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A Prefeitura de São Paulo pretende vacinar 2,5 milhões de pessoas contra o vírus da febre amarela. A intensificação da imunização ocorrerá na zona norte da capital, onde fica o Horto Florestal. Na segunda-feira (23), o governo do Estado confirmou que mais quatro macacos foram encontrados mortos no parque, área na qual um animal já havia sido diagnosticado com o tipo silvestre da doença na sexta-feira passada, levando ao fechamento do horto. As autoridades ainda apuram se os macacos foram mortos pela febre.

A corrida aos postos de saúde foi iniciada no sábado, quando começou a vacinação focada em moradores do interior do parque. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Horto e do Jardim Peri, 4,1 mil pessoas foram vacinadas no primeiro dia. Ontem, a fila era de cerca de duas horas na UBS do Horto (mais informações nesta página), com expectativa de imunização de 6 mil pessoas. A dose única está disponível na rede privada, com o preço médio de R$ 162.

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O secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, disse que a situação representa um alerta. "Isso (a morte do macaco) significa um alerta para que a gente programe uma ação de vacinação da população. Inicialmente, vamos fazer essa vacinação em círculos do local que foi encontrado o animal. Vão ser vacinadas 500 mil pessoas dos primeiros 500 metros ao redor do local e, em seguida, nós vamos ampliando esse círculo até completar toda a região norte, que seriam 2,5 milhões de pessoas."

Já o governo do Estado anunciou só a meta de vacinar 1 milhão e não informou sobre a previsão de uma terceira fase de imunização. Há quatro postos oferecendo a vacina - número que deve passar para 57.

Ricardo Barros, ministro da Saúde, disse que as mortes de macacos por febre amarela em São Paulo indicam que um novo ciclo da doença está por vir.

Para atender à demanda da vacinação, a pasta deverá enviar mais 1,5 milhão de doses para a cidade. "É para atender o fluxo da população." Há uma expectativa de que possa ocorrer fenômeno semelhante ao que ocorreu no Rio, quando houve uma corrida para vacinação mesmo em locais onde não era recomendada a vacina.

Dos quatro macacos mortos, dois foram enviados para análises. Os outros dois, em avançado estado de decomposição, não poderão ser avaliados.

Ciclo

"Não temos ciclo urbano da doença desde 1942. Há ocorrências do ciclo silvestre sempre precedidas por casos em macacos. Esse animal é uma importante sentinela para que se faça a sinalização de risco de uma região porque há um medo da reurbanização da doença", explica Carlos Magno Fortaleza, infectologista da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu. Ele diz que, em casos de confirmação de morte pelo vírus, a imunização da população do entorno é suficiente para evitar surto entre humanos. "Os mosquitos não têm autonomia de voo grande."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta segunda-feira (23) que as mortes de macacos por febre amarela registradas em São Paulo indicam que um novo ciclo da doença está por vir. A confirmação da morte de um primata na região do Horto Florestal, na zona norte da capital paulista, um sinal de que o vírus continua a circular, ocorre menos de dois meses depois de a pasta declarar o fim do pior surto da história da doença.

Apesar da proximidade, o ministro da Saúde afirma que sua equipe não se precipitou. "Tecnicamente, não, porque ficamos 90 dias sem registrar nenhum caso e isso indica o encerramento do surto", justificou.

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Na semana passada, foi confirmada em Itatiba, no interior de São Paulo, a morte de uma pessoa em decorrência de febre amarela. O ministro avalia que o novo ciclo da doença deverá ser "enfrentado com mais cuidado". "Estão todos muito mais alertas, e as medidas deverão ser tomadas preventivamente", disse.

Para atender a uma eventual demanda da vacinação, a pasta deverá enviar mais 1,5 milhão de doses para São Paulo. "É para atender o fluxo da população", disse.

Há uma expectativa de que possa ocorrer um fenômeno semelhante ao que ocorreu no Rio de Janeiro, quando houve uma corrida para vacinação mesmo em locais onde não era recomendada a vacina.

Apesar da fala do ministro, a morte de macacos em São Paulo com suspeita de febre amarela nunca deixou de ocorrer. Como o Estado revelou, enquanto o ministério anunciava o fim do surto, o governo paulista se preparava para estender a vacinação contra a doença para regiões mais vulneráveis. A precaução tinha como justificativa justamente a mudança no comportamento da doença.

O coordenador de controle de Doenças do Estado de São Paulo, Marcos Boulos, em entrevista, observava que, em epidemias anteriores, os ciclos eram definidos, com aumento de casos em animais e posterior redução - bem diferente do que ocorreu neste ano. Semanas antes do anúncio do Ministério da Saúde do fim do surto, mortes de macacos já vinham sendo registradas em Gonçalves, na região da Mantiqueira. Também foram feitos registros na região próximo da Rodovia Anhanguera.

Estudos conduzidos pela equipe de vigilância da secretaria estadual mostram que a febre amarela em São Paulo neste ano ocorreu em três grandes frentes no Estado - uma situação atípica. No passado, casos ficavam concentrados em algumas áreas já tradicionais, sobretudo na região oeste. A doença se expandiu e hoje casos são registrados em áreas próximas de Campinas e da Grande São Paulo.

A prefeitura de São Paulo colocou a Secretaria de Saúde em alerta após iniciar investigações para determinar a causa de morte de quatro macacos que foram encontrados na região do Horto Florestal. Segundo os primeiros boletins, a suspeita é de os animais tenham contraído a febre amarela silvestre. No dia 9 de outubro outros dois animais mortos foram levados por equipes de veterinários que confirmaram a contaminação.

Em seu Twitter, o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, afirmou que, apesar de inicialmente o governo estadual informar que 500 mil vacinas estavam disponíveis, cerca de 2,5 milhões de pessoas devem ser imunizadas contra febre amarela em uma ação da prefeitura. Esse número corresponde à população da zona norte e habitantes de seu entorno. O secretário diz ter entrado em contato com o Ministério da Saúde e a entrega das vacinas já está acertado.

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Os parques do Horto Florestal e da Cantareira estão fechados desde sábado e sem previsão de reabertura. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a medida é preventiva e não há motivo para pânico. Para aqueles que visitaram o parque nas duas últimas semanas, é recomendado que procure um posto de saúde para ser imunizado conta o vírus.

A prefeitura de Itatiba, interior de São Paulo, confirmou nesta quarta-feira (18) que a febre amarela causou a morte de um idoso de 76 anos, morador da zona rural do município. É 16ª morte pela doença este ano no Estado, sendo que seis casos são importados, ou seja, os pacientes se contaminaram em outro Estado. De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica (CEV), o paciente morava em área de risco, mas se recusou a tomar a vacina oferecida aos moradores da casa.

Conforme a diretora do CEV estadual, Regiane Aparecida Cardoso de Paula, em razão da morte de macacos na região, que fica na divisa entre Itatiba e Jundiaí, equipes foram fazer a vacinação de casa em casa. "Desde maio a população rural está sendo vacinada. Pela informação que temos, o paciente foi notificado do risco pelo grupo de vigilância epidemiológica do município, mas se negou a tomar a vacina", disse. Um filho da vítima afirmou que seu pai vinha sendo tratado contra pneumonia. A família resolveu levá-lo para o Hospital da Unicamp, em Campinas, onde foi constatada a febre amarela.

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Desde o início de outubro, em razão da morte de macacos pela doença, a Secretaria de Saúde do Estado intensificou as ações contra a febre amarela em 15 municípios da região, em parceria com as prefeituras. O objetivo é imunizar 864 mil pessoas. As cidades passaram a integrar as áreas de risco para a doença no Estado, que agora atingem 460 dos 645 municípios paulistas.

A imunização é indicada apenas para moradores de áreas de risco, definidas pelo Ministério da Saúde, e para aqueles que vão viajar para esses locais", disse Regiane. A vacina pode ser aplicada em crianças com mais de nove meses, mas não é indicada para gestantes, mulheres amamentando e pacientes com baixa imunidade.

Em 2017, já são 21 casos autóctones de febre amarela confirmados no Estado. Desses, dez evoluíram para óbito, incluindo o paciente de Itatiba. Houve ainda seis mortes de pessoas que se contaminaram em Minas Gerais - apenas o óbito foi registrado no Estado de São Paulo. Há ainda quatro casos suspeitos em que os pacientes foram ou estão sendo tratados. Todos os casos são da forma silvestre da doença - não há registro de febre amarela urbana no país desde 1942.

Também foram confirmados 172 casos positivos de febre amarela em macacos, em regiões silvestres de Campinas, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Sorocaba. Nessas regiões, foram feitos bloqueios contra a doença. Os macacos são vítimas de febre amarela e não transmitem o vírus para os humanos. A transmissão é feita apenas pela picada de mosquitos silvestres infectados

Em pleno feriado desta quinta-feira, 12, equipes das pastas de saúde de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo, estavam mobilizadas para vacinar a população contra a febre amarela.

Além de estar disponível nas unidades básicas de saúde, a vacina era levada para áreas rurais, à casa das famílias ainda não imunizadas.

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Um aumento no número de casos positivos de macacos mortos com a doença colocou em alerta a Secretaria de Saúde do Estado. Em vários municípios do interior, a vacinação contra a doença foi retomada ou reforçada.

Em Jundiaí, este ano, dez macacos encontrados mortos tiveram a causa confirmada como a febre amarela. Outros 36 ainda aguardam o resultado de exames. Ao todo, 101 macacos foram achados mortos no município entre o ano passado e este. Não houve casos da doença em humanos, mas a circulação do vírus preocupa.

O maior número de mortes aconteceu no bairro Currupira, na zona rural, onde as equipes estão fazendo a vacinação de casa em casa. Ao total, em Jundiaí, 80 mil pessoas foram vacinadas contra a doença. Quem não recebeu a vacina está sendo convocado a comparecer na unidade básica de saúde mais próxima.

Em razão do risco de febre amarela, a Festa das Crianças, nesta quinta-feira, 12, prevista inicialmente para ser realizada no Parque Currupira, no bairro onde os macacos morreram, foi transferida para o Parque da Uva, próximo da região central.

Em Louveira, 21 macacos foram mortos pelo vírus da febre amarela este ano. Equipes fizeram a vacinação nos bairros rurais que registraram morte. Na área urbana, a vacina está disponível em unidades de saúde. Em Ribeirão Preto, ao menos 113 macacos foram achados mortos este ano e a causa mais provável é a febre amarela. Postos oferecem a vacina de forma permanente.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, 1.354 macacos morreram este ano, com suspeita da doença, em 167 municípios - em 21 foi confirmada a circulação do vírus, constatado em 197 animais mortos. As mortes tinham praticamente cessado a partir de maio, mas voltaram a acontecer desde o início de setembro, principalmente na região de Campinas, onde já foram constatados 188 casos. O ressurgimento de casos levou à retomada na vacinação.

Em humanos, de janeiro à primeira quinzena de outubro, foram 129 casos suspeitos e 50 confirmados, segundo a pasta. Desses, 21 são autóctones e 29 importados. Nove casos autóctones evoluíram para óbito. Há ainda sete mortes em investigação. Dos importados, seis foram a óbito, totalizando 15 mortes no Estado.

O município de Amparo lidera o ranking com cinco casos e três óbitos. Monte Alegre do Sul teve quatro casos e um óbito. Américo Brasiliense teve dois casos autóctones e uma morte.

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (6) que considera encerrada a epidemia de febre amarela no país. Segundo a pasta, desde junho não há comprovação de novos casos. Ao total, foram registrados 777 casos e 261 mortes entre dezembro de 2016 e agosto de 2017.

Nesse período, 2.270 casos suspeitos foram descartados e outros 213 ainda estão sendo investigados.

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Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, ainda é preciso acrescentar a cobertura vacinal em muitos estados – e, por essa razão, o governo resolveu ampliar a cobertura para crianças de nove meses em todo o país.

O Ministro afirmou também que, se for necessário vacinar uma grande quantidade de pessoas em um curso espaço de tempo, existe a possibilidade de fracionar a vacinação. A eficácia do fracionamento está sendo testada pela Fiocruz.

"A situação está sob controle, mas precisamos ampliar a cobertura vacinal, precisamos que todas as áreas de recomendação de vacinação tenham 90% de cobertura, essa é a meta", disse.

Para impedir novos casos, o ministério determinou incluir na vacinação contra febre amarela as crianças de nove meses de todo país. A determinação deve entrar em vigor a partir de 2018.

Segundo o ministério, foi investido o valor de R$ 66,7 milhões para conter o surto no país.

O Brasil voltará a exportar vacinas contra a febre amarela e, em julho, planeja vender para a Organização Mundial da Saúde (OMS) um total de 1 milhão de doses. O volume deve aumentar até o final do ano. A decisão será anunciada publicamente ainda nesta segunda-feira (22) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, que está em Genebra, na Suíça, para reuniões na OMS. Na manhã desta segunda, em um encontro fechado com outros ministros da Saúde de países das Américas, ele já revelou o objetivo de exportação do Brasil.

Entre os dirigentes da entidade internacional, o gesto do Brasil é comemorado. A OMS estima que não conte com vacinas em quantidades suficientes para atender a surtos pelo mundo e, portanto, criou uma espécie de fundo de vacinas que pode ser distribuída em caso de uma emergência. No total, a OMS indica que já despachou para diferentes países africanos mais de 30 milhões de doses de vacinas em 2016.

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A volta da exportação brasileira ocorre dois meses depois que, em resposta ao surto de febre amarela no Brasil, a mesma OMS destinou ao País 3,5 milhões de doses de vacina contra a doença. Elas faziam parte do estoque de emergência controlado pelo Grupo de Coordenação Internacional sobre o Fornecimento de Vacinas.

Segundo a OMS, mais de 18,8 milhões de doses já foram distribuídas pelo governo, enquanto a entidade e outros organismos internacionais mobilizaram 15 especialistas estrangeiros para ajudar a dar uma resposta.

Ainda assim, o volume de vacinas produzidas no Brasil não era suficiente. No dia 14 de março, as autoridades nacionais formalmente solicitaram à entidade 3,5 milhões de doses, que chegaram ao Rio de Janeiro no dia 24 de março para serem usadas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

No Brasil, o governo justificou que o pedido de doses extras era uma estratégia para não reduzir de modo significativo o estoque de imunizantes existente no País. Mas, com o Rio vacinando toda sua população, 15 milhões de doses seriam necessárias.

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) afirmam que o vírus do atual surto de febre amarela apresenta mutação genética inédita.

Os profissionais finalizaram o sequenciamento completo do genoma do vírus e encontraram variações únicas em algumas de suas sequências genéticas. Não existe precedentes destas mutações em registros científicos mundiais.

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Desde o aumento de casos no país, a Fiocruz elabora os primeiros sequenciamentos do vírus. Nos testes, foram utilizadas duas amostras de macacos bugios do Espírito Santo, mortos em fevereiro de 2017. “Os bugios são especialmente importantes nas investigações sobre a febre amarela por serem considerados sentinelas. Como são muito vulneráveis ao vírus, estão entre os primeiros a morrer quando afetados pela doença. Além disso, estes animais amplificam eficientemente o vírus em seu organismo”, diz o veterinário e entomologista Ricardo Lourenço. 

Os resultados da pesquisa foram encaminhados ao Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, do Ministério da Saúde, e também para a comunidade científica internacional, incluindo Estados Unidos, Inglaterra e Itália. Segundo a Fiocruz, “a atual situação de febre amarela tem lacunas de entendimento sobre sua dinâmica de dispersão."

A secretaria estadual de Saúde do Rio confirmou nesta segunda-feira (15) mais duas mortes causadas por febre amarela no Estado, nos municípios de Macaé (norte fluminense) e Silva Jardim (Baixada Litorânea). Com essas já são cinco mortes em razão dessa doença no Estado do Rio desde março. Ao todo, 14 pessoas contraíram febre amarela.

O município com maior número de casos é Casimiro de Abreu: sete moradores da cidade contraíram a doença e um deles morreu. Macaé tem dois casos, com uma morte. Outros cinco municípios registraram um caso cada: São Fidélis, São Pedro da Aldeia (mas o morador contraiu a doença em viagem à zona rural de Casimiro de Abreu), Maricá, Porciúncula e Silva Jardim. As outras três mortes registradas no Estado ocorreram nesses três últimos municípios.

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Segundo a Prefeitura de Silva Jardim, o morador que morreu em função da doença era um idoso de 76 anos que morava no distrito de Aldeia Velha. Ele não havia tomado a vacina contra febre amarela e apresentou os primeiros sintomas em 17 de abril. Levado inicialmente ao Hospital Municipal de Casimiro de Abreu, ele foi transferido depois para o Hospital Federal dos Servidores do Estado, no centro do Rio, onde morreu em 26 de abril.

Após o registro de mais uma vítima de febre amarela no Estado do Rio - um morador da zona rural de Maricá, no Grande Rio -, o governo do Estado decidiu reforçar a vacinação em áreas consideradas estratégicas. Nos próximos dias, a cidade da região metropolitana e as vizinhas a Itaboraí e Saquarema receberão novos lotes da vacina para que seja acelerada a campanha preventiva na região, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.

"Vamos seguir priorizando as áreas onde há confirmação da circulação do vírus e regiões próximas, de acordo com o protocolo de bloqueio", afirmou o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Júnior, em nota oficial. A orientação é imunizar primeiro os moradores de bairros rurais e de locais próximos às matas.

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No Estado, 65 municípios são considerados mais vulneráveis e, por isso, passaram a receber atenção especiais dos governos. A Secretaria Estadual de Saúde diz que, desse total, 47 já receberam doses suficiente para imunizar os habitantes. Desde janeiro, 4,2 milhões de doses foram distribuídas nas 92 cidades fluminenses. A intenção é imunizar os 12 milhões de moradores do Estado até o fim de 2017.

Em Maricá, sete equipes técnicas vão de casa em casa para vacinar os moradores, principalmente, nas áreas de mais difícil acesso. O prefeito Fabiano Horta (PT) afirma que a situação está sob controle e diz, em nota, que a campanha será ampliada em diferentes pontos da cidade. Já na capital fluminense, onde não foi registrado nenhum caso suspeito, o cronograma de vacinação segue inalterado, de forma preventiva, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

O Ministério da Saúde vai adotar a dose única da vacina contra a febre amarela para áreas em que a imunização é recomendada. Com a medida, o país segue orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).  

De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a OMS fez a mesma recomendação em 2014, mas o governo brasileiro consultou sociedades científicas e avaliou que os estudos ainda não eram suficientes para adotar a decisão da entidade. O ministro anunciou, também, que o Ministério da Saúde está preparando a rede pública para um possível fracionamento das doses da vacina. Se adotada, a medida servirá para conter a expansão da doença nas regiões metropolitanas que precisam de bloqueio.

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Essa estratégia é utilizada quando há aumento de casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. “Se houver a ocorrência de casos, além do que nós estamos avaliando hoje, com a mudança do perfil epidemiológico, vamos estar preparados para iniciar a vacinação fracionada”, destacou o secretário de vigilância em saúde, do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante.

O fracionamento já foi adotado no continente africano por recomendação da OMS e foi capaz de interromper a transmissão urbana da doença em 2016, quando 7,8 milhões de pessoas foram vacinadas na República Democrática do Congo.

O Ministério da Saúde liberou, na última semana, R$ 19,2 milhões para intensificar as ações contra febre amarela em 526 cidades afetadas pela doença nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. Além dos municípios, as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) também irão receber o recurso. Os valores deverão ser aplicados em ações de prevenção na área de vigilância para a febre amarela.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (30) que o governo vai disponibilizar a vacina contra a febre amarela para toda a população, mesmo fora das áreas de risco da doença. Segundo ele, as notícias causam um “alarde desnecessário e as pessoas ficam ansiosas e querem se vacinar”.

“Nós vamos dar uma solução para isso, mas não é necessário que a pessoa que está em uma área de não recomendação vá procurar a vacina, ela não está correndo nenhum risco”, disse o ministro.

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Ele alertou ainda que a vacina tem efeitos adversos e que as pessoas que não precisam da dose contra febre amarela, ao se vacinar, estão correndo um risco desnecessário. Barros participou hoje do 3º Encontro da Rede Nacional de Especialistas em Zika e doenças correlatas (Renezika), em Brasília.

“O Rio de Janeiro vacina 4,5 mil pessoas por mês nas unidades durante a rotina e agora está vacinando 6 mil por dia. Então, é preciso dispor dessas vacinas porque as pessoas estão indo nas unidades, embora o Rio de Janeiro não seja uma área de recomendação de vacinação. E para esses casos estamos adotando uma nova estratégia”, disse.

Barros contou que, como não há planejamento para essa demanda espontânea, ele pediu hoje aos secretários de saúde estaduais e municipais que façam um levantamento a respeito das doses necessárias para atender a população. “Essa ansiedade é natural e o ministério entende isso e, embora não esteja no protocolo de vacinação, nós vamos atender. É uma questão de conforto ao cidadão que o Estado vai providenciar”, disse.

Não há previsão de quando as vacinas estarão disponíveis para todos nem da estratégia que será adotada. Segundo Barros, isso dependerá da quantidade de doses necessárias e de um planejamento para não desperdiçar as vacinas.

O ministro contou ainda que a vacinação é universal em 19 estados do Brasil e que o governo estuda, para o ano que vem, vacinar todas as crianças, mesmo onde não há recomendação.

Segundo Barros, não há falta de vacinas nas unidades de saúde das áreas de risco e para a vacinação de rotina, como os casos de viajantes. “Não há falta de vacina, elas estão sendo entregues dentro da cota estabelecida para a vacinação regular e atendimento do protocolo. Mas, se as pessoas buscam mais vacinas, essa cota tá sendo utilizada para isso”, disse.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta terça-feira, 28, que o governo federal está "controlando bem" a febre amarela no País, mas cogita a importação de vacinas, mesmo tendo distribuído 20 milhões de doses extras.

"Estamos controlando bem a febre amarela. Já distribuímos 20 milhões de doses extras de vacina. Estamos com plena capacidade de produção da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Inclusive, se precisar, importaremos vacina. Mas não é o caso", afirmou o ministro, durante um seminário na capital paulista organizado pelo jornal "Folha de S.Paulo".

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A preocupação é que a febre amarela chegue às áreas urbanas. Segundo Barros, o governo tem combatido e controlado os focos em Estados com risco de transmissão, como Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. "Vamos controlando os focos para que não tenhamos a urbanização da febre amarela", disse.

O ministro fez ainda um apelo para que a população de Estados sem risco de contaminação evite correr aos postos de saúde em busca de imunização. "A população tem que entender que, onde não há risco, não há necessidade de correr para o posto de saúde. Senão, teremos uma campanha de vacinação para cobrir pessoas que não estão em risco", explicou.

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio confirmou o sexto caso de febre amarela, nesta segunda-feira, 27. Desta vez, o caso foi registrado no município de São Fidélis, no norte Fluminense. Todos os anteriores foram diagnosticados no município de Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea fluminense.

De acordo com a prefeitura de São Fidélis, a vítima está bem e teve alta hospitalar na última sexta-feira, 24. O município não divulgou o nome do paciente, mas informou que é jovem e morador da região de Vila dos Coroados.

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Ele teria adquirido a doença durante um acampamento em Santa Maria Madalena, na região do Parque dos Desenganos, que fica na divisa entre São Fidélis e Campos. O paciente estava internado no Hospital Armando Vidal desde o dia 16, apresentando febre e dores no corpo.

Segundo a prefeitura, 20 mil pessoas já foram vacinadas contra a doença no município, que tem cerca de 38 mil habitantes. O município também informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que toda a população rural já foi vacinada e, neste mês, a campanha teria se voltado para a área urbana.

Um dos pacientes registrados com a doença em Casimiro, o pedreiro Watila Oliveira dos Santos, de 38 anos, morreu no último dia 11. Foi o único caso de óbito em decorrência da doença no Estado.

No Rio de Janeiro, 213 mil doses da vacina contra a febre amarela foram aplicadas neste sábado, dia de mobilização no município. Todos os moradores foram convocados a participar. Até então, estavam sendo vacinados apenas aqueles com passagem marcada para regiões consideradas de risco. A vacinação contra a febre amarela foi incluída no calendário anual da cidade.

"Essa é uma campanha preventiva. Não temos um caso (de febre amarela) no Rio. O mais próximo foi em Casimiro de Abreu (município fluminense). Não há motivo para pânico", afirmou o prefeito Marcelo Crivella em entrevista ao RJTV, da Rede Globo.

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O dia de campanha foi marcada por filas extensas nos postos de saúde. No Parque União, no Complexo da Maré, zona norte da cidade, o atendimento foi suspenso às 14h30, por conta de uma troca de tiros entre policiais e traficantes.

A secretaria municipal de Casimiro de Abreu, no interior do Rio, confirmou o quarto caso de febre amarela na cidade. Trata-se de um paciente de 68 anos, residente da área urbana, que ia com frequência para cachoeiras. O estado de saúde do paciente é estável. Ele permanece internado no Hospital dos Servidores, no Rio.

Em 11 de março, Watila Oliveira dos Santos, de 38 anos, morreu em decorrência da doença. Assustados, integrantes da família deixaram o sítio que tem sete casas e onde moram cerca de 30 pessoas, oito delas crianças.

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O Hemorio, instituto estatal fluminense dedicado à coleta de sangue, registrou nessa quarta-feira (22) um aumento de 76% no número de doações que recebe, em comparação com a média diária de doadores. O motivo foi uma "promoção" da Secretaria de Saúde do Estado: quem doar ganha, na hora, uma dose da vacina contra a febre amarela. Ontem, segundo dia da iniciativa, 559 pessoas se apresentaram como doadores, 398 doaram (nem todos puderam doar) e 440 foram vacinados. Em muitos casos, mesmo sem condição de serem doadores de sangue, as pessoas foram vacinadas contra a doença.

A Secretaria de Saúde do Estado resolveu trocar vacina por sangue porque, depois de vacinadas contra a febre amarela, as pessoas devem ficar quatro semanas sem doar. Por isso, havia a preocupação de que, quando a campanha de vacinação massiva começasse na capital, os estoques da cidade ficassem muito reduzidos, uma vez que o público potencialmente doador cairia muito, durante algum tempo.

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"Resolvemos nos precaver desse risco de ficarmos sem estoque por este problema. No carnaval, por exemplo, o número de doações foi de 50 pessoas por dia, em média, e o nosso estoque foi reduzido pela metade. Além disso, pretendemos levar as bolsas de sangue para cidades do interior do Estado que já começaram a vacinação", disse o diretor do Hemorio, Luiz Amorim.

Anteontem, dia em que a campanha começou, 506 pessoas se prontificaram a doar sangue. Foi um aumento de 100% em relação à média dos dias normais, que é de 250 doações. Em troca, 370 pessoas receberam a vacina. Por dia, a Secretaria de Saúde manda 500 doses de vacina para o Hemorio. A campanha deverá durar, pelo menos, até o próximo sábado, quando começará a vacinação contra febre amarela na capital.

A contadora Nilzete dos Santos, de 54 anos, doou pela primeira vez sangue, ontem, por causa da vacina. "Minha filha me cobrava isso. A campanha me despertou a vontade", disse.

O auxiliar de logística Maicon Dionísio, de 31 anos, também doou sangue pela primeira vez. "Vou para Juiz de Fora e precisava tomar a vacina. Bom que eu ajudei alguém e, ao mesmo tempo, também fui beneficiado."

Sem remuneração

De acordo com o diretor do Hemorio, a iniciativa não fere a resolução do Ministério da Saúde que diz que a doação de sangue deve ser anônima, voluntária e não remunerada. "O que não pode haver é uma remuneração monetária. O que estamos fazendo é oferecendo um serviço que está facilitando a vida das pessoas", afirmou.

O corretor de seguros Roberto Cavalcanti, de 45 anos, que sempre doa sangue, elogiou a atitude. "Acho importante todos doarem, eu faço isso frequentemente, mas acho que a campanha (do Hemorio) incentiva quem ainda precisa de um empurrão", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Dois micos-leões-dourados foram encontrados mortos em Silva Jardim, na Baixada Litorânea, na manhã de terça-feira (21). Os animais, que estavam próximos à BR-101, foram recolhidos e levados para o Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, no Rio.

"Estamos bastante cautelosos com essa informação. Ainda não temos indícios de que os micos estivessem contaminados com a febre amarela. A única informação que temos é que eles não tinham marcas de atropelamento. Vamos esperar o resultado dos exames", afirmou Luís Paulo Ferraz, secretário executivo da Associação mico-leão-dourado.

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No Instituto Jorge Vaistman, será feita a autópsia dos micos e testes iniciais contra raiva. De lá, eles são encaminhados para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde são realizados os exames para identificar a febre amarela.

A preocupação é maior com os micos-leões-dourados porque eles são espécie em risco de extinção. Nos anos 1980, havia apenas 200 livres na natureza. Hoje, são cerca de 3.200, espalhados em oito municípios, graças a um bem-sucedido programa de reintrodução das espécies.

Vacinação de micos

Uma das discussões que envolve pesquisadores da Fiocruz e do Ministério da Saúde é a possibilidade de vacinar contra febre amarela os micos-leões-dourados e os animais em cativeiro, como os do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, em Guapimirim.

No entanto, a dosagem para humanos não serve para os micos. A vacina teria de ser diluída. São necessários testes para identificar qual a dosagem segura para os micos-leões-dourados e que ainda se mostre eficaz contra febre amarela, após a dose ter sido diluída.

Esses estudos levariam alguns meses para ficar prontos. A expectativa dos pesquisadores é que a temperatura mais amena, a partir de abril, diminua a circulação de mosquitos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar a vacina contra febre amarela para todos os viajantes internacionais que se destinam ao Estado de São Paulo, com exceção das áreas metropolitanas da capital e de Campinas. A orientação, divulgada nessa segunda-feira (20), é mais abrangente do que a adotada atualmente no Estado, pois inclui toda região litorânea paulista, hoje considerada livre de risco para a doença.

O coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, o infectologista Marcos Boulos, afirmou que a mudança da OMS não vai alterar a recomendação local. "Não vemos atualmente motivo para vacinar a população do litoral. Não há até o momento nenhum indício de risco de febre amarela naquela região."

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Boulos acredita que a recomendação da OMS foi tomada diante dos casos na Serra do Mar do Rio e do receio que os casos avancem para São Paulo. "O monitoramento está sendo realizado. Os casos ocorreram numa região distante do litoral paulista", completou.

O diretor assegurou que, caso seja observado o aparecimento de infecções suspeitas ou de mortes de macacos com indícios da doença em áreas mais próximas à capital, a estratégia será revista. Boulos afirmou ainda ser necessária cautela na indicação da vacina contra febre amarela. Ele lembrou do risco, apesar de pequeno, de reações adversas.

Além de São Paulo, a OMS recomenda que viajantes que se destinam para o Rio (exceto capital e Niterói) também sejam imunizados. Esta é a terceira alteração nas orientações a viajantes feita pelo organismo neste ano. Em janeiro, estendeu-se a indicação da vacina para 69 municípios do sul e sudoeste da Bahia. No dia 6 deste mês, foi a vez do Espírito Santo. O governo federal não comentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Além de ter causado a morte do pedreiro Watila dos Santos, de 38 anos, e de ao menos três macacos no interior do Rio de Janeiro, a febre amarela ameaça também um dos mais bem sucedidos projetos de reintrodução na natureza de animais em extinção. A Reserva Biológica de Poço das Antas, vizinha a Casimiro de Abreu (RJ), onde Watila vivia, fica na única região do mundo onde ainda existem micos-leões dourados.

Na década de 1980, esses animais eram presença rara nas áreas de Mata Atlântica da região. Havia apenas 200 na floresta. Graças ao programa conduzido na Reserva, hoje eles são 3.200, em oito municípios.

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"Não há o que fazer, só esperar. Os micos são tão vítimas quanto os humanos. Infelizmente, não há vacina contra febre amarela para primatas", diz o geógrafo Luís Paulo Ferraz, secretário-executivo da Associação Mico-Leão-Dourado (AMDL), organização não-governamental que faz o acompanhamento dos micos na natureza.

O programa de reintrodução contou com o apoio de zoológicos internacionais, que doaram os animais para serem readaptados ao meio ambiente. Técnicos treinaram os micos para agir novamente como animais silvestres. Em cativeiro, os micos desaprendem a subir em árvores e a encontrar frutas para se alimentar, por exemplo.

Um programa de conscientização dos proprietários rurais da região levou à transformação de 22 fazendas em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Separados em famílias, os micos têm um colar que permite aos técnicos da AMLD acompanhar seus deslocamentos, reprodução e ciclo vital. "Até agora só tivemos mortes de micos por causas naturais, atacados por predadores, ou atropelados. Não há registros por doença", disse Ferraz.

Nos últimos dias, porém, equipes da AMDL passaram a vasculhar a mata com mais atenção, em busca de primatas que possam ter sido vítimas da febre amarela. "Se ocorrer o pior e tivermos uma catástrofe, temos 250 micos em cativeiro. O jeito será recomeçar o trabalho todo de novo", declarou Ferraz.

Silêncio

Na última quinta-feira, um dia depois de exames confirmarem que Watila havia morrido pela doença, a equipe do biólogo Waldemir Vargas, da Fundação Oswaldo Cruz entrou na floresta de Córrego da Luz, bairro rural onde o pedreiro vivia. "A mata era só silêncio", relatou Vargas. A falta de som é mau sinal, explicou. Significa que os bugios podem ter deixado a região ao perceber que outros animais adoeceram.

O biólogo afirma que o bugio é o primata mais sensível à doença. "Ele tem o metabolismo mais lento e movimentos vagarosos. Acaba sendo presa mais fácil para o mosquito. O mico também adoece, mas o bugio é a primeira vítima", afirmou.

"O primata é um sentinela importante. Se ele adoeceu, indica que há febre amarela na região", afirmou o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado do Rio, Alexandre Chieppe. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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