Tópicos | Maternidades

Para enfrentar o alto índice de cesáreas desnecessárias no País, grandes redes de hospitais e maternidades privadas têm desenvolvido ações para reestruturar suas instalações, capacitar profissionais e conscientizar gestantes sobre os benefícios do parto normal e os riscos da realização de uma cesariana sem indicação clínica.

Cursos para gestantes com simulações realísticas do parto, salas especiais e formação de equipes multiprofissionais com foco na humanização são algumas das ações adotadas pelos estabelecimentos de saúde para tentar vencer a resistência de alguns médicos e pacientes ao parto vaginal.

##RECOMENDA##

No Brasil, 57% dos nascimentos em 2021 ocorreram via cesariana e o índice segue tendência de alta. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o ano de 2020 teve taxa recorde desse tipo de parto. Na rede particular, o porcentual passa de 80%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera adequada uma taxa de 10% a 15%.

Dor

Para reduzir esse índice em suas unidades, o Grupo Santa Joana, que administra as maternidades Santa Joana, Pro Matre e Santa Maria, focou na análise de dados e adotou, entre outras medidas, um curso em que profissionais usam manequins que reproduzem o corpo humano para demonstrar o trabalho de parto para os casais e apresentar técnicas para o alívio da dor.

"O centro de simulação realística era voltado para profissionais, mas passamos a usá-lo também para a educação de pacientes", diz Monica Siaulys, diretora médica do Santa Joana.

"Quero ter o parto normal, mas sempre tive muito medo. A gente ouve falar que a mulher sente muita dor, e, no curso, nos apresentaram as possibilidades de anestesia", diz a gerente comercial Petruska Canet, grávida de 37 semanas.

A diretora médica cita ainda a abertura de novas suítes de parto normal, algumas até com cama de casal king size.

O Hospital Israelita Albert Einstein também vem desenvolvendo ações, como a melhoria da infraestrutura para o parto normal, com a criação, em 2017, das chamadas salas PPP (pré-parto, parto e pós-parto), a conscientização das gestantes, além de um trabalho com os médicos.

"A gente chamou aqueles com alto volume de cesáreas, perguntamos o que podíamos fazer para ajudar a ter um número mais adequado de partos vaginais. Até oferecemos o acompanhamento de nossas enfermeiras especializadas porque sabemos que uma das justificativas é que acaba sendo oneroso porque o médico também tem suas funções no consultório", diz Rômulo Negrini, coordenador médico da maternidade do Einstein.

Além de cursos e salas adaptadas, a Rede Mater Dei, que administra dez hospitais, oferece residência em ginecologia e obstetrícia com ênfase na humanização do parto.

Para a empresária Fabiane Fernandes Alves, o apoio de uma equipe com foco na humanização foi fundamental para que optasse pelo parto normal, após viver uma experiência traumática na primeira gravidez.

"É um momento em que estamos com muita força, mas, ao mesmo tempo, muito frágeis. Se não tem pessoas para nos incentivar, não flui", diz ela, que teve Vicente, hoje com 1 ano e 4 meses, por parto normal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Miguel assume compromisso com maternidade para Serra Talhada   Das oito maternidades propostas para os próximos quatro anos por Miguel Coelho, uma delas será em Serra Talhada. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (21) pelo candidato ao governo do estado. No total, oito maternidades, cinco hospitais e 12 centros de diagnósticos fazem parte do Plano de Governo de Miguel para descentralizar e interiorizar os serviços de saúde, evitando a transferência de pacientes e gestantes para outras cidades. Além disso, Miguel pretende concluir as obras do hospital de Serra Talhada. 

“O Hospital Regional de Serra Talhada foi prometido para 2020 e até agora não foi concluído. Essa é uma obra prioritária, que a gente tem que concluir e ampliar, para atender não só o Sertão do Pajeú, mas todas as cidades próximas. Também temos o compromisso de construir em Serra Talhada uma maternidade de médio e alto risco para atender mães e crianças com acolhimento humanizado. Fiz isso em Petrolina com a construção da Casa de Parto, e o Centro de Referência em Saúde da Mulher, além de ter concluído o Hospital do Câncer, que atende 27 cidades do Sertão de Pernambuco”, explicou Miguel em entrevista à Rádio Cultura de Serra Talhada. 

##RECOMENDA##

O candidato também falou sobre a falta de água que atinge diversas regiões do estado e firmou o compromisso de implementar um programa de cisternas para as áreas não atendidas pela Compesa de forma imediata. Segundo Miguel, 30 mil cisternas serão instaladas por ano. 

 “O maior culpado pela falta d’água e a sede do povo de Pernambuco chama-se Compesa, chama-se PSB, que já se arrasta há 16 anos e não conseguiu resolver esse problema. Vamos fazer a concessão da Compesa, e o nosso compromisso é acabar com o racionamento e o rodízio nos próximos quatro anos”, afirmou. “Onde a Compesa não puder chegar de forma imediata, vamos retomar o programa de carro-pipa e implementar um programa de cisternas. Vamos instalar 30 mil cisternas por ano e acabar com o déficit no estado, muito concentrado no Sertão e no Agreste.”

*Da assessoria 

Caso tenha êxito em chegar ao Palácio do Campo das Princesas, o pré-candidato ao governo pernambucano, Miguel Coelho (União), terá atenção prioritária à saúde do estado. Em seu plano parcial de governo, divulgado nesta segunda-feira (13) através do plano de diretrizes macro, o ex-prefeito propôs um investimento bilionário em assistência médica descentralizada.

De acordo com as propostas já definidas, em quatro anos, a gestão de Coelho construirá 12 Centros de Diagnóstico e Atenção Primária, um em cada microrregião de Pernambuco, além de oito maternidades regionais e cinco novos hospitais, todos eles com referência de atendimento às pessoas com deficiência (PCDs). As unidades hospitalares seriam construídas no Sertão (1), Agreste (1), e Grande Recife (3).

##RECOMENDA##

O postulante mencionou, ainda, a reforma nos cinco principais hospitais do estado, todos na região metropolitana: o Hospital da Restauração, o Barão de Lucena, o Otávio de Freitas, o Agamenon Magalhães e o Getúlio Vargas. Outra promessa da pré-campanha foi zerar a fila dos exames e cirurgias, através do "Mutirão da Saúde". A saúde veterinária não ficou de fora do plano: para a assistência à saúde animal, foi proposta a construção de 12 clínicas veterinárias no estado em quatro anos, uma em cada microrregião do estado.

 - - > LeiaJá também: ‘Se eleito, Miguel Coelho promete não aumentar impostos’

Mais propostas

Segurança pública

- R$ 1 bilhão investidos em inteligência e modernização da segurança

- Integrar nove mil guardas municipais às forças de segurança

- Reduzir em 30% o déficit de pessoal das forças policiais

Infraestrutura

- Programa de manutenção das estradas

- Construir o Arco Metropolitano

- Concessão de portos

- Duplicar em 300 quilômetros as estradas mais movimentadas do estado: BR-232, BR-423, BR-104, PE-060 e PE-090

- Estadualizar o metrô do Recife e privatizar o serviço

Renda

- Dobrar o número de beneficiários do "Chapéu de Palha" e transformá-lo no maior programa de renda básica de Pernambuco

- Bolsa de R$ 300

- Benefício cumulativo, ou seja, assegurado mesmo às famílias que já participam de outros programas sociais e um complemento ao Bolsa Família

Educação

- Abertura de 44 mil vagas

O evento

O anúncio das diretrizes do Plano de Governo do pré-candidato Miguel Coelho foi feito na manhã desta segunda-feira (13), em um evento aberto no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Centenas de lideranças partidárias e aliados do ex-prefeito participaram da solenidade, como o ex-ministro Mendonça Filho (MDB), o presidente do Podemos em Pernambuco, Ricardo Teobaldo, e o pai de Miguel, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB).

Conforme anunciado pelo postulante e por sua coordenadora de campanha, a prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino (MDB), a gestão de Coelho será contemplada por quatro eixos, sendo eles o estado inclusivo e sustentável, infraestrutura, ambiente favorável aos negócios; e serviços públicos e políticas públicas de qualidade.

Para coparticipar no plano de governo de Miguel, que será divulgado gradualmente até outubro, o público poderá enviar sugestões através dos sites porpernambuco.com.br e pernambucodetodos.com.br.

A superlotação e a estrutura das maternidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) acentuam a realidade desumana vivenciada pelas gestantes que recorrem aos serviços da rede pública. Os relatos de violência obstétrica - física e psicológica - se assemelham. Expressões como "me trataram feito bicho" ou "fui humilhada" são repetidas com amargura por mulheres que passaram por essa experiência em meio à desorientação. O LeiaJá conversou com mães que foram agredidas e suportaram uma das principais violências contra a mulher: perder o direito natural de ter um filho com liberdade.

##RECOMENDA##

Em meio ao alto risco de infecção, a cultura da violência obstétrica é sustentada entre o sonho de ser mãe e o medo de morrer junto ao filho. Mulheres contam que saíram da maternidade com a dignidade despedaçada por profissionais de saúde, e hoje, recusam a ideia de ser mãe novamente. No dia a dia, sua determinação já é posta à prova. Na maternidade, ela torna-se a única companheira. 

“Volte para casa. Tudo está normal”  

[@#video#@]

A dilatação do colo do útero e a sincronia das contrações avisavam que Ellem Cardoso, mãe de duas crianças, teria o seu terceiro filho. Tida como uma gestação de baixo risco, no dia 28 de dezembro de 2018, com 34 semanas, ela decidiu buscar apoio no Hospital Agamenon Magalhães, no bairro de Casa Amarela. Na consulta, a mãe de 24 anos expôs preocupação ao enfermeiro, devido à posição pélvica do feto, como resposta, recebeu analgésicos e o pedido que retornasse para casa. Afinal, tudo caminhava bem.

No dia 3 de janeiro de 2019, na 35ª semana da gestação, Ellem procurou a Maternidade Professor Barros Lima, situada no bairro de Casa Amarela, após o resultado de um exame de ultrassom, o profissional que a avaliou indicou um "probleminha no líquido (amniótico)", mas recusou-se a explicar as consequências da complicação e mandou que a gestante perguntasse a outro profissional. Em busca de respostas, Ellem viu mães praticamente amontoadas entre os corredores, todos aqueles olhares competiam a atenção dos enfermeiros e suplicavam por apoio emocional. Na triagem, novamente foi-lhe dito que tudo estava normal, acompanhada de uma nova despedida.

"Pode se conformar"

Após uma madrugada insone, sofrendo com as dores do trabalho de parto, já era dia 18 de janeiro, quando Ellem chamou a mãe para seguir, novamente, para a Maternidade Barros Lima. Ela preencheu a ficha de atendimento às 5h30, entretanto, só foi atendida de fato cerca de quatro horas e meia depois, às 10h, junto de uma notícia perturbadora.

Ela ainda não sabia sobre a saúde do filho, quando percebeu a enfermeira vindo em sua direção. Na esperança que fosse encaminhada para um leito ou para a sala de cirurgia, foi-lhe dito da forma mais banal possível que a criança estava morta. "Ele já está morto. Pode se conformar, por que eu não posso fazer nada. Vou saber se tem uma ultrassom para você fazer, se não, vou ter que estourar sua bolsa".

Ela garante que sentia o filho se movimentar no ventre e, até hoje, se opõe ao diagnóstico: "Antes de estourar a bolsa, o menino tava mexendo, e quando eu subi (para a sala de parto), eu ainda senti o pé dele mexendo na minha barriga, minha irmã até viu!", recorda Ellem. A enfermeira repetia, "ele tá mexendo não, tá morto já (sic)", diz a jovem.

Ellem Cardoso é mãe de outros dois meninos de 7 e 3 anos. Em nenhum desses partos, sofreu tanto como no do último. Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens

Inconformada, Ellem seguiu para a sala de parto, enquanto recuperava-se da tragédia. No local, sua bolsa foi rompida à força, pouco antes de ser exposta a um novo revés. “Ele fez cocô dentro da sua barriga e você vai ter ele normal", foram as palavras da enfermeira. A profissional não dava ouvidos para a mãe, que questionava sobre o alto risco de infecção.

"Eu não quero fazer cesárea. Quero que você tenha ele normal e vai ter!", afirmava a médica responsável, relembra Ellem. Após uma experiência invasiva, parturientes relatam que os médicos e enfermeiros sentem-se ‘donos’ e as tratam como objetos, suprimindo sua autonomia. Eles realizam procedimentos e ministram remédios sem que as mães, sequer, tenham o devido conhecimento de qual medicação se trata.

A perda do filho machucava junto com percepção de que o direito sobre o próprio corpo havia sido usurpado. Os únicos diálogos com as enfermeiras, reprimiam violentamente suas lamentações, "não adianta chorar não. Eu não vou trazer a vida dele de volta", conta a mãe. O parto foi induzido.

Fragilizada, Ellem reunia os fragmentos da dignidade para expelir o filho morto e ‘pôr fim’ ao martírio. "Grite não que é pior pra você. Tem que fazer força para botar para fora (sic)", era dito, enquanto feto e placenta eram retirados com agressividade. O uso violento de 'pegadores' deixaram seu útero muito ferido. Ela relembra que a placenta estava toda 'estourada', antes de um novo remédio, acompanhado de outra negativa de explicação, "não posso falar nada não. Depois pergunte lá à doutora", dizia a enfermeira para a parturiente. 

A mulher não tinha ciência das causas que motivaram a morte da criança. Dois dias depois estava livre daquele ambiente repressor.

Dados do Governo de Pernambuco mostram que a mortalidade materna está voltando a crescer no Estado. Especialistas apontam que isso deve-se ao caos da obstetrícia em PE. Imagem Divulgação

Já em casa, foi socorrida com febre alta no dia 23 de janeiro. A princípio, o vizinho a levaria para a própria maternidade, mas Ellem recusou. Não conseguia pisar novamente em um local onde lhe cravou cicatrizes tão profundas. Preferiu voltar ao Hospital Agamenon Magalhães, onde exames despertaram a suspeita de 'resto de parto' da placenta picotada dentro de si. Em cinco dias de internação, além da confirmação da hipótese, ela descobriu que o útero estava infeccionado devido ao contato com as fezes do bebê.

Recuperada com antibióticos, ela segurava atestado de óbito do filho quando percebeu que o tempo de vida do bebê passava dos nove meses. Durante o tempo de acompanhamento médico no Posto de Saúde da Família (PSF), Ellem acreditava que o bebê estava com apenas oito meses, só depois entendeu que os profissionais do pré-natal erraram a contagem. A mãe afirma que um parto cesariano teria salvo a vida do seu filho e evitado tanto sofrimento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que "é fundamental que todos os partos sejam assistidos por profissionais de saúde qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferença entre a vida e a morte da mãe e do bebê. A infecção após o parto pode ser eliminada se uma boa higiene for praticada e se seus primeiros sinais forem reconhecidos e tratados em tempo oportuno." 

[@#podcast#@]

A incerteza e a mentira

Assumir a responsabilidade da gravidez na adolescência, aumenta o risco de complicações e mortalidade, segundo a OMS. Assim, enquanto essas menores lidam com a instabilidade hormonal e o delicado processo de autoconhecimento, jovens entre 10 e 19 anos sobrecarregam-se psicologicamente e concluem da pior maneira possível que a maternidade não deveria ser romantizada. 

Amanda*, uma adolescente de 16 anos, sofreu para dar à luz a sua primeira filha. Entre desmaios a caminho do trabalho e sangramentos espontâneos, os riscos ao feto aumentavam progressivamente quando a jovem apresentou o quadro de bolsa rota - que é quando a membrana amniótica se rompe sem que a mulher esteja em trabalho de parto. 

Sua gestação era classificada como alto risco, por isso, a adolescente escolheu o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), no bairro da Boa Vista, área central do Recife, para conceber a filha. 

Era dia 9 de maio, quando a gestante deu entrada na unidade de saúde, lutando pela sobrevivência da criança de 34 semanas. Porém, os profissionais da instituição não reconheceram a mesma urgência. Um exame de ultrassom foi realizado após cinco horas desconfortáveis em uma cadeira, de onde Amanda tentava controlar a dor e via enfermeiras trabalhando a passos lentos.

A permanência prolongada dentro do útero, com pouco fluído, praticamente atestava a morte da bebê. Enquanto esperava por atendimento, o líquido amniótico transcorria pelas pernas de Amanda. Com todas as dificuldades, a cada segundo, mãe e filha tornavam-se mais propensas à infecção.

A mãe acredita que a negligência resultou nas limitações do lado direito do rosto do bebê. Júlio Gomes/ LeiaJá Imagens

A adolescente percebeu que não teria atenção da equipe médica quando o resultado do exame confirmou a baixa. O líquido não parava de sair e a obscuridade das poucas informações obrigaram a adolescente a transitar entre setores, subindo e descendo escadas. Amanda recorda que os profissionais diziam que o líquido devia ser urina, apontando a jovem como mentirosa.

Por nada lhe ser esclarecido, a gestante temia não sair da maternidade com a filha. Além disso, segundo ela, seu prontuário não estava sendo preenchido, aumentando os desacertos e a contradição entre diagnósticos. Quando sentiam interesse, alguns profissionais repassavam informações -totalmente diferentes das que os outros colegas haviam dito. Sem informações, Amanda recorria à internet na tentativa de descobrir o que passava.

Ela chorava ao pensar que sua concepção de maternidade acolhedora tinha dado lugar àquele tratamento desumano. O pavor era maximizado em sua cabeça, afinal, trata-se de uma menina de 16 anos, sem experiência outra com a maternidade.

As agressões prosseguiam com os repetitivos exames de toque. "Eu não consegui nem fazer xixi. Eu mal conseguia andar", lembra a parturiente. Por várias vezes, sua intimidade era ferida por cada enfermeiro.

“Quem é pobre não escolhe”

Depois de ter sido mandada para casa e, em seguida, procurado novamente atendimento, a obstetra que atendeu Amanda confirmou o parto e garantiu que seu nome já estava na lista de cirurgias, era dia 11. A partir daí, o tempo tornou-se inversamente proporcional às dores e a ansiedade da jovem.

Às 16h, revisitava as escadarias a caminho da sala de pré-parto. Mas cadê a médica? A criança prematura e pouco líquido na bolsa não impediram que uma troca de plantão encerrasse seu expediente. A obstetra foi embora sem realizar o procedimento ou deixar algum tipo de encaminhamento - e até esclarecimentos para aquela que seria mãe de ‘primeira viagem’.

A jovem não conseguia reivindicar, então, aguardou a mudança de turno e, às 19h, outra equipe declarou que a médica havia errado. A dilatação tratava-se de uma simples “polpa de dilatação”. Ela foi mandada de volta a triagem e as incertezas continuavam lhe deprimindo.

Dois dias depois (13), uma nova promessa: seu parto estava realmente marcado. Por isso, foi instruído que não ingerisse alimentos ou líquidos a partir das 16h. Mais uma visita ao pré-parto, desta vez, com a crença e o devaneio de que seria a última.

Nesta sala, segundo os relatos colhidos pelo LeiaJá, mães são alocadas sem privacidade e é típico vê-las sendo reprimidas pelas enfermeiras. "Na hora de fazer não foi bom?", "se você chorar não vou te atender" ou "deixe de ‘frescura’, pois vai ser pior". São profissionais que pisam na integridade das parturientes, momentos antes do parto. Gritos de dor e os pedidos de ajuda sem resposta fazem com que as próprias mães apoiem-se umas nas outras para suprimir a indiferença da equipe médica através da sororidade. Neste panorama, a jovem era torturada pela fome e sede, porém, aliviada porque sairia daquele ambiente degradante.

Minutos antes do nascimento, Amanda não sabia como seria o parto de sua bebê, mesmo imaginando que seria tratada com rispidez, decidiu perguntar. A resposta veio como imaginou: "Você vai ter ele como eu quiser, isso aqui é SUS. Pobre não tem direito de escolher nada", foi a fala da enfermeira, de acordo com a jovem. Mais uma vez, foi ordenado que voltasse à triagem, desta vez com a revelação de que a UTI não tinha disponibilidade para a recém-nascida, pois todas as incubadoras estavam ocupadas.

A primeira experiência deixou traumas que serão difíceis de esquecer. Júlio Gomes/LeiaJá imagens

Contra o tempo

A mãe de Amanda, que não quer se identificar, já havia registrado denúncia em todos os setores, inclusive na direção geral do hospital. Essa era a única forma ao alcance para salvar a neta e a filha. Sem mobilização da unidade, a saída foi externar as queixas buscando a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), o conselho tutelar e a imprensa local para divulgar as atrocidades que a adolescente estava sendo submetida. A pressão não surtiu o efeito esperado, mas garantiu que a situação da garota fosse ouvida.

O bebê agonizava dentro do ventre da mãe. Devido à emergência, Amanda seguiu para a sala de cirurgia, dominada por medo e anseio. Alguns detalhes fugiram da sua memória, talvez por autodefesa, mas lembra que estranhou não ter pego a menina no colo. A adolescente só conheceu a pequena no berçário, onde outra médica revelou que "se não tivesse tirado naquele dia, minha filha teria morrido", recorda Amanda emocionada.

A bebê nasceu com aproximadamente 35 semanas e ficou internada para tratar a aceleração cardíaca. O lado direito do seu rosto estava paralisado – Amanda descobriu que, devido à baixa quantidade de líquido na bolsa, a mão direita da menina ressecou repousada em seu rosto. A internação perdurou por quatro dias em uma cadeira, onde aprendeu como cuidar de um bebê de forma empírica. A pequena já vai para seu segundo mês de vida, mas antes do nascimento já batalhava para sobreviver. A mãe tenta apagar o trauma da maternidade e ensinar para a filha que, independente da situação, o respeito à condição humana deve vigorar.

Tais narrativas unem o apelo por humanização nas maternidades públicas de Pernambuco e expõem o tratamento hostil a que parturientes são submetidas diariamente. Mulheres precisam batalhar pela vida de seus filhos, onde direitos fundamentais preconizados pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde são ignorados. Elas, que só esperam atendimento digno, saem dos hospitais deprimidas com a dura realidade. 

O que dizem as maternidades

Diante das denúncias apresentadas no relato de Ellem Cardoso, a Secretaria de Saúde do Recife, responsável pela Maternidade Professor Barros Lima, respondeu a reportagem do LeiaJá em nota. Confira na íntegra:

“Após análise do prontuário dos atendimentos da paciente na Barros Lima, a direção da Maternidade verificou que a mesma deu entrada na unidade no último dia 2 de janeiro, alegando sentir uma diminuição de movimentos fetais. Ela foi examinada, e nada foi constatado. A maternidade a encaminhou para um exame de ultrassonografia obstétrica, realizado no dia seguinte, com resultado normal.

A paciente voltou à Barros Lima na sexta-feira (18), com 4 centímetros de dilatação. Desta vez, não houve escuta fetal. O feto estava morto.

No prontuário que consta na Maternidade há relato de familiares alegando que, no dia 26 de dezembro, durante o pré-natal, a paciente fora diagnosticada com uma infecção urinária. Foi-lhe receitado um antibiótico. Ainda segundo consta no prontuário, a jovem não seguiu o tratamento, com receio pela gravidez. O uso de antibiótico foi reforçado em seu atendimento na Maternidade Barros Lima, no dia 2 de janeiro.

Seguindo todos os protocolos, o caso será encaminhado aos comitês da Secretaria de Saúde para averiguação.”

A assessoria do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), também emitiu nota em resposta ao caso da adolescente Amanda. Confira na íntegra:

"O IMIP informa que a paciente de 16 anos, grávida, com bolsa rota prematura e 33 semanas de gestação, foi acompanhada na enfermaria de gravidez de risco da Instituição, recebendo, nesse período, toda a orientação e o atendimento necessários. Em razão das condições gestacionais da paciente foi realizado um parto cesárea. A criança nasceu com 2,53kg e recebeu alta, juntamente com a mãe, apresentando boas condições clínicas.

A maternidade do IMIP realiza partos normais em apresentação pélvica, seguindo critérios de elegibilidade, condição clínica da gestante e do feto e de acordo com todos os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde."

*Nome fictício para evitar exposição da menor

LeiaJá Também

- Maternidades: a falta da dignidade humana na saúde pública

- Precariedade afeta saúde dos profissionais da rede materna

Uma audiência pública, marcada para esta quarta-feira (13), vai discutir a situação materno-infantil em Pernambuco. A sessão ocorre a partir das 10h, no 6°andar do anexo I da Assembleia Legislativa (Alepe), no Centro do Recife.

Na ocasião, serão abordados problemas como a falta de acompanhamento adequado para as mulheres durante o pré-natal e a escassez de leitos nas maternidades. Foram convidados o secretário de Saúde do Estado, José Iran Costa Junior, e representantes de diversas entidades.

##RECOMENDA##

Serviço

Audiência pública sobre a situação materno-infantil em Pernambuco

Quando: quarta-feira (13)

Onde: Assembleia Legislativa (Rua da União – 439 – Bairro da Boa Vista)

Horário: 10h

Com informações da assessoria

A situação materno-infantil em Pernambuco será discutida, nesta quarta-feira (13), durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa (Alepe). Problemas como a falta de acompanhamento adequado para as mulheres durante o pré-natal e a escassez de leitos nas maternidades estarão na pauta do encontro, organizado pela Comissão de Saúde da Casa.

Foram convidados para o debate o secretário de Saúde do Estado, José Iran Costa Junior, e representantes de diversas entidades, a exemplo do Conselho Regional de Medicina (CREMEPE), do Conselho Regional de Enfermagem (Coren – PE), Ministério Público de Pernambuco (MPPE), União Brasileira de Mulheres (UBM-PE), Sindicato dos Servidores de Saúde do Estado e Sindicato dos Enfermeiros, dentre outras.

##RECOMENDA##

A audiência pública ocorre a partir das 10h, no 6°andar do prédio anexo da Assembleia Legislativa (rua da Aurora – 631 – Bairro da Boa Vista – Recife).

Médicos atuantes na rede materno-infantil de importantes unidades de saúde do estado, como os hospitais Agamenon Magalhães, Barão de Lucena e Jesus Nazareno, estão inconformados com as condições destes locais. Superlotação de leitos e falta de profissionais nos plantões acarretaram uma assembleia no Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), realizada nesta quarta (26), para debater o assunto.

O crescimento da demanda de pacientes tem resultado em situações como a acomodação de pacientes nas salas onde são realizadas cirurgia. “Por falta de leitos, há pessoas nos corredores e, inclusive, nos blocos cirúrgicos. E, obviamente, estes pacientes precisam se alimentar, ou seja, comidas é manuseada em espaços que deveriam ser reservados às cirurgias”, declarou o diretor do Simepe, Tadeu Calheiros. 

Além deste, uma série de outros problemas foram apontados, como a falta de berços suficientes nas maternidades, falhas nas assistências pré-natais e as graves consequências dos serviços mal prestados. “Como resultado, há uma peregrinação das mulheres grávidas. Se este centro está lotado, a paciente é encaminhada a outro, e às vezes as distâncias são bem longas. Tudo isso tem deixado os profissionais angustiados”, revelou Calheiros. 

O problema das maternidades atinge, diretamente, a categoria médica. A rotatividade entre os profissionais é alta, porque a maioria não quer trabalhar nestas circunstâncias. O diretor do Simepe afirmou: “o número de profissionais deve ser recomposto. Muitos não aguentam o estresse, adoecem e pedem para sair. Não podemos deixar as escalas desfalcadas. Estamos fazendo um tipo de alerta à gestão publica, responsável pela situação, pois os pacientes ainda podem ser mais lesados”. 

Resposta do Estado – Durante a assembleia, a categoria elaborou um ofício para ser encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) com a preocupação dos médicos. O Conselho Regional de Medicina (Cremepe) também foi acionado para contribuir nas proposições. De acordo com Tadeu Calheiros, uma nova assembleia com os profissionais está marcada para o dia 23 de abril, para avaliar os andamentos do diálogo com o Governo.

A Secretaria de Defesa Social (SDS), através do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB), apresentará, nesta terça–feira (5), o Projeto de Identificação Biométrica do Recém – Nascido. O serviço utiliza um leitor biométrico eletrônico para coletar as digitais das crianças e identificá-las ainda na sala de parto. 

Atualmente, este tipo de procedimento é realizado através de coleta de impressões digitais dos pés com tinta, o que segundo a SDS vem causando grande dificuldade, já que na maioria das vezes a coleta não é boa. Ainda conforme a secretaria, tal metodologia não tem aceitação unanime por parte dos demais institutos de identificação, pois não permite a emissão de uma cédula de identidade a criança.

##RECOMENDA##

Com o novo projeto, a identificação civil do bebê será atrelada a identificação da genitora, formando assim um arquivo civil especial no sistema de identificação do IITB, para fornecimento de identidade da criança e posterior confronto em caso de subtração do bebê. Provavelmente, o Hospital Barão de Lucena servirá como base piloto para aperfeiçoamento do projeto que posteriormente será implantado em outras maternidades. 

As mulheres interessadas em se tornar doulas terão até esta segunda-feira (5) para realizar as inscrições na 17º edição do Curso de Formação de Doulas Comunitárias Voluntárias. O cadastro poderá ser feito no site da Prefeitura do Recife (PCR), até a meia-noite do último dia de inscrição.

As maternidades municipais Professor Barros Lima, situada em Casa Amarela, Zona Norte do Recife; Professor Bandeira Filho, localizada em Afogados, Zona Oeste, e Professor Arnaldo Marques, na Ibura Zona Sul, também recebem cadastros. Nas unidades de saúde o atendimento será das 8h30 às 16h.

##RECOMENDA##

São disponibilizadas 20 vagas, e é preciso ser maior de idade (18 anos) e ter disponibilidade para trabalhar em um plantão, contribuindo por um período de 12 horas, diurno ou noturno.

 

Doulas – São acompanhantes de parto que oferecem suporte físico e emocional, auxiliando nos métodos de atenção humanizada, e ajudam as gestantes a encontrar posições confortáveis para o nascimento da criança e até mostram formas eficientes de respiração, entre outras abordagens.

 

 

 

 

Locais onde poderão ser realizadas as inscrições presenciais:

Recepção da Maternidade Professor Arnaldo Marques



Avenida Dois Rios, s/n, Ibura



Recepção da Maternidade Professor Bandeira Filho



Rua Londrina, s/n, Afogados



Recepção da Maternidade Professor Barros Lima



Avenida Norte, 6465, Casa Amarela

O Programa Minha Certidão já está sendo realizado em maternidades de mais seis municípios pernambucanos. A partir de agora, os bebês nascidos nos municípios de Arcoverde, Carnaubeira da Penha, Belo Jardim, Itapetim, Custódia e Parnamirim terão o documento antes mesmo de deixarem os hospitais.

A medida interliga via internet cartórios às maternidades do Sistema Único de Saúde – SUS ou conveniadas. Com os novos municípios, o Minha Certidão está presente em 42 maternidades interligadas a 61 cartórios. 

##RECOMENDA##

Veja a lista dos municípios e maternidades que possuem o Minha Certidão:

Araripina - Hospital e Maternidade Santa Maria

Arcoverde - Hospital Regional Rui de Barros Correia

Belém de São Francisco - Hospital Doutor José Alventino Lima

Belo Jardim - Hospital Regional Júlio Alves de Lira

Betânia - Unidade Mista Professor Alcides Ferreira Lima

Bonito – Hospital Dr. Alberto de Oliveira

Cabo de Santo Agostinho – Maternidade Padre Geraldo Leite Bastos

Camaragibe – Maternidade Amiga da Família

Capoeiras - Unidade Mista Quitéria Alves Vilela

Carnaubeira da Penha - Unidade Mista Argemiro José Torres

Carpina - Unidade Mista Francisco Chateaubriand

Caruaru – Maternidade do Hospital Jesus Nazareno e Hospital Bom Jesus

Custódia - Unidade Mista Elizabete Barbosa

Exu - Hospital José Pinto Saraiva

Garanhuns - Hospital Regional Dom Moura e Hospital Municipal de Garanhuns

Goiana - Hospital Berlamino Correia

Iati – Unidade Mista Nossa Senhora da Conceição

Itapetim - Unidade Mista Maria Silva

Jaboatão dos Guararapes – Hospital Memorial Guararapes

Jatauba – Unidade Mista Ana Argemira Correia

Lagedo - Hospital Maria da Penha Silva Dourado Cavalcante

Parnamirim - Unidade Mista Raimunda de Sá Barreto Cabral

Petrolina - Hospital Dom Malan

Recife – Hospital Agamenon Magalhães, Hospital Barão de Lucena, IMIP, Policlínica e Maternidade Arnaldo Marques, Maternidade Bandeira Filho, Unidade Mista Professor BarrosLima, Centro Integrado de Saúde Amauri de Medeiros (CISAM) e Hospital das Clínicas

Salgueiro - Hospital Casa de Saúde, Maternidade Nossa Senhora de Fátima e Hospital Regional Inácio de Sá

São Lourenço da Mata – Hospital Petrolina Campos

Serra Talhada - Hospital Professor Agamenon Magalhães/HOSPAM e Hospital São Francisco

Serrita - Hospital Geral Imaculada Conceição

Taquaritinga do Norte – Hospital Geral Severino Pereira da Silva

Vitória de Santo Antão – Associação de Proteção a Maternidade e a Infância da Vitória de Santo Antão - APAMI

Estudantes e professores do Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU) realizaram, nesta quinta-feira, a entrega de 1.000 frascos de vidros para o Banco de Leite Humano do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). A ação da coordenação do curso de enfermagem da instituição é pioneira no estado de Pernambuco.

Os frascos foram recolhidos durante a campanha do mês da amamentação, realizada em agosto passado na instituição. Eles serão utilizados para o armazenamento de leite e encaminhados para as mulheres que não conseguem produzir o alimento.

##RECOMENDA##

A solenidade contou com a participação do diretor do IMIP, Geraldo Furtado, da Coordenadora do banco de leite do IMIP, a pediatra Vilneide Braga Serva e a representante do Ministério da Saúde no Estado, a enfermeira Vilma Macedo.

A coordenadora do curso de enfermagem, Rita de Cássia, falou sobre a importância do aleitamento materno, que segundo ela é um alimento rico em sais minerais e gorduras. “Um alimento que é exclusivo nos primeiros seis meses de vida e que tem os nutrientes necessários na prevenção de doenças e crescimento da criança”.

A ação foi desenvolvida pela docente Ana Lígia Passos Meira e as discentes Ketitily Lima, Diana Honório, Marinalva Monteiro e Talita Glauce, resultando na arrecadação de 1.348 frascos. O restante do material será distribuído e entregue à maternidade do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), além da Bandeira Filho e Barão de Lucena.

As maternidades dos municípios de Garanhuns, Serra Talhada, Salgueiro, Araripina e Carpina já contam com o programa Minha Certidão. O procedimento garante ao recém-nascido a certidão de nascimento ainda no hospital. O serviço interliga online cartórios as maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS) ou conveniadas.

No Sertão de Pernambuco, o programa começa a funcionar nos municípios de Salgueiro, Serra Talhada e em Araripina. No Agreste, o Minha Certidão passará a funcionar na maternidade de Garanhuns. Na Zona da Mata Norte o programa já integra a maternidade de Carpina. Agora, o programa já funciona em 36 maternidades interligadas a 52 cartórios. 

##RECOMENDA##

Confira a lista dos municípios e maternidades que possuem o Minha Certidão:

Araripina - Hospital e Maternidade Santa Maria

Belém de São Francisco - Hospital Doutor José Alventino Lima

Betânia - Unidade Mista Professor Alcides Ferreira Lima

Bonito – Hospital Dr. Alberto de Oliveira

Cabo de Santo Agostinho – Maternidade Padre Geraldo Leite Bastos

Camaragibe – Maternidade Amiga da Família

Capoeiras - Unidade Mista Quitéria Alves Vilela

Carpina - Unidade Mista Francisco Chateaubriand

Caruaru – Maternidade do Hospital Jesus Nazareno e Hospital Bom Jesus

Exu - Hospital José Pinto Saraiva

Garanhuns - Hospital Regional Dom Moura e Hospital Municipal de Garanhuns

Goiana - Hospital Berlamino Correia

Iati – Unidade Mista Nossa Senhora da Conceição

Jaboatão dos Guararapes – Hospital Memorial Guararapes

Jatauba – Unidade Mista Ana Argemira Correia

Lagedo - Hospital Maria da Penha Silva Dourado Cavalcante

Petrolina - Hospital Dom Malan

Recife – Hospital Agamenon Magalhães, Hospital Barão de Lucena, IMIP, Policlínica e Maternidade Arnaldo Marques, Maternidade Bandeira Filho, Unidade Mista Professor BarrosLima, Centro Integrado de Saúde Amauri de Medeiros (CISAM) e Hospital das Clínicas

Salgueiro - Hospital Casa de Saúde, Maternidade Nossa Senhora de Fátima e Hospital Regional Inácio de Sá

São Lourenço da Mata – Hospital Petrolina Campos

Serra Talhada - Hospital Professor Agamenon Magalhães/HOSPAM e Hospital São Francisco

Serrita - Hospital Geral Imaculada Conceição

Taquaritinga do Norte – Hospital Geral Severino Pereira da Silva

Vitória de Santo Antão – Associação de Proteção a Maternidade e a Infância da Vitória de Santo Antão - APAMI

 

Com informações da assessoria

As últimas ações em comemoração a Semana Mundial de Aleitamento Materno serão realizadas nesta terça-feira (7), com uma amamentação coletiva com mais de 50 mães na calçada da Maternidade Bandeira Filho, localizada no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife. Intitulado ‘mamaço’, o ato público tem como objetivo chamar a atenção da população para a ideia da consciência sobre a importância da amamentação.

No período das 10h, um café da manhã será oferecido para usuárias gestantes no Posto de Saúde da Famíla Aristacho de Azevedo, no bairro do Jordão. No mesmo horário, a maternidade Arnaldo Marques, no Ibura, fará exibição de vídeos, cartazes e fotografias produzidas durante todo o evento, desde a última quarta-feira (1°).

##RECOMENDA##

Na Unidade de Pediatria Helena Moura, na Tamarineira, o fim do evento será com visitas domiciliares das enfermeiras do local e sessões de vídeos. Já às 14h, a data será encerrada no Ambulatório da Mulher, em Casa Amarela, com filmes educativos e rodas de conversa.

Ações educativas para mães e gestantes do Recife marcam o terceiro dia das atividades que comemoram a Semana Mundial de Aleitamento Materno. Nesta sexta-feira (3), serão realizadas palestras, rodas de conversa, exibições de vídeos produzidos pelo Ministério da Saúde, entre outros serviços.

No período da manhã, o público recebeu orientações sobre amamentação na Unidade de Saúde da Família (USF) Cabanga, no Hospital de Pediatria Helena Moura - no bairro da Tamarineira - e na Maternidade Arnaldo Marques, no Ibura.

A partir das 13h, uma feira de saúde com apresentação de vídeos educativos sobre o aleitamento materno é realizada no Sesc Santo Amaro. Já a partir 14h, vídeos educativos serão exibidos para as grávidas presentes na USF Aristaco de Azevedo, bairro do Jordão.

Na Maternidade Barros Lima, em Casa Amarela, serão exibidos vídeos educativos. Durante todo o dia, a sala de espera e a praça de amamentação do ambulatório da Maternidade Bandeira Filho, em Afogados, também serão locais de sessão de vídeos sobre a amamentação.

##RECOMENDA##

O governador Eduardo Campos anuncia hoje (14), o Plano de Investimento em Assistência Obstétrica de Alto Risco, que prevê a construção de duas novas maternidades no Estado e a requalificação de quatro unidades de baixo para alto risco. Serão investidos cerca de R$ 78 milhões no projeto, que tem o objetivo de ampliar e descentralizar os serviços de obstetrícia em Pernambuco em um prazo de dois anos.

As unidades serão construídas na Região Metropolitana do Recife (RMR). A primeira em Jaboatão dos Guararapes, a Maternidade Metropolitana Sul de Alto Risco, com um investimento de R$ 16 milhões. A outra será em Olinda, a Maternidade Brites de Albuquerque, será transformada na Maternidade Metropolitana Norte de Alto Risco. Nesta unidade, o investimento será de R$ 8 milhões para a construção da UTI neonatal, UTI obstétrica e bloco cirúrgico.

##RECOMENDA##

Em Caruaru, agreste do Estado, será aplicado a maior parte de investimento, cerca de R$ 41 milhões, na construção do Hospital da Mulher. O espaço contará com 160 leitos, sendo 36 de alto risco, e outros 30 de UTI Adulto e Neonatal. A nova unidade será uma referência para mais de 32 municípios do Agreste e regiões próximas, ajudando a desafogar a rede de saúde do Recife.

Já o Hospital João Murilo, localizado em Vitória de Santo Antão, será transformado na Maternidade Metropolitana Oeste de Alto Risco e receberá investimento de R$ 6 milhões, para adequação de área e construção de UTI e UCI neonatal. No sertão do Estado, o Hospital Professor Agamenon Magalhães, localizado em Serra Talhada, será transformado em maternidade de alto risco e serão construídos 10 novos leitos de UTI Neonatal no Hospital Dom Malan, em Petrolina.

O secretário Gustavo Couto irá anunciar, nesta sexta-feira (11), mais um serviço inovador conquistado pela Secretaria de Saúde. A partir de agora todos os bebês nascidos nas três maternidades do Recife (Professor Barros Lima, Arnaldo Marques e Bandeira Filho) serão beneficiados com o teste da orelhinha. O anuncio será feito na maternidade Bandeira Filho, no bairro de Afogados, a partir das 9h.

O teste é simples, realizado por um fonoaudiólogo por meio de um estímulo acústico na orelha do recém-nascido. Através do resultado é possível identificar, nas primeiras horas de vida do bebê, algum tipo de perda auditiva congênita e/ou adquirida no período neonatal. A avaliação é indolor e rápida, dura cerca de dez minutos.

##RECOMENDA##

Caso seja detectado alguma alteração, o bebê é encaminhado ao otorrino da rede municipal para ser submetido a novos exames. As crianças que apresentam deficiência são monitoradas pelas equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf).  

O teste da orelhinha irá beneficiar uma média de 700 crianças, que nascem nas maternidades municipais, por mês. O exame já vem sendo realizado desde o final de junho, nas três maternidades, e durante esse período passou por ajustes técnicos e burocráticos. Mesmo assim, uma média de quatro mil crianças já realizaram o teste.

 

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando