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Nesta terça-feira (23) é comemorado o Dia de São Jorge, conhecido como o santo guerreiro. Segundo a história católica, Jorge é nascido na Capadócia e pertenceu a um grupo de militares do imperador romano Diocleciano, que perseguia os cristãos. Ele não queria estar a serviço do império perseguidor e opressor, pois era cristão também. Diocleciano tentou fazer com que Jorge desistisse de sua fé, torturando-o diversas vezes. Porém Jorge permaneceu firme em sua crença e lutou até o fim. Tal atitude foi o que serviu de exemplo para a conversão de diversas pessoas ao cristianismo. No dia 23 de abril do ano 303, Jorge foi decapitado.

A profissional de marketing, Leidiane Dantas dos Santos, 27 anos, é devota de São Jorge desde a infância. Aos 15 anos, um amigo dela sofreu um acidente grave que o deixou em coma por quatro meses. Ela pediu ao santo que concedesse um milagre. "Essa foi a graça mais importante que recebi. Teve também a cura do câncer da mãe de uma amiga, e outras graças pessoais, como emprego, bens materiais, diploma, entre outros. Recorro a ele sempre. Quando acho que não vou conseguir algo, peço discernimento, sabedoria, e ele sempre me guia pelos caminhos justos", conta.

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Fiéis lotam a igreja de São Jorge, em Quintino, na zona zorte do Rio de Janeiro em comemoração ao dia do Santo | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

São Jorge não é cultuado apenas na igreja católica. As religiões de matriz africana também celebram o santo. Ogum, como é conhecido na umbanda ou no candomblé, é o orixá da guerra, muitas vezes invocado para abrir os caminhos dos seus seguidores.

Quando os escravos africanos chegaram ao Brasil encontraram muita dificuldade de praticar suas próprias religiões, foi então que decidiram fazer o sincretismo de algumas divindades africanas com santos católicos. Benedita de Lourdes da Conceição, 49 anos, é umbandista e, desde a infância, conhece e acredita tanto em São Jorge como em Ogum. Aos 17 anos, Benedita descobriu uma hérnia e, após orações ao santo, ela conseguiu a graça da cura. Ela também é filha de Ogum, e por meio da mediunidade procura ajudar amigos e pessoas que vão ao centro de umbanda atrás de auxilio. "Uma amiga minha estava passando por um período de dificuldades na vida financeira e afetiva, e eu queria ajudar de alguma forma. Então perguntei se ela tinha fé em Ogum e fiz um trabalho pedindo ao orixá para abrir os caminhos dela", afirma.

São Jorge é comemorado em diversas lugares do Brasil, e ganhou feriado no estado e na cidade do Rio de Janeiro. Segundo os devotos, a capital carioca é onde acontecem as mais belas celebrações e cultos a São Jorge e ao orixá Ogum.

Fé e futebol

Além de ser cultuado nas duas religiões, São Jorge também é padroeiro do Corinthians. Em 1926, o time paulista de futebol, adquiriu sua sede social no bairro que leva o nome do santo, zona leste de São Paulo. Por isso, hoje também é comemorado Dia do Torcedor Corinthiano.

A advogada Mônica Toledo Poso carrega consigo a medalha de São Jorge | Foto: Acervo Pessoal

A advogada Mônica Toledo Poso não é adepta de uma religião, mas torce com fervor para o Corinthians. Foi por meio do time do coração que ela conheceu São Jorge e virou devota. "Na minha casa, o único santo que eu cultuo e tenho em casa é o São Jorge. Tenho quadros, estatuetas e, na porta de casa tenho uma imagem também", comenta ela, que em todos os jogos do time pede proteção aos jogadores.

Junto com alguns amigos, Mônica conta que já fez uma pequena oferenda a Ogum pedindo proteção em um dos jogos de final de campeonato.

De cocar exuberante e rosto pintado, o guerreiro Thafkhêa aparece como online no whatsapp. Poucos minutos após o convite da reportagem, a jovem liderança Fulni-Ô, de apenas 29 anos, se dispõe a ceder entrevista sobre a realidade dos povos indígenas brasileiros neste 19 de abril, instituído pelo Governo Vargas como o “Dia do Índio”. Em “mês de caçada”, como os guerreiros da tribo chamam abril, período em que saem para divulgar sua cultura e seus costumes em escolas de todo o país, Thafhkêa nos recebe entre as atividades da “Semana dos Povos Indígenas”. O evento é promovido por ele, em conjunto com outros seis guerreiros Fulni-ô e pelo Espaço Ciência, museu interativo de ciências de Pernambuco, em Olinda. Eles palestram, dançam e cantam para as caravanas de estudantes visitantes.

“Esse é Thafkhêa, um guerreiro Fulni-Ô. Ele vai falar um pouco sobre os costumes do povo dele para a gente”, apresenta uma professora empolgada. As crianças, espalhadas pela recepção do museu, ouvem atônitas às imponentes palavras de Thafkhêa, que carrega um sotaque arrastado, cheio de erres fortes, ao se comunicar em português. “Nosso povo preservou seu idioma, mas as escolas da aldeia também nos ensinam o português”, explica. Para Thafkhêa, alguns dos principais papéis do índio na contemporaneidade são levar conhecimento e educação ambiental aos outros povos. “Sem natureza, não existe humanidade. A gente tenta fortalecer esses pequenos guerreiros, que vivem na selva de pedra, com outra visão da terra”, comenta o Fulni-Ô, que se mostra bastante incomodado com a poluição do canal da avenida Agamenon Magalhães. “Muito bonito, mas muito sujo. Mesmo com toda essa sujeira, é importante para todos os seres humanos”, completa.

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"A gente usa essa tecnologia para nosso fortalecimento", diz Thafkhêa sobre redes sociais. (Marília Parente/LeiaJá Imagens)

Ativo nas redes sociais, Thafkhêa publica constantemente em seu instagram divulgações de suas palestras, registros de familiares e do artesanato Fulni-Ô, que, segundo ele, é a maior meio de sobrevivência da tribo. “A gente usa essa tecnologia para nosso fortalecimento, para nos manifestarmos numa rede social e divulgar nossa cultura. Por que os brancos podem evoluir e nós não? Só que a gente evolui mantendo nossa essência, nossa cultura viva”, afirma. Para o guerreiro, ainda existe forte influência de estereótipos do índio na televisão e na grande imprensa, que formam a opinião do país a respeito dos povos indígenas. “Eles mostram muitos mitos, nossa realidade é diferente. Muitas pessoas da aldeia são médicos, advogados e enfermeiros. Temos carros, usamos roupas e telefones. Mas não esquecemos do principal, que é: quem eu sou? Sou um índio fulni-ô”, coloca. 


Thafkhêa e guerreiros Fulni-ô recebem crianças no Espaço Ciência. (Paulo Uchôa/LeiaJá Imagens)

De acordo com relatório da ONG Front Line Defenders de 2017, Brasil e Colômbia são os países que mais matam ativistas nas Américas. Na época da publicação dos resultados, o Comitê Brasileiro de Defensores e Defensoras dos Ativistas garantiu que, das 58 mortes registradas, a maioria era composta por pessoas envolvidas com questões ligadas ao meio ambiente e às disputas de terras, como indígenas e trabalhadores rurais sem terra. O guerreiro Thafkhêa concorda com a afirmativa de que a maioria da população brasileira ainda não empatiza com as vidas indígenas. “Esse preconceito, digo logo assim, é algo que não existe para nós. Se você tem preconceito comigo por eu ser índio, vou rir de você, porque você tem preconceito consigo mesmo. Todo brasileiro tem um pouco de sangue indígena. Se você tem preconceito com isso, você ignora sua linhagem, seus próprios ancestrais”, conclui.

Thafkhêa fala sobre o índio contemporâneo, Governo Temer e luta pelas demarcações:

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O deputado federal Marco Feliciano (PSC) fez uma transmissão ao vivo, na noite dessa terça-feira (10), de uma manifestação na Câmara dos Deputados realizada por deputados a favor de Lula. No vídeo, diversos parlamentares seguram cartazes escritos “Lula Livre” e entoavam “Lula, guerreiro do povo brasileiro”. Ao mesmo tempo, é possível escutar uma voz que rebatia: “Lula, ladrão, do povo brasileiro”. 

Feliciano fez uma crítica pelo ato afirmando que o “circo” estava começando. O pastor também falou que o PT e a esquerda não aceitam que o ex-presidente é um “criminoso”. “Começou o circo, começou o mimimi aqui na Câmara dos Deputados. Estou aqui no plenário, os deputados do PT, os deputados da esquerda, além de obstruírem as votações, não aceitam entregar, não largam o osso. Não aceitam que Lula é um presidiário, não aceitam que Lula é um criminoso”, disparou.

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O deputado reafirmou o apoio a favor de Lula continuar preso. “Fizeram o showzinho deles, querem impedir todas as votações aqui na Casa. Não aceitam a derrota e assim vai o Brasil, triste né? Lula na cadeia, Lula na cadeia. Nada de Lula livre não”, frisou. 

 

De acordo com o líder da oposição, José Guimarães (PT), em protesto contra a prisão de Lula, os parlamentares do PT, PSOL, PcdoB e do PDT não votarão nenhum projeto durante esta semana. Por sua vez, deputados contra o líder petista fizeram diversas críticas. O líder do PSDB, Nilson Leitão, chegou a falar que o momento desgasta a imagem do país. “É lamentável o que o Brasil está vivendo. Não deveríamos estar vivendo isso”, disse. 

 

Um dos maiores defensores de Lula no estado, Carlos Veras, que é presidente da Central Única de Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), fez questão de gravar um vídeo nesta terça-feira (22) para falar sobre a visita de Lula, à capital pernambucana, cumprindo agenda na quinta (24), sexta (25) e sábado (26). Veras disse que está chegando a hora de receber o ex-presidente chamando-o de "guerreiro do povo brasileiro".

"Precisamos continuar mobilizados. Precisamos continuar nas ruas lutando em defesa dos nossos direitos. A caravana do Lula pelo Nordeste está sendo um sucesso. Está chegando a hora do nosso povo pernambucano receber o guerreiro do povo brasileiro", declarou.

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O dirigente falou que "um grande ato" será realizado, na sexta-feira (25), no Pátio do Carmo, na área central do Recife. "Um grande ato organizado por todas as organizações que compõem a Frente Brasil Popular. Venha você participar conosco desse grande ato em defesa da democracia, em defesa dos direitos e em defesa do guerreiro do povo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva", convocou.

Veras, no vídeo, ainda destaca que defender o líder petista "é defender as conquistas da classe trabalhadora, é defender a democracia". Também nesta terça (22), aliado de Veras, o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, em entrevista concedida ao LeiaJá, também falou sobre a expectativa da vinda de Lula.

"Estamos tendo sinais muito entusiasmados da militância da Frente Brasil, do próprio PT, e de caravanas de vários locais do estado, particularmente, aqui do entorno. A gente espera fazer um belo ato no Recife, no Pátio do Carmo, e também um bom ato em Ipojuca para que os trabalhadores, os petroleiros, metalúrgicos e a prefeitura possam denunciar os impactos que estão sofrendo por todos esses desmontes que o governo Temer está fazendo", disse.

 

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Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, não se preocupava com rótulos, como o mesmo disse em um discurso. “O rótulo de radical, conciliador, não tem nenhum sentido para mim (...). O que importa é a prática política, o que me importa são os posicionamentos que se tomam ao lado de determinadas camadas sociais”, declarou num tempo em que boa parte dessa camada citada pelo líder ansiava por dias mais igualitários e justos. 

O primogênito e único filho homem de Maria Benigna Arraes de Alencar e José Almino de Alencar e Silva, foi adorado muito mais do que pela criação do programa Chapéu de Palha, que atendeu os trabalhadores rurais da palha da cana e suas famílias, na região da Zona da Mata, durante o período da entressafra da cana-de-açúcar.

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Arraes trouxe, para muito deles, o significado da importância que eles tinham diante das suas próprias vidas ao colocar, numa mesma mesa, usineiro, os fornecedores de donos de engenho e os trabalhadores.

Um verdadeiro “choque cultural e político” como definiu o próprio neto Eduardo Campos, que herdaria o dom e o carisma do sertanejo que ficaria marcado na história brasileira. “Ele chegou ao governo e faz que a lei seja cumprida na realidade onde não existia lei para os pequenos. Um usineiro sentar na mesma condição diante de um governador com trabalhadores em busca que se cumprisse a lei”, chegou a dizer Eduardo. Ali, um tempo novo estaria por iniciar.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                    O sertanejo foi visto como um santo por muitos. Nascia o mito Arraes

O ex-governador de Pernambuco ficaria rotulado ora por ser um homem cabeça-dura, teimoso, de posturas convictas, ora pela sensibilide humana aguçada que o fez ser venerado pela população mais necessitada, que o tinham como um santo, principalmente, pelos camponeses, que diziam que ele era capaz de fazer chover. Era o mito Arraes que nascia, o mito do Sertão. O guerreiro do povo brasileiro, como a população entoava em diversas visitas que ele fazia pelos municípios do estado. Arraes deixaria marcas inigualáveis para a política brasileira. 

Arraes conseguiu realizar o que registrou em seu discurso quando assumiu pela primeira vez o Governo de Pernambuco, no dia 31 de janeiro de 1963, onde citou um poema do escritor Carlos Drummond de Andrade. Em sua lápide ficaria registrada uma parte do texto: “Luto com as velhas armas que sempre lutei: as minhas duas mãos e o sentimento do mundo”. Sentimento, esse, que marcaria a vida dos de milhares de pessoas eternizando o seu nome na história.

                                                                                                        

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Ele era artista de circo, tinha uma vida ativa, quando de repente: foi acometido por uma doença que lhe causou paralisia. Do hospital onde estava internado, saiu de cadeira de rodas e esta já o acompanha há quase 15 anos. Mas apesar das lutas travadas durante este período, Mauro Sérgio não abandonou seus sonhos, nem muito menos a vida ativa. Nesta edição, o programa Vencer, comandado pelo jornalista James Alcides, apresenta a rotina do artista que adicionou o esporte à sua arte, bem como o talento em contribuir para a realização profissional de outros paraatletas.

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Hoje, pai de um jovem paratleta e compreendendo muito bem as necessidades de quem possui algum tipo de deficiência, Mauro Sérgio tornou-se também um dos nomes mais ativos na luta por melhores condições para quem necessita de atenção especial. "A gente mata um leão por dia a partir do momento em que saímos de casa e nos deparamos com a falta de acessibilidade, com a falta de transporte público digno e sensibilidade das pessoas", desabafa Mauro Sérgio.

Ainda no programa desta semana, Bob Anderson e Keila Fidélis trazem a indicação do filme "Querido Frankie" no quadro Cine Vencer. Já no Plantão Médico, a fisioterapeuta Socorro Alves fala sobre a importância da ergonomia.

Confira todos os detalhes do vídeo. O programa Vencer é apresentado por James Alcides e é exibido todas as sextas-feiras no Portal LeiaJá.

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No programa Na Social dessa semana você vai assistir uma matéria feita durante a exposição Espelhos-Pinturas, da artista plástica Dayse Pontes. O coquetel foi no restaurante Nez Bistrô, em Boa Viagem, zona sul do Recife, onde a exposição ficará até o dia 23 de dezembro. Essa é a primeira exposição totalmente autoral da artista, que é formada em Direito, mas tem a arte "correndo nas veias desde pequena". Filha de um militar que sempre valorizou a boa arte e irmã de Paulo Pontes, um dos maiores dramaturgos do Brasil, Dayse resolveu ceder de vez às telas e tintas.

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Também vai conferir a inauguração do Espaço Guerreiro, na loja Dona Santa. As empresárias Reivelle Serra e Ju Santos uniram forças para trazer a primeira loja Guerreiro ao Nordeste. A marca já está presente no Brasil em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, além de ser conhecida internacionalmente, com as vendas de verão na Europa, mais precisamente na França. A festa foi na própria Dona Santa e a nossa equipe foi convidada para prestigiar o evento.

O Na Social é apresentado por Juliana Liv e exibido toda semana, aqui no Portal LeiaJá.

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