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O funcionário da área da saúde de Gaza, Ashraf al-Kidra, disse que pelo menos 100 palestinos foram mortos nos confrontos no território costeiro somente nesta terça-feira, com a intensificação da ofensiva militar israelense na região.

Segundo Al-Kidra, os números referem-se aos mortos a partir da zero hora de hoje. O número de palestinos que perdeu a vida em mais de três semanas de conflito entre Israel e o Hamas já ultrapassou 1.000.

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Desde o início da ofensiva terrestre israelense em Gaza já foram registradas várias ocasiões em que o número de palestinos mortos num único dia ultrapassou os 100. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país está pronto para uma campanha prolongada contra o Hamas na Faixa de Gaza. Em discurso na televisão nesta segunda-feira (28), Netanyahu disse que a desmilitarização de Gaza deve integrar qualquer acordo futuro para o território.

Nesta segunda-feira, uma explosão matou dez pessoas em um parque em Gaza, incluindo nove crianças. Autoridades palestinas e de Israel tocaram acusações sobre a autoria do ataque.

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O exército de Israel informou também que militantes do Movimento de Libertação Islâmico (HAMAS) conseguiram infiltrar-se em território israelense e dispararam contra soldados. Segundo o comunicado, os militantes ainda estavam sendo procurados pelas forças de Israel. Fonte: Associated Press.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, reforçou em discurso nesta segunda-feira o pedido para um cessar-fogo imediato e incondicional "em nome da humanidade" entre as forças do Hamas e de Israel na Faixa de Gaza.

O chefe da ONU acusou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o líder do Hamas, Khaled Mashaal, de serem responsáveis pelas mortes deixadas pelo conflito, que já passam de 1.000. Ele fez ainda um apelo para que os líderes demonstrassem desejo político e compaixão.

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"Gaza está em uma situação crítica" após os ataques das forças israelenses que mataram civis e "levantaram questões sobre a proporcionalidade dos ataques", disse Ban Ki-moon à imprensa.

O secretário-geral disse ter conversado por telefone com o primeiro-ministro de Israel e pedido para que ele aceitasse um cessar-fogo.

Em 21 dias de guerra, mais de 1.030 palestinos foram mortos, boa parte deles civis, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. Israel teve 43 baixas militares e dois civis mortos.

O Conselho de Segurança da ONU, instância mais importante da organização, divulgou um comunicado pedindo um cessar-fogo na madrugada desta segunda-feira. A medida, que não tem força legal, foi criticada tanto por israelenses quanto por líderes palestinos, que esperavam uma decisão mais dura contra Israel. Fonte: Associated Press.

Jatos israelenses dispararam contra três locais em Gaza nesta segunda-feira  (28) depois de um foguete ter sido lançado contra Israel, informou o Exército, interrompendo um período de relativa calmaria no território, no início de um feriado importante muçulmano.

Os ataques aconteceram após uma pausa de quase 12 horas nos confrontos e no momento de intensificação dos esforços internacionais para encerrar as três semanas de guerra entre Israel e o Hamas. A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu um cessar-fogo "imediato" do conflito que já matou mais de 1.030 palestinos e 43 soldados e três civis do lado israelense.

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O Exército de Israel disse ter atingido dois lançadores de foguetes e uma instalação de fabricação desse tipo de armamento nas regiões central e norte de Gaza, depois de um foguete ter caído no sul de Israel no início do dia. O foguete não provocou danos nem deixou feridos.

Pelo menos dois palestinos foram mortos nesta segunda-feira. Um menino de 4 anos morreu quando um disparo de tanque atingiu a casa de sua família em Jabaliya, norte de Gaza, informaram funcionários da área da saúde. Outra pessoa morreu por causa de um disparo de tanque em outro incidente, que também aconteceu em Jabaliya.

Mais cedo, o Exército israelense havia dito que não tinha realizado qualquer ataque contra Gaza desde as 21h30 de domingo, mas que tropas em solo avançavam na missão de destruir túneis na fronteira construídos pelo Hamas para realizar ataques em território israelense.

Militares israelenses também realizaram disparos de artilharia em Beit Lahiya, norte de Gaza, em resposta a um foguete disparado contra Ashkelon, declarou um porta-voz militar de Israel. O Exército disse que oito foguetes haviam sido disparados contra Israel desde a meia-noite.

Na medida em que os muçulmanos começam a celebrar o feriado do Eid al-Fitr nesta segunda-feira, data que marca do fim do mês sagrado do Ramadã, havia temor e luto em vez de alegria na Faixa de Gaza.

Em Nova York, uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU pediu um "cessar-fogo humanitário imediato e incondicional". Embora esta tenha sido a mais forte declaração do conselho sobre o conflito em Gaza, não se trata de uma resolução e, portanto, não é vinculativa.

O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, não escondeu seu desapontamento. Ele disse que o conselho deveria ter adotado uma resolução forte e legalmente vinculativa tempos atrás exigindo a imediata interrupção da "agressão" israelense, dando ao povo palestino proteção e levantando o cerco à Faixa de Gaza para que bens e pessoas pudessem se movimentar livremente.

"Não se pode manter 1,8 milhão de civis palestinos na Faixa de Gaza nesta enorme prisão", disse Mansour aos repórteres. "Esta é uma receita para o desastre. É desumano, tem de ser interrompido e (o bloqueio) tem de ser levantado."

O embaixador israelense na ONU, Ron Prosor, também criticou a declaração, embora de uma perspectiva diferente, afirmando que ela não era equilibrada porque não mencionou o Hamas, o disparo de foguetes em direção a Israel e o direito de Israel de se defender. Fonte: Dow Jones Newswires.

Israel reconheceu que tropas dispararam um morteiro em direção ao pátio de uma escola, que servia de abrigo das Nações Unidas (ONU), na semana passada, mas alegou que imagens aéreas confirmam que o local estava vazio no momento dos disparos.

Autoridades palestinas informam que Israel disparou contra a escola, localizada na cidade de Beit Hanoun, na última quinta-feira, matando 16 pessoas e ferindo dezenas.

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A escola era uma das dezenas usadas como abrigo para os milhares de palestinos desabrigados, especialmente provenientes de áreas da Faixa de Gaza em fronteira com Israel. A agência de ajuda da ONU, que opera as escolas, pede por uma investigação. "É importante que em um caso como esse, onde uma escola das Nações Unidas, com centenas de refugiados, foi atingida dessa forma, exista total transparência e responsabilidade", disse Chris Gunness, porta-voz da agência das Nações Unidas.

Imagens de fotógrafos da Associated Press da escola, após o incidente, mostram marcas de sangue no pátio e pertences espalhados. Ao chegar ao local, o fotógrafo informou que os feridos já haviam sido removidos e, em um hospital, o mesmo profissional da AP foi informado de que as pessoas tinham sido feridas em uma escola da ONU.

Saed al-Saoudi, comandante da Defesa Civil em Gaza, disse no domingo que "todas as declarações dos feridos, testemunhas, paramédicos e médicos confirmam que as bombas israelenses foram a causa do massacre". Fonte: Associated Press.

Beit Hanoun, Faixa de Gaza, 26/07/2014 - O governo de Israel informou na noite deste sábado que prorrogou por mais 24 horas um cessar-fogo humanitário com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Uma autoridade do gabinete de ministros disse que a trégua durará até às 24 horas de domingo (horário local), mas que as tropas israelenses vão responde a qualquer possível ataque. Além disso, os túneis secretos usados pelo Hamas em Gaza continuarão sendo destruídos.

Mais cedo, o Hamas disse que rejeitava a prorrogação por mais quatro horas de um cessar-fogo que começou na manhã deste sábado. Cerca de uma hora após o término do prazo inicial, Israel disse que três foguetes foram disparados contra o país. Já o Hamas alega que atirou "várias dezenas" de foguetes. Aparentemente, não houve uma retaliação imediata das forças israelenses. Fonte: Associated Press.

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Beit Hanoun, Faixa de Gaza, 26/07/2014 - Um representante do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, disse que o grupo rejeitou a prorrogação de quatro horas no cessar-fogo anunciada mais cedo por Israel. Sami Abu Zuhri enviou uma mensagem de texto a jornalistas na noite deste sábado, dizendo que "não há acordo para prorrogar a trégua por mais quatro horas".

Israel estabeleceu seus próprios termos para o cessar-fogo, dizendo que continuará destruindo túneis secretos usados pelo Hamas na fronteira com a Faixa de Gaza. Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e a comissária de Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, estão em Paris discutindo como transformar a trégua de 12 horas que começou na manhã deste sábado em um cessar-fogo sustentável. Fonte: Associated Press.

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Um oficial palestino afirmou que mais de mil palestinos foram mortos com a atual guerra entre Israel e o Hamas. A informação foi dada pelo oficial de saúde Ashraf al-Kidra, que ainda declarou que mais de cem corpos já foram encontrados apenas neste sábado.

O número mais alto de mortos foi informado durante a trégua de 12 horas que resultou de negociações mediadas pelo secretário de Estado norte-americano John Kerry e o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon ao longo da última semana. Eles falharam em conquistar um cessar-fogo de mais longa duração, como esperavam.

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Depois da trégua temporária que iniciou na manhã deste sábado, as ruas de Gaza se encheram com residentes que tentavam reunir suprimentos ou inspecionar suas casas. Ambulâncias do Crescente Vermelho chegaram às áreas mais prejudicadas, incluindo a cidade de Beit Hanoun, para resgatar corpos.

Mais de cem corpos já foram retirados em meio de destroços, muitos parcialmente decompostos. Entre os mortos estavam alguns combatentes, segundo o porta-voz da Defesa Civil de Gaza.

Em duas áreas de fronteira, ambulâncias não conseguiram se aproximar porque tanques dispararam alertas, segundo o Crescente Vermelho. Fonte: Associated Press.

Um oficial do governo disse que Israel "tende" a estender o cessar-fogo de 12 horas na Faixa de Gaza por pelo menos mais quatro horas. A trégua poderia ser encerrada às 20h no horário local (14h no horário de Brasília).

O oficial falou sob a condição de anonimato por conta da sensibilidade do tema. De acordo com a imprensa israelense, o Gabinete de Segurança de Israel deve se reunir na noite deste sábado. Fonte: Associated Press.

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Milhares de residentes da Faixa de Gaza que haviam fugido voltaram para áreas de fronteira devastadas durante um cessar-fogo humanitário neste sábado (26) e encontraram destruição em grande escala. Dezenas de casas viraram pó e as ruas estavam bloqueadas, com fios elétricos cortados pelo caminho.

Israel e o Hamas começaram um cessar-fogo humanitário de 12 horas em Gaza neste sábado depois que os esforços do Secretário de Estado norte-americano John Kerry falharam em produzir uma trégua mais longa, com a intenção de acabar com as quase três semanas de enfrentamento. Kerry e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas Ban Ki-moon passaram a última semana mediando conversas na região.

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Apesar das negociações, o ministro de Defesa de Israel, Moshe Yaalon, chegou a alertar que poderia expandir a incursão terrestre na Faixa de Gaza "significativamente". "Vocês precisam estar preparados", declarou a soldados na sexta-feira.

Na cidade de Beit Hanoun, na região nordeste de Gaza, residentes encontraram destruição por onde chegaram. Muitos haviam fugido dias antes, após alertas de Israel de que a cidade seria atacada. Siham Kafarneh, de 37 anos, se sentou nos degraus de uma pequena mercearia e começou a chorar. Mãe de oito crianças, disse que aquilo que ela tinha passado 10 anos para conquistar havia sido destruído. "Não restou nada, tudo o que eu tenho se foi", lamentou.

Israel lançou uma forte campanha aérea em Gaza em 8 de julho e depois mandou iniciou as incursões terrestres ao território comandado pelo Hamas, numa operação que os israelenses disseram ser direcionada para parar o poder de fogo do Hamas e destruir túneis usados por militantes para promover ataques.

Mais de 900 palestinos, a maioria civis, foram mortos, e mais de 6 mil feridos dos últimos 19 dias, de acordo com autoridades locais. Os ataques de Israel também destruíram centenas de casas e deixaram dezenas de milhares de desabrigados.

Israel diz que está fazendo o que pode para evitar o sofrimento de civis, incluindo o envio de alertas de evacuação para residentes em áreas alvo de ataques. O governo israelense culpa o Hamas por colocar os civis em perigo. Israel perdeu 37 soldados e dois civis e um trabalhador tailandês também foi morto.

Parece improvável que o cessar-fogo temporário desse sábado mude o curso das hostilidades. Enquanto o ministro da Defesa Israelense diz que espera que o Hamas não "afronte" os israelenses nunca mais, o Hamas afirma que não vai parar o fogo enquanto não receber a certeza da comunidade internacional de que o bloqueio de mais de sete anos a Faixa de Gaza será retirado. Fonte: Associated Press.

A companhia aérea alemã Deutsche Lufthansa disse nesta sexta-feira que vai retomar voos no Aeroporto Internacional de Ben Gurion, de Tel-Aviv, a partir de sábado de manhã.

A Lufthansa acrescentou, em um comunicado, que está avaliando de maneira contínua a situação de segurança para toda a rede de rotas em estreita coordenação com as autoridades responsáveis.

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A empresa anunciou pela primeira vez uma suspensão de 36 horas de voos em Tel-Aviv na terça-feira e, em seguida, ampliou a medida até sexta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, condenou o violento ataque a uma escola da instituição onde estavam abrigados refugiados palestinos no norte de Gaza nesta quinta-feira (24). Pelo menos 15 pessoas morreram, mas este número deve aumentar, segundo o médico Bassam Al Masry, que trata dos feridos num hospital próximo à escola, já que algumas pessoas ficaram gravemente feridas.

Ban exigiu mais uma vez que Israel e o Hamas obedeçam a lei humanitária internacional durante o conflito e respeitem "a santidade da vida civil, a inviolabilidade das instalações da ONU" e a proteção de trabalhadores humanitários.

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Ele disse em comunicado feito em Erbil, no Iraque, e divulgado na sede da ONU, que as "circunstâncias ainda não estão claras". Segundo ele, os funcionários da ONU tentam conseguir "uma pausa humanitária nas hostilidades para que os feridos sejam retirados".

"Os ataques de hoje ressaltam o imperativo de interromper a matança, e interromper agora", afirmou Ban. O ataque aconteceu no 17º dia de confrontos entre o Hamas e Israel. Esta foi a terceira vez que uma instalação da ONU foi atingida durante o atual conflito. A ONU informou nesta semana que encontrou foguetes estocados por palestinos em duas escolas vazias da instituição, o que fez com que Ban advertisse para o fato de que o uso de instalações da agência para este fim as tornam um alvo militar em potencial. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Funcionários da área da saúde da Faixa de Gaza disseram que o número de mortos de um ataque israelense a um complexo que abriga uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU) no norte do território costeiro subiu para pelo menos 15.

Ashraf al-Kidra, que trabalha no setor de saúde de Gaza, disse que as 15 vítimas fatais estavam entre as centenas de pessoas que buscaram abrigo na escola de Beit Hanoun por causa dos pesados confrontos na região. Pelo menos 150 pessoas ficaram feridas.

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Esta foi a quarta vez que uma instalação da ONU foi atingida durante confronto entre Israel e militantes palestinos no território costeiro, que é controlado pelo grupo militante Hamas, mas foi a primeira na qual houve vítimas.

A agência de refugiados da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA, disse que encontrou foguetes militantes no interior de duas escolas vazias. Fonte: Associated Press.

Autoridades de saúde de Gaza disseram que pelo menos sete pessoas foram mortas quando disparos de um tanque israelense atingiram um complexo que abriga uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU), no norte da Faixa de Gaza durante confrontos com militantes palestinos.

Ashraf al-Kidra, funcionário da área de saúde de Gaza, disse que as sete vítimas fatais estavam entre as centenas de pessoas que buscaram abrigo na escola por causa dos pesados confrontos na região. Pelo menos 150 pessoas ficaram feridas.

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O Crescente Vermelho palestino confirmou que sete pessoas foram mortas por disparos de tanque na escola, instalada na cidade de Beit Hanoun. Esta foi a quarta vez que uma instalação da ONU foi atingida durante confronto entre Israel e militantes palestinos no território costeiro, que é controlado pelo grupo militante Hamas.

A agência de refugiados da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA, disse que encontrou foguetes militantes no interior de duas escolas vazias. Fonte: Associated Press.

Os hotéis israelenses sofrem as consequências da guerra em Gaza, e o cancelamento dos voos de grandes companhias aéreas internacionais a Tel Aviv aumentará o impacto no setor turístico, embora a economia, em geral, esteja preparada para aguentar as consequências do conflito, preveem os especialistas.

O presidente da Associação de Operadoras de Turismo israelense, Ami Etgar, estima que haverá uma queda entre 30% e 40% na chegada de estrangeiros na temporada de verão (no hemisfério norte).

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"Já sofremos um impacto negativo em julho e agosto, e se não houver mais voos para Israel a situação, claro, vai se deteriorar ainda mais", explicou à AFP.

"O turismo israelense estava em pleno crescimento, e a operação (militar em Gaza) acabou com isso. Não sabemos ainda até que ponto (a queda) terá impacto. Vai depender de como isto tudo acabará e de quanto Israel investirá em marketing para se adaptar à situação", considera Etgar.

A taxa de ocupação dos hotéis é de apenas 30%, em comparação às taxas 70% a 80% durante os verões em que Israel não estava em conflito. Além da ausência de visitantes estrangeiros, em particular os peregrinos, a tendência foi reforçada pela mobilização de dezenas de milhares de reservistas, com um impacto no mercado interno.

A redução da entrada de estrangeiros vai representar para a indústria do turismo em seu conjunto, de julho a setembro, 2,2 bilhões de shekels (664 milhões de dólares), dos quais "500 milhões somente para os hotéis" estima Shmuel Tsurel, da Associação Israelense de Hotelaria.

Uma economia resistente 

As autoridades israelenses reagiram ao anúncio feito na terça-feira pelas companhias aéreas e autoridades ocidentais de aviação da suspensão dos voos para Tel Aviv, após a queda de um foguete a poucos quilômetros do aeroporto.

Israel anunciou um aumento dos voos da companhia aérea nacional, a El Al; a abertura de um aeroporto em Ovda, a 60 km de Eilat, no extremo sul do país; e o governo de Benjamin Netanyahu se esforçou para convencer os governos estrangeiros sobre a segurança do aeroporto Ben Gurion, protegido pelo eficaz sistema de defesa antiaérea "Cúpula de Ferro" ('Iron Dome'), que, segundo o Exército israelense, tem 90% de êxito.

De qualquer forma, se o turismo terá um ano difícil, o restante da economia não deve ser muito abalado, de acordo com os analistas.

Desde 2006, Israel travou quatro confrontos armados contra o movimento islamita Hamas em Gaza e uma guerra contra o libanês Hezbollah. De certa forma, os empresários do país já estariam "acostumados".

"O lado fraco da economia israelense continua sendo o turismo. Cada vez que há acontecimentos desse tipo, cai o número de turistas estrangeiros", afirma Rafi Melnick, do comitê monetário do banco central israelense.

Mas "os investimentos, o interesse pelas tecnologias de ponta e as exportações" continuam em alta, ressalta Melnick. "E o mesmo acontece com a bolsa, em tendência positiva", completa.

A Alta Comissária para Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, advertiu todos os lados envolvidos no confronto na Faixa de Gaza para que não ataquem civis indiscriminadamente e alertou que as violações podem constituir crimes de guerra.

Pillay disse nesta quarta-feira em Genebra que cerca de três quartos dos 650 palestinos e 30 israelenses mortos até agora eram civis e que milhares ficaram feridos. Os números, afirmou ela, incluem 147 crianças mortas em Gaza nos últimos 16 dias.

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Ela destacou um ataque com mísseis, disparados por um avião teleguiado (drone) contra a Cidade de Gaza que matou três crianças e feriu outras duas quando elas estavam brincando no telhado de sua casa. Pillay também fez referência a um ataque israelense e a um bombardeio naval que atingiu sete crianças que brincavam numa praia de Gaza, matando quatro pessoas de uma mesma família.

"Estes são apenas alguns exemplos nos quais parece haver a forte possibilidade de a lei humanitária ter sido violada, de uma forma que pode constituir crimes de guerra", disse ela ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, do qual fazem parte 47 países.

Cada um desses incidentes deve ser investigado de forma apropriada e independente."

Israel lançou sua operação contra Gaza em 8 de julho em resposta ao disparo de foguetes vindos de Gaza. Os combates se intensificaram na semana passada com o início de uma ofensiva terrestre do Exército israelense.

Pillay também advertiu que o Hamas e outros grupos estão violando a lei internacional.

"Crianças israelenses e seus pais e outros civis também têm o direito de viver sem o medo constante de que um foguete disparado de Gaza possa cair sobre suas casas ou escolas, provocando morte e ferimentos", disse ela.

"Mais uma vez, os princípios da distinção e da precaução claramente não estão sendo observados com os ataques indiscriminados a áreas civis pelo Hamas e outros grupos armados palestinos", acrescentou.

Pillay disse que o não cumprimento desses princípios pode representar crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Fonte: Associated Press.

Tropas israelenses combatiam militantes do Hamas nesta quarta-feira nas proximidades de Khan Yunis, cidade do sul da Faixa de Gaza, de onde civis tentavam fugir, enquanto o secretário de Estado norte-americano John Kerry relatava progressos nos esforços para intermediar uma trégua no conflito que até agora já matou 657 palestinos e 31 israelenses.

John Kerry foi de avião para Tel-Aviv apesar da proibição da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) para que aviões norte-americanos se dirijam à região, depois de um foguete do Hamas ter atingido um local perto do aeroporto da cidade na terça-feira.

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Kerry deveria se encontrar com o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu e com o presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas em Jerusalém e em Ramallah nesta quarta-feira, no que parece ser um dia extremamente importante para as negociações. Autoridades norte-americanas minimizaram as expectativas para uma trégua imediata e duradoura entre Israel e o Hamas.

Em Jerusalém, Kerry disse que as negociações na direção de um acordo para um cessar-fogo em Gaza registravam progressos após dias de impasse entre Israel e o Hamas. Ele não foi específico na descrição do que chamou de passos adiante nas negociações quando se reuniu pela segunda vez nesta semana com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

"Nós certamente demos alguns passos adiante", disse Kerry, acrescentando que "ainda há trabalho a ser feito".

Um trabalhador estrangeiro foi morto em Israel quando um foguete disparado de Gaza caiu perto da cidade de Ashkelon, sul de Israel, nesta quarta-feira, informou a porta-voz policial Luba Samri, sem divulgar a nacionalidade do trabalhador.

Uma autoridade palestina da área da saúde disse que oito combatentes do Hamas morreram durante uma violenta batalha perto de Khan Yunis, de onde o Crescente Vermelho palestino tentava retirar 250 pessoas. Khan Yunis está sob ataques de tanques e aviões teleguiados (drones) israelenses desde o início desta quarta-feira.

Segundo o Crescente Vermelho, combatentes do Hamas na região estão usando granadas propelidas por foguete e armas leves, incluindo metralhadoras, contra os israelenses.

Centenas de moradores da área leste de Khan Younis eram vistos fugindo de suas casas, na medida em que os combates avançavam, saindo às ruas com os poucos pertences que conseguiam carregar, muitos com crianças a tiracolo. Eles disseram que iriam buscar abrigo em escolas da ONU nas proximidades.

"Os aviões e ataques aéreos estão ao nosso redor", disse Aziza Msabah, moradora de Khan Yunis. "Eles estão atingindo casas, que estão desmoronando em cima de nós." Fonte: Associated Press.

Pela primeira vez desde uma crise diplomática entre potências do Golfo Pérsico, o emir do Catar voou para a Arábia Saudita nesta terça-feira (22) para se encontrar com o rei Abdullah e discutir os planos de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Um oficial sênior do governo saudita disse à Associated Press que o príncipe herdeiro Salman e o vice-príncipe herdeiro Muqrin também compareceram ao encontro com o xeique Tamim bin Hamad al-Thani, do Catar. Além deles, o príncipe Bandar bin Sultan, que atua como conselheiro de segurança do rei Abdullah, e o filho do rei que chefia a Guarda Nacional, príncipe Miteb, também participaram da conversa, que ocorreu na cidade costeira de Jeddah.

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A reunião aproximou dois governos árabes influentes, que defendem duas iniciativas distintas de cessar-fogo. A Arábia Saudita apoia a proposta do Egito, aceita por Israel mas rejeitada pelo Hamas, enquanto o Catar é o principal defensor das condições do Hamas para um cessar-fogo. Entre as demandas estão garantias para o fim do bloqueio ao território de Gaza, implementado por Israel e Egito.

O encontro marca o primeiro contato do alto escalão de Catar e Arábia Saudita desde que os sauditas, juntos com Bahrein e Emirados Árabes Unidos, retiraram seus embaixadores de Doha em março para protestar contra o apoio do Catar ao grupo islâmico Irmandade Muçulmana.

A fonte do governo saudita disse à AP que o emir do Catar viajou à Arábia Saudita apenas um dia depois de o ministro de Relações Exteriores do Omã ter se reunido com ele em Doha, sugerindo que alguns membros do Conselho de Cooperação do Golfo estavam avaliando suspender a participação do Catar.

No entanto, a região permanece profundamente dividida. O Hamas é uma ramificação da Irmandade Muçulmana, grupo que foi considerado como organização terrorista na Arábia Saudita e no Egito. Fonte: Associated Press.

Num sinal de crescente cautela sobre voos em zonas de combate, companhias aéreas dos Estados Unidos e da Europa cancelaram nesta terça-feira seus voos para Tel-Aviv, depois de um foguete ter caído perto do aeroporto Ben Gurion.

As norte-americanas Delta Air Lines e United Airlines suspenderam o serviços entre Estados Unidos e Israel por tempo indeterminado. A US Airways cancelou seu único voo para Tel-Aviv nesta terça-feira (22). A alemã Lufthansa suspendeu todos os voos para Tel-Aviv por 36 horas, o que inclui as viagens feitas por suas subsidiárias Germanwings, Austrian Airlines e Swiss.

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A francesa Air France também suspendeu seus voos até segunda ordem. A companhia disse que seu departamento de segurança continua a monitorar os acontecimentos em Israel. A holandesa KLM, parte da Air France-KLM, também cancelou seu voo que partiria nesta terça-feira de Amsterdã para Tel-Aviv. "Estamos cancelando o voo em razão da falta de clareza da situação no aeroporto de Tel-Aviv", disse Robert Veldhuizen, porta-voz da KLM, que opera um voo diário com esta rota.

Seguindo a decisão de outras empresas, a Air Canada também decidiu interromper seus voos para Tel-Aviv, assim como a Air Berlin, que suspendeu os serviços para hoje e amanhã. As decisões foram tomadas dias depois de um avião da Malaysia Airlines ter caído, supostamente após ter sido atingido por um míssil, no leste da Ucrânia, matando todos os 298 ocupantes da aeronave.

Após a medida adotada pelas aéreas norte-americanas, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) proibiu todas as empresas do setor do país de viajar para Tel-Aviv por 24 horas. A Agência de Segurança Aérea Europeia (EASA, na sigla em inglês) vai divulgar um boletim até quarta-feira que deve refletir a decisão da norte-americana FAA.

Os israelenses combatem militantes do Hamas na Faixa de Gaza pela terceira vez em cinco anos. A polícia israelense confirmou que um foguete disparado de Gaza caiu numa área perto do aeroporto. Segundo a porta-voz policial Luba Samri, o foguete desta terça-feira foi o que caiu mais perto do Ben Gurion desde o início do conflito, em 8 de julho.

Especialistas em aviação e em legislação disseram nesta terça-feira que as companhias aéreas estão agora assumindo a avaliação de risco em suas mãos, tanto no que diz respeito à segurança dos passageiros quanto para evitar que sejam consideradas negligentes.

O consultor de aviação Robert Mann disse que as companhias aéreas estão se tornando mais proativas após o desastre com o voo da Malaysia Airlines. "Isso está forçando cada empresa, cada operadora, a fazer sua própria avaliação de risco tendo em vista a situação geopolítica", afirmou ele.

Jonathan Reiter, importante advogado especialista em acidentes aéreos, disse que voar para um aeroporto após ele quase ter sido atingido por um foguete pode ser usado para mostrar que a companhia aérea é negligente. Isto explica por que as empresas estão suspendendo seus serviços para Israel.

"Eu tenho certeza de que há a preocupação humana também", disse Reiter. "Mas eu acho que as aéreas sentem que é inteligente pecar pela cautela, porque é seu ônus provar que estão fazendo todo o possível para evitar lesões e mortes."

O Ministério dos Transportes de Israel pediu que as companhias aéreas revertam suas decisões e afirmou que estava tentando explicar que o aeroporto é "seguro para pousos e decolagens". "O aeroporto Ben Gurion é seguro e completamente protegido. Não há razões de qualquer tipo para que empresas norte-americanas interrompam seus voos e premiem o terror", disse o ministério em comunicado.

Caças israelenses atingiram casas e um prédio em Gaza, enterrando famílias nos escombros, matando pelo menos 11 pessoas - seis da mesma família - e ferindo ao menos 40, disse Ashraf al-Kidra, uma autoridade de saúde da Palestina.

Mais cedo, tanques israelenses atacaram um hospital no centro de Gaza, matando quatro pessoas e ferindo dezenas de pessoas. Com esses ataques, o número de mortes do lado palestino ultrapassou cem pelo segundo dia consecutivo. Segundo al-Kidra, o número de palestinos mortos até o momento é de 565 e o número de feridos ultrapassa os três mil.

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Do lado israelense, mais sete soldados foram mortos em confrontos com combatentes em Gaza. O número de mortos entre os militares de Israel chega a 25. Além disso, dois civis morreram em ataques de foguetes palestinos contra cidades israelenses. Dezenas de pessoas ficaram feridas.

O derramamento de sangue levou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, ao Cairo para tentar um novo cessar-fogo. Contudo, as disparidades entre as duas partes continuam e nenhuma mediação crível surgiu neste primeiro dia de novas negociações. Fonte: Associated Press.

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