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Estados Unidos e Reino Unido proibiram nesta terça-feira o transporte de computadores portáteis e tablets na cabine em voos de companhias de vários países árabes e da Turquia, alegando risco de atentado terrorista. Mas por que estes dispositivos eletrônicos são considerados uma ameaça?

Por que uma medida deste tipo?

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As decisões tomadas pelas autoridades americanas e aplicadas pela TSA (Administração de Segurança no Transporte, em inglês) normalmente são consequência de ameaças identificadas pelos serviços de informação, explica à AFP Jean-Charles Brisard, presidente do Centro de Análises do Terrorismo.

"Alguns grupos como AQPA (Al-Qaeda na Península Arábica) tentam há muitos anos se adaptar de forma progressiva às medidas de segurança aplicadas pelos Estados Unidos e seus aliados, principalmente miniaturizando os explosivos".

"As medidas anunciadas estão baseadas em ameaças precisas, sem dúvida por este grupo (AQPA), um dos que está mais adiantado quanto à sofisticação, sobretudo na miniaturização de artefatos explosivos", acrescentou.

Esta ameaça já havia sido identificada?

Após a aproximação entre membros da AQPA e grupos rebeldes sírios, em 2014, a TSA já havia proibido as baterias descarregadas nos computadores portáteis nos aviões, segundo Brisard.

Temia-se que "o espaço destinado à bateria pudesse esconder um explosivo em miniatura de vários gramas", explica.

Por que os países árabes e a Turquia?

"A principal ameaça é proveniente, aparentemente, de destinos listados pelas autoridades americanas", explica este especialista, que acrescenta que as medidas da TSA são geralmente retomadas em todo o mundo.

No entanto, alguns países não dispõem dos mesmos dispositivos de detecção que os países ocidentais, adverte.

Por que computadores portáteis e tablets?

Sistemas eletrônicos como estes possuem "todos os elementos de um artefato explosivo", "salvo o detonador e o explosivo, que precisam ser acrescentados", explica à AFP Sébastien Caron, diretor-geral do ASCT, um centro de formação sobre temas de segurança aeroportuária.

Como os explosivos são detectados nos postos de controle?

"Quando há uma dúvida sobre uma zona opaca ou sobre a tipologia do passageiro, passaremos um detector de rastros", em forma de tecido, sobre o computador, afirma Caron.

Se o computador tiver explosivos, restarão rastros sobre o aparelho. O tecido será analisado em sete segundos e poderá determinar se há a presença de substâncias explosivas, segundo este especialista.

Como os explosivos nas malas despachadas são detectados?

Em alguns aeroportos, como na França, as malas despachadas passam por um sistema chamado EDS (Sistema de Detecção de Explosivos, em inglês), que pré-determinará se existe ou não a presença de explosivos a partir da análise das moléculas no interior da bagagem.

Se a máquina considerar que há uma ameaça em uma mala, indicará na tela e um operador humano supervisionará o objeto.

"De 100 malas, apenas 30% passam pelo operador humano, que elimina dúvidas em 25 (malas) dos 30%", segundo Caron. Os 5% restantes serão analisados por um tomógrafo, uma máquina ainda mais sofisticada, afirma.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, "ordenou" uma campanha para tentar influenciar o resultado da eleição de 8 de novembro nos Estados Unidos. É o que diz o relatório da Inteligência Nacional sobre o caso, cuja versão "não confidencial" foi divulgada nesta sexta-feira (6). As informações são da Agência Ansa.

Confirmando o que já havia sido dito pela Agência Central de Inteligência (CIA) nas últimas semanas, o objetivo do Kremlin era ajudar o republicano Donald Trump a derrotar a democrata Hillary Clinton. Contudo, apesar de o magnata ter sido eleito, o relatório afirma que a ação patrocinada por Moscou não alterou o resultado das urnas.

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Os serviços de inteligência dos Estados Unidos alegam que hackers russos, com a anuência do presidente Vladimir Putin, invadiram os computadores do Partido Democrata e repassaram as informações obtidas ao site WikiLeaks, de Julian Assange. Esses dados continham e-mails que indicavam um suposto favorecimento da legenda a Hillary nas primárias.

O caso levou à expulsão de 35 diplomatas russos acusados de espionagem pelo presidente Barack Obama. Para o magnata republicano, trata-se de uma "caça às bruxas" realizada pelos seus adversários, que estão "envergonhados" por terem perdido a eleição.

"Os ataques [cibernéticos] não tiveram absolutamente nenhum efeito sobre o resultado da votação", declarou Trump, ecoando a conclusão apresentada pela Inteligência Nacional. O presidente eleito teve sua vitória ratificada pelo Congresso, em sessão conjunta, nesta sexta-feira.

Essa era a última etapa formal antes da posse do republicano e de seu vice, Mike Pence, marcada para o próximo dia 20. O magnata recebeu 304 votos no colégio eleitoral, contra 227 de Hillary, embora a democrata tenha vencido na votação popular (48% a 46%).

A discrepância nos resultados ocorre porque a eleição para presidente dos EUA é indireta. Como Trump faturou estados importantes e com muitos delegados, incluindo Wisconsin, Michigan e Pensilvânia, acabou superando a rival.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, impôs sanções contra dirigentes do governo e da inteligência da Rússia por conta da suposta interferência do país na eleição vencida por Donald Trump.

Segundo a Casa Branca, os indivíduos afetados estão envolvidos em "significativas atividades cibernéticas maliciosas". Além disso, o Departamento de Estado expulsou 35 diplomatas da embaixada de Moscou em Washington e do consulado em São Francisco, dando a eles 72 horas para deixar o solo norte-americano.

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Os russos também não terão mais acesso a dois complexos recreativos estatais situados em Maryland e Nova York. "Ciberativistas da Rússia tentaram influenciar a eleição, erodir a fé nas instituições democráticas dos EUA e levantar dúvidas sobre a integridade do nosso processo eleitoral", diz um comunicado da Casa Branca.

As sanções serão impostas pelo Departamento do Tesouro e atingirão o Diretório Principal de Inteligência (GRU) e o Serviço Federal de Segurança (FSB), sucessora da KGB. Além disso, a lista inclui três companhias que deram apoio a operações do GRU, quatro oficiais da agência e dois civis acusados de "usar meios cibernéticos para causar a apropriação indevida de informações pessoais".

"Essas ações se seguem a repetidos avisos públicos e privados que nós demos ao governo da Rússia e são uma resposta necessária e apropriada aos esforços para prejudicar os interesses dos EUA", disse Obama por meio de uma nota.

A notícia de que o presidente estava estudando sanções contra Moscou surgiu na última quarta-feira (28), elevando a tensão com o Kremlin na reta final de seu mandato. Recentemente, a CIA afirmou que hackers russos vazaram emails do Partido Democrata para beneficiar Trump, que promete adotar uma postura mais amigável a Putin.

Divulgadas pelo WikiLeaks, as mensagens indicavam um suposto favorecimento da cúpula da legenda à candidata Hillary Clinton, em detrimento de Bernie Sanders. Segundo os serviços de inteligência dos EUA, o ataque cibernético teve o aval do próprio presidente da Rússia, que nega as acusações.

Ao assumir a Casa Branca, Trump colocará no Departamento de Estado o CEO da petrolífera Exxon Mobil, Rex Tillerson, que mantém boas relações com Putin.

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP) entregou, nesta quarta-feira (27), ao Tribunal de Contas da União (TCU) um pedido para rever o aumento de 11,5% na conta de luz concedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a Companhia de Eletricidade de Pernambuco (Celpe) nessa terça (26). O parlamentar argumentou aos ministros que há dúvidas acerca da pertinência e da legalidade do reajuste, além de, segundo ele, graves falhas no processo de apuração de custos associados.

O progressista também lembrou aos ministros que o próprio TCU já encontrou, em anos anteriores, "graves falhas" no banco de dados que a Aneel utiliza para autorizar os reajustes anuais, como o processo TC006.335/2013-6 de 2013, em que o TCU encontrou diferenças de custos que oscilavam  entre 193% e -53%. O relatório do tribunal à época deixou claro que os custos estão fora da realidade do mercado.

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“Não é de agora que as agências reguladoras viram as costas para o consumidor e ficam a favor das empresas. A Aneel, assim como a Anatel, segue o mesmo caminho. A conta de luz aumenta e o salário não. É inadmissível a agência autorizar um aumento exorbitante diante de falhas claras já apontadas pelo TCU. Vamos cobrar na justiça explicação, já que o próprio órgão regulador (a Aneel) não faz o papel dele”, ressaltou Eduardo da Fonte. 

Eduardo da Fonte também informou que vai entrar com um decreto legislativo para sustar outro aumento previsto para 2017. 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (17) que as sanções impostas hoje pelo país contra autoridades russas deixam claro "que há consequências para as suas ações" na Crimeia. Obama afirmou estar se mobilizando para "aumentar o custo" para a Rússia e alertou que mais pessoas podem enfrentar punições financeiras. "Se a Rússia continuar interferindo na Ucrânia, estamos prontos para impor novas sanções", afirmou.

Ele acrescentou que ainda acredita na possibilidade de uma resolução diplomática para a crise e que as sanções serão calibradas se a Rússia aumentar ou reduzir o seu envolvimento na Ucrânia. "Mas, ao longo desse processo, nos manteremos firmes em nosso inabalável apoio à Ucrânia."

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O presidente dos EUA salientou que o governo tem autoridade para aplicar sanções contra funcionários do setor de armas da Rússia e apoiadores dos russos se Moscou não buscar uma solução diplomática para a crise ucraniana.

Nesta segunda-feira, o governo norte-americano congelou ativos de sete autoridades russas, incluindo consultores do presidente da Rússia, Vladimir Putin, por apoiar o referendo na Crimeia, no maior movimento de sanções contra a Rússia desde o fim da Guerra Fria. O Departamento do Tesouro também impôs sanções contra quatro ucranianos envolvidos no esforço separatista, incluindo o ex-presidente Viktor Yanukovich. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco, emitiu uma nota de repúdio ao ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), que pressionou a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (DF) para a substituição do juiz incumbido de administrar o cumprimento das penas aplicadas aos réus do caso do Mensalão.

Por "pressões" atribuídas ao ministro, o juiz titular da Vara, Ademar de Vasconcelos, foi afastado do caso, sendo substituído pelo juiz Bruno André Silveira Ribeiro. Joaquim Barbosa estava insatisfeito com a condução do titular da Vara de Execuções Penais do DF, Ademar de Vasconcelos, e por esta razão, teria cobrado o afastamento dele do caso. A mudança foi consumada no último domingo (24).

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De acordo com o presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Reynaldo Alves, a medida caracteriza influência indevida do STF na remoção de um juiz de seu ofício, o que fere a garantia da inamovibilidade e o princípio do juiz natural, previstos na Constituição Federal.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira que não há interferência política nas ações da Polícia Federal, instituição funcionalmente subordinada a ele. "As operações da PF não são fruto de instrumentalização nem de descontrole. Posso afirmar que a Polícia Federal não é mais uma polícia de governo, mas uma polícia de Estado", disse o ministro durante audiência pública conjunta de duas comissões temáticas da Câmara dos Deputados.

O ministro foi convidado para esclarecer a Operação Porto Seguro, que desbaratou um esquema de venda de pareceres de órgãos públicos federais que envolveu a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha.

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Na sua fala inicial, Cardozo disse que, por hábito, o titular da Justiça só toma conhecimento de uma operação no momento em que ela ocorre. Em relação à Operação Porto Seguro, o ministro disse que soube, de maneira genérica no dia anterior, de que haveria uma operação envolvendo um órgão do governo.

"Ainda na quinta-feira (um dia antes da operação), informei a presidente Dilma Rousseff que haveria uma operação da PF no dia seguinte envolvendo órgão do governo, mas sem detalhes, porque eu não os tinha naquele momento", disse. Ele esclareceu que somente no dia da operação, pela manhã, é que se reuniu com o diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, para tomar conhecimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão que haviam sido cumpridos naquele dia.

Na sua exposição, Cardozo lembrou ainda o fato de que, quando houve a deflagração da Operação Monte Carlo, que prendeu o contraventor Carlinhos Cachoeira no final de fevereiro, "se dizia que o ministro da Justiça estava instrumentalizando a Polícia Federal". Isso porque os investigados não tinham relação com o atual governo, como pessoas ligadas ao governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo.

Contudo, o ministro ponderou que, quando uma investigação da PF envolve pessoas ligadas à base de sustentação do governo, "o que se afirma é que o ministro da Justiça perdeu o controle sobre a Polícia Federal". "A Polícia é de Estado e não se submete a qualquer situação de ordem política", afirmou.

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