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A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou, na terça-feira (5), um convite para que Marcos Valério, personagem central do caso do mensalão, seja ouvido a respeito de acusações feitas ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em delação à Polícia Federal. A iniciativa de chamar Valério partiu do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro.

Condenado a 37 anos de prisão, sob a acusação de ter operado o esquema do mensalão no primeiro mandato de Lula, Valério afirmou, em depoimento à PF, que administrou um caixa secreto de R$ 100 milhões para o PT. Ele repetiu, ainda, que a legenda tinha vínculos com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). As informações foram divulgadas pela revista Veja.

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A intenção da Comissão de Segurança é ouvir Valério na semana que vem, em audiência pública. A data ainda não foi agendada, mas aliados de Bolsonaro querem que Valério compareça à Câmara no próximo dia 14.

Parlamentares do Centrão usaram a tribuna, nesta quarta, 6, para cobrar explicações sobre as denúncias feitas por Valério e aumentar o desgaste do PT. O deputado Coronel Tadeu (PL-SP) pediu proteção da Polícia Federal a Valério, até que seja ouvido na Câmara. "Eu fico aqui pensando se ele estará vivo para ouvir os nossos questionamentos", afirmou Tadeu.

Outros insistiram na denúncia feita por Valério em depoimento à Operação Lava Jato, em 2016. À época, ele disse ter feito pagamentos clandestinos para que Lula não fosse implicado no sequestro e assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel. O crime ocorreu há 20 anos.

O advogado Marcelo Leonardo, que representa Valério, disse que o seu cliente cumpre pena em liberdade e está impedido de falar sobre a delação por causa do acordo com a Justiça. Ele não confirmou se o pivô do mensalão irá comparecer à convocação feita pela comissão da Câmara.

'Calúnias'

Em nota divulgada ontem à noite, a cúpula do PT disse que "o bolsonarismo mobilizou seus agentes" com o objetivo de aprovar um convite para que Marcos Valério deponha na Comissão de Segurança da Câmara. "Querem armar o cenário para que lá sejam repetidas as mentiras, armações e calúnias já derrubadas nas mais diversas instâncias judiciais e investigativas", destaca um trecho da nota.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após publicação de matéria da Veja sobre a delação feita pelo operador do mensalão Marcos Valério, da relação do PT com o PCC, na noite desta sexta-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, no seu Twitter, que "o crime tem Lula como aliado e a mim como inimigo". O presidente da República apontou que a esquerda "distrai os inocentes" o rotulando de misógino.

"É uma boa forma de distrair inocentes a esquerda me rotular falsamente de misógino enquanto está de mãos dadas com o narcotráfico, que objetifica, escraviza, espanca, tortura, queima, mata e esquarteja mulheres, muitas vezes filmando para servir de exemplo para as outras", publicou Bolsonaro.

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Ele disse que, "enquanto uns vivem de falsas promessas e frases de efeitos para enganar o público feminino", a sua gestão enfrenta o crime endurecendo as penas, inclusive para crimes contra a mulher, e ataca o crime organizado.

Antes de compartilhar uma reportagem em que um integrante do PCC afirma não conseguir ter diálogo com o atual governo, pois "os caras começaram o mandato agora", o presidente diz ter recordes de apreensão de drogas e prejuízo às facções. "Ele [Lula] quer esses "jovens" soltos. Eu quero que esses bandidos apodreçam na cadeia".

Com base em dispositivo do pacote anticrime, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu a progressão do regime semiaberto para o aberto a Marcos Valério, condenado no Mensalão a 37 anos, cinco meses e seis dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.

No entanto, Marcos Valério vai seguir em prisão domiciliar - a qual lhe foi concedida em razão da pandemia da covid-19. Isso porque, segundo Barroso, informação prestada pelo juízo de Nova Lima (MG) indica que não há, naquele local, "estabelecimento prisional adequado para o cumprimento de pena em regime aberto" - no qual o condenado pode trabalhar durante o dia e, à noite, deve se recolher em casa de albergado.

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Assim, segundo o despacho do ministro do STF, será mantida a prisão domiciliar do condenado no Mensalão "enquanto perdurar a situação informada, por se tratar de medida aplicável a todos os apenados que se encontram na mesma situação". No despacho, Barroso também reiterou a obrigatoriedade do integral pagamento da multa imposta na condenação. O valor atualizado do débito é de R$ 10.348.656,67.

No entanto, apesar de frisar a "obrigatoriedade do integral adimplemento" do montante, o ministro do STF entendeu que não era possível concluir, ao menos até o momento, pela configuração de "inadimplemento deliberado". Tal reconhecimento poderia impedir a progressão de regime de Marcos Valério. O entendimento de Barroso tem relação com o bloqueio judicial dos bens e da renda mensal atual recebida pelo condenado, no valor de R$ 2,8 mil.

Ao analisar o caso de Marcos Valério, Barroso entendeu que incide, no caso do condenado no Mensalão, o novo porcentual para progressão de regime - de 16% de cumprimento da pena na hipótese de apenado primário e crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou o ex-empresário Marcos Valério a continuar em prisão domiciliar em razão da pandemia do novo coronavírus. O "símbolo" do mensalão foi beneficiado em março por decisão do Tribunal de Justiça de Minas (TJ-MG), que autorizou a permanência dele em casa por 90 dias, que foram sendo renovados desde então.

O tribunal mineiro, contudo, enviou os autos a Barroso para a palavra final, pois o ministro é relator da execução da pena de Valério. O ex-empresário estava em regime semiaberto em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de BH, quando foi beneficiado com a domiciliar. Por isso, ao invés de retornar ao complexo penitenciário, ele foi mandado para a casa.

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A PGR recorreu da decisão alegando que a "libertação de presidiários é contraproducente", pois aumentaria o número de pessoas que precisaria ser "persuadido a permanecer afastado do convívio social" para reduzir o contágio pelo novo coronavírus. Além disso, a Procuradoria alegou que a diabetes de Marcos Valério está controlada e por isso ele não poderia ser enquadrado como integrante do grupo de risco.

Para Barroso, no entanto, as razões apresentadas pela PGR não justificariam a revogação da decisão. O ministro frisou ainda que a Polícia Militar e a Polícia Civil estão monitorando o cumprimento da prisão domiciliar de Marcos Valério desde março, e nenhuma irregularidade ou descumprimento foi informada.

Marcos Valério foi condenado a 37 anos de prisão pelo escândalo conhecido como mensalão do PT, pagamento de "mesadas" a parlamentares em troca de apoio a projetos enviados pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 2018, o ex-empresário foi condenado a mais 16 anos e nove meses de detenção pelo "mensalão mineiro", esquema que desviou R$ 35 milhões de estatais mineiras para a campanha de reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) em 1998 por meio de agências de publicidade.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta sexta-feira (25), que não estava surpreso com a revelação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria um dos mandantes do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT). Em publicação no Twitter, Bolsonaro comentou o assunto que vem repercutindo no meio político hoje e um dos mais comentados na rede social. 

"Marcos Valério alega que o corrupto presidiário Lula é um dos mandantes do assassinato de Celso Daniel! Surpreso? Não!", escreveu o presidente do microblog.

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A afirmativa de que Lula seria um dos mandantes do crime que aconteceu em 2002 foi publicada em uma reportagem da revista Veja. De acordo com a matéria, o empresário e operador do mensalão, Marcos Valério, deu detalhes sobre o envolvimento do ex-presidente durante um depoimento ao Ministério Público de São Paulo. 

A matéria aponta que Valério disse que foi chamado para uma reunião no Palácio do Planalto em 2003 pelo então chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, que o contou que o empresário Ronan Maria Pinto estava chantageando Lula e outros petistas e pediu que o silêncio do empresário fosse comprado. Valério contou ter autorizar um pagamento de R$ 12 milhões a Ronan, mas antes disso o empresário teria revelado o motivo da chantagem. 

“Na reunião, Ronan Maria Pinto deixou bem claro que não iria responder pelos fatos sozinho, 'pagar o pato', conforme se expressa; Que Ronan Maria Pinto afirmou com muita clareza e um modo simples que lhe é próprio que iria apontar o presidente Lula como mandante da morte do prefeito Celso Daniel, utilizando-se da expressão 'apontá-lo como o cabeça da morte de Celso Daniel'”, conta do trecho do documento divulgado pela Veja.

O empresário Marcos Valério afirmou em depoimento ao Ministério Público de São Paulo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos mandantes do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel. O crime aconteceu em 2002. A informação foi publicada pela revista Veja, que disse ter tido acesso ao documento que descreve a oitiva de Valério.

De acordo com a reportagem, o operador do mensalão disse no depoimento que Lula e outros petistas foram chantageados, em 2003, pelo empresário Ronan Maria Pinto, que acusou o ex-presidente de ser mandante do assassinato. 

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Valério afirma que foi chamado para uma reunião no Palácio do Planalto naquele ano pelo então chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, que o contou da chantagem e pediu que o silêncio do empresário fosse comprado. Depois disso, detalha a matéria, o operador do mensalão se reuniu com Ronan Maria Pinto em um hotel em São Paulo, juntamente com o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, para autorizar um pagamento de R$ 12 milhões a Ronan, mas antes disso ele teria revelado o motivo da chantagem. 

“Na reunião, Ronan Maria Pinto deixou bem claro que não iria responder pelos fatos sozinho, 'pagar o pato', conforme se expressa; Que Ronan Maria Pinto afirmou com muita clareza e um modo simples que lhe é próprio que iria apontar o presidente Lula como mandante da morte do prefeito Celso Daniel, utilizando-se da expressão 'apontá-lo como o cabeça da morte de Celso Daniel'”, conta do trecho do documento divulgado pela Veja.

A motivação que justificaria o envolvimento de Lula, aponta a reportagem, foi o fato de que Celso Daniel se comprometeu com o pagamento de uma caravana de Lula durante campanha, mas não quis envolver a prefeitura daquela cidade em casos de corrupção. Até hoje, as investigações apontam que a morte do então prefeito foi um crime comum e não interliga motivações políticas. Ainda de acordo com a reportagem, foi instaurada uma investigação sigilosa para apurar o depoimento de Marcos Valério. 

O PT e o ex-presidente não se posicionaram sobre o assunto até o momento.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso concedeu nesta quarta-feira (4) prisão em regime semiaberto ao ex-publicitário Marcos Valério, condenado a 37 anos de prisão no processo do mensalão pelos crimes de peculato, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Valério ganhou direito à progressão de regime, benefício previsto na lei penal, por ter cumprido, desde 2013, um sexto da pena em regime fechado, equivalente a 6 anos e 6 meses de prisão, cumpridos em um presídio em Contagem (MG).

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"Diante do exposto, defiro ao condenado Marcos Valério Fernandes de Souza a progressão para o regime semiaberto, desde que observadas as condições a serem impostas pelo juízo delegatário desta execução penal", decidiu o ministro.

Em 2017, o ex-publicitário fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF).

 

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou hoje (7) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contra pedido feito pela defesa do publicitário Marcos Valério de progressão para o regime semiaberto. Valério cumpre prisão em regime fechado diante da condenação a 37 anos na Ação Penal 470, o processo do mensalão, em 2013. 

De acordo com a procuradora, Valério já sofreu outras condenações, como a proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), na qual foi apenado com mais dois anos de prisão. No entendimento da procuradora, Valério tem somados 39 anos e precisa cumprir um sexto da pena para ter direito à progressão.

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"Nesse cenário, em que já há condenação superveniente confirmada em segunda instância, estando pendente a unificação das penas, não há direito à progressão de regime: não está suficientemente comprovado o atendimento do requisito objetivo para o benefício legal", opinou Raquel Dodge. 

Atualmente, Marcos Valério está preso em Minas Gerais pelos crimes julgados no processo do mensalão. Conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ele teria atuado como operador do esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio ao governo e foi condenado pelos crimes de corrupção ativa, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

O ex-empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, pivô dos mensalões mineiro e do PT, assinou acordo de delação premiada com a Polícia Civil de Minas Gerais. A proposta, entretanto, ainda precisa ser homologada pela Justiça do Estado.

De acordo com informações da corporação, a delação envolve supostas irregularidades cometidas em estatais mineiras como a Cemig e a Copasa entre os anos de 1998 e 2014. O acordo negociado com a Polícia Civil, segundo informado pela própria corporação, não envolve pessoas com foro privilegiado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Marcos Valério Fernandes de Souza, de 58 anos, se casou na sexta-feira passada, dia 26, com a baiana Aline Couto Chaves, de 25 anos, em um presídio em Sete Lagoas (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. A união foi confirmada pela defesa do condenado no mensalão. Após um ano de espera, a cerimônia foi realizada na Associação de Proteção e Amparo aos Condenados (Apac), onde atualmente Valério cumpre pena de 37 anos e 5 meses de prisão.

O casal já se relacionava desde 2013, no período em que o ex-sócio das agências SMPB e DNA - já separado, mas não oficialmente, de sua primeira mulher, Renilda Santiago -, morava em uma fazenda no município de Caetanópolis, na região central de Minas. Na época, Renilda e Aline protagonizaram uma disputa pela posse da Fazenda Santa Clara, que se transformou em caso de polícia.

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O escândalo de compra de votos no Congresso durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva expôs também o matrimônio de Valério. Num dos capítulos do mensalão, Renilda, bastante abalada emocionalmente, prestou um longo depoimento na CPI dos Correios.

Valério passou a se relacionar com a jovem Aline depois de ser condenado - a maior pena do mensalão. O casamento havia sido previsto inicialmente para dezembro de 2016 porque o divórcio com Renilda saiu em outubro daquele ano, conforme o advogado de Valério, Jean Kobayashi.

A cerimônia na Apac ocorreu com a presença de parentes do noivo e da noiva. Da parte de Valério, compareceram a filha, o genro e o neto. Representantes de um cartório de Sete Lagoas foram até a associação e realizaram o casamento. "Foi muito simples", disse Kobayashi.

O atraso na data do casamento ocorreu porque Valério queria estar em um estabelecimento em melhores condições para a cerimônia. Ele cumpria pena na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), desde 2014. Em julho do ano passado, foi transferido para a Apac de Sete Lagoas. Ao contrário das penitenciárias, nas Apacs os condenados não usam uniforme e, em parte dos casos, ficam com as chaves das celas. Os seguranças não trabalham armados.

Valério tenta há dois anos firmar um acordo de delação premiada com autoridades da Lava Jato, mas sem sucesso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza depôs nessa sexta-feira (18) por três horas à Polícia Federal em Belo Horizonte, no âmbito da proposta de colaboração premiada firmada com a corporação. Com cerca de 60 anexos, a proposta cita políticos do PT e do PSDB.

O delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Marcílio Miranda, disse que ele foi intimado porque citados no acordo estariam tentando cooptar testemunhas. "Acho que estamos no caminho certo", disse o advogado de Valério, Jean Kobayashi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ex-empresário Marcos Valério Fernandes de Souza foi transferido na noite desta segunda-feira (17), da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para a Associação de Proteção e Assistências ao Condenado (Apac) de Sete Lagoas, também na Grande BH. Nesta prisão, parte dos presos tem as chaves das celas e os seguranças não andam armados.

Entre os critérios para cumprir pena em uma Apac, estão concordar com as regras de ressocialização do centro de detenção e ter parente residente no local. Antes da transferência é necessário, ainda, ouvir o Ministério Público e a administração prisional. A defesa do ex-empresário alega que a mulher de Valério mora em Sete Lagoas.

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Nas Apacs os condenados não usam uniforme e os seguranças não portam armas. Marcos Valério já havia pedido transferência para outra Apac, de Lagoa da Prata, no Centro-Oeste de Minas. Porém, a ida para a instituição não ocorreu porque ficou comprovado que o ex-empresário, ao contrário do que alegou à época, não tinha parentes residindo no município.

Marcos Valério foi condenado a 37 anos e cinco meses de prisão no escândalo que ficou conhecido como mensalão do PT e estava preso desde 2014 em Contagem. Segundo o advogado do ex-empresário, Jean Kobayashi, Valério cumpre todos os pré-requisitos para que passe a cumprir a pena em uma Apac.

O ex-empresário, que também responde ação por envolvimento no mensalão mineiro, negocia desde o ano passado delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Sua defesa afirma que já esteve em Brasília tentando fechar o acordo. Além disso, integrantes do Ministério Público Federal viajaram a Belo Horizonte para dar andamento às negociações. Até o momento, no entanto, o acordo não foi concluído.

Marcos Valério Fernandes de Souza, que cumpre pena de 37 anos de prisão na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), é suspeito de prestar informação falsa à Justiça ao pedir transferência para uma outra unidade prisional de Minas - a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), da cidade de Lagoa da Prata.

No pedido de transferência ao Supremo Tribunal Federal, Valério informou que sua mãe e sua companheira moravam na cidade. A informação foi revelada pelo jornal O Globo. A solicitação foi aceita pelo ministro Luís Roberto Barroso em 19 de dezembro, sob a condição de que a decisão final caberia ao juiz da comarca local.

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A Apac em Lagoa da Prata prevê assistência espiritual e orientação para atividades artísticas e o controle sobre os presos é bem mais ameno do que o feito nas penitenciárias do Estado.

Ao negar a transferência, o juiz Aloysio Libano de Paula Junior disse que constatou, por visita própria e com o envio de oficial de justiça, que no endereço informado não viviam parentes de Valério.

A Procuradoria-Geral da República informou que confirmada a suspeita de falsidade ideológica, poderá haver impacto na pena que Valério cumpre. A investigação será feita pela comarca de Lagoa da Prata.

A defesa argumentou no pedido de transferência que Valério vinha sofrendo ameaças na penitenciária e que o ambiente do presídio prejudica a delação premiada que ele negocia com a PGR. Procurado, o advogado de Valério, Jean Robert Kobayashi, não respondeu aos contatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a transferência do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), para a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), de Lagoa da Prata (MG), para que possa cumprir o restante da pena "em local mais favorável ao convívio familiar". As informações foram divulgadas no site do Supremo.

A decisão foi tomada em petição apresentada na Execução Penal 4. O publicitário foi condenado pelo STF na Ação Penal 470 - o Mensalão - a 37 anos, 5 meses e 6 dias de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.

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Em petição à Corte máxima, a defesa de Marcos Valério pediu sua transferência sob argumento de que a mãe e a companheira do publicitário têm dificuldades para visitá-lo aos finais de semana, em razão do custo do deslocamento.

Como a mãe de Marcos Valério, de 80 anos, reside nas proximidades da APAC de Lagoa da Prata, foi pedida a transferência para esta cidade.

Em sua decisão, o ministro Barroso informa que a Procuradoria-Geral da República opinou favoravelmente à transferência, tendo o Juízo da Vara de Execuções Penais da Comarca de Contagem concordado com a pretensão de Marcos Valério.

O relator, porém, condiciona a transferência à anuência do Juízo da Comarca de Lagoa da Prata, em especial quanto à existência de vaga no regime prisional fechado.

O Ministério Público Federal pediu, em alegações finais, a absolvição do empresário Marcos Valério em ação penal na Operação Lava Jato. No mesmo documento, de 36 páginas, a força-tarefa requereu a condenação do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, do empresário Ronan Maria Pinto, e de outros seis acusados na ação penal do emblemático empréstimo de R$ 12 milhões tomado pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto ao Banco Schahin - a transação ocorreu em outubro de 2004.

Marcos Valério e Delúbio Soares foram condenados no Mensalão. Apontado como operador do esquema de apoio ao governo Lula no Congresso, Valério foi condenado a 39 anos de prisão. Delúbio pegou seis anos e oito meses de prisão por corrupção ativa. Acuado ante a maior pena do Mensalão, Valério tenta fazer acordo de delação premiada.

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As alegações finais são a parte derradeira do processo, em que o Ministério Público e a defesa apresentam suas argumentações e pedidos.

No caso do empréstimo do Banco Schahin, a Procuradoria entregou seus memoriais ao juiz Sérgio Moro em 9 de novembro. Os acusados agora entregarão as suas últimas alegações antes de Moro proclamar a sentença.

Além das condenações, a Procuradoria pede a fixação de valor mínimo de reparação dos danos no montante de R$ 6 milhões, "devidamente atualizado". Requer ainda que sejam "mantidos apreendidos os bens para o fim de futura reparação do dano fixado".

Os outros acusados pela Lava Jato são os empresários Enivaldo Quadrado, Luiz Carlos Casante, Natalino Bertin e Oswaldo Rodrigues Vieira Filho, o jornalista Breno Altman, e o executivo Sandro Tordin, ligado ao banco Schahin.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, José Carlos Bumlai - que já foi condenado pelo empréstimo dos R$ 12 milhões em outra ação penal - usou a conta bancária do Frigorífico Bertin no mútuo. Deste total, afirmam os investigadores, R$ 6 milhões foram repassados a Ronan Maria Pinto, que com o valor teria comprado o jornal Diário do Grande ABC.

"Ronan Maria Pinto foi o final beneficiário dos valores de origem criminosa", acusa a força-tarefa. "Apesar de não ser possível constatar os reais motivos que levaram Ronan Maria Pinto a receber os valores, é fato que foi beneficiário de aproximadamente R$ 6 milhões oriundos do empréstimo fraudulento obtido por José Carlos Bumlai junto ao Banco Schahin."

Em seu interrogatório, Marcos Valério afirmou que "durante o segundo semestre de 2004, em São Paulo, foi procurado por Silvio José Pereira, então secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, para efetuar o repasse de R$ 6 milhões em favor de Ronan Maria Pinto, um empresário do setor de ônibus, em decorrência de uma chantagem que este fazia a Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente da República".

"Ao que se depreende, Marcos Valério, embora iniciando a prática do crime, desistiu de prosseguir em sua execução. Os fatos até então praticados, por sua vez, por si só, não caracterizam a prática de um crime. Deve, pois, ser absolvido", requer a força-tarefa.

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro na segunda-feira, 19, o empresário Ronan Maria Pinto negou relação com o PT e com o operador do mensalão Marcos Valério. Ele também negou que os R$ 6 milhões que recebeu da Remar Agenciamento e Assessoria tinham relação com empréstimo do Banco Schahin ao PT via José Carlos Bumlai.

Na versão do empresário, o valor recebido da Remar foi por empréstimo firmado com a empresa. "Não conversei com ninguém do PT sobre esse empréstimo (com a Remar)." Para a Lava Jato, porém, a operação envolvendo o empresário de Santo André foi parte de triangulação para lavar o dinheiro que teria sido obtido pelo PT no Banco Schahin.

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O processo do mensalão mineiro deverá voltar a tramitar na Justiça estadual sem decisão da Procuradoria-Geral da República sobre um pedido de delação premiada feita por Marcos Valério Fernandes de Souza, já condenado no mensalão federal.

A solicitação do benefício foi feita ao Ministério Público de Minas Gerais em 21 de junho de 2016. Em 1º de julho, o processo teve tramitação suspensa por 60 dias pela juíza Melissa Pinheiro Costa Lage, da 9ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, a pedido da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.

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O MP mineiro encaminhou à PGR ofício cobrando decisão sobre a proposta de delação. O processo no TJ de Minas está "concluso para despacho". O pedido de delação foi enviado à Procuradoria-Geral da República por envolver políticos com foro privilegiado. Até a conclusão desta edição, a PGR não havia respondido ao contato feito pela reportagem.

Segundo a denúncia, o mensalão mineiro foi o financiamento ilegal da campanha à reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998, por meio de desvio de recursos da Companhia de Saneamento de Minas (Copasa), da Companhia Mineradora (Comig) e do extinto Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge).

O processo que será retomado é o que envolve Valério e outros réus. Azeredo já foi condenado na primeira instância e recorre em liberdade de sentença de 20 e dez meses de cadeia por peculato e lavagem de dinheiro. Outra ação envolvendo o ex-senador e ex-vice-governador do Estado Clésio Andrade também corre em separado. Nesse caso, ainda não há sentença.

O jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu contato na quinta-feira (9) com o advogado de Valério, que cumpre pena de 37 anos de prisão na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG). Azeredo nega as acusações e diz que não teve responsabilidade na coordenação financeira de sua campanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A defesa de Marcos Valério Souza disse que o lobista afirmou, no depoimento que prestou nesta terça-feira, 21, em Belo Horizonte, que se comprometeu a corroborar trechos da delação feita pelo senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS) à Operação Lava Jato. Segundo o advogado de Valério, Jean Robert Kobayashi Júnior, o material será compartilhado com o Ministério Público Federal (MPF) por envolver políticos com foro privilegiado.

"O nosso acordo é que vamos chamar já um representante do MPF. Vai compartilhar, vai ser ouvido junto. Aquilo que for de competência da Justiça Federal o MPF vai tomar para ele. O que não for, vai ficar com o MP estadual", disse o advogado.

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Segundo fontes que participam das negociações, Valério teria prometido entregar documentos sobre o mensalão mineiro, gênese do mensalão federal, que envolve nomes importantes do PSDB como o ex-governador de Minas Gerais (1995-1999) e ex-presidente nacional da legenda Eduardo Azeredo, condenado a 20 anos e dez anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato. Valério está preso desde 2013, condenado por envolvimento no mensalão federal.

Delcídio, que foi relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobrás, em 2014, disse em delação à Procuradoria-Geral da República, que o senador Aécio Neves (PSDB-MG), teria atuado dentro da comissão para beneficiar o Banco Rural, pivô tanto do mensalão mineiro quanto do mensalão federal.

Segundo Delcídio, quando a comissão determinou a quebra de sigilo do Banco Rural, utilizado para a lavagem de dinheiro do esquema, "curiosamente" começou a surgir "um certo incômodo por parte do PSDB". Um dos incomodados seria Aécio, que teria enviado emissários para pedir a prorrogação da quebra de sigilos do banco.

Delcídio, disse que posteriormente o próprio Aécio, na sede do governo de Minas, teriam lhe dito que o tempo extra foi uma estratégia para "maquiar" os dados do Banco Rural que "atingiriam em cheio as pessoas de Aécio Neves e Clésio Andrade, governador e vice-governador de Minas Gerais (na época)". Azeredo é o único tucano condenado pelo mensalão mineiro. Aécio não foi investigado.

Dados

A delação de Delcídio, contudo, sugere que o esquema teria ido além da campanha de Azeredo. "A maquiagem consistiria em apagar dados bancários, comprometedores que envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Marcos Valério 'e companhia'".

Segundo o jornal O Tempo, de Belo Horizonte, Valério teria prometido aos promotores mineiros entregar os originais dos contratos com o Banco Rural que comprometeriam os tucanos, além de confirmar a delação de Delcídio. "Algumas coisas que o Delcídio falou ele vai confirmar", disse o advogado de Valério.

O empresário cumpre pena de 40 anos de prisão no complexo penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG). De acordo com o advogado, seu objetivo é conseguir uma transferência para uma cadeia da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), onde o regime é menos duro. "Umas das coisas (que Valério pede) seria a transferência para uma Apac", disse Kobayashi.

Aécio, por meio de sua assessoria, voltou a negar as declarações de Delcídio, disse desconhecer o teor do depoimento de Valério, cobrou provas das acusações e afirmou que sua inocência será comprovada pelas investigações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza prestou depoimento nesta terça-feira, 21, por cerca de três horas à promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Minas Gerais. Operador do esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro, o empresário negocia delação premiada dentro do processo que apura o escândalo, iniciado na gestão de Eduardo Azeredo (PSDB) como governador de Minas Gerais, entre 1995 e 1998. Marcos Valério atuou em esquema semelhante no chamado mensalão do PT, pelo qual cumpre pena de 37 anos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Na quinta-feira, 16, o advogado de Marcos Valério, Jean Robert Kobayashi Júnior, confirmou a tentativa de delação premiada com o Ministério Público. Conforme o representante do empresário, Valério "tem muito o que falar sobre pessoas de vários partidos". Pedidos de delação só são aceitos quando podem contribuir de forma decisiva para as investigações. A promotoria ainda não se posicionou se irá ou não fechar o acordo com Marcos Valério. Caso aceite o pedido, a troca pode ser a redução de pena ou transferência de local de cumprimento de pena.

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Entre os já condenados no mensalão mineiro em primeira instância está o ex-governador Eduardo Azeredo. A pena é de 20 anos e 10 meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiros. No esquema, recursos de estatais mineiras eram desviados por intermédio de empresas de publicidade de Marcos Valério. Pelo menos R$ 3,5 milhões saíram dos cofres públicos dessa forma e, segundo as investigações, abasteceram caixa 2 da campanha tucana pela reeleição ao Palácio da Liberdade em 1998. Na disputa, Azeredo foi derrotado por Itamar Franco, à época no PMDB.

Em mais uma tentativa de fechar um acordo de delação premiada, o operador do mensalão Marcos Valério entregou na semana passada ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais uma proposta de colaboração para revelar novos detalhes sobre os escândalos do mensalão do PSDB e do PT. O advogado Jean Robert Kobayashi Júnior, escalado para negociar a proposta, afirma que Valério deve entregar cerca de 20 nomes, incluindo parlamentares com foro privilegiado de diversos partidos, e nomes envolvidos nos escândalos investigados na Lava Jato, a quem a defesa de Valério encaminhou uma proposta de colaboração no ano passado.

Há três anos preso na região metropolitana de Belo Horizonte, Valério pegou a maior pena entre os condenados no histórico julgamento do STF e cumpre 37 anos de prisão por corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A interlocutores, ele tem dito que "cansou de apanhar" e que "agora vai começar a bater". Valério está na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde trabalha para descontar dias de sua pena.

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A expectativa dele era de conseguir ir para o regime semiaberto em um ano e meio, mas ele ainda está prestes a ser julgado por envolvimento no mensalão mineiro, pela Justiça estadual, e também já foi alvo de uma denúncia da Lava Jato perante o juiz Sérgio Moro, em Curitiba, o que pode, na prática, impedir que ele deixe o regime fechado. Seu interrogatório na ação penal que responde no mensalão mineiro está marcado para o dia 1º de julho.

Diante disso, no ano passado, a defesa de Valério, sob responsabilidade do criminalista Marcelo Leonardo, encaminhou uma proposta de delação à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que avalia os termos. Agora, com um advogado somente para a negociar a colaboração, o operador do mensalão promete contar mais detalhes também sobre o esquema operado por ele que financiou o caixa dois da campanha à reeleição do ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo ao governo de Minas em 1998 e que pode também ter envolvido outras pessoas e políticos na década de 1990. Como o mensalão mineiro é investigado pela Justiça Estadual, essa nova proposta foi encaminhada ao Ministério Público do Estado.

A lei que define as organizações criminosas (12.850, de 2013) estabelece que a colaboração com a Justiça pode ser feita a qualquer tempo e independe de uma condenação anterior, desde que a colaboração resulte em resultados como a identificação de coautores e partícipes da organização criminosa e dos crimes; revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização, entre outros.

Marcelo Leonardo continua a defender Marcos Valério nas ações penais e informou que não iria comentar sobre as eventuais tratativas de delação de seu cliente. O Ministério Público de Minas Gerais confirmou que recebeu proposta de delação, e avalia se o operador do mensalão pode trazer fatos novos para as investigações.

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