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O infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda afirmou que a pandemia da Covid-19 está próxima do fim e que o país deve entrar numa situação com períodos sazonais, como já acontece com a gripe e a dengue. "Passar da pandemia para a endemia não significa que a gente não vai ter o impacto da Covid-19 em termos de hospitalização e óbito. Significa que esse impacto será menor a ponto de não ser necessário medidas restritivas tão radicais e até a liberação do uso de máscaras, que é uma medida protetiva individual", assegurou em entrevista ao jornal O Globo.

Croda, que já comandou o Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde durante a gestão do então ministro Luiz Henrique Mandetta, justifica que essas flexibilizações serão possíveis graças ao avanço da imunização coletiva da população mundial.  Questionado sobre o que define o fim da pandemia e o início da endemia, o infectologista aponta que o grande marcador é a letalidade, ou seja, o quanto a Covid-19 mata. 

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"Esse vírus só vai matar menos se tiver alta cobertura vacinal. As pessoas que envelhecem, atualmente, fazem parte de três grupos: muito extremos mesmo vacinados, pessoas com muita comorbidade e não vacinadas. À medida que avançamos na mentalidade, a tendência é reduzir essa letalidade. Foi assim com a gripe H1N1, quando surgiu a pandemia em 2009. Partimos de uma letalidade de 6% e isso foi reduzido para 0,1%", detalhou ao jornal.

Júlio Croda ressalta que o cenário positivo ainda pode acontecer neste ano, mas será diferente em cada região, já que tudo depende da cobertura vacinal, da letalidade provocada pela doença e a região de transmissão. Para ele, de alguma forma os países começarão a diminuir medidas de convivência com o novo coronavírus. 

O especialista salienta que na Europa, por exemplo, após a onda de casos da variante Ômicron, todos os países começaram a flexibilizar. No Brasil, a situação ainda deve ser favorável no primeiro simestre. "Acredito que ainda nesse primeiro semestre a gente tenha uma situação mais favorável, que seja possível de alguma forma declarar que não estamos mais em emergência de saúde pública, por exemplo. O número de hospitalizações e óbitos é que vai determinar o impacto sobre o serviço de saúde", pontua.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta quarta-feira (25), que ao longo da última semana epidemiológica (de 15 a 21 de agosto) o Brasil manteve a queda de diversos indicadores da pandemia da Covid-19. Após o pico de casos e óbitos ocorrido de março a maio de 2021, a incidência do novo coronavírus vem caindo, acompanhada pela queda de mortalidade.

No entanto, a Fiocruz alerta que a alta taxa de positividades dos testes, somada ao crescimento da variante Delta, pode favorecer a formação de um patamar elevado de transmissão por um longo período no país, ainda com a redução de mortes com o avanço da vacinação. 

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A entidade alerta que a cobertura vacinal no Brasil caminha a passos lentos, com uma média de 1 milhão de doses aplicadas por dia. 

"Aliado a isto, há também uma retomada da circulação de pessoas nas ruas, em padrão próximo ao anterior à pandemia. A pandemia ainda persiste e um comportamento de atividades em níveis pré-pandêmicos, junto a um relaxamento das medidas de prevenção por parte de pessoas e gestores, contribui para a alta propagação do vírus", alerta. 

A fundação salienta que a vacinação completa é importante para evitar o aumento no número de pessoas acometidas pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente as pessoas mais idosas. Inclusive, está em discussão a necessidade de reforço da vacinação.

"Será muito importante acompanhar estudos clínicos e epidemiológicos, em andamento no Brasil e no mundo, bem como a necessidade de, simultaneamente, ampliar a cobertura vacinal aos grupos mais jovens, grávidas e puérperas", assevera a Fiocruz.

Indo de encontro ao que se vem sondando pelo Ministério da Saúde e, principalmente, pelo presidente Jair Bolsonaro - que reforça a intenção de desobrigar os cumprimentos dos protocolos sanitários -, a entidade alerta para a necessidade da manutenção da proteção.

"Permanecem como fundamentais o uso de máscaras, principalmente em ambientes fechados, a higienização das mãos com frequência e a manutenção de distanciamento físico, evitando-se completamente aglomerações. Esses cuidados são necessários para que se contenha a transmissão do vírus e se evite o surgimento e a circulação de novas variantes", pontua o boletim.

O Sistema Prisional feminino de Pernambuco foi escolhido pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para a implantação do projeto-piloto da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Implementação de Programa para Detecção da Infecção pelo HIV/aids e Sífilis em Prisões Femininas com Ênfase na Prevenção da Transmissão Materno Infantil é o nome do projeto da Fiocruz.

Os trâmites para o início da implantação do projeto foram discutidos em reunião remota, realizada na quinta-feira (8), com representantes da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), poder judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça, Depen e grupos de monitoramento do sistema carcerário.

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A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, por meio da Seres, em parceria com a Secretaria de Saúde e Pernambuco (SES/PE), desenvolverá o projeto de extensão na Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima (CPFAL) e na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), ambas na Região Metropolitana do Recife. 

“A escolha do Estado como piloto mostra o reconhecimento do avanço das políticas de saúde no encarceramento feminino, resultado dos investimentos do governo estadual”, destacou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. As duas unidades prisionais servirão de referência para a implantação das atividades em outros estabelecimentos penais femininos, após adequação às especificidades de cada local.

O objetivo do estudo é contribuir para a redução da frequência de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) entre mulheres encarceradas, com ênfase na saúde das gestantes e na prevenção da transmissão vertical (de mãe para filho). 

A redução será possível com o aumento da detecção e tratamento precoces das infecções e gravidezes entre mulheres presas. A previsão é que o trabalho seja colocado em prática até dezembro deste ano. Profissionais de saúde da SES e da Seres, que atuam no sistema prisional, participarão de oficinas e treinamentos, bem como, haverá adequações de plataformas digitais.  

Para a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Margareth Dalcolmo, "Teremos o abril mais triste de nossas vidas" por causa da Covid-19. Para a especialista, mesmo com a vacina sendo uma realidade, ela é uma solução, mas não um milagre.

Dalcolmo havia dito em entrevistas anteriores que o Brasil iria enfrentar o abril mais difícil de todos por conta do novo coronavírus, o que de fato aconteceu. O país fechou o mês com 66 mil óbitos provocados pela Covid-19.

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Em entrevista à Globo News, a pesquisadora pontuou que a vacina sozinha não resolve. "As pessoas têm que se vacinar e ficarem nas suas casas. Nós pedimos e vou pedir mais uma vez, não pode ter Páscoa, não pode ter festas, não pode ter aglomerações, não pode ter festas, não pode ter nada", disse.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou nesta sexta-feira (12) que receberá em março o dobro da quantidade de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) que estava prevista. Os lotes que chegarão até o fim do mês permitirão a fabricação de 30 milhões de doses, garantindo a produção até maio. 

O ingrediente farmacêutico ativo é o insumo mais importante para a produção da vacina, e vem sendo importado da China. O componente é produzido por um laboratório parceiro da farmacêutica AstraZeneca, desenvolvedora do imunizante em parceria com a Universidade de Oxford. Cada lote do IFA exportado para o Brasil tem 256 litros e pode produzir 7,5 milhões de doses. 

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Segundo a Fiocruz, estavam previstos dois lotes de IFA para março, mas a farmacêutica europeia decidiu antecipar mais dois lotes depois da concessão da licença para exportação por parte das autoridades chinesas. 

O documento foi obtido depois da atuação dos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, que foram informados pela Fiocruz de que uma remessa programada para chegar ao Brasil amanhã (13) não havia sido liberada na China, porque faltava a licença de exportação e a conclusão de procedimentos alfandegários.

A Fiocruz produz a vacina AstraZeneca/Oxford devido a um acordo de encomenda tecnológica, que prevê a entrega de 100,4 milhões de doses até julho. Também está em curso um processo de transferência tecnológica para que a fundação possa produzir o IFA no país, nacionalizando todo o processo produtivo. 

A vacina produzida na Fiocruz recebeu hoje o registro definitivo por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até então, somente a vacina da Pfizer havia recebido esse registro, e a vacina AstraZeneca/Oxford era aplicada com autorização de uso emergencial por parte da agência, mesma situação da CoronaVac, produzida pelo Butantan em parceria com o laboratório Sinovac.

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou informações adicionais ao Instituto Butantan e à Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz) sobre os pedidos de autorização de suas vacinas para o uso em caráter emergencial.

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Em nota, o órgão destacou que, sem o conjunto das informações necessárias, à análise dos requerimentos de autorização não é possível cumprir o prazo estabelecido de até 10 dias.

A agência marcou para o próximo domingo (17) a reunião da sua diretoria colegiada para decidir sobre as solicitações do dois centros de pesquisa. O Instituto Butantan desenvolve a vacina CoronaVac, em parceria com a farmacêutica Sinovac. A Fiocruz firmou parceria com o consórcio do laboratório Astrazeneca e da Universidade de Oxford, do Reino Unido.

No caso do Butantan, a Anvisa disse em nota que já havia solicitado o restante da documentação no sábado passado (9). Essas informações são necessárias para avaliar os resultados da eficácia do imunizante no estudo clínico na Fase 3. Também são necessários dados adicionais para aferir a imunogenicidade da vacina na Fase 3 dos estudos clínicos.

No processo de exame da vacina da Fiocruz com o consórcio Astrazeneca/Universidade de Oxford também estão faltando informações. A Anvisa informou que solicitou à instituição dados de comparabilidade, estabilidade e transporte.

Em nota, o Instituto Butantan afirmou que desde o sábado (9), quando recebeu a primeira solicitação de complementação, tem feito uma força-tarefa para apresentar os dados que ainda não foram enviados. De acordo com o comunicado, as informações serão entregues “ainda nesta semana”.

A Agência Brasil entrou em contato com a Fiocruz e aguarda retorno.

 

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, comemorou a aprovação, no Reino Unido, da vacina desenvolvida pela farmacêutica Astrazeneca e pela Universidade de Oxford. Devido a um acordo de transferência de tecnologia, a Fiocruz vai produzir o imunizante no Brasil e prevê concluir o envio de documentos sobre a vacina para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até 15 de janeiro.

"Estamos todos com a esperança reanimada, digamos assim, com a notícia do registro da vacina da Astrazeneca, que será, no Brasil, uma vacina Astrazeneca/Oxford/Fiocruz", disse Nísia Trindade. "É um dia histórico, porque é mais um elemento de esperança diante de uma situação de tanto sofrimento. Uma esperança que vem da ciência e de uma visão de saúde pública, porque essa vacina é não só eficaz, não é só de alta qualidade, mas também é uma vacina adequada para países de população do tamanho do nosso país, com as suas diferenças regionais e sociais. É uma vacina adequada para o nosso Sistema Único de Saúde".

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A Fiocruz prevê produzir 100 milhões de doses da vacina a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado no primeiro semestre do ano que vem. No segundo semestre, mais 110 milhões de doses devem ser produzidas inteiramente no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), vinculado à fundação.

A produção deve começar antes mesmo da concessão do registro da vacina no Brasil, para que já haja doses disponíveis quando a aplicação for liberada. Documentos referentes ao desenvolvimento da vacina já vem sendo analisados em bloco pela Anvisa desde outubro, e o último bloco de informações deve ser enviado à agência no mês que vem. Em seguida, a Fiocruz espera entregar o primeiro 1 milhão de doses ao Ministério da Saúde antes de 8 de fevereiro.

Doação

A presidente da Fiocruz recebeu parlamentares estaduais do Rio de Janeiro e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para uma cerimônia que marcou a doação de R$ 20 milhões do Fundo Especial da Alerj, que serão destinados a um plano de enfrentamento à covid-19 nas favelas do Rio de Janeiro. A elaboração do plano será coordenada pela Fiocruz.

Segundo Nísia Trindade, uma das primeiras ações será o lançamento de um edital público de R$ 17 milhões para apoiar 140 projetos com diferentes focos, como apoio social, comunicação e saúde mental.  A presidente da fundação destacou que a conscientização sobre a vacinação estará entre os assuntos que serão abordados junto aos moradores das comunidades do Rio de Janeiro.

O presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), também comemorou a aprovação da vacina Astrazeneca/Oxford no Reino Unido e avaliou que o meio termo entre a preservação da economia e a prevenção da doença é a vacinação. "A gente espera que essa contribuição da Alerj possa contribuir para essas ações e em especial para a vacinação da população do nosso estado".

 

A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Tereza Lyra, disse em entrevista ao LeiaJá que a população brasileira deve dar o devido valor ao Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente neste período de pandemia de covid-19. Segundo ela, mesmo a pandemia tendo chegado num momento em que o SUS "está sufocado", se não fosse por ele o Brasil estaria registrando mais do que 88.539 mil mortes (até o dia 29 de julho).

"Nós já estaríamos em 300 a 400 mil mortes. O Sistema Único de Saúde garantiu assistência capilarizada porque nós temos um SUS que, do ponto de vista do desenho, ele é muito bom", explica Tereza.

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Ela reforça que o Sistema Único de Saúde vem sendo penalizado com cortes de recursos de forma permanente e, mesmo assim, o que a população brasileira deveria tirar como legado desta epidemia era a valorização do SUS. "Devemos lutar para que o SUS possa, de fato, se consolidar como um sistema universal de acesso à todos os brasileiros", pontua. 

A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-PE), Tereza Lyra, disse, em entrevista ao LeiaJá, que o Brasil não precisaria ter tido tantas mortes (88.539), porque foi acometido pela pandemia mais tardiamente do que os outros países e já sabia o que deveria ter sido feito, mas não fez em tempo hábil.

"O principal problema do Brasil é que não tivemos um comando único de enfrentamento da pandemia. Pelo contrário, o governo federal tem criado dificuldades constantes, inclusive, para as ações dos governos dos estados e municípios", revela Tereza.

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Além disso, a pesquisadora da Fiocruz alerta que as pessoas continuam entrando no Brasil livremente e sem nenhuma barreira epidemiológica. "Recentemente, uma conhecida minha chegou de portugal e sequer foi testada e não teve nenhum encaminhamento específico", revela.

A pesquisadora da Fiocruz analisa que maioria dos países do mundo ficou dois meses em isolamento rigoroso "e a vida foi voltando ao normal. Nós estamos há quatro meses num momento constante (de casos da Covid-19). Como se pode banalizar mil pessoas mortas por dia?", indaga Tereza. 

Uma vacina contra a covid-19 será testada em seres vivos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos). O teste será em modelo animal, fase de desenvolvimento chamada de estudos pré-clínicos. A informação foi divulgada em nota, nesta quarta-feira (10), pela Fiocruz.

“A abordagem do projeto é de uma vacina sintética, com base em peptídeos antigênicos de células B e T – ou seja, com pequenas partes de proteínas do vírus capazes de induzir a produção de anticorpos específicos para defender o organismo contra agentes desconhecidos – neste caso, o Sars-CoV-2 [covid-19]”, explicou a Fiocruz.

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Segundo o instituto, essas biomoléculas, identificadas em modelo computacional (in silico), foram produzidas por síntese química e validadas in vitro. Os peptídeos foram acoplados em nanopartículas, que funcionam como uma forma de “entrega”, para apresentar essas biomoléculas para o sistema imune com melhor imunogenicidade e ativar sua defesa.

“As vantagens da abordagem vacinal sintética são a rapidez no desenvolvimento em comparação às metodologias tradicionais e o não requerimento de instalações de biossegurança nível 3 para as primeiras etapas de desenvolvimento (sendo necessárias somente a partir dos estudos pré-clínicos), bem como o custo reduzido de produção e a estabilidade da vacina para armazenagem”, detalhou a Fiocruz.

A fundação explicou que, na próxima etapa, serão feitas formulações vacinais com essas biomoléculas acopladas em nanopartículas, para avaliação in vivo, onde serão obtidos os primeiros resultados relacionados à imunidade conferida ao novo coronavírus.

“A partir dos resultados dos estudos pré-clínicos, parte-se para a fase dos estudos clínicos de fases I, II e III. De qualquer forma, mesmo em processo acelerado de desenvolvimento tecnológico e, obtendo resultados positivos em todas as etapas futuras, a vacina autóctone de Bio-Manguinhos/Fiocruz não chegará ao registro antes de 2022”, concluiu.

 

 

 

A rotina dos profissionais da saúde é outra após o decreto de pandemia pelas autoridades do setor. Acostumados com a preocupação relacionada à higienização no seu cotidiano de trabalho, a categoria teve que redobrar os cuidados e se adaptar às recomendações que podem evitar a contaminação pelo novo coronavírus.

Entre as funções da área de saúde, está o trabalho dos cuidadores de pessoas idosas. Como os mais velhos foram classificados no chamado "grupo de risco" em relação ao contágio pela Covid-19, a responsabilidade dos profissionais que acompanham quem necessita de assistência diária para as práticas básicas aumentou, como relata a cuidadora Bianca Costa, 21 anos.

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A cuidadora Bianca Costa redobrou os cuidados durante a pandemia. Foto: arquivo pessoal

"Assim que chego ao trabalho, vou fazer a higienização e troco as peças de roupa que usei no caminho por outras limpas", conta. Ainda de acordo com Bianca, o carinho demonstrado via contato físico com a dona Maria Sirilo, 93 anos, de quem ela cuida desde o início de 2020, também ficou no passado.

"Antes podíamos abraçar, conversar de pertinho, dar beijo no rosto sem precisar ter medo e agora adquirimos o hábito de não ficarmos muito próximas uma da outra mesmo com o uso da máscara", lamenta.

Em atividade na profissão desde o ano de 2013 e de modo oficial há dois anos, Bianca aponta o isolamento social como principal medida para não levar risco para o ambiente de trabalho. "Primeiro evito o meio de transporte público, depois faço o máximo para não ter contato com pessoas que não estejam ao meu redor no dia a dia", explica.

Com experiência na função de cuidadora há quase duas décadas, a técnica de estereometria Jane Rosário, 48 anos, teve que mudar de maneira radical o tratamento com os idosos da casa de repouso Terça da Serra. "Já tinha o hábito de lavar as mãos quando ia de um hóspede para o outro, mas não tínhamos tantas trocas de roupa", fala.

Trabalhando em uma casa de repouso, Jane Rosário recebeu treinamento e equipamentos para reduzir os riscos de infecção. Foto: arquivo pessoal

Segundo Jane, novos itens fazem parte do uniforme na empresa. "Além do jaleco e da máscara, agora temos avental descartável e propé (invólucro para calçados), pois todo o cuidado é pouco", enfatiza.

Para Jane, ações como a não utilização do transporte público em horário de pico e a manutenção da distância no convívio com outras pessoas têm sido as saídas para se proteger do contágio fora do local de trabalho. "Sei que se me proteger estarei protegendo todos os idosos que tenho contato", acrescenta.

Orientações

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) elaborou um material para que os cuidadores de idosos utilizem como referência no seu dia-a-dia. Com ilustrações e informações sucintas, a cartilha faz recomendações em relação à assepsia, ventilação do ambiente e orienta os profissionais na higienização dos pertences após o deslocamento casa-trabalho-casa. Para acessar a apostila, clique aqui.  

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encontraram o novo coronavírus no esgoto da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro - o que demonstra um elevado espalhamento do causador da Covid-19 na população.

Os pesquisadores apontam que a análise do esgoto pode ser usada como instrumento para monitorar o nível de contaminação da população. No entanto, a falta do saneamento básico adequado em outras cidades inviabiliza que esse mesmo estudo seja replicado e assim auxiliasse num maior panorama do vírus.

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Segundo O Globo, o achado não significa que o causador da Covid-19 possa ser transmitido pelo esgoto, já que isso não foi investigado e é considerado pouco provável - já que se trata de um vírus respiratório sensível a certas condições ambientais presentes nos esgotos.

 

Após dois dias de treinamento, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encerrou nesta sexta-feira (7) a capacitação técnica de dez representantes de nove países das Américas do Sul e Central para o diagnóstico laboratorial da nova variante do coronavírus, batizada de 2019-nCoV.

A iniciativa é resultado de articulação entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para compartilhar experiências, fortalecer as capacidades diagnósticas nacionais e regional e garantir que os países das Américas estejam preparados para responder à emergência sanitária com os mesmos protocolos de análise adotados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e já implementados no Brasil.

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“Diante dos desafios de uma emergência, a cooperação internacional tem aqui uma base importante quando sabemos que não existe possibilidade de trabalhar que não seja de forma cooperativa internacionalmente. Até porque vivemos tempos de interdependência sanitária. De uma maneira mais simples: vírus não tem fronteira”, disse a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. “É um novo vírus: não podemos superestimar nem subestimar esse quadro”.

Especialistas da Argentina, Bolívia, Colômbia, do Chile, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai participaram da oficina de detecção e diagnóstico laboratorial do novo coronavírus.

Risco baixo

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, que participou do evento na Fiocruz, avaliou como “baixo” o risco de chegada ao Brasil do novo coronavírus no momento. O Brasil tem nove casos suspeitos.

“A OMS estabelece como risco global alto, com o risco na China muito alto, e nós, no Brasil, considerando nossas características, entendemos que o risco é baixo neste momento. Não temos voo direto para a China e até o momento não temos caso confirmado. Podemos ter? Sim, podemos ter. E para isso que estamos trabalhando para evitar que, ao identificarmos, que esse vírus não se espalhe demasiadamente e a gente consiga interromper a cadeia de transmissão”.

O secretário elencou alguns fatores para que o risco não seja considerado alto como o fato de o país estar no verão, época menos propícia para a ocorrência de doenças respiratórias, e as rigorosas medidas de contenção do surto adotadas pela nação chinesa.

“O vírus tem se apresentado com características de transmissão menores do que a expectativa que tínhamos há algumas semanas. Estamos com capacidade para detecção do vírus em tempo muito hábil. Apesar de termos o carnaval, não é uma festa de interesse dos chineses porque está muito próxima do feriado do Ano Novo chinês e eles estão evitando sair do país”, disse o secretário.

No dia 30 de janeiro, a Fiocruz recebeu fragmentos do material genético do novo coronavírus que serão utilizados para aprimorar os protocolos de testagens realizados no Brasil. As amostras vieram de Berlim e foram trazidas pela Opas, que representa a Organização Mundial da Saúde no continente americano. Como laboratório de referência, a Fiocruz recebe uma amostra dos casos suspeitos no Brasil para garantir a qualidade dos testes. 

 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está com concurso público aberto destinado ao preenchimento de 16 vagas para o cargo de pesquisador em saúde pública. Os profissionais atuarão em regime de 40 horas semanais e receberão salário de R$ 5.582,63.

Além da remuneração, o cargo também oferece auxílio alimentação de R$ 458,00, gratificação de R$ 1.485,60 e bônus por titulação, que pode ser de R$ 2.287,75 para mestrado e R$ 4.292,36 para doutorado.

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As inscrições no concurso público devem ser feitas, pela internet, de 6 de setembro a 9 de outubro. A taxa de participação é de R$ 220. O certame será realizado nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Velho, Recife, Salvador e Teresina.

As dúvidas sobre o certame podem ser tiradas por meio do telefone (21) 2209-2279 e do e-mail concursopesquisador@fiotec.fiocruz.br. Informações complementares podem ser obtidas no edital, divulgado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (31)

Confira esta e outras oportunidades na nossa página especial de concursos públicos.

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A Fundação Oswaldo Cruz criou um gabinete de crise para coordenar os estudos sobre a epidemia de microcefalia e traçar estratégias para o enfrentamento do vírus zika. O grupo, que reúne pesquisadores de diferentes institutos ligados à Fiocruz, definiu como prioridades desenvolver um kit diagnóstico que permita identificar com um só exame se a pessoa foi contaminada pelos vírus da dengue, zika ou chikungunya e desenhar estudo de longo prazo para avaliar os efeitos da microcefalia. A ideia é acompanhar desde o diagnóstico de zika na grávida aos primeiros anos da criança.

"(No Brasil) temos uma posição de protagonismo (nas pesquisas) que não desejaríamos ter. Muitos países estão observando nosso modo de trabalhar para saber o que fazer. A epidemia de microcefalia, além de singular, é das mais graves situações que a gente tem na história da saúde pública", afirmou Valcler Rangel, vice-presidente da Fiocruz e coordenador adjunto do Gabinete para Enfrentamento da Emergência em Saúde Pública, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

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O que já foi definido pelo gabinete de crise?

A grande prioridade é o desenvolvimento de tecnologia diagnóstica para ficar disponível nos laboratórios centrais brasileiros. Precisamos desenvolver kit diagnóstico que atenda dengue, chikungunya e zika ao mesmo tempo para facilitar o processo diagnóstico. Essa é uma carência que a gente tem hoje. Pesquisadores do Instituto Carlos Chagas, no Paraná, estão à frente desse estudo, que vem sendo feito em articulação com o Ministério da Saúde, com o Comitê da Operação de Emergência em Saúde. É preciso saber o nível de certeza que esse exame dá, se não há cruzamentos de reação, que possam confundir as doenças e dar falso negativo e falso positivo. Precisamos fazer isso porque será usado em larga escala. Também é fundamental que se iniciem estudos que documentem os casos que estão ocorrendo para fazer seu acompanhamento prospectivo.

Como será esse estudo?

Vamos acompanhar desde o momento de diagnóstico para avaliar as características que a microcefalia está apresentando. A ideia é acompanhar as gestantes desde o diagnóstico de zika, porque existem gestantes que os bebês não têm microcefalia. As mães passarão por investigação, responderão a perguntas, será feita coleta de exames. Não posso te afirmar o prazo de acompanhamento geral. A gente não sabe outras consequências que podem aparecer. A microcefalia certamente é das mais graves que poderiam ocorrer, exceto o próprio óbito. Que outras má-formações ou que outras consequências podem estar ocorrendo? Esses estudos serão fundamentais para revelar isso também. É possível que elas tenham de ser acompanhadas por alguns anos.

O Brasil está construindo a literatura médica sobre zika. O País já teve protagonismo no estudo de uma doença como agora? É possível fazer um paralelo com a Doença de Chagas?

Eu diria que é mais ou menos parecido com Chagas. É claro que são épocas muito diferentes e a comparação é complexa. Carlos Chagas descreve todo o ciclo do Tripanossoma cruzi, o adoecimento, a sintomatologia, o ciclo do vetor. Não é à toa que Carlos Chagas foi cogitado para o Prêmio Nobel, em função de uma caracterização inédita para a ciência, de um país ter feito isso com um grupo de pesquisa. Certamente se assemelha à doença de Chagas nessa questão do protagonismo. Em outros aspectos, não: é uma doença aguda; é um vírus; tem capacidade de transmissão muito alta; casos que acontecem de uma hora para outra no território nacional, com condições de espraiamento regional e até para outros continentes. Certamente temos uma situação de protagonismo que não desejaríamos ter. As medidas de proteção são conhecidas, mas até o momento não são eficazes, que é o controle do vetor. O vetor está presente em mais de 100 países e, portanto, não é característica brasileira. Tem muitos elementos de dificuldade. Mas eu acho que, com muita mobilização social, a gente tem condição de vencer esse desafio.

Esse ponto foi discutido pelo gabinete de crise?

É a única certeza hoje: temos de eliminar o Aedes. Seja no desenvolvimento de larvicidas ou na possibilidade de usar técnicas novas e mobilizar a população. Defendemos que sejam criados comitês populares para o controle do mosquito, que mobilizem o setor público a fazer ações de combate que tenham permanência. Não teremos resultado nessa situação se não houver maneiras de a sociedade se organizar em torno do controle do vetor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, através do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (20), o resultado final do concurso público para cargos de tecnologista em saúde pública. Acesse a lista nominal dos aprovados através do documento

Outras informações sobre o resultado podem ser conferidas no site da banca organizadora do certame. A instituição responsável pelo concurso é a Fundação Dom Cintra.

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, através do Diário Oficial da união desta quarta-feira (11), o resultado do concurso público para provimento de cargos para técnico e analista. A lista nominal dos candidatos aprovados pode ser obtida através do link.

O certame ofereceu 400 vagas para cargos de especialista em C&T (produção e inovação em Saúde pública), pesquisador em Saúde pública, tecnologista em Saúde pública, analista de gestão em Saúde pública e técnico em Saúde pública. Outras informações sobre o resultado podem ser conferidas no site da banca organizadora do certame, a Fundação Dom Cintra.

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Estão abertas as inscrições para o concurso público da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da internet. O procedimento deve ser feito até o dia 24 deste mês e a taxa de candidatura custa R$ 100.

São oferecidas 400 vagas em diferentes unidades da instituição. Entre os cargos oferecidos estão especialista em C&T (produção e inovação em saúde pública), pesquisador em saúde pública, tecnologista em saúde pública, analista de gestão em saúde pública e técnico em saúde pública.

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Segundo o edital do certame, todos os selecionados ingressarão no quadro efetivo de servidores da Fiocruz, substituindo os profissionais terceirizados. Outras informações sobre o processo seletivo podem ser conseguidas no edital da seleção.

 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou os editais de abertura para concurso público que será realizado para o provimento de 400 vagas, em diferentes unidades da instituição. O certame é organizado pela Fundação Dom Cintra e abrange profissionais com formação em diversos níveis. Há vagas para o campi do Rio de Janeiro e de outros estados. 

Os cargos oferecidos são para especialista em C&T (produção e inovação em Saúde pública), pesquisador em Saúde pública, tecnologista em Saúde pública, analista de gestão em Saúde pública e técnico em Saúde pública. Todos os aprovados ingressarão no quadro efetivo de servidores da Fiocruz, substituindo os profissionais terceirizados.

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As inscrições para os quatro cargos vão de 5 a 24 de fevereiro e devem ser feitas pelo site da Fundação Dom Cintra, mediante taxa de R$ 100. Outras informações podem ser obtidas pelos editais presentes no site da Fiocruz.  

O crack é usado por 35% dos consumidores de drogas ilícitas nas capitais do Brasil, revela pesquisa inédita feita pela Fundação Oswaldo Cruz. O trabalho, encomendado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, indica que a maior parte dos usuários está concentrada na Região Nordeste.

Dos 370 mil consumidores regulares de crack ou similares (merla, pasta-base e oxi) estimados nas capitais do País, 148 mil encontram-se na região. Isso significa que 43% da população que usa regularmente drogas ilícitas nas capitais do Nordeste consome crack.

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O porcentual só é menor do que o encontrado no Sul. Nas capitais da região, 52% das 72 mil pessoas que usam regularmente drogas ilícitas consomem crack (37 mil pessoas).

Depois do Nordeste, em números absolutos o maior número de usuários de crack está concentrado nas capitais do Sudeste. A região reúne 113 mil consumidores regulares da droga, seguido pelo Centro-Oeste (51 mil), Sul (37 mil) e Norte (33 mil).

O trabalho foi feito com base em dados coletados em 2012 com 25 mil residentes nas capitais. As pessoas foram visitadas em suas casas e responderam a perguntas sobre suas redes sociais. De acordo com a Fiocruz, esse é o maior e mais completo levantamento feito sobre crack no mundo.

Pesquisadores da Fiocruz analisaram ainda o perfil dos usuários do crack nas capitais, regiões metropolitanas, em cidades de pequeno e médio porte de forma a retratar um cenário similar para o País. O trabalho mostra que a grande maioria da população que usa regularmente é de não brancos (80%), solteira (60,6%) e do sexo masculino (78%) e que por algum momento já esteve na escola (apenas 5% dos ouvidos não completaram um ano de estudo).

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