O Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, que completa 15 anos em junho, realiza uma série de palestras e debates, que vão desde a quarta-feira (15) até sexta-feira (17), no auditório do 6º andar do Hospital Agamenon Magalhães, no bairro de Casa Amarela. O evento é gratuito e as temáticas abordadas serão as ações para o enfrentamento da violência contra a mulher em Pernambuco, as atribuições da Delegacia da Mulher e a cultura do estupro, entre outros.
O Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa realiza diariamente atendimento de mulheres vítimas de algum tipo de violência (física, moral, sexual). O centro é aberto 24 horas por dia, sete dias por semana. O serviço conta com uma equipe que faz acolhimento e realiza todos os procedimentos de saúde necessários nas pacientes. De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, só em 2015, foram 1.140 atendimentos, entre primeiras consultas (398) e retornos para acompanhamento do quadro. Até o dia 11 de junho de 2016, foram mais 508 atendimentos (154 de primeira vez).
##RECOMENDA##Participam das atividades representantes da Delegacia da Mulher, da Secretaria da Mulher e de entidades da sociedade civil, além de profissionais do Wilma Lessa, do HAM e da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Para a coordenadora do Wilma Lessa, Mayara Mendes, o momento é importante para discutir questões relacionadas à violência contra a mulher.
"Também queremos divulgar o Serviço para toda a população feminina. A expectativa é que a mulher não seja vítima de qualquer tipo de violência e não precise recorrer a um serviço de saúde. Mas se precisar, ela deve saber que o Wilma Lessa faz o acolhimento com todo o sigilo necessário para cada tipo de caso e realiza os procedimentos necessários para auxiliar na plena recuperação da vítima”, detalha Mayara Mendes.
Logística
Ao chegar ao Wilma Lessa, a mulher é recebida por uma assistente social, responsável pelo acolhimento. Depois, ela é encaminhada ao médico e enfermeira e ainda à psicóloga de plantão. Na consulta, verificam-se os protocolos necessários para cada tipo de caso.
Quando o atendimento é relacionado à agressão sexual, por exemplo, o protocolo inclui o uso de contraceptivo de emergência, do coquetel para DST/ HIV, exames subsequentes e, se necessário, o aborto previsto em lei (entre 2015 e 2016 foram 26 casos efetivados). Todas as medidas são rigorosamente analisadas pelos médicos e equipe de plantão.
Em caso de violência física, a mulher pode ser atendida na emergência do Hospital Agamenon Magalhães ou, se necessário, ela será encaminhada a outra unidade. A equipe do Wilma Lessa ainda orienta a vítima caso ela queira fazer denúncia na esfera judicial.