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Os principais partidos políticos do Iêmen anunciaram hoje que estão suspendendo as conversas com o grupo xiita Houthis, responsável pela renúncia do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi há duas semanas.

As discussões tentavam encontrar um consenso nacional depois da longa disputa política entre Hadi e os rebeldes, que tomaram controle da capital há meses. Segundo um político iemenita, os partidos queriam que o Parlamento liderasse o período de transição de governo. De acordo com a Constituição, o presidente do parlamento é quem assume o executivo na ausência do presidente.

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O Houthis rejeita a legitimidade do parlamento, e lançou um ultimato de três dias, começando no domingo, para que partidos rivais compareçam com um plano alternativo. Caso isso não seja possível, os rebeldes prometem tomar todo o governo.

Os rebeldes também demandaram que seus cerca de 20 mil combatentes sejam integrados ao exército e à polícia nacional como pré-condição das negociações, afirmou Abdullah Noaman, líder do partido Nasserista. Ele também acusou o Houthis de usar as negociações como "embuste político para completar o golpe."

O Houthis pertence a uma minoria xiita no país, praticante da seita Zaidi, cujos praticantes são cerca de 30% da população. Eles vieram do norte em setembro e tomaram a capital. Críticos do grupo afirmam que eles têm ligação com o regime iraniano. Eles negam qualquer ligação. Fonte: Associated Press.

Rebeldes xiitas armados com facas e cassetetes atacaram e detiveram nesta segunda-feira manifestantes que protestavam contra a tomada da capital do Iêmen pelo grupo, informaram testemunhas.

Os rebeldes houthis tomaram Sanaa em setembro. Na semana passada, após vários dias de confrontos, eles colocaram o presidente, o primeiro-ministro e importantes integrantes do gabinete de governo em prisão domiciliar. Após chegar a um acordo preliminar com os houthis, o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e o primeiro-ministro Khaled Baha renunciaram a seus cargos, embora o Parlamento ainda não tenha aceitado os pedidos de demissão.

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Enquanto os manifestantes se reuniam nesta segunda-feira na Praça da Mudança, em Sanaa - epicentro do levante de 2011 no país - milicianos houthis atacavam manifestantes e jornalistas e quebravam suas câmeras fotográficas. Não estava claro quantas pessoas haviam sido detidas, embora testemunhas tenham afirmado que os rebeldes atacaram as pessoas que estavam reunidas no local.

A violenta dispersão aconteceu enquanto estudantes da Universidade de Sanaa realizavam uma manifestação no interior do campus. Do lado de fora, houthis armados, usando uniformes militares, ostentavam fuzis Kalashnikov.

Os houthis, que controlam muitas instituições estatais desde que invadiram a capital, a partir de seu reduto no norte do país, dizem querer apenas participação igualitária de poder. Críticos afirmam porém, que eles querem manter Hadi como presidente apenas nominalmente, enquanto governam com mão de ferro. Há também quem acredite que os rebeldes são representantes do Irã, país e maioria xiita, assim como os houthis, mas o grupo nega a acusação.

O vácuo de poder no país eleva os temores de que o ramo iemenita da Al-Qaeda - que recentemente assumiu a autoria do ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo e é considerado por Washington o braço mais perigoso do grupo terrorista - se tornará ainda mais poderoso, na medida em que o Iêmen parece encaminhar para a fragmentação e o conflito assume um tom cada vez mais sectário. Os houthis e o grupo terrorista são ferozes inimigos.

No domingo, o presidente norte-americano Barack Obama defendeu sua estratégia de contraterrorismo no Iêmen, afirmando que sua abordagem "não é limpa e não é simples, mas é a melhor que temos".

"A alternativa seria o envio de uma grande quantidade de tropas, de forma perpétua, o que poderia criar situações adversas e, provavelmente, mais problemas do que poderiam potencialmente resolver", declarou Obama aos jornalistas durante visita à Índia. Ele disse também que o Iêmen "nunca foi uma democracia perfeita ou uma ilha de estabilidade". Fonte: Associated Press.

O presidente do Iêmen renunciou ao cargo nesta quinta-feira (22), após dois dias de confronto em que rebeldes do grupo Houthis tomaram os principais prédios públicos da capital e o confinaram em sua residência. Abed Rabbo Mansour Hadi, um aliado próximo dos Estados Unidos, entregou sua renúncia ao Parlamento depois que foi pressionado a fazer novas concessões aos rebeldes do grupo xiita Houthis, que são acusados de terem ligação com o Irã. Eles negam qualquer vínculo.

Militares próximos ao presidente afirmaram que Hadi renunciou depois que o Houthis o pressionou a fazer um discurso televisionado, onde pediria para o povo iemenita voltar à sua rotina. Eles também afirmaram que os rebeldes queriam ter representantes em seu gabinete, no Ministério da Defesa e nas capitais das províncias, o que Hadi rejeitou.

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A Constituição iemenita diz que o presidente do parlamento, Yahia al-Rai, um aliado próximo do presidente deposto Ali Abdullah Saleh, deve assumir o cargo no momento. Mais cedo, o gabinete de governo do primeiro-ministro Khaled Bahah também havia renunciado a seus cargos.

O governo tecnocrático de Bahah foi formado em novembro como parte de um acordo de paz negociado pelas Nações Unidas depois que o Houthis tomaram controle da capital, em setembro. Hoje, Bahah apresentou sua renúncia afirmando que "queria evitar ser tragado para um abismo de políticas não construtivas baseadas em lei alguma."

"Nós não queremos fazer parte do que está acontecendo ou irá acontecer", ele escreveu. Fonte: Associated Press.

Equipes fortemente armadas de do grupo xiita Houthis permanecem estacionadas do lado de fora da residência e do palácio presidencial nesta terça-feira, contrariando o acordo negociado ontem e que levou ao fim das hostilidades entre governo e rebeldes.

Segundo o acordo negociado na quarta, o Houthis iriam deixar de ocupar o palácio presidencial e outras áreas chave da capital, em troca de maior poder político. Os rebeldes, que pertencem a uma minoria xiita malvista pela maior parte da população sunita do país, há muito reivindicavam uma partilha mais justa do poder político no governo.

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Críticos afirmam, no entanto, que a milícia quer transformar o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi em uma espécie de fantoche enquanto ela governa o país com mão de ferro. O clima da capital continuou tenso hoje, com centenas de iemenitas marchando pelas ruas para demonstrar apoio ao Sadi e contra o que consideram ser um golpe contra o presidente legítimo. "OS Houhtis são contra o Estado", "Vamos fazer a revolta em Sanaa" e "Não ao golpe" eram entoados pela multidão.

Embora a capital não tenha tido momentos violentos, pequenos confrontos surgiram no sudeste de Sanaa e entre homens do Houthis e líderes tribais locais. Perto da província de Marib, uma área rica em petróleo no centro do país, outros confrontos entre o Houthis e tribos locais eclodiram.

Os rebeldes afirmam que o governo não faz o suficiente para eliminar as celular da Al-Qaeda na região. A segurança da província fez parte do acordo entre as duas partes, uma vez que muitos temem que a disputa por ela possa levar a novos confrontos. Fonte: Associated Press.

A agência estatal de notícias do Iêmen divulgou que o presidente do país, Abed Rabbo Mansour Hadi, e os rebeldes do grupo Houthis chegaram a um acordo que põe fim ao impasse violento em que vivia a capital do país. Segundo a agência de notícias SABA, o acordo prevê que os rebeldes deixem o palácio presidencial e retirem o cerco que mantinham sobre a residência de Hadi. O acordo também prevê que o Houthis liberem um dos principais auxiliares do presidente, que havia sido capturado há alguns dias.

Em troca, o governo irá atender aos pedidos dos rebeldes para que a Constituição seja reformada e que eles possam ter mais representação no parlamento e nas instituições do Estado. Auxiliares de Hadi afirmaram na manhã desta quarta-feira que o presidente era mantido "prisioneiro" dentro de sua casa pelos rebeldes xiitas. Fonte: Associated Press.

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Um cessar-fogo interrompeu intensos confrontos nas proximidades do palácio presidencial na capital do Iêmen, Sanaa, nesta segunda-feira (19), depois de os rebeldes xiitas terem tomado o controle da agência de notícias e da televisão estatal.

Os combates, concentrados na região do palácio e na área ao sul da residência presidencial, representa o maior desafio enfrentado pelo presidente Abed Rabbo Mansour Hadi em relação aos rebeldes, conhecidos como houthis, que deixaram seus redutos no ano passado para tomar a capital em setembro.

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A violência levou o mais pobre país árabe da África a um caos ainda maior e pode complicar os esforços dos Estados Unidos no combate ao braço iemenita da Al-Qaeda, que assumiu a responsabilidade pelos ataques ao jornal satírico Charlie Hebdo e é considerado por Washington o ramo mais perigoso da rede terrorista.

Os houthis são vistos por seus críticos como representantes do Irã xiita, acusação negada pelo grupo. Acredita-se também que tenham ligação com o ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh, derrubado em 2012 após protestos da Primavera Árabe. Eles prometeram erradicar a Al-Qaeda, mas também são hostis aos Estados Unidos. Seu slogan é "morte a Israel. Morte à América".

Os houthis e forças leais a Hadi estão num impasse há meses na capital. Cada lado culpava o outro pela explosão de violência na manhã desta segunda-feira. Testemunhas disseram que tiros de metralhadora podiam ser ouvidos, enquanto disparos de artilharia atingiram áreas próximas ao palácio presidencial.

Hadi não vive no palácio, mas uma quantidade extra de soldados e tanques foram enviados para proteger sua residência privada, que fica próxima da área dos ataques. Um cessar-fogo foi negociado por um comitê presidencial que incluiu os ministros do Interior e da Defesa, um auxiliar presidencial e um xeque de uma tribo que é próximo aos houthis.

A mais recente explosão de violência parece ter ligação com a rejeição dos houthis ao esboço na nova Constituição, que divide o país em seis regiões federais. No sábado, os houthis sequestraram um dos principais auxiliares do presidente para prejudicar uma reunião sobre o assunto.

Hadi e os houthis acusam-se mutuamente pela não implementação de um acordo de paz, negociado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que pede a Hadi que forme um novo governo de unidade nacional e reforme as agências do governo. O acordo prevê também que os houthis retirem seus combatentes das cidades. Os rebeldes exigem a integração de seus homens às forças de segurança, algo que Hadi se opõe.

A longa luta pelo poder prejudicou a capacidade do Iêmen de combater a Al-Qaeda na Península Arábica e o avanço houthi em áreas predominantemente sunitas elevou o apoio local ao grupo terrorista. Fonte: Associated Press.

Autoridades do Iêmen informaram que homens armados sequestraram o chefe do escritório da presidência, Ahmed Awad bin Mubarak, e dois seguranças no centro da capital, Sanaa, neste sábado (17). Ainda não foi recebido um pedido de resgate e ninguém assumiu a autoria da ação, mas fontes afirmam que os suspeitos são integrantes do grupo rebelde shiita Houthi.

Os Houthis dominaram grandes partes do território do Iêmen no início deste ano, como parte da campanha para derrubar o governo do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi. Críticos afirma que o grupo está ligado a shiitas do Irã, mas os rebeldes refutam essa acusação. Fonte: Associated Press.

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Um membro da AQAP, uma ramificação da Al-Qaeda no Iêmen disse que o grupo dirigiu o ataque contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo em Paris "como vingança pela honra" do profeta islâmico Maomé.

Em uma declaração em inglês feita à Associated Press nesta sexta-feira, ele disse que "a liderança da AQAP dirigiu as operações e que escolheram o alvo com cuidado". De acordo com ele, o ataque foi compatível com as advertências do último líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden ao Ocidente sobre "as consequências da persistência da blasfêmia contra santidades muçulmanas".

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Ele disse que o grupo adiou a sua declaração de responsabilidade por "razões de segurança". O membro da AQAP falou sob condição de anonimato devido às regras do grupo. Fonte: Associated Press.

Militantes da Al-Qaeda bombardearam um escritório de rebeldes xiitas Houthi no sul da capital do Iêmen, Sanaa, neste domingo. Seis Houtihis foram mortos e outros 31 ficaram feridos, de acordo com autoridades.

A polícia disse que o bombardeio na província de Dhamar, cerca de 100 quilômetros de Sanaa, tinha como alvo um quartel-general local do movimento Houthi, que ocupou uma série de cidades do Iêmen, incluindo a capital. Um dos mortos era um jornalista que trabalhava para uma rede de televisão do grupo.

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A afiliada local da Al-Qaeda no Iêmen assumiu a responsabilidade pelo ataque em um comunicado publicado em sua conta no Twitter.

Os Houthis, apoiados pelo presidente deposto Ali Abdullah Saleh, são umas mais fortes facções no país envolvido em uma luta pelo poder com o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi. Recentemente eles reforçaram as medidas de segurança em Sanaa por medo de ataques de militantes da Al-Qaeda.

Na quarta-feira, um homem-bomba atacou uma cerimônia organizada pelo Houthis para comemorar o nascimento do Profeta Muhammad, matando pelo menos 24 pessoas e ferindo cerca de 50 ao sul da capital. Outros confrontos relacionados entre membros de tribos e tropas do Exército mataram seis soldados e dois integrantes de tribos poucos dias antes. No sábado, homens armados mataram dois combatentes Houthi. Fonte: Associated Press.

Um importante líder da Al-Qaeda no Iêmen declarou nesta quinta-feira que o presidente Barack Obama é responsável pelas mortes recentes de dois reféns - um norte-americano e ou sul-africano - durante uma fracassada operação de resgate.

A mensagem de vídeo de Nasr bin Ali al-Ansi, postada numa das contas do grupo no Twitter, é o primeiro comentário da Al-Qaeda desde que Luke Somers e Pierre Korkie foram mortos quando forças especiais norte-americanas atacaram uma instalação da Al-Qaeda na tentativa de resgatar os reféns.

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Al-Ansi disse ter advertido os Estados Unidos contra tais tentativas, depois do fracasso de uma primeira ação deste tipo em novembro. Ele acusou Obama de imprudência e disse que a ação "fez com que as coisas acontecessem de forma completamente diferente do que queríamos".

Obama disse ter ordenado a operação porque acreditava-se que Somers, um jornalista de 33 anos, estava em "perigo iminente". O presidente afirmou que a morte de Somers foi "um assassinato bárbaro".

Funcionários do governo dos Estados Unidos disseram que cerca de 40 integrantes das forças especiais norte-americanas estiveram envolvidos na tentativa de resgate, que aconteceu após ataques com aviões teleguiados (drones) na região. As equipes de resgate, apoiadas por forças iemenitas, avançaram 100 metros no interior do complexo, localizado na província de Shabwa, quando foram percebidos pelos militantes. Segundo os militares dos Estados Unidos, o confronto que se seguiu durou 30 minutos.

Al-Ansi descreveu a operação de resgate como uma "ordem de execução" e disse que militantes mal equipados defenderam-se dos soldados fortemente armados dos Estados Unidos por cerca de três horas.

As exigências feitas pela Al-Qaeda nunca foram claras. Nesta quinta-feira, Al-Ansi afirmou que a Al-Qaeda queria negociar a libertação de prisioneiros de Guantánamo. Ele também mencionou o xeque Omar Abdel-Rahman, conhecido como o "xeque cego", que cumpre sentença de prisão perpétua nos Estados Unidos por terrorismo.

"Eles poderiam ter ao mesmo negociado conosco algumas cláusulas ou demonstrar sinceridade", afirmou.

Al-Ansi também advertiu que a Al-Qaeda vai continuar a "colocar as vidas de todos os norte-americanos em risco dentro e fora da América...no ar, em solo e no mar".

Washington considera a Al-Qaeda na Península Arábia o braço mais perigoso do grupo terrorista fundado por Osama bin Laden. O grupo é ligado a vários planos sofisticados para atacar o território norte-americano que foram descobertos ou fracassaram. Fonte: Associated Press.

Um graduado comandante da Al-Qaeda no Iêmen criticou nesta segunda-feira as decapitações realizadas pelos rivais do grupo Estado Islâmico. Nasr bin Ali al-Ansi disse que cortar as cabeças dos inimigos e filmar os atos como forma de propaganda é uma atitude bárbara. Ele afirmou também que os ataques norte-americanos com aviões teleguiados (drones) aumentam a popularidade da Al-Qaeda no país.

As declarações de Al-Ansi foram feitas em vídeo, em resposta a perguntas que jornalistas postaram na conta do grupo no Twitter. Aparentemente, as imagens foram feitas antes do assassinato de dois reféns do grupo no último sábado - um norte-americano e um sul-africano - durante uma tentativa de resgate dos Estados Unidos. Al-Qaeda e Estado Islâmico costumam executar prisioneiros, mas a decapitação e outros atos brutais se tornaram uma marca do Estado Islâmico.

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A Al-Qaeda no Iêmen, vista por Washington como a mais perigosa afiliada da Al-Qaeda em todo o mundo, já havia criticado o Estado Islâmico anteriormente por tentar expandir seu território.

Extremistas do Estado Islâmico inicialmente lutavam para derrubar o presidente sírio Bashar Assad, mas outros grupos, dentre eles o comando central da Al-Qaeda, critica o grupo por ser muito violento.

Al-Ansi disse que as decapitações anteriores realizadas pela Al-Qaeda no Iêmen foram "atos individuais" e não foram endossados pela liderança. Ele pareceu se referir a decapitação de 15 soldados iemenitas por supostos militantes da Al-Qaeda em agosto.

"Filmar e promover esses atos entre as pessoas em nome do Islã e da Jihad é um grande erro, além de inaceitável seja qual for a justificativa", afirmou Al-Ansi. "É muito bárbaro", declarou.

Há tempos a Al-Qaeda no Iêmen é alvo de ataques de drones norte-americanos, que mataram vários de seus líderes, mas também uma grande quantidade de civis, atraindo críticas do governo e de grupos de direitos humanos.

Al-Ansi disse que os ataques deixam a população indignada, o que aumenta a popularidade da Al-Qaeda. "Embora eles matem alguns dos jihadistas, os ataques com drones dos Estados Unidos aumentam a simpatia dos muçulmanos por nós", disse ele. "Graças ao sangue de alguns mártires, o chamado para a jihad se espalha." Fonte: Associated Press.

O mais alto órgão de segurança do Iêmen, o Comitê Supremo de Segurança, divulgou um raro pronunciamento reconhecendo que as forças do país promoveram um ataque em conjunto com "amigos americanos" na tentativa fracassada de resgate de um fotojornalista norte-americano mantido refém por militantes da Al-Qaeda. O comitê afirmou ainda que todos os militantes que mantiveram o refém preso foram mortos na operação.

O fotojornalista e um professor sul-africano morreram neste sábado durante uma operação liderada pelos Estados Unidos, cuja realização o presidente Barack Obama disse que ordenou por considerar que havia "perigo iminente" ao refém norte-americano.

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Oficiais americanos acreditam que os militantes atiraram nos dois homens durante uma troca de tiros e que ambos estavam vivos quando as forças americanas os retiraram do prédio controlado pelos militantes. Eles foram levados para uma aeronave, onde passaram por intervenção cirúrgica promovida por equipes médicas durante um voo curto até um navio da marinha americana na região.

Acredita-se que o sul-africano Pierre Korkie morreu no voo e o norte-americano Luke Somers faleceu no navio, de acordo com altos oficiais americanos que falaram sob condição de anonimato.

Cerca de 40 forças especiais dos Estados Unidos participaram da missão. A segunda tentativa em menos de duas semanas para resgatar Somers foi incentivada após a publicação de um vídeo no inicio da semana no qual a Al-Qaeda ameaçava matar o fotojornalista em menos de 72 horas.

Em um depoimento, Obama afirmou que o resgate de outros reféns estava autorizado, mas não mencionou o professor sul-africano. O presidente norte-americano disse que autorizou a operação assim que houve "inteligência confiável e um plano operacional".

O chefe de segurança nacional do Iêmen, major general Ali al-Ahmadi, afirmou que os militantes planejavam matar o fotojornalista estadunidense no sábado e que isso acelerou a realização da missão de resgate. "Infelizmente, atiraram no refém antes ou durante o ataque", disse a jornalistas. Fonte: Associated Press.

Um fotojornalista norte-americano mantido refém por militantes da Al-Qaeda no Iêmen foi morto durante uma tentativa fracassada de resgate, segundo informou sua irmã neste sábado (6). Lucy Somers disse à Associated Press que foi informada da morte do irmão Luke Somers, de 33 anos, por agentes do FBI, a polícia federal dos EUA. "Pedimos que todos os membros da famílias possam passar por esse momento de luto em paz", afirmou.

A facção da Al-Qaeda no Iêmen, chamada de Al-Qaeda da Península Arábica, publicou um vídeo na última quinta-feira mostrando Somers e ameaçando matá-lo se os EUA não atendessem às demandas do grupo em três dias. Ele havia sido sequestrado em setembro de 2013, em Sanaa, capital do Iêmen.

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A notícia da tentativa fracassada de resgate surge após um suposto ataque com drones dos EUA ter matado nove militantes da Al-Qaeda, também neste sábado, segundo fontes do setor de defesa. O ataque ocorreu ao amanhecer, na província de Shabwa, no sul do país. Outros seis militantes já haviam sido mortos na mesma região no mês passado.

Em um vídeo publicado na internet neste sábado, antes da confirmação da morte, Lucy descreve o irmão como "um romântico que sempre acreditou no melhor das pessoas". Falando diretamente aos sequestradores, ela pedia: "por favor, deixem ele viver". O pai de Luke, Michael, também pediu a libertação dele, a quem chamou de "bom amigo do Iêmen e do povo iemenita".

Em um discurso na última quinta-feira, o secretário de imprensa do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, reconheceu pela primeira vez que uma missão dos EUA no mês passado tentou resgatar Somers, mas depois descobriu-se que ele não estava no local, perto da fronteira do Iêmen com a Arábia Saudita. Mesmo assim, outros oito reféns (incluindo iemenitas, um saudita e um etíope) foram libertados. Aparentemente Somers, um britânico e outros quatro reféns haviam sido transferidos dias antes. Fonte: Associated Press.

Partidos do Iêmen, liderados pelo ex-presidente Ali Abdullah Saleh, e rebeldes xiitas rejeitaram neste sábado o governo recém-formado. A atitude ameaça o acordo mediado pelas Nações Unidas, que estabeleceu uma trégua após rebeldes tomarem a capital do País.

A declaração do Partido Congresso Geral do Povo de Saleh e do grupo rebelde conhecido como Houthis veio um dia após o Conselho de Segurança da ONU impor sanções sobre Saleh e dois líderes rebeldes por ameaça da paz, segurança e estabilidade do País. O conselho da ONU ordenou o congelamentos de todos os ativos e proibiu viagens do líder do partido, Abd al-Khaliq al-Huthi, e do segundo no comando do Houthi, Abdullah Yahya al Hakim.

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Em comunicado, o grupo Houthis disse que as sanções foram um obstáculo na transação política do Iêmen. As sanções foram, segundo o grupo, "uma flagrante provocação dos sentimentos da população e uma interferência nos assuntos internos".

No mesmo comunicado, o grupo rejeitou o novo governo e pediu por novos membros.

O grupo rebelde tomou a capital Saná em setembro, alegando suporte ao partido Saleh, e demandando que o presidente em exercício Abed Rabbo Mansour Hadi apontasse um novo governo, reclamando que o anterior era próximo do partido rival sunita. Apenas sete membros sobraram do governo anterior. Fonte: Associated Press.

A Al-Qaeda afirmou neste sábado ter tentado assassinar o embaixador americano no Iêmen, mas as duas bombas foram detectadas minutos antes de sua detonação, afirmou o centro americano de vigilância de sites islamitas, o SITE.

Segundo Ansar al Sharia, o braço informativo da rede jihadistas, as bombas se encontravam diante da residência do presidente iemenita Abd Rabo Mansur Hadi.

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Deviam explodir no momento em que o embaixador americano Matthew Tueller deixasse o imóvel, depois de visitar o presidente. Nenhum dirigente confirmou essa notícia.

O Iêmen é um aliado-chave dos Estados Unidos na luta contra a Al-Qaeda. Sanaa autoriza Washington a atacar com drones o grupo extremista dentro de seu território.

Um carro-bomba atingiu uma casa usada por rebeldes xiitas Houthi em uma cidade ao sul de Sanaa, capital do Iêmen, matando pelo menos 10 pessoas e ferindo outras 15, de acordo com autoridades de segurança. Todas as vítimas eram membros do movimento Houthi, cujos combatentes invadiram Sanaa no mês passado. O bombardeio na área de Radaa na província Baydah acertou a casa de Abdullah Idris, um alto funcionário do partido deposto do presidente Ali Abdullah Saleh.

Embora o ataque tenha características dos realizados pela Al-Qaeda, ninguém reivindicou a responsabilidade pelo atentado, que ocorreu horas após os funcionários relataram que os combates recomeçaram entre os houthis e combatentes da Al-Qaeda, em Radaa. As batalhas deixaram 13 rebeldes e 15 militantes mortos, de acordo com autoridades tribais da região.

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Em Sanaa, o governador, Abdul- Ghani Jameel, demitiu-se, dias após os Houthis, que capturaram a capital no mês passado, o acusaram de corrupção e o perseguirem fora de seu gabinete. Também nesta segunda-feira, as autoridades disseram que militantes da Al-Qaeda capturaram a cidade de Al-Adeen, a 200 quilômetros ao sul de Sanaa na província de Ibb. Eles não informaram mais detalhes. Os houthis têm tentado assumir o controle total de Ibb desde a semana passada.

No mês passado, a Al-Qaeda pediu que a maioria sunita do Iêmen lutasse contra os houtis, que por sua vez têm procurado se retratar combatendo o terrorismo, enquanto tentam criar um país unido. A Al-Qaeda reivindicou a responsabilidade por um atentado suicida no início deste mês, que matou 51 pessoas, principalmente houtis, em Sanaa. Fonte: Associated Press.

Rebeldes xiitas do Iêmen entraram em confronto com militantes da Al-Qaeda para conquistar mais territórios no País nesta quarta-feira (15). O embate entre os grupos rivais aconteceu em uma província ao sul da capital, Sanna, de acordo com autoridades de segurança.

A luta entre os Houthis, insurgentes xiitas, e os integrantes da Al-Qaeda começou na noite da terça-feira e seguiu madrugada adentro na cidade de Raad, na província de Bayad. Informações preliminares indicam que cinco rebeldes e seis militantes da Al-Qaeda morreram. Milhares de habitantes fugiram da cidade para evitar o conflito.

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O avanço dos Houthis, que são anti-americanos, acontece em um país central para a campanha dos Estados Unidos contra os líderes da Al-Qaeda. Além disso, a proximidade do Iêmen de campos de petróleo de aliados de Washington no golfo árabe lhe confere valor estratégico. Analistas acreditam que os Houthis estão ganhando impulso para conquistar mais territórios no país.

A ramificação da Al-Qaeda no Iêmen é descrita por Washington como a ramificação mais ativa da rede de terroristas e jurou enfrentar os Houthis. A entidade reivindicou a responsabilidade por um atentado suicida em Sanna que, na semana passada, matou 51 pessoas, em sua maioria Houthis.

Nesta quarta-feira, autoridades do Iêmen afirmaram que quatro suspeitos de serem integrantes da Al-Qaeda foram mortos quando o veículo em que estavam foi atingido por um foguete atirado por um drone. A identidade dos quatro mortos não foram divulgadas e não se sabe ainda se eles eram agentes importantes da organização terrorista.

O Iêmen tem sido assolado por anos por uma insurgência liderada pela Al-Qaeda, que tem realizado ataques suicidas contra alvos militares e do governo. O país também tem sofrido com a pobreza extrema, que inflamou movimentos de rebelião separatistas na região sul do Iêmen. A nação está unificada desde 1990. Fonte: Associated Press.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que está preparado para impor sanções contra "sabotadores" que ameaçam a paz, a segurança e a estabilidade do Iêmen.

Em uma reunião de emergência nesta segunda-feira (13), o Conselho condenou o crescimento do número de ataques terroristas ligados ao grupo Al-Qaeda e expressou preocupação profunda sobre os últimos acontecimentos no Iêmen, incluindo a tomada da capital por rebeldes xiitas. O Conselho elogiou a nomeação do novo primeiro-ministro, Ahmed Ben Mubarak, e encorajou o novo governo a realizar reformas.

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O Conselho afirmou que está preparado para avaliar com urgência qualquer prova contra "sabotadores" que bloqueiem a implementação de um plano de paz e democracia adotado após um diálogo nacional.

O enviado especial da ONU para o Iêmen, Jamal Benomar, disse ao Conselho que "a transição está em risco de entrar em colapso" e que o único caminho é implementar o plano de paz. Fonte: Associated Press.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, condenou fortemente os ataques terroristas no Iêmen que resultaram na morte de mais de 60 pessoas, incluindo crianças, além de ferir outras dezenas.

"Esses atos criminais hediondos não podem ser justificados de maneira alguma", afirmou Ban em uma declaração lida por seu porta-voz nesta quinta-feira. Os dois ataques aconteceram em Sanaa, capital do país, e na cidade de Mukalla, na provícia de Hadramawt, no leste do Iêmen.

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Nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelos ataques recentes, mas eles têm características das ações da Al-Qaeda, que há anos realiza atentados suicidas contra tropas do Exército, agentes de segurança e instalações do governo. O grupo extremista sunita Al-Qaeda na Península Arábica havia advertido que atacaria os houthis.

O secretário-geral enfatizou a importância de implementar rapidamente o acordo de paz nacional e parceira assinado recentemente. O governo do Iêmen e seus oponentes chegaram a um consenso no último mês. O Conselho de Segurança da ONU pediu sua implementação imediata e o fim dos ataques e das ameaças, além da formação de um novo governo.

Os houthis tomaram o controle de Sanaa no mês passado, mas um acordo intermediado pela Organização das Nações Unidas (ONU) conseguiu encerrar os combates nas ruas da capital. A tomada de Sanaa pelos houthis aconteceu após semanas de protestos de seus partidários na capital com o objetivo de fazer pressão para um maior compartilhamento de poder e uma troca no governo.

Dois ataques suicidas foram realizados nesta quinta-feira (9) no Iêmen, deixando pelo menos 50 mortos, informaram autoridades. Um deles teve como alvo uma reunião de xiitas rebeldes na capital do país, Sanaa, e o outro atingiu um posto militar avançado no sul.

Pelo menos 30 pessoas morreram quando um suicida detonou os explosivos que levava junto ao corpo em Sanaa, tendo como alvo uma reunião de partidários dos houthis, grupo rebelde xiita que tomou a capital durante uma ofensiva no mês passado.

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Antes de detonar os explosivos, o homem-bomba se misturou aos manifestantes nas primeiras horas do dia, quando eles se preparavam para um evento da rua Tahrir, disseram agentes de segurança e funcionários de hospitais, sob condição de anonimato.

O segundo ataque aconteceu no subúrbio da cidade portuária de Mukalla, província de Hadarmout, no sul do país. Um homem jogou o carro que dirigia contra o posto avançado de segurança, matando pelo menos 20 soldados e ferindo 15, disseram autoridades.

Hadarmout é um dos vários redutos do braço iemenita da Al-Qaeda, considerada por Washington a mais perigosa ramificação da rede terrorista.

Nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelos ataques, mas eles têm características das ações da Al-Qaeda, que há anos realiza atentados suicidas contra tropas do Exército, agentes de segurança e instalações do governo.

Em Sanaa, os mortos e feridos foram levados a três hospitais. Seis crianças estavam em estado grave. No local da explosão, na rua Tahrir, havia poças de sangue no chão enquanto voluntários recolhiam pedaços de corpos.

Na semana passada, a Al-Qaeda no Iêmen advertiu que atacaria os houthis e convocou os sunitas do país a cerrar fileiras e lutar contra os rebeldes xiitas.

Os houthis convocaram o evento na capital iemenita nesta quinta-feira para protestar contra a escolha do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi de entregar o cargo de primeiro-ministro para Ahmed Awad bin Mubarak. A crise se intensificou a tal ponto que o premiê designado pediu a Hadi na manhã desta quinta-feira que o liberasse do cargo.

Apesar do atentado suicida e da saída de Bin Mubarak da chefia do governo, o evento aconteceu mais tarde, reunindo cerca de 4 mil houthis que pediram a renúncia de Hadi e gritavam palavras de ordem contra os Estados Unidos e a Arábia Saudita.

O líder rebelde Abdel-Malik al-Houthi fez uma declaração, transmitida pela televisão na noite de quarta-feira, convocando seus partidários a se reunirem nesta quinta-feira contra e escolha de Bin Mubarak. Ele disse que seu grupo ficou surpreso com a nomeação, afirmando que ela aconteceu depois de Hadi ter se reunido com o embaixador norte-americano no Iêmen. Al-Houthi disse que Hadi é uma "marionete" nas mãos de poderes estrangeiros.

"A flagrante interferência estrangeira é uma forma de contornar a revolução popular", declarou.

Os houthis tomaram o controle de Sanaa no mês passado, mas um acordo intermediado pela Organização das Nações Unidas (ONU) conseguiu encerrar os combates nas ruas da capital. A tomada de Sanaa pelos houthis aconteceu após semanas de protestos de seus partidários na capital com o objetivo de fazer pressão para um maior compartilhamento de poder e uma troca no governo.

O acordo de 21 de setembro estabeleceu a indicação de um novo chefe de governo e a saída de houthis armados da cidade. Fonte: Associated Press.

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