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Devoção, fé, emoção inexplicável. Tudo isso é o Círio de Nazaré, em Belém. "As pessoas dizem: 'Como é que Nossa Senhora faz tudo isso? Como é que move essa multidão a vir segui-la? Essa é a fé, que a gente não sabe explicar de onde vem”, disse Teresinha Matos, devota de Maria, que estava acompanhando a Trasladação no sábado (12).

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A Trasladação é a última romaria que antecede o Círio. Ela sai do Colégio Gentil Bittencourt, na avenida Nazaré, e segue até a Catedral da Sé, no boulevard Castilhos França.

As procissões do Círio são repletas de promesseiros e devotos que desejam prestigiar Nossa Senhora de Nazaré (veja vídeo acima). Como André Cals, que conta que sua avó sempre o incentivou a participar. “Eu sou católico. Eu sinto essa fé, o sentimento, me sinto bem no meio do Círio”, comentou. O devoto acrescentou que teve uma graça alcançada, a aprovação no vestibular.

Segundo o Dieese Pará (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a Trasladação reúne cerca de 1,4 milhão de fiéis, nos 3,7 quilômetros de percurso. No Círio, esse número chega perto de dois milhões.

Teresinha Matos saiu de Peixe-Boi, a cerca de 150 quilômetros da capital paraense, para demonstrar a gratidão pelas graças conquistadas. “Eu venho todos os anos porque é como se fosse uma promessa, tenho que agradecer pelas graças que recebo da mãezinha querida”, afirmou.

Ela revelou que uma das graças foi a aprovação do filho em um concurso público. “Agora ele passou. Pra mim foi uma graça que eu alcancei com Nossa Senhora”, finalizou.

Com reportagem de Bruna Oliveira.

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Em outubro, a fé move o coração dos fiéis que creem em Nossa Senhora de Nazaré. Todos os anos, no Círio, inúmeras pessoas saem caminhando de vários municípios rumo a Belém para cumprir promessas e testificar sua fé.

Márcia Maria Torres é uma dessas devotas que, em 2012, criou o grupo Caminhada com Maria, que sai de Ananindeua a Belém, andando. A primeira caminhada começou com cinco pessoas; hoje conta com 29 integrantes, entre familiares, vizinhos e amigos.

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O grupo de peregrinos, que sai de Ananindeua por volta de 1 hora e chega na Basílica às 6 horas, tem o objetivo de cumprir as promessas feitas à Nossa Senhora de Nazaré. Márcia contou que também é o momento em que os fiéis fazem seus pedidos à Virgem. “A maioria das pessoas faz a caminhada agradecendo alguma coisa que foi alcançada com a fé. São coisas diferentes. Cada um tem o seu motivo para sair daqui à Basílica”, disse Maria.

Fazem parte do grupo pessoas de outros municípios de Belém, que vêm passar o Círio na casa de amigos e parentes e aproveitam para pagar seus votos à Maria. “Tem gente que vem de Vigia, de Igarapé-Açu e participa. Cada ano aumenta mais”, explicou Márcia.

Márcia se emociona ao recordar o início de sua trajetória na Caminhada com Maria. Ela contou que naquele tempo estava bem de saúde, mas no terceiro ano adoeceu de artrite, o que não foi motivo de desistir e provar sua fé. Para ela, somente com fé é possível fazer a caminhada.

A filha mais nova de Márcia, que acompanha a mãe na caminhada desde o início, descobriu, neste ano, que também está com artrite. “Ela está triste. Está em crise, mas Nossa senhora  intercede por nós”, disse a devota, afirmando que a caminhada é um ato de amor. “A caminhada é uma forma de agradecer a graça recebida e a fé que tenho por Nossa Senhora de Nazaré”, afirmou.

Josilea Pereira, integrante do grupo, falou que a primeira caminhada que fez foi para cumprir uma promessa à Nossa Senhora, em prol da formatura na faculdade e para conseguir um emprego. “Todo tempo eu venho agradecendo à Nossa Senhora por tudo o que conquistei até aqui”, disse.

Para Luanny Torres, que faz parte do grupo desde o início, a caminhada é feita por vários motivos, seja para fortalecer a fé, alcançar uma graça pedida ou simplesmente agradecer. "A caminhada me faz sentir renovada", disse a devota.

 

Devoção, amor e fé transbordam no coração dos paraenses no mês de outubro, quando é festejado o Círio de Nazaré, a maior manifestação de fé dos católicos no Brasil e uma das maiores procissões religiosas do mundo. Personagens de várias localidades se unem e compartilham suas experiências de fé em Maria. É o caso de Benedita Negrão, que crê em Nossa Senhora de Nazaré desde a infância.

Benedita morava em Abaetetuba, interior do Pará, e sonhava em participar da procissão do Círio. Em 1970, a devota viajou para Belém e pôde prestigiar a grande concentração de fé. “Pude prestigiar e sentir o que de fato é o Círio”, disse, emocionada.

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Estava nas orações de Benedita a saúde da família, principalmente a do pai, que vendia brinquedos no Círio para ganhar dinheiro para sustentar a família. “Muitas graças foram alcançadas. Hoje só tenho a agradecer a esse exemplo de mãe, modelo de cristã, mãe de Jesus Cristo e nossa mãe”, ressaltou a devota.

Há 10 anos, Benedita participa da peregrinações com muito amor e fé. Para ela, Maria é a melhor amiga que alguém pode ter. “É Círio outra vez. Viva a Nossa Senhora de Nazaré”, concluiu Benedita.

O Círio de Nazaré chega, em 2019, à sua edição 227.

 

 

Fé e emoção tomam conta dos paraenses em outubro, mês do Círio de Nazaré, em Belém. Nessa época do ano, a devoção fortalece os que creem em Nossa Senhora.

Lucyara Ramôa está entre os milhões de fiéis que todos os anos, no Círio, agradecem pela intercessão da Virgem. “Sempre que eu preciso ela me responde. Já tive diversos exemplos disso”, ressaltou.

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Ela contou que uma vez passou muito mal, estava com pneumonia, ficou internada no hospital e lá, enquanto tomava soro, fechou os olhos e viu a imagem de Nossa Senhora refletida na parede. “Isso mexeu muito comigo”, disse a devota, que três dias depois recebeu alta e foi para casa com seus familiares.

Segundo Lucyara, as orações à Virgem são constantes, pelas mais diversas coisas, mas principalmente por proteção. Ela recordou que, neste ano, teve exemplos grandes de que suas preces são ouvidas. 

Um fio da Celpa caiu e bateu no portão elétrico da casa onde ela mora. Ela e seus familiares estavam dentro da casa e nada aconteceu com eles. Com o incidente, tudo pegou fogo. Queimaram televisão, geladeira, microondas, tudo o que a família tinha, nem o teto escapou.

O neto de Lucyara estava sentado no sofá da sala, quando os vidros caíram bem perto dele, mas não o atingiram. “Maria sempre nos protegendo”, disse, emocionada.

Antes disso ocorrer, o neto menor de Lucyara foi brincar na rua, largou a mão do pai e saiu correndo. Nesse instante estava passando um carro, que freou em cima da criança. O pai correu e o socorreu. Logo depois houve o incêndio. O desespero foi grande.

Depois que as chamas foram apagadas, e as famílias, aflitas, se abraçaram, Lucyara viu que o neto estava com dores nas costas. Ela perguntou para ele se as dores eram do carro que freou em cima dele e ficou surpresa com a resposta do neto. “Não, vovó. Foi Nossa Senhora. Ela poderia ter me empurrado mais devagar. Ela me empurrou com muita força”, disse ela, muito emocionada. “Isso mexeu muito comigo, porque uma criança de cinco anos não inventaria essas coisas”, acrescentou.

Quando os pais do neto de Lucyara chegaram em casa, viram que todas as imagens dos santos estavam no lugar, menos a de Nossa Senhora, que estava caída no chão. Isso tudo fortaleceu ainda mais a fé da família na Virgem de Nazaré.

Outro exemplo de fé foi quando o marido de Lucyara, Francisco Messias de Almeida, foi diagnosticado com câncer e desenganado, porque já estava com metástase. "Eu passei mal, fui para a emergência, mas orei para Nossa Senhora passar na frente. Eu orei tanto por ele e ela me atendeu novamente", disse a devota, explicando que o esposo já está em tratamento e vai ficar curado do câncer de próstata. "Graças a ela e ao filho dela", ressaltou.

A fiel falou que todas as pessoas que estiverem passando por lutas e dificuldades podem se aproximar de Nossa Senhora orando. "Nossa Senhora, esteja sempre comigo, para me conduzir, para me guardar, para me proteger", disse.

Lucyara disse que sua vida é regida pelas bênçãos da Virgem de Nazaré e finalizou declarando o seu amor. "Nossa Senhora, eu te amo." 

O Círio de Nazaré é uma das maiores procissões católicas do mundo e chega, em 2019, à sua edição 227.

 

 

O cantor e compositor Delacruz se apresenta no Rock Rio 2019, no dia 6 de outubro, no Espaço Favela. O repertório do show conta com a primeira parte de seu álbum de estreia, disponibilizado recentemente nas plataformas digitais. O show conta com a participação da cantora Maria.

Delacruz ganhou notoriedade no cenário nacional ao participar do projeto ‘Poesia Acústica’, onde dividiu os vocais da canção “Sobre Nós” com a cantora Maria. O sucesso estrondoso da canção já alcançou mais de 300 milhões de visualizações no Youtube.

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Recentemente o músico lançou o clipe da primeira faixa do álbum, a música “onde estará’, composta pelo artista, tem direção de Sandiego Fernandes.

Assista:

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Quem observa a beleza do Rio Capibaribe em toda sua dimensão nem imagina a história escondida de superação e de legado deixado por uma das primeiras moradoras do conjunto de palafitas localizado especificamente embaixo da Ponte RioMar, no entorno do Shopping Riomar, uma das áreas abrangidas chamada “colônia Zona 1-Pina”, no Recife. A equipe do LeiaJá foi recebida para conversar com a ex-pescadora Maria Helena, 73 anos, que dedicou mais de 65 anos à profissão. Em cadeiras de roda e sem enxergar, dona Maria nos aguardava já em uma mesinha branca numa espécie de pátio entre as casas improvisadas. 

De vestido vermelho florido, sorriso largo no rosto que nem de longe revelava a vida difícil levada ali, a matriarca da região contou a trajetória de sua vida baseada em muita luta, sofrimento, mas também de força de vontade. Ela alternou momentos de alegria e de tristeza ao recordar o tempo em que ativamente pescava. Até os 70 anos, Maria continuava trabalhando no misto de necessidade e paixão. 

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Nascida em Largo da Paz, na comunidade do Bode, próximo da redondeza, ela recordou a perda da mãe, ainda cedo, no começo da adolescência quando tinha 12 anos apenas. Ficou “de um canto a outro”, palavras dela, até se instalar na atual colônia. No entanto, a vida de pescadora começou ainda muito nova, aos 7, quando ia ao lado de outros familiares pegar “o peixe para comer”. Dona Maria ressalta a qualidade do peixe dos tempos passado. “O rio era rico, tinha toda qualidade de peixe. Lagosta, polvo, piquira, xira e caranguejo que só a beleza”. 

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Ela recordou com entusiasmo. “A gente esperava o mar secar porque tinha as horas da maré, hora para encher e para secar. Todo dia a gente pegava unha de velho, sururu e marisco. Era muito crustáceo mesmo, hoje não tem mais isso. Tá se acabado a pescaria todinha, mas se dragar a maré fica rica de novo, mas agora a água é poluída. Antes, a gente só vivia 'estribada', com dinheiro no bolso. Agora a pescaria não dá dinheiro não, mas eram dias bons de pescaria. Agora aparece defunto, lixo, pode melhora [sic], mas eu acho que vou coisar antes”, disse, se referindo à proópria morte. 

Entre as dificuldades, Dona Maria Helena conta que teve 18 filhos, sendo dez abortos espontâneos. Ao todo, ao mundo vieram 8, dois morreram e mais de 20 netos. Hoje, parte da família perpetuou o legado da alegre senhora. “O genro pesca, a filha, os netos pesca e eu tenho a minha aposentadoria, vivo levado umas em cheia e umas em vão”, falou sobre os altos e baixos da vida. 

Lamenta o fato de ter dado uma pausa há cerca de três anos. Há 10 anos, um acidente a fez ter que diminuir o ritmo aos poucos: “Tive que colocar platina”. Dona Maria diz que caiu em um buraco perto de uma rua próxima. “Tinha uns paus lá, eu vinha da beira-rio”. Fala sobre sentir orgulhoso de si mesma. “Eu tenho muito orgulho. Criei os filhos. Sou muito guerreira”. 

Maria tem o sonho de voltar a enxergar, após a possibilidade dita por um médico. O diagnóstico é catarata, que teria sido consequência de muitos anos exposta ao sol. “Sempre eu vivia com muito sol, muita quentura na cabeça. O doutor disse que tinha cura, então estou esperando. Se eu enxergar, eu posso andar”, enfatizou animada.  

Júlio Gomes/LeiaJáImagens 

A matriarca marisqueira tem muita fé. “Tenho tanta fé em Deus, eu pedi com tanta fé em Deus. Como eu tenho esperança em Deus. Eu queria enxergar para viver mais, esse é o meu maior sonho”.

O neto Luan, 21 anos, sente muito orgulho da avó e fala com admiração que é um espelho ali para todos. A filha Sandra Helena, 43 anos, que também mora na palafita, complementou. “Uma mulher muito batalhadora, que criou oito filhos. Trabalhou e é um orgulho muito grande ser filha de Maria Helena. Mesmo com todas as dificuldades, somos todos cidadãos. Eu me orgulho muito e passou de geração em geração. Agradeço a Deus por tudo o que ela fez. Ela representa uma mulher batalhadeira [sic], vitoriosa, que lutou com dignidade”. 

Sandra conta que o dia a dia é muito pesado. “Acordo cedo, fico dependendo da maré. Pode ser 3h ou 4h da manhã. Se for cedo, vai cedo. Eu pego marisco e sururu. São todos os dias, mas a gente que tem que estas disponível para a maré. É no mergulho mesmo, na lama, sem enxergar nada, com a ajuda da baiteira. Depois, limpa, bucha, limpa, cozinha, cata novamente, é um processo grande”. 

No entanto, ela garante que todo o esforço vale a pena. “Vale a pena porque é uma profissão. Antes era vergonha ser pescador, hoje se tem orgulho. Ai de muitos pescadores se não fosse a maré. É o meio de sustentar a nossa família”. 

Júlio Gomes/LeiaJáImagens 

Palafitas

A colônia Z1 do Pina abrange cerca de 2.100 pescadores. Na entrada, nos deparamos com alguns fazendo o covo, uma espécie de isca feita com tela de plástico e madeira. Wilson Galdino, 47 anos, experiente, diz que a batalha é dura para poder ganhar o dinheiro do pão. Às 4h já aguarda a maré e vai três vezes na semana. “Um dia sim e um dia não”. 

Em média, na área, convivem 70 famílias. Cada um tem seu horário e estilo de pescaria. Mariscos e sururu, por exemplo, apenas com a maré seca. Pescador de jangada sai às 5h da manhã e retorna no final da tarde, a depender. Já de barco, pode passar até 15 dias no mar para pegar lagostas e peixes maiores ficando no limite das chamadas paredes. Há de todo tipo: cavala, serra, beijupirá. 

Além do horário puxado, deve haver cuidados pela exposição da pele por causa da irradiação, a parte dental e também o cuidado com o câncer de pele. “Pescar é uma coisa maravilhosa e quando está pescando o peixe é uma alegria só. Tem dias que a gente pega tem dias que não pega”, disse Edson Gomes, 59 anos, um dos diretores da colônia que começou a pescar aos 8 anos de idade, herança do pai João e principalmente do avô Batista. 

Edson lembra que, no barco, o trabalho é em conjunto. Um arremessa a pedra para chamar o peixe e o outro rema. E vice-versa. O presidente da colônia, conhecido como seu Neno, também busca incluir socialmente os marisqueiros e no geral. Consciente da importância da “Veneza brasileira”, como é conhecida a capital pernambucana, ele luta em prol do meio ambiente e de ações para a área.

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Seu Severino, mais conhecido como o ‘Lobo Solitário’ por passar bom tempo do dia contemplando a vista pelo píer em sua cadeira de roda, também faz parte de toda a geração de pescadores. Ele vendia peixe na entrada da Rua São Luís, também na comunidade do Bode. Por um tempo, se tornou pescador. “Uma vida boa, mas também sofrida. Às vezes chove, às vezes faz sol e por aqui vou vivendo”, falou em rápidas palavras. 

Há quem se preocupe com o lado social, de humanidade os moradores da palafita têm sede. O dentista Haroldo Duarte montou um consultório odontológico na área onde atende todas as quintas à tarde para os que não tem condições de ter acesso à odontologia. Ele diz que fazer o bem não tem preço. Muito bem visto entre os pescadores, ele fala sobre a importância de ajudar o próximo. “É enriquecedor como pessoa e Deus ilumina a gente”. Mas ele também atende em outros locais como no Convento Frei Damião de Bozzano e o abrigo Santa Luzia, em Jaboatão dos Guararapes a cada 15 dias. Formado há 23 anos, Haroldo alerta que a saúde começa pela boca. “E assim vivemos aqui fazendo o bem, ajudando o próximo e escutando as ricas histórias dos pescadores”, finalizou.

A atriz global Vera Holtz, que se mostrou bastante ativa politicamente nas redes sociais desde o primeiro turno contra Jair Bolsonaro, fez uma postagem ousada na noite do último domingo (28), em reação ao resultado da eleição presidencial que o elegeu. A atriz, assim como outros artistas, decidiu expressar seu descontentamento com mensagens que prometem resistência e oposição ao governo do novo presidente.

Para passar a mensagem, Vera decidiu fazer uma releitura do nascimento do Menino Jesus, se fantasiando de Virgem Maria com o bebê no colo. No entanto, no lugar do manto azul e branco, Vera usa a bandeira arco-íris, símbolo da comunidade LGBT, grupo muito frequentemente atacado por Bolsonaro. Na legenda, ela escreveu “Resistiremos! Renasceremos!”. Confira:

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Devotos celebraram no dia 9 de setembro mais um Círio de Nossa Senhora de Nazaré, no município de Vigia, nordeste do Pará. Em sua 321ª edição, o Círio de Vigia teve como tema "Maria, educadora da vida Cristã". A procissão saiu às 7 horas da Igreja de São Sebastião e percorreu as principais ruas da cidade até a Igreja da Madre de Deus, onde se encerrou com missa celebrada pelo bispo da Diocese de Castanhal, Dom Carlos Verzeletti.

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A prefeita de Vigia, Camille Vasconcelos, falou da emoção de poder celebrar mais um Círio. "Quando a gente vê os romeiros chegando, contagia com alegria nessa linda festa de fé. Aqui em Vigia, o Círio não é somente hoje, ele vai pra todas as localidades do nosso município. Pra gente é uma emoção muito grande", contou.

Com muita emoção, Devanilda da Silva conseguiu realizar o sonho de ter sua casa própria e foi pagar sua promessa. "Esse ano eu falei: se eu realizasse meu sonho, traria uma imagem da minha casa", declarou. Segundo informações da coordenação do Círio de Vigia, contando com as procissões oficiais até o dia da grande romaria, houve 100 mil devotos presentes.

O Círio ocorre há mais de 300 anos, sempre no segundo domingo do mês de setembro. A devoção a Nossa Senhora de Nazaré chegou à Vigia, vinda de Portugal, no século XVIII. Em 1697, o padre jesuíta Serafin Leite já relatava a existência de romarias em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. 

"Os jesuítas chegaram primeiro em Belém e lá eles construíram o primeiro colégio da Amazônia. Em seguida eles rondaram vilas importantes como Cametá, Óbidos, Santarém, Vigia, Bragança e escolheram um lugar para fazer o segundo colégio da Amazônia. Então você vem aqui em Vigia e encontra um prédio imenso construído que é a Igreja da Madre de Deus, a Igreja de Nazaré", contou o historiador e professor José Ildone. De acordo com o professor, os jesuítas construíram o primeiro colégio da Amazônia em Belém e o segundo, em Vigia. "O colégio de Belém era o Colégio de São Francisco Xavier. Nada de santa. Jesuítas não gostavam de santa, gostavam de santo, porque o patrono deles, Inácio de Loyola, era um militar. Mas na Vigia, o nome do Colégio é Mãe de Deus, segundo colégio da Amazônia, e funcionava dentro da Igreja. Em Belém não havia nada ligado a Nossa Senhora, a não ser no posterior, Santa Maria do Grão Pará. E a Vigia desde 1697, já era Vila da Vigia de Nazaré. Pelo próprio nome já temos um Nazaré ligado a Vigia e não a Belém", disse o pesquisador.

Ainda segundo Ildone, a padroeira de Belém não é Nossa Senhora de Nazaré, e sim Santa Maria do Grão Pará. "Posteriormente o Círio saiu daqui, passou pra Belém, e lá se entronizou no bairro de Nazaré. Os jesuítas encontraram uma existência tão forte da festividade de nossa Senhora de Nazaré que não tiveram a coragem de trocar, botar o nome de santo, mantiveram a Madre de Deus, depois Igreja de Nossa Senhora de Nazaré", declarou.

A procissão conta com os mesmos símbolos do Círio de Belém, como a berlinda, corda, guardas de Nossa Senhora de Nazaré, carros de milagres e de anjos. Porém, no Círio de Vigia, se encontram algumas particularidades, como o Carro dos Anjos repleto de crianças que cumprem as promessas de suas mães sempre com as vestes de anjos, representando os querubins que rodeiam Nossa Senhora de Nazaré. O Carro dos Fogos leva uma pessoa soltando foguetes, avisando para a população onde está a passando a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré. O carro Anjo do Brasil tem que apenas meninas, algumas vestidas de túnica verde e amarela, levando a Bandeira Nacional em cima de um cavalo. "Ainda há polêmicas sobre a origem do Anjo do Brasil. Uma das teorias é de que foi uma homenagem à República’’, contou José Ildone.

Por Ana Caroline Barboza e Amanda Lima.

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No Círio, muitos devotos se reúnem para agradecer à Virgem de Nazaré pelos milagres que receberam. Essa gratidão é partilhada com os parentes e visitantes que dividem a mesma fé.

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Arrumando as rosas que enfeitam o altar da pequena imagem de Nossa Senhora, Amélia Rodrigues contou como um pouco de sua história de fé. “Como todo bom paraense, todo mundo tem história para contar, eu tenho inúmeras. Minha relação com Nossa Senhora de Nazaré sempre foi muito estreita, mas o fato mais marcante aconteceu na minha vida há oito anos”, disse Amélia.

Esse fato marcante na vida de Amélia firmou sua fé em Nossa Senhora. “Foi quando meu irmão contraiu a hepatites A, B e C e a gente não conseguia leito. E no sábado do Círio, quando ela faz a passagem para ir à Ananindeua, eu fui assistir à passagem dela, na frente do Hospital Belém. Quando ela passou, eu pedi muito e implorei para que ela intercedesse para que a gente conseguisse esse leito”, explicou Amélia.

Confiante de que seria agraciada e seu pedido seria atendido, Amélia confiou na Virgem de Nazaré. “Quando eu cheguei em casa, tive a notícia de que ele tinha ido para a UTI, que estava muito mal. Peguei o carro e fui na mesma hora para Capanema, onde ele morava. Cheguei lá e o estado dele estava muito grave. Voltei para Belém, fiz inscrição no leito e procurei alguém que nos ajudasse e a gente ficou nessa luta”, declarou a devota da virgem.

Amélia permaneceu forte e foi ver a procissão do Círio, no domingo. “Eu fui assistir à passagem dela na casa de uns amigos, que fica bem próximo da Basílica, ela passou muito próximo da gente. E naquele momento eu chorei e pedi que ela intercedesse junto ao filho dela para que a gente conseguisse um leito. Nesse ano a gente nem fez almoço do Círio em casa, porque não tinha clima e fomos almoçar na casa de uns amigos”, explicou Amélia.

Amélia nem imaginava o que estava para acontecer. “Quando chegamos, eu nem tinha feito meu prato, e o telefone tocou. Era do hospital, disponibilizando um leito para ele. Até hoje me emociono quando eu falo disso porque só mesmo ela, outra pessoa não podia ser. Porque era impossível, em um domingo de Círio, quando o quadro é reduzido nos hospitais e a maioria está prestando atendimento nos mais diversos postos de atendimento. E naquele domingo do Círio, meio-dia, ligam avisando que tinha conseguido o leito”, disse emocionada, e com lágrima nos olhos, Amélia.

Diante do pedido atendido, da fé em Nossa Senhora, Amélia se fortaleceu. “Só pode ter sido ela. Eu acredito fielmente, foi um milagre que aconteceu em nossa família. E hoje ele está totalmente curado. Se você olhar, não reconhece. Esse foi nosso milagre e foi ela quem nos concedeu, com certeza”, concluiu Amélia.

Esse é um dos muitos relatos de fé dos fiéis de Nossa Senhora de Nazaré.

Por Rosiane Rodrigues.

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O Círio de Nazaré, que ocorre no domingo (14), em sua 226ª edição, carrega seus encantos, suas belezas, sua riqueza de fé e devoção. Todos os anos, a procissão reúne devotos gratos pelas curas e pelos milagres recebidos.

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A dona de casa Celina Cardoso, 77 anos, detalha sua experiência de fé. “Nossa Senhora nunca me abandonou, principalmente em caso de doenças. Eu tive um problema muito sério, não sabia o que era. Quando fui fazer exame era câncer que eu tinha”, contou Celina Cardoso, emocionada.

Celina depositou sua fé em Nossa Senhora e confiou que ficaria curada. “Isso aconteceu em 1999, eu fui operada, e graças a Deus e à Nossa Senhora de Nazaré eu alcancei essa graça e me considero curada até hoje”, disse a devota da padroeira paraense.

As lutas pela saúde não pararam por aí. Celina enfrentou mais um problema grave, mas a fé em Nossa Senhora não diminuiu. “Depois disso, em 2013, foi constatado um problema de coração e tinha que fazer uma cirurgia, e essa cirurgia foi feita. Eu fiquei boa, graças a Deus, e hoje não tenho problema nenhum no coração. Tenho a marca no peito e Nossa Senhora me ajudou”, detalhou a devota.

Todos esses acontecimentos na vida de Celina fortaleceram a sua fé na padroeira dos paraenses. “Eu sou muito, muito, muito mesmo, devota de Nossa Senhora. Entrego meus filhos, em qualquer situação, à Nossa Senhora de Nazaré, em qualquer situação ela tem me socorrido”, concluiu Celina.

Exemplos de fé do povo paraense. 

Por Rosiane Rodrigues.

 

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Considerado como o Natal dos paraenses, o Círio 2018 chegou. A festa, que é comemorada no domingo (14), reúne famílias em torno da devoção à Nossa Senhora de Nazaré. Nessa festa de fé, que existe desde 1793, várias histórias são compartilhadas, histórias de milhares de graças alcançadas pela fé em Nossa Senhora. 

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Entre as histórias está a de Ana Virgínia Cunha, 60 anos, professora de arte culinária, que recebeu uma grande bênção. "Estava na procissão do Círio 2017, como todo paraense, pedindo uma graça à Nossa Senhora. Minha filha, casada há dois anos, estava tentando engravidar e com muita fé pedi a nossa mãezinha que me desse essa graça e no mês de novembro veio a confirmação da gravidez", contou Virgínia.

Depois que Virgínia conseguiu essa bênção, enfrentou outro obstáculo, a gravidez de risco da filha. "Foi uma gravidez com riscos, pela perda de líquido e minha filha tendo que ficar 10 dias internada, mas consagramos a bebê à Nossa Senhora e que ela se chamaria Maria", afirmou Virginha, que mantinha a fé de que as coisas se resolveriam e que seu pedido seria atendido.

O tempo passou e a gravidez de risco da filha de Virgínia foi superada e finamente a família viu o rosto do bebê que tanto esperava. "Ela nasceu dia 27 de agosto, dia de Santa Mônica, mais uma graça, e ela nasceu com saúde. Este ano vamos ao Círio agradecer tudo isso. Minha neta se chama Maria Luiza. Maria por causa da graça de nossa mãe e Luiza, nome escolhido do feminino do pai", explicou a devota.

Ana Virgínia diz que a fé é a explicação para alcançar as graças de Deus. "Quem tem fé e confia plenamente em Deus alcança graças. Sempre que colocamos nossa vida em comunhão com Deus e com a Virgem Maria as graças são divinas. A cada mês, quando celebramos o mesário da minha neta, Maria é lembrada e celebrada", concluiu. 

Essa é a fé que move os paraenses. 

Por Rosiane Rodrigues.

 

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Histórias de fé, emoção, alegria e gratidão são os ingredientes que compõem o Círio. A festa, que ocorre no segundo domingo de outubro, reúne os paraenses que partilham a mesma fé em Nossa Senhora.

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Maria de Nazaré Silva, 69 anos, aposentada, recebeu esse nome em homenagem à padroeira dos paraenses, depois de promessa feita pela mãe. “Minha vida sempre foi muito voltada à fé. Somos uma família católica, não só católica na boca, mas praticante, com envolvimento na igreja”, disse Nazaré.

A aposentada disse que enfrentou muitos obstáculos na vida, mas sua fé em Maria a fortaleceu. “Casei muito jovem, perdi um bebê, que era meu segundo filho. Depois engravidei de novo e tive o Luís Henrique, e vi Maria carregando meu filho. Ele nasceu com quase dez meses, prematuro, muito pequenino, com morte aparente, e eu disse à Nossa Senhora: Oh, minha mãe, toma conta do meu filho, que talvez ele não vá viver”, detalhou a fiel.

Nazaré não sabia o que sucederia, mas tinha fé que Nossa Senhora a ajudaria. “Ninguém acreditava que ele fosse sobreviver. Hoje, meu filho é um homem de 1 metro e 90, pai de três filhos, entre eles minha neta linda, Maria Luiza. Esse meu filho ficou até os dois anos com dificuldade para andar, mas eu tinha tanta certeza que Nossa Senhora ia curar ele e realmente curou”, contou a aposentada.

Mas a história de fé da devota Nazaré não parou por aí. Aos 26 anos, a filha Débora teve uma complicação séria no ovário e útero. “Eu fiquei desesperada, minha única filha. E eu me peguei com Nossa Senhora, porque naquela época, se hoje ainda é, um câncer é um câncer. Hoje está aí, um mulherão, e psicóloga”, concluiu a devota.

Como dona Nazaré, muitas outras histórias de fé são partilhadas nesse momento tão especial para os paraenses, que é o Círio 2018.

Por Rosiane Rodrigues.

 

A candidata a deputada estadual Maria do Céu pediu para que a sociedade refletisse sobre o sofrimento que uma parte do público LGBT enfrenta diariamente. A também empresária, produtora e ativista alertou para um número alarmante. Em entrevista concedida ao LeiaJá, ela citou o índice de suicídio entre os jovens LGBT, quatro vezes maior do que entre os heterossesuais. 

Maria do Céu falou sobre preconceito e racismo. “A gente está falando de sofrimento, que muitos enfrentam. Racismo é fo..., mas você já viu alguma mãe e pai botar seu filho para fora de casa porque é preto? Agora porque ele é LGBT botam e muito”, lamentou. 

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A candidata se diz confiante em conquistar uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). “O preconceito mata e exclui. O preconceito faz com que famílias sejam destruídas e essa é a minha luta: a gente tem que estar pela vida, pelo amor, pela paz, pelas pessoas independente de quem ela ama e de como ela se veste. Temos que deixar mais mensagens de amor, inclusive na política a mensagem que quero deixar é sobre o amor. Eu estou muito confiante e preparada. Eu quero só que Pernambuco esteja preparada para o nosso mandato que será com foco em um Pernambuco para todos”.

A dona de uma das boates mais famosas do Recife também falou que é necessário trabalhar com base nos dados da violência contra os LGBT no sentindo de chamar a atenção das pessoas e dos órgãos públicos sobre a falta de política públicas para a classe. “Principalmente a exclusão na escola, no mercado de trabalho e na saúde”, ressaltou. 

Ela ainda pediu aos eleitores pernambucanos que votem com consciência no próximo dia 7 de outubro. “Eu acho que todos os políticos, de todos os partidos, deveriam prestar atenção à causa LGBT. Há politicos que realmente se aproveitam de tudo, se aproveitam de qualquer eleitor e aí esses políticos eu espero que as pessoas não votem”. 

Em meio à passagem da tempestade tropical Florence, que matou pelo menos cinco pessoas na costa leste americana, o presidente Donald Trump questionou novamente o número de óbitos causados pelo furacão Maria no território de Porto Rico, em outubro de 2017. Segundo o mandatário, a revisão do balanço de mortos anunciada em agosto, que elevou de 64 para 2.975, foi "um passe de mágica".

"'Quando Trump esteve na ilha em outubro passado, especialistas informaram que 16 pessoas morreram por causa do Maria'. The Washington Post. Isso foi muito depois do furacão ter passado. Por muitos meses, (o número) chegou a 64. Então, como num passe de mágica, mais de 3 mil pessoas morreram", escreveu o presidente americano, no Twitter. "Cinquenta vezes o número original - Sem chance!".

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Na quinta-feira, 14, Trump acusou os democratas de inflar o número de mortos para "fazer ele parecer um presidente ruim". O mandatário afirmou que entre seis a 18 pessoas foram confirmadas mortas à época e sugeriu que várias outras pessoas foram adicionadas ao balanço depois "se morressem por qualquer motivo, como idade avançada".

Quase um ano após a passagem do Maria, os esforços da Casa Branca em auxiliar Porto Rico continuam sendo fortemente criticados. O território ainda sofre com constante falta de energia elétrica, mais de 60 mil casas ainda estão sob telhados improvisados e 13% dos municípios não têm conexões estáveis de telefone e internet. Após os comentários de Trump, alguns republicanos concordaram que o presidente foi longe demais com as críticas.

"Casualidades não fazem uma pessoa parecer ruim", disse o presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan. "Então, não vejo motivo para questionar esses números."

No mês passado, o governador de Porto Rico, Ricardo Rossello, revisou o balanço de mortos por causa do Maria após um estudo independente financiado pelo governo estimar que, ao invés de 64, cerca de 2.975 pessoas morreram direta e indiretamente no desastre. As mortes consideradas diretas incluíram afogamentos ou esmagamentos por queda de árvores. As indiretas foram paradas cardíacas, eletrocuções e falta de acesso a tratamento médico ou medicamentos, considerando que a interrupção de energia elétrica impossibilitou tratamentos como diálises.

Desde a divulgação do balanço, Trump passou a questionar constantemente o número de mortos, a postura de políticos do território americano e a cobertura da imprensa sobre as consequências da passagem do Maria em Porto Rico. Na quinta, o porta-voz da Casa Branca, Hogan Gidley, defendeu o presidente.

"Como o presidente disse, toda morte causada pelo Furacão Maria é um horror. Antes, durante e após o furacão, o presidente direcionou toda a sua administração para providenciar apoio sem precedentes a Porto Rico", disse. "O presidente Trump está respondendo à imprensa liberal e ao prefeito de San Juan que, infelizmente, tentou explorar essa devastação com um fluxo constante de desinformações e falsas acusações." Fonte: Associated Press.

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Na noite de segunda feira (27), a tradicional Missa do Mandato, presidida pelo bispo auxiliar de Belém dom Antônio de Assis Ribeiro, na Basílica Santuário De Nazaré, abriu oficialmente as programações do Círio 2018. O 226° Círio tem como tema "Uma Jovem Chamada Maria".

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A celebração marca o tradicional rito da bênção das imagens que vão ser levadas para o lar dos fiéis. Segundo as diretorias da Festa de Nazaré e do Departamento de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA), a expectativa é que a visita da imagem aos lares dos devotos mobilize milhares de fiéis.

Na missa foram entregues para os kits do Círio, que contêm cartazes com a imagem de Nossa Senhora, os livros da peregrinação e a réplica da imagem em miniatura. Para Joelson Pantoja, um dos fiéis que estavam presentes na Basílica, o Círio representa um momento de fé, renovação e agradecimento. “É uma alegria muito grande. É a renovação da nossa fé e a gente só tem a agradecer”, disse Joelson.

Segundo Jorge Xerfan, diretor de Evangelização do Círio 2018, a expectativa para as peregrinações desse ano são as melhores possíveis porque houve um aumento no número de fiéis. “Nós tivemos mais de dois mil peregrinadores e isto nunca aconteceu. Ano após ano esse número cresce. Isso é um excelente indicativo e, obviamente, nós teremos mais peregrinações do que nos anos anteriores”, conta o diretor.

A peregrinação tem como objetivo preparar os devotos espiritualmente para o Círio, uma das maiores manifestações religiosas do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), realizada no segundo domingo de outubro e que reúne mais de dois milhões de fiéis nas ruas de Belém todos os anos.

Por Thiago Maia.

Uma igreja católica dos Estados Unidos lançou a campanha #TodaFamíliaÉSagrada (no original em inglês, #EveryFamilyIsHoly), que tem gerado expressiva repercussão. A Catedral da Igreja de Cristo de Indiana, em Indianapolis, colocou estátuas do bebê Jesus, Maria e José em uma jaula em uma crítica contra a política de imigração do governo Trump.

A igreja disse que o gesto foi uma resposta à separação de crianças de seus pais pelo departamento de justiça dos Estados Unidos. Donald Trump voltou atrás da medida no último mês.

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"A Escritura Sagrada é clara sobre como nós devemos tratar pessoas tentando encontrar seguranças para suas famílias - nós devemos mostrar misericórdia e recebê-los bem. Jesus, Maria e José foram sem tetos e fugiram do perigo para procurar asilo". A aspa faz parte da declaração do reverendo Stephen Carlsen, reitor da igreja.

O reverendo continua: "Nós não vamos ficar parados enquanto crianças são retiradas dos seus pais, e famílias estão sendo retiradas das nossas comunidades e congregações".

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Ao contrário do que foi divulgado pela Fundarpe na coletiva de imprensa do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) de 2018, realizada nesta quinta-feira (28), a assessoria de imprensa de Maria Rita publicou nota esclarecendo que a cantora não irá ao evento. “Não houve acerto contratual das duas partes”, diz o comunicado.

Com o tema “um viva à liberdade”, o Festival terá início no dia 19 de julho e irá até 28 do mesmo mês. A abertura acontecerá no Palco Dominguinhos, com shows de Cordel do Fogo Encantado, Orquestra Santa Massa, Siba e a Fuloresta e Anderson do Pife com a banda de pífano Zé do Estado. Entre outras atrações estão artistas como Flávio Venturini, Odair José e Bárbara Eugênia. 

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A atriz Alice Wegmann tem protagonizado cenas fortes na novela "Onde nascem os fortes", exibida na faixa as 23h, na TV Globo. Nos próximos capítulos, Maria, sua personagem, participará do sequestro de Hermano, interpretado por Gabriel Leone, mas acabará desenvolvendo uma relação diferente da esperada entre algoz e refém. 

Maria se alia a Simplício (Lee Taylor), com quem estará namorando, para sequestrar Hermano e, assim, pressionar Pedro (Alexandre Nero) a revelar o que aconteceu com Nonato (Marco Pigossi). Porém, enquanto vigia o refém dentro do cativeiro, a sequestradora acaba por ter um rompante e fará sexo com ele, mesmo amarrado. As cenas devem ir ao ar no final deste mês de maio. 

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O ator Fábio Assunção parece mesmo não perder tempo quando se trata sobre encontrar um novo amor. Três meses depois de terminar o namoro com a atriz Pally Siqueira, 25, que foi alvo de muita polêmica pela diferença de idade, ele está namorando a escritora e também atriz Maria Ribeiro. A informação é do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo. 

Apesar da notícia, que está ganhando bastante repercussão nesta sexta-feira (30), o colunista não entrou em detalhes se restringindo a escrever: “Maria Ribeiro, a linda atriz e escritora, está namorando Fábio Assunção. Cara sortudo”. 

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Nas redes sociais dos dois artistas ainda não há fotos. No entanto, Maria Ribeiro deixou uma pista ao comentar uma foto de Fábio Assunção em seu instagram: a atriz utilizou o emoji de um coração.

Maria Clara pede alguns instantes para sair do frio. No Canadá desde o meio de 2017, ela tenta se adaptar ao inverno gelado e ao novo idioma, e costuma se comunicar com os jornalistas, a família e os amigos brasileiros via skype ou WhatsApp. No dia 18 de janeiro deste ano, a ativista pernambucana finalmente teve seu pedido de refúgio aceito pela justiça canadense, após ter sido perseguida e ameaçada de morte por um agente penitenciário, por ser negra e travesti. 

Nascida no dia 10 de outubro de 1978, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, Maria Clara Sena conheceu o preconceito ainda dentro do casa. “Desde cedo, meu pai me batia muito, devido aos meus trejeitos. Minha identidade de gênero não foi bem aceita por minha família, semianalfabeta. Fui a primeira que entrou na faculdade e passou em um concurso público”, lembra. A graduação escolhida foi serviço social e o cargo público ocupado o de perita do Mecanismo de Proteção de Combate à Tortura, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco (SJDH). 

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Maria Clara foi vítima de violações enquanto atuava como perita do Mecanismo de Proteção de Combate à Tortura, da SJDH. (Chico Ludermir)

Na mesma época, Maria Clara tornou-se executora do projeto Fortalecer para Superar Preconceitos, do Grupo de Trabalhos em Prevenção (GTP+), ONG que se dedica ao acolhimento de pessoas soropositivas e de grupos vulneráveis ao HIV. “Observamos que travestis e transexuais estão totalmente esquecidas nesses espaços de privação de liberdade e tendo seus direitos humanos renegados”, comenta Wladimir Reis, coordenador do GTP+. Foi esse contexto que levou a então funcionária pública a batalhar e conseguir uma ala exclusiva para mulheres transexuais e travestis presas, em que não estariam mais expostas às violações sexuais costumeiramente praticada pelos detentos homens. 

“Na prática, o Mecanismo deveria ser um órgão multidisciplinar, com paridade de gênero e etnia, mas quando uma pessoa como eu, travesti, negra e adepta do candomblé, divide espaço com pessoas brancas, cisgêneras e de famílias importantes a coisa é diferente. Sofri uma série de violações de direitos na instituição”, afirma Maria Clara. Dentre, as piores lembranças ela guarda a memória do dia em que quase foi alvejada por agente penitenciário, também funcionário da STJDH, em um presídio de Santa Cruz do Capibaribe, no interior do Estado. “Ele colocou uma arma na minha cabeça e disse que ia me matar por eu ser ‘viado e preto’. Em outra ocasião, as demais peritas deixaram de falar comigo e passaram a ignorar o que eu tinha a dizer”, completa.

Morando no Canadá, Clara não tem previsão de volta ao Brasil. (Chico Ludermir)

A gota d’água foi quando o nome de Clara foi retirado, sem qualquer justificativa, do relatório anual do Mecanismo. Além disso, ela passou a sofrer com sucessivas perseguições do funcionário público que a ameaçara de morte, tendo que mudar de casa mais de seis vezes. Foi quando outros ativistas garantiram que, ficando no Brasil, Clara não estaria segura. “Decidi sair do Mecanismo. Tirei férias em junho e julho de 2017 e passei julho e agosto e setembro fugida no Canadá, quando me exoneraram do cargo. O secretário Pedro Eurico já havia falado que a intenção dela era me tirar do emprego, mesmo sabendo que o órgão era autônomo”, coloca. 

Com saudades do Brasil, Clara se prepara para a distância dos terreiros de candomblé e para a saudade das quadrilhas juninas e das sambadas de coco, que adora. “Não me vejo fora da minha cultura, mas também não tenho como voltar nem tão cedo. Já tenho minha identidade e aguardo o passaporte canadense, que deve sair em três anos”, estima. No Canadá, Clara concilia a rotina de ativista às aulas de inglês. “Não é porque estou num país que me garante a velhice, que vou esquecer do meu. O Brasil pode ser livre, minha luta é para que as pessoas não só aceitem os negros, LGBTs e mulheres, mas que tenham água na torneira, transporte confortável e segurança. A gente precisa de educação, de uma escola que conte a verdadeira história do nosso povo”, conclui. 

“Não tive direito a luto, só luta”


Joelma batalha pela condenação de sargento reformado da PM. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Joelma detesta ser vista como uma fortaleza. De frente para sua casa, no Bairro do Ibura, com pouco mais de um metro e meio de altura, ela aguarda a reportagem para indicar a localização precisa da residência. Há pouco tempo, ela voltou para o bairro onde sempre morou, por não ter conseguido se adaptar ao distante bairro do Janga, em Paulista. O objetivo era o de se distanciar das lembranças de seu filho, Mário Andrade, morto a tiros aos 14 anos de idade, no dia 25 de julho de 2016, a poucas ruas de casa, por um policial alcoolizado. 

“Antes de sair, meu filho tinha passado a tarde pintando sua bicicleta, com o dinheiro que tinha conseguido trabalhando na lanchonete dos nossos vizinhos. Saiu para brincar e pedalar. Não deu meia hora, Linda, minha amiga, gritou, dizendo que um amigo dele havia sido baleado”, lembra Joelma. O sargento reformado da Polícia Militar Luiz Fernando Borges havia atirado em Mário e no colega, após bater com sua moto na bicicleta do primeiro. “Ele mentiu para a justiça, dizendo que meu filho atirou no pé dele, estava armado e envolvido com o tráfico de drogas, além de ter falado que Mário não era do Ibura. A balística já confirmou que meu filho não portava arma nenhuma e o médico que fez examinou o policial já confirmou que o ferimento dele foi causado por um arranhão, devido ao choque com a bicicleta”, argumenta Joelma. 

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Desesperada para provar a inocência do filho, Joelma chegou a recolher, sozinha, mais de 3 mil assinaturas de moradores do Ibura e comunidades próximas afirmando que Mário não tinha envolvimento com o crime e que residia na casa da mãe. “Todo mundo assinou, gostavam muito do meu filho. Teve gente que bateu na minha porta para assinar. Levei tudo para o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e mostrei para a delegada”, comenta. Depois, Joelma ainda levou uma cópia do documento para o Palácio das Princesas. A intenção era cobrar justiça diretamente ao Governador Paulo Câmara. “Um secretário me recebeu no lugar dele e disse que se fosse organizar cada cano estourado da cidade, não conseguiria dar conta. Respondi que esse cano estourado do Ibura tinha nome e que eu era a mãe dele: ‘já que o senhor não pode fazer nada, quem vai fazer sou eu’”, relata.

Desde então, uma série de movimentos sociais e instituições promotoras dos direitos humanos aderiu à causa de Joelma. Protestos foram promovidos, avenidas fechadas, dinheiro arrecadado, gente importante desafiada. Dentre as manifestações, uma das prediletas de Joelma foi a homenagem feita pelo rapper Martins, que musicou uma letra escrita por Mário. “Meu filho queria ser artista. Me lembro quando ele me mostrou a música, colocando que eu era uma guerreira por ter criado ele e as duas irmãs sozinha. A verdade é que, apesar de todo mundo dizer o mesmo e de eu precisar ser forte pelos três, me sinto frágil e choro toda noite, quando as meninas vão dormir e oram por Mário”, afirma. 

Joelma pode conseguir ver assassino de Mário condenado este ano. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Agora a luta por justiça, que já soma dois anos, parece se aproximar do fim. “Os advogados dele passaram um caso para um defensor público, mas antes disso não levaram suas alegações ao juiz, que vai requerer esses documentos. Depois disso, ele deverá marcar o júri popular para o final do ano”, comemora Joelma.

Preso desde o dia 5 de agosto de 2017, Luiz Fernando se apresentou ao Fórum depois de ter sido dado como foragido. Joelma acredita que, com a condenação dele, poderá reconstruir sua vida. “Eu não tive direito a luto, só luta. Correndo atrás da prisão do assassino, do júri popular, tentando honrar a memória de Mário. Sei que não vou trazer ele de volta, mas quero mostrar para outras mães que tiveram seus filhos mortos por policiais que é possível fazer justiça”, completa. 

A luta de Eleonora


 Eleonora com José Ricardo. (Arquivo Pessoal)

Jardim São Paulo, Recife, Outubro de 2010. José Ricardo Pereira, de 24 anos, deixa sua casa pela última vez, acompanhado pelos amigos Augusto Cesar Rodrigues e Windson Flávio de Melo, de 26 e 25 anos, respectivamente. Em poucos momentos ele seria morto a pauladas pelos dois, que foram condenados a 18 anos de prisão em regime fechado, por homicídio qualificado, motivado por homofobia. Foi a primeira vez que a Justiça de Pernambuco reconheceu que um crime foi motivado por preconceito com a orientação sexual da vítima. A conquista, contudo, só foi possível graças à luta de Eleonora Pereira, mãe de José Ricardo.

“Militei muito para que a justiça fosse feita. A primeira delegada do caso afirmou que José Ricardo estava envolvido com drogas e exploração sexual, tentando culpabilizá-lo por sua morte. Acionei da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e conseguimos que doutora Vilaneida Aguiar assumisse o caso”, comenta Eleonora. Apesar da condução do processo aprovada pela mãe da vítima, Vilaneida foi afastada do caso. “Fiquei desesperada e acionei o então deputado Oscar Barreto, que solicitou à Secretaria de Defesa Social (SDS) e ao presidente da Alepe, que Vilaneida permanecesse no caso”, coloca.

Sob a condução da nova delegada, as investigações fluíram. Outras dificuldades, contudo, surgiram. “Consegui acompanhar as oitivas do promotor, mas foi duro ouvir em silêncio às mentiras de algumas pessoas. Depois, precisei monitorar minhas testemunhas, porque muitas foram ameaçadas de morte”, lembra Eleonora, que acompanhou de perto cinco anos de processo. “Lutei para chegar ao júri. No dia em que ocorreu, fui ameaçada na frente de todos, mas conquistamos a condenação”, afirma. 

 Exilada em Angola, Leonora é ameaça por assassinos do filho. (Arquivo Pessoal)

Mães pela Igualdade

A batalha de Eleonora frutificou. Sua luta serviu de mote para a criação da ONG Mães Pela Igualdade, que ampara mães de filhos homossexuais. A mãe de José Ricardo perdeu o emprego de enfermeira devido à militância, dedicando-se exclusivamente à instituição. “Me engajei nessa causa pela dor, para evitar que outras mães passem pelo que passei. Na época da morte do meu filho, tive que, além de lutar por justiça, sustentar o pai dele, que só fazia chorar”, conta. 

Agora Eleonora passa uma temporada exilada em Angola, com a agenda cheia de atividades ligadas ao ativismo pela população LGBT. Apesar de seguir sofrendo ameaçadas de morte, o estado a desligou do programa de defensores dos direitos humanos. “Pernambuco não garante minha segurança. Tem uma análise de risco feita pelo delegado do DHPP que afirma que ainda estou em ameaça e os assassinos do meu filho estão ligados a grupos extermínio, com controle de dentro do presídio”, completa. Apesar disso, ela ainda não pediu refúgio, porque ainda recebe suporte da União Europeia e da Frontline. “Não sei como vai ser meu retorno, inclusive psicologicamente. A conjuntura não está fácil para os defensores dos direitos humanos, mas meu caso já foi passado para a ONU. Vamos ver como fica”, lamenta. 

Desligamento do PEPDDH/PE

Por meio de nota, a Secretaria de Justiça e Direitos informou abriu uma sindicância para avaliar o caso do agente penitenciário que ameaçou Maria Clara Sena. A sindicância se transformou em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que aplicou, como pena, ao funcionário público a suspensão de suas atividades por, no máximo, 30 dias. 

A Lei Estadual 14.912/12 e o Decreto Federal 6.044/07 garante que a pessoa que defende direitos humanos e, devido à sua militância, está ameaçada de morte pode solicitar inclusão no Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH/PE). Apesar disso, ainda de acordo com a Secretaria, “a decisão de desligamento das Sras. Eleonora Pereira e Maria Clara de Sena do PEPDDH/PE foi estabelecida pelo Conselho Estadual do programa, órgão colegiado composto por entidades da sociedade civil e do estado. O PEPDDH/PE, por se tratar de um programa de âmbito estadual e de medida excepcional, só presta proteção para defensores/as de direitos humanos ameaçado/as que se encontrem residentes no território pernambucano, razão pela qual a Sra. Eleonora Pereira e a Sra. Maria Clara Sena, que atualmente residem fora do país, estão desvinculadas do programa”.

Segundo a SEDH, até então, não consta qualquer solicitação de reingresso de Maria Clara Sena ou Eleonora Pereira no Programa. Ainda assim, caso o requerimento seja feito, “o Conselho Deliberativo, em sua reunião, após o processo de análise, apreciará e definirá sobre o pleito. O PEPPDDH possui orçamento para proteção de defensores e defensoras dos direitos humanos e está em pleno funcionamento”.

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