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O presidente do Iêmen, Abed Rabbo Mansour Hadi, afirmou neste sábado que os rebeldes xiitas que o obrigaram a fugir do país são "marionetes do Irã", culpando diretamente a república islâmica pelo caos político vivido pelo país nos últimos dias.

Os comentários foram feitos durante uma cúpula de líderes árabes realizada na cidade costeira de Sharm el-Sheikh, no Egito. O encontro ocorreu dois dias depois de o presidente iemenita fugir do país em meio ao avanço dos rebeldes xiitas, conhecidos como houthis.

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Os líderes do Egito, da Arábia Saudita e do Kuwait culparam o Irã de se intrometer em "assuntos de países árabes" ao, supostamente, dar apoio aos xiitas iemenitas.

"O Iêmen, em sua hora mais escura, nunca enfrentou um desafio à sua existência e uma ameaça à sua identidade como os que enfrentam agora", afirmou el-Sisi. "Isso ameaça a nossa segurança nacional, e nós não podemos ignorar as suas consequências para a identidade árabe."

Mais incisivo, Hadi desafiou diretamente o Irã e pediu que seus partidários se levantem em um protesto pacífico contra os houthis.

"Eu digo para os fantoches do Irã e todos aqueles que os apoiam... Vocês destruíram o Iêmen com sua imaturidade política e com a fabricação de crises nacionais e locais", atacou Hadi.

O Irã e os houthis negam que Teerã apoie o movimento rebelde, embora a República Islâmica tenha prestado ajuda humanitária ao grupo.

Procurado, o governo do Irã não fez comentários imediatos sobre a intervenção de Hadi.

Enquanto isso, uma reportagem de uma emissora local iemenita controlada pelos houthis classificou Hadi como um "fantoche" da Arábia Saudita.

Hadi também disse que os ataques aéreos lançados pela Arábia Saudita e seus aliados contra os houthis não devem parar até que os rebeldes se rendam e devolvam as armas que roubaram dos depósitos do exército. O monarca da Arábia Saudita, rei Salman, prometeu anteriormente que a campanha militar no Iêmen não iria terminar até que a segurança e a estabilidade fossem restauradas.

Durante o sábado, aviões de guerra sauditas realizaram dezenas de ataques a instalações militares em todo o país, tendo como alvo instalações dos houthis em torno de Sanaa, Marib, Dhamar e Lahj, informaram autoridades de segurança.

O porta-voz da coalizão árabe, Ahmed Asiri, disse a jornalistas que autoridades sauditas também estavam rastreando as atividades de ao menos dois grupos rebeldes nas fronteiras com o Iêmen.

Asiri reiterou, no entanto, que a coalizão "não vai permitir" que os houthis cruzem a fronteira. Fonte: Associated Press.

O ministro de Relações Exteriores do Irã tentou nesta sexta-feira desfazer temores de que a crise no Iêmen poderia prejudicar as negociações nucleares do país com o P5+1, grupo formado por Estados Unidos, Reino Unido, China, França, Rússia e Alemanha. Mohammad Javad Zarif afirmou que as negociações continuam concentradas num acordo sobre o programa nuclear de Teerã.

O Iêmen é "a questão do dia" que chegou a ser discutido durante as conversações, mas "isso não significa que negociamos sobre isso", afirmou ele aos jornalistas.

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Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita contra rebeldes no Iêmen prejudicam as relações entre o reino sunita e o Irã, predominantemente xiita. Zarif disse que eles "devem parar e todos têm de encorajar o diálogo e a reconciliação nacional".

Apesar das preocupações do Irã com o Iêmen, porém, "nossas negociações estão confinadas à questão nuclear", afirmou.

As declarações de Zarif foram feitas pouco depois da primeira reunião do dia com o secretário de Estado norte-americano John Kerry. Os lados esperam restringir as diferenças a tempo de chegar a um acordo preliminar até o final do mês. Isso permitirá a negociação de uma acordo abrangente até o final de junho, que deve impor restrições de longo prazo ao programa nuclear de Teerã em troca de alívio nas sanções impostas ao país.

Autoridades iranianas têm demonstrado otimismo a respeito das chances de avançar o suficiente até terça-feira. Mas Zarif estava menos confiante nesta sexta-feira, dizendo esperar que os lados cheguem a um entendimento comum apenas na semana que vem. "As conversações são muito difíceis e complicadas", disse ele à televisão iraniana.

Um reflexo do interesse de Teerã de chegar a um acordo foram as cartas enviadas pelo presidente iraniano Hassan Rouhani ao presidente Barack Obama e aos demais líderes do P5+1. Seu gabinete disse nesta sexta-feira que as cartas contêm propostas sobre como se chegar a um acordo, mas não divulgou detalhes. Rouhani também conversou por telefone com os líderes da Rússia, França e Reino Unido. Fonte: Associated Press.

A TV estatal saudita informou há pouco que o presidente do Iêmen, Abed Rabbo Mansour Hadi, está na capital da Arábia Saudita, Riad.

A emissora informou que Hadi chegou à base aérea de Riad e foi recebido pelo ministro da Defesa do país, o príncipe Mohamed, filho do rei Salman. Ontem, Hadi fugiu do Iêmen de barco por meio do porto de Áden, à medida que os rebeldes xiitas fecham o cerco à cidade.

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A chegada de Hadi à Riad ocorre horas depois de a Arábia Saudita e seus aliados lançarem ataques aéreos contra os rebeldes no Iêmen, conhecidos como houthis, e contra as forças leais ao antecessor de Hadi, o autocrata deposto Ali Abdullah Salh.

É esperado que Hadi participe de uma cúpula árabe no Egito, que começa no sábado. A TV estatal saudita não informou detalhes sobre a rota que o presidente iemenita fez de Áden para Raid. Fonte: Associated Press.

O embaixador da Arábia Saudita nos Estados Unidos, Adel Al-Jubeir, anunciou que seu país iniciou uma ofensiva aérea no Iêmen contra o grupo rebelde Houthis, que tomou o poder em fevereiro.

Segundo Al-Jubeir, a ofensiva começou às 21 horas (de Brasília). "Faremos todo o necessário para proteger o povo iemenita e o governo legítimo do país", disse.

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O embaixador disse que dez países irão participar da ofensiva, mas se negou a dizer quais são eles.

O reino sunita da Arábia Saudita acusa o grupo Houthis, que pertence a uma minoria xiita no país, de ser financiado pelo Irã. Ambos negam a acusação. Para Al-Jubeir, o Houthis "sempre escolheu o lado da violência."

A campanha foi lançada no mesmo dia em que o presidente deposto do Iêmen, Abed Rabbo Mansour Hadi, fugiu do país pelo mar. O governo de Hadi era visto como um aliado próximo dos Estados Unidos na região, e também peça importante no combate ao terrorismo. Fonte: Associated Press.

Rebeldes xiitas, conhecidos como houthis, dispararam vários tiros e lançaram gás lacrimogêneo para dispersar milhares de manifestantes que exigiam que o grupo se retira-se da província de Torba, no sudoeste do Iêmen. No confronto, seis manifestantes morreram e dezenas de pessoas ficaram feridas, aumentando as tensões no país, que está à beira de uma guerra civil.

Os rebeldes shiitas avançaram para o sudoeste do Iêmen, em confronto com milícias rivais ao atual presidente do país, Abed Rabbo Mansour Hadi.

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"Torba se transformou em uma bola de fogo", disse o morador Khaled al-Asswadi, acrescentando que os manifestantes impediram os houthis de avançar para a cidade.

Os rebeldes e os comandos de polícia que apoiam o deposto presidente Ali Abdullah Saleh usaram balas de verdade, gás lacrimogêneo e cassetetes contra os manifestantes que protestavam também na cidade de Taiz, que foi capturada pelos rebeldes no final de semana. Taiz é a terceira maior cidade do Iêmen.

Na cidade de al-Dhalea, onde os rebeldes tomaram um escritório do governo, as forças rebeldes entraram em confronto com milícias leais ao atual presidente Abed Rabbo Mansour Hadi usando artilharia, armas antiaéreas e metralhadoras, disse uma autoridade iemenita, sob anonimato.

O presidente Hadi fugiu da capital, Sanaa, que está sob controle dos rebeldes desde setembro, e se refugiou na cidade de Áden. Ele declarou a cidade como a nova capital provisória do Iêmen e pediu para os países do Golfo para intervir militarmente e impedir que os houthis invadam a cidade. Hadi pediu também à Organização das Nações Unidas (ONU) para impor uma zona de exclusão aérea a fim de impossibilitar os rebeldes de utilizarem os aeroportos e aviões de guerra.

O ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Saud al-Faisal, entretanto, advertiu que "se o golpe dos houthis não terminar pacificamente, vamos tomar as medidas necessárias para proteger a região".

O presidente do Iêmen, Abed Rabbo Mansour Hadi, pediu aos países do Golfo Pérsico que intervenham militarmente contra os rebeldes xiitas que tomaram a capital e avançam na direção do sul do país, afirmou seu ministro de Relações Exteriores à mídia saudita nesta segunda-feira.

Riad Yassin disse que Hadi também pediu à Organização das Nações Unidas que imponhas uma zona de exclusão aérea para que os rebeldes, conhecidos como houthis, não possam usar os aeroportos que tomaram. Ele acusou os rebeldes de estarem sob as ordens do Irã, acusação negada por Teerã.

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Yassin falou à emissora de televisão saudita Al-Hadath nesta segunda-feira. Ele fez declarações semelhantes ao jornal Asharq al-Awsat.

O ministro saudita de Relações Exteriores Saud al-Faisal advertiu que "se o golpe houthi não terminar pacificamente, tomaremos as medidas necessárias em relação a esta crise para proteger a região".

Ele não deu mais detalhes. Riad também renovou sua oferta para sediar as conversações entre grupos iemenitas rivais, o que já foi rejeitado pelos rebeldes.

Os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo - Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Bahrein - advertiram no início do ano que agirão para proteger a segurança da Península Arábica e descreveram a tomada de partes do Iêmen pelos houthis como um ato "terrorista".

"O tempo está do nosso lado", declarou Yassin à Al-Hadath. Ele não disse quais seriam as consequências de uma intervenção militar, mas afirmou que o avanço houthi na direção da base de Hadi, na cidade de Áden, precisa ser interrompida. Segundo ele, os rebeldes querem prejudicar as tentativas de uma solução política.

Yassin disse que o pedido foi feito ao Conselho de Cooperação do Golfo depois que aviões realizaram ataques nas proximidades do palácio presidencial em Áden no final de semana. Hadi não ficou ferido no ataque.

A força militar emergencial dos países do Golfo Pérsico, conhecida como Escudo da Península, interveio no Bahrein em 2011 para ajudar a monarquia sunita a esmagar manifestantes apoiados pela maioria xiita.

O pedido de intervenção foi feito dias antes da uma cúpula árabe, que acontece no Egito. Não estava claro se Hadi conseguirá participara do evento.

A última vez que a Arábia Saudita interveio no Iêmen foi no final de 2009, quando foram realizados ataques aéreos e disparos de artilharia contra houthis nas proximidades da fronteira, depois que os rebeldes atacaram soldados sauditas. Mais de 130 soldados sauditas foram mortos.

Naquela época, os houthis faziam parte de uma insurgência contra o então presidente, Ali Abdullah Saleh, a quem agora se aliaram. Fonte: Associated Press.

Rebeldes xiitas do Iêmen simpatizantes do ex-presidente Ali Abdullah Saleh tomaram a terceira maior cidade do país, Taiz, e o aeroporto neste domingo, informaram fontes militares.

A tomada da cidade pode ser um grande golpe ao atual presidente, Abed Rabbo Mansour Hadi, exilado na cidade de Áden após fugir da capital Sanaa no mês passado. A distância entre Taiz e Áden é de 140 quilômetros.

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Ontem, o grupo de rebeldes, conhecido como houthi, convocou uma ofensiva contra os órgãos estatais controlados pelo presidente Abed Rabbo Mansour Hadi. O pedido foi feito minutos após o presidente fazer seu primeiro discurso depois de ser libertado de prisão domiciliar na capital Sanaa. Hadi descreveu, em suas falas, a gestão dos rebeldes como um golpe contra a legitimidade constitucional. Fonte: Associated Press.

Soldados norte-americanos, incluindo agentes das Forças Especiais, deixaram uma base militar no Iêmen após a Al-Qaeda tomar o controle de uma cidade próxima, segundo fontes militares do país.

As fontes disseram que os soldados estão se retirando da base aérea de Al Anad que fica próxima da cidade de al-Houta. Não foi dito se os norte-americanos deixaram o país.

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Oficialmente, há cerca de 100 soldados norte-americanos e agentes das Forças Especiais no local. Autoridades dos EUA se recusaram a comentar imediatamente neste sábado.

Um braço local da Al-Qaeda é considerado por Washington como o mais perigoso do grupo. Os EUA têm feito uma série de ataques de drones no Iêmen contra supostos militantes. A Al-Qaeda tomou a cidade de al-Houta na sexta-feira. Fonte: Associated Press.

O Banco Mundial suspendeu suas operações no Iêmen nesta quinta-feira (12). Trata-se da mais recente de uma série de organizações internacionais, embaixadas ocidentais e do Oriente Médio a fechar seus escritórios em decorrência da violência na capital do país, Sanaa.

O Banco Mundial disse em comunicado que suspendeu suas operações no Iêmen por causa de questões relacionadas à violência e aos acontecimentos políticos. A organização informou que a decisão foi tomada após uma revisão completa da situação no Iêmen, o mais pobre dos países árabes do mundo. A conclusão foi que a situação "se deteriorou num grau que o Banco Mundial não é capaz de exercer a efetiva gestão de seus projetos".

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O escritório do Banco Mundial em Sanaa já estava temporariamente fechado desde meados de fevereiro. Embaixadas ocidentais fecharam as portas e retiraram seus funcionários de Sanaa no mês passado, depois de os rebeldes houthis terem invadido o palácio presidencial e terem colocado o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e os ministros de seu gabinete em prisão domiciliar. Posteriormente, Hadi conseguiu fugir para Áden.

Rússia, China, Irã e Omã mantêm suas embaixadas em funcionamento em Sanaa, enquanto Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Bahrein as transferiram para Áden. O Catar informou também que pretende abrir sua embaixada em Áden, no sul do país. Fonte: Associated Press.

Militantes da Al-Qaeda invadiram uma cidade do Iêmen nesta segunda-feira, mas horas mais tarde um contra-ataque do Exército expulsou os militantes do local, informaram autoridades. Os ataques aconteceram um dia depois de o ministro da Defesa, major general Mahmoud al-Subaihi, ter conseguido escapar da capital, Sanaa, controlada por militantes xiitas, conhecidos como houthis, que tomaram o poder no início do ano.

Ele se uniu ao presidente Abed Rabbo Mansour Hadi na cidade de Áden, sul do país. Na cidade portuária, o presidente anunciou a reversão de sua renúncia e afirma ser o líder do país árabe mais pobre do mundo.

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Oficiais militares disseram que os combates desta segunda-feira na cidade de Mahfad, província de Abyan e ex-reduto da Al-Qaeda, duraram oito horas.

Militantes da Al-Qaeda na Península Arábica tomaram o controle da cidade ao estabelecer uma série de postos de verificação, antes de se transferirem para uma importante base militar. Os combates deixaram quatro soldados iemenitas mortos, além de vários militantes da Al-Qaeda, disseram os oficiais, que falaram em condição de anonimato.

O braço da Al-Qaeda no Iêmen aproveitou-se da profunda crise política no país para lançar ataques. Teme-se que a ofensiva houthi e seu plano de tomar o controle de cidades do sul do país, onde a maioria da população é sunita, transforme o conflito político numa luta sectária, da qual a Al-Qaeda se beneficiaria.

Nesta segunda-feira, a Arábia Saudita concordou em ser o palco para as negociações de paz de paz com os houthis, pedidas por Hadi, segundo informou a agência de notícias oficial saudita. Muitos acreditam que os houthis, que segundo rumores recebem apoio do Irã, cujo governo é xiita, rejeitarão participar das conversações.

O líder dos houthis acusou a Arábia Saudita, além dos tradicionais aliados ocidentais do Iêmen e países ricos em petróleo do Golfo Pérsico, de tentar fragmentar o país. A Arábia Saudita acusou o houthis de realizarem um golpe de Estado. O reino sunita suspendeu sua ajuda financeira ao Iêmen. Fonte: Associated Press.

Ao menos 12 pessoas morreram em confrontos violentos entre militantes da Al-Qaeda e rebeldes xiita Houthi na província central de Bayda, neste domingo (8). As informações são de autoridades locais.

Outras cinco mortes foram registradas em confrontos entre tribos rivais. Fonte: Associated Press

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Homens armados encurralaram um caminhão militar durante a noite de quinta-feira numa província do Iêmen, matando os quatro soldados que estavam no veículo. A responsabilidade do ataque foi assumida pelo braço da Al-Qaeda no país.

Oficiais de segurança iemenitas disseram que o ataque surpreendeu os soldados, que faziam patrulha noturna na cidade de Huta. O grupo de inteligência SITE, que monitora mensagens online de grupos extremistas, afirmou que militantes da Al-Qaeda postaram mensagens em suas contas do Twitter afirmando que queimaram o caminhão após atirarem nos soldados.

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Ataques da Al-Qaeda e de rebeldes xiitas Houthi, ambos opositores do governo, têm ocorrido com frequência na região. Os Houthis invadiram Sana em setembro de 2014 e mantiveram o presidente do Iêmen, Abed Rabbo Mansour Hadi, em prisão domiciliar até semana passada, quando fugiu para a cidade de Áden.

Os Estados Unidos consideram o braço da Al-Qaeda no Iêmen um dos mais perigosos. O grupo foi associado às diversas tentativas de ataque no país. A Casa Branca lança frequentes ataques por drone no Iêmen nas regiões dominadas pelo grupo.

Em Genebra, a porta-voz do Alto Comissariado de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Ravina Shamdasani, declarou que a situação crítica do Iêmen está sendo monitorada de perto. Fonte: Associated Press.

Sana, Iêmen, 21/02/2015 - O ex-presidente do Iêmen, Abed Rabbo Mansour Hadi, deixou a capital do Iêmen, Sana, depois de ser liberado por rebeldes que o mantinham preso em sua residência há várias semanas. De acordo com assessores de Hadi, os rebeldes teriam cedido à pressão das Nações Unidas, dos Estados Unidos, Rússia e partidos políticos locais.

Mansour Hadi chegou em Áden e pessoas próximas ao ex-presidente disseram que ele pretende buscar tratamento médico fora do País. Hadi foi mantido em sua casa por várias semanas por rebeldes do grupo xiita Houthi, que tomou a capital em setembro.

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O enviado das Nações Unidas, Jamal Benomar, disse ontem que as facções rebeldes, incluindo os houthis, chegaram a um consenso sobre um novo corpo legislativo, formado por novos e antigos deputados para servir durante o período de transição. Mas a coalizão dos partidos do Iêmen demonstrou objeção ao plano, descrevendo-o como uma meia solução e insuficiente.

O porta-voz do Partido do Encontro Unionista, Ahmed Lakaz, que participa do diálogo, disse que os partidos informaram aos houthis que deveriam ficar de fora do processo se Hadi não fosse libertado.

O Iêmen encontra-se em uma crise política desde que o Houthi assumiu o controle da capital, forçou a renúncia do presidente apoiado pelo ocidente e dissolveu o Parlamento, além de manter Hadi preso em sua residência. Fonte: Associated Press.

Partidários do ex-presidente do Iêmen Abed Rabbo Mansour Hadi assumiram o controle de prédios de rádio e televisão na cidade de Aden, no sul do país, após a imprensa ter acusado as forças de segurança de trabalharem ao lado de xiitas rebeldes que controlam a capital.

As autoridades de segurança afirmaram que um soldado e dois partidários de Hadi foram mortos em confrontos durante a tentativa de tomar os prédios. Hadi, um sulista, renunciou em janeiro, depois de uma luta de poder prolongada com os rebeldes, conhecidos como houthis, que controlam Sanaa desde setembro.

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Desde então, os rebeldes dissolveram o Parlamento, e Hadi e seu gabinete de ministros continuam presos em uma casa rebelde. Os houthis não controlam todo o país e estão em confronto com um braço poderoso da Al-Qaeda. Fonte: Associated Press.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas realiza neste domingo uma reunião de emergência para discutir a crise no Iêmen. A reunião aberta deve avaliar a situação local depois que a tomada de poder por rebeldes aumentou o risco de colapso do mais pobre país do mundo árabe.

Um rascunho de resolução obtido pela Associated Press exige que os rebeldes xiitas Houthi "retirem imediata e incondicionalmente" suas forças das instituições governamentais, libertem o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e sua equipe ministerial da prisão domiciliar, e se envolvam "de boa fé" nas negociações de paz liderada pela ONU.

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Ministros do exterior das seis nações que compõem o Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo (CCG) pediram à ONU que interviesse, advertindo que, se o mundo fracassar em responder à situação iemenita, eles estão preparados para agir por conta própria para manter a segurança regional.

Em janeiro, rebeldes houthis, que já haviam se instalado na capital do Iêmen, Sanaa, tomaram o poder. O presidente e sua equipe ministerial renunciaram a seus cargos depois de ficarem sitiados em suas casas pelos rebeldes, que também dissolveram o Parlamento. Os houthis são do norte do país e há boatos de que seriam ligados ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, que caiu durante os protestos da Primavera Árabe. Eles não controlam todo o território iemenita e há indícios de grupos no sul do Iêmen que querem a divisão do país, que só foi unificado em maio de 1990, com a fusão do Iêmen do Norte e do Iêmen do Sul.

Fonte: Associated Press

Autoridades militares do Iêmen afirmaram que 26 pessoas foram mortas em conflitos entre rebeldes xiitas e tribos sunitas no sul do país. Os rebeldes, conhecidos como houthis, foram apoiados por tropas do exército no combate contra tribos sunitas na província de Bayda. Entre as vítimas, 16 eram houthis e 10 eram de tribos sunitas contrárias aos rebeldes.

Milhares de pessoas foram às ruas no Iêmen neste sábado (14) para protestar contra a tomada do governo por rebeldes xiitas. Manifestações aconteceram nas cidades de Ibb, Taiz, Hodeida, Dhamar e na capital do país, Sanaa.

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Além disso, a imprensa dos Emirados Árabes Unidos afirmou hoje que o país fechou sua embaixada em Sanaa. Durante a semana, Arábia Saudita, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália e Alemanha tomaram a mesma medida. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos devem fechar a sua embaixada no Iêmen em meio ao impasse político e a deterioração das condições de segurança do país após os rebeldes xiitas tomarem o controle do poder, informaram altos funcionários de defesa norte-americanos.

Os funcionários disseram que os diplomatas foram retirados do Iêmen nesta terça-feira (10) e a embaixada irá suspender as operações até que as condições políticas melhorem. O Iêmen tem enfrentado há meses uma crise com os rebeldes xiitas do grupo Houthis, que sitiou a capital e, em seguida, tomaram o poder. Os funcionários dos EUA falaram sob condição de anonimato.

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Segundo as fontes, os fuzileiros navais que dão a segurança para a embaixada provavelmente também sairão do país, mas as forças norte-americanas que realizam missões de contraterrorismo em outras partes do Iêmen não seriam afetadas.

Na semana passada, o Houthis dissolveu o parlamento e formalmente assumiu depois de meses de confrontos. Eles, então, colocaram o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e todo o seu gabinete de ministros sob prisão domiciliar. Hadi e os seus ministros renunciaram em protesto. Fonte: Associated Press.

Rebeldes xiitas do Iêmen reúnem-se com seus rivais políticos pela primeira vez desde que tomaram o poder na semana passada, quando dissolveram o Parlamento e transformaram seu principal organismo de segurança no governo de facto do país.

As negociações desta segunda-feira, intermediadas pelo enviado da Organização das Nações Unidas (ONU), Jamal Benomar, incluíram representantes da coalizão dos principais partidos políticos do país, assim como do partido do presidente deposto Ali Abdullah Saleh.

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As negociações haviam sido interrompidas na quinta-feira, depois de políticos acusarem os rebeldes, conhecidos como Houthis, de recusarem-se a fazer qualquer concessão política, o que inclui a retirada do cerco imposto ao presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e aos membros de seu gabinete, que já haviam renunciado a seus cargos em protesto contra os rebeldes.

Na sexta-feira, os houthis dissolveram o Parlamento e indicaram um Comitê Revolucionário para governar o país. Fonte: Associated Press.

Milhares de pessoas foram às ruas no Iêmen neste sábado (7) para protestar contra a tomada do governo por rebeldes xiitas. Na capita, Sanaa, os militantes atiraram para o alto para tentar dispersar os manifestantes, que foram agredidos com pedaços de pau. Protestos também ocorreram nas cidades de Hodeida, Taiz e Ibb.

Mais cedo, autoridades relataram a explosão de uma bomba em uma das ruas que dá acesso ao palácio presidencial. O atentado deixou três pessoas feridas. Os rebeldes tomaram o controle das instituições estatais, dissolveram o parlamento e instalaram um novo comitê para governar a nação mais pobre da região - lar do que Washington considera como a mais perigosa ramificação da Al-Qaeda.

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Os rebeldes, conhecidos como Houthis, são inimigos da organização terrorista, mas também são hostis aos norte-americanos e à Arábia Saudita, que é predominantemente sunita. Acredita-se que, nos bastidores, os Houthis recebam o apoio dos iranianos. Fonte: Associated Press.

A ramificação da Al-Qaeda no Iêmen anunciou esta quinta-feira que um de seus clérigos mais poderosos foi morto em um ataque aéreo feito por um drone norte-americano.

Sheikh Harith Al-Nadhari era um dos rostos mais conhecidos do grupo, e frequentemente figurava entre os vídeos publicados na internet. No mês passado, ele apareceu em um vídeo comemorando os ataques ao jornal satírico Charlie Hebdo. De acordo com o perfil do grupo no Twitter, ele morreu em 31 de dezembro, junto com três outros militantes.

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A Al-Qaeda na Península Arábica é considerada um dos ramos mais perigosos do grupo no mundo. Após diversas tentativas de realizar um ataque nos Estados Unidos, eles assumiram a autoria pelos ataques contra a redação do Charlie Hebdo no começo de janeiro, em Paris.

O grupo é inimigo do Houthis, a milícia rebelde xiita no norte do Iêmen que depôs o presidente no final de janeiro e que hoje controla boa parte do país. Ambos são anti-americanos. Fonte: Associated Press.

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