoridades sanitárias como um indício de que pessoas também possam vir a ser contaminadas.

Minas Gerais vive surto da doença desde janeiro. Até o momento, ao longo de 2017, foram registradas 69 mortes por febre amarela no Estado. Todos os casos, até o momento, ocorreram em áreas consideradas rurais.

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Além de interditar o parque, chamado Jacques Cousteau, a prefeitura decidiu ainda reforçar a vacinação contra a doença na região oeste e ampliar o combate ao mosquito Aedes aegypti, que pode transmitir a febre amarela em áreas urbanas.

A maior parte das mortes pela doença em Minas foi registrada nas regiões leste do Estado e no Vale do Mucuri. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, 258.402 moradores da cidade já foram vacinados contra a febre amarela. Em todo o ano passado, o total de imunizados foi de 140 mil.

Em todo o mundo, 254 países são signatários do chamado Regulamento Sanitário Internacional (RSI). Desses, 152 exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (Civp) – a maioria, na América do Sul, América Central, África, Ásia e no Oriente Médio, além de ilhas localizadas no Caribe e na Oceania.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mesmo com o surto da doença no Brasil, não há nenhuma novidade ou mudança de status do país em relação ao risco sanitário junto à Organização Mundial da Saúde. Os casos, atualmente, estão concentrados nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Bahia.

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“O Brasil já tinha febre amarela e também exige o certificado. Não há qualquer ação restritiva por parte dos países signatários do RSI e, portanto, do Civp”, informou a entidade. A orientação é que todo viajante consulte no portal da agência,  por meio do link Verifique as orientações para o país de destino, se o país ou os países a que se destina exigem o certificado.

“A lista é variável e pode ser alterada dependendo do contexto epidemiológico mundial”, concluiu a Anvisa.

Um macaco foi achado morto no interior da Escola Estadual Cardeal Leme, na região central de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. A suspeita de febre amarela levou a Secretaria Municipal de Saúde a iniciar a vacinação de 450 alunos nesta terça-feira, 14. O animal foi encontrado agonizando no pátio da escola na última sexta-feira, 10. Recolhido pela Polícia Ambiental, o primata não resistiu.

Amostras de sangue foram enviadas para análise no Instituto Adolfo Lutz, mas os resultados ainda não ficaram prontos.

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No sábado, 11, a escola de ensino fundamental e médio passou por nebulização, assim como as ruas do entorno. No retorno às aulas, na segunda-feira, 13, os estudantes das 14 classes que funcionam em período integral foram avisados para se apresentarem com as carteiras de vacinação.

A vacina está sendo aplicada por enfermeiros e agentes de saúde. De acordo com a Secretaria, os moradores e frequentadores do entorno da escola, que ainda não estão imunizados, também receberão a vacina.

A preocupação se deve ao fato de que dois dos dez macacos achados mortos neste ano na cidade estavam contaminados pelo vírus da febre.

Em Catanduva, na mesma região, foram achados dez macacos mortos e três moradores apresentaram sintomas da doença - os casos são investigados. O único caso de óbito de pessoa por febre amarela na região foi registrado em Bady Bassit, cidade vizinha, em abril do ano passado. A vítima, um homem de 38 anos, fazia trilhas em matas e teve contato com macacos.

O número de notificações de febre amarela já supera a marca de mil. Até esta quarta-feira (8), foram contabilizados 1.065 pacientes com sintomas da infecção e 166 morreram. Do total de registros, 215 foram confirmados e 765 estão ainda estão em investigação.

Das mortes suspeitas de terem sido provocadas pela febre amarela, 75 foram confirmadas, 3 foram descartadas e as demais permanecem em investigação, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Saúde de Minas.

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A maior parte dos casos está registrada em Minas. Foram 908 notificações, com 190 confirmações até o momento. Embora expressivamente menor do que os indicadores mineiros, outros Estados apresentam também números altos quando comparados com epidemias de anos anteriores. Em Minas, as notificações de casos suspeitos foram feitas em 71 cidades.

O Estado do Rio ampliou nesta terça-feira, 7, a área de vacinação preventiva de bloqueio contra a febre amarela. São mais cinco municípios incluídos, localizados na divisa com Minas Gerais: Valença, Rio das Flores, Quatis, Itatiaia e Resende.

A decisão da Secretaria Estadual de Saúde foi tomada com base na avaliação do cenário epidemiológico do Estado vizinho, com o objetivo de criar um "cinturão de imunização" para impedir a entrada do vírus no território fluminense. No total, são 21 cidades neste grupo.

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No dia 25 de janeiro, foi pedida uma remessa de 350 mil doses ao Ministério da Saúde para abastecer os estoques de 16 municípios localizados nas dividas com MG e ES selecionados pela secretaria. A avaliação é de que a entrada do vírus no Rio é pouco provável, mas a secretaria considera que o "cinturão" em áreas consideradas mais vulneráveis é a melhor forma de resguardar a totalidade da população. A eficácia da vacina supera 90%.

Em Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana, Itaperuna, Sapucaia, Três Rios, Paraíba do Sul, Resende e Valença, a vacinação será feita apenas em regiões específicas, não sendo necessária para toda a população. A imunização deve ser feita em pessoas com idades entre 9 meses e 60 anos.

No pior surto de febre amarela já registrado em Minas, 55 pessoas morreram, e outros 78 óbitos estão sendo investigados.

Os casos confirmados de febre amarela subiram para 189 no País, com 68 mortes, segundo boletim desta segunda-feira (6) do Ministério da Saúde. Minas continua a ser o Estado mais afetado pela doença, com 167 confirmações e 59 óbitos.

As cidades mineiras com mais óbitos confirmados são Ladainha (22) e Caratinga (20). Ainda há casos suspeitos em Espírito Santo, São Paulo, Bahia e Tocantins. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Subiu para sete o número de mortes por febre amarela no estado de São Paulo desde o início do ano, segundo a Secretaria Estadual da Saúde. Duas dessas mortes, de casos autóctones, ocorreram nos municípios de Batatais e Américo Brasiliense. Os demais cinco casos de morte são importados, ou seja, as infecções ocorreram fora do estado, todas em Minas Gerais.

As cinco mortes importadas foram de moradores de Santana do Parnaíba, Paulínia e três da capital paulista. Estão em investigação 13 pacientes com sintomas de febre amarela, sendo que cinco podem ser casos autóctones e oito, casos importados de Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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Na semana passada, três pacientes tiveram diagnóstico confirmado para febre amarela, dois em Diadema. Um menino de 11 anos e um homem de 60 anos contraíram febre amarela em viagem a Minas Gerais, mas foram curados e receberam alta médica.

Em Ubatuba, um adolescente de 16 anos também recebeu alta e passa bem. Ele contraiu febre amarela ao viajar para Ladainha, Minas Gerais.

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou ontem (3) a sétima morte por febre amarela em território paulista.

O paciente havia viajado para Minas Gerais, onde provavelmente ocorreu a infecção. Outras quatro vítimas também têm histórico de viagem. Somente dois óbitos foram autóctones, ou seja, com transmissão da doença dentro do Estado. Eles ocorreram em Américo Brasiliense e Batatais.

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As cinco mortes com infecções importadas de Minas foram registradas nos municípios de São Paulo (três casos), Santana de Parnaíba e Paulínia. Há ainda 13 casos da doença em investigação, cinco com provável infecção no interior de São Paulo e oito de pessoas que haviam viajado para outros Estados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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