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Anunciado como futuro ministro da Casa Civil, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou, nesta quinta-feira, 1º de novembro, que o juiz federal Sergio Moro vai receber "toda a estrutura para fazer um combate implacável à corrupção" no superministério da Justiça. O convite para Moro assumir a pasta foi oficializado esta semana, mas Lorenzoni admitiu que vinha conversando com o juiz federal desde a semana passada, ainda que negue ter mantido tratativas durante a campanha eleitoral.

Em conversa com jornalistas, Lorenzoni disse ainda que Moro "recém aceitou o convite", e que ainda vai conversar sobre a estrutura do ministério - que deve unir, pelo menos, as pastas da Justiça e Segurança Pública.

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Moro também deve indicar nomes de sua preferência para compor a equipe de transição.

Um dos principais aliados de Bolsonaro, Lorenzoni disse que o presidente eleito vai se reunir com o presidente Michel Temer na próxima quarta-feira, 7, para "oficializar" o processo de transição.

O futuro ministro da Casa Civil, por sua vez, ficará em Brasília e tem mantido reuniões na Câmara com representantes da bancada da bala e bancada evangélica.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, usou a escolha de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça e da Segurança Pública para reforçar a tese de que o magistrado agiu politicamente nos casos relacionados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para a dirigente petista, Moro "ajudou a eleger" Bolsonaro ao condenar Lula, o que gerou a inelegibilidade do petista, e agora vai ajudar o presidente eleito a governar.

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"Moro será ministro de Bolsonaro depois de ser decisivo pra sua eleição, ao impedir Lula de concorrer", escreveu Gleisi no Twitter, citando ainda o vazamento de conversas da ex-presidente Dilma Rousseff e a divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci. "Ajudou a eleger, vai ajudar a governar", disse Gleisi.

O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba, se reuniu com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na manhã desta quinta-feira, dia 1º, no Rio de Janeiro. Sob escolta da Polícia Federal, ele chegou sem dar declarações. Na saída, o juiz federal chegou a descer do veículo onde estava para falar com a imprensa, mas um início de tumulto acabou fazendo com que ele retornasse sem se pronunciar.

Logo após a saída de Moro, o Blog do Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, divulgou que o magistrado havia aceitado o convite do capitão da reserva para comandar o superministério da Justiça. E que irá divulgar uma nota ainda pela manhã detalhando os termos da proposta que aceitou.

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O encontro durou pouco mais de 1h30 e ocorreu na casa de Bolsonaro, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste da capital fluminense. O juiz federal desembarcou no Rio às 7h30 e entrou em uma caminhonete da PF ainda na pista de pouso do Santos Dumont.

Durante a reunião entre os dois, muitos curiosos se aglomeraram em frente ao condomínio, que fica em frente à praia da Barra. Isso atrapalhou a saída da comitiva que levava o juiz federal - Moro estava em uma das duas caminhonetes da PF, que ficou cinco minutos parada na saída do conjunto de casas. Foi nesse momento que o juiz saiu para se pronunciar, ao lado de Paulo Guedes, mas acabou voltando.

Enquanto esperava pelo deslocamento, o juiz ouviu muitos gritos de apoio. Alguns pediram para ele "prender o Lindbergh (Farias, atual senador pelo PT do Rio de Janeiro e derrotado nessas eleições quando tentava a reeleição) " e "ir atrás da Narizinho (apelido da presidente do PT, Gleisi Hoffmann)".

O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta quinta-feira, dia 1º, o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para comandar o superministério da Justiça. O magistrado, que esteve reunido com Bolsonaro pela manhã, prometeu realizar uma coletiva de imprensa, na próxima semana, detalhando os termos da proposta que aceitou.

Segue abaixo a nota oficial do juiz:

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Nota oficial

Fui convidado pelo sr presidente eleito para ser nomeado ministro da justiça e da segurança pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a pespectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastas riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.

Curitiba, 01 de novembro.

Sérgio Fernando Moro

Indicado como futuro ministro da Defesa no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Augusto Heleno afirmou nesta quarta-feira, 31, que a transição já começou, que o País está "deixando a desejar" no combate à criminalidade e que, atualmente, há uma certa "inversão" na discussão sobre direitos humanos no Brasil.

"Direitos humanos são, basicamente, para humanos direitos. Essa percepção, muitas vezes, não tem acontecido. Estamos deixando a desejar nesse combate à criminalidade", disse o general Heleno durante entrevista à Rádio Eldorado.

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O aliado de Bolsonaro declarou ainda que, no Brasil, não há um progresso na redução da criminalidade nem na contenção do crime organizado. Para o general, é fundamental respeitar os direitos humanos na resolução desses problemas, mas, segundo ele, existe uma "inversão de valores nessa história".

Heleno afirmou que o tema dos direitos humanos é de "alta relevância", mas que a necessidade de existir um ministério para o assunto é algo discutível. "Se mudar a estrutura, não vai mudar sua importância."

Segundo o general, é preciso mudar a visão estratégica do problema da segurança. Questionado sobre a manutenção da intervenção federal no Rio, Heleno disse que a decisão cabe ao presidente eleito. "É um assunto a ser discutido. Vai ser objetivo de conversa entre o novo governador (Wilson Witzel, do PSC) e o presidente."

'Exceção'

O general da reserva avaliou que, com o uso das tropas federais, a situação se converteu em um problema de segurança nacional. "Não podemos aceitar que caminhemos pouco a pouco para virar um 'narcopaís' - o número de homicídios que temos no Brasil, o maior consumidor de crack do mundo, o segundo de cocaína, o maior local de passagem de droga do mundo. É uma série de títulos que não orgulha um povo. É um absurdo tratar isso como situação normal. É situação de exceção que merece tratamento de exceção", afirmou.

Para ele, o Brasil vive hoje uma crise moral, ética, econômica e social, e está à beira do abismo, com a economia "caótica", e que, para sair dessa situação, é preciso que os governantes também deem bons exemplos. "O governo tem que se pautar em três pilares: honestidade, transparência e austeridade. E esses precisam se apoiar no exemplo."

Sobre a possibilidade de assumir o Ministério da Defesa, Heleno disse que seria uma honra e uma realização profissional, mas afirmou que prefere que a confirmação seja feita por meio de decreto no Diário Oficial da União. "Já tenho idade para não ficar alimentando nada que não seja concretizado."

O general Heleno disse ainda que a pasta tem estrutura sólida e foi uma das menos afetadas pelas gestões dos últimos governos, as quais qualificou como "catastróficas". Segundo ele, a influência político-partidária não foi capaz de modificar as diretrizes do Ministério da Defesa. Entre os desafios do novo ministro, o aliado de Bolsonaro citou o aumento da integração entre as Forças e a luta por orçamento, "tendo consciência das restrições". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O juiz Sérgio Moro chegou antes das 8h desta quinta-feira, dia 1º, ao Rio de Janeiro, para a reunião com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), na casa do militar da reserva, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital. Cotado para o cargo de ministro da Justiça, o juiz responsável pelos principais processos judiciais da Operação Lava Jato desembarcou diretamente na pista de pouso, de onde partiu para a casa de Bolsonaro em carro da Polícia Federal (PF) e falou apenas com a Rede Globo que o acompanhou na viagem.

De acordo com o site G1, o magistrado disse que a motivação de seu encontro com Bolsonaro se dá em razão do País precisar de uma agenda anticorrupção e contra o crime organizado.

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"Se houver a possibilidade de uma implementação dessa agenda, convergência de ideias, como isso ser feito, então há uma possibilidade. Mas como disse, é tudo muito prematuro", disse Moro à reportagem da Globo. Durante o voo, o juiz chegou a dizer que ainda não há nada definido. "Ainda vai haver a conversa", emendou.

Na tarde desta quarta-feira, 31, a colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo, disse que Moro aceitará o convite de Bolsonaro porque assumirá um ministério da Justiça ampliado.

A reforma administrativa desenhada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), com a fusão de vários ministérios, deve levar mais de um ano para ser concluída e terá uma economia irrisória no gasto com cargos, na avaliação de técnicos do atual governo. O temor é que as mudanças tirem foco das prioridades emergenciais para a recuperação da economia e o ajuste das contas públicas.

O exemplo mais recente da lentidão da burocracia foi a transferência do Ministério da Previdência Social para ser apenas uma secretaria dentro do Ministério da Fazenda. A decisão foi do presidente Michel Temer, levou 14 meses para ser efetivada e ainda hoje depende de ajustes não concluídos. No governo da presidente cassada Dilma Rousseff, a fusão do Ministério da Previdência com o do Trabalho fracassou depois de brigas internas.

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O mesmo clima beligerante é esperado com a criação do superministério da Economia, com a fusão dos ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior, sob a batuta do economista Paulo Guedes.

Se no Planejamento não há tanta preocupação com o impacto da fusão, no Ministério da Indústria o sentimento é de mágoa com Guedes. A interpretação é de que, por trás da fusão, estaria a tentativa de esvaziar todas as funções mais relevantes da pasta, dando maior protagonismo ao corpo de técnicos da Fazenda com visão de políticas muitas vezes contrária.

Já a fusão do Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente provocou divisão entre os representantes do agronegócio. Enquanto produtores de soja avaliam positivamente a fusão, lideranças da agroindústria, que inclui as empresas exportadoras, e também o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, criticaram a decisão.

MEC

A possível retirada do ensino superior do Ministério da Educação - atribuição que deve passar para Ciências e Tecnologia - preocupou representantes tanto da rede pública como da particular. A avaliação é de que isso esvaziaria o orçamento da pasta, já que essa etapa representa 64% do gasto primário em educação, e comprometeria a articulação com a educação básica.

"Em todo mundo se entende como imprescindível a aproximação entre o ensino superior e a educação básica, porque um está a serviço do outro. Não podemos formar professores nas universidades, sem saber qual é a demanda das escolas", diz o sociólogo César Callegari, que foi secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia durante o governo Lula.

Um dos efeitos poderia ser o atraso ou mudanças na discussão da esperada reformulação dos cursos de formação de professores, que depende da articulação entre as faculdades e as políticas de educação básica, como a Reforma do Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular (documento que define o que deve ser ensinado em sala de aula).

Reinaldo Centoducatte, presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), disse que há preocupação ainda com o encaminhamento que seria dado a outros órgãos ligados ao MEC, e que têm políticas e programas que transpõem todas as etapas do sistema educacional. Por exemplo, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela transferência de recursos e material didático para as escolas até o Financiamento Estudantil (Fies). "É uma mudança significativa que precisa de uma grande discussão antes de ocorrer. Como elas continuariam se a estrutura for separada em dois ministérios?", questionou Centoducatte. O Fórum de Entidades Representativas do Ensino Superior Particular pediu reunião com o novo governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba, Sérgio Moro, responsável pela primeira instância da operação Lava Jato, se reúne nesta quinta-feira (1º), com Jair Bolsonaro e seu vice, o general Hamilton Mourão, na casa do presidente eleito, no Rio. O encontro acontece três dias depois de Bolsonaro afirmar que pretende convidar o magistrado para assumir o ministério da Justiça. Segundo apurou a coluna Direto da Fonte, Moro vai comunicar que aceita o convite para assumir um Ministério da Justiça ampliado. A inclinação do juiz curitibano, diante da escolha de seu nome, foi claramente positiva.

No desenho esboçado pela equipe de Bolsonaro, o novo ministério da Justiça seria mais abrangente e incluiria a área de Segurança Pública - que tem sob seu comando a Polícia Federal -, mais a Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Na reunião desta terça-feira, 30, a equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) avaliou fusões em ministérios que podem chegar de 15 a 17 pastas. Atualmente, há 29 ministérios. Além do superministério de Economia, que englobará Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e o da Agricultura, que juntará com o do Meio Ambiente, a Casa Civil também deverá se juntar a Secretaria de Governo, que será comandada pelo deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Ciência e Tecnologia, que terá como ministro o astronauta Marcos Pontes, será unido ao Ensino Superior. Também haverá a fusão do ministério da Infraestrutura com o de Transportes. Já o de Desenvolvimento Social unirá os Direitos Humanos e cogita-se uma mulher ligada a movimentos sociais para ocupar o cargo. Haverá ainda a fusão do ministério da Justiça com o da Segurança Pública, para onde se cogita o juiz federal Sérgio Moro.

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Há uma dúvida em relação ao Ministério da Integração Nacional, se este deverá juntar o das Cidades e de Turismo. Permanecerão separados os ministérios da Defesa, Trabalho, Minas e Energia, Relações Exteriores, Saúde e o Gabinete de Segurança Institucional.

Veja como será a composição dos ministérios no governo Bolsonaro:

1) Casa Civil com a Secretaria de Governo - Onyx Lorenzoni

2) Economia (fusão de Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior) - Paulo Guedes

3) Defesa - General Heleno

4) Ciência e Tecnologia (com ensino superior) - Marcos Pontes

5) Educação, Cultura e Esporte

6) Agricultura e Meio Ambiente

7) Trabalho

8) Minas e Energia

9) Relações Exteriores (está em discussão se será um diplomata ou alguém formado em relações internacionais)

10) Integração Nacional (ainda não está definido, mas deve juntar com Cidades e Turismo)

11) Infraestrutura, juntando com Transportes

12) Gabinete de Segurança Institucional (talvez mude o nome para ministro de Segurança Institucional, ao invés de ministro chefe do gabinete) - deverá ser um nome ligado ao Exército

13) Desenvolvimento Social junto com Direitos Humanos (pode ser uma mulher ligada a movimentos)

14) Justiça e Segurança

15) Saúde

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) negou, nesta quarta-feira (31), que a equipe ministerial do seu governo seria composta por pessoas condenadas por corrupção. Nas redes sociais hoje, rumores de que o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) iria compor o primeiro escalão tomou conta das redes sociais e eleitores do capitão da reserva reagiram negativamente a possibilidade. 

Fraga foi condenado, em primeira instância, a 4 anos e 2 meses de prisão em regime semiaberto por recebimento de propina quando era secretário de Transportes do Distrito Federal em 2008.

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"Nossos ministérios não serão compostos por condenados por corrupção, como foram nos últimos governos. Anunciarei os nomes oficialmente em minhas redes. Qualquer informação além é mera especulação maldosa e sem credibilidade", declarou Bolsonaro. 

Antes da eleição, entretanto, um vídeo mostra que o novo presidente recebeu a visita de Alberto Fraga juntamente com um grupo de parlamentares que compõem a chamada bancada BBB [bíblia, boi e bala] e, durante o encontro, Bolsonaro disse que o democrata seria o "coordenador da bancada no Planalto", indicando que ele exerceria uma função de articulador político, mas não chegou a falar em ministérios. O vídeo voltou a circular nas redes sociais hoje e as hashtags “Fraga” e “Eu avisei” ficaram entre os assuntos mais comentados do Twitter. 

Representantes da Frente Nacional dos Prefeitos se reuniram na manhã desta quarta-feira, 31, na capital paulista, para produzir um documento a ser encaminhado ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), são três as principais demandas: retomada do desenvolvimento econômico e aprovação das reformas tributária e previdenciária. Também há uma preocupação geral em relação à extinção do Ministério das Cidades, medida cogitada pelo futuro governo.

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"O candidato Bolsonaro disse que iria diminuir e extinguir ministérios. Então ele não está fazendo nada além do que falou. A gente acha que sair criticando sem saber o que virá seria uma atitude precipitada. Agora é uma preocupação muito grande. Hoje temos projetos em andamento no Ministério das Cidades, principalmente as médias e grandes cidades. Estamos falando de moradia, saneamento básico, drenagem, transportes. Nos preocupa a extinção e queremos saber o que vem no lugar", disse o prefeito de Campinas (SP) e presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Jonas Donizette (PSB).

Para Covas, a preocupação não é com a existência ou não da pasta, mas como se dará a interlocução do governo federal com os municípios. "O programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo, aonde vai ficar? No Ministério do Planejamento? Como será a interlocução com os municípios? Essa é a preocupação da Frente. Se o presidente eleito entende que não há necessidade de manter o Ministério das Cidades, que conduz essa relação hoje, gostaríamos de saber de que forma vamos continuar a dialogar por uma ação conjunta", afirmou o tucano.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), ressaltou que o importante é haver uma política de apoio às cidades, seja com um ministério, uma secretaria ou agência. "O que soa como música aos meus ouvidos como prefeito é a frase menos Brasília é mais Brasil. O Brasil somos nós. O Brasil é urbano e foi esse Brasil que pôs o presidente lá. A política urbana é essencial para o bem do Pais, assim como uma política de meio ambiente."

Meio Ambiente

Os prefeitos reunidos nesta quarta ainda se posicionaram contra uma eventual saída do Brasil do Acordo de Paris, já levantada por Bolsonaro, mas depois descartada. A junção dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente - confirmada após a eleição - também é outra preocupação do grupo que reúne 400 municípios e 60% da população brasileira.

Donizette lembrou que a Frente Nacional dos Prefeitos assinou um acordo com a ONU para implementar um programa de incentivo a práticas sustentáveis. O Brasil foi o primeiro País do mundo a criar um selo para municípios que se comprometessem com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU.

O grupo vai se reunir no fim de novembro em São Caetano do Sul, no ABC paulista, e espera a presença de Bolsonaro, convidado a comparecer.

O grupo mais próximo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou nesta terça-feira, 30, o formato do Ministério do futuro governo. Citado pelo próprio Bolsonaro como um "grande símbolo" da luta contra a corrupção e possível titular da pasta da Justiça - o juiz Sérgio Moro - que comanda a Operação Lava Jato em Curitiba - admitiu que poderá aceitar o convite caso ele seja feito.

"Tudo depende de conversar para ver se há convergências importantes e divergências irrelevantes", disse Moro ao jornal O Estado de S. Paulo.

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O juiz federal foi cotado pelo presidente eleito também para uma vaga no Supremo Tribunal Federal - durante o mandato de Bolsonaro serão abertas duas vagas na Corte por aposentadoria compulsória, a do ministro decano Celso de Mello, em novembro de 2020, e a de Marco Aurélio Mello, em julho de 2021.

Em nota divulgada na terça-feira, Moro disse que ficou "honrado" com a lembrança de seu nome para os dois postos. "Sobre a menção pública pelo sr. presidente eleito ao meu nome para compor o Supremo Tribunal Federal quando houver vaga ou para ser indicado para Ministro da Justiça em sua gestão, apenas tenho a dizer publicamente que fico honrado com a lembrança. Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão."

No governo Michel Temer, o Ministério da Justiça foi desidratado e deixou de ter controle sobre a Polícia Federal, que passou a ser vinculada à pasta extraordinária da Segurança Pública, criada em fevereiro. No desenho da nova Esplanada sob o governo Bolsonaro, a previsão é de que os dois ministérios sejam fundidos.

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, disse que "tudo indica" que a pastas serão juntadas, porque isso faz parte "do processo de enxugamento" do primeiro escalão do governo. Mourão participou nesta terça, no Rio, da primeira reunião entre Bolsonaro e a equipe de assessores mais próximos, quando foi discutido o novo organograma da Esplanada dos Ministérios. Questionado sobre Moro, o vice eleito disse que o titular da Justiça "certamente será alguém que tenha estatura moral perante o País".

Se aceitar ingressar no futuro governo e depois ser indicado para o Supremo, Moro vai repetir a trajetória do ministro da Corte Alexandre de Moraes. A pessoas próximas, Moro disse que poderia fazer "coisas boas" na Justiça. Uma questão fundamental seria ter o controle da PF. Por isso, uma eventual fusão da Justiça com Segurança Pública seria importante para a decisão do juiz da Lava Jato.

Na segunda-feira, dia 29, em entrevistas concedidas ao SBT e ao Jornal Nacional, da TV Globo, Bolsonaro anunciou a intenção de ter Moro no seu governo ou indicá-lo para o Supremo. "Pretendo conversar com ele (Moro) para ver se há interesse da parte dele", disse Bolsonaro em entrevista ao SBT. "Se eu tivesse falado isso antes (na campanha) soaria como oportunismo."

Ao Jornal Nacional, o presidente eleito afirmou que Moro é um "grande símbolo" da luta contra a corrupção. "Poderia ser ministro da Justiça ou, abrindo uma vaga no STF, (escolher) a que achar que melhor poderia contribuir para o Brasil."

Aliados de Bolsonaro já haviam dito que Moro era cotado para ocupar uma cadeira no Supremo. Esta é a primeira vez que o nome do juiz é citado como possível ministro. O ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno disse ao jornal ainda durante o segundo turno da campanha presidencial que eventual governo Bolsonaro poderia indicar o magistrado para a Corte.

Moro foi alvo de citações elogiosas e críticas na campanha ao Palácio do Planalto. O candidato do Podemos, Alvaro Dias, vinculou sua candidatura à Lava Jato e tinha como uma de suas principais promessas convidar, caso eleito, o juiz para ocupar o Ministério da Justiça.

Delação. À vésperas do primeiro turno das eleições, Moro divulgou parte da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, decisão que motivou o PT a entrar com uma reclamação contra o juiz no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No trecho da colaboração tornado público, Palocci diz que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - condenado e preso na Lava Jato - sabia do esquema de corrupção na Petrobras desde 2007.

Na reclamação, o PT alegou que Moro mudou a data do interrogatório de Lula e de outros 12 réus na ação do sítio de Atibaia. As audiências, previstas para agosto e setembro, foram adiadas para novembro, a fim de evitar "exploração eleitoral dos interrogatórios", segundo Moro. Para o partido, o mesmo cuidado não foi levado em questão "quando se trata de tornar públicas declarações que, sabidamente, possuem capacidade de influenciar diretamente as eleições gerais de 2018".

Em resposta ao CNJ, o magistrado disse que não teve a intenção de influenciar o resultado da eleição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O futuro ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro, general Augusto Heleno, disse na manhã desta quarta-feira, 31, em entrevista à Rádio Eldorado, que é uma honra e uma realização profissional comandar essa pasta. Alertou, contudo, só poderá falar como titular do posto quando ver seu nome no Diário Oficial da União (DOU).

"Tenho idade suficiente para não alimentar nada que não seja realidade ainda, prefiro que a confirmação do meu nome seja feita no DOU", disse. Heleno afirmou que tem reunião nesta quarta-feira com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e que, na prática, a transição já começou.

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Na sua avaliação, a estrutura do Ministério da Defesa é sólida e foi uma das menos afetadas pelas gestões anteriores, que classificou de "catastróficas". Indagado sobre uma questão em pauta neste pleito e após o resultado da urnas, a defesa dos direitos humanos, o general disse que hoje há uma inversão de valores nessa questão e que há muito a desejar no aspecto teórico do combate à criminalidade.

Na sua avaliação, talvez não seja necessário um ministério dos Direitos Humanos, mas uma secretaria que cuide do tema. "O assunto direitos humanos é de alta relevância, se mudar estrutura não vai mudar sua importância", emendou.

Sobre a continuidade ou não da intervenção federal no Rio de Janeiro, Heleno disse que a decisão caberá ao futuro presidente Jair Bolsonaro. Mas se disse chocado em ver criminosos exibindo armamentos de guerra em zonas urbanas e debochando dos civis.

"É preciso lei pra voltar respeito às forças legais, aí modificaremos a atitude das forças criminosas. Precisamos enfrentar com grandeza a crise ética, moral, econômica e social e sair da beira do abismo, a economia está caótica."

O general disse que já conversou com Bolsonaro sobre a importância deles serem o exemplo para o País. "Precisamos ser o exemplo, é preciso resgatar a noção da patriotismo", finalizou.

Ao deixar a casa do empresário Paulo Marinho, o futuro ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PSL), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que não houve contradição na postura adotada pela cúpula sobre a fusão dos ministérios do Meio Ambiente com o da Agricultura e o da Economia, que unirá o da Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio. Ao longo da campanha, Bolsonaro anunciou que tomaria a medida, mas recuou na semana passada, dizendo que era uma pessoa "que está pronta para o diálogo" e que queria "o melhor para o campo e para o meio ambiente".

Confrontado com isso, Onyx negou que Bolsonaro tenha admitido, durante a campanha, recuar das medidas. "Ele não falou que não ia fazer. Ninguém recuou nada. A questão da agricultura, alimentação e meio ambiente é uma decisão desde os primeiros passos do plano de governo", disse.

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Os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente serão fundidos no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), assim como as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio - formando este último o superministério da Economia. A decisão foi anunciada hoje (30), após reunião na casa do empresário Paulo Marinho, no Rio de Janeiro.

O coordenador de economia da campanha de Bolsonaro, Paulo Guedes, apontado como futuro ministro da Economia, confirmou a criação do superministério, enquanto o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado para Casa Civil, reiterou sobre a fusão do Meio Ambiente com a Agricultura.

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Guedes e Onyx conversaram com os jornalistas após reunião, onde trataram sobre a formatação do governo e o início dos trabalhos da transição. Amanhã (31) Onyx deverá ir a Brasília para se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que coordena a equipe de transição do governo Temer.

Redução de ministérios

Onyx afirmou que o objetivo é reduzir de 29 ministério para 15 ou 16. Guedes acrescentou que a junção das pastas é importante para dar agilidade às decisões. “Nós vamos salvar a indústria brasileira. Está havendo uma desindustrialização há mais de 30 anos.

Nós vamos salvar a indústria brasileira, apesar dos industriais brasileiros”, disse Guedes.

Guedes disse que o governo pretende simplificar e reduzir drasticamente o número de impostos. “Será uma abertura gradual. E a razão do Ministério da Indústria e Comércio estar próximo da Economia é para justamente existir uma mesma orientação econômica em tudo isso. Não adianta a turma da Receita ir baixando os impostos devagar e a turma do Ministério da Indústria e Comércio abrir muito rápido. Isso tudo tem que ser sincronizado, com uma orientação única."

Previdência

Ambos confirmaram também que o próprio presidente eleito que vai conduzir a discussão sobre a reforma da Previdência. “A reforma da Previdência, quem comanda essa decisão é o presidente. O professor Paulo Guedes e toda equipe estão conversando com o presidente, que vai nos sinalizar”, disse Onyx.

Ontem (29) Bolsonaro, em entrevistas a emissoras de televisão, afirmou que pretende vir a Brasília na próxima semana quando se reunirá com o presidente Michel Temer e também pretende agilizar o debate sobre a reforma da Previdência.

Para Guedes, quanto mais rápido o processo avançar, melhor. “Do ponto de vista econômico, quanto mais rápido melhor. Nós estamos atrasados, essa reforma podia ter sido feita lá atrás. Agora, existe um cálculo político”, observou.

Em seguida, o futuro ministro da Economia acrescentou: “Acho que, na parte econômica, nós devemos avançar o mais rápido possível. O nosso Onyx, corretamente, não quer que uma vitória nas urnas se transforme em uma confusão no Congresso”.

O candidato Jair Bolsonaro (PSL), confirmou neste domingo (21) que, se eleito, pretende fundir os Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura. "Até o momento está garantida esta fusão. O ministro será indicado pelo setor produtivo, logicamente que a bancada do agronegócio terá seu peso nessa indicação". Segundo o candidato, a ideia deu certo em países que juntaram essas duas pastas. "O que não podemos continuar é com dois ministérios antagônicos."

A proposta é alvo de críticas de setores de exportação e do próprio agronegócio. Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, essa pressão fez a equipe técnica do candidato do PSL rejeitar uma fusão das pastas do Meio Ambiente e da Agricultura.

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Nas últimas semanas, o grupo de campanha do PSL recebeu análises de especialistas em comércio exterior que preveem dificuldades com fornecedores da Europa se um possível governo confirmar o aniquilamento do Meio Ambiente e sinalizar para um aumento das taxas de desmatamento na Amazônia.

Um estudo que estava sendo preparado por auxiliares do presidenciável ressalta que órgãos como o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) devem estar, num eventual governo, na estrutura de um superministério de infraestrutura ou se manter como pasta independente integrada ao sistema de defesa nacional.

Desde a pré-campanha, os auxiliares de Bolsonaro já trabalhavam com a perspectiva de que uma fusão era inviável administrativamente. Eles argumentam que área ambiental atua em temas de infraestrutura e energia, por exemplo, sem conexão com a Agricultura.

As críticas generalizadas levaram a equipe a descartar a integração. Mas a palavra final é de Bolsonaro e no domingo ele voltou a reafirmar sua intenção de fundir os ministérios.

Economia

Ainda no domingo, o candidato também disse, em vídeo publicado em seu Twitter, que colocou suas demandas econômicas - entre elas dólar competitivo, taxa de juros baixas e inflação na meta - na mesa e que o economista Paulo Guedes (cotado para ser ministro da Economia em um eventual governo PSL ) disse ser possível. "Queremos privatizar grande parte das estatais, tendo um olhar para os funcionários, levando em conta o que são empresas estatais satélites", afirmou, acrescentando que "Paulo Guedes disse que há condição de atingir o objetivo".

Segundo Bolsonaro, se deixar a carga tributária como está, "temos a certeza que o Brasil quebra, então temos que arriscar". "A desoneração (de impostos) tem que atingir de forma positiva todo setor produtivo brasileiro e não apenas alguns setores." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) afirmou, nesta segunda-feira (15), que pretende, se eleito, montar a equipe ministerial com “os melhores” e não descartou a possibilidade de convidar o filósofo e doutor em educação, Mario Sérgio Cortella, para ser ministro da Educação. Haddad e os aliados estão aproveitando o Dia do Professor, celebrado hoje, para difundir nas redes sociais ações de um eventual governo para a área e pontuar que votam em "professor" e não em "opressor", fazendo referência indireta ao adversário Jair Bolsonaro (PSL).

“Sou amigo do Mario Sérgio Cortella há anos. Ele acompanhou meu trabalho como ministro e há muito tempo eu liguei para o Cortella e falei: se eu puder opinar no próximo governo, e não era nem candidato a nada, disse que ele deveria pensar em ocupar o Ministério da Educação. Recentemente trocamos um telefonema, ele é meu amigo, não nego. Converso com todo mundo. Quero montar a equipe dos melhores”, observou, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

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Uma imagem que circula nas redes sociais aponta não apenas Cortella como futuro ministro de um possível governo de Haddad, mas o médico Dráuzio Varella, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB) e o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT). A imagem é considerada fake news pelos veículos de checagem, uma vez que os nomes citados não confirmaram.

Na entrevista, Haddad também disse ter conversado com Joaquim Barbosa, mas disse que não tratou sobre ministérios. “Não vejo problema nenhum em conversar com ele sobre medidas de combate a corrupção que podem ser utilizadas no meu governo” , disse.

Em 2018, o governo federal já gastou mais de R$ 509 milhões em 433.888 processos de viagens a serviço. Os dados foram divulgados no Portal da Transparência, que também mostra os gastos públicos dos anos anteriores.

Ao todo, 84% foram valores pagos em viagens nacionais e 16% em viagens para o exterior. Os órgãos responsáveis pelos maiores gastos com viagens não foram informados, mas representam 37,66% do total. Em seguida, está o Ministério da Educação (21,61%), o Ministério da Justiça (18%), o Ministério da Defesa (11%), o Ministério da Saúde (6,53%) e o Ministério da Fazenda (5,19%).

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No portal também é possível acessar o ranking com os dez servidores que mais viajaram dentro e fora do Brasil. O Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, foi o que mais gastou com viagens pelo país, somente neste ano o servidor foi responsável pelo custo de R$ 103 mil em viagens. Já o secretário de Articulação Social, Henrique Ferreira, lidera os gastos em viagens internacionais, com R$ 221 mil. Os valores ainda devem ser atualizados para mais, já que faltam mais de três meses para o fim do ano.

O programa de governo do tucano Geraldo Alckmin não incluiu sugestões polêmicas formuladas por especialistas que trabalharam na elaboração do documento e propostas feitas pelo próprio candidato em entrevistas durante a pré-campanha. Em julho, Alckmin disse que iria diminuir dez ministérios, propor a redução em um terço (27) do número de senadores e para 120 deputados, alegando que "não tem sentido" ter tantos políticos em Brasília. O documento, porém, fala em cortar "em até 10" o número de pastas sem especificar quantas e quais, e não faz menção à redução de cadeiras no Congresso.

Sobre reforma política, o programa diz apenas que pretende adotar o voto distrital misto e aumentar o porcentual da cláusula de barreira para 5%.

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O texto também evita abordar temas que desagradam aos aliados mais conservadores do Centrão, grupo de partidos que aderiu à coligação tucana. Coordenador do capítulo sobre saúde do programa, o médico David Uip havia incluído a descriminalização das drogas entre as possíveis propostas a serem apresentadas ao tucano. A ideia, porém, não entrou na redação final.

A facilitação de posse de arma no campo prometida por Alckmin também ficou de fora porque, segundo aliados, já existe um projeto de lei a respeito do assunto no Congresso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio à pressão dos ministérios por mais recursos no Orçamento de 2019, a equipe econômica ainda precisa resolver o complicado xadrez orçamentário deste ano. A melhora na arrecadação abriu espaço para distribuir R$ 666,6 milhões que restam disponíveis dentro do teto de gastos, mas a boa notícia expôs o grau de restrição que os órgãos enfrentam.

Para essa pequena folga, foram apresentadas demandas "prioritárias" que somam mais de R$ 10 bilhões, ou 15 vezes o valor disponível, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Mais da metade do valor é referente a pedidos para custear despesas administrativas, que garantem o funcionamento dos órgãos. Outra parte é para bancar investimentos, sobretudo de obras inacabadas.

O governo tem tentado distribuir os recursos de forma pulverizada, priorizando despesas para manter a máquina funcionando e para pagamento de contratos. Mas ficou claro na reunião da Junta de Execução Orçamentária, na quarta-feira, que não há como atender a todos.

Para fontes do governo, o quadro é insustentável caso o Congresso Nacional resista a aprovar a reforma da Previdência. Na semana passada, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou que o teto deve ser ampliado em R$ 59 bilhões em 2019. A regra prevê que o limite do ano anterior é corrigido pela inflação. No entanto, as despesas obrigatórias devem avançar R$ 80 bilhões.

O governo precisa enviar um projeto de lei ao Congresso para abrir um crédito suplementar para usar o excesso de arrecadação. O projeto vai incluir R$ 1,178 bilhão que será destinado à capitalização de estatais, como a Caixa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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