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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil cumprem nesta quinta-feira (16) quatro mandados de prisão e 30 de busca e apreensão contra grupos de pessoas que se autodeclaram nazistas. Os mandados da operação Bergon estão sendo cumpridos em sete estados.

Além do Rio de Janeiro, policiais atuam em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Norte.

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De acordo com o MPRJ, essas pessoas são suspeitas de praticar, divulgar e instigar a realização de atos de discriminação e preconceito em relação à raça, cor, etnia e procedência nacional, além do crime de corrupção de menores

Alguns dos suspeitos são adolescentes. O grupo é investigado por publicar, em redes sociais e em aplicativos de mensagens, fotografias, imagens e textos de cunho racista, homofóbico, antissemita ou nazista. Há ainda a incitação da prática de violência contra esses segmentos.

Segundo o MPRJ, o nome da operação faz referência à freira francesa Denise Bergon, que desafiou nazistas ao abrigar e salvar a vida de dezenas de crianças judias durante a Segunda Guerra.

Os efeitos da aprovação da Lei da Improbidade Administrativa ainda tentam ser revertidos pelo Colégio Nacional dos Procuradores-Gerais dos Estados e do Distrito Federal (Conpeg), que criticam o enfraquecimento de ações anticorrupção e querem retomar a autorização das Procuradorias ingressarem com ações de improbidade, sobretudo, contra políticos. A discussão é considerada e foi levada à reunião do grupo nessa terça-feira (23), em Brasília.

Sancionada há menos de um mês, a nova Lei da Improbidade Administrativa é considerada um “retrocesso” e retirou a permissão da Fazenda Pública de promover ações contra atos lesivos ao patrimônio público.

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A modalidade culposa também foi removida e o infrator só pode ser punido, caso fique comprovado o dolo, a intenção de praticar o crime contra a Administração.

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Alteração inconstitucional

"Neste ponto, houve um grande retrocesso na alteração legislativa. As Procuradorias, que defendem os Estados em juízo, detêm clara e inequívoca legitimidade para promover as ações que questionem atos lesivos ao Tesouro estadual”, afirmou o procurador-geral do Estado de Pernambuco, Ernani Medicis.

Junto com a Associação Nacional dos Procuradores do Estado e do Distrito Federal (Anape), a Conpeg anunciou que vai apresentar uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) para reverter o dispositivo da nova lei.

Após tomar ciência que Álvaro Marques (PT), prefeito de Tacaimbó, Agreste de Pernambuco, teria transferido abruptamente servidores que não o teriam apoiado nas últimas eleições municipais, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Promotoria de Justiça local, recomendou ao gestor que declarasse nulos os atos de remoção, sem prejuízo da continuidade das investigações para apuração da responsabilidade pelos atos praticados.

O MPPE aponta que foi instaurado um inquérito civil com o objetivo de apurar indícios de violação dos princípios da legalidade e moralidade administrativas por parte do prefeito, ao transferir diversos servidores públicos municipais abruptamente, havendo a possibilidade de ter ocorrido abuso de poder, desvio de finalidade e violação dolosa dos princípios da administração pública.

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Em sua maioria, os servidores transferidos foram professores da rede municipal que, declaradamente, não apoiaram o prefeito nas últimas eleições municipais. Quando foram requisitadas pela Promotoria informações acerca do caso ao gestor municipal, Alvaro fez retornar às suas anteriores lotações os professores removidos, deixando de fazê-lo, entretanto, em relação a dois servidores.

“Restou apurado no inquérito civil que ao tempo das eleições municipais de 2020, um destes servidores públicos concorreu ao cargo de vice-prefeito na chapa oposta ao prefeito reeleito de Tacaimbó, enquanto o outro era partidário da chapa contrária, e que manifestava abertamente sua opção eleitoral”, destacou a promotora de Justiça Sarah Lemos Silva, na recomendação. 

O MPPE destaca que o primeiro dos referidos servidores foi designado e lotado junto a uma escola pública na zona rural do município, onde inexistiam atividades compatíveis com o seu cargo a serem exercidas. Já a remoção do segundo sequer se deu por portaria, mas por mero encaminhamento pela diretora de pessoal, inexistindo motivação para o ato.

Foi dado um prazo de dez dias para que o gestor municipal encaminhe para a Promotoria documentos comprovando o cumprimento da recomendação. Em caso de não acatamento, serão adotadas as medidas legais necessárias a fim de assegurar a sua implementação, inclusive através do ajuizamento da eventual ação civil pública cabível.

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), divulgou nesta sexta-feira (12), a abertura de concurso público com 125 vagas para Promotor de Justiça. Para concorrer às oportunidades com pretensão salarial de R$ 28.883,97, os interessados devem realizar as inscrições até às 21h do dia 9 de dezembro, por meio da página do ministério

Entre os requisitos para concorrer às vagas é preciso ter concluído o curso de bacharelado em direito, em escola oficial ou reconhecida; haver exercido a carreira por ao menos três anos; estar quite com o serviço militar; estar no gozo dos direitos políticos; gozar de boa saúde física e mental; ter boa conduta social e não registrar antecedentes criminais incompatíveis com o exercício da função. 

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O processo seletivo será realizado em três fases: prova preambular, de caráter eliminatório; prova escrita, de caráter eliminatório e classificatório; e prova oral, de caráter eliminatório e classificatório. Estas avaliações serão realizadas exclusivamente na capital do estado de São Paulo nos locais indicados no edital do concurso. Os inscritos devem aguardar a liberação das datas e horários de provas.   

O conteúdo programático é composto pelos temas de direito penal, direito processual penal, direito civil, direito processual civil, direito constitucional, direito da infância e da juventude, direito comercial e empresarial, tutela de interesses difusos e coletivos, direitos humanos, direito administrativo, e direito eleitoral. 

É possível solicitar a isenção da taxa de inscrição que custa R$ 288,83, até o dia 19 de novembro.

*Por Thaynara Andrade

As declarações homofóbicas de Maurício Souza seguem causando problemas para o atleta, já demitido do Minas e barrado de convocações futuras para a seleção brasileira de voleibol, desta vez 20 parlamentares LGBTQIA+ de 13 estados e sete partidos políticos diferentes entraram com ação no Ministério Público de Minas Gerais contra o jogador.

Nas redes sociais, alguns parlamentares comentaram a ação e anunciaram que também solicitaram ao Facebook, Instagram e Twitter a remoção dos conteúdos LGBTfóbicos publicados por Maurício, solicitando ainda uma audiência com as empresas para discutir suas políticas de combate a violência e os discursos de ódio.

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“Na tarde de 28/10, 20 parlamentares do país, representantes das causas LGBTQIA+, protocolaram no MP uma representação contra o jogador de vôlei Maurício Souza. Desligado do Minas, após pressão de patrocinadores, também está fora da Seleção. Além da representação no MP, o grupo de parlamentares também notificou oficialmente o Instagram, solicitando a remoção dos conteúdos LGBTfóbicos e uma Audiência com a empresa para discutir suas políticas de combate à violência LGBTfóbica e o discurso de ódio”, publicou o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ).

Participaram da ação, além de David Miranda, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES); Os deputados Leci Brandão (PC do B-SP), Vivi Reis (PSOL-PA), Fábio Félix (PSOL-DF), Robeyonce Lima (PSOL-PE), Prof. Israel (PV-DF), Ari Areia (PSOL-CE); vereadoras Erika Hilton (PSOL-SP), Monica Benício (PSOL-RJ), Linda Brasil (PSOL-SE), Duda Salabert (PDT-MG), Bella Gonçalves (PSOL-MG), Thabatta Pimenta (Pros-RN), Carla Ayres (PT-SC), Brisa Bracchi (PT-RN), Daiana Santos (PC do B-RS), Tati Ribeiro (PSOL-RN), Maria Marighela (PT-BA) e Benny Briolly (PSOL-RJ).

Após falas preconceituosas, Maurício foi afastado do Minas e obrigado a se retratar, algo que fez em uma rede social com menos de mil seguidores, enquanto seu Instagram tinha mais de 300 mil. Na quarta-feira (27), ele foi desligado oficialmente do time e então voltou as redes sociais e debochou das ações contra ele, mostrando que segue crescendo o número de seguidores. Após sua primeira postagem, Maurício tinha pouco mais de 200 mil seguidores e na manhã desta sexta-feira (29) já alcançou 1 milhão no Instagram.

 

Wesley Safadão, Thyane Dantas e a assessora do músico, Sabrina Tavares, negaram o acordo proposto pelo Ministério Público do Ceará que visava encerrar as investigações do caso de irregularidade na vacinação dos três. Vale lembrar que o trio está sendo acusado de furar a fila da vacina contra a Covid-19.

Segundo informações do jornal O Dia, o acordo consistia no pagamento de uma multa, cujo valor ainda não havia sido estabelecido, que seria direcionada para uma instituição de caridade.

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Com a decisão do casal e da assessora, o caso continuará sendo investigado pela polícia.

Entenda o caso

Em 8 de julho de 2021, Thyane Dantas, de 30 anos de idade, foi até um posto de vacinação para receber a primeira dose. O problema é que o esquema vacinal da cidade ainda estava focado em pessoas com 32 anos ou mais.

Já Wesley e a assessora estavam agendados para receber a vacina no mesmo dia, em um centro de eventos do Ceará. No entanto, a dupla acabou indo se vacinar em um shopping e levantou suspeitas de estarem escolhendo qual vacina iriam tomar, prática proibida.

A Polícia Civil e o Ministério Público investigam uma servidora pública, que foi identificada como facilitadora do crime e mais oito pessoas.

A Câmara dos Deputados pode votar, nesta terça-feira (19), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/21, que altera a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A sessão do Plenário está marcada para as 15 horas.

Nessa segunda-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a votação da PEC. Segundo ele, a proposta dá paridade e igualdade entre representantes da sociedade civil e do Ministério Públicono conselho. "Pesos e contrapesos, todo mundo tem que ser fiscalizado. Quem controla também tem que ser controlado."

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Os parlamentares já concluíram a fase de discussão do parecer do relator da PEC, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA). Segundo o texto, o CNMP terá 17 integrantes (ante os atuais 14), sendo 5 indicados ou eleitos pelo Poder Legislativo (hoje são 2). O mandato dos integrantes continuará a ser de dois anos, permitida uma recondução, e cada indicado precisará passar por sabatina no Senado.

Entre outros pontos, o texto do relator também exige que o Ministério Público crie, em 120 dias, um código de ética que vise combater abusos e desvios de seus integrantes. Se esse prazo não for cumprido, caberá ao Congresso elaborar o código por meio de uma lei ordinária.

O texto também trata da escolha do corregedor nacional do Ministério Público, que será o vice-presidente do CNMP.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a proposta foi negociada e conversada com diversos integrantes do Ministério Público, mas ressaltou a autonomia dos parlamentares para aprovar a PEC.

"Foi feito um acordo em alguns pontos e, mais importante, o fato de ter acordo ou não, não inviabiliza a votação", disse Lira, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (15). "Não vamos aceitar versões criadas contra a própria sociedade. A Câmara não deixou de conversar e ouvir ou acatar sugestões, mas não são os procuradores que votam no Plenário da Câmara e do Senado", declarou.

Para a aprovação de uma PEC, são necessários pelo menos 308 votos no Plenário da Câmara, em dois turnos. A proposta teve sua admissibilidade aprovada em maio pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Incêndios florestais

Entre outros itens, a pauta do Plenário de terça-feira também inclui o Projeto de Lei 11276/18, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, disciplinando as situações nas quais será permitido seu uso.

A relatora do projeto, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), ressalta a necessidade de aprovação da proposta para ampliar o combate a incêndios florestais. "Há dados terríveis, que chamam a atenção do mundo, como em torno de 17 milhões de animais mortos em incêndios em 2020 no Pantanal", afirmou.

De autoria do Poder Executivo, o projeto cria três órgãos para coordenar esse combate; permite queimadas realizadas por indígenas e agricultores familiares; e traz medidas para substituir o fogo por tecnologias alternativas.

*Da Agência Câmara de Notícias

Denunciando intolerância religiosa e racismo institucional, uma servidora pública do município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, foi às redes sociais relatar que descobriu ser alvo de denúncia ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na última quarta-feira (22). Elayne Viana, de 31 anos, que é psicóloga e coordenadora do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Vila Roca e candomblecista, foi denunciada por “fazer rituais da sua religião” no ambiente de trabalho, durante o expediente. 

Na queixa, foi anexada uma foto de Viana, na qual ela aparece utilizando o turbante e uma guia. A guia é um colar utilizado pelos filhos (abiãs) de um determinado ilê ou casa de candomblé, e que representa o orixá “guia” de determinada pessoa de fé. No Brasil, a liberdade de culto e expressão é direito constitucional garantido, acobertado também através da Lei 9.459/2007 de Intolerância Religiosa. 

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LeiaJá teve acesso ao documento que formalizou a denúncia ao MPPE. O denunciante solicitou anonimato, justificando que é uma pessoa que trabalha no CRAS. A priori, a denúncia foi feita somente à ouvidoria do órgão, mas no dia seguinte a gerente de Elayne soube do pedido ao MP. 

“A coordenadora Elaine, do CRAS VILA ROCA, no município do Cabo de Santo Agostinho, tem feito no ambiente de trabalho e no horário de trabalho rituais de sua religião. Sempre compostos por velas, incensos, imagens, flores. Não suportamos mais. E isso quando se encontra no local. A mesma nunca cumpriu horário de trabalho, nem de chegada, nem de saída, muitas vezes quando vai para o almoço não retorna. Um absurdo”, diz a queixa. Elayne nega qualquer comportamento inadequado além da manifestação individual de sua fé.

Elayne Viana, de 31 anos, alega ser vítima de racismo institucional. Foto: Reprodução/Instagram

Também ex-presidente do Conselho de Igualdade Social do Cabo, a denunciada afirma estar ciente dos próprios direitos e também possuir articulação com o Movimento Negro de Pernambuco. Elayne, já sob orientação, deve argumentar racismo na resposta ao Ministério Público, que deve ser feita pela Secretaria de Programas Sociais do município, dentro de um mês. “Me informaram que vão construir uma resposta ao MP, dentro do prazo de 30 dias, e a resposta que será construída será com base na intolerância religiosa e racismo institucional”, contou Elayne ao LeiaJá.  

E continuou: “É um caso explícito de racismo institucional, religioso e intolerância religiosa. Até quando nós de comunidades tradicionais vamos precisar passar por isso? Começa com uma denúncia e depois levamos uma pedrada na rua. Isso quando não morremos”. 

LeiaJá entrou em contato com a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho no sábado (25), para entender como a gestão deve se manifestar em seu retorno à denúncia; e também com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em busca de um esclarecimento sobre como as questões de manifestação religiosa dos servidores públicos do estado são cobradas, uma vez que a denúncia foi aceita pela instituição.

O MPPE respondeu que "a manifestação encontra-se na Promotoria de Justiça na Defesa do Patrimônio Público do Cabo de Santo Agostinho porque a questão apresentada diz respeito a possíveis faltas funcionais por descumprimento da carga horária". 

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A Câmara dos Deputados aprovou regime de urgência para o Projeto de Lei 813/21, que transforma, sem elevar gastos, 141 cargos de técnico do Ministério Público da União em 8 cargos de procurador de Justiça e em 164 cargos em comissão no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. A proposta foi apresentada pelo chefe do Ministério Público da União (MPU), o procurador-geral da República, Augusto Aras.

A relatora da proposta na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, deputada Erika Kokay (PT-DF), manifestou-se contra a urgência, por acreditar que é necessário debater mais o tema com os servidores. A comissão aprovou na semana passada requerimento de audiência pública com representantes de sindicatos e associações do setor.

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Comissionados x concursados

A principal preocupação de Erika Kokay é que os cargos técnicos de funcionários de carreiras serão transformados em cargos comissionados. "É a lógica de transformar estruturas permanentes em cargos comissionados. Precisamos fortalecer as estruturas do Ministério Público, do corpo de trabalhadores de servidores permanentes. Precisamos valorizar quem passou em concurso", apontou. "Se tem recurso para contratar cargos comissionados, por que não tem para contratar concursados?", questionou.

A deputada Celina Leão (PP-DF), que pediu a urgência, informou que o relator do Plenário poderá transformar os cargos comissionados de livre provimento em cargos para servidores efetivos. "Vamos contemplar a preocupação de nossos sevidores e sindicatos, que respeitamos", prometeu.

Celina Leão observou que o Ministério Público do Distrito Federal tem pelo menos 15 anos de impedimento para novos concursos públicos, o que hoje inviabiliza o procedimento jurisdicional no Distrito Federal. "Tivemos uma ampliação do serviço de outras varas do judiciário e o Ministério Público não tem mão de obra para acompanhar o atendimento jurisdicional", justificou.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O influenciador digital e youtuber Raulino de Oliveira Maciel, mais conhecido como Raulzito, foi denunciado por estupro de vulnerável pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, segundo informações do jornal Extra. O MP ainda pediu a prisão preventiva dele, que está detido graças a um mandado de prisão temporária expedido pela 4ª vara criminal de Niterói.

Ele teria cometido abusos sexuais contra duas crianças, de 10 e 11 anos de idade, por pelo menos quatro vezes, na residência de uma delas, em Niterói. Outros sete casos suspeitos foram denunciados em São Paulo, Paraíba e Santa Catarina.

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A polícia teria comprovado em uma investigação que o gamer fazia contato com os pais das vítimas por meio das redes sociais e, após ganhar a confiança deles, cometida o abuso em seu estúdio, que fica em São Paulo. Os crimes ainda conteciam na residência das vítimas, já que Raulzito se hospedava nos locais com a permissão dos pais das crianças.

Raulzito tinha dois canais de games no YouTube, onde aparecia com chamados talentos mirins. Em uma das contas, ele tinha mais de 200 mil inscritos e contava com uma marca de 1,8 milhão de visualizações. Na Twitch, plataforma de transmissão de games, ele tinha cerca de 120 mil inscritos. O youtuber ainda fez parte do quadro de streamers do SBT Games no início do ano. Caso seja condenado, ele pode pegar uma pena que varia de oito a 15 anos de reclusão.

O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu nesta sexta-feira, 13, a prisão preventiva da ex-deputada federal Flordelis. Ela foi denunciada em abril do ano passado pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo de Souza, mas nunca chegou a ser presa em razão da imunidade parlamentar. Com a cassação do mandato aprovada nesta semana pelo plenário da Câmara dos Deputados, a Promotoria fluminense decidiu pleitear a preventiva.

Entre os argumentos usados pelo MP estão uma suposta tentativa de embaraçar as investigações e a "gravidade da conduta criminosa". Ela foi apontada na denúncia como a mentora intelectual do crime.

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"Ao longo de toda a persecução penal, que ainda não se findou, restou claro que a liberdade da ré colocava em risco tanto a instrução criminal quanto a aplicação da lei penal. Mesmo sendo cabível e necessária a prisão preventiva, a sua decretação não foi possível, restando apenas a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, que, por sinal, nunca foram suficientes para o resguardo dos bens jurídicos", escreveu o promotor Lucas Caldas Gomes Gagliano, que assina o pedido.

Para o Ministério Público, a perda da imunidade parlamentar é uma oportunidade de equacionar as medidas cautelares impostas a Flordelis no curso do processo.

A Promotoria considera que elas foram muito brandas e "desproporcionais", levando em conta o crime investigado e a impossibilidade de prender a agora ex-deputada.

"A proporcionalidade das medidas cautelares aplicadas diante das condutas da ré em momento algum foi observada, na medida em que a prisão preventiva a todo o momento se mostrou a mais apropriada para resguardar a instrução e a aplicação da lei penal", lembrou o MP.

Habeas corpus

Antevendo a possibilidade de prisão, a defesa da ex-deputada entrou mais cedo com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar evitar uma eventual decisão desfavorável na Justiça do Rio.

Os advogados pedem que a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3.ª Vara Criminal de Niterói, seja impedida de dar qualquer decisão no processo até que seja julgado um pedido de afastamento da magistrada feito no mês passado.

Consumidores denunciam que a construtora Viver/Inpar, juntamente com as empresas SOLV e JIVE, estão vendendo apartamentos que já foram adquiridos no Beira Mar Condomínio Clube, localizado no Janga, Paulista. Segundo eles, desde o ano passado que as empresas responsáveis pelo empreendimento estão realizando, unilateralmente, os distratos dos contratos de compra e venda que já foram celebrados.

O Beira Mar Condomínio Clube teve as vendas da 1ª fase iniciadas em 2008, com a promessa de entrega para 2011. No entanto, a primeira fase só começou a ser entregue em 2016.

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Nélia Cristina Cruz de Paula é uma das consumidoras lesadas pela duplicidade. Ela comprou dois apartamentos, na planta, logo no lançamento em 2008. Nélia confirma que os imóveis só começaram a ser entregues em 2016, com cinco anos de atraso. 

"Com isso, o que aconteceu foi que o saldo devedor foi sendo reajustado, quem comprou na planta ficou sem poder financiar esse valor que só pode ser financiado quando a obra está pronta", explica.

Além disso, Cristina aponta que a construtora impedia que os compradores fizessem repasse dos imóveis porque o valor do saldo devedor foi crescendo com o atraso da entrega da obra e eles acabaram ficando reféns.

"O valor do saldo devedor foi crescendo enquanto a construtora vendia as unidades sobrantes por um valor inferior ao saldo devedor - inferior até ao que pagamos na planta", detalha.

Processos correm na Justiça

Sem um acordo com a construtora, os consumidores que se sentiram lesados entraram com dois processos na Justiça para discutir o pagamento dos valores e pedir uma indenização pelo atraso na entrega da obra. Além disso, eles também tentam discutir na Justiça outras questões como a cobrança de condomínio, que já está sendo feita.

Ameaça 

Entre abril e maio do ano passado, Nélia recebeu duas cartas de uma representante da construtora VIVER/INPAR, cada uma referente a um apartamento que comprou, afirmando que o saldo devedor de um dos imóveis era de quase R$ 400 mil e o do outro beirando os R$ 500 mil. Ela alega que a empresa ameaçou tomar os imóveis dela se os pagamentos não fossem feitos em até 15 dias.

Em outubro do ano passado, Nélia recebeu uma outra proposta da construtora, que ofereceu para o distrato R$ 28 mil por um apartamento e R$ 20 mil pelo outro - o que não foi aceito. Ela revela que esses valores não chegam a metade do que pagou em 2008 pelos empreendimentos.

"A minha intenção é ficar com os apartamentos. Eles disseram que não podiam fazer nenhuma negociação comigo, só com os advogados", salienta.

Imóveis sendo negociados

No final de outubro, consumidores como Nélia descobriram que a construtora, mesmo com a questão correndo na Justiça, colocou os imóveis - já adquiridos - para a venda novamente.

Por meio de nota, os consumidores solicitaram que a Prefeitura de Paulista e o Cartório Siqueira Campos - 1º Ofício Registro de Imóveis de Paulista, suspedessem o processo de Habite-se e o registro dos imóveis em situação irregular. 

Também cobraram ao Procon que determine a imediata suspensão de todas as vendas de unidades no empreendimento e solicitaram ao Ministério Público Estadual que analise a situação, já denunciada desde o ano passado, e se pronuncie sobre o caso. Além disso, pediram ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) que dê resposta célere aos processos que se encontram em juízo.

Empresas autuadas após denúncia

Nesta quinta-feira (12), após ser procurado pelo LeiaJá para comentar a denúncia, o Procon de Pernambuco realizou uma operação de fiscalização nas empresas Viver Incorporada e Construtoras, Inpar Projetos, SOLV Real e Jive Asset. As empresas serão autuadas e os estandes de venda interditados por demora na entrega dos imóveis e por venda em duplicidade. 

Já o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) respondeu que oficiou as empresas e os órgãos de defesa do consumidor e está no aguardo das partes. Além disso, a 6ª Promotoria de Justiça e Defesa da Cidadania do Paulista informou que está realizando as diligências referentes ao processo.

Viver se pronuncia

Nossa equipe de reportagem entrou em contato com as empresas SOLV, JIVE e INPAR. Até o momento somente a Viver Incorporadora se pronunciou. O espaço segue aberto para a manifestação das outras envolvidas.

Em nota enviada ao LeiaJá, a Viver Incorporadora disse que recebeu a intimação formal do Procon/PE para suspensão da oferta de unidades do residencial Beira Mar Condomínio Clube apenas na data de 12 de agosto de 2021. 

A Viver Incorporadora disse ainda que está contribuindo com o órgão para apuração de todos os fatos dentro do prazo estabelecido e afirmou que não houve comercialização de unidades em duplicidade.

A empresa falou que o empreendimento foi entregue com "todas as licenças e autorizações das autoridades públicas aos clientes que efetivamente quitaram seus débitos".

"Por fim, cabe ressaltar que a Companhia mantém o compromisso com a ética e transparência, atuando sempre dentro dos limites legais e contratuais aos quais está sujeita", finalizou a Viver na nota.

 

 

A Justiça Federal determinou a suspensão do concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) após apurar que a reserva de 20% das vagas destinadas a candidatos negros em todas as fases do certame não foi cumprida.

A solicitação, que veio por meio do Ministério Público Federal (MPF) de Sergipe, argumenta que a União e o Cebraspe estão desrespeitando a Lei de Cotas, uma vez que estão computando no número de correções das provas discursivas das cotas raciais somente os candidatos que tiveram nota o suficiente para estarem dentro das vagas da ampla concorrência.

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A antecipação de tutela, requerida pelo Ministério Público Federal sobre o concurso PRF, foi concedida como forma de aplicar corretamente a porcentagem das cotas raciais nas correções das provas discursivas. O MPF exigiu que na correção os seguintes requisitos fossem respeitados: 

- respeito à reserva de vagas de negros em todas as fases do concurso PRF, não somente na apuração do resultado final;

- retificação do edital explicando que os candidatos negros que obtiverem notas nas provas objetivas a ponto de terem as provas discursivas dentro da ampla concorrência não mais serão contabilizados nas vagas reservas para negros na lista de correção as discursivas dos cotistas;

- não considerar, no número de correções de provas discursivas para vagas reservadas para candidatos negros, aqueles candidatos negros que obtiveram nota suficiente para estarem no número de correções de provas discursivas para vagas de ampla concorrência, na primeira etapa do concurso público em andamento, devendo realizar, ainda, a correção das provas discursivas de candidatos autodeclarados negros aprovados e classificados dentro das vagas reservadas;

 - que, analisados os eventuais recursos, seja publicado o resultado final da prova discursiva relativamente a esses candidatos e façam a convocação para a prova de capacidade física dos que forem aprovados na prova discursiva;

- a suspensão do andamento do concurso público até que os candidatos que venham a ter suas provas discursivas corrigidas;

O documento ainda retruca o entendimento realizado pela banca organizadora, questionando que a metodologia adotada reduz o número de provas discursivas de candidatos negros a serem corrigidas. Como exemplo a ser seguido, a ação pontua os concurso do TRF 3 e Abin, que adotaram a medida de reservar as vagas em todas as etapas e não somente no resultado final.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) acolheu, nesta sexta-feira (6), um pedido do Ministério Público (MP) do Rio e autorizou o andamento do processo das rachadinhas do senador Flávio Bolsonaro (Patriota). No dia 30 de junho, a desembargadora Maria Augusta Vaz Monteiro de Figueiredo determinou que os acusados sejam notificados para apresentar uma resposta, o que a defesa de Flávio considerou a notificação “precipitada”. As informações são do jornal O Globo.

O filho 01 do presidente é acusado de comandar um esquema de recolhimento de salários de seus assessores à época em que era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A prática é conhecida como “rachadinha”. O senador nega qualquer irregularidade.

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Em fevereiro, a Quinta Turma do STJ anulou as quebras de sigilo bancário e fiscal do senador. O subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais, Roberto Moura Costa Soares, disse ao TJ que é possível dar prosseguimento à ação porque existem evidências que vão além da quebra do sigilo.

O atual subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais, Roberto Moura Costa Soares, apresentou um pedido sigiloso no dia 31 de maio listando as provas do caso das rachadinhas que devem permanecer válidas, após a decisão do STJ. O subprocurador disse ao Tribunal de Justiça do Rio que é possível dar prosseguimento à ação porque existem evidências que vão além da quebra do sigilo.

Uma das provas citadas pelo MP é um acordo de delação premiada assinado com a ex-assessora Luiza Souza Paes, que confessou o esquema das rachadinhas no gabinete.

"Seguindo essa linha de raciocínio, a mesma sorte merece o acordo de colaboração firmado entre o Ministério Público e denunciada Luiza Souza Paes, (...) que contém provas absolutamente independentes da quebra do sigilo bancário do fiscal dos investigados, fornecidas de forma espontânea pela colaboradora", escreveu o subprocurador em depoimento obtido pela reportagem.

O MP solicitou a retirada de 16 provas da denúncia apresentada à Justiça e que tiveram origem direta ou indiretamente em informações obtidas a partir das quebras de sigilo, anuladas pelo STJ. Nesse material, estão, por exemplo, documentos sobre pagamentos de imóveis do senador e da mensalidade escolar de suas filhas.

O restante das provas, argumentou o subprocurador, deve permanecer válido porque foi obtido sem ter qualquer relação com as quebras de sigilos. Dentre os documentos que devem continuar no processo, de acordo com a avaliação do MP, estão os materiais obtidos nas duas operações de busca e apreensão realizadas pelo MP do Rio, em dezembro de 2019 e junho de 2020.

Na noite desta segunda-feira (2), por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu arquivar uma notícia-crime que pedia a abertura de uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O julgamento virtual que havia sido iniciado no dia 25 de junho tem relação com os cheques depositados pelo ex-assessor Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

O único voto divergente do relator, o ex-ministro Marco Aurélio de Mello, que se aposentou no mês passado, foi dado por Edson Fachin. Apesar disso, antes mesmo do recesso, em 5 de julho, os posicionamentos de Marco Aurélio, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Nunes Marques, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber já eram contrários às investigações.

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O mesmo posicionamento foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. É praxe que a corte siga a posição da Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirmou não haver indícios de crime nos depósitos.

Dessa maneira, prevaleceu a atuação alinhada aos interesses do Palácio do Planalto do procurador-geral, Augusto Aras. Ele acaba de ser indicado pelo presidente para mais um mandato à frente do Ministério Público Federal.

Ao divergir de Marco Aurélio Mello, Edson Fachin enfatizou que, para ele, “os fatos noticiados são graves e invocam apuração à sua medida, em especial quando considerado o desatendimento, de pronto, dos princípios norteadores da Administração Pública”.

Esquema das ‘rachadinhas’

Com os dois filhos no centro das investigações por supostos esquemas de rachadinha em seus gabinetes - Flávio e Carlos -, o presidente Bolsonaro sempre esteve, de certa forma, próximo desse tipo de narrativa escorregadia. Isso ocorre porque os funcionários dos gabinetes da família eram “conectados” por relações familiares ou chegavam a trabalhar para pai e filhos.

O nome “rachadinha” se refere à prática ilegal de devolução de salários de assessores para determinado parlamentar a partir de um acordo criminoso, ou então como um tipo de exigência para a função. Em novembro de 2020, Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), atualmente senador, foi denunciado à Justiça por indícios de um esquema do tipo enquanto cumpria o mandato de deputado estadual.

Ainda em 2018, às vésperas das eleições presidenciais, o jornal Folha de São Paulo chegou a revelar indícios de funcionários fantasmas no gabinete de Jair, quando desempenhava funções de deputado. Depois disso, O Estado de São Paulo e a revista Crusué divulgaram cheques do ex-PM Fabrício Queiroz depositados nas contas da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

À época, Queiroz era amigo próximo do presidente e foi denunciado pelo Ministério Público do Rio como operador do esquema no gabinete de Flávio. As quebras de sigilos fiscais e bancários do “filho zero um” mostraram outras transações suspeitas dos funcionários de Jair.

A quantia repassada para a primeira-dama

Os depósitos feitos por Queiroz para Michelle aconteceram em momentos variados. Entre outubro de 2011 e abril de 2013, o ex-assessor repassou R$ 36 mil, em 12 cheques de R$ 3.000. Já entre abril e dezembro de 2016, depositou R$ 36 mil em nove cheques de R$ 4.000 cada, chegando à soma de R$ 72 mil.

Segundo a Folha, a esposa de Queiroz, Márcia Aguiar, depositou outros cinco cheques de R$ 3.000 e um cheque de 2.000 para Michelle entre janeiro e junho de 2011. O total de repasses de Queiroz e sua esposa, portanto, chegou a R$ 89 mil.

Na direção oposta, Bolsonaro afirma que os depósitos eram mera devolução de empréstimo, não tendo relação com qualquer esquema ilegal. Os extratos bancários de Queiroz, no entanto, não mostram qualquer depósito feito por Bolsonaro em sua conta.

Um estudante de 17 anos faleceu após cair no chão da Escola de Referência em Ensino Médio Frei Romeu Peréa, no Curado l, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. De acordo com informações da Secretaria Estadual de Educação e Esportes (SEE-PE), o adolescente estaria “brincando” com outro menor de idade quando o incidente ocorreu na tarde dessa terça-feira (22).

Embora não tenha concedido detalhes sobre o tipo de “brincadeira” que os jovens praticavam, a secretaria afirmou que a equipe escolar prestou socorro à vítima e o levou para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Curado, local onde o óbito foi confirmado. Em seguida, o corpo foi encaminhado para o IML (Instituto de Medicina Legal) da capital, de acordo com a Polícia Civil (PCPE).

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A Polícia Militar também esteve na escola após ser acionada pela direção, e conduziu o estudante agressor, que tem 15 anos, ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), “por se tratar de um caso de crime contra a vida”. “O jovem foi ouvido na presença de sua mãe e do gestor da escola, e foi instaurado um Procedimento Especial de Menor (PEM) tipificado, preliminarmente, como homicídio culposo (quando não há intenção de matar)”, disse, em nota, a SEE-PE.

O estudante ficará sob a guarda dos responsáveis e os autos serão encaminhados ao Ministério Público. Por meio de nota, a PCPE declarou que fez o registro, através da Força Tarefa de Homicídios da Região Metropolitana Sul, de um ato infracional por homicídio culposo, e garantiu que “as investigações seguirão até a completa elucidação".

A SEE-PE ainda lamentou o fato e afirmou que está apoiando as famílias dos jovens neste momento difícil.

 

O retorno do Paulistão ficou mais próximo na noite dessa quinta-feira. O Ministério Público do Estado de São Paulo enviou ofício ao governador João Doria aprovando o novo protocolo sanitário elaborado pela Federação Paulista de Futebol (FPF), o que abre caminho para o retorno do Estadual.

O documento foi enviado pelo próprio procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, a Doria, que deve se manifestar sobre o assunto nesta sexta-feira. "O procurador-geral de Justiça encaminhou ofício ao governador João Doria, sobre a manifestação do coordenador do GT (Grupo de Trabalho) de Enfrentamento à Covid-19 do MP-SP sobre o protocolo de retomada das atividades de futebol da série A1 do Campeonato Paulista, apresentado pela Federação Paulista de Futebol", anunciou o MP, em comunicado.

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No ofício, Sarrubbo disse aprovar o novo protocolo da FPF. "(Houve) Um avanço positivo diante do contexto que se revelava quando da edição do decreto de 11 de março", registrou o MP, referindo-se ao decreto que estabeleceu a fase emergencial em todo o Estado de São Paulo, no mês passado.

Até então, o MP-SP vinha apoiando a decisão de vetar a realização de eventos esportivos no Estado, em razão do agravamento da pandemia nas últimas semanas. Uma das exigências que o MP fazia à FPF para pedir a liberação dos jogos era a obrigação de realização de testes de covid-19 no dia das partidas, o que foi finalmente acatado pela federação, após certa relutância, em reunião realizada na quarta-feira.

Essa exigência vinha sendo discutida por MP e FPF nos últimos dias na composição de um novo protocolo. "O novo protocolo da FPF, discutido com representantes da Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Trabalho, é produto de diálogo estabelecido entre esta Instituição e a Federação Paulista de Futebol, em várias reuniões realizadas durante as últimas semanas", anunciou o MP.

A decisão de fazer exames nos dias do jogo abriu caminho para a instituição apoiar a federação no pedido pelo retorno do Paulistão. Doria já havia indicado anteriormente que iria acatar as orientações do MP. O governador, contudo, precisará editar novo decreto para liberar a atividade esportiva no Estado.

Se isso acontecer na sexta-feira, em tese o Paulistão já poderia ter jogos no sábado. A competição está paralisada desde 15 de março, quando o governo estadual anunciou que São Paulo entraria na fase emergencial, de maior restrição às atividades públicas. O período inicial desta fase se encerraria no dia 30 de março, mas foi estendido até o dia 11 deste mês.

Insatisfeita com esta decisão, a FPF então passou a tentar levar os jogos do Paulistão para outros Estados, a começar por Minas Gerais, sem sucesso. Conseguiu realizar duas partidas no Rio de Janeiro - Mirassol x Corinthians e São Bento x Palmeiras, ambos na cidade de Volta Redonda.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Gabriel Barbosa, atacante do Flamengo, por crime contra a saúde pública por ter participado na madrugada do domingo passado de aglomeração com outras 150 pessoas em um cassino clandestino na zona sul da capital.

O MP-SP pede o pagamento de 100 salários mínimos (R$ 103.900,00) ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FUMCAD) pela infração penal. Gabriel e outras 57 pessoas serão processadas pelo crime previsto no artigo 268 do Código Penal, por desrespeitar medida do poder público para evitar a propagação de doença contagiosa.

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O gerente do cassino e os funcionários vão responder também por realizarem jogos de azar, que é uma contravenção penal.

Gabriel foi flagrado em um cassino, na Vila Olímpia, em uma operação de força-tarefa contra aglomerações durante a pandemia. Cerca de 200 pessoas estavam no local, entre elas o cantor de funk MC Gui. A polícia chegou ao endereço após denúncia.

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O deputado Alexandre Leite (DEM-SP), relator de processo contra a deputada Flordelis (PSD-RJ) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, apresentou nesta terça-feira (16) seu plano de trabalho para o caso. Flordelis é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ).

Pelo roteiro de Leite, primeiramente serão ouvidos os policiais responsáveis pelo inquérito e, em seguida, as testemunhas indicadas por Flordelis. Assim, falarão em oitiva: o delegado de polícia Allan Duarte Lacerda e a delegada Bárbara Lomba Bueno; e também as testemunhas Simone dos Santos Rodrigues, Marzy Teixeira da Silva, Adriano dos Santos Rodrigues, Flavio dos Santos Rodrigues e André Luiz de Oliveira, todos filhos da parlamentar.

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Depois a própria deputada será ouvida e, por fim, serão realizadas outras diligências que se mostrarem necessárias. O relator procederá às diligências por até 40 dias úteis contados da apresentação da defesa da parlamentar, o que ocorreu na segunda-feira (15).

Defesa

Nesta terça, Flordelis, que participou da reunião do Conselho de Ética por videoconferência, voltou a se dizer inocente. Ela alegou que não pode ser julgada e condenada antes que todo o processo seja concluído. Segundo Flordelis, a mandante do assassinato foi sua filha Simone.

“Eu não sabia o que estava acontecendo dentro da minha casa. Eu não sabia que o meu marido estava assediando a minha filha. Eu não sabia”, disse Flordelis. “Minha filha foi a mandante. Mas eu não compactuo com isso. Não matar. Ela tinha os caminhos de denúncia.”

Chorando, a parlamentar pediu para ser olhada “como ser humano, como mulher, como mãe”. “Eu não mandei mantar meu marido. Eu não participei de nenhum ato de conspiração contra o homem que foi meu companheiro por mais de 20 anos. Mais que meu marido, ele era meu amigo. Nós viajávamos juntos, nós éramos inseparáveis”, acrescentou.

Alexandre Leite não admitiu um pedido de inépcia da representação apresentado pela defesa, uma vez que o processo por quebra de decoro já foi admitido e iniciado a partir da Representação 2/21, da Mesa Diretora da Câmara.

Nova reunião

O Conselho de Ética voltará a se reunir nesta quarta (17) para analisar a proposta de atualização de seu regulamento, que também tem como relator Alexandre Leite.

“Entre hoje e amanhã, espero entregar uma tabela comparativa, para que os deputados entendam como é e como fica a proposta de atualização do nosso regulamento. Trata-se de uma mera atualização do que já é realizado e de alterações pontuais de alguns procedimentos”, explicou.

Reunião Deliberativa Extraordinária 

Neste terça a deputada debateu, em reunião deliberativa virtual, propostas de sua autoria.

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*Da Agência Câmara de Notícias

 

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