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O plenário do Senado aprovou na quinta-feira, 26, um projeto de lei que amplia para seis meses a licença-maternidade para mulheres que são militares. A proposta, que segue para a sanção presidencial, equipara o benefício já existente para as servidoras públicas civis.

O projeto, enviado pelo governo Lula ao Congresso em agosto de 2009, regulamenta o direito à licença-maternidade nas Forças Armadas e trata ainda da licença-paternidade e licença para adotantes.

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O texto prevê que a licença-maternidade terá 120 dias, prorrogáveis por mais 60. A proposta também assegura o direito à mudança de função quando as condições de saúde da militar gestante, atestadas pela Junta de Inspeção de Saúde das Forças Armadas, o exigirem, bem como o retorno à função anteriormente exercida, logo após o término da licença à gestante.

No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto e, se for natimorto (feto que nasceu sem vida), a militar será submetida a inspeção de saúde e, se julgada apta, reassumirá o exercício de suas funções. No caso de aborto, atestado pela junta de inspeção, a militar terá direito a 30 dias de licença para tratamento da própria saúde.

O texto prevê ainda que, à militar que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança de até um ano de idade, serão concedidos 90 dias de licença remunerada. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de um ano de idade, o prazo de que trata o caput deste artigo será de 30 dias.

A proposta ainda contempla, pelo nascimento ou adoção de filhos, o militar com cinco dias consecutivos de direito à licença-paternidade.

A Nigéria e os quatro países com que tem fronteiras anunciaram neste sábado planos de constituir uma força de segurança com 8.750 integrantes até o próximo mês para combater a crescente ameaça regional do grupo rebelde Boko Haram.

Os detalhes da proposta foram revelados no final de uma reunião de três dias em Camarões, em uma declaração lida por autoridades dos três países, incluindo Issaka Souare, conselheiro da União Africana (UA) para o Mali e o Sahel.

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O plano prevê que Chade e Nigéria contribuam com 3,5 mil militares cada. Camarões e Níger enviariam 750 soldados cada. O Benin contribuiria com 250 pessoas. A força teria como sede a capital do Chade, N'Djamena.

O conflito da Nigéria com o Boko Haram tomou dimensão regional nos últimos meses, com ataques também em Camarões e Níger.

No início deste mês, os chefes de Estado da União Africana haviam anunciado planos de criar uma força de 7,5 mil integrantes para combater o Boko Haram. As autoridades informaram hoje que o número foi aumentado para 8.750 para permitir a inclusão de policiais e funcionários humanitários.

O comunicado divulgado neste sábado informou que são necessários US$ 4 milhões urgentemente para a constituição da força, mas não foi esclarecida a origem dos recursos.

Jacqueline Seck Diouf, que representou a Organização das Nações Unidas (ONU) nas negociações em Camarões, disse que a ONU havia prometido apoio logístico imediato, mas acrescentou que a UA estava solicitando financiamento. Nova assistência precisaria ser aprovada pelo Conselho de Segurança e pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, segundo ela. Fonte: Associated Press.

Divulgada pelos clubes militares como resposta ao relatório final da Comissão Nacional da Verdade, uma lista de 126 vítimas fatais das organizações de luta armada durante a ditadura militar tem, pelo menos, sete erros. Um dos "mortos" por cuja alma "roga-se uma prece" em anúncio publicado no jornal "O Globo" deu entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta semana. Há ainda na relação três abatidos por policiais e três assassinados por criminosos comuns. Assinam o texto os clubes Naval, Militar e de Aeronáutica. O Clube Naval o defende como correto.

O policial militar aposentado José Aleixo Nunes foi ferido em um ataque da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e da Ação Libertadora Nacional (ALN) em dezembro de 1970. Levou dois tiros de raspão e sobreviveu. Seu colega, o sargento Garibaldo de Souza, e um taxista, baleados no mesmo episódio, na zona leste paulistana, porém, morreram. Garibaldo está na lista dos clubes.

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"Fomos metralhados", contou Aleixo, que aos 67 anos, mora em Marília (SP), e, segundo disse, tem boa saúde. "Fui ferido na cabeça e nas costas." O taxista estava passando pelo local. Aleixo foi para a reserva em 1995.

Não é a primeira vez que o nome de Aleixo é erroneamente incluído entre mortos pela guerrilha urbana. Há quatro anos, estava em uma lista de vítimas fatais dos guerrilheiros divulgada pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. O militar comandou o DOI-CODI-SP onde tinha o pseudônimo "Dr. Tibiriçá". É acusado por ex-presos políticos de tortura. Rejeita as acusações.

Dois outros integrantes da lista dos clubes militares como vítimas do terrorismo foram alvejados acidentalmente por policiais do DOPS-SP no cerco ao líder da ALN, Carlos Marighela, em novembro de 1969. Eram o protético Friedrich A. Rojhman e a investigadora Stella Morato. Rojhman passava pela Alameda Casa Branca quando a Polícia abriu fogo contra o guerrilheiro, que estava em um Fusca. A policial participava do cerco. Marighela não teve como reagir. Não tinha escolta. Apenas policiais fizeram disparos na ocasião.

O sargento-PM Geraldo Nogueira, lotado no DOI-CODI-SP, morreu por ter sido baleado supostamente durante uma discussão entre os próprios agentes. Também está na lista dos clubes como um dos "126 brasileiros que perderam suas vidas pelo irracionalismo do terror", segundo o anúncio dos clubes.

Em confronto com o assaltante Milton da Silva Marques, em 8 de outubro de 1969, em Santo André, foi baleado mortalmente o PM Romildo Otênio. Antes de morrer, Otênio conseguiu ferir mortalmente Miltinho, apontado como um dos primeiros assaltantes de banco de São Paulo. Outros dois PMs foram mortos por ladrões de banco comuns: Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira.

Processo

O presidente do Clube Naval, vice-almirante fuzileiro naval reformado Paulo Frederico Soriano Dobbin, inicialmente afirmou não saber se o Aleixo vivo era um homônimo. Informado que o policial aposentado fora entrevistado pelo Estado, disse: "Ainda bem". Ele insistiu, porém, que os outros seis foram mortos em confronto com guerrilheiros e descartou que integrantes das forças de segurança tenham matado colegas por engano.

"Não é essa a história que a gente sabe. Não foi fogo amigo não. Foram fuzilados mesmo. Houve reação", afirmou. Ele disse que as fontes dos clubes são os arquivos dos jornais da época. Também descartou que três policiais citados tenham sido mortos por assaltantes. E afirmou que os clubes continuarão a lutar para que a Justiça de Brasília, onde ajuizaram processo, considere ilegal o relatório da CNV.

Onze militares dos Estados Unidos que retornaram da Libéria estão sendo mantidos em quarentena na cidade de Vicenza, na Itália, com forma de prevenir o contágio por ebola em outras regiões. Dentre eles está o major-general Darryl Williams, que atuava como comandante do Exército norte-americano na África.

De acordo com a CBS News, se o governo der continuidade a essa política, centenas de outros militares vindos da Libéria devem ser submetidos a um período de quarentena de 21 dias - tempo máximo de incubação do vírus. Outros trinta soldados devem chegar à Itália ainda nesta segunda-feira.

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Ainda não há informações se os soldados tenham sido expostos ao vírus ou tenham apresentado sintomas da doença. Com a saída de Williams, o major-general Gary Volesky assumiu o comando das tropas na Libéria. Fonte: Dow Jones Newswires.

Soldados das Coreias do Norte e do Sul trocaram tiros neste domingo (19) depois que guardas norte-coreanos se aproximaram da fronteira entre os dois países. Segundo as Forças Armadas da Coreia do Sul, cerca de 10 soldados norte-coreanos chegaram perto da linha de demarcação que define a fronteira, dentro da zona desmilitarizada separando os dois países, no fim da tarde (horário local).

Os soldados sul-coreanos transmitiram mensagens de alerta e dispararam tiros de alerta após a recusa dos norte-coreanos em se retirar. Os militares da Coreia do Norte revidaram, e a troca de tiros durou cerca de 10 minutos. Depois disso, os soldados norte-coreanos recuaram.

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Militares norte-coreanos também haviam se aproximado da fronteira no sábado, mas recuaram depois de as tropas sul-coreanas dispararem tiros de advertência.

Os incidentes estão ocorrendo depois que altos funcionários de ambos os lados concordaram no início deste mês em manter conversações entre autoridades de alto escalão sobre questões do interesse dos dois países no final deste mês ou no início de novembro. A Coreia do Norte tem um histórico de escalada das tensões antes de negociações com o Sul, a fim de tentar obter concessões. Fonte: Dow Jones Newswires.

As Eleições 2014, no próximo domingo (5), contará com um efetivo de 15.115 policias civis e militares espalhados nas ruas e também nos 3.322 locais de votação do Estado. Os dados da Operação Eleições 2014 foram divulgados na tarde desta quinta-feira (2), pelo secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho. No dia da votação, a Operação Lei Seca não entrará em vigor.

Do efetivo geral, 13.642 são policias militares. Destes, 6.697 estão escalados para atuar na capital e na Região Metropolitana do Recife (RMR), enquanto 6.948 devem trabalhar no interior do Estado. O número total de policias civis que estão previstos para trabalhar no dia da votação é de 1.470, sendo 197 delegados, 220 escrivães e 1.053 agentes. Do total, 401 atuarão no Recife e RMR e 1.069, no interior. 

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Também no dia das Eleições, a venda de bebidas alcoólicas estará liberada, deixando um pouco de lado a fiscalização da Operação Lei Seca. De acordo com o secretário Alessandro Carvalho, a vistoria tira o foco da eleição. “Nas duas últimas eleições, percebemos que não houve aumento na criminalidade. Por conta disso, não tem pra quê tanto esforço. O nosso objetivo é garantir tranquilidade durante as votações”, disse o secretário de Defesa Social (abaixo). Ainda segundo Carvalho, a decisão de não aderir a Lei Seca foi após uma reunião com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRT-PE). 

O foco do Corpo de Bombeiros durante as Eleições será nas praias de Boa Viagem, Piedade e Olinda, dando mais atenção as horas de lazer após a votação. 

O Irã ordenou que um avião comercial fretado pela coalizão militar no Afeganistão, liderada pelos Estados Unidos, aterrissasse sexta-feira no país para que pagasse despesas e preenchesse alguns documentos, informou neste sábado um integrante do comitê parlamentar de segurança nacional e política externa.

Mansour Haghighatpour foi a primeira autoridade a falar sobre o desvio de um avião fretado da empresa de baixo custo flydubai.

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A aeronave, que havia partido da base aérea de Bagram, ao norte de Cabul, e ia para Dubai, recebeu permissão para partir após várias horas em solo em Bandar Abbas, sul do Irã. A trajetória de voo atravessa o espaço aéreo iraniano.

"O avião recebeu ordens para aterrissar, para pagar despesas relativas ao voo e preencher a documentação para continuar seu percurso", declarou Haghighatpour, segundo a agência semioficial de notícias Fars. "Os americanos deveriam saber que o Irã defende fortemente seu território em terra, mar e ar. Eles deveriam observar as medidas internacionais a este respeito. Caso contrário, enfrentarão atitudes como esta."

Jasem Jaderi, governador da província de Hormozgan, da qual Bandar Abbas é a capital, disse ao site de notícias iraniano yjc.ir que dos 140 passageiros do voo desviado, 110 eram norte-americanos.

O Irã entrou em contato por rádio com a tripulação da aeronave para dizer que eles não tinham documentação apropriada e que retornassem a Bagram, informou um funcionário norte-americano na sexta-feira. Os pilotos disseram que não tinham combustível suficiente para retornar, então as autoridades iranianas disseram que eles deveriam pousar no Irã.

A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Marie Harf, descreveu posteriormente a causa do desvio como "questão burocrática" com o plano de voo do avião.

Um funcionário da companhia aérea, que falou em condição de anonimato, confirmou que o avião pousou em segurança na manhã deste sábado e que "a causa do desvio está sendo examinada".

A flydubai, assim como a Emirates, é de propriedade do governo do emirado de Dubai, um dos sete Estados que compõem os Emirados Árabes Unidos.

A companhia aérea tem voos regulares para dezenas de destinos e ocasionalmente opera voos fretados. No mês passado a empresa anunciou o início de seus primeiros voos regulares para o Irã, que têm como destino a capital Teerã e a cidade de Mashhad, no nordeste do país. Fonte: Associated Press.

Em evento do diretório do PMDB de São Paulo em Jales, a presidente Dilma Rousseff partiu para o ataque à candidata do PSB, Marina Silva. Em um discurso focado na "defesa das instituições", a presidente relembrou o período ditatorial para criticar o discursos da ex-senadora de que não governa com partidos, mas sim com pessoas.

"Em uma democracia, quem não governa com partidos está flertando com o autoritarismo", afirmou a presidente. Ela procurou, também, associar o discurso de Marina à ditadura militar que, segundo ela, foi o período em que "poucos e bons" governavam. "Eu me lembro da ditadura, onde o que se dizia era o seguinte: empresário é para fazer negócio, estudante é só para estudar, todas as pessoas têm que trabalhar. Uns poucos, uns bons, governarão", disse. "Poucos e bons governaram, essa era a visão mais atrasada, que nós na época chamávamos a visão da tecnocracia, de que tinha no Brasil (sic) escolhidos que não eram escolhidos pelo povo e que eram os mais capazes", acrescentou.

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A fala da presidente ocorre um dia após a divulgação de nova pesquisa que mostrou Dilma empatada com Marina Silva no primeiro turno da disputa presidencial com 34% das intenções de voto e, no segundo turno, uma vitória de Marina com 10 pontos de vantagem.

Questionado sobre o levantamento, o vice-presidente Michel Temer desconversou. "Não preocupa não, nós temos um mês e quatro dias de campanha", disse. Neste mesmo período, em 2010, o Datafolha apontava a presidente com 47% das intenções de voto contra 29% de José Serra (PSDB) e 9% de Marina. Naquela época, as pesquisas já apontavam a vitória de Dilma no segundo turno.

Tentando não deixar transparecer preocupação com os novos números do Datafolha, Temer deixou claro que a campanha precisa "politizar" e reforçou o discurso da "preocupação com as instituições". "Temos que mostrar o que o governo fez, mostrando mais mudanças para o futuro e, do outro lado, a política, nosso governo é obediente às instituições. Veja que não houve nenhuma agressão, seja aos partidos, ao Legislativo e ao Judiciário", afirmou.

A fala de Temer não apaga, no entanto, o desconforto causado pelas posições de Paulo Skaf, o candidato do partido ao governo de São Paulo, que tem evitado aproximação com o PT e chegou a dizer, de público, que não iria a Jales nem abraçaria Dilma no palanque. Skaf, porém, apareceu no evento. No discurso de dez minutos, não citou Dilma. Fez apenas uma referência indireta à presidente.

Eles não ficaram próximos e nem se cumprimentaram. Hoje com 20 pontos na pesquisa Datafolha, em segundo lugar - o governador Geraldo Alckmin (PSDB) lidera com 50 pontos e o petista Alexandre Padilha vem em terceiro, com 5 pontos - Skaf teme a rejeição aos petistas no Estado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Tropas sul-coreanas trocaram tiros neste domingo com um soldado fugitivo que foi cercado em uma floresta depois de matar cinco colegas perto do posto avançado de fronteira onde atuava na Coreia do Norte. Os militares levaram os pais do fugitivo para tentar convencê-lo a se render, disse um funcionário do Ministério de Defesa neste domingo (22).

Um dos líderes de pelotão ficou ferido quando o sargento, identificado apenas pelo sobrenome Yim, jogou uma granada e disparou tiros contra os militares que se aproximaram dele, de acordo com um funcionário do ministério, que pediu para não ser identificado, citando regras de seu departamento. Segundo o oficial, os soldados atiraram de volta.

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Moradores de uma área nas proximidades foram alertados a não deixar suas casas. O chefe da aldeia, Jang Seok-kwon, disse ter ouvido tiros soarem cerca de 10 vezes neste domingo.

Os militares levaram os pais de Yim à floresta, para um ponto distante cerca de 10 km do posto avançado de fronteira, a fim de tentar persuadi-lo a desistir, conforme o funcionário.

Uma autoridade do ministério da Defesa confirmou que Yim era considerado um "soldado protegido e monitorado", o que significa que ele precisava de atenção especial. De acordo com a fonte, as Forças Armadas sul-coreanas atribuem esse status com base em um teste de personalidade periódico feito com militares. Fonte: Associated Press.

O coronel reformado Raymundo Ronaldo Campos, um dos cinco acusados de envolvimento na morte e ocultação de cadáver de Rubens Paiva, revelou, em depoimento de pouco mais de uma hora ao Ministério Público Federal, detalhes da "farsa" montada por militares do Destacamento de Operações de Informações (DOI) para simular a fuga do deputado, no dia seguinte de sua prisão, em janeiro de 1971.

O militar disse que seria punido se não participasse da encenação, ordenada, segundo ele, pelo então subcomandante do DOI, major Francisco Demiurgo Santos Cardoso, já falecido. Na denúncia, os procuradores pediram pena mais branda para Campos, por ter colaborado com as investigações. Na época, ele era capitão e trabalhava seção de busca e apreensão da unidade do DOI que funcionava no batalhão do Exército na Rua Barão de Mesquita, na Tijuca (zona norte), onde Rubens Paiva foi morto.

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"Demiurgo era chefe das equipes de busca (...) Eu não tinha acesso à seção de interrogatório (...) O Demiurgo, com ordem de alguém, resolveu montar operação para dizer que o Rubens Paiva fugiu. Eu fui fazer essa operação cinematográfica", disse o coronel reformado aos procuradores. Campos disse nunca ter visto Rubens Paiva. "Nem sei como ele era". Campos também falou à Comissão Estadual da Verdade.

No depoimento, o coronel reproduziu a ordem que recebeu. "Ele (Demiurgo) disse 'pega uma equipe, leva para o Alto da Boa Vista, diga que o prisioneiro fugiu, metralhe o carro para parecer que ele fugiu'. Nós atiramos no carro. Eu e dois sargentos paraquedistas, era a equipe que estava (de plantão) naquele dia. Nunca mais eu os vi. Fomos em um fusca. Saltamos, metralhamos o carro, pusemos fogo no carro e chamamos os bombeiros e a polícia. Quando chegara, o fogo tinha apagado", contou Campos.

O coronel disse que os militares usaram pistolas 45 milímetros e dispararam, cada um, "cinco ou seis tiros". "Voltamos para o quartel, contamos o ocorrido (...) Alguém escreveu (o relatório da fuga), e eu assinei. Nunca vi Rubens Paiva. Tive que fazer o registro e perguntei 'quem é o cara?'".

"Se eu não fizesse tudo isso, eu seria punido. Eu era capitão, o resto era major, coronel, general, o diabo", afirmou Campos. Agora denunciado, o coronel disse que, quando o caso Rubens Paiva foi investigado em inquérito aberto em 1986, foi orientado a manter a mesma versão da época da prisão e morte do deputado. Não disse, no entanto, quem deu a ordem. "Me mandaram recadinhos: 'mantém a história'", revelou. O inquérito foi arquivado em 1987.

A Justiça Federal aceitou a denúncia contra os cinco militares denunciados pelo Ministério Público Federal por envolvimento na morte do então deputado federal Rubens Paiva, desaparecido em janeiro de 1971. O juiz Caio Márcio Gutterres Taranto, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, entendeu que José Antônio Nogueira Belhan, Rubens Paim Sampaio, Raymundo Ronaldo Campos, Jurandyr Ochsendorf e Souza e Jacy Ochsendorf e Souza não foram beneficiados, neste episódio, pela anistia instituída em 1979. Segundo o magistrado, ela não se aplica a crimes previstos no Código Penal e em outras leis comuns. Os cinco militares têm dez dias para apresentar sua defesa.

O comandante do Destacamento de Operações de Informações (DOI) na época da prisão, tortura e desaparecimento de Rubens Paiva, general reformado José Antônio Nogueira Belham, e o ex-integrante do Centro de Informações do Exército (CIE) Rubens Paim Sampaio, coronel reformado, são acusados de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de tortura e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação de cadáver e associação criminosa armada, que podem levar a 37 anos de prisão.

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O coronel reformado Raymundo Ronaldo Campos e os irmãos Jurandyr e Jacy Ochsendorf de Souza, então sargentos paraquedistas, todos do DOI, são acusados de ocultação de cadáver, fraude processual e associação criminosa armada - as penas podem ultrapassar dez anos. Raymundo Campos pode ter a pena reduzida por ter colaborado com as investigações, revelando a "farsa" montada pelo Exército para simular uma fuga e fazer parecer que Rubens Paiva havia sido resgatado por "terroristas".

Apesar da decisão da Polícia Militar em finalizar a greve da categoria, o governo de Pernambuco decidiu manter as tropas da Força Nacional de Segurança Pública e do Exército nas ruas, até a completa normalização da situação no Estado. A determinação foi divulgada na noite desta quinta-feira (15), em coletiva com o governador João Lyra Neto e demais representantes estaduais. 

Não se sabe, ao certo, o número de homens mobilizados das tropas federais, porém estima-se que aproximadamente mil agentes continuem atuantes nas vias da Região Metropolitana do Recife (RMR). Na manhã desta sexta (16), uma nova reunião será realizada para definir se a segurança pública volta a ser comandada exclusivamente pelas tropas da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco ou se o reforço militar continua em operação.

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Segundo o soldado Joel Maurino, uma das líderes do movimento grevista da PM, 100% do efetivo retornou aos trabalhos, nesta sexta-feira. “É natural que as tropas nacionais permaneçam neste primeiro momento, com as coisas se normalizando, mas no decorrer dos próximos dias, quando a população entender que a Polícia voltou a dar sua contribuição à segurança, as tropas sairão das ruas”, examinou Maurino. 

Militantes no Iraque lançaram um ataque a um quartel militar em uma área remota no norte do país e mataram 20 militares durante a noite de ontem e madrugada de hoje, informaram autoridades do país. As mortes ocorreram no quartel localizado na aldeia de Ayn al-Jahish, no entorno de Mossul. Outros ataques no Iraque neste domingo mataram mais 14 pessoas.

Homens armados iniciaram o ataque no fim da noite de sábado, atirando contra alguns militares a curta distância, disseram dois policiais. Outros morreram lutando contra os insurgentes quando eles invadiram o quartel. Um oficial médico, que confirmou o número de baixas, disse que 11 militares tinham as mãos amarradas às costas e sofreram tiros à queima-roupa. Os soldados que foram mortos estavam encarregados de proteger um oleoduto que envia petróleo iraquiano para os mercados internacionais e fazendo guarda em uma rodovia nas proximidades. Ataques contra o gasoduto são comuns nessa área, perto de Mossul, cidade cerca de 360 quilômetros a noroeste de Bagdá.

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Nenhum grupo assumiu imediatamente a responsabilidade pelo ataque ao quartel. No entanto, ele espelhou um ataque de fevereiro na área reivindicado pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, grupo derivado da Al-Qaeda. Naquele ataque, os combatentes do grupo mataram 15 soldados no quartel, decapitando alguns deles. Em abril, militantes mataram pelo menos 10 soldados em uma base no entorno de Mossul.

O Iraque registrou outros atos de violência neste domingo. Na cidade de Adeim, cerca de 100 quilômetros ao norte de Bagdá, homens armados em um carro em alta velocidade abriram fogo contra membros da milícia Sahwa, que se juntou às tropas dos EUA no auge da guerra do Iraque para combater a Al-Qaeda, matando sete pessoas, segundo um policial e oficiais militares.

Nos arredores de Mossul, homens armados atacaram um posto de controle conjunto da polícia iraquianas e da Sahwa, matando três policiais e um miliciano sunita, afirmou outro oficial de polícia. Outro integrante da Sahwa foi morto junto com seu irmão e seu filho, quando homens armados invadiram a casa da família em Youssifiyah, 20 quilômetros ao sul de Bagdá.

Autoridades médicas confirmaram os números de vítimas. Todas as fontes falaram sob condição de anonimato, pois não estavam autorizadas a conversar com jornalistas. Fonte: Associated Press.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu a ele que não tinha nenhuma intenção de fazer outro movimento militar sobre a Ucrânia depois da anexação da Crimeia.

Ban afirmou que, durante as suas visitas a Moscou e Kiev nos dias 20 e 21 de março, "as tensões estavam muito elevadas". Ele contou ter pedido a líderes dos dois países para acalmar os ânimos e iniciar conversas diretas. Também sugeriu aos líderes da Ucrânia que deem resposta às preocupações da Rússia sobre russos étnicos em território ucraniano. "O presidente Putin (...) me disse que não tem intenção de fazer qualquer movimento militar", salientou o secretário-geral.

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Ban e o embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, falaram com repórteres depois que o secretário-geral relatou ao Conselho de Segurança a portas fechadas as suas conversas recentes com Putin em Moscou e com os líderes ucranianos em Kiev.

Churkin reforçou que Putin já deixou claro que não haverá nenhuma nova mobilização russa sobre território ucraniano. Ele acusou países de "tentar criar artificialmente a atmosfera de uma crise internacional", sem mencionar nomes. "Nossas forças na Rússia estão passando por sua rotina habitual, permanecendo em seus quartéis ou fazendo algum treinamento", afirmou. "Mas não há risco de qualquer iniciativa da Rússia contra a Ucrânia." Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos enviarão aviões militares e aumentarão o número de forças de operações especiais para a Uganda a fim de ajudar na busca pelo líder fugitivo africano Joseph Kony.

A Casa Branca confirmou nesta segunda-feira que os EUA estão enviando "um número limitado" de aeronaves CV-22 Osprey, aviões de reabastecimento e "pessoal de apoio associado" para ajudar as forças locais na sua longa batalha contra o Exército de Resistência do Senhor (LRA, na sigla em inglês), liderado por Kony. O presidente dos EUA, Barack Obama, já havia enviado cerca de 100 soldados para ajudar as forças africanas em 2011.

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A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA Caitlin Hayden disse hoje que o apoio adicional permitiria à União Africana "conduzir operações direcionadas para prender o restante dos combatentes do LRA". "Nossos parceiros africanos têm consistentemente identificado o transporte aéreo como um dos seus maiores fatores limitantes na busca e perseguição aos líderes do LRA remanescentes através de uma ampla faixa em uma das regiões mais pobres, menos reguladas e mais remotas do mundo", disse Caitlin.

As aeronaves ficarão em base da Uganda, mas serão usadas em áreas de influência do LRA na República Centro-Africana, no Congo e no Sudão do Sul para apoiar a força-tarefa regional da União Africana, disse Hayden. O LRA é acusado pelas Nações Unidas (ONU) e por grupos de direitos humanos de matar e mutilar civis e sequestrar milhares de crianças, forçando-as a ser soldados e escravos sexuais. Fonte: Associated Press.

Forças pró-Rússia assumiram o controle de dois navios de guerra ucranianos nesta quinta-feira na Crimeia, após a Ucrânia ter reiterado que suas tropas estão sendo ameaçadas na região. As tensões permanecem elevadas na península apesar da libertação de um comandante naval ucraniano que havia sido detido.

A tomada da corveta ucraniana Khmelnitsky em Sebastopol teve disparos de tiros, mas nenhum ferido, relatou um fotógrafo da AP que estava no local. Outro navio, o Lutsk, também foi cercado por forças pró-Rússia. O Ministério da Defesa da Ucrânia ainda não havia se manifestado sobre os incidentes.

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Mais cedo, o vice-ministro da Defesa da Ucrânia, Leonid Polyakov, acusou tropas russas de ameaçar constantemente invadir bases militares onde soldados ucranianos estavam instalados, de acordo com a agência de notícias Interfax. Em Genebra, o embaixador da Ucrânia nas Nações Unidas, Yuri Klymenko, alertou sobre a deterioração das relações entre os dois vizinhos, afirmando que a Rússia parece estar se preparando para uma "invasão militar" a outras áreas ucranianas. Klymenko disse que há "indicações de que a Rússia está no caminho de desencadear uma invasão militar no leste e sul da Ucrânia". Ele disse que sua declaração se baseava em relatos de organizações não-governamentais. Fonte: Associated Press.

A Ucrânia refutou a autoridade do presidente fugitivo Viktor Yanukovich para autorizar a Rússia a usar as Forças Armadas para restaurar a paz e defender a população ucraniana. O embaixador da Ucrânia da ONU, Yuriy Sergeyev, disse, em carta ao Conselho de Segurança, que, pela Constituição, "o Parlamento ucraniano tem poder exclusivo para aprovar uma decisão de autorização da entrada de Forças Armadas estrangeiras em território da Ucrânia".

Sergeyev disse estar respondendo à declaração "supostamente feita por Viktor Yanukovich" que foi lida pelo embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, em uma reunião do conselho na segunda-feira. Churkin afirmou que Yanukovich havia pedido ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que usasse as Forças Armadas da Rússia para "estabelecer legitimidade, paz, lei e ordem, estabilidade e para defender a população da Ucrânia".

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Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Deshchytsia, disse que cidadãos pró-Rússia na região da Crimeia devem estar dispostos a substituir forças militares por observadores internacionais se o novo governo autorizar um referendo por mais autonomia para a região. Em entrevista exclusiva concedida à Associated Press nesta quarta-feira, o ministro também disse que havia cancelado temporariamente seus planos de voltar de Paris para a Ucrânia em virtude da possibilidade de um encontro com o chanceler russo, Sergey Lavrov.

A mensagem de Deshchytsia parece integrar um novo esforço da parte de Kiev para acalmar a demanda por independência na Crimeia. O ministro salientou que a única forma de um referendo funcionar seria sem violência ou a presença de militares. Segundo eles, observadores internacionais teriam que monitorar a votação. Fonte: Associated Press.

Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff deixar a Base Naval de Aratu, em Salvador (BA), onde passou dez dias descansando com a família, militares que moram e trabalham no local voltaram a entrar em conflito com os moradores do Quilombo Rio dos Macacos, com quem disputam judicialmente a área.

Segundo os quilombolas, a líder do movimento, Rose Meire dos Santos Silva, de 34 anos, e seu irmão Edinei, de 36, foram presos pelos militares e sofreram agressões na tarde de segunda-feira, 7, após um desentendimento entre eles e sentinelas da base militar.

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A discussão teria ocorrido enquanto os irmãos, junto com duas crianças, filhas de Edinei, tentavam acessar o território quilombola pela entrada principal - é preciso passar por uma guarita da base para chegar ao local. Os sentinelas teriam pedido para os ocupantes do carro descerem e, sem ter o pedido atendido, teriam retirado os ocupantes do veículo à força.

As crianças teriam corrido para pedir ajuda, enquanto Rose Meire e Edinei acabaram detidos - só foram liberados à noite, após um protesto realizado na entrada da base pelos moradores, apoiados por políticos simpáticos ao movimento.

Após a libertação, Rose Meire e Ednei fizeram exame de corpo de delito e prestaram queixa na sede da Polícia Federal em Salvador. Na manhã desta terça, a líder quilombola voltou ao hospital, reclamando de muitas dores no corpo. "Dois militares pegaram a gente e bateram muito", conta. "Estou com muita dor, não consegui dormir." Ela passou o dia em observação, no Hospital do Subúrbio.

Em nota, o Comando do 2º Distrito Naval, responsável pela base, confirmou a detenção dos quilombolas, mas afirmou que elas foram causadas por ofensas e ameaças feitas pelos irmãos. O texto destaca que Rose Meire apresentava "comportamento violento" e "tentou apoderar-se da arma" de um dos militares. "Os dois foram liberados após a situação ter sido controlada", diz o comunicado, que informa que será instaurado um inquérito policial militar para apurar o ocorrido.

Moradores e militares disputam a área, reconhecida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) como quilombola, de 301 hectares, desde a década de 1950, mas os conflitos se acentuaram no fim da última década, com a decisão da Marinha de ampliar as instalações da base naval. O caso está sob análise do Tribunal Regional Federal.

Após destacar que o Ministério da Defesa completará 15 anos em 2014, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (18), em discurso no almoço com os oficiais-generais, no Clube Naval, em Brasília, que "defesa e democracia formam um círculo virtuoso". De acordo com Dilma, o momento é de fortalecimento do ministério, e isso deve ser "contínuo e consistente".

No discurso, ela exaltou que "defesa e desenvolvimento são objetivos complementares", mas reconheceu que "a crise do Estado brasileiro, em termos de recursos, impediu que houvesse este foco numa política industrial e tecnológica de defesa". Segundo Dilma, "essa política tem foco não só no reaparelhamento das Forças Armadas, mas também a percepção da capacidade de inovação da indústria nacional de defesa". A presidente lembrou que já foram realizadas "várias etapas", "mas ainda há muito o que fazer e no que investir".

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O Colégio da Polícia Militar de Pernambuco está com inscrições abertas para ingresso na instituição da Educação Infantil ao 1º ano do Ensino Médio no Recife e Petrolina, no Sertão do Estado, para 2014. De acordo com o edital, serão três vagas para a capital pernambucana e outras 17 para Petrolina para quem não é dependente de militares, funcionários civis da Polícia Militar de Pernambuco e Corpo de Bombeiros.

Para os dependentes, serão disponibilizadas 148 vagas, sendo 55 para a unidade da capital e 93 para a do sertão. As inscrições devem ser efetuadas até 14 de novembro, das 8h às 17h na Rua Henrique Dias, número 609, no bairro do Derby, área central do Recife e, em Petrolina, na Avenida Coronel Otacílio Ferraz, 20, bairro de Jatobá.

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O estudante só poderá efetuar a inscrição com a presença de pais ou responsáveis, mediante pagamento de taxa no valor de R$ 35. Caso o responsável não possa comparecer na hora disponibilizada, outra pessoa poderá fazer a inscrição mediante apresentação de procuração pública devidamente registrada em cartório.

Para as vagas da educação infantil, será realizado um sorteio no dia 22 de novembro. Quanto ao processo seletivo para os candidatos do 6º ano do ensino fundamental e 1º ano do médio será realizado no dia 29 de novembro, às 8h, nas sedes do Colégio da Polícia. Outras informações podem ser adquiridas através do edital.

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