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O Plenário do Senado aprovou nessa quinta-feira (18) o projeto que tipifica a injúria racial como crime de racismo (PL 4.373/2020). Do senador Paulo Paim (PT-RS) e relatado pelo senador Romário (PL-RJ), o projeto também aumenta a pena para o crime e segue para a análise da Câmara dos Deputados.

A proposta alinha a legislação ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em julgamento, já decidiu dessa forma. O texto incorpora ao Direito Penal o que o STF e tribunais e juízes em todo o Brasil já vêm consolidando: a injúria racial é crime de racismo e como tal deve ser tratada, em todos os seus aspectos processuais e penais. O projeto retira a menção à raça e etnia do item específico do Código Penal (art. 140) e insere novo artigo na Lei de Crimes Raciais, definindo pena de multa e prisão de dois a cinco anos. O projeto cita injúria por “raça, cor, etnia ou procedência nacional”. Hoje, o Código Penal prevê pena de um a três anos de cadeia, além da multa.

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Durante a discussão da matéria, Paim agradeceu o apoio dos senadores e lembrou citação da ministra do STF, Cármen Lúcia, quando do julgamento desse tema:

"'Esse crime não é apenas contra a vítima, mas é uma ofensa contra a dignidade do ser humano'. E complemento dizendo que as correntes que prendiam e apertavam os pulsos e os pés do povo negro, com essa mudança estão sendo rompidas. Que as gargalheiras que eram colocadas na garganta do povo negro também sejam rompidas", afirmou Paim.

Na justificação da matéria, Paim argumenta que a injúria racial não é mencionada na Lei de Crimes Raciais (Lei 7.716, de 1989), embora esteja prevista no Código Penal (Decreto Lei 2.848, de 1940). Ele registra que a injúria racial não estaria plenamente equiparada aos delitos definidos no Código Penal, e que, por definição constitucional, são imprescritíveis e inafiançáveis. Por essa razão, acrescenta o autor, o racismo praticado mediante injúria pode ser desclassificado e beneficiado com a fiança, com a prescrição e até mesmo com a suspensão condicional da pena.

Já o senador Romário destacou que o número de registros de injúrias raciais praticadas nos últimos anos corrobora com a necessidade de se tratar o assunto com maior rigor. Ele apresentou dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2020, que aponta 9.110 registros de crimes raciais em 2018 e 11.467 em 2019, com um aumento de 24,3%.

Romário registrou ainda que a injúria racial é crime da mais elevada gravidade, pois atinge fortemente a dignidade e a autoestima da vítima. Ele observou que é uma  conduta que gera sentimento de revolta, fomenta a intolerância e não se compatibiliza com os valores de uma sociedade plural e livre de qualquer forma de discriminação ou preconceito. Romário acrescentou que a transposição desse item do Código Penal para a Lei de Crimes Raciais representa, além de segurança jurídica no enfrentamento da questão, uma prova adicional de que a sociedade quer combater a perpetuação de atos racistas, bem como punir mais severamente eventuais criminosos.

"Racismo que se revela em termos ofensivos ainda utilizados na pouca presença de negros em postos de liderança ou na pouca referência à história negra e símbolos africanos em nossas escolas. Ainda testemunhamos, infelizmente, manifestações racistas em nossos estádios, em nossas ruas, espaços públicos e privados, mas deixaremos hoje aqui a lição para todos do que devemos ser: cada vez mais intolerantes com a intolerância. Hoje tratamos de dar um importante passo nesse sentido", afirmou.

Discussão

As senadoras Zenaide Maia (Pros-RN) e Nilda Gondim (MDB-PB) classificaram o dia de votações no Plenário como “histórico”, pelos temas em enfrentamento ao racismo. Elas destacaram o trabalho dos senadores Paim e Romário como fundamental para o fortalecimento da democracia já que a medida oferece dignidade humana a todos os brasileiros.

"É uma mudança que trata esse crime com a dureza que ele merece. Não existe injúria racial individualizada. Quando alguém é atacado por ser negro, a ofensa é racista. Então, injúria racial é racismo, sim, e como tal deve ser tratado", avaliou Zenaide.

Igualdade

O senador Lasier Martins (Podemos-RS) se somou no reconhecimento ao autor e relator e disse que, no Brasil, o futebol poder ser usado como ferramenta de combate ao racismo.

"Um belíssimo exemplo disso foi dado ontem pelo Sport Club Internacional, de Porto Alegre, que prestou uma significativa homenagem ao Mês da Consciência Negra durante a partida disputada no Mato Grosso contra o Cuiabá usando, o Internacional, pela primeira vez em sua centenária e vitoriosa história, o uniforme na cor preta", disse o senador, observando que o clube gaúcho, com uniforme tradicionalmente colorado, se uniu aos esforços no combate ao racismo.

Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o projeto representa um grande avanço no sentido de sair do discurso e dar efetividade a premissa constitucional de que todos são iguais perante a lei.

"Nós temos que entender que a orientação sexual, a cor da pele, o gênero não definem o caráter. O que define o caráter é o seu comportamento ético, o seu comportamento moral, a imagem, o que nós fizemos para construir um Brasil mais justo, fraterno, igualitário, inclusive plural", disse.

*Da Agência Senado

A mãe Carolaine Vilela, moradora da cidade de Planalto, no interior de São Paulo, denunciou o vereador Gercimar Maximiliano de Mattos (Solidariedade), conhecido como "Gerson do Bar", por injúria racial contra a sua filha de apenas dois anos. De acordo com o depoimento concedido à TV Tem, o parlamentar teria enviado mensagens ofensivas sobre a criança, que é negra. Vilena diz ter ficado em choque e despedaçada com a situação. Segundo a mãe, uma foto da filha do vereador com a sua filha foi postada em uma rede social e desagradou o suspeito.

“Não tive reação na hora. Fiquei em choque. Continuei respondendo, e ele fez mais ofensas contra a menina. Isso me despedaçou. Por mais que minha filha seja negra, eu não esperava que isso aconteceria agora. Vai acontecer um dia, mas não estava esperando. Foi muito cruel. Ela não consegue se defender. É uma criança”, afirmou Carolaine.

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A mulher contou que publicou uma foto da filha ao lado da filha do vereador, já que é amiga da ex-mulher dele. Após a publicação, Gercimar teria escrito ofensas. Em um dos prints da conversa pelo WhatsApp, é possível ver os insultos contra a criança: "Eu não quero essa sua pretinha feia e fedida com a minha filha".

Prints das mensagens. Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Carolaine alega que, após divulgar o caso nas redes sociais, começou a ser ameaçada. Por conta disso, precisou mudar de endereço e a filha parou de frequentar a creche.

“Vou sozinha para o serviço, mas meus patrões precisam me trazer por conta do medo. Não consigo me sentir segura, porque tenho certeza da impunidade. Eu gostaria que isso não ficasse impune. Não vou deixar ficar impune. O que ele fez com a minha filha não se faz com ninguém. Chorei tanto na semana que aconteceu”, disse a mãe.

Versão do vereador

O vereador afirma que nunca falou com Carolaine e nega que tenha enviado as mensagens ofensivas. Ele também diz que não fez ameaça nenhuma.

“Jamais, nunca na vida, eu teria coragem de ofender um adulto dessa forma, que dirá uma criança”, conta o vereador. A Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP) instaurou inquérito para investigar se o parlamentar cometeu crime de injúria racial. Carolaine já prestou depoimento.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira, 28, para equipar o crime de injúria racial ao de racismo. O efeito prático da decisão é que o ato de injúria racial também se torna imprescritível, ou seja, não fica submetido a limite temporal para punição. O placar foi de oito votos a um.

O tema começou a ser debatido pelo tribunal em novembro do ano passado, menos de uma semana depois do Dia da Consciência Negra e do assassinato de um homem negro em uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre, mas a votação foi suspensa por um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Alexandre de Moraes.

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O julgamento terminou nesta sexta com um único voto contrário, do ministro Kassio Nunes Marques, para quem o Legislativo é que tem competência para decidir sobre a prescrição de crimes - o Código Penal prevê um prazo de oito anos de prescrição dos casos de injúria racial. O ministro Gilmar Mendes não votou.

Ao devolver a vista, Moraes defendeu que a interpretação do texto constitucional deve permitir a 'efetivação plena' do combate ao racismo. "Somente com essa interpretação nós poderemos produzir efetivos e inúmeros resultados positivos para extirpar essa prática secular no Brasil, promovendo uma espécie de compensação pelo tratamento aviltante historicamente aplicado à população negra no Brasil", disse.

A discussão foi levantada a partir de habeas corpus apresentado pela defesa de uma idosa condenada, em 2013, a um ano de reclusão por injúria qualificada pelo preconceito. No recurso, os advogados argumentam que já se passaram anos sem que houvesse o trânsito em julgado da condenação, o que justificaria a prescrição, e contestaram a decisão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que entendeu o crime como imprescritível.

No curso do processo, a Procuradoria-Geral da República também se manifestou pela imprescritibilidade do crime de injúria racial. No parecer, o então subprocurador-geral Juliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho observou que 'a ofensa racial não é esquecida'.

Um idoso de 80 anos foi preso na quinta-feira (5) suspeito de injúria racial em Belo Horizonte, Minas Gerais. Segundo a Guarda Civil Municipal, ele teria chamado uma mulher de 'macaca de palco'.

O idoso estava dentro de um ônibus. Segundo testemunhas, ele repetiu as ofensas, direcionadas a uma mulher que não teria dinheiro para pagar a passagem.

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Após o ocorrido, ele tentou fugir, mas foi alcançado pelos guardas. O idoso foi encaminhado à Central de Flagrantes da Polícia Civil.

O idoso foi autuado em flagrante por injúria racial. Ele foi liberado para responder ao processo em liberdade após pagar fiança de R$ 400.

Na tarde dessa quarta-feira (7), três jovens negros foram impedidos de entrar no Golden Square Shopping, localizado na Avenida Kennedy, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Seguranças barraram a entrada dos adolescentes, que têm entre 13 e 16 anos de idade, associando injustamente um caso de furto em uma das lojas do centro comercial, mas que em nada tinha a ver com os menores. O caso, que pode ser enquadrado como injúria racial, foi compartilhado nas redes sociais pelo Padre Júlio Lancelotti.

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Lancelotti compartilhou a postagem do analista jurídico Luís Fernando Moreira, que presenciou a situação. Fernando representou os garotos judicialmente e foi o responsável pela abertura do boletim de ocorrência. Nas redes, ele relatou sobre a repercussão do caso em todo o país e também comentou sobre uma reunião relâmpago, realizada posteriormente com a administração do Golden.

“Hoje estive com dois jovens que sofreram ataques racistas. O outro amigo deles disse que também sofre com a patrulha dos seguranças. Mas hoje, depois da repercussão do ocorrido, eles disseram que os seguranças até deram boa tarde para eles. Ainda há muito o que fazer e nós faremos juntos”, escreveu na ferramenta de stories do Instagram.

Ainda segundo o analista, após a reunião com a gestão do centro comercial, ficou acertado que o shopping passará a adotar treinamentos e reeducação dos colaboradores com foco na diversidade e entendimento das diferentes vulnerabilidades sociais.

“Estive hoje pela manhã em uma reunião relâmpago com a administração do Golden Square Shopping. Conversamos sobre as atitudes racistas dos seguranças do shopping, a despeito dos três jovens negros que foram impedidos de entrar em suas dependências. Eles disseram que estão abertos a fomentar ações afirmativas para capacitar os jovens em situação de vulnerabilidade da cidade de São Bernardo do Campo, bem como irão investir em treinamentos e formações da segurança terceirizada do shopping Golden”, finalizou Moreira.

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Moradores e funcionários de um condomínio em Santos, no Litoral de São Paulo, denunciaram uma vizinha que colou mensagens racistas em sua porta. Nos bilhetes, a nutricionista de 56 anos se refere aos pretos e pretas como "escória da sociedade", "excrementos", "espíritos imundos", entre outras ofensas.

Ela chegou a ser autuada por injúria racional, dano e ameaça na madrugada da quarta (5), mas foi liberada após pagar fiança. De volta ao residencial, ela continuou com novos ataques no sábado (8).

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Foto/Reprodução

O zelador do edifício, Arilton de Souza, disse que as ofensas são recorrentes e, inclusive, ele próprio já registrou mais de uma queixa contra ela por injúria racial.

"Já faz um tempo que sempre que ela me vê pelo condomínio fazendo meu serviço já muda a cara. Questiona o que estou fazendo e me chama de 'negro', 'marginal', 'preto encardido'", relatou ao G1.      

Em outro boletim de ocorrência, ele conta que já saía do trabalho quando a nutricionista desceu de um táxi, o abordou e começou os xingamentos. Segundo o zelador, a moradora lhe tratava como um escravo e poderia feri-lo com uma garrafa, em março deste ano.

"Nesse dia, após me ofender, ela subiu até o apartamento dela e pegou uma garrafa e voltou para ver onde eu estava. Como a moça da portaria disse que não sabia onde eu estava, ela [nutricionista] a xingou e jogou a garrafa no vidro de onde fica a portaria. Foi registrado outro boletim contra ela na ocasião, por injúria e lesão corporal", lembra.

Arilton confessa que tanta trabalhar com dignidade, mas se sente humilhado no ambiente de trabalho. "Tentei ter a postura certa e registrei boletim de ocorrência, porque não podemos aceitar esse tipo de crime calados. Mas, mesmo denunciando, ela segue solta. Então isso faz com que nós [negros] nos sintamos oprimidos e impotentes", lamenta.

Mais um boletim de ocorrência foi registrado contra a nutricionista no sábado. Os crimes são investigados pelo 7º Departamento de Polícia de Santos.

O advogado Frederick Wassef, que defendeu o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das 'rachadinhas', foi alvo de uma queixa por injúria racial. Segundo o boletim de ocorrência, Wassef teria chamado de 'macaca' uma funcionária da franquia Pizza Hut, em Brasília. O episódio teria ocorrido no último domingo (8).

Na noite dessa quinta (12), Wassef afirmou que foi vítima de 'denunciação caluniosa' e prestou queixa no 5º Distrito Policial do Distrito Federal. "São mentiras, isso é um crime de denunciação caluniosa e o Brasil foi induzido ao erro por tais mentiras", afirmou, em vídeo.

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À Polícia, a funcionária do Pizza Hut relatou que foi chamada de 'macaca' após Wassef reclamar que a pizza 'não estava boa'. Ele chegou a questionar se a funcionária havia comido a pizza, e funcionária respondeu que não. Wassef então teria dito em voz alta: "Você é uma macaca! Você come o que te derem!".

A funcionária então diz a Wassef que ele 'não é melhor do que ninguém' e que foi o único cliente a reclamar da pizza. O advogado rebateu dizendo: "De onde eu venho, serviçais não falam com o cliente". O gerente do estabelecimento teria acompanhado o episódio e foi listado como testemunha.

Wassef era responsável pela defesa de Flávio Bolsonaro nas investigações que miram peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete do senador quando ele era deputado estadual no Rio. Ele deixou o caso após a prisão do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, localizado pela Polícia Civil de São Paulo em sítio de propriedade de seu escritório, em Atibaia (SP).

Wassef divulgou vídeo em que afirma ter feito um boletim de ocorrência contra a funcionária do Pizza Hut, a quem disse 'não ser negra' e estar sendo 'orientada e treinada por terceiros' para difamá-lo.

"Eu sou vítima do crime de denunciação caluniosa", afirmou. "Trata-se de uma fraude arquitetada para destruir minha imagem e reputação".

Uma mulher foi presa em João Pessoa, Paraíba, após cometer crime de injúria racial. nesta quarta-feira (14). Em uma  agência bancária, ela gritou que 'odiava' a "raça negra", mesmo diante da presença da polícia militar.

O caso aconteceu na avenida Rui Carneiro no bairro de Manaíra. A mulher se apresenta como Luzia Sandra de Medeiros e ainda debocha dizendo que é "a maior racista do planeta".

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A mulher foi detida, levada para a Central de Polícia de João Pessoa, no bairro do Geisel, mas foi liberada, após o pagamento da fiança. A acusada vai responder criminalmente pela atitude em liberdade.

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A 45ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte-MG condenou uma advogada a indenizar em R$ 9 mil uma estagiária a quem chamou de 'macaca' durante festa da firma. A estagiária disse à Justiça que a situação foi "humilhante, dolorosa e vexatória".

A defesa argumentou que o fato ocorreu em ambiente festivo e que o termo 'macaquice' foi usado para dizer que a jovem era alegre, divertida e engraçada. A advogada também disse que fez representação criminal contra a estagiária por falsa imputação de injúria racial.

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Na sentença, a juíza Fernanda Garcia Bulhões Araújo afirmou que, ainda que tenha sido em festividade, o fato aconteceu entre pessoas do ambiente de trabalho. A magistrada também ressaltou que uma testemunha confirmou que foi usado o termo 'macaca' e não 'macaquice'. 

Segundo a testemunha, a chefe se dirigiu à estagiária com a seguinte frase: "o que essa macaca está fazendo aqui?". A testemunha disse ainda que aparentemente não havia um tom ofensivo, mas a frase gerou constrangimento geral e a estagiária ficou "pasma e desconfortável".

"Não são relevantes para afastar o dano as justificativas de embriaguez, festividade ou qualquer outra, independentemente da motivação ou real intenção. Tampouco afasta o dano o nível de relacionamento entre as partes até aquele momento, inclusive durante a festividade", destacou a juíza. A indenização será paga em sete parcelas.

Um professor de espanhol da rede pública de ensino do Distrito Federal teve seu afastamento pedido pela OAB após alunos denunciarem postagens em uma rede social de cunho racista.

Segundo o Correio Braziliense, Murilo Vargas dá aulas de espanhol no Centro de Ensino Médio 804, do Recanto das Emas, cidade satélite da capital federal.  

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Por meio da Comissão de Igualdade Racial,  a Ordem dos Advogados do Brasil-DF vai pedir a secretária de educação do Distrito Federal o afastamento do professor. A ação também será levada ao Ministério Público. Por meio de uma nota de repúdio, a entidade disse que o comportamento do professor não condiz com a sua profissão.

Na quarta-feira (19), uma publicação de Murilo com a imagem de uma mulher negra com cabelo black power e com a legenda "cosplay de microfone". Entre outras acusações também estava um posicionamento contrário a menina de 10 anos que passou por um aborto legal no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE). 

Após publicação alunos fizeram abaixo-assinado pedindo a saída do docente da escola. Foto: Reprodução/Facebook

Na publicação, de acordo com o Correio Braziliense, o professor havia dito: "Entre a criança e o bebê, fico com quem era completamente incapaz de se defender”. Os alunos se mobilizaram e criaram um abaixo-assinado pedindo a saída dele da escola. 

A prestadora de serviço de entrega de alimentos Ifood, afirmou, por meio de uma rede social, que o homem flagrado cometendo crime de racismo e humilhando um entregador foi banido, nesta sexta-feira (7), das plataformas da ferramenta. A empresa ainda garantiu que pestará apoio jurídico e psicológico para o funcionário. 

O vídeo que viralizou nas redes sociais mostra um homem branco dizendo que o rapaz tinha "inveja dele". Apontando para sua pele, ele faz menção à questão racial. Além disso, o acusado também chamou o rapaz de analfabeto. 

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Em uma entrevista para o Luciano Huck, o rapaz agredido ainda disse que antes de começarem a gravação o homem cuspiu nele e jogou a nota da entrega fora. 

Enquanto se multiplicam os protestos contra o racismo nos Estados Unidos e também no Brasil e em vários outros países, foi apresentado no Senado um projeto de lei que aumenta as penas referentes a condutas criminosas de injúria preconceituosa e discriminação racial. O PL 3.054/2020 é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A proposta altera o Código Penal e a lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor (Lei 7.716, de 1989) para que as penas de condutas criminosas ensejadas por preconceito e discriminação, notadamente aquela de cunho racial, sejam mínimas de três anos. 

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Na justificativa do projeto, Randolfe relata que a proposta foi motivada pelas reiteradas ocorrências de preconceito racial que, em muitos casos, resultam em agressões e morte das vítimas. Para ele, essas ações demandam do ordenamento jurídico resposta mais acentuada como forma de desestímulo ao ofensor e proteção à vítima.

Casos recentes

O senador apresentou ainda alguns casos de racismo que aconteceram recentemente, como o caso que envolveu o norte-americano George Floyd, homem negro que morreu asfixiado por um policial branco em Minneapolis (EUA). Ele destaca que, no Brasil, situações de preconceito racial dirigido a indivíduo específico ou à coletividade de mesma raça são abundantes. O senador mencionou o caso da adolescente negra que foi atacada com inúmeras mensagens racistas pelos colegas de uma escola particular da Zona Sul do Rio de Janeiro.

“Os casos são, realmente, muitos. Relacionamos alguns apenas para enfatizar a importância de o Estado brasileiro responder de forma contundente a estes comportamentos criminosos que precisam ser extirpados da nossa cultura”, declarou.

Em suas redes sociais, Randolfe comentou também o caso do menino Miguel Otávio de Souza, de 5 anos. Ele morreu ao cair do 9º andar de um edifício em Recife, enquanto estava sob os cuidados da patroa de sua mãe, que descera para levar o cachorro da família para passear.

“Miguel pagou o preço dos caprichos da Casa Grande. Sua mãe e ele deveriam estar em casa, protegidos do vírus. Mas estavam servindo uma classe egoísta e cruel. Mais uma vida negra perdida para as garras do racismo e da desigualdade. Qual o valor da vida de uma criança negra, filho da empregada? Não tem fiança que pague a dor de uma mãe. Não tem dinheiro ou cargo que lave as mãos dessa patroa. Queremos justiça”, afirmou o senador.

Injúria racial

Randolfe ressalta que, no Código Penal, está qualificado o crime de injúria pela “utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. Ou seja, injuriar é ofender a dignidade ou o decoro de alguém.

A injúria pode ser praticada de diversas maneiras, e não só por palavras, bastando que seja conduta que expresse o pensamento ou sentimento ofensivo. Se tem a intenção de discriminar, trata-se da injúria preconceituosa que, quando movida por questões de cor ou raça, é chamada de injúria racial.  

“Em geral, o crime de injúria está associado ao uso de palavras depreciativas referentes à raça ou cor com a intenção de ofender a honra da vítima. Já o crime de racismo implica conduta discriminatória dirigida a determinado grupo ou coletividade e, geralmente, refere-se a crimes mais amplos”, explicou.

*Da Agência Senado

Um homem de 57 anos foi preso por injúria racial e desacato após agredir física e verbalmente um policial militar em Maceió-AL na noite do domingo (7). O suspeito teria dito que "não seria preso por um negro safado" e desferido um soco no policial.

A Polícia Militar (PM) foi acionada para uma ocorrência de furto em supermercado. No local, foi informado que o acusado havia tentado furtar oito latas de cerveja.

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O acusado teria se alterado quando estava sendo levado à viatura, momento em que insultou e agrediu o PM. Ele foi encaminhado à Central de Flagrantes e deve responder por furto, injúria racial, desacato e resistência.



 

Os irmãos suspeitos de terem cometido injúria racial contra um segurança ao fim do clássico entre Cruzeiro e Atlético Mineiro, domingo, no Mineirão, prestaram depoimento nesta terça-feira, no Departamento de Operações Especiais (Deoesp) de Polícia Civil, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, tentaram se justificar e realizaram um pedido de desculpas.

Em declarações à imprensa, Adrierre Siqueira da Silva, afirmou que gostaria de se encontrar com o segurança Fabio Coutinho. Ele assegurou não ser racista, embora tenha reconhecido que cometeu a injúria, em um momento de "ânimos exaltados", declarando ter amigos negros, além de o seu cabeleireiro também ser negro.

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"Se tiver oportunidade, pessoalmente, quero pedir perdão a ele pelo ato impensado naquele momento. Pedir perdão a ele, à torcida atleticana, aos amantes do futebol, às pessoas que se sentiram ofendidas pelo meu ato. Tenho parentes negros, meu cabeleireiro há dez anos é negro", afirmou, após prestar depoimento.

Em diversos vídeos, difundidos inicialmente através das redes sociais, o torcedor do Atlético-MG é visto cuspindo no segurança, em meio a uma confusão nas arquibancadas do Mineirão, e ainda afirmando, com tom de desprezo, "olha a sua cor".

"Quero pedir perdão ao Fábio Coutinho pela minha atitude, impensada naquele momento. Eu não sou racista. Estou completamente arrependido do que falei, um momento de ânimo exaltado no jogo. Quero pedir desculpas a ele, pelo cuspe, pelo que proferi. Aquilo não é da minha índole. Sou um pai de família, crio minhas filhas para respeitar todos os seres humanos", acrescentou.

Além de Adriere, o seu irmão Natan Siqueira Silva também prestou depoimento. Acusado de ter insultado o segurança o chamando de "macaco", se defendeu afirmando que o profissional era um "palhaço".

Na sequência dos incidentes, o Atlético-MG anunciou a exclusão dos torcedores do seu programa de sócio-torcedor. "O Atlético informa que os dois torcedores identificados pela Polícia Civil, acusados de praticar injúria racial no clássico do último domingo, pertenciam ao programa Galo Na Veia, embora inadimplentes. De qualquer forma, ambos foram desligados do programa de sócio-torcedor", afirmou, em nota oficial.

O clássico do último fim de semana foi marcado por brigas e confusões com as torcidas antes, durante e depois do jogo, que terminou em 0 a 0. O conflito que mais chamou a atenção aconteceu dentro do próprio Mineirão, quando torcedores do Atlético-MG invadiram o setor de camarotes destinados aos cruzeirenses - aparentemente uma garrafa teria sido atirada do lado da torcida mandante. A Polícia Militar teve de conter a confusão com bombas e gás de pimenta. Houve diversos feridos e duas pessoas foram detidas. No total, 65 pessoas foram presas dentro e fora do Mineirão com diferentes incidentes.

Maria Ribeiro comentou, no Instagram, o processo por injúria racial movido por Milton Gonçalves e Jorge Coutinho contra seu ex-marido, Paulo Betti. Betti, que está concorrendo à diretoria de um sindicato de artistas do Rio, disse em um grupo de WhatsApp que a bancada tem forte representação negra com Milton e Jorge, e que isso complica bastante a luta, pois pode confundir as coisas. Ela postou um clique de uma carteirinha anitga de Paulo, de um sindicato de Sorocaba, e fez um textão:

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Quando Paulo Bettii e eu nos separamos, 14 anos atrás, pedi, não à toa, pra ficar com essa carteirinha. Paulo é um sindicalista por natureza, um cara pra quem o ofício e a justiça - ou injustiça - relativas à profissão importam mais do que todas as outras coisas. Compra todas as causas dos colegas, e agora, decidiu entrar pra valer, através da disputa do SATED [Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado do Rio de Janeiro], no que sempre fez: lutar por seu grupo. Eu, ao contrario, mais egoísta, só me dei conta da desunião da nossa classe quando isso bateu em mim - mas isso não importa agora. O que importa é que acordei lendo que Paulo está sendo acusado de racismo porque disse, sobre a disputa de chapa do sindicato dos atores - e num grupo de whatsapp! - que devemos ficar sensíveis e atentos ao possível uso de lutas fundamentais com o objetivo - velado - de comover e manipular os eleitores, monetizando ideologicamente a questão mais grave do Brasil. Somos um país racista, e é nossa obrigação lutar diariamente contra isso. Ao acusar levianamente um sujeito íntegro como Paulo, esses senhores não só não estão lutando por um Brasil melhor, como estão, na melhor das hipóteses, confusos sobre seus reais inimigos. Paulo, na camisa do meu time ta escrito o teu nome, e eu a exibo com amor e orgulho há 22 anos. Sigamos com força e coragem (e nem vem me pedir de volta a carteirinha....rs).

Outra atriz também manifestou apoio a Paulo: Deborah Evelyn. Ela afirmou em seu Instagram que nunca foi sobre racismo, e deu seu parecer sobre a batalha sindical que está rolando no SATED:

A Chapa 2 - Renovação e Transparência vem prestar toda solidariedade ao companheiro Paulo Betti que tem sido injusta e ostensivamente acusado de racismo, fascismo e nazismo em redes sociais pelo Sr. Jorge Coutinho, candidato à 5ª reeleição para a presidência do SATED RJ. Para não nos deixarmos enganar, precisamos nos informar e refletir. Precisamos saber, por exemplo: - que a acusação é baseada em interpretação distorcida e equivocada de uma frase em que Paulo Betti elogia os companheiros Milton Gonçalves e Cosme dos Santos; - que nenhum juiz jamais recebeu nenhuma denúncia contra Paulo Betti, mas apenas um pedido de interpelação impetrado pelos senhores Jorge Coutinho e Milton Gonçalves; - que os Srs. Jorge Coutinho e Milton Gonçalves, há cerca de 20 anos na diretoria do Sated RJ, integram a Chapa 1, pela qual Sr. Coutinho é candidato à 5ª reeleição à presidência da entidade; - que Paulo Betti integra, com outros 23 colegas, a chapa concorrente, Chapa 2 - Renovação e Transparência, sendo portanto, neste contexto, um adversário eleitoral dos Srs. Milton Gonçalves e Jorge Coutinho; - Que a atual direção do SATED (Chapa 1) tentou pedir o indeferimento da candidatura da Chapa 2 - Renovação e Transparência, mas a manobra não obteve sucesso, e culminou na volta da Chapa 2 ao processo eleitoral após determinação liminar da 81ª Vara da Justiça do Trabalho. Diante desse histórico, lamentamos que uma questão tão grave e tão sensível à nossa população, como o racismo estrutural, entranhado em nossa sociedade, tenha sido usado levianamente a serviço de mais uma manobra eleitoreira que vem tentando a qualquer custo deslegitimar a chapa opositora. Paulo Betti, cuja história de integridade e de luta democrática, desde a época da ditadura militar, é conhecida por todos, é artista e cidadão respeitado Brasil afora, e sua trajetória fala por si. Não às calúnias. Não aos atalhos desonestos. Não às já desgastadas fake news. Um processo eleitoral legítimo só pode se dar num contexto de respeito, transparência e democracia. CHAPA 2 - RENOVAÇÃO E TRANSPARÊNCIA.

José de Abreu também comentou o caso no Twitter, postando uma nota de apoio a Paulo Betti, da Sociedade Brasileira de Autores, com a legenda:

Milton Gonçalves, mancomunado com outros atores, domina o Sindicato dos Artistas e Técnicos há anos. É uma mafia que agora usa a acusação de racismo para se perpetuar no poder. Pulhas!

 

Por quatro votos a um, o Grêmio foi condenado a pagar R$ 30 mil por injúria racial de uma torcedora contra o colombiano Yony González, do Fluminense, durante partida do Campeonato Brasileiro, disputada no dia 5, em Porto Alegre. A decisão foi tomada nesta sexta-feira pela 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Procuradoria e o clube podem recorrer da decisão.

Um dia após o jogo, válido pela terceira rodada do Brasileirão e vencido pelo time carioca, um vídeo foi divulgado pela FluTV, o canal no YouTube do time das Laranjeiras, no qual o termo "macaco" teria sido usado por uma torcedora não identificada para ofender o atleta.

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Como se trata de um caso isolado, em que não se identifica uma uniformidade nas ofensas por mais torcedores (a exemplo do que aconteceu em 2014, no caso Aranha, então goleiro do Santos), o clube não corria riscos de perder pontos ou mando de campo.

A defesa gremista alegou que não havia prova cabal para a condenação e pediu o mesmo entendimento que no caso do Juventude, em que o clube de Caxias do Sul foi multado em R$ 10 mil por ofensas a um jogador do Botafogo no Estádio Alfredo Jaconi, em duelo recente da Copa do Brasil.

O Fluminense se isentou de entrar no processo como parte interessada porque considerou não ter sido um ato da instituição, mas uma ação individual da torcedora. Como tanto a Procuradoria quanto o Grêmio avaliam recorrer da decisão, o caso pode ser julgado novamente no Pleno.

A idosa Argemira Ribeiro, de 62 anos, foi detida após realizar ofensas racistas e agredir a estudante Alanne França, de 21 anos, dentro de um ônibus que passava pela avenida Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. O motorista parou o veículo e um passageiro acionou a polícia, que efetuou a prisão em flagrante.

De acordo com a vítima que compartilhou o caso em suas redes sociais, ela estava sentada em um assento ao lado da idosa que começou a dizer: “Macaca, preta nojenta, macaca dos infernos”. Alanne contou que enquanto recebia as ofensas, a idosa ainda deu dois tapas em sua cara e apertou seu rosto com as unhas, e para se defender a segurou pelos cabelos.

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Segundo a estudante, passageiros que estavam no ônibus tentaram afastar a senhora da jovem e pediram para que ela não respondesse à agressora para não “perder a razão”. "Quando a afastaram de mim, ela simplesmente tirou os sapatos que calçava e jogou eles em mim”. Alanne afirmou ainda que a idosa disse que se ela gostava de defender, deveria ter começado nascendo na cor branca. “Depois disso, eu sentei e chorei”, contou.

Argemira confessou o crime e disse que foi a estudante que a agrediu primeiro. “Eu chamei ela sim [de macaca], eu não nego o que eu falei, mas chamei sem querer, porque ela veio puxar meu cabelo”, afirmou.

Segundo a idosa, Alanne  resolver defender uma outra passageira que havia pisado no pé dela. "Quando eu entrei dentro do ônibus eu sentei do lado dela. E então, uma outra moça pisou no meu pé e eu disse: Você pisou no meu pé moça. Depois disso, essa moça sentada do meu lado tomou as dores pela outra que pisou no meu pé e disse: Olha, a moça está pedindo desculpas, você não vai desculpa-lá? Eu respondi que ela já estava desculpada", relatou.

O crime foi registrado no 99º Distrito Policial, no bairro Campo Grande, como injúria racial. Argemira pagou fiança de R$ 1 mil e foi liberada. A vítima disse que essa foi a segunda vez que sofreu discriminação racial seguida de agressão e reclamou que a polícia não explicou o motivo de não terem registrado o ocorrido como racismo. “Apenas fui informada que eu tinha que dar o direito da acusada de pagar a fiança. Sobre isso, eu com certeza vou recorrer", afirmou.

De acordo com o artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal, injúria racial é a ofensa à dignidade utilizando palavra depreciativa referente a raça e cor com a intenção de ofender a honra da vítima. Já o crime de racismo, previsto em lei, é aplicado quando a ofensa discriminatória é contra um grupo ou coletividade. Por exemplo, quando pessoas negras são impedidas de acessar um estabelecimento comercial.

Um consumidor negro foi chamado de ‘macaco’ no pedido de lanche do Burger King, em Moema (SP), bairro nobre da zona sul de São Paulo. O caso ocorreu no último sábado (24) e a vítima, o universitário David Reginaldo de Paula Silva, 24 anos, registrou boletim de ocorrência dois dias depois por injúria racial.

O estudante espera que a Polícia Civil puna, na esfera criminal, o atendente da loja que o ofendeu ao compará-lo com o primata em vez de escrever seu nome no cupom fiscal. “Fiz um pedido normal. O atendente perguntou meu nome, CPF e anotou. Esperei chamar minha senha. Foi quando vi ao lado da senha o nome ‘macaco’ e fiquei assustado”, disse David. Além disso, o universitário afirma que três atendentes riam da situação e ele preferiu não se manifestar naquele momento. "Não fiz escândalo, não questionei o atendente e também não peguei sua identificação. Cheguei a comer dois pedaços do lanche e perdi o apetite. Depois fui para casa”, afirmou.

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Em sua rede social, David afirmou que “o preconceito racial é uma doença que deve ser eliminada da sociedade brasileira. É inadmissível que em pleno século XXI, em 2018, ainda possa acontecer esse tipo de atitude racista”. De acordo com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), o fato pode ser considerado injuria racial, como diz o artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal, pois ofende a dignidade do indivíduo utilizando palavra depreciativa referente à cor.

Em nota oficial, o Burger King afirmou que apura o caso para tomar as devidas providências e que a empresa repudia qualquer tipo de discriminação. “O Burger King informa que tomou conhecimento do caso relatado na unidade localizada na loja da Avenida Santo Amaro, em São Paulo, e está apurando o ocorrido para que as medidas necessárias sejam tomadas”, diz a nota.

MC Livinho responde processo de injúria racial em Ribeirão Preto, em São Paulo. A ação foi movida pela modelo Raiele Costa, que participou de um clipe do cantor, que afirma que o funkeiro fazia 'brincadeiras' de cunho racista.

De acordo com Raiele, Livinho simulava que a mão era espetada ao encostar no cabelo da modelo e fingia retirar objetos das madeixas na frente de todos. O fato, segundo ela, arrancava risada da equipe e a deixava constrangida.

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O cantor foi alertado pela modelo que o teor das 'brincadeiras' a incomodava. O empresário de Livinho rebateu as acusações, em entrevista ao colunista Léo Dias, e a classificou como descabida. “Livinho é negro. A família toda dele é negra e foi ele quem pediu para chamar essas modelos para fazer o clipe no sítio. Ele jamais seria racista”, explicou.

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O ator Bruno Gagliasso prestou queixa na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio de Janeiro, por conta de ofensas sofridas pela sua filha, Titi. A denúncia foi feita contra a brasileira Day Mcarthy, que publicou um vídeo no qual fazia comentários racistas relacionados a menina. “Ficam lá, no Instagram do Bruno Gagliasso, elogiando aquela macaca. A menina é preta, tem o cabelo horrível... Tem o nariz de preto, horrível, e o povo fala que a menina é linda”, diz a socialite que mora no Canadá.

Essa não foi a primeira vez que a mulher ofendeu filhos de artistas com publicações preconceituosas. De acordo com a lei, crime de injúria racial, no qual Day foi enquadrada, pode levar a prisão de um a três anos. No ano passado, Gagliasso e Giovanna Ewbank já haviam registrado queixa por outro caso de racismo contra a filha. Titi, de 4 anos, foi adotada pelo casal durante uma viagem ao Malawí, na África.

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Após a repercussão do caso, tanto o ator quanto a atriz usaram suas redes sociais para publicar uma foto com a frase: "Numa sociedade racista, não basta não ser racista, é necessário ser antirracista", da da filósofa americana Angela Davis.

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