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Dois policiais civis e cinco militares foram presos nesta sexta-feira (31), por crimes de tortura, formação de quadrilha e extorsão no Cabo de Santo Agostinho. Eles já estavam sendo investigados desde a última quinta-feira (23), quando um homem de 35 anos denunciou o grupo. A vítima teria sido confundida com um traficante da área e passou a ser torturada e extorquida.

Um integrante da quadrilha foi preso no dia da denúncia, ele receberia o dinheiro da vítima da extorsão. Eles exigiam o valor de R$ 5 mil para devolver a moto que haviam roubado do homem. Osmar Vitor de Barros, de 35 anos, que seria informante dos suspeitos, também foi detido.

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Os policiais civis Leandro de Melo Goulart Leicht, de 33 anos, e Marco Antonio Virães de Goes Cavalcanti Júnior, 40, foram detidos na sede operacional da Polícia Civil. Já os soldados do 18º Batalhão da Polícia Militar, Edmilson Araújo de Lucena, 27, Tiago Felismino da Silva, 28 e Ailton Luis de Brito, acabaram presos na Delegacia do Cabo de Santo Agostinho. Também foram detidos os soldados Maviael Dionísio da Silva e Leandro Silva Cardoso, eles trabalhavam na 2ª Seção do batalhão.  

Além das prisões, um procedimento administrativo disciplinar na Corregedoria da Secretaria de Defesa Social contra os policiais foi aberto. Eles só poderão ser demitidos se a denúncia for comprovada.

Os militares terão 30% de reajuste salarial, a partir de primeiro de março de 2013. Ao contrário do que desejava a categoria, que queria um aumento maior na primeira parcela, já que consideram que seus salários estão muito defasados em relação às demais carreiras de Estado, o reajuste será parcelado igualmente em três vezes. Serão pagos em primeiro de março de 2013, 2014 e 2015. O aumento será linear para todos os postos.

O anúncio foi feito pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, na tarde de ontem. A ministra explicou que algumas categorias, como os militares, estavam recebendo aumentos diferenciados, reconhecendo que seus salários estavam defasados. Ao final dos três anos de reajustes concedidos, o impacto na folha de pagamentos será da ordem de R$ 12,5 bilhões.

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Inicialmente, os estudos enviados pelo Ministério da Defesa ao Planalto, pediam reajustes na casa de 45%. Embora reconhecendo que os militares precisavam ser contemplados com aumentos diferenciados, a presidente Dilma Rousseff e a área econômica consideravam a reivindicação acima das possibilidades das contas públicas.

Uma das maiores dificuldades de concessão de reajuste para os militares, de acordo com integrantes do governo, é o peso da folha de pagamentos desta categoria. O orçamento do Ministério da Defesa para 2012 é de R$ 64,794 bilhões. Deste total, 69,9% que correspondem a R$ 45,297 bilhões, vão para pagamento de pessoal e encargos. Dos cerca de R$ 45,3 bilhões destinados só a pessoal, R$ 28,5 bilhões representam o pagamento de inativos e pensionistas. Ou seja, os inativos representam 62,9% da folha de pagamentos e o pessoal da ativa, com R$ 16,8 bilhões, representa 37,1%.

O Palácio do Planalto está fazendo os últimos acertos com os Ministérios da Fazenda e da Defesa para definir o porcentual do reajuste a ser dado aos militares. Nas últimas negociações ficou decidido que aumento não será inferior a 27,5%. Os militares esperam chegar aos 30%, em três parcelas para os próximos três anos.

O principal impasse com a Fazenda, neste momento, é em relação ao valor da primeira parcela. Os militares não querem reajuste divido por três por entender que estão com os salários muito defasados - e pedem um valor maior na primeira parcela. O impacto estimado na folha de pagamentos é de cerca de R$ 10 bilhões, ao final dos três anos.

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A presidente Dilma Rousseff já sinalizou que está disposta a dar um aumento maior do que o prometido aos civis. A Polícia Federal também poderá ser beneficiada com um reajuste bem acima dos 15,8% oferecido como média aos demais servidores. Em tabela comparativa apresentada pelos militares, mostrando os aumentos que oito carreiras de Estado tiveram de dezembro de 2002 a julho de 2010, os militares ficaram com 85,29% - a menor parcela, seguidos pelos 95,15% da Polícia Federal.

Na ponta de cima, procuradores federais e os advogados da União foram contemplados com 212,34% e os diplomatas 202,54%. Uma das maiores dificuldades de concessão de reajuste para os militares é o peso da folha - que soma, entre ativa e reserva, 500 mil pessoas. O orçamento do Ministério da Defesa para 2012 é de R$ 64,794 bilhões. Desse total, 69,9%, vão para pagamento de pessoal e encargos. Dos cerca de R$ 45,3 bilhões destinados só a pessoal, R$ 28,5 bilhões representam o pagamento de inativos e pensionistas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Por vários lugares do Brasil estão disponíveis inscrições para importantes processos seletivos para vestibulares militares. Além de uma carreira estável, os concursos oferecem boas remunerações salariais e possibilidade de planos de carreira.

Um dos processos é a seleção do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que iniciará o período de inscrições do dia 1º do próximo mês a 15 de setembro. As inscrições poderão ser realizadas através do endereço eletrônico do ITA, onde também é possível encontrar mais informações sobre o concurso. De acordo com o instituto, no ano passado, mais de nove mil pessoas participaram da seleção.

O Instituto Militar de Engenharia também está com inscrições abertas até o dia 3 de setembro. O processo seletivo é para o Curso de Formação e Graduação (CA/CFG) 2012/2013, destinado à concluintes do ensino médio. Mais informações podem ser vistas no site do instituto, e lá também possível realizar as inscrições.

A Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM), considerada uma universidade do mar, como centro de referência para a formação de oficiais da Marinha Mercante, está com inscrições disponíveis até o dia 29 deste mês. Mais detalhes informativos podem ser encontrados no edital do processo de seleção. Os interessados devem se inscrever através da página eletrônica da organização do concurso.

Considerada por muitos como a maior instituição de ensino superior no Brasil, a Escola Naval está com inscrições abertas para processo seletivo com 41 vagas para a função de aspirante, até o dia 10 de agosto.Tanto as inscrições quanto mais detalhes informativos sobre a seleção podem ser encontradas no site do processo seletivo

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No momento em que policiais civis ameaçam entrar em greve, o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar, Renilson Bezerra, em entrevista exclusiva à TV LeiaJá, faz o alerta de crise também na Polícia Militar.

Segundo o presidente da Associação, os policiais estão sofrendo "assédio moral e humilhação" dos comandantes de tropas ao serem pressionados para cumprir metas estabelecidas para redução da criminalidade, sem salários e política de recursos humanos compatíveis.

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Em quase três minutos de entrevista, o policial diz que a situação é grave e que as autoridades precisam "tomar providenciais". Confira:

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O presidente do Parlamento do Egito, que foi dissolvido pouco depois de eleito e reconvocado pelo presidente Mohammed Morsi, convocou uma sessão do Legislativo para a terça-feira, elevando as tensões com os militares, que apoiaram a dissolução do Parlamento.

Segundo informações divulgadas pela agência de notícias oficial Mena nesta segunda-feira, a convocação foi feita pelo presidente do Parlamento Saad el-Katatni.

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A medida tomada por El-Katatni ocorre um dia depois de Morsi ter reconvocado o Legislativo, numa atitude de desafio à decisão da Suprema Corte do país de dissolver o Parlamento. Os generais, que governavam o país, apoiaram a decisão do Tribunal Constitucional com um decreto que dispersou os legisladores.

A disputa pode colocar o país numa nova situação de instabilidade e levar à violência, 17 meses após a queda do autoritário presidente Hosni Mubarak, durante um levante popular. As informações são da Associated Press.

Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos começaram nesta quinta-feira um exercício naval conjunto. O ministério da Defesa da Coreia do Sul informa que a manobra militar de dois dias envolve destróieres, navios de abastecimento, helicópteros e o objetivo é realizar operações humanitárias, tais como salvamento. Não estão planejados exercícios de fogo vivo. A manobra militar foi denunciada pela Coreia do Norte como uma "provocação irresponsável".

A operação surge em um momento de tensões crescentes entre Seul e a Coreia do Norte, após o lançamento de um foguete por Pyongyang, que falhou em abril. O lançamento foi visto pelos EUA e seus aliados como um teste de um míssil balístico. A Coreia do Norte disse nesta quinta-feira que a manobra envolvendo três nações traz uma "nova ameaça de guerra" no nordeste da Ásia.

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O porta-aviões nuclear George Washington, dos EUA, vai se juntar ao exercício nesta sexta-feira, antes de participar de uma manobra em separado com a Coreia do Sul no Mar Amarelo, de sábado a segunda-feira. Em terra, a Coreia do Sul e as forças militares dos EUA devem realizar seu maior exercício conjunto, de fogo vivo, na sexta-feira.

Estima-se que integrem o exercício cerca de 2 mil soldados, além de caças e aviões de ataque F-15 e KF-16. Quatro helicópteros de ataque Apache, dos EUA, bem como, tanques e lança-foguetes devem disparar milhares de tiros durante a manobra em Pocheon, perto da fronteira com a Coreia do Norte, o que marca os 62 anos desde o início da Guerra da Coreia. As informações são da Dow Jones.

Os presidentes dos Clubes Militares emitiram ontem nota conjunta exigindo que a Comissão da Verdade ouça também os que mataram os militares que, "em defesa do Estado Nacional e no cumprimento de deveres que lhes haviam sido legitimamente atribuídos, foram vitimados por atentados dos quais participaram, ativa ou passivamente, alguns dos desaparecidos ontem lamentados".

Na nota, os presidentes dos Clubes do Exército, general Renato Tibau; Naval, almirante Ricardo Veiga Cabral e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, pedem que "o restabelecimento da História Nacional, no período indicado, deve ser completo" e alertam que, para isso, "é imperioso" "ouvir e registrar o que ex-agentes do Estado bem como ex-militantes revelarem sobre atos em apreciação da Comissão".

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A nota dos Clubes Militares reflete uma preocupação não só dos oficiais da reserva, mas também dos da ativa, que reclamam das declarações de integrantes da comissão de que apenas "agentes do Estado" devem ser investigados pela Comissão da Verdade. Eles também se queixaram do discurso da presidente Dilma Rousseff, que ao instalar a comissão chegou a se emocionar ao lamentar a morte dos perseguidos políticos e exaltar o desejo de seus familiares de os enterrarem, sem se referir aos que foram mortos pela esquerda.

Os presidentes dos clubes lembraram que as famílias dos militares mortos pela esquerda, que passam de 100, "sentem a mesma imensa dor, a qual se agrega o sofrimento de se verem totalmente desamparadas e ignoradas pelo Estado, enquanto que às famílias dos antigos militantes tudo é concedido. Honrarias, pensões, indenizações, etc...." Eles pedem este reconhecimento "também, por razões humanitárias e de justiça".

A nota conclui afirmando que "dentro destes princípios estamos certos de que a História do nosso País poderá ser enriquecida com Verdades, hoje distorcidas por versões e meias verdades, no mais das vezes destinadas a iludir as novas gerações a quem nos cabe legar um passado adequadamente descrito e que sirva de exemplo para o futuro".

Ontem, em reunião, os presidentes dos Clubes Militar (Exército) e da Aeronáutica, deram apoio à comissão paralela da verdade criada pelo Clube Naval, para dar assistência jurídica aos militares que forem convidados a depor pela Comissão da Verdade.

Horas após o fracassado lançamento de um foguete, o novo líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, fez questão de ressaltar a importância que dá à questão militar, com um orçamento que destina 15,8% dos recursos para a Defesa.

Hoje, o Parlamento norte-coreano também aprovou a liderança de Kim Jong Un, que assumiu o poder após a morte do seu pai, Kim Jong Il, no fim do ano passado. Além disso, diversos oficiais militares relativamente jovens foram promovidos para a poderosa Comissão Nacional de Defesa.

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Apesar da importância dada aos militares, o primeiro-ministro norte-coreano, Choe Yong Rim, disse aos membros da Assembleia Suprema do Povo que a maior prioridade do país é melhorar a economia e o padrão de vida da população, segundo noticiado pela agência estatal de notícias Korean Central News Agency.

Pouco antes da sessão extraordinária do Parlamento, a Coreia do Norte desafiou os EUA e outras potências mundiais ao lançar um foguete de longo alcance, que carregaria um satélite de observação. Em uma rara admissão pública, os norte-coreanos anunciaram pela TV estatal que o lançamento do foguete foi um fracasso, já que ele não conseguiu entrar em órbita.

A resposta da comunidade internacional foi imediata, com os EUA interrompendo o envio de ajuda alimentar. Existem receios de que o próximo passo dos norte-coreanos possa ser ainda mais provocativo: um teste nuclear. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o lançamento do foguete foi uma violação das resoluções que proíbem a Coreia do Norte de desenvolver mísseis e programas nucleares.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que o lançamento fracassado mostra que o país está desperdiçando dinheiro em foguetes "que não funcionam", enquanto seu povo passa fome. Ele disse ainda que os norte-americanos vão trabalhar com outros países para "isolar ainda mais" a Coreia do Norte.

O ministro de Unificação da Coreia do Sul, Yu Woo-ik, disse que os vizinhos do norte gastaram quase US$ 850 milhões para construir o foguete e uma nova plataforma de lançamento. Segundo o Programa Mundial de Alimentação, da ONU, pelo menos 6 milhões de norte-coreanos - um quarto da população - precisam de ajuda internacional para complementar as cada vez menores rações fornecidas pelo governo local.

Hoje, a Marinha da Coreia do Sul examinou restos do foguete norte-coreano, segundo a emissora de televisão SBS. Essas peças podem explicar o que deu errado no lançamento e fornecer detalhes sobre a tecnologia norte-coreana. As informações são da Associated Press.

O Ministério Público Militar revidou a iniciativa da Secretaria de Direitos Humanos de criar um grupo para realizar visitas de surpresa em quartéis. Em tramitação na Câmara, o projeto de lei enviado pela pasta também foi criticado por militares. A procuradora-geral militar, Cláudia Márcia Ramalho Moreira Luz, sustenta que as inspeções para apurar as condições a que os presos são submetidos já fazem parte da rotina do órgão.

"Pode ser desconhecimento da ministra Maria do Rosário. Já fazemos esse tipo de visita e, se ela quiser, pode ir também. Não precisa de lei", disse ao Grupo Estado a procuradora, para quem ainda há preconceito contra as instituições militares.

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Integrado só por civis, o Ministério Público Militar é responsável pelo controle externo das atividades das Forças Armadas. Duas inspeções são feitas regularmente nas unidades militares. A primeira atende às recomendações do Conselho Nacional do Ministério Público e detalha a situação de presos à disposição da Justiça. A segunda abrange presos administrativos.

"É fato que não conseguimos ir todo mês a todas as unidades, especialmente as de difícil acesso no Norte. Somos 56 procuradores e mais de 2 mil unidades", disse Cláudia. Segundo ela, não há relatos recentes de tortura. "O que chega a nós esporadicamente são denúncias de maus tratos, e todas são apuradas."

Recentemente, os procuradores determinaram alterações na infraestrutura de algumas prisões militares para adequá-las à Lei de Execução Penal. Recomendações sobre o uso de algemas nas unidades e nos deslocamentos também foram feitas, assim como a criação de uma unidade para mulheres em Brasília.

Na segunda-feira, a procuradora realizou uma inspeção de surpresa na única penitenciária militar, o Presídio da Marinha, no Rio. O cenário, segundo ela, é melhor que o das unidades civis. "As celas são arejadas e claras, banheiros confortáveis e com água quente, comida de qualidade, biblioteca e atendimento médico", relatou. Das 105 vagas disponíveis, 31 estão ocupadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A proposta de realizar visitas surpresas nos quartéis, incluída em projeto de lei encaminhado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República ao Congresso, enfrenta resistência de setores militares. Em tramitação na Câmara dos Deputados, o projeto de combate à tortura e violações de direitos humanos em prisões judiciais e administrativas desagradou também a alguns parlamentares.

O governo trabalha para aprovar a matéria antes do recesso parlamentar. O texto, que não foi apresentado ao Ministério da Defesa, cria mais um desgaste entre a secretaria e os militares. Internamente, a pasta também estuda a abertura de um debate sobre o papel da Justiça Militar.

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"Não tem sentido essa fiscalização. Desconheço tortura nas unidades militares", afirma o coronel do Exército Cláudio Moreira Bento, presidente da Academia de História Militar. Ele defende que os comandantes e a própria guarnição já acompanham a rotina das unidades prisionais e denunciam qualquer irregularidade. "Com certeza esse grupo irá enfrentar algumas reações nas visitas surpresas."

"Qual a necessidade dessa fiscalização? Não vai achar nada. Nossos presídios são muito melhores e mais controlados do que os civis", rebateu o vice-presidente da Associação de Militares da Reserva da Marinha, Coronel Fonseca. "Podem procurar. O governo precisa se preocupar com as delegacias e penitenciárias."

A Marinha mantém o único presídio militar do País, localizado na capital fluminense. Os demais presos ficam em celas nas unidades.

Inspeção

Em nota pública, a Secretaria de Direitos Humanos afirma que o projeto de lei que institui o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura não é focado nas instituições militares.

"Trata-se de um mecanismo abrangente, voltado ao enfrentamento da tortura. O objetivo que orientou a construção deste Projeto de Lei é enfrentar a violência em instituições como as delegacias de polícia, penitenciárias, instituições de longa permanência de idosos, hospitais psiquiátricos e instituições socioeducativas para adolescentes em conflitos com a lei, onde há o maior número de denúncias", afirma a nota. A pasta diz, ainda, que não debateu questões relacionadas aos tribunais militares e nega qualquer divergência entre áreas do governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foram identificados os corpos dos militares que morreram durante o incêndio na base brasileira na Antártida. Segundo a Polícia Civil do Rio informou nesta sexta-feira, os cadáveres de Carlos Alberto Vieira Figueiredo e Roberto Lopes dos Santos poderão ser enterrados.

O primeiro-sargento Santos e o suboficial Figueiredo foram carbonizados e, para identificação, foi necessário fazer exame de DNA no Departamento Geral de Polícia Técnico e Científica (DGPTC) fluminense. Os corpos dos militares devem ser enviados para o Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, liberados para as famílias.

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O incêndio na Estação Comandante Ferraz ocorreu no fim de fevereiro. O incêndio acabou com 70% do complexo de 2.600 m2, incluindo o edifício principal e alguns laboratórios, além de deixar outro militar, o sargento Luciano Gomes de Medeiros, ferido.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, cobrou hoje de militares da reserva respeito à autoridade civil. Em entrevista pela manhã no Senado, ele considerou que os comunicados dos Clubes Militares contra debates no governo sobre o regime militar desrespeitam a legislação. "Não estou preocupado com questões de afronta. O importante é o respeito à autoridade civil. Isso é parte da democracia", afirmou. "Da mesma maneira que respeitamos o profissionalismo dos militares, respeitamos muito a lei."

No mês passado, os clubes que reúnem oficiais da reserva das três forças escreveram comunicado conjunto com críticas à presidente Dilma Rousseff, por não reprimir as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Política para as Mulheres) que deram declarações sobre crimes políticos ocorridos durante o regime militar (1964-1985).

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Após encontro com Dilma, Celso Amorim anunciou que os oficiais da reserva estariam sujeitos aos regulamentos disciplinares das Forças Armadas, conforme divulgou o jornal O Estado de S. Paulo. Foi o suficiente para o ministro ser bombardeado nos blogs e sites mantidos pelo pessoal da reserva. Um manifesto dos oficiais da reserva posterior questionou a autoridade de Celso Amorim em interferir nos clubes militares, que seriam entidades de caráter privado. O manifesto começou com 98 assinaturas. Até hoje, mais de 500 oficiais já tinham aderido.

Na entrevista de hoje, Amorim disse acreditar no "profissionalismo" das Forças Armadas. "O governo da presidenta Dilma tem dado demonstrações disso bem efetivas, recriando condições de trabalho que estavam precárias", afirmou. Ele sugeriu que os comunicados do pessoal da reserva também afrontam o Congresso ao criticar a instalação da Comissão da Verdade, que está sendo montada, a partir de uma lei aprovada pelos parlamentares, para analisar violações de direitos humanos cometidas de 1946 a 1988.

Celso Amorim afirmou que há muita "especulação infundada" no debate sobre a análise dos crimes da ditadura. "A Comissão da Verdade é lei. Temos que respeitá-la", disse. Ele esteve no Senado para esclarecer, numa comissão mista, as circunstâncias do incêndio que destruiu boa parte da base da Marinha na Antártida. O comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto, que também esteve no Senado, não deu entrevista.

O ministro ressaltou que a polêmica sobre um possível caráter persecutório da comissão, que poderia ter capacidade de julgar e aplicar penas a envolvidos em crimes, acabou ainda no processo de aprovação da lei. "A lei será aplicada na integralidade na observância da Lei da Anistia", completou, referindo-se à lei 6.683, de 1979, que anistiou quem cometeu crime político. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou pedido da Ordem dos Advogados do Brasil para suspender a lei. "Não há porque essa inquietação por questões não colocadas", afirmou Amorim. "Isso foi pactuado", completou. "O governo respeitará o que foi pactuado."

A decisão da presidente Dilma Rousseff de punir militares da reserva que criticaram ministras do governo por serem favoráveis à revogação da Lei da Anistia piorou o clima na caserna e aumentou o número de adesões ao manifesto Alerta à Nação - eles que venham, por aqui não passarão. Dilma tomou a decisão de puni-los depois que os militares a criticaram publicamente por não censurar as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Secretaria de Políticas para as Mulheres).

Inicialmente, o manifesto tinha 98 assinaturas. Na manhã da quinta-feira, após terem tomando conhecimento da decisão de puni-los, o número subiu para 235 e no início da tarde de hoje chegou a 386 adesões, entre eles 42 oficiais-generais, sendo dois deles ex-ministros do Superior Tribunal Militar.

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A presidente já havia se irritado com o manifesto dos Clubes Militares, lançado às vésperas do carnaval, e depois retirado do site, e ficou mais irritada ainda com esse novo documento, no qual eles reiteram as críticas e ainda dizem não reconhecer a autoridade do ministro da Defesa, Celso Amorim, de intervir no Clube Militar.

A presença de ex-ministros do STM adiciona um ingrediente político à lista, não só pelo posto que ocuparam, mas também porque, como ex-integrantes da Corte Militar, eles têm pleno conhecimento de como seus pares julgam neste caso.

O Ministério da Defesa e os comandos militares ainda estão discutindo com que base legal os militares podem ser punidos. Várias reuniões foram convocadas nos últimos dias para discutir o assunto. Mas há divergências de como aplicar as punições.

Pontos de vista

A Defesa entende que houve "ofensa à autoridade da cadeia de comando", incluindo aí a presidente Dilma e o ministro. Para Amorim, os militares não estão emitindo opiniões na nota, mas sim atacando e criticando seus superiores hierárquicos, em um claro desrespeito ao Estatuto do Militar.

Só que, nos comandos, há diferentes pontos de vista sobre a Lei 7.524, de 17 de julho de 1986, assinada pelo ex-presidente José Sarney, que diz que os militares da reserva podem se manifestar politicamente e não estão sujeitos a reprimendas.

No artigo 1.º da lei está escrito que "respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político, e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público".

Essa zona cinzenta entre as leis, de acordo com militares, poderá levar os comandantes a serem processados por danos morais e abuso de autoridade, quando aplicarem a punição de repreensão, determinada por Dilma. Nos comandos, há a preocupação, ainda, com o fato de que a lista de adeptos do manifesto só cresce, o que faria com que esse tema virasse uma bola da neve.

Há quem ache que o assunto precisasse ser resolvido de uma outra forma, a partir de uma conversa da presidente com os militares, para que fosse costurada uma saída política. O Planalto, no entanto, descarta essa possibilidade. Até agora nenhum militar da ativa assinou o documento. Se isso ocorrer, a punição será imediata e poderá chegar a detenção do "insubordinado". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a possibilidade de acontecer uma paralisação dos policiais e bombeiros militares também no estado pernambucano, o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, se reunirá na próxima segunda-feira (13) com representantes de associações da categoria para discutir sobre o assunto. No encontro, serão debatidas algumas reivindicações dos profissionais de segurança como a incorporação ao contracheque da gratificação por atividade de risco de vida.

Segundo o secretário, a reunião acontecerá de forma tranquila e aberta para o diálogo. “Estamos sempre abertos e disponíveis para conversar com as associações e, ainda, acho que elas estão fazendo o seu papel. Agora, eu quero ressaltar que nós já fechamos um acordo com a categoria que corresponde a quatro anos, principalmente sobre os reajustes dos salários. Os profissionais tiveram, nos últimos cinco anos, um aumento acima de 50% no salário”, pontuou Damázio.

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No documento, foram solicitadas mil vagas para o curso de cabo, a mesma quantidade de vagas para o curso de sargento, além da nomeação de 51 médicos para atuarem no Hospital Militar. De acordo com o secretário, essas ações já estão sendo providenciadas nos próximos meses. “Por isso, não existem motivos e nem justificativas plausíveis para que se instale uma greve dos militares de Pernambuco”, exclamou.  

Sobre a questão da gratificação por atividades de risco, a categoria exige que os militares inativos ou acidentados também tenham direito de receber o benefício. Sobre esse posicionamento, o secretário explicou que a gratificação já está incorporada ao salário e que isso foi acertado nas negociações. Ainda de acordo com Damázio, a diferença nos salários dos militares inativos para com os ativos é de apenas 10%.

Com medo de agressões, o casal de sargentos Laci de Araújo e Fernando Figueiredo, afastados do Exército, recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) em busca de refúgio. Os militares alegam que sofrem perseguição sistemática no País e buscam transferência para um lugar onde possam levar uma "vida normal", conforme explicaram em entrevista ao site de notícias Congresso em Foco.

O Ministério da Defesa e o Comando do Exército não quiseram comentar a decisão dos dois sargentos, que assumiram a relação homoafetiva no ano de 2008 e desde então alegam que passaram a sofrer retaliações dos superiores hierárquicos. Hoje, ambos os sargentos estão desligados do Exército, na condição de reformados. Em caráter reservado, militares ouvidos pela reportagem consideraram o ato descabido porque, conforme afirmam, os sargentos conseguiram tudo o que reivindicavam: foram transferidos para a inatividade com todos os direitos preservados.

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O Exército, segundo essas fontes, agiu com bom senso e adotou uma postura moderna, deixando de aplicar a legislação militar, que prevê o desligamento "com desonra" nesses casos. Essa punição, adotada também pela Marinha e pela Aeronáutica, está prevista no Código Penal Militar, reformado em 1984, já no fim da ditadura militar, e no Regulamento Disciplinar do Exército, que já tem mais de cem anos. Depois de longa batalha judicial, os sargentos foram aposentados com direito a proventos integrais e serviços de saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo, 1 - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, decidiu permanecer no país, desistindo do plano de deixar o território iemenita, informou seu partido neste sábado. A medida parece ter como objetivo manter seu controle sobre o regime, após a série de revoltas internas manifestações de rua.

Num sinal do desgate, o filho e o sobrinho de Saleh lançaram uma repressão contra supostos dissidentes no interior das forças de segurança de elite comandadas por eles. A Guarda Republicana, liderada por seu filho, e a Central de Segurança, comandada pelo sobrinho, são as principais forças que atuam na repressão ao levante contra o Saleh no último ano.

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Centenas de iemenitas marcharam pelas ruas da capital Sanaa e de outras cidades do país ontem, exigindo que Saleh seja julgado pelas mortes de manifestantes pela repressão desde fevereiro. "Não vamos permitir que você escape", gritavam os manifestantes, carregando pôsteres do presidente com uma corda ao redor do seu pescoço.

Saleh assinou um acordo de transferência de poder no início de novembro, que visava facilitar sua saída do comando do país após quase 33 anos e de acalmar os tumultos que há meses chacoalham o pobre país árabe. Pelo acordo, Saleh entregaria seus poderes a seu vice e se comprometeu a renunciar formalmente assim que o Parlamento garantisse a ele imunidade contra a Justiça. Mas seus opositores afirmam que desde a assinatura ele tem tentado manter sua influência por meio de homens leais ao seu partido e por meio das forças de segurança comandadas por sua família.

Seu partido, o Partido do Congresso, mantém poder considerável como parte do governo de compartilhamento com a oposição. Críticos afirmam que a legenda tem trabalhado para prejudicar o vice-presidente Abed Rabbo Mansour Hadi. As informações são da Associated Press. (Priscila Arone)

Dezenas de milhares de pessoas marcharam ontem na Praça Tahrir, centro do Cairo, e em outras cidades do Egito, para exigir que os militares entreguem o poder e denunciar a violência contra os manifestantes. Os egípcios ficaram especialmente ultrajados com as imagens de uma mulher, com a blusa arrancada, sendo espancada e chutada por tropas do governo interino.

"Qualquer um que viu a imagem e viu a dor da mulher viria para a Praça Tahrir", disse Omar Adel, de 27 anos, que participava do protesto. "Quem fez isso deveria ser julgado. Não podemos suportar tal humilhação e abuso." Alguns manifestantes exigem que o Exército realize as eleições presidenciais até 25 de janeiro, o primeiro aniversário do início do levante que levou à deposição do presidente Hosni Mubarak.

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Pelo menos cem pessoas foram mortas em confrontos e na violência sectária desde que uma junta militar assumiu o poder. Na semana passada, 17 manifestantes foram mortos em choques com as forças de segurança, que dispersaram à força um protesto que já durava três semanas para exigir que os militares entreguem o poder a um governo civil.

A manifestação de ontem, batizada de "Defendendo a revolução e reavendo a honra", teve o apoio de mais de uma dúzia de grupos, entre eles partidos formados após o levante popular. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Militar que governa o Egito informou nesta quarta-feira que o parlamento, que será eleito em três etapas eleitorais, não será representativo o suficiente para supervisionar de forma independente a confecção de uma nova Constituição e que os militares vão indicar um conselho para gerir o processo e proteger a carta magna da influência de extremistas religiosos.

O Egito acabou de encerrar o estágio inicial de suas primeiras eleições desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro. Partidos islamitas conquistaram a grande maioria dos votos. Na teoria, o novo Parlamento terá a função de formar uma Assembleia Constituinte com 100 integrantes que vai escrever a nova Constituição.

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Mas liberais e militares temem que extremistas religiosos exerçam muita influência sobre esse processo. "O Parlamento não representa todos os setores da sociedade", disse o general Mukhtar Mulla, integrante do Conselho Militar que tomou o controle quando Mubarak foi derrubado durante um levante popular.

Para ele, a Constituição deve representar todo o Egito e não apenas uma maioria parlamentar. "Estamos nos primeiros estágios da democracia", declarou ele. "Não se trata de desconfiança em relação ao Parlamento. O que vemos são eleições livres e justas...mas certamente (o resultado) não representa todos os setores da sociedade."

Perguntado se o novo conselho é uma tentativa de limitar a influência dos salafistas, que conquistaram um quarto dos votos, Mulla disse: "absolutamente. Não (o conselho militar). O povo egípcio não vai permitir que isso aconteça." Os salafistas querem impor uma rígida versão da lei islâmica, a sharia, no Egito.

O órgão que será criado pelos militares será composto por membros de partidos políticos, intelectuais e candidatos presidenciais, assim como artistas e membros de organizações, disse Mulla.

Não está claro como o novo conselho vai negociar com o Parlamento as diretrizes para a escolha dos integrantes da Assembleia Constituinte. Mas quando o Conselho Supremo das Forças Armadas levantou a ideia de nomear 80 dos 100 membros do grupo para proteger o papel político da Constituição no futuro, a ideia provocou repercussão entre islamitas e liberais.

Mulla disse que o novo conselho vai atuar com o Parlamento e o gabinete para assegurar que a Assembleia Constituinte escreva uma Constituição que represente todas as religiões, profissões e partidos políticos. As informações são Associated Press.

O porta-voz do governo japonês disse nesta quinta-feira (8) que o Japão está atento e que monitora um treinamento aéreo feito por militares russos próximo a área em disputa entre os dois países, perto do mar de Okhotsk. "O governo japonês está acompanhando de perto o treinamento aéreo realizado por militares russos, sob um ponto de vista da segurança nacional", disse o chefe de gabinete, Osamu Fujimura, em coletiva de imprensa. "Nós comunicamos Moscou sobre nossa preocupação com as manobras e estamos colhendo mais informações sobre isso", acrescentou. Ele também disse que os russos têm se aproximado do território japonês de forma não habitual. As informações são da Dow Jones.

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