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O presidente Michel Temer (MDB) afirmou, durante evento do Tribunal de Contas da União (TCU) em Brasília, que é necessária uma colaboração entre órgãos de Poder para que o Brasil continue, como está, segundo ele, crescendo. Temer participou, nesta quinta-feira (22), da abertura de um seminário do TCU voltado para governos eleitos nas áreas de saúde, educação e segurança pública.

Em seu discurso, o emedebista prometeu repassar o resultado das discussões ao governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, com o objetivo de "colaborar". "E é isto que deve haver no Brasil: uma colaboração intensa entre todos os órgãos de Poder para que o Brasil continue a crescer como vem crescendo", declarou.

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Ao destacar a necessidade de controle externo das ações do governo, Temer mandou um recado: "O poder corrompe, mas o poder absoluto corrompe absolutamente. Então, para você não permitir que isso se verifique, é preciso que haja instrumentos de controle."

De acordo com Temer, Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público estão "irmanados" no controle de gastos das contas públicas. Afirmando que houve coordenação da União na área de segurança pública nos Estados, Temer disse que seu governo conseguiu resultados "extraordinários", embora muitos esperem resultados para "amanhã".

O governador Paulo Câmara (PSB) não acredita que Pernambuco terá prejuízos posteriores com a ausência dele na primeira reunião do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), com os governadores. O encontro com o capitão da reserva está marcado para a próxima quarta-feira (14), em Brasília. Paulo não vai porque está de viagem marcada para a Espanha. Ele embarca nesta sexta-feira (10) e tem previsão de retorno no dia 20 de novembro.

“De jeito nenhum”, considerou o governador ao ser questionado, na noite dessa quinta-feira (8) após participar da solenidade de entrega da medalha dos 50 anos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), se acreditava em retaliações futuras a Pernambuco por causa da falta na reunião.

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“Nós recebemos o convite dos governadores [eleitos] do Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, e infelizmente já estou com viagem marcada. Alguns governadores já estão com viagem marcada e não poderão ir. Temos a expectativa de, tão logo seja possível, que o presidente receba efetivamente os governadores da forma institucional, que deve ser feita quando ele assumir o cargo", completou. O PSB, do qual Paulo é vice-presidente nacional, já declarou oposição ao governo Bolsonaro.

Apesar de ter perdido a disputa pela Presidência da República, o Partido dos Trabalhadores (PT) será a sigla com o comando de mais Estados do país a partir de 2019. A legenda elegeu quatro governadores: Rui Costa na Bahia, Camilo Santana no Ceará, Wellington Dias no Piauí - todos reeleitos - e Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte, sendo ela a única mulher a conquistar o cargo no país.   

O quadro foi comentado pelo senador Humberto Costa (PT) que rebateu a tese pregada durante as eleições de "extirpar" o PT do país. "Eles disseram que o PT estava acabado, que o golpe contra Dilma e a prisão de Lula seriam a pá de cal do nosso partido. Mas o povo mostrou, nas urnas, que o Partido dos Trabalhadores segue firme e forte. Fizemos a maior bancada da Câmara dos Deputados, somos o partido com o maior número de governadores do país e Fernando Haddad ganhou em 11 estados. É preciso respeitar essa força; faremos uma dura oposição a esse governo fascista de Bolsonaro", salientou, em publicação nas redes sociais.

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Após o PT, o ranking segue com outros quatro partidos que elegeram três governadores cada um: MDB, PSDB, PSB e PSL. Quem chama a atenção é o PSL, do presidente eleito Jair Bolsonaro, que não tinha nenhum chefe de Executivos Estaduais, mas estará à frente de Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

O MDB, contudo, foi o partido que mais decaiu. A legenda que em 2014 chegou a eleger sete governadores, desta vez comandará apenas Alagoas, Distrito Federal e Pará. O PSDB também registrou uma perda de dois governos, em comparação ao último pleito, e vai gerir São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Já o PSB manteve o número de Estados de 2014, ficando com três governos: Espírito Santo, Paraíba e Pernambuco. O PSD também ficou estável, com os governo do Paraná e Sergipe. O mesmo número de gestores do PSC e do DEM, que não elegeram governadores em 2014, mas agora conquistaram o posto. O primeiro vai governar o Rio de Janeiro e o Amazonas, já os democratas Mato Grosso e Goiás.

Na lista, com o comando de um Estado cada, estão: PP, PDT, PCdoB, PHS e Novo.

Enquanto alguns gestores do Nordeste defendem o retorno da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), o governador eleito por Pernambuco, Paulo Câmara (PSB),  não quer mais ‘assombrar’ a população com o referido tributo. A proposta de retomada da CPMF foi defendida pelos futuros governadores do Ceará, Bahia e Alagoas, sob o argumento que a arrecadação iria elevar os recursos destinados à saúde.

De acordo com o novo gestor do Ceará, Camilo Santana (PT), a volta do referido tributo não atingiria toda a população, mas mesmo atingindo uma minoria poderia viabilizar mais recursos para o SUS. “Estou defendendo uma contribuição para o Sistema Único de Saúde. (...) Praticamente 1,2% da população poderia pagar a contribuição, que seria exclusivamente destinada para o setor da saúde”, ponderou.

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Outro petista respaldou o posicionamento do governador do Ceará.  Rui Costa (PT), que estará à frente da Bahia em 2015, ressaltou que a CPMF é algo emergencial não apenas para o Nordeste, mas para todos os governadores do Brasil. 

Mas nem todos os gestores do Nordestes têm o mesmo posicionamento. Apesar de defender a realização de uma reforma tributária em 2015, Paulo Câmara é contra a recriação do tributo citado. Segundo o governador eleito de Pernambuco, que geriu a Secretaria da Fazenda no Estado, existem outras medidas que podem ser tomadas para angariar mais recursos para a saúde. “Tenho uma posição muito clara em relação aos tributos. Sou contra ao aumento de qualquer tipo de carga tributária. Eu acho que temos outros instrumentos que podemos fazer uma melhor distribuição dos recursos, sem aumentar a carga tributária do país, que hoje é muito alta”, defendeu o socialista.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), se mostrou contra a cobrança e sugeriu que seja feito um balanceamento adequado dos impostos e evitar desperdícios.

JOÃO PESSOA (PB) - O Governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), anunciou a realização do Encontro dos Governadores Eleitos do Nordeste. O evento será realizado na capital paraibana e terá como pauta única o desenvolvimento da região.

Segundo Coutinho, serão debatidos assunto das áreas de turismo, logística, portos, aeroportos e obras a exemplo da ferrovia Transnordestina e Transposição do Rio São Francisco. “Pretendemos criar um ambiente para discutir presente e futuro da região, mas numa perspectiva integradora com o País”, salientou o governador. 

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Um dos assuntos, segundo adiantou Ricardo, será a busca pela redução da inflação sem que haja cortes nos investimentos em infraestrutura. “Se o País fizer isso poderá pagar caro nos próximos anos por estarmos perdendo competitividade”. 

O Governador da Paraíba ainda afirmou que todos os governadores concordam com isso. “É conjugar equilíbrio fiscal com manutenção do desenvolvimento e da infraestrutura deste País”, finalizou Ricardo Coutinho.

O Encontro será realizado na próxima terça-feira (9), a partir das 9h, no Centro de Convenções de João Pessoa.

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