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Comerciantes dizem que veneno é espalhado em comida. (ONG SOS Animais/Cortesia)

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Agora, criminosos aproveitam ruas vazias para exterminar os animais. Nas duas últimas semanas, cerca de 30 gatos foram envenenados no Mercado da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife. Abandonados no local, eles costumam ser encontrados ainda pela manhã, mortos ou agonizando. Para a ONG SOS Animais, que já registrou pelo menos três Boletins de Ocorrência na Delegacia de Proteção Animal (Depoma), a diminuição da circulação de pessoas na cidade, em decorrência da pandemia da Covid-19, está encorajando os criminosos.

O comerciante Ângelo José dos Santos, proprietário de um box no Mercado da Encruzilhada há 25 anos, afirma que comida envenenada está sendo distribuída para matar os animais. “É uma cena horrível, uma morte lenta e difícil. A violência contra esses gatos acontece desde que cheguei ao mercado, mas é a terceira vez que vejo um massacre desse tamanho. A prefeitura não colabora não”, lamenta.

A advogada e membro da SOS Animais, Laura Atanásio lembra que “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos” é crime com pena de detenção de três meses a um ano, podendo ser aumentada de um sexto a um terço se ocorrer a morte do animal, segundo preconiza o artigo 32º da Lei 9605/98. “A gente do voluntariado sente muita falta da prefeitura em relação a várias instâncias da proteção animal, inclusive na fiscalização e no mapeamento dos pontos de abandono e violência. Na [Avenida] Beira Rio, passamos um mês pagando um vigia para impedir a matança e os abandonos de animais”, lamenta Laura.

Cansada de esperar pela iniciativa da gestão municipal, a SOS Animais resolveu instalar, por conta própria, uma câmera no Mercado da Encruzilhada, na tentativa de coibir novos crimes. “A gente acabou fazendo uma vaquinha na internet para comprar o equipamento. Em diversas audiências, a prefeitura promete que vai se encarregar da vigilância mas isso nunca é realizado. Uma vereadora chegou a instalar câmeras em outro local, mas quem vai vigiar? Essa não é nossa função”, completa Laura.

SEDA não citou nenhuma ação prevista de fiscalização para coibir novos crimes. (ONG SOS Animais/Cortesia)

Castração como paliativo

Outra onda de matanças havia ocorrido recentemente, em 2016, sem que a Prefeitura do Recife tomasse qualquer iniciativa para coibir novos crimes. “Já fui a três audiências públicas sobre pontos de abandono e animais abandonados e em todas elas levei a pauta da castração em massa, porque se você evita que haja reprodução nos pontos de abandono já é positivo. A proposta que apresentei seria a de castrar semanalmente cinco gatos e a prefeitura respondeu que não tinha como dar transporte e que precisaria de voluntários para ficar com os animais no pós-operatório”, comenta.

A ativista coloca ainda que a responsabilidade de viabilizar o processo em sua completude deveria ser apenas da gestão municipal. “É como se a gente fosse voluntário oficial da prefeitura. É muito ruim pra gente porque não fazemos só essa ação, mas outras mobilizações, para doar os animais, pagar hotelzinho, veterinário e outros problemas”, completa.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Executiva dos Direitos dos Animais (SEDA), que não apresentou quaisquer soluções ou políticas públicas para fiscalizar e coibir os envenenamentos no Mercado da Encruzilhada. A instituição, contudo, se comprometeu a realizar uma “atividade semelhante à que já se realiza na Av. Beira Rio”, em que cinco gatos são castrados por semana. Segundo a SEDA, os procedimentos serão garantidos a todos os animais do Mercado da Encruzilhada, através da utilização da estrutura do Hospital Veterinário do Recife (HVR). Além disso, a Secretaria garante que um abrigo temporário para o pós-operatório também está sendo providenciado, bem como o transporte dos animais, através do Centro de Vigilância Ambiental (CVA). Leia a nota na íntegra:

“Desde 2013 a SEDA disponibiliza castrações gratuitas para caninos e felinos do Recife, já tendo realizado mais de 33 mil procedimentos. Compreendendo  a necessidade de uma ação mais direcionada aos felinos presentes no Mercado da Encruzilhada, a Secretaria compromete-se a realizar uma  atividade semelhante à que já realiza na Av. Beira Rio, onde centenas de animais já foram castrados. Assim, a SEDA disponibilizará, através do Hospital Veterinário do Recife - HVR, castrações para  todos os felinos do Mercado da Encruzilhada. Será uma ação conjunta com  o Centro de Vigilância Ambiental - CVA, um  órgão  da Secretaria de  Saúde, que ajudará a viabilizar o transporte dos animais.

Um abrigo temporário para o período de recuperação pós cirúrgica está também sendo providenciado. Denúncias sobre maus tratos podem ser realizadas através da Central de Denúncias da SEDA (3355-8371) ou mesmo pela Ouvidoria Geral do Município. Muitas vezes as diligências precisam de apoio de outros órgãos, como a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (Depoma) ou o CVA. Desde 2013, a SEDA já atuou em mais de 1.700 casos de denúncias de abandono e maus tratos no Recife, seja resgatando os animais, conseguindo abrigos ou tutores, alimentação e principalmente oferecendo cuidados clínicos e hospitalares para esses animais”.

Já a Polícia Civil informou que instaurou, no dia 29/05/20, um inquérito policial e investiga os crimes recentes ocorridos no mercado. “Somos nós quem fazemos as denúncias, os boletins de ocorrência, e eles nunca dão retorno da investigação. A prefeitura foi a primeira a ser avisada e não existe nenhuma ação”, queixa-se Laura.

A cidade de El Paso se reunirá nesta sexta-feira (16) para acolher Antonio Basco, que ficou sozinho no mundo depois de perder sua mulher na matança perpetrada há dois semanas nessa cidade de maioria latina que deixou 22 mortos, entre eles oito mexicanos.

Margie Kay Reckard, de 63 anos, morreu em 3 de agosto quando um homem armado com um fuzil entrou em um supermercado atirando. O acusado confessou à polícia que seu alvo eram os "mexicanos".

"Tínhamos um vínculo que não se pode imaginar", disse Basco na quinta-feira no jornal local El Paso Times. "Ela foi meu primeiro amor", contou sobre a relação.

Sem outros parentes, a morte de sua mulher deixou Basco sozinho no mundo. Por isso, a funerária Perches Funeral Homes avisou que "todos eram bem-vindos" à cerimônia e depois que o aviso foi publicado no site, começaram a chegar flores e mensagens de estímulo de desconhecidos.

O diretor da funerária, Harrison Johnson, disse que Basco pensou que "ia enterrar sua mulher sozinho".

Devido à grande quantidade de respostas recebidas, a casa funerária transferiu a cerimônia para um lugar mais espaçoso para acolher os que querem acompanhar Basco nesta sexta-feira.

O extremista de extrema direita, autor do banho de sangue ocorrido na sexta-feira em duas mesquitas na Nova Zelândia - que matou 49 fiéis - foi apresentado neste sábado ante um tribunal na cidade de Christchurch, onde foi acusado de homicídio.

O australiano Brenton Tarrant, de 28 anos, algemado, escutou impassível a leitura das acusações contra ele.

O militante de extrema-direita, ex-preparador físico, de vez em quando olhava para os integrantes da imprensa presentes no tribunal durante a breve audiência realizada a portas fechadas por razões de segurança.

Tarrant não pediu fiança e permanecerá na prisão até a próxima audiência, marcada para 5 de abril.

Do lado de fora do tribunal, foi possível ver agentes de elite fortemente armados em todos os pontos de acesso.

Um garoto de 17 anos causou pânico entre alunos e funcionários na manhã desta quinta-feira (12), numa escola do Gama, no Distrito Federal. Após ameaçar através das redes sociais dizendo que mataria e atiraria em quem estivesse por perto, equipes da Polícia Militar montaram uma operação em frente à escola e o garoto foi levado para Delegacia de Crianças e Adolescente (DCA). 

O Batalhão da Polícia Militar teve acesso às mensagens onde o garoto diz que estaria se preparando para o crime e pediu para que um colega faltasse à aula. De acordo com a PM, o adolescente “simulou a conversa por um aplicativo que permite a criação de conversas falsas no WhatsApp. Em depoimento, o menor disse que estava “apenas brincando”.

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Os policiais fizeram uma varredura no colégio e não encontraram armas de fogo. A instituição pode abrir uma sanção da administrativa contra o rapaz, que ainda corre o risco de ser expulso.

*por Tayná Barros

A Prefeitura de Igaracy, na Paraíba, exonerou o secretário de saúde José Carlos Maia do cargo. O secretário, que também é médico veterinário, é acusado de autorizar a morte de 31 cachorros de rua. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais.

A medida da prefeitura segue uma recomendação do Ministério Público da Paraíba (MPPB). José Carlos Maia também foi afastado das funções do cargo efetivo de médico veterinário até o término das investigações.

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Os animais teriam sido sacrificados sob a alegação de que estavam doentes e apresentavam um perfil violento. Para o MPBP, pode se tratar de um caso de infração penal e ato de improbidade administrativa.

A Polícia Civil também está investigando se a matança foi cometida com requintes de crueldade. Apesar da Secretaria de Saúde informar que os animais morreram através do procedimento de eutanásia, havia muito sangue no local em que os cachorros foram encontrados. Para o delegado do caso, Gleberson Fernandes, o cenário encontrado não era decorrente de um procedimento com sedativo.  Algumas pessoas foram ouvidas e há relatos de que cães saudáveis foram recolhidos e sacrificados.

Em nota, a prefeitura de Igaracy diz que preconiza que as ações de seus agentes estejam pautadas em protocolos oficiais e normas sanitárias. “A partir do momento que teve conhecimento dos fatos, passou a colaborar com as autoridades, como ainda determinou que fosse instaurado procedimento administrativo para proceder à rigorosa apuração do caso”, pontua texto.

O MPPB também deu o prazo de cinco dias para que o prefeito Lídio Carneiro (PTB) preste informações referentes ao levantamento do número de animais nas ruas, com as respectivas zoonoses e laudos veterinários, comprovando as doenças, e que detalhe como se procedeu a matança dos animais.

Após o presidente Michel Temer (PMDB) definir o motim ocorrido no Complexo Penitenciário de Manaus como um “acidente pavoroso”, nesta quarta-feira (11), ele voltou a falar sobre o massacre, desta vez, dizendo que foi uma “pavorosa matança”. A declaração aconteceu durante reunião com ministros, no Palácio do Planalto. 

No encontro, Temer afirmou que as facções criminosas espalhadas pelo Brasil têm códigos e regras próprias. “A União também passou a interessar-se muito mais sobre essa matéria porque essas organizações criminosas como o PCC e a Família do Norte constituem-se quase numa regra jurídica, numa regra de direito fora do Estado. Veja que eles têm até preceitos próprios. E, para surpresa nossa, até quando fazem aquela pavorosa matança, o fazem baseado em códigos próprios. Então essa é uma questão que ultrapassa os limites da segurança para preocupar a nação como um todo", contou. 

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Ele afirmou que as condições apresentadas pelos presidiários são “desumanas”. Também disse que há presídios que cabem 600 pessoas e possuem mais de 1,6 mil.   

Em Manaus, cerca de 60 presos foram mortos durante rebeliões. Em Roraima, mais de 30 presidiários também perderam suas vidas. Quando ocorreu o primeiro episódio, Temer não se pronunciou de imediato. Ele só falou, quatro dias após, citando o termo “acidente pavoroso”. Na ocasião, o presidente destacou que sua solidariedade era governamental. 

A declaração foi considerada infeliz por muitos. Michel Temer chegou a utilizar o Twitter para se defender dizendo que a palavra “acidente” era sinônimo de tragédia, perda e fatalidade. 

 

 

 

A matança de elefantes na África causa grande impacto econômico nos países do continente, reduzindo as receitas com o turismo em US$ 25 milhões por ano. A conclusão é de um novo estudo internacional publicado nesta terça-feira, 1º, na revista científica Nature Communications.

De acordo com o estudo, as populações de elefantes da África foram dizimadas nos últimos anos, sofrendo uma redução de 30% entre 2007 e 2014. Outras pesquisas apontam que, nesse cenário, as espécies africanas de elefantes se encaminham para a extinção.

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Segundo os autores do novo estudo, eliminar a caça ilegal de elefantes tem um custo alto, mas, com o fim da matança, os ganhos econômicos com o ecoturismo poderiam compensar esses investimentos, convertendo a proteção dos animais em uma estratégia economicamente viável.

No novo estudo, a equipe de cientistas liderada por Robin Naidoo, pesquisador da organização WWF Estados Unidos e da Universidade British Columbia (Canadá), usou modelos computacionais para demonstrar, em escala continental, os efeitos colaterais econômicos da caça ilegal de elefantes.

O modelo estimou a quantidade de receita turística gerada por cada elefante existente em 216 áreas protegidas espalhadas pela África. Os cientistas descobriram que os turistas tendem a visitar áreas protegidas quando os parques têm grande número de elefantes africanos. A conclusão foi que, nos parques africanos, cada elefante a mais aumenta o número de visitas turísticas em 371%.

A perda de receita relacionada ao declínio do turismo nas áreas protegidas onde houve redução do número de elefantes foi estimada em US$ 25 milhões por ano. Segundo os autores do estudo, esse valor é substancialmente maior que os custos médios - calculados por outros cientistas - de implementação de iniciativas contra a caça ilegal.

Houve diferenças, no entanto, no cálculo para as diversas regiões da África. Os benefícios do turismo relacionado aos elefantes só ultrapassam os custos das medidas contra a caça ilegal nas regiões de savanas do leste e do sul do continente. Nas florestas da África central, onde é mais difícil observar os elefantes, a renda com o turismo está menos ligada à abundância dos paquidermes.

Escalas de valores

Enquanto a proteção dos elefantes poderia gerar uma receita suplementar de US$ 25 milhões por ano com o turismo, a matança desenfreada dos animais rende US$ 597 milhões anuais à indústria ilegal do marfim.

Ainda assim, os autores do estudo afirmam que a conservação dos elefantes - e o consequente aprimoramento do ecoturismo - ainda é uma alternativa economicamente viável, que só traria prejuízo aos caçadores ilegais e que traria renda e outros benefícios às comunidades locais.

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Quem consome carne vermelha talvez nunca tenha se questionado como o produto chega às prateleiras dos mercados ou açougues. Inclusive, muitos consumidores desconhecem a origem do animal, o processo de abate e quem trabalha com a matança do gado. Em Pernambuco, as carnes comercializadas são oriundas de grandes empresas da Região Sul do Brasil, como do Estado do Tocantins, além de matadouros locais vinculados ao Governo do Estadual ou Municipal e estabelecimentos particulares.

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Para mostrar o processo de abate desses animais, a equipe de reportagem do Portal LeiaJá visitou um dos matadouros privados do Estado, o Frigorífico Bandeira, localizado na cidade de Paulista, Região Metropolitana. O trabalho é composto por vários profissionais, entre eles, fazendeiros, marchantes, vaqueiros, veterinários e os magarefes, que trabalham para a carne chegar ao cliente final, o consumidor.

O processo de matança inicia em um corredor, com pouco mais de 20 metros de comprimento e largura de aproximadamente quatro metros. É nesse local que os animais são mantidos antes da matança. O local se torna estreito para os movimentos ariscos e ágeis dos bichos, que parecem perceber que serão abatidos. Após seguir pelo corredor, o boi é conduzido para a caixa, local onde recebe um tiro de pistola, que lança um ferro e transpassa o cérebro do quadrúpede.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o veterinário Silvio Ricardo Lins compara a atuação dos magarefes a de um médico e explica como é feito o tiro no cérebro no animal. Confira o áudio abaixo: 

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É em um cenário rústico que os funcionários trabalham atentos. Entre as roupas e botas brancas, o sangue dos animais se espalha no chão e nas paredes do ambiente. Os animais também passam pela serragem, onde são separadas as partes dos corpos dos bichos que serão comercializadas.

No vídeo a seguir, veja como é o trabalho dos magarefes. São homens e mulheres de várias idades, em sua maioria que residem próximo ao matadouro, que afirmam estar acostumados com o trabalho. Assista a entrevista abaixo:

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Apresentando um semblate cansado, por causa da rotina de trabalho, o veterinário que cuida da inspeção do frigorífico, Silvio Lins (foto à esquerda), desabafa. “Sou formado há 36 anos e sempre atuei nessa área. Se pudesse voltar atrás, fazia muitas coisas diferentes”, disse. Quando questionado sobre a atuação no matadouro ele revela: “Mesmo acostumado com o trabalho, a atividade da matança não é fácil”, falou. "São usados de 800 a 1200 mil litros de água por cabeça. Uma quantidade grande, mas necessária para uma boa higienização do local e dos animais", completou.   

Quem administra o Frigorífico Bandeira é a ex professora de educação física e matemática, Maria do Socorro Torres (foto à direita), que abandonou a docência para atuar no abate de animais. Ela revelou porque mudou de profissão. “As circunstâncias me fizeram entra nesse ramo. Inclusive já precisei abater muitos animais, mas administro com dedicação do negócio e digo com convicção que o mais difícil é saber administrar”, afirmou.

De acordo com a gestora, a Prefeitura de Paulista arrendou o local há mais de dez anos e em relação à origem dos animais ela explicou que “o gado é fornecido por fazendeiros de vários estados, como Tocantins, Marahão, Bahia e Minas Gerais”. Segundo Maria, a empresa cobra o valor de R$ 45 reais para abater um animal. Já em relação às partes dos bois que são aproveitadas, ela explanou que "os donos dos bois ficam com a carne e a pele e a empresa fica com o subproduto do boi, como cabeça, rabo, chifre e a cabeça é quebrada”.

Liderando 160 colaboradores e faturando 180 mil reias por mês, Maria do Socorro afirma que o trabalhadores recebem remuneração condizente com o mercado e que todos trabalham com grau de insalubridade. "O frigorífico atua de forma regular, inclusive possui todas as licenças para funcionar", apontou. A gestora diz também que construiu uma relação de amizade com os colaboradores e que realiza trabalhos sociais. “Promovemos aulas para alfabetização de jovens e adultos, oferecemos atendimento de odontologia e sempre procuramos ajudar os funcionários quando é possível”, concluiu.

 

A escola primária de Sandy Hook, onde, no ano passado, ocorreu a matança de 20 crianças e 6 adultos, começou a ser demolida, informou a prefeitura de Newtown (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos).

Em 14 dezembro de 2012, Adam Lanza, de 20 anos, matou a mãe em casa e depois se dirigiu fortemente armado para a escola de Sandy Hook, onde abriu fogo matando 20 crianças e seis adultos antes de se suicidar.

A tragédia comoveu os Estados Unidos e reabriu o debate sobre o posso de armas no país.

Para a pequena comunidade de Newtown, o trauma foi ainda maior e por isso a prefeitura optou por demolir o colégio e construir outro no mesmo lugar.

Um suposto atirador de 20 anos, Adam Lanza, invadiu uma escola primária na manhã desta sexta-feira na pequena cidade de Newtown, no Estado de Connecticut (região da Nova Inglaterra, EUA), e matou pelo menos 27 pessoas, das quais 18 eram crianças pequenas. Foi a pior matança ocorrida em uma escola nos Estados Unidos, superando em número de vítimas a chacina de Columbine, que aconteceu em 1999. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que as matanças estão se repetindo nas escolas norte-americanas e que são necessárias ações para evitar que massacres ocorram no futuro. A polícia de Connecticut, inicialmente, informou que o nome do atirador era Ryan Lanza. Mas Ryan, de 24 anos, é o irmão do suposto atirador, agora identificado como Adam. Ryan Lanza está sendo interrogado pela polícia.

"Nossos corações estão despedaçados hoje", disse Obama, visivelmente emocionado. Obama disse que as matanças estão se repetindo nas escolas norte-americanas e que são necessárias ações para evitar que massacres ocorram no futuro. "Como país, estamos vendo esses eventos trágicos se repetirem cada vez mais. Seja em uma escola primária em Newtown, em um shopping center no Oregon, em um templo no Wisconsin, ou em um cinema em Aurora - esses lugares são bairros da América, e essas crianças são nossas. Precisamos nos juntar e tomar ações significativas para evitar outras tragédias como essa", disse Obama. "Espero que Deus abençoe a memória das vítimas e, nas palavras da Escritura, cure as feridas", disse Obama.

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Pouco antes do discurso, Obama decretou luto nacional e ordenou que as bandeiras norte-americanas permaneçam hasteadas a meio mastro até a próxima terça-feira.

Um policial de Newtown disse que o irmão mais velho de Adam Lanza, Ryan, de 24 anos, está sendo interrogado. O policial disse que a mãe dos dois, Nancy Lanza, trabalhava como professora na escola. Ele também disse que a namorada de Adam Lanza e outro amigo estão desaparecidos no Estado de Nova Jersey. Não está claro se os dois teriam alguma conexão com a matança ou se foram vítimas de Adam. Segundo um policial, que falou sob anonimato, Nancy Lanza aparentemente foi morta pelo filho. Já Adam Lanza teria se suicidado após chacinar as crianças, a mãe e as professoras.

A polícia estadual de Connecticut disse que apenas estudantes, professores e funcionários da escola primária Sandy Hook foram chacinados, mas não quis dizer quantas pessoas, no total, foram mortas e feridas. No massacre de Columbine, em 1999, 15 pessoas foram mortas em uma escola, por dois atiradores. Na matança da universidade Virginia Tech, em 2007, foram mortas 32 pessoas.

Mas dessa vez, em Newtown, a maioria das vítimas eram crianças pequenas, com idades entre 5 e 10 anos. Pais angustiados ficaram aglomerados na frente da escola, enquanto esperavam em agonia para ter notícias sobre os filhos. Aparentemente, Lanza usou duas armas para realizar a matança: uma pistola automática e um rifle de assalto de calibre 223, uma arma de combate normalmente usada por soldados.

Robert Licata disse que seu filho de seis anos estava na sala de aula quando Adam Lanza entrou atirando e matou a professora. "Foi quando meu filho pegou as mãos de alguns coleguinhas e levou eles para fora da sala", ele disse. "Ele foi muito corajoso. Ele esperou que seus colegas saíssem", disse. Licata disse que Adam Lanza matou a professora, não disse nenhuma palavra e depois saiu da sala.

Uma fonte disse que o atirador tinha duas armas automáticas. A matança na escola elementar Sandy Hook em Newtown, uma pequena cidade no interior de Connecticut, 96 quilômetros ao nordeste de Nova York, pode ter sido a pior já desfechada em uma escola norte-americana. No massacre de Columbine, em 20 de abril de 1999, foram mortas 15 pessoas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Promotores do Estado do Colorado acusaram nesta segunda-feira o ex-estudante James Holmes de 24 homicídios e 116 tentativas de assassinato, em uma das piores matanças na história moderna dos Estados Unidos. O jovem atirou contra a plateia de um cinema em Aurora, no Colorado, em 20 de julho, durante a estreia do filme "Batman: o Cavaleiro das Trevas Ressurge". Doze pessoas foram mortas e 58 ficaram feridas. A natureza exatas das acusações não é conhecida. Além das pessoas mortas e feridas no cinema, a polícia mais tarde encontrou o apartamento de Holmes minado. Entre as acusações, está uma de posse de explosivos. No total, Holmes recebeu hoje 142 acusações.

Holmes, um ex-estudante de neurociência de 24 anos, não deve entrar com pedido de apelação durante esta segunda audiência no tribunal. Ele permaneceu quieto e parecia confuso na semana passada, durante a primeira audiência. Nesta segunda-feira, a imprensa não obteve permissão para filmar a audiência. A promotoria não disse se pedirá a pena de morte para Holmes. O Colorado aplica a pena de morte.

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Os promotores também discutem uma petição da defesa para descobrir quem vazou informações para a mídia sobre a correspondência que supostamente Holmes enviara para seu psiquiatra da Universidade do Colorado em Denver.

Autoridades apreenderam a correspondência no dia 23 de julho, três dias após os disparos, depois de o envelope ser descoberto na sala de correspondência do câmpus onde Holmes estudava. Vários órgãos de comunicação informaram que no interior do envelope havia um caderno com descrições de um ataque, mas Carol Chambers, procuradora do condado de Arapahoe, disse, em documentação apresentada no tribunal, que o envelope não havia sido aberto quando as informações "imprecisas" foram divulgadas.

Holmes teria começado a armazenar equipamentos para o ataque quatro meses atrás. Autoridades disseram que ele comprou as armas em maio e junho, antes do ataque realizado durante uma sessão do mais novo filme do Batman. Ele foi detido pela polícia do lado de fora do cinema.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O norueguês Anders Behring Breivik, de 33 anos, foi indiciado nesta quarta-feira por terrorismo e por ter assassinado 77 pessoas em um ataque a bomba e em outro a tiros, mais de sete meses após ter conduzido a pior matança na Noruega em tempos de paz. A promotoria, contudo, admitiu que Breivik não irá para a prisão - o extremista de direita foi considerado psicótico por uma junta de psiquiatras e a promotoria pediu que ele seja internado, a não ser que novas informações surjam sobre ele quando começar o julgamento a partir de abril.

Em ambos os casos, quer seja condenado à prisão ou a uma internação compulsória em um hospital psiquiátrico, Breivik poderá passar o resto da sua vida em cativeiro, disse a promotora Inga Bejer Engh. "A despeito da sentença, nós prometemos que faremos o que pudermos para mantê-lo afastado da sociedade, pelo máximo de tempo que o sistema judicial permitir", ela disse.

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As acusações de terrorismo na noruega comportam uma sentença máxima de 21 anos de prisão, mas as sentenças podem ser prolongadas indefinidamente no caso de acusados que representem um risco constante à sociedade. Breivik confessou ser o autor dos ataques de 22 de julho do ano passado, mas nega ser criminalmente responsável pelos atos, ao retratar suas vítimas como "traidores" por terem apoiado as políticas de imigração, as quais ele afirma significarão a islamização futura da Noruega. Ele confessou ter matado oito pessoas a bomba, em um prédio do governo em Oslo, e depois ter massacrado 69 pessoas, a maioria jovens do Partido Trabalhista, na ilha de Utoya, perto da capital norueguesa.

O indiciamento de Breivik, nesta quarta-feira, listou os nomes dos oito mortos a bomba em Oslo e também das 69 vítimas mortas a tiros em Utoya, onde os jovens participavam de um acampamento de verão. A promotora Inga disse que 34 das vítimas de Breivik em Utoya tinham entre 14 e 17 anos, 22 tinham entre 18 e 20 anos, seis tinham entre 21 e 25 anos e apenas sete tinham mais de 25 anos. Ela disse que 67 das vítimas em Utoya foram mortas a tiros, enquanto duas morreram afogadas. O indiciamento também listou os nomes de outras 33 pessoas feridas levemente por Breivik a tiros e também de outras nove feridas com gravidade.

O porta-voz da polícia de Oslo, Tore Jo Nielsen, disse à emissora de televisão NRK que Breivik estava "totalmente calmo" quando escutou as acusações.

Uma segunda avaliação psiquiátrica de Breivik está em curso, após a primeira ter concluído que ele é um esquizofrênico paranoico. A avaliação inicial foi amplamente criticada na Noruega. Alguns especialistas questionaram se uma pessoa que sofre de uma doença mental grave seria capaz de conduzir uma matança ampla e que exigiu uma preparação meticulosa.

O próprio Breivik ficou indignado com o diagnóstico e seu advogado de defesa, Geir Lippestad, disse ao canal TV2 da Noruega que seu cliente estava "desapontado" de que o diagnóstico dos psiquiatras tenha sido incluído no indiciamento. Além de indignado, Breivik rechaçou o sistema judiciário da Noruega, ao dizer que ele é uma ferramenta das "elites esquerdistas" que ele afirma terem traído o país escandinavo.

As informações são da Associated Press.

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