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Foi preso preventivamente, nessa quinta-feira (14), o homem acusado de tentar matar a ex-namorada e os pais dela, durante uma invasão domiciliar no último dia 15 de novembro, em Candeias, Jaboatão dos Guararapes. Bruno de Andrade Lima, de 31 anos, não aceitava o fim do relacionamento. Ele fugiu após os crimes e foi encontrado pela Polícia Civil em um condomínio de luxo em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, um mês após o ocorrido. 

O mandado de prisão foi expedido pela 2ª Vara do Júri da Comarca de Jaboatão em 20 de novembro, cinco dias após o crime. No entanto, Bruno fugiu da cidade e não tinha sido localizado desde então. A polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão no endereço de Bruno no Recife; no local, foram encontradas munições para arma de fogo. 

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De acordo com as investigações, o crime aconteceu por volta das 3h do dia 15, na casa dos ex-sogros do preso, na Rua Aniceto Varejão, no bairro de Candeias. Bruno de Andrade Lima teria quebrado a portaria do prédio e invadido o apartamento, no terceiro andar. Ele já chegou ao local golpeando as vítimas, a começar pelo pai. A mãe, para defender a filha, acabou entrando em uma disputa corporal com o agressor e também foi ferida. 

A família toda foi socorrida, mas apenas mãe e filha precisaram de atendimento hospitalar, e atualmente passam bem. A ex-companheira do agressor foi identificada como Karol Kerlys, de 29 anos, e chegou a se pronunciar sobre o caso nas redes sociais. À época, os vídeos da família ferida, após ser golpeada pelo acusado, viralizaram no WhatsApp e chocaram a população. O caso é investigado pela Polícia Civil como tentativa de homicídio por violência doméstica e tentativa de feminicídio. 

 

A Polícia Civil indiciou nesta quinta-feira, 26, o pai do adolescente de 16 anos que, na última segunda, 23, promoveu um ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo. A adolescente Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, morreu e outros três alunos ficaram feridos. Na manhã do atentado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse à imprensa que a arma usada no crime pertencia ao pai do jovem.

O homem, que não teve a identidade revelada, foi indiciado pelos artigos 12 e 13 do Estatuto do Desarmamento, que correspondem aos crimes de posse irregular de arma de uso permitido (pena de detenção de um a três anos e multa) e omissão de cautela (detenção de um a dois anos e multa), quando o responsável deixa de prestar os cuidados necessários para que o menor de idade não tenha acesso a arma de fogo.

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O caso segue sendo investigado pelo 69° Distrito Policial (Teotônio Vilela), segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Em nota, a pasta informou que "o procedimento será encaminhado à Justiça para análise", e que "demais diligências prosseguem para conclusão do inquérito policial".

A polícia trabalha com a hipótese de que o autor do ataque, um adolescente de 16 anos e que era aluno da escola, não tenha agido sozinho. Segundo fontes policiais ouvidas pelo Estadão, o jovem integrava grupos em plataformas digitais e interagia frequentemente com outras pessoas, que também podem ser implicadas nas investigações do atentado.

O celular do adolescente foi apreendido para averiguação. A Polícia Civil também solicitou apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que possui um laboratório especializado em crimes cibernéticos, para entender melhor como se davam as interações nas plataformas digitais.

O ataque a escola aconteceu no começo da manhã da última segunda. Giovanna teria sido atingida na escada da unidade, e morreu após ser socorrida. Outras duas jovens, de 16 anos, também foram atingidas e levadas para o pronto-socorro do Hospital Estadual de Sapopemba. O terceiro estudantes ferido machucou a mão ao tentar quebrar uma janela na tentativa de escapar do ataque.

O adolescente que efetuou os disparos foi detido. A reportagem não conseguiu localizar o pai dele para comentar sobre o indiciamento e as acusações.

NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar detalhes sobre o autor do ataque. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um "troféu" dentro dessas redes.

 

 O governo do Paraná informou nesta quarta-feira (21) que o autor do ataque a um colégio em Cambé, onde dois adolescentes de 16 e 17 anos foram assassinados, foi encontrado morto em uma cela.

O assassino foi achado sem vida por volta da meia-noite, em uma cela da Casa de Custódia de Londrina, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública paranaense e da Coordenação do Departamento Penitenciário de Londrina.

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As causas da morte do atirador de 21 anos estão sendo investigadas.

O assassino estava na mesma cela que um homem suspeito de ter participado do planejamento e da compra do armamento usado no ataque ao Colégio Estadual Helena Kolody. 

Da Ansa

Neste 13 de maio de 2023 é celebrado o 118º aniversário de fundação do Sport Club do Recife, e um dos momentos das comemorações deste sábado, a cena do autor do hino do clube, Eunitônio Pereira, chorando ao escutar sua canção, ganhou as redes sociais. 

Eunitônio contou em 2020 para a TV Sport que compôs parte da música em 1975 e que em 1998 completou aquele que viria a ser oficialmente o hino do Sport. 

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E foi ouvindo a sua própria canção durante as celebrações do aniversário do clube neste sábado na Ilha do Retiro que a cena do choro de Eunitônio ganhou as redes sociais.

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O criador de The Witcher, Andrzej Sapkowski, praticamente confirmou que o universo de Geralt de Rivia será expandido. O autor planeja escrever novas aventuras dentro da franquia do bruxão.

Não há muitos detalhes, mas Sapkowski disse que novas histórias de The Witcher “estão nos planos”. A fala foi feita na Taipei International Book Exhibition (via Redanian Intelligence).

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A saga de Geralt, Yennefer e Ciri foi concluída no sétimo livro da franquia, chamado A Senhora do Lago. Além disso, vale lembrar que o autor já mencionou que, se escrevesse outras jornadas de The Witcher, não seriam sequências lineares.

“A história está completa, a saga foi concluída, então se por acaso eu escrever algo no universo de The Witcher, e com certeza tenho essa intenção, provavelmente seria algo como uma prequel ou história paralela. Não uma sequência.”

Os primeiros sete livros de The Witcher foram publicados originalmente entre 1992 e 1999. A Espada do Destino (1992) e O Último Desejo (1993) aglutinam contos sobre Geralt e o universo criado, enquanto os outros se tornam uma história única.

Os jogos de The Witcher se passam alguns anos após os livros, mas não são considerados canônicos para Andrzej Sapkowski. E, claro, a adaptação da obra disponível na Netflix está chegando em sua terceira temporada. 

O autor do tiroteio que matou 17 pessoas em 2018 em uma escola do Ensino Médio foi formalmente condenado à prisão perpétua em um tribunal da Flórida, onde também foi duramente confrontado verbalmente por parentes das vítimas.

Nikolas Cruz, de 24 anos, evitou a pena de morte no mês passado quando um júri não concordou por unanimidade que ele merecia esta punição pelo massacre na escola Marjory Stoneman Douglas de Parkland.

Parentes e amigos das vítimas choraram e se abraçaram no momento em que juíza Elizabeth Scherer, do distrito Broward, leu as 17 sentenças por homicídio em primeiro grau, acrescentando após mencionar o nome de cada vítima que "o tribunal impõe a prisão perpétua obrigatória sem possibilidade de liberdade condicional".

A tentativa frustrada de impor a pena de morte provocou indignação entre as famílias das vítimas no mês passado.

Após a audiência de dois dias que terminou com o anúncio da sentença na quarta-feira, vários pais e amigos das vítimas fatais expressaram sua dor e revolta quando falaram diretamente a Cruz.

"Meu desejo para você é que a dor do que você fez à minha família o consuma e traumatize todos os dias", afirmou Lori Alhadeff, cuja filha Alyssa, de 14 anos, foi assassinada no massacre, segundo comentários registrados pela 'National Public Radio' (NPR).

Cruz se declarou culpado em outubro de 2021. Nos três meses seguintes à fase de provas do julgamento, no início deste ano, o júri viu imagens do ataque em que Cruz usou um fuzil semiautomático AR-15 e ouviu depoimentos desoladores dos sobreviventes.

Durante o julgamento, parentes e sobreviventes não foram autorizados a falar diretamente a Cruz. Mas na terça-feira e quarta-feira eles o observaram e o chamaram de monstro ou "assassino bastardo" que merece "queimar no inferno", de acordo com a NPR.

Em meio à revolta, de uma área a seis metros de distância do condenado, alguns também criticaram o sistema judiciário penal por poupar a vida de Cruz.

"A ideia de que você, um assassino a sangue frio, possa de fato viver cada dia, comer sua refeições e deitar a cabeça à noite parece completamente injusta", disse a professora Stacey Lippel, que foi ferida no tiroteio, segundo a CBS News.

"A única coisa que me conforta é que sua vida na prisão será repleta de terror e medo".

Em 14 de fevereiro de 2018, Cruz, então com 19 anos, entrou com um fuzil semiautomático na escola, da qual havia sido expulso um ano antes por motivos disciplinares.

Em nove minutos, ele matou 17 pessoas e feriu outras 17.

Cruz fugiu do local no meio das pessoas que corriam desesperadas, mas foi detido pela polícia alguns minutos depois, quando caminhava pela rua.

O massacre de Parkland provocou uma grande comoção nos Estados Unidos e a retomada do debate sobre o controle de armas: Cruz conseguiu comprar legalmente a arma que usou no ataque, apesar de seus problemas de saúde mental.

Um júri americano se negou, nesta quinta-feira (13), a pedir a pena de morte para Nikolas Cruz, que matou 17 pessoas em sua ex-escola de ensino médio na Flórida, e optou pela prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

Depois de deliberar durante todo quarta-feira e, brevemente, nesta quinta, os jurados decidiram que Cruz, de 24 anos, deveria receber prisão perpétua pelos assassinatos de 14 estudantes e três funcionários da escola Marjory Stoneman Douglas de Parkland, na Flórida, em fevereiro de 2018.

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A solicitação de pena de morte precisa ser unânime e pelo menos um ou mais dos 12 jurados considerou que não se justificava devido a circunstâncias atenuantes.

Durante a leitura do veredicto, Cruz olhou fixamente para a mesa de defesa enquanto vários parentes das vítimas no setor público balançavam a cabeça incrédulos.

Cruz se declarou culpado em 2021 pelos assassinatos ocorridos no Dia de São Valentim há quatro anos e os promotores argumentaram durante um julgamento de três meses que a sentença adequada era a pena de morte.

Melisa McNeill, advogada de Cruz, pediu compaixão ao júri. Segundo ela, Cruz era um jovem problemático nascido com transtorno de estresse alcoólico fetal de uma mãe que lutava contra a falta de moradia, o alcoolismo e o vício em drogas, antes de colocá-lo para adoção.

A Polícia Federal decidiu indiciar o homem que expôs o filho menor de idade do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) em uma publicação no Facebook. Depois de ouvir o autor da postagem, os investigadores concluíram que ele cometeu crime de injúria, qualificada por se dirigir a funcionário público, em razão de suas funções, e na internet.

O homem fotografou o parlamentar ao lado do filho, de 7 anos, em uma praia em Vila Velha, no Espírito Santo. A imagem foi compartilhada na rede social com ataques ao senador, chamado de "infeliz" e "sem vergonha" e acusado de usar o "filho adotivo para fazer marketing".

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O próprio Contarato procurou a PF na semana passada para registrar o boletim de ocorrência.

Na ocasião, o senador disse a que a publicação é "preconceituosa" e direcionou "inadmissível ódio" ao filho.

Ao prestar depoimento, o autor da publicação, identificado como Giovani Loureiro, se disse arrependido e reconheceu que foi "infeliz" ao atacar Contarato.

Também afirmou que a intenção era criticar a atuação política, e não o filho do senador. A publicação foi apagada.

A Justiça aceitou nesta segunda-feira (24) a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Santa Catarina contra Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, que matou três crianças e duas funcionárias de uma creche em Saudades, no oeste do Estado, no início do mês.

Com a decisão do juiz Caio Lemgruber Taborda, da Vara Única de Pinhalzinho, o jovem virou réu em processo sigiloso por cinco homicídios e 14 tentativas de homicídio, todos triplamente qualificados. Ele vai ser julgado por um Tribunal do Júri.

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"Recebo a denúncia ofertada, uma vez que preenchidos os requisitos do art. 41 e ausentes as hipóteses do art. 395 (com redação dada pela Lei n. 11.719/2008), ambos do Código de Processo Penal", escreveu o magistrado.

A partir de agora, a defesa tem dez dias para apresentar argumentos e juntar testemunhas. Depois disso, começa a contar o prazo de cinco dias para que o Ministério Público se manifeste sobre a tese defensiva.

A denúncia lista motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas como agravantes do crime. Os mortos são duas funcionárias da creche Aquarela e três bebês menores de 2 anos. O massacre, executado com um facão, ocorreu no dia 4 de maio e o jovem acabou preso em flagrante já naquela manhã.

Veja quem são as vítimas:

Keli Aniecevski, de 30 anos, era professora na escola e foi a primeira a ser atacada. Foi ela quem tentou evitar que o jovem chegasse às salas onde estavam as crianças;

Mirla Renner, de 20 anos, é a agente educativa que estava com as quatro crianças em uma das salas onde o rapaz entrou e acabou matando as crianças;

Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses;

Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses;

Ana Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses.

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, negou trancar a ação penal contra um engenheiro agrônomo apontado como o autor de dois ataques à sede do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Município de Terra Rica, no Paraná, em 2008. O homem é acusado da 'autoria intelectual' dos delitos de disparo de arma de fogo e tentativas de homicídio.

Segundo os autos do processo, no primeiro ataque, em 1º de junho de 2008, foram disparados vários tiros contra a fachada, as janelas e a porta principal da sede do movimento. No segundo ataque, em 22 de julho do mesmo ano, os executores, mediante emboscada, desferiram vários tiros contra três vítimas. Os homicídios não foram consumados por erro de pontaria.

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As informações foram divulgadas pelo Supremo.

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná havia trancado o processo criminal, mas o Superior Tribunal de Justiça acolheu recurso especial do Ministério Público do Paraná e restabeleceu seu andamento. Ao STF, os advogados alegaram ausência de justa causa para o prosseguimento da ação penal.

Ao analisar o pedido, o ministro Nunes Marques destacou que as duas Turmas do STF fixaram orientação de que é inadmissível a utilização de habeas corpus para discutir pressupostos de admissibilidade de recursos de outros Tribunais.

Quanto à suposta ausência de justa causa para a persecução penal, o ministro apontou que a jurisprudência do STF é no sentido de que o trancamento da ação penal somente é viável, por meio de habeas corpus, em casos excepcionais, quando for evidente a atipicidade da conduta, a extinção da punibilidade ou a ausência de justa causa.

Nesse sentido, Nunes Marques registrou que, na fase processual do recebimento da denúncia, não cabe ao magistrado analisar, com profundidade, se há ou não probabilidade de condenação, mas apenas verificar se existe lastro probatório mínimo que indique a plausibilidade da imputação.

O ministro entendeu que, no caso concreto, para acolher a tese de ausência de indícios mínimos de materialidade e autoria, seria indispensável o reexame do todo conjunto fático-probatório produzido nos autos, medida inviável em habeas corpus.

"Desse modo, não vislumbro demonstrada nestes autos excepcionalidade apta a justificar o trancamento prematuro da ação penal instaurada em desfavor do ora paciente", registrou.

 Morreu, neste sábado (13), o deputado estadual do Mato Grosso Sílvio Fávero (PSL), em decorrência de complicações causadas pela Covid-19. Fávero, que tinha 54 anos e estava internado desde a última quinta-feira (4), criou polêmica ao propor um projeto de lei contra a obrigatoriedade das vacinas para a doença.

O deputado também era favorável ao uso de medicamentos sem eficácia cientificamente comprovada contra a Covid-19 e compartilhava, nas redes sociais, publicações do presidente Jair Bolsonaro criticando medidas de isolamento social. Neste sábado, o quadro de saúde do político se agravou e ele sofreu uma infecção generalizada.

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Por meio de nota, a família lamentou o falecimento. "Deus receba em paz nosso grande guerreiro, que bravamente lutou pela vida e hoje, com muita fé em Deus, segue aos braços do Pai Maior", diz o texto. Fávero deixa a esposa, Katia, os três filhos, Gabriel, Gustavo e João Ricardo.

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Nada define tanto a idiossincrasia de Quino como aquele quadrinho em que Mafalda mostra um globo terrestre ao seu ursinho de pelúcia e o pergunta "Gostou? Porque é um modelo, o original é um desastre".

O ceticismo e a amarga reflexão sobre os infortúnios do mundo afloram nos comentários ásperos, sarcásticos e transgressores da menina rebelde, transformada no outro eu de Joaquín Lavado, conhecido mundialmente como Quino.

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As ideias do cartunista e humorista, como bom artista, foram expressas através de seus quadrinhos e em poucas aparições públicas. Retraído como Felipito - outro de seus lendários personagens companheiros da pequena militante -, Quino desfilou por cenários distintos onde era homenageado por seu trabalho, enquanto parecia não saber o que responder, emocionado, mas um tanto envergonhado. Quino desenhou e escreveu Mafalda de 1964 até 1973, mas a menina permaneceu nas novas gerações e é usada como símbolo pelo movimento feminista.

Filha dos anos 1960 e 1970

Quino justificou o impacto de seu cartum pelo momento histórico em que aparece e se desenvolve, os anos 1960 e 1970, de uma explosão criativa e revolucionária em todas as áreas. "Mafalda saiu bem porque a época em que a criei era boa, embora houvesse conflitos como sempre. O ser humano é quilombero (rebelde) por natureza", explicou.

Terceiro filho de pais republicanos espanhóis de classe média, ele mergulhou no mundo dos desenhos por influência de um tio que trabalhava em um jornal de sua cidade natal Mendoza (oeste), perto da Cordilheira dos Andes.

Seus pais faleceram antes de sua adolescência e um irmão mais velho teve que ajudá-lo a sobreviver. "Sofri muito porque vivia em condições precárias enquanto perambulava por redações de jornais e revistas sem muito sucesso. Dividia um cômodo de pensão com três ou quatro rapazes", lembrou ele.

Sua vida foi iluminada quando finalmente conseguiu publicar em revistas, momento que definiu como "um dos mais felizes" de sua existência. Quino esteve casado por mais de meio século com Alicia Colombo, que morreu em 2017.

Mundo irresponsável

As histórias da menina com nome de princesa italiana estão traduzidas em 26 idiomas e só na Argentina venderam 20 milhões de exemplares. O retrato de Mafalda está pendurado na Galería dos Ídolos Populares da Casa Rosada (governo), junto com lendas como o ex-jogador de futebol Diego Maradona, o cantor de rock Charly García, o ex-tenista Guillermo Vilas, o bailarino clássico Julio Bocca, o automobilista Juan Manuel Fangio e o cantor de tango Carlos Gardel.

A figura que deixava os adultos mudos e paralisados com suas perguntas e comentários ácidos, foi classificada pelo intelectual italiano Umberto Eco como "uma heroína raivosa". Ela "rejeita o mundo como é, reivindicando seu direito de continuar sendo uma menina que não quer se apoderar de um universo adulterado pelos pais", disse Eco.

Não se apodera do horror das guerras, da injustiça e da hipocrisia nas relações sociais. O globo terrestre volta a aparecer em outro quadrinho e Mafalda pendura nele uma placa que diz "Irresponsáveis trabalhando".

O suposto autor do ataque na última sexta-feira (25) em frente à antiga sede da revista Charlie Hebdo em Paris admitiu que seu nome é Zaheer Hassan Mahmoud e que nasceu no Paquistão em 1995, e não em 2002, anunciou nesta terça-feira (29) o procurador nacional de contraterrorismo.

O suspeito do ataque, que deixou dois feridos graves - um homem e uma mulher funcionários da agência de comunicação Premières Lignes -, inicialmente alegou se chamar Hassan Ali e ter nascido em 2002 no Paquistão, identidade sob a qual se beneficiou de ajuda social quando chegou à França em 2018.

Confrontado a um documento paquistanês encontrado em seu telefone, "ele finalmente admitiu que esta era sua verdadeira identidade e que tinha 25 anos", declarou em coletiva de imprensa Jean-François Ricard, que confirmou que o suspeito "era completamente desconhecido para todos os serviços de inteligência".

Este reconhecimento do que parece ser sua verdadeira identidade aconteceu ao final de suas 96 horas de custódia policial, iniciada na sexta-feira ao meio-dia após sua prisão na Place de la Bastille (no sudeste de Paris) e que termina esta tarde.

Zaheer Hassan Mahmoud deve ser apresentado ainda nesta terça-feira a um juiz de instrução com vista ao seu indiciamento por "tentativas de homicídio de caráter terrorista" e "associação terrorista criminosa".

A Procuradoria Nacional de Contraterrorismo solicitou sua prisão preventiva. Além de Zaheer Hassan Mahmoud, 10 pessoas foram presas na investigação. Cinco foram libertadas entre sexta e segunda-feira, e o procurador anunciou nesta terça-feira que as últimos cinco também foram libertadas.

Entre elas, um argelino de 33 anos apresentado como o "segundo suspeito" que foi levado sob custódia na sexta-feira à tarde, mas libertado na mesma noite. Ele demonstrou "grande coragem ao tentar pegar o réu para prendê-lo", observou o procurador.

Ricard confirmou nesta terça que o agressor disse que estava "irritado" depois de assistir "vídeos do Paquistão nos últimos dias" a respeito da recente republicação pela Charlie Hebdo dos cartuns do profeta Maomé.

O procurador também confirmou que o interessado havia premeditado o ato: várias visitas ao local nos dias anteriores ao crime, compra na mesma manhã da arma branca usada no ataque, mas também de um martelo e garrafas de álcool com o plano de atear fogo às antigas instalações do semanário satírico.

Ao observar duas pessoas diante da antiga sede, "ele pensou que trabalhavam para (Charlie Hebdo) e decidiu atacá-las", disse o procurador.

A equipe do Charlie Hebdo, que se mudou para um local secreto há quatro anos, está sob novas ameaças desde que o semanário satírico voltou a publicar caricaturas de Maomé em 2 de setembro, para marcar a abertura do julgamento dos cúmplices dos autores do atentado de 7 de janeiro de 2015, no qual 12 pessoas foram mortas.

Três dias após o ataque com faca perto da antiga sede da revista satírica Charlie Hebdo em Paris, os investigadores tentam descobrir nesta segunda-feira (28) mais sobre a identidade do agressor, que afirma ser um paquistanês de 18 anos.

Este homem, que admitiu ter ferido gravemente dois funcionários da agência Premières Lignes na sexta-feira (25) pensando que eram jornalistas da Charlie Hebdo, se apresentou como Hassan A., de 18 anos, nascido em Mandi Bahauddin, uma cidade agrícola de Punjab, no Paquistão.

Esta identidade corresponde a de um jovem que chegou à França ainda menor, há três anos. Ele esteve sob os cuidados do serviço social na região de Paris até completar 18 anos em agosto e não apresenta "nenhum sinal de radicalização", segundo as autoridades.

Mas, ao analisar o seu celular, os polícias da Direção-Geral de Segurança Nacional, encarregada da investigação pela Procuradoria-Geral Antiterrorista francesa, encontraram uma identidade com outro nome.

De acordo com o documento, Hassan A. na verdade se chamaria Zaheer Hassan Mehmood e teria 25 anos, disseram à AFP fontes próximas à investigação.

Em um vídeo reivindicando o crime, gravado antes do ataque, ele se apresentou com este nome, segundo uma fonte próxima à investigação.

No vídeo de dois minutos, que circulou nas redes sociais neste fim de semana, o homem assumiu a responsabilidade pelo atentado que estava prestes a cometer, sem jurar fidelidade a nenhuma organização.

Ele explicou que não suportou a republicação pela Charlie Hebdo "de caricaturas do profeta Maomé" que a tornaram alvo dos jihadistas em 2015. A publicação satírica as republicou na véspera do início do julgamento do atentado no início de setembro.

"Hoje, sexta-feira, 25 de setembro, vou condená-los", acrescentou o agressor no vídeo, alegando ter como "guia" o líder do Dawat-e-Islami, um grupo religioso apolítico e não violento de inspiração sufi com sede no Paquistão.

- Telefones apreendidos -

As buscas em duas supostas casas deste homem, em um hotel-abrigo em Cergy-Pontoise e em um apartamento em Pantin, perto de Paris, levaram à apreensão de equipamentos, inclusive telefones celulares, cuja análise poderia permitir um melhor entendimento de seu passado, antes de sua chegada à França em 2018.

A custódia policial do agressor, que fala mal o idioma francês e é auxiliado por um intérprete de urdu, foi prolongada por 48 horas no domingo, segundo uma fonte judicial à AFP.

Outras cinco pessoas permanecem sob custódia policial nesta segunda-feira: três ex-colegas de quarto do principal suspeito em seu apartamento em Pantin, seu irmão mais novo e um conhecido.

Os investigadores procuram compreender o "ambiente" em que o agressor vivia. Segundo uma fonte próxima ao caso, "tudo indica que ele agiu sozinho".

Cinco outras pessoas já foram libertadas, incluindo Yussef, um argelino de 33 anos inicialmente considerado suspeito, e que foi liberado na sexta-feira depois que foi comprovado que ele havia na verdade tentado prender o agressor.

"Eu queria ser um herói, acabei atrás das grades", afirmou à imprensa.

Um tribunal turco condenou nesta segunda-feira a 40 penas de prisão perpétua o uzbeque considerado culpado do atentado de ano-novo ocorrido em 2017 numa casa noturna de Istambul, em que morreram 39 pessoas, anunciou a imprensa local.

Abdulkadir Masharipov, cujo julgamento começou no fim de 2017, foi condenado a uma pena referente a cada uma das 39 vítimas, e outra pelo conjunto do massacre, cuja autoria foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico (EI), segundo a agência estatal Anadolu.

O atentado ocorreu na boate de luxo Reina, localizada no Bósforo, e também deixou cerca de 80 feridos. Masharipov, preso duas semanas após o ataque, confessou a autoria do mesmo, mas, durante audiência em fevereiro de 2019, voltou atrás e afirmou que não era "o indivíduo com um kalashnikov nas mãos" visto no estabelecimento.

O atentado na Reina foi o primeiro ocorrido na Turquia reivindicado pelo EI, embora Ancara tenha imputado ao grupo outros ataques.

A boate Reina foi parcialmente demolida em maio de 2017, por ordem da prefeitura de Istambul, por desrespeitar as leis de urbanismo. Desde então, não voltou a funcionar.

O autor dos ataques a mesquitas de Christchurch, Brenton Tarrant, foi condenado nesta quinta-feira (27) a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional pelo assassinato de 51 muçulmanos em 2019, na Nova Zelândia.

A primeira-ministra do país, Jacinda Ardern, comemorou a sentença e desejou que o assassino tenha uma vida de "silêncio total e absoluto".

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O juiz Cameron Mander afirmou que, por trás da ideologia "deturpada" de Tarrant, esconde-se um "ódio profundo" que o levou a atacar homens, mulheres e crianças indefesas.

"Corresponde ao tribunal dar uma resposta de rejeição categórica diante de uma maldade tão abjeta", declarou o magistrado ao pronunciar a sentença sem precedentes na história judicial da Nova Zelândia.

O juiz, que lembrou do alto preço pago pela comunidade muçulmana neozelandesa, afirmou que Tarrant fracassou na tentativa de promover a ideologia de extrema-direita.

"Foi brutal e cruel. Suas ações foram desumanas", classificou.

Em 15 de março de 2019, o supremacista branco australiano Brenton Tarrant matou a sangue frio 51 fiéis em duas mesquitas de Christchurch, cidade do sul da Nova Zelândia, durante as orações de sexta-feira, e transmitiu ao vivo o massacre pela internet, provocando uma onda de indignação no mundo.

Tarrant foi declarado culpado por 51 assassinatos, 40 tentativas de assassinato e por um ato terrorista, depois de se declarar culpado em março.

O procurador Mark Zarifeh disse que a matança "não tem precedentes na história criminal da Nova Zelândia" e que foi motivada por uma ideologia racista e xenófoba enraizada".

Para Zarifeh, a prisão perpétua era "a única condenação apropriada".

O autor do vídeo sobre suposto desabastecimento na Ceasa em Contagem, Minas Gerais, prestou depoimento à Polícia Civil nessa quarta-feira (15) e afirmou não ter ligações com partidos políticos. Ele disse que agiu sozinho na produção e divulgação das imagens.

A gravação em que ele diz que há desabastecimento por causa do isolamento social foi divulgada pelo autor no Facebook no dia 31 de março e republicado no Twitter do dia 1 de abril pelo presidente Jair Bolsonaro - que apagou a publicação e pediu desculpas após a administração da Ceasa negar desabastecimento.

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O inquérito deverá ser encerrado até a próxima sexta-feira e o autor, que teve nome preservado, pode ser enquadrado por alarme falso, contravenção com pena prevista de quinze dias a seis meses de prisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Civil de Minas Gerais identificou nesta quinta-feira, 2, o autor do vídeo feito na Ceasa, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com informações falsas sobre desabastecimento de alimentos por causa da pandemia do novo coronavírus. A gravação exalta o presidente da República, Jair Bolsonaro, pela tentativa de fazer com que a atividade econômica seja retomada.

Segundo informações da Polícia Civil, o autor do vídeo é trabalhador autônomo e tem 48 anos. O nome do suspeito não foi revelado. A corporação informou que ainda não há data para que seja ouvido, mas que o prazo para apresentação se encerra na segunda-feira, 6. O autor do vídeo poderá ser indiciado por alarme falso ou anunciar perigo inexistente, uma contravenção. A pena prevista é de prisão de quinze dias a seis meses.

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O vídeo chegou a ser replicado por Bolsonaro em suas redes sociais. O material foi apagado, e o presidente pediu desculpas por ter divulgado a gravação. A Ceasa vem funcionando normalmente.

O vídeo, segundo as investigações, foi gravado no chamado Mercado Livre do Produtor (MLP), um local na Ceasa conhecido como Pedra, em que os produtores negociam seus produtos. A gravação foi feita no dia 31 em momento ainda de movimento, mas, segundo a polícia, o autor buscou uma tomada de modo a tentar induzir que não havia qualquer fluxo de comércio naquele momento. As investigações levantaram vídeos e fotos do momento em que a gravação foi feita. A movimentação no local, segundo a Polícia, começa por volta das 2h30 e segue até o final da manhã.

"Dada a gravidade do fato, o caso foi tratado por nós com absoluta prioridade, com a repercussão em âmbito nacional das imagens. Tivemos a oportunidade de identificar a pessoa que aparece no vídeo, responsável pela edição, criação do vídeo", afirmou o delegado Saulo Castro, de Contagem.

As apurações ainda não apontaram possíveis ligações do autor com partidos políticos, segundo a polícia. "Qualquer intuito maior, se provocar aumento de preços, ou trazer instabilidade política, tudo isso será apurado e apresentado ao final das investigações", disse o delegado Rodrigo Bustamante, que também participa do inquérito.

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A Polícia Civil (PC) prendeu dois irmãos responsáveis por uma série de assaltos a ônibus na região do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. A maioria das vítimas os reconheceu e ressaltou a agressividade da dupla. As informações foram repassadas pela Polícia Civil (PC), nesta terça-feira (3).

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O principal suspeito, Cláudio Campelo da Silva Filho foi reconhecido por seis vítimas em assaltos realizados entre 2018 e 2019. "Cláudio tinha preferência de fazer os assaltos no final da tarde e durante a noite. Ele entrava no ônibus, sentava nas ultimas poltronas e saía subtraindo os bens dos passageiros até pegar a renda do coletivo”, afirmou a delegada Natasha Dolci.

O irmão, identificado como Aldemir de Lima Alves Júnior, é apontado como coautor dos crimes e foi reconhecido por três delitos. Além da dupla, Alexsandro José da Silva também foi apontado como participante dos crimes. Entretanto, ele já estava preso por homicídio desde abril deste ano.

A polícia japonesa revistou nesta quarta (29) a casa do homem que na terça-feira matou a facadas duas pessoas na rua, incluindo uma menina de 11 anos, e depois se suicidou. A polícia desconhece os motivos do assassino, identificado como Ryuichi Iwasaki, de 51 anos de idade.

Os agentes revistaram a residência de Iwasaki em Kawasaki, uma cidade nos arredores de Tóquio, onde o crime ocorreu, segundo imagens transmitidas pela televisão pública NHK.

Por volta das 8h de terça-feira, Ryuichi Iwasaki atacou uma fila de crianças à espera do ônibus escolar, matando uma menina de 11 anos e um diplomata de 39 anos, pai de uma aluna.

Outras 17 pessoas, a maioria crianças, ficaram feridas, segundo as autoridades. O ataque durou 20 segundos, de acordo com fontes policiais citadas pela imprensa.

"Com uma faca em cada mão, saiu de um supermercado e atacou as crianças, uma por uma, na fila", explicou ontem Teiko Naito, diretora da escola primária do grupo escolar "Caritas Gakuen", um centro católico.

A escola permanecerá fechada pelo resto da semana. Esta manhã, muitos moradores depositavam flores no local do crime em homenagem às vítimas.

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