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O início da vacinação no Brasil e em outros países não significa que as pessoas devem retomar uma rotina semelhante à de antes da pandemia. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já indicou que a imunização de rebanho pela vacinação não deverá ser atingida em 2021. A declaração foi feita este mês pela dra. Soumya Swaminathan, da OMS.

“Mesmo que as vacinas comecem a proteger os mais vulneráveis, não atingiremos nenhum nível de imunidade na população ou imunidade de rebanho em 2021. Mesmo que aconteça em alguns países, não vai proteger as pessoas ao redor do mundo”, disse ela, em entrevista coletiva, no dia 11 de janeiro.

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Soumya elogiou o esforço dos cientistas na produção de não apenas uma, mas várias vacinas contra a Covid-19, algo que, na sua opinião, era impensado há um ano. Ela acrescentou que as medidas de contenção da pandemia devem continuar sendo praticadas até o fim deste ano, “pelo menos”.

Esse raciocínio é acompanhado por especialistas aqui no Brasil. Segundo eles, a população não pode relaxar porque a vacinação começou. “Quando observamos nossa realidade no Brasil e as dificuldades que estamos tendo, a gente realmente passa a pensar que isso [o fim da pandemia] vai ser talvez em 2022 e olhe lá”, disse a médica infectologista e professora de medicina Joana D'arc Gonçalves. “A gente está vendo a guerra que é com essas poucas doses disponíveis no Brasil e nem temos a perspectiva de ter mais doses, por causa de todos esses conflitos, as dificuldades internacionais”, acrescentou.

Ela lembra que as vacinas apresentam particularidades que, de uma forma ou de outra, são entraves para sua distribuição. Seja uma necessidade de armazenamento em temperaturas muito baixas, seja a dificuldade de produção de insumos aqui no país. A médica recomenda que a população não veja a chegada da vacina como algo muito próximo e mantenha os cuidados tomados em 2020.

“A gente teve uma gota de esperança neste oceano de problemas. Temos que segurar a nossa onda, saber que o insumo existe, mas que precisaremos de um pouco mais de paciência. Não é tão fácil produzir rapidamente [uma vacina]”.

Vacinados e com máscara

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, a imunização de rebanho só deverá ser alcançada se o mínimo de 60% da população estiver vacinada. Mas ele destaca que, mesmo que o Programa Nacional de Imunização (PNI) do Sistema Único de Saúde (SUS) seja sólido e consigamos vacinar parte da população brasileira até o fim do ano, o vírus ainda estará em circulação. E faz um alerta: mesmo os vacinados devem continuar adotando isolamento social, álcool em gel e máscara.

“Nenhuma vacina é 100% eficaz. Com a vacina, a pessoa tem uma chance muito grande de se proteger das formas moderadas e graves, mas não elimina a possibilidade de contrair a doença. Estando com a doença, ela vai transmitir para outros. Não dá para correr esse risco”.

Existe ainda o componente social dessa medida. Se todas as pessoas vacinadas pararem de usar máscara, isso pode, na visão de Cunha, desmobilizar a população como um todo para o uso dessa barreira contra a Covid-19. Veremos mais pessoas sem máscara, estimuladas pelos vacinados. “E como as pessoas vão saber se aquela pessoa já foi vacinada?”, questiona.

Além disso, mesmo que parte da população do país se vacine ainda este ano, existirão “bolsões de vulneráveis”. São comunidades, bairros ou grupos de pessoas com poucos ou nenhum vacinado, onde haverá circulação do vírus. Esse conceito pode ser reproduzido em escala mundial. Afinal, em um cenário onde ainda há pouca vacina disponível, os países que saem na frente são os que têm mais dinheiro para comprá-las mas, em algum momento, os demais entrarão na partilha.

“Para termos uma proteção coletiva, precisamos ter ótimas coberturas vacinais em todos os países. Isso vai levar um tempo porque os países mais pobres terão que receber muitas vacinas no momento em que elas começarem a ser distribuídas para eles. Essas vacinas vão demorar ainda mais, provavelmente começam a ser distribuídas no segundo semestre”, analisou o presidente da SBIm.

Cunha reiterou a importância dessas medidas “não farmacológicas”, como uso de máscara, distanciamento social e higienização constante das mãos. Medidas simples, mas eficientes, no combate ao novo coronavírus. “São as únicas medidas que temos até agora que demonstram que diminuem a doença, a hospitalização e a morte. Independentemente de começarmos a vacinar, de vacinar um percentual grande da população, vamos ter que continuar com essas medidas por muito tempo”.

Imunização de Rebanho

Especialistas estimam que para tirar um vírus de circulação, é necessário ter em torno de 60% a 70% de pessoas vacinadas. “Depende da eficácia da vacina”, diz Joana D'arc. “Quanto maior a eficácia, pode-se até ter um número de imunizados menor que 70%”. Por meio da vacinação em massa, o Brasil já conseguiu imunizar sua população contra uma série de doenças perigosas.

Varíola, sarampo, rubéola, caxumba e meningite são alguns dos casos. A poliomielite, que ainda tem surtos em vários países, foi controlada no Brasil. No passado, inúmeras crianças morreram de catapora, hoje controlada. “Teve país que erradicou o câncer de colo de útero só por meio da vacina contra o HPV”, destacou a infectologista.

Mais de 10 mil pessoas já se inscreveram, em menos de duas semanas, para participar da versão brasileira do programa “Largados e Pelados” - exibido pelo canal Discovery Channel. Os participantes terão que ficar 21 dias em um ambiente isolado, despidos e com a responsabilidade de prover seus suprimentos - como água e comida -, além de buscar, também, um lugar para se abrigar.

Para se inscrever, os interessados precisam ser maiores de 18 anos e preencher um formulário, com um vídeo de apresentação. Contando com 11 temporadas, o objetivo do programa, que é exibido desde 2013, é a sobrevivência. O reality já gravou episódios em diferentes continentes, somando mais de 30 nações, entre elas: Canadá, Croácia, Filipinas, México e Moçambique.

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Em cada capítulo, dois participantes que não se conhecem são levados a um lugar. Despidos, os participantes recebem uma bolsa com um transmissor sem fio, câmera, mapa, diário e microfone. A dupla tem que utilizar os recursos que estão disponíveis a ela durante três semanas.

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Segundo o secretário estadual de Saúde, André Longo, nesta quarta-feira (13), mais de 1700 pacientes estão internados nos leitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas redes pública e privada de Pernambuco. Destes, 1055 estão em leitos de Terapia Intensiva.

O estado vem registrando um novo aumento nos casos graves da Covid-19. Na primeira semana epidemiológica de 2021, foram 806 casos de SRAG, o que representa um aumento de 20% - em comparação com a última semana de 2020 - e 16%, quando comparado há 15 dias. 

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Diante disso, o secretário salienta que o número de solicitação de leitos também vem aumentando em comparação com a última semana de 2020 e a primeira semana de 2021. Foi 5% de acréscimo na solicitação de vagas na terapia intensiva e 14% nos leitos de enfermaria.

"Se cumpridos à risca, os protocolos sanitários reduzem a possibilidade de contágio e proporciona o funcionamento seguro da grande maioria das atividades, sem colocar novas vidas em risco", salienta André Longo.

A pandemia agravou o isolamento e a solidão dos idosos, reacendendo o interesse pelos robôs de companhia, mas os fabricantes tentam moderar as expectativas daqueles que buscam humanoides com rodas e brinquedos de pelúcia animados cada vez mais interativos.

"A pandemia foi um acelerador para nós, é quase nossa razão de ser hoje!", afirma Antoine Bataille, criador do Cutii, um robô móvel com tela, apresentado pela segunda vez no Consumer Electronics Show (CES) de Las Vegas - o grande evento de eletrônica e tecnologia que começou na segunda-feira em formato virtual.

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O Cutii permite aos usuários participar de atividades à distância (jogos, aulas de ginástica, etc) e falar com seus entes queridos por videoconferência, acessada por comando de voz.

Pode ser atualizado de forma remota e equipado com funções de assistência ou segurança, alertando em caso de algum problema.

A empresa lançou seus robôs na França em 2020 em cerca de trinta casas de repouso para idosos. Os Cutii estavam destinados à venda para particulares, mas o confinamento mudou os planos.

"Administramos o isolamento no coletivo", diz o chefe da start-up francesa, que busca sócios para conquistar o mercado americano. "Nunca imaginaríamos isso".

A empresa agora compreende melhor as necessidades dos acompanhantes que trabalham nos lares de idosos. O Cutii pode distrai-los enquanto são asseados, por exemplo, facilitando o trabalho da equipe.

Os especialistas em robótica de hoje são capazes de realizar proezas: os robôs articulados da Boston Dynamics estão causando sensação no YouTube com sua coreografia, enquanto pesquisadores da Universidade de Cornell trabalham em robôs microscópicos, capazes de examinar o corpo humano por dentro, movendo-se por tecidos e vasos sanguíneos.

- Calor humano -

No entanto, os robôs de companhia devem superar obstáculos mais psicológicos do que tecnológicos.

"Quanto mais dependentes as pessoas são ou mais dificuldades possuem, mais o apreciam", aponta Bataille. "As pessoas com Alzheimer aceitam muito bem o robô. Aqueles que estão mais alerta tem menos interesse".

Esta experiência em grande escala fez com que o Cutii evoluísse para satisfazer mais as necessidades.

"Tudo é possível", explica o fundador do Cutii. "Mas o essencial é poder se comunicar com a família, realizar atividades que os aproximem de outras pessoas".

Em tempos de seres humanos com máscaras e distanciados, os robôs são vistos paradoxalmente como uma forma de fazer com que certas interações sejam mais calorosas.

"É mais agradável do que um tablet", disse Tim Enwall, diretor do Misty Robotics, um robô programável que pode ser recepcionista, acompanhante ou assistente da casa.

Com a pandemia, "a demanda das empresas por ferramentas confiáveis e sem contato, disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana, aumentou", destaca.

"Mas os robôs ainda não são capazes de gerir centenas de temas diferentes como os humanos", admite. "Pode gerar frustração, por exemplo, se o dispositivo responder 'Sinto muito, não entendi' a uma pessoa com deficiência auditiva".

- Robô de pelúcia -

Na CES 2020, o robô de companhia japonês Lovot comoveu a multidão com seus grandes olhos de coruja, seu olhar de urso de pelúcia e lindas reações quando é acariciado ou falam com ele.

Não seve para mais do que dar carinho. Como Paro, um robô terapêutico em forma de filhote de foca, também japonês, usado há mais de quinze anos para a atenção a pacientes com doenças neurodegenerativas como o mal de Alzheimer.

"Quando uma pessoa idosa sofre de senilidade, é possível que tenha dificuldades para se comunicar e não consiga mais cuidar de um animal", afirma Barbara Klein, professora da Universidade de Ciências Aplicadas de Frankfurt. O robô para reconfortar ocupa o lugar de um cão ou de um gato, mas "sem as obrigações", explica.

Klein também destaca que permite "se ocupar de alguém ao invés de ser quem recebe cuidados o tempo todo".

Mas a aceitação varia muito de uma pessoa para outra. Os robôs ultrarrealistas, como os gatos de pelúcia que ronronam, podem ser incômodos.

"Alguns pacientes senis podem se sentir muito decepcionados ao superestimar as capacidades do robô", argumenta Stefanie Baisch, pesquisadora de psicologia da Universidade de Siegen (Alemanha) e especialista em robôs de companhia.

Há quem tema parecer estranho aos olhos dos demais enquanto cuida deles.

Por isso, é responsabilidade do cuidador se assegurar de que o dispositivo continue sendo, antes de tudo, um "mediador que favorece as interações humanas", conclui a pesquisadora.

Em um mês e meio de atuação no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Kassio Nunes Marques tem proferido votos e tomado decisões individuais alinhados aos interesses do Palácio do Planalto e da classe política. Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, com o apoio do Centrão, Nunes Marques impôs derrotas à Lava Jato, votou contra a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara, beneficiou candidatos "fichas sujas" e ficou isolado no plenário da Corte ao colocar uma série de empecilhos para a vacinação obrigatória contra o novo coronavírus no País.

O ministro defendeu a validade de um decreto, editado pelo governo Bolsonaro, que incentiva a separação de alunos com deficiência. O texto foi considerado um "retrocesso" por entidades de ensino. Por 9 a 2, no entanto, o plenário do STF acabou vetando a medida, concordando com as alegações de que a política de Bolsonaro viola os preceitos da dignidade humana e dos direitos das pessoas com deficiência.

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"Ele não tem no nome o patronímico Bolsonaro. Quem ocupa cadeira do STF não está atrelado a nenhum governo, por mais liberal, autoritário e forte que seja o governo. A cadeira é vitalícia para atuarmos com independência absoluta. A cadeira é muito maior do que aquele que a ocupa", disse ao Estadão o atual decano do STF, ministro Marco Aurélio Mello.

O alinhamento de Nunes Marques ao Palácio do Planalto ficou evidente na semana retrasada, durante julgamento que discutia a possibilidade de sanções, por parte de Estados e municípios, a quem recusar a vacina contra a covid-19. Bolsonaro já disse que é contra a vacinação obrigatória e que não pretende ser imunizado.

Nunes Marques exigiu que o Ministério da Saúde fosse consultado. Destacou, ainda, que a vacinação obrigatória deveria ser a "última medida de combate" contra a disseminação do novo coronavírus, após o "esgotamento de todas as formas menos gravosas de intervenção sanitária". Nenhum ministro o acompanhou nesses pontos.

"Não há prova de que a União tenha editado qualquer ato administrativo impedindo a aquisição de vacinas pelos Estados e municípios ou tenha obstado a instituição de vacinação compulsória onde quer que seja", disse Nunes Marques no julgamento. "Eventual fala do presidente da República para meios de comunicação ou em perfil de rede social não é ato administrativo e não é expressão da vontade da União. O presidente é também um agente político e, como tal, tem o direito de expressar suas opiniões, inclusive com o intuito de influenciar a opinião pública em favor das teses que defende. Isso faz parte da liberdade de expressão e do jogo político."

Nunes Marques já havia atendido aos interesses do Planalto no controverso julgamento que discutia se os atuais presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), poderiam ser reconduzidos aos respectivos cargos. "Se o presidente da República pode ser reeleito uma única vez, por simetria e dever de integridade, este mesmo limite deve ser aplicado aos presidentes da Câmara e do Senado", escreveu Nunes Marques em seu voto, ao barrar as pretensões de Maia, como desejava Bolsonaro. O candidato apoiado pelo Planalto para o posto de Maia é o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do Centrão.

"O ministro até agora tem revelado, no campo jurídico, um alinhamento com as posições políticas mais recentes do presidente da República. Do ponto de vista jurídico, nesse curto tempo na Corte, tem errado mais do que acertado, como nos casos da vacinação obrigatória e do decreto sobre a separação de alunos com deficiência", avaliou o professor de Direito Constitucional da FGV-SP Roberto Dias.

Ficha Limpa. O ministro também provocou desconforto no STF ao atender aos interesses da classe política e suspender, na véspera do recesso, trecho da Lei da Ficha Limpa, reduzindo o período de inelegibilidade de políticos condenados criminalmente. Na prática, a decisão de Nunes Marques liberou o caminho de candidatos que concorreram nas eleições municipais de 2020, mas tiveram o registro barrado pela Justiça Eleitoral por causa da legislação.

A decisão, de apenas quatro páginas, provocou fortes críticas de integrantes do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ministros ouvidos pelo Estadão avaliaram que o entendimento de Nunes Marques era "absurdo" porque flexibilizava "regras já confirmadas pelo próprio STF". A expectativa é a de que a medida seja revista.

Se por um lado é criticado por colegas, Nunes Marques também tem recebido afagos públicos de Bolsonaro, que atraiu críticas até mesmo de aliados ao escolher o magistrado para a vaga de Celso de Mello.

Na última quinta-feira, o presidente comentou, em live nas redes sociais, a decisão do ministro que beneficiou "fichas sujas". "O que o Kassio votou - não vou defendê-lo, nem acusá-lo, ele passou a ser um ministro com total autonomia -, ele definiu na sua liminar em uma pequena parte da Lei da Ficha Limpa foi o início da contagem da inelegibilidade", disse.

Bolsonaro destacou que a decisão deve ser analisada pelo plenário da Corte. "Ele pode estar errado, o pessoal decide lá."

Em outra ocasião, Bolsonaro elogiou o voto do ministro no julgamento sobre o direito de amante dividir pensão com viúva. "Por 6 a 5, o STF decidiu que a amante não tem direito a pensão. Você sabe como foi o voto do Kassio? Procura saber. Se tivesse lá o Celso de Mello (ministro que se aposentou em outubro), teria sido aprovado o direito da amante", disse Bolsonaro. Em julgamento no plenário virtual, Nunes Marques entendeu que amantes não têm direito à pensão por morte, endossando a posição da maioria do STF.

O novo ministro também pediu destaque no julgamento virtual de duas ações que tratavam do direito do presidente de bloquear usuários nas redes sociais, principal forma de comunicação com o público.

A ministra Cármen Lúcia considerou o bloqueio de seguidores um ato "antirrepublicano", que contraria os princípios da democracia. Para Marco Aurélio, o presidente não pode exercer "papel de censor". Com a estratégia de pedir destaque após o voto dos dois relatores, Nunes Marques paralisou a discussão, tirando o debate do plenário virtual. Não há previsão de quando os casos serão retomados.

Procurado pelo Estadão, Nunes Marques não se manifestou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Viajantes brasileiros que chegaram do Reino Unido deverão ficar isolados por dez dias. Esta é uma das novas recomendações do Ministério da Saúde divulgadas na terça-feira, 21, como prevenção à descoberta de uma variante do coronavírus naquele país.

O anúncio da nova cepa causou preocupação e fez mais de 40 países proibirem o ingresso de viajantes do Reino Unido, suspendendo voos e cortando rotas comerciais. As orientações emergenciais brasileiras incluem medidas de monitoramento e rastreamento de passageiros e tripulantes que partiram do Reino Unido ou estiveram lá recentemente. O acompanhamento será feito por fiscais sanitários de portos e aeroportos que vão atuar em conjunto com a Rede Nacional de Vigilância, Alerta e Resposta às Emergências em Saúde (Rede CIEVS).

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O Ministério da Saúde recomenda o isolamento de dez dias para aqueles que apresentem síndrome gripal com sintomas de covid-19. Para casos de síndrome respiratória aguda grave, a recomendação é isolamento de 20 dias ou após 10 dias com resultado do teste negativo para covid-19.

As novas determinações do Ministério da Saúde se somam à fiscalização que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vem fazendo das aeronaves que chegam ao Brasil vindas do Reino Unido. Nesta segunda-feira, 21, agentes da Anvisa realizaram ação de fiscalização e acompanhamento em voo que pousou no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. Os viajantes receberam orientações ainda dentro da aeronave e tiveram acesso restrito ao Duty Free. O avião passou por limpeza e desinfecção.

A Anvisa informou que nenhum passageiro ou tripulante declarou ter sintomas da covid-19 durante o voo. Segundo a Gru Airport, entre os dias 21 e 26 de dezembro estão agendados nove voos, entre idas e vindas do Reino Unido, pelas companhias aéreas Latam Internacional e British Airways.

No dia 30, entrará em vigor a restrição de entrada de estrangeiros por rodovias, portos e aeroportos, de acordo com a Portaria 630/2020. Antes do embarque, os viajantes precisarão apresentar à companhia aérea um documento que comprove o resultado negativo do teste laboratorial RT-PCR para covid.

Embora se espalhe mais rapidamente, a variante "não está fora de controle", de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O órgão pediu cautela ao que chamou de um "grande alarme em torno da nova cepa". Até o momento, não há evidências suficientes para determinar se a variante tem algum impacto na gravidade da doença, resposta de anticorpos, transmissão, desempenho de testes de diagnóstico ou eficácia da vacina.

A pandemia do novo coronavírus forçou a população, para a sua própria segurança,  a ficar em isolamento social e a quarentena disparou os casos de depressão e ansiedade. Com o retorno das atividades sendo autorizado, as pessoas começam um período de readaptação às suas rotinas.

psicóloga Louise Britto, nesta entrevista ao LeiaJá, alerta para os efeitos psicológicos da retomada.

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Como a vida da quarentena pode afetar o psicológico de uma pessoa?

De muitas formas. As pessoas que tinham uma rotina de trabalho, de estudo, lazer, viagem, uma rotina normal, perderam isso e começaram a se sentir presas, destituídas da liberdade, da autonomia, que é algo que todos prezamos. E isto foi algo que não foi previamente trabalhado, foi do dia pra noite. As pessoas que moram sozinhas tendo que lidar com a solidão. Não é fácil, pois durante a rotina do dia dia a gente acaba evitando pensar em coisas que nos deixam tristes, ansiosas e angustiadas. A vida na quarentena pode afetar de todas essas formas, causando ansiedade, tristeza, não necessariamente uma patologia, doença, mas pode afetar muito a saúde mental.

Como identificar os sinais de que a sua saúde mental encontra-se em risco?

Se observar é muito importante nesse processo. Nem sempre as pessoas conseguem se escutar e ter esse autoconhecimento. Isso é muito subjetivo, vai de pessoa para pessoa. Alguns sinais podem ser ficar com vontade de continuar isolado, sem contato com as pessoas, sentir tristeza recorrente, porque ficar triste é normal assim como ficar feliz, agora é necessário prestar atenção na recorrência desse sentimento. Perder a vontade de fazer coisas que antigamente davam prazer, falta de sono ou apetite, comer muito ou não comer nada, às vezes sentir palpitações, sensação de que algo ruim vai acontecer, pensamentos recorrentes de que a pessoa vai perder o controle, de que pode morrer ou de que alguém próximo vai morrer. Esses são alguns dos sinais que podem aparecer quando a pessoa está com a saúde mental em risco.

É normal que as pessoas desenvolvam síndrome do pânico em um momento como este?

Hoje em dia as pessoas gostam de colocar nome em tudo, que tudo é doença. Não é normal que uma pessoa apresente síndrome do pânico por causa de um momento como este, é comum que tenha tristeza e ansiedade. Pessoas que já tinham algo nesse sentido, sintomas depressivos, episódios depressivos, episódios de crise de ansiedade, podem desencadear com mais facilidade uma síndrome do pânico ou uma depressão mais forte. É mais normal a saúde mental ficar abalada e existirem alguns sintomas que podem ser confundidos com uma síndrome do pânico.

O atendimento psicológico on-line na quarenta se provou um serviço eficaz para os psicólogos e seus pacientes? E qual a importância dele no momento em que nos encontramos?

O atendimento on-line foi de extrema importância para pacientes e psicólogos. Para psicólogos, porque conseguiram continuar atendendo seus pacientes, continuar colhendo, escutando e continuaram com uma fonte de renda, com certeza isso conta muito. Psicólogos que só dependem do atendimento clínico continuaram podendo atender. Já para os pacientes foi muito importante porque os que já estavam na terapia precisaram da continuidade e os que não faziam precisaram nesse momento e conseguiram esse espaço mesmo que não fosse o espaço físico. E se mostrou muito eficaz, conseguiu-se ter uma troca através do atendimento on-line, ter escuta e acolhimento. Tanto que muitos pacientes, inclusive meus, preferiram continuar na modalidade on-line mesmo com os atendimentos presenciais voltando ao normal. Ter essa ferramenta é muito importante para que os atendimentos, a escuta, o acolhimento e o suporte emocional não parem.

Para as pessoas que sofrem muito com ansiedade ou síndrome do pânico, qual a melhor maneira que elas podem se readaptar à vida após a quarentena?

Para as pessoas que já sofriam de ansiedade, síndrome do pânico, depressão, algo nesse sentido, o pós-quarentena não vai ser fácil, assim como para ninguém. O ser humano é subjetivo, cada um tem sua forma de lidar. Agora, claro, cuidando da sua saúde mental. Se identificar que já tem algo que possa desencadear, procurar uma terapia, uma psicoterapia, fazer um acompanhamento, ter esse espaço para falar sobre si, para falar sobre medos, para falar sobre angústia e se necessário o psicólogo encaminhará para um profissional da psiquiatria para fazer um tratamento medicamentoso. Não é fácil uma readaptação, é um dia após o outro mesmo, fazer sempre o que é possível, mas com certeza uma ajuda profissional é de grande valia nesse momento, para que as pessoas consigam ir voltando aos poucos para sua realidade.

Como será o retorno ao trabalho para os psicólogos? Já que muitos na verdade não deixaram de trabalhar durante essa época.

Bem, depende muito da área que o psicólogo trabalha. O atendimento na clínica, por exemplo, no consultório, está voltando aos poucos, sempre com a máscara, mantendo o distanciamento que já existe, entre o paciente e o psicólogo, um numa poltrona e o outro na outra. Sempre que entra outro paciente passar o álcool spray na poltrona. Tem aquela proteção para dar aos pacientes quando eles chegam no consultório, eles colocam tipo uma “touca de pé”, para que possa proteger. Álcool em gel sempre. E indo aos poucos, na medida do possível. Em outros ambientes como o psicólogo hospitalar, não parou. E das empresas também não, pelo menos supermercados e outro lugares que têm RH e psicólogos, o psicólogo não parou de trabalhar, mas sempre cumprindo as medidas da OMS e do Ministério da Saúde.

Por Yasmin Seraphico e Júlia Pontes.

Pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana revela que o isolamento social no Brasil está em seu pior nível desde o início da pandemia da Covid-19. Segundo o levantamento, em dezembro, 7% dos entrevistados afirmaram estar vivendo normalmente, sem qualquer alteração em suas rotinas. Entre o grupo ouvido, 54% afirmaram que tomam cuidados, mas que se deslocam para trabalhar ou fazer outras atividades. Em pesquisa realizada em 3 de abril, esses números eram de 4% e 24%, respectivamente.

A pesquisa também revelou que neste mês 79% dos entrevistados afirmaram já terem sido infectados ou conhecerem alguém que já teve a Covid-19. Com o recente aumento do número de casos da doença no país, 73% dos entrevistados afirmaram que a situação do Brasil na pandemia está piorando. Em agosto, esse percentual representava 43% dos pesquisados. O instituto de pesquisas também revelou que três entre quatro entrevistados pretendem se reunir apenas com pessoas com as quais convivem no Natal.

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A pesquisa foi feita via telefone celular com 2.016 brasileiros adultos que possuem celular (90% da população) entre 8 e 10 de dezembro em todas as regiões e Estados do País.

O presidente francês, Emmanuel Macron, positivo para coronavírus, se encontra "estável" e seus exames médicos são "tranquilizadores", disse a Presidência neste sábado (19) em um comunicado.

O chefe de Estado, isolado em uma residência oficial em Versalhes, nos arredores de Paris, "continua apresentando os mesmos sintomas da doença (cansaço, tosse, dores musculares), que não o impedem de cumprir com suas funções", disse o comunicado, assinado pelo médico do presidente.

Na sexta-feira, Macron prometeu que informaria todos os dias sobre seu estado de saúde, em um vídeo de três minutos gravado com um celular e publicado nas redes sociais. O chefe de Estado, vestido informalmente e levemente abatido, disse que estava cansado e que sentia "dor de cabeça e tosse seca".

"Não há razões para isso vá mal, tenho um acompanhamento médico e os informarei de forma transparente sobre a evolução", disse.

Macron pediu a vigilância aos seus concidadãos, em um momento em que os casos voltaram a aumentar na França.

Na sexta-feira, a França superou os 60.000 mortos por coronavírus, de acordo com dados oficiais. As autoridades registraram mais de 15.600 novos casos nas últimas 24 horas.

Apesar de os bares não terem nenhum tipo de proibição em relação ao funcionamento, mesmo com a recente alta dos casos de Covid-19 em Pernambuco, ao que parece algumas pessoas parecem destemidas em relação à doença que já matou milhões de pessoas no planeta.

A reportagem do LeiaJá fez diversos flagrantes, na noite desta sexta-feira (18), de alguns locais em que as regras de distanciamento, especialmente do uso de máscaras, não estão sendo respeitadas pelos frequentadores. Nossa equipe não conseguiu gravar entrevistas e, em alguns momentos, foi recebida com hostilidade por parte dos clientes.

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Em alguns bares da Zona Norte e Zona Oeste do Recife, a reportagem flagrou que o distanciamento ideal entre as mesas, 1,5m, não tem sido cumprido à risca. O uso de máscaras também foi algo que rara vezes foi visto. Determinados estabelecimentos estavam com tantas pessoas no ambiente interno que algumas mesas foram colocadas do lado de fora.

Em um bar da Zona Norte é possível notar a proximadade entre as mesas e a falta do uso de máscara. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Nesta sexta, Pernambuco registrou 1.765 casos da Covid-19 e 22 óbitos e fechou assim a quarta semana seguida de alta nos casos da doença e nos pedidos para leitos de UTI no estado, o que tem feito Pernambuco regredir em pontos do Plano de Convivência como a limitação, a partir deste sábado (19), do setor de alimentação que estará limitada a 300 pessoas. Desde o início da pandemia foram registrados 205.262 casos  e 9.383 mortes da doença.

Baseado no decreto do Governo do Estado de Pernambuco nº 49.821 de 07 de dezembro de 2020, que trata das normas sanitárias vigentes no período de pandemia da Covid-19, o Sport anunciou, em comunicado nesta terça-feira (15), que vai pedir com urgência para que os órgãos avaliem as condições para a realização das eleições marcadas para 18 de dezembro. De acordo com o clube, que desejava a realização do pleito em março, para que as eleições ocorram, o Sport precisa de uma autorização para que possa descumprir a regra de eventos com mais de 300 pessoas. 

O Conselho Deliberativo havia optado pelo adiamento das eleições para março de 2021 por conta da pandemia, mas por meio de medidas judiciais, as chapas oposicionistas de Nelo Campos e Eduardo Carvalho conseguiram manter a data prevista inicialmente em edital publicado pelo clube. Por conta disso, o Sport decidiu acionar os órgãos responsáveis para que "autorizem, ou não, o Sport a descumprir as ordens sanitárias vigentes, até para que no futuro não seja imputada qualquer responsabilização administrativa e penal ao Presidente do Executivo pelo descumprimento de normas legais, estaduais e federais". O clube também promete recorrer da decisão que determina eleições em janeiro.

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O Sport ainda ressalta milhares de sócios com condições de votar seriam aglomerados na Ilha do Retiro, o que descumpriria o decreto estadual que permite 300 pessoas em eventos. A votação virtual também foi descartada por conta da "fragilidade de nosso banco de dados", afirma o clube que ainda salienta o alto valor para operações do tipo.

Confira o comunicado na íntegra.  

Em relação às eleições no Clube, a Direção Executiva aceitou as justificativas do Conselho Deliberativo – de apoio ao futebol até o fim do brasileiro (fevereiro/21) e aumento vertiginoso das infecções de covid no estado de Pernambuco – acatando a decisão do colegiado sobre o adiamento do pleito para março do próximo ano.

Reforçamos a conduta do Executivo do Clube de sempre se pautar por decisões colegiadas, atendendo assim aos que em 2018 elegeram este Conselho com mais de 80% dos votos.

No entanto, a Direção Executiva foi intimada, na última sexta-feira, por liminares de processos judiciais cassando a decisão do Conselho (eleito democraticamente pelos sócios do clube). Intimações estas no sentido de determinar a realização das eleições, desde que respeitadas as regras sanitárias impostas pelo Governo do Estado de Pernambuco, ou que se realizasse o pleito na modalidade virtual.

Nunca foi do interesse do Sport discutir questões internas fora de seus muros, mas sim através de seus órgãos constituídos e democraticamente eleitos. Mas já que foi requisitado a fazê-lo, declara à Direção Executiva que, em respeito e estrito cumprimento ao que rezam o decreto do Governo do Estado de Pernambuco de nº 49.821 de 07 de dezembro de 2020 e Art. 268 do Código Penal Brasileiro, procedeu com consulta (em caráter de urgência) ao órgãos competentes para que autorizem, ou não, o Sport a descumprir as ordens sanitárias vigentes, até para que no futuro não seja imputada qualquer responsabilização administrativa e penal ao Presidente do Executivo pelo descumprimento de normas legais, estaduais e federais.

Mesma preocupação teve o magistrado que deferiu a liminar quando assim se pronunciou autorizando a realização da eleição presencial: “… a qual deverá observar os protocolos setoriais próprios emitidos pelo Governo do Estado de Pernambuco para fins de realização de atividades em funcionamento durante a pandemia do Covid-19”.

Assim sendo, só com a autorização dos órgãos competentes, o que fora afirmado pelo próprio magistrado, poderia haver o pleito eleitoral, posto que o número de participantes do pleito (aos milhares) suplantaria e muito a quantidade de pessoas permitidas pelo decreto estadual, que é excepcionalmente de no máximo 300 pessoas.

Além disso, é necessário questionar – por razões humanitárias – se será mesmo prudente, que no momento pandêmico em que vivemos, aglomeremos milhares de torcedores na Ilha do Retiro, sendo alguns de nossos associados e votantes de idade avançada, parte do grupo de risco?

Entende a Direção Executiva, assim como entendeu o Conselho Deliberativo outrora, que tal hipótese não é prudente e razoável (para se dizer o mínimo), pois o elevado número de novos casos, internações e mortes em nosso estado tem assustado e é assunto recorrente na sociedade.

Por fim, quanto à realização eleição virtual, a mesma havia sido declinada meses atrás pelo Executiva e Conselho Deliberativo, pelo alto custo da operação cobrado pelas empresas consultadas e pela fragilidade de nosso banco de dados que no momento não está preparado para esse tipo de operação. Essa hipótese precisa de nova reflexão diante do quadro de agravamento da pandemia do Coronavírus, por tratar-se de procedimento complexo que precisa de tempo para ser gestado, tempo este estimado pelos técnicos do setor de no mínimo 45 dias.

Em função disso, pensando na saúde do associado, principalmente naqueles que terão receio de ir ao Clube no meio de uma pandemia (mas que possuem direito a voto como qualquer outro), decidiu a Diretoria Executiva expor tais questões ao magistrado (preocupação já demonstrada em sua decisão), através dos cabíveis e tempestivos recursos existentes.

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Várias pesquisas demonstram que existem muitos benefícios em ter um animal de estimação em casa. Além de oferecer companhia aos donos, eles também ajudam a melhorar a qualidade de vida dos seres humanos e fazem bem à saúde, tanto física quanto mental. Estar perto de animais pode contribuir para o aumento de hormônios como serotonina e ocitocina – atuantes na regulação do humor – e faz com que as pessoas se sintam menos ansiosas e mais felizes.

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Alguns dos benefícios da convivência com um animal podem ser os exercícios da afetividade, da comunicação, da interação social com eles, e da prática do cuidado, de acordo com a psicóloga e psicanalista Roseane Torres. “Ter uma relação com um animal pode ser a possibilidade de vivenciar todas essas atividades cognitivas e psíquicas, especialmente neste período de isolamento social”, explica.

Roseane acredita que essa relação também afeta as pessoas emocionalmente em razão da troca de afetos e manutenção de um vinculo que é muito especial. “Penso que pode afetar positivamente, caso a pessoa deseje ter uma relação com um animal e mais ainda, que se responsabilize pelos cuidados com este”, diz. 

O vínculo entre um animal e seu tutor, na maioria dos casos, costuma ser muito forte e especial, colaborando de maneira positiva para o bem-estar do ser humano. Durante a pandemia da covid-19, o isolamento social afetou a saúde mental de muitas pessoas e estas tiveram que lidar com a ansiedade, estresse e, por vezes, solidão. Porém, aqueles que são tutores de pets puderam aproveitar a companhia dos animais e acabaram fortalecendo o laço que já havia antes da quarentena. 

Giselle Collyer, tutora de duas cachorras, apesar de sempre ter tido animais em casa, diz que isso mudou sua vida completamente. “A partir do momento em que saímos de casa e levamos o pet, a nossa responsabilidade aumenta. Não tenho filha humana, então elas são minhas filhas. Eu tenho completa responsabilidade por elas com relação ao horário, alimentação, medicação, então a minha rotina é completamente diferente de alguém que não tem animal de estimação”, relata a tutora. 

Giselle afirma que, ao longo da quarentena, seu vínculo com as cachorras não mudou, porém a rotina passou por transformações. “Por conta da pandemia, os passeios não são tão longos e eu já não fico tanto tempo com elas na rua”, continua. “A maneira que eu encontrei de cobrir isso foi comprando brinquedos e brincando com elas dentro de casa, na medida do possível. Na verdade, elas são minhas companhias. Meu esposo continua viajando então a minha companhia é feita por elas duas”, acrescenta. 

A respeito do laço criado entre um animal e o seu tutor, Giselle conta que percebeu a contribuição dessa relação para a saúde durante a quarentena. “Eu não conseguiria me ver nessa pandemia sozinha, sem elas, trancada dentro de um apartamento. De alguma forma, elas me ajudaram muito, tanto mentalmente quanto fisicamente. Por não estar fazendo atividades físicas fora, eu aproveitava, ainda que o passeio fosse curto, pra dar uma caminhada com elas e se elas não estivessem aqui, essa caminhada de 10, 15 minutos não existiria. Certamente, passar meses trancada praticamente sozinha, com certeza iria gerar consequências mais lá na frente”, ela avalia. 

Em virtude da solidão que muitos sentem durante esse período de isolamento, adotar um animal se tornou uma opção para aqueles que buscam companhia. Porém, mesmo com o aumento do número de adoções, a quantidade de animais que foram abandonados cresceu consideravelmente também devido à pandemia e as consequências geradas por ela, como o desemprego, medo de um possível contágio, entre outros. 

Raquel Viana, fundadora e responsável pelo abrigo de animais Au Family, em Belém, afirma que o número de adoções de pets não superou o de abandonos desde o início da pandemia. “O número de abandonos é infinitamente maior que o de adoções, não importa a época”, aponta.

Abrigar um animal de estimação, seja ele qual for, exige cuidados e responsabilidades dos possíveis tutores. “Ter condições de prover alimentação adequada, idas ao veterinário sempre que preciso, ter tempo para brincar, passear, levar para tomar todas as vacinas necessárias, ter consciência de que é um ser que sente, que se apega, que não é um brinquedo, respeitar o animal e nunca abandoná-lo”, destaca Raquel.

Além destas responsabilidades, há a importância de reconhecer que a presença dos animais, no contexto do isolamento social e fora dele, pode amenizar e ser enriquecedor, porém não pode suprir a falta de relações com outras pessoas por completo. “Um animal não é um substituto, e sim outra relação tão especial quanto. Todas as relações com trocas de afetos e vivências são válidas nesse período”, conclui a psicóloga Roseane. 

Por Isabella Cordeiro e Karoline Lima

 

Apesar de diversas celebridades terem sido diagnosticadas com o novo coronavírus recentemente, algumas insistem em furar as medidas de isolamento social. Esse foi o caso de Elís Miele, Miss Brasil Mundo 2019, que na última quinta-feira, dia 3, furou o isolamento para comprar pão - mesmo estando com a Covid-19.

No Stories do Instagram, Elís publicou dois vídeos nos quais aparece dirigindo seu carro e afirma que está a caminho da padaria. A Miss também alega que perguntou para a panificadora se eles tinham serviço de entrega e, diante da negativa, decidiu ir até o estabelecimento de carro para pegar seus produtos na porta.

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"Tô dando um pulinho aí na padaria pra comprar alguma coisa pra comer, porque eu to com fome. É a padaria que eu sempre compro, pertinho da minha casa. Eu até mandei mensagem se eles entregavam, mas ela falou que não entregava, daí eu perguntei, será que eu poderia pegar aí na porta, vou de carro você me entrega? Não foi o caso dela, mas eu tive medo de não quererem me atender por causa do Covid", disse.

Em seguida, a modelo ainda disse que existe um preconceito em relação a doença, e reforçou o medo de que se recusassem a atendê-la por conta do vírus: "É tão ruim essa sensação, juro. Quando ela falou que sim eu fiquei tão aliviada, porque eu fiquei com tanto medo de ela falar que não, a gente não entrega porque você tá com Covid. Eu sei que existe um preconceito muito grande com a doença, sabe. Falei pronto, se a mulher falar que não vai entregar o meu pão como é que eu vou comer, vou ficar com fome. Passa cada coisa na cabeça da gente. Vou comer meu pãozinho que eu to com vontade de comer. Não vejo a hora disso acabar logo pra eu voltar pra minha rotina".

Os vídeos, como poderia se esperar, tiveram uma repercussão bem negativa, de modo que diversos internautas passaram a comentar sobre o ocorrido nas postagens da Miss: "Olha lá o alecrim dourado que não vive sem pãozinho", criticou um seguidor; "Empatia e bom senso zero, né???? O pão vale mais que vidas...", atacou outro; "Eu vi a notícia e pensei 'não é possível'. Ai vim no insta, vi os stories e ainda não to acreditando", desabafou um terceiro.

Diante disso, Elís restringiu os comentários de suas fotos, apagou os Stories e publicou na madrugada desta sexta-feira (4), um vídeo no qual pede desculpas por suas ações e se retrata.

"Eu não estava esperando pelo diagnóstico [do coronavírus], então eu não tinha comida estocada em casa. Quando eu fui tomar café, não tinha nada pra eu comer. Tentei entrar no aplicativo, mas nenhuma padaria fazia entrega para minha residência. Então eu entrei em contato com a padaria perto da minha casa, avisei que eu estava com Covid e perguntei se eu poderia ir até lá buscar", contou.

Em seguida, a modelo ainda aconselha os seguidores que estejam em uma situação similar a sua a buscarem ajuda de amigos e parentes para conseguir os produtos que precisam sem ter que sair de casa.

"Eu não aconselho ninguém a tomar esse tipo de atitude, se você está passando por esse momento, que tente entrar em contato com algum amigo, ligue pra alguém que seja próximo e que possa te ajudar. Nesse momento de tensão eu acabei tomando uma atitude errada e eu gostaria de pedir perdão pelas palavras, pelos erros. Nós sabemos como tem sido difícil esse momento de reclusão social", emendou.

Segundo levantamento do IBGE, 577 mil pernambucanos (5,8%) não adotaram qualquer medida de restrição de contato social em outubro – mais do que o dobro registrado no mês de setembro, quando o percentual foi de 2,7% e de 255 mil pessoas. O número de pessoas que reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa também subiu: de 3,5 milhões (37,4%) para 3,8 milhões (40,3%).

Com isso, caiu mais um pouco o número de pessoas que ficaram em casa e só saíram em caso de necessidades básicas, de 3,7 milhões (39,6% da população) para 3,6 milhões (38,5%). O mesmo ocorreu com quem ficou rigorosamente isolado: eram 1,8 milhão (19,7%) em setembro e, em outubro, o número diminuiu para 1,4 milhão (14,9%), uma diferença de 400 mil pessoas. Em comparação a julho, quase um milhão de pernambucanos deixaram o isolamento rígido.

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Entre os que não adotaram nenhuma medida de restrição, os homens ainda são maioria, com 6,5%, enquanto as mulheres compõem 5,1%. No entanto, proporcionalmente, mais mulheres deixaram o isolamento rigoroso do que os homens: a porcentagem entre eles passou de 19,1% para 14,5%, uma diferença de 4,6 pontos percentuais. Já entre as mulheres, a diferença foi maior, de 4,9 pontos percentuais, saindo de 20,2% em setembro para 15,3% em outubro.

A proporção de pessoas que não fizeram nenhuma restrição aumentou e o isolamento rígido diminuiu em todas as faixas de idade. A faixa etária que tem maior percentual de pessoas que não fizeram nenhuma restrição na convivência com outras pessoas em outubro foi a de jovens de 20 a 24 anos: 7% se encaixam nesse perfil. Entre os idosos, com 60 anos ou mais, o percentual subiu de 1,5% em setembro para 3,4% em outubro.

A campeã do Big Brother Brasil 2020, Thelma Assis, utilizou o seu perfil no Instagram para anunciar que testou positivo para a Covid-19 nessa sexta-feira (27). O marido da ex-bbb, Denis, também testou positivo para o vírus.

“Gente, eu e Denis infelizmente testamos positivo para Covid-19, estamos bem e isolados os dois em casa”, publicou Thelma. 

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A campeã do BBB ainda destaca a importância de que todos devem continuar atentos e se cuidando. Na publicação, os fãs desejam melhoras e forças para o casal.

O índice de isolamento social da população brasileira voltou a subir em novembro, depois de registrar o nível mais baixo de toda a série no mês de outubro, apontam dados do Mapa de Calor, plataforma digital criada pelas operadoras de telecomunicações durante a pandemia do covid-19.

"Isso aponta que as pessoas podem estar preocupadas com uma possível segunda onda do novo coronavírus", afirmou o presidente-executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, entidade que reúne as maiores operadoras do País.

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Apurada a partir de dados coletados desde fevereiro, antes da declaração oficial de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de isolamento atingiu 47,1% no mês passado, pior nível da série, e subiu para 47,7% em novembro.

De acordo com Ferrari, em fevereiro, na média nacional, o índice de isolamento estava em 37%. Esse nível serviu como referência para apurar a evolução do isolamento ao longo dos meses seguintes. Em março, ele subiu para 42,8%, e o melhor resultado foi apurado em abril, de 52,4%.

Desde então, houve recuo em todos os meses seguintes: 52,1% em maio; 50,4% em junho; 49,1% em julho; 48,5% em agosto; 47,8% em setembro; e 47,1% em outubro. Em novembro, ele subiu pela primeira vez em seis meses, para 47,7%.

Os dados mostram que, mesmo sem quarentena, 30% da população permanece em casa ou se locomove pouco diariamente - suficiente para que o celular permaneça conectado a uma única antena ao longo do dia. Outros 30% são trabalhadores de serviços essenciais e não ficam em casa em hipótese alguma. O sucesso do isolamento, portanto, deve ser medido entre os 40% restantes. Quanto mais próximo de 70%, maior o índice de isolamento do município, Estado ou País.

"Mesmo com o afrouxamento das medidas de isolamento, podemos dizer que a normalidade não voltou e que as pessoas continuam a se preservar de forma espontânea", explicou Ferrari.

A ferramenta entrou no ar em 22 de abril e ficará disponível até 31 de dezembro para todos os Estados, capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes. Ao todo, 17 Estados e 22 municípios aderiram à plataforma, o que permitiu cobertura de 90% da população brasileira. A Conexis informou que ainda não há decisão sobre a manutenção da plataforma em funcionamento em 2021. Isso vai depender da demanda das autoridades.

O objetivo do Mapa de Calor é auxiliar os governantes a definir suas políticas públicas de combate ao novo coronavírus. Cada governador que aderiu teve acesso aos dados de todo o Estado, enquanto os prefeitos obtiveram informações apenas do seu próprio município.

Para ter acesso à plataforma, os governantes assinaram acordo de cooperação técnica com as operadoras, receberam apenas cinco chaves de acesso e concordaram com os termos de responsabilidade e confidencialidade. Não é possível baixar os dados. Somente autoridades com e-mail ".gov" podem fazer o cadastro.

O sistema é integrado pelas quatro maiores operadoras do País - Claro, Vivo, TIM e Oi - e contou com parceria das empresas Hugtak, Imagem/Esri, e Microsoft, que ofereceram estatísticas, mapas interativos, painéis virtuais e espaço na nuvem de forma gratuita.

Mais de 1,3 milhão de índices foram gerados a partir de 106 mil antenas de celular. Os dados são estatísticos, não individuais, e são captados em uma camada superior à de dados pessoais, em respeito aos dispositivos da Lei Geral de Proteção de Dados.

Os dados do Mapa de Calor mostram o porcentual de linhas conectadas em cada antena, ao longo do dia e não identificam nome do usuário, número do telefone ou operadora. Além disso, são fornecidos com um dia de defasagem, e não em tempo real.

As manchas de calor se alteram conforme o deslocamento de aglomerações. A movimentação de uma única pessoa não afeta o indicador. Também é possível verificar os indicadores de aglomeração em áreas de até quatro quilômetros quadrados, como zonas específicas e bairros - o Aeroporto de Guarulhos e o Parque do Ibirapuera, por exemplo.

Assim que a pandemia começou, em fevereiro, quatro pessoas zarparam para um dos lugares mais remotos da Terra: o Atol Kure, no noroeste do Havaí. Eles viveram isolados por oito meses restaurando as praias da ilha. Isolados, o mundo se limitava a um pedaço de areia no meio do caminho entre EUA e Ásia. Sem TV ou internet, as únicas informações vinham de mensagens de texto via satélite e e-mails ocasionais.

Agora, eles estão de volta a uma sociedade transformada que parece tão estranha hoje quanto o isolamento da ilha parecia em março. Eles devem se ajustar ao uso de máscaras, ficar em casa e ver os amigos sem dar abraços ou apertos de mão. "Nunca vi nada assim", disse Charlie Thomas, um dos quatro da equipe.

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O grupo faz parte de um esforço do Havaí para manter o frágil ecossistema da ilha, um parque nacional onde vivem pássaros marinhos, focas havaianas, recifes de coral, tartarugas e tubarões-tigre. Todo ano, duas equipes se alternam, uma no verão, outra no inverno, com a função de remover plantas invasoras, substituí-las por espécies nativas e limpar redes de pesca e plásticos que chegam às praias.

"Antes de partirem, os membros da equipe são questionados se desejam receber más notícias quando estiverem em Kure", disse Cynthia Vanderlip, supervisora do programa. "Algumas vezes por dia, fazemos upload e download de e-mails para que eles mantenham contato com família e amigos."

Charlie, neozelandesa de 18 anos, a mais jovem da equipe, cresceu ao lado de pássaros marinhos e outros animais selvagens. Ela terminou a escola um ano mais cedo para se dedicar a trabalhos ambientais voluntários. "Estava cansada das redes sociais, de tudo o que estava acontecendo", disse Charlie, que agora está em quarentena em um hotel de Auckland, onde vive sua família.

Ao lado dela na ilha estava Matthew Butschek, de 26 anos, de Dallas. Para ele, o momento mais difícil foi lidar com a morte de um tio, que já estava doente, e do melhor amigo, de acidente de carro. "Tomei uma cerveja por ele e pensei nos bons momentos", disse. Em quarentena em Honolulu, Butschek olhava pela janela e via crianças brincando, todas de máscaras, como nos filmes apocalípticos. "Isso não é normal para mim."

Os líderes do grupo eram a bióloga Naomi Worcester, de 43 anos, e seu marido, Matthew Saunter, de 35. Naomi visitou a ilha pela primeira vez em 2010 e todos os anos está de volta. "Com tanta incerteza e emoções à flor da pele, há um medo subjacente em relação ao que o futuro pode trazer e como as pessoas podem responder", disse.

Para Saunter, que trabalha há dez anos em Kure, o isolamento não é um fator importante. "Para ter sucesso em Kure, você tem de enfrentar os problemas de frente e controlar suas emoções", disse. Ele se lembra de quando sua irmã chamou o surto de "pandemia" pela primeira vez. "Recebi um e-mail dela com a palavra ‘pandemia’ e pensei: qual a diferença entre pandemia e epidemia? Agora, é uma palavra que está no vocabulário de todos."

O América-MG viveu um momento histórico nessa quarta-feira (18) e carimbou vaga na semifinal da Copa do Brasil, ao eliminar o Internacional nos pênaltis. Na celebração, o excêntrico treinador Lisca Doido quebrou as normas de distanciamento e foi até a torcida que estava fora do estádio para comemorar. 

A pandemia impede a presença de torcedores, mas Lisca não se conteve. Em imagens que circulam nas redes sociais, ele vai para os braços da torcida do América, que festejava fora do estádio. Outro problema é que muitos deles, e até o próprio técnico, estavam sem máscara.

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"Então queria agradecer a todos aqui no América que me abraçaram de coração, a torcida, que fez uma festa linda na chegada do time no Independência, no outro jogo também e agora é bater no peito e dizer que tem orgulho de ser América. É uma torcida de pai pra filho, pra avô, pra neto e o América é grande, é muito grande e nós vamos brigar muito ainda nessa Série B", finalizou Lisca.

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O premier britânico, Boris Johnson, decidiu se isolar, após ter entrado em contato com uma pessoa que testou positivo para o novo coronavírus, anunciou na noite deste domingo um porta-voz.

Johnson, que teve a doença na primavera, está bem e não apresenta nenhum sintoma, informou o porta-voz, assinalando que o premier se mantém trabalhando na Downing Street, "principalmente para liderar a resposta do governo à pandemia".

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, teve o resultado do exame para a covid-19 negativo, mas ainda assim iniciou um isolamento preventivo após ter dito contato com o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Gustavo Béliz, que foi diagnosticado com o novo coronavírus. O anúncio da quarentena do mandatário foi feito na quarta-feira (11) pelo governo.

"Fiz um teste que resultou negativo. Apesar disso, como temos recomendado, o isolamento preventivo é importante para interromper as infecções", escreveu o presidente no Twitter. "Estou bem, sem sintomas de qualquer espécie. Agradeço a todos pela preocupação".

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Além de Fernández, também ficarão em isolamento os ministros do Interior, das Relações Exteriores e da Mulher, Gênero e Diversidade. Os três aguardam os resultados de seus exames.

Fernández abraçou na última segunda-feira o ex-presidente boliviano Evo Morales, que acompanhou até a fronteira antes do retorno deste último a seu país, após 11 meses refugiado em Buenos Aires. Nesse dia, jornalistas registraram também um abraço entre Fernández e Béliz.

Todos participaram na noite de domingo, em Jujuy, de um jantar de despedida de Morales sem respeitarem o distanciamento e o uso de máscara, segundo uma foto publicada pelo boliviano no Twitter.

Com 44 milhões de habitantes, a Argentina já teve mais de 1,2 milhões de casos do novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde. A taxa de infecção diária do país começou a diminuir nas últimas semanas, indicando que a crise pode ter passado do seu pico. (Com agências internacionais)

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