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Por conta das fortes chuvas dessa quarta-feira (24), a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) suspendeu o abastecimento de água de 60 locais com risco de deslizamento de barreira no Grande Recife e Zona da Mata Norte. 

Antes de reestabelecer o fornecimento, a Compesa fará uma vistoria nas redes em cada bairro das sete cidades afetadas pela medida. Técnicos da companhia visitaram algumas localidades e a expectativa é que a distribuição seja retomada até o fim da manhã desta quinta (25).

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Confira os locais em que a água foi suspensa:

Recife

Água Fria;

Alto José Bonifácio;

Alto José do Pinho;

Alto Santa Terezinha;

Apipucos;

Beberibe;

Bomba do Hemetério;

Brejo da Guabiraba;

Brejo de Beberibe;

Cajueiro;

Casa Amarela;

Córrego do Jenipapo;

Dois Irmãos;

Dois Unidos;

Fundão;

Guabiraba;

Linha do Tiro;

Macaxeira;

Mangabeira;

Morro da Conceição;

Nova Descoberta;

Passarinho;

Ponto de Parada;

Porto da Madeira;

Sitio dos Pintos;

Sítio São Braz;

Várzea (UR-7);

Vasco da Gama.

 

Jaboatão dos Guararapes

Alto Santa Rosa;

Alto do Vento;

Alto Jardim Quitandinha;

Carlos Pinto;

Cavaleiro;

Curado I;

Curado IV (parte alta);

Curado V;

Dois Carneiros;

Monte Verde;

Nossa Senhora dos Prazeres;

Pacheco (Alto do Rodo);

Rua São Paulo;

Três Carneiros;

URs.

 

Olinda

Alto da Bondade 2 (parte alta);

Alto da Manguba;

Córrego da Bondade (Rua Gibraltar);

Estrada do Passarinho;

Ruas Carpina;

Floresta e adjacências.

 

Paulista

Centro;

Alto Sumaré;

 

Abreu e Lima

Alto da Bela Vista.

 

Camaragibe

Areeiro;

Alto Santo Antônio;

Areinha;

Alberto Maia (Santa Terezinha/Santa Maria);

Tabatinga.

 

São Lourenço da Mata

Penedo;

Boa Vista.

 

Goiana

Ponta de Pedras.

Na campanha de imunização do Recife, a invisibilidade da periferia às vistas da gestão pública foi novamente exposta com a disposição de apenas dois dos 19 pontos de aplicação em regiões de maior vulnerabilidade social. Distantes das doses, distribuídas em locais de vacinação que poderiam ser distribuídos com equidade, o limite do acesso à Saúde ultrapassa a insegurança dos bairros e a frágil condição financeira da população, sobretudo da negra, que recebeu bem menos doses que brancos e pardos.

Com 1.237.614 adultos que precisam ser imunizados, nem 31,36% do público está devidamente protegido. O Vacinômetro da campanha, o qual a Secretaria de Saúde (Sesau) informa atualizar diariamente, apesar do último registro ser da terça-feira (27), mostra que só 388.047 recifenses concluíram o ciclo vacinal com duas doses ou com a dose única da Janssen.

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Baixa proteção aos negros

No recorte racial, o Plano Vacina Recife evidencia uma realidade largamente desproporcional. A desconfiança dos moradores de comunidades sobre um possível propósito discriminatório é apresentada na entrega do imunizante. Só 44.229 negros estão protegidos contra a Covid-19 na capital. O número é bem inferior aos 157.958 de pardos vacinados. A desigualdade é ainda maior em relação aos brancos, que representam 177.804.

Para exaltar o modo como trata a pandemia desde janeiro, o prefeito João Campos (PSB) forçou uma comparação dos índices do Recife aos de Nova York. A diferença é que, enquanto decretos de convivência com a pandemia ainda reprimem as atividades comerciais em Pernambuco, que acumulou 587.849 infectados e 18.702 óbitos na quarta (28), na metrópole norte-americana o fim das medidas restritivas foi anunciado por uma queima de fogos no dia 15 do mês passado.

Dentre a pouca oferta do auxílio municipal e a ampliação da entrega de imunizantes, uma das ações de maior orgulho da gestão é a disposição de 26 pontos de vacinação entre os oito distritos sanitários do município. Porém, sete deles são híbridos - funcionam como centros e drive-thrus - e atendem ao público da mesma região.

Na Zona Sul, apenas a Unidade Pública de Atendimento Especializado (UPA-E) do Ibura garante o imunizante aos bairros do entorno. Morador da UR-10, o quitandeiro Samuel da Silva, de 63 anos, precisou cruzar a cidade para conseguir tomar a segunda dose no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte.

"Foi meio contramão, mas valeu à pena ir para finalizar com a segunda dose. Tive que ir lá porque mais perto não tinha vaga", reclamou o comerciante.

Da UR-05, o feirante João Sobral, 62, conta que já deveria ter concluído o esquema vacinal. O prazo para a segunda dose expirou nessa terça e ele ainda não conseguiu o novo agendamento em nenhum centro. Para a primeira, desembolsou duas passagens de ônibus até o Geraldão, na Imbiribeira, mas ainda não sabe quando vai conhecer o sentimento de proteção. "Minha sobrinha não tá conseguindo. Só tá dizendo que não tem vaga", relatou.

Sem mais orientações no aplicativo Conecta Recife e desconectado do mundo digital, Seu João pretende ir a um posto de saúde na região para tentar marcar a dose complementar. A vizinha de bairro, Dona Lúcia de Souza, 71, já tentou informações em uma Unidade Básica de Saúde, mas saiu decepcionada sem saber ao certo o que fazer.

LeiaJá também: Periferia em depressão e a epidemia dentro da Covid-19

"A vacina não tá muito boa não porque falta muita gente até para tomar a primeira. Tem um posto ali, mas não sabem informar nada a agente e a pessoa dá não sei quantas viagens, e 'diz eles' que não sabem", criticou. "Devia botar posto de vacinação e liberar logo para o pessoal com menos de 30 anos", acrescentou a idosa.

Com a mobilidade reduzida pela idade avançada, se não fosse o filho para levá-la de carro até o imunizante, Dona Lúcia estaria exposta ao vírus no transporte público ou enfrentaria uma longa caminhada entre a infraestrutura precária e as condições geográficas do Ibura. "Ia ter que ir de ônibus ou a pé porque ninguém vinha buscar. É longe. Daqui para lá é uma tirada medronha", aponta.    

Já na Zona Norte, o Parque da Macaxeira é o principal ponto para a população das áreas de morro. Apesar de morar em Casa Amarela, o dono de um box de reparos em eletroeletrônicos no Mercado Público, Romualdo Oliveira, 61, entende que a cobertura vacinal poderia ser expandida com a descentralização da campanha. "Devia ter aqui no posto, devia ter aqui no colégio. Lugares mais próximos, né?", questionou.

Ele sente na pele outro reflexo da pandemia, a desinformação. Sem ter tomado sequer uma dose, Seu Romualdo admite certo receio pelos possíveis efeitos colaterais e certo desinteresse em participar do Plano Vacina. No mesmo Mercado, a feirante do Alto Santa Izabel, Evânia Xavier, 43, aguarda a segunda vacina e confirma que muitas pessoas estão com medo dos imunizantes por falta de conscientização. Ela cobra por mais diálogo e propõe ações educativas da Prefeitura para convencer sobre os benefícios de se imunizar contra a Covid-19.

"Tem pessoas que não querem ser vacinadas. Tá faltando informação para o pessoal que tá achando que vai tomar e vai ficar doente [...] todo mundo já tomou vacina um dia e teve reação", incentiva Evânia, que ganhou um reforço com o depoimento de Seu Samuel, "tomei a primeira e não tive reação, e a segunda também não", garantiu.

Nesse ponto, Recife e Nova York se aproximam. Com cerca de dois milhões de nova-iorquinos que ainda não foram vacinados, o prefeito Bill de Blasio tenta meios para confrontar o negacionismo. Com apenas 60% dos cidadãos protegidos com as duas doses, nessa quarta (28), o gestor norte-americano anunciou que vai pagar US$ 100, equivalente a R$ 500, para quem participar da campanha anticovid.

Inclusas nos distritos sanitários VIII e VII, o levantamento da Prefeitura informa que 51.708 aplicações de segunda dose e dose única foram realizadas na área da Macaxeira, e o total de 31.191 na do Ibura.

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Procurada pelo LeiaJá, a Sesau não soube pontuar quais centros foram entregues em áreas consideradas como periferia, nem o porquê das áreas de morro da Zona Norte ficarem desassistidas pela campanha.

Sobre a escolha dos pontos, a Secretaria de Saúde explicou que os locais são escolhidos em centros exclusivos para evitar aglomeração, por isso não pretende utilizar as unidades de saúde. O objetivo é garantir o funcionamento dos demais serviços da rede municipal com menor risco de transmissão.

Em nota, a Sesau conta que os locais 'estratégicos' são definidos com "facilidade de acesso e com parada de ônibus próximas, contemplando tanto quem vais se vacinar a pé, quanto quem utiliza transporte público, carro, moto ou bicicleta", complementou.

Os locais de vacinação contra a Covid-19 no Recife funcionam todos os dias, das 7h30 às 18h30, mediante agendamento.

Os centros informados pela Prefeitura são:

- Sest Senat (Porto da Madeira)*;

- Porto Digital (Bairro do Recife);

- Unicap (Boa Vista)*;

- Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Dois Irmãos*;

- Parque de Exposição de Animais, no Cordeiro;

- Unidade de Cuidados Integrais (UCIS) Guilherme Abath, no Hipódromo;

- Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro*;

- Ginásio Geraldão, na Imbiribeira*;

- Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), na Tamarineira*;

- Parque da Macaxeira, na Macaxeira*;

- UPA-E do Ibura;

- UniNassau, nas Graças.

*representam pontos híbridos que atendem como centro e drive-thru.

Os locais exclusivos na modalidade drive-thru são:

- Fórum Ministro Artur Marinho - Justiça Federal de Pernambuco (Avenida Recife), no Jiquiá; 

- Juizados Especiais do Recife, na Imbiribeira;

- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária;

- Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Bairro do Recife;

- BIG Bompreço de Boa Viagem;

- BIG Bompreço de Casa Forte;

- Carrefour (Torre).

Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

A 116ª Festa de Nossa Senhora da Conceição chega ao fim nesta terça-feira (8). Por conta da pandemia da Covid-19, a celebração religiosa - realizada desde o dia 28 de novembro - não contou com procissões e atrações culturais este ano. 

Apesar do medo e dos protocolos de segurança, muitos fiéis subiram o morro para pagar promessas e agradecer a Nossa Senhora da Conceição pelas graças alcançadas. Confira imagens do último dia da festa:

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"Nossa Senhora da Conceição cura", é o que garantem os devotos da santa. Aos pés da imagem, no alto do Morro da Conceição, Zona Norte do Recife, o fiel João Batista dos Santos, de 52 anos, afirmava convicto ter sido curado de uma leucemia por graça da Virgem. Emocionado, ele fez questão de contar sua história.

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João Batista é morador de São Lourenço e veio ao Morro agradecer pela cura do câncer. Ele contou, em entrevista ao LeiaJá, ter sido diagnosticado com Leucemia há dois meses e ao saber do resultado dos exames, logo se apegou à santa. "Minha irmã disse que eu confiasse nela (na santa) e viesse aqui depois pra agradecer".

Na última semana, novos exames indicaram que o câncer teria desaparecido e, como havia prometido, o fiel veio ao Morro agradecer. "Deu tudo normal. Ela me curou. Não deixo de vir aqui mais nunca. Acredito muito nela".

Um deslizamento de terra na parte alta da favela da Mangueira, na zona norte do Rio de Janeiro, atingiu 12 casas na madrugada desta sexta-feira (7). Segundo a prefeitura, o Centro de Operações acionou equipes da Defesa Civil, da Assistência Social, da Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio) e da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) por volta das 4h20.

A Defesa Civil isolou a área atingida e as equipes aguardam a retirada pela Comlurb do material que deslizou, para avaliar o estado estrutural das residências. No total, 20 agentes da Defesa Civil, da Guarda Municipal e da Secretaria Municipal de Ordem Pública.

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As 12 famílias desalojadas estão sendo acompanhadas pela Secretaria de Assistência Social. Não há, até o momento, informações sobre feridos.

Como não choveu nos últimos dias, a hipótese é a de que um cano tenha estourado e vazado água no local, encharcando a terra que deslizou.

Zeca Pagodinho que está atualmente com os seus 60 anos de idade, mostrou que a idade não é um problema quando o assunto é fazer músicas e lançar novos CDs. Tudo porque o músico está lançando o seu 24ª álbum nesta terça-feira, dia 17, intitulado Mais Feliz.

E durante uma entrevista dada ao jornal O Globo, o sambista confessou que não faz a menor ideia do que é um Kama Sutra - palavra que está presente em uma das quatorze músicas novas, e até brincou com a situação.

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Kama Sutra? Eu nem sei que p***a é essa! Ia até perguntar. Ah, é aquele livro? Então eu sei, brincou.

Não é uma novidade para ninguém que Zeca Pagodinho é super envolvido com alguns projetos das comunidades do Rio de Janeiro, e durante a entrevista ele confessou que anda difícil ir até o morro - palavra popularmente conhecida entre os moradores das comunidades do Rio de Janeiro - porque a violência na cidade anda absurdamente grande.

Tá difícil, eu não consigo mais ir ao morro, frequentar um samba, ir à tendinha, tomar uma cerveja, é muita violência. Tem que dar estudo às crianças, caso contrário a tendência é piorar.

E ele não disse nenhuma mentira, né!?

O senador Magno Malta (PR) fez um longo discurso contra Lula no plenário do Congresso Nacional nesta semana. O parlamentar chegou a comparar o ex-presidente a um traficante de morro. “O traficante é o Estado, é ele que faz a festa do funk, é ele que compra remédio, é ele que manda o médico subir e descer, ele é tudo de bom, o povo adora ele e ele manda matar e manda o caixão depois, então nos perdoaremos os crimes do traficante só porque é o benfeito da favela?”, alfinetou. 

Magno também disse que Lula nunca trabalhou na vida e não poupou sequer um dos seus filhos, Fábio Lula. “O menino de Lula ficou rico promovendo futebol americano no Brasil. Quem é esse Bill Gates, o negócio é o menino de Lula, o menino rico. A aposentadoria do Lula, que Moro bloqueou, um cara que nunca trabalhou, que só foi presidente por oito anos, se nunca tivesse gastado um real não dava para ter o que ele tem. Nós vamos perdoar o Lula só porque fez o Bolsa Família, só porque fez o Minha Casa, Minha Vida? O Bolsa Família maior foi para a família dele”.

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“Tudo que o Lula fez foi por causa dos pobres. É, pobre dos filhos dele, pobre das noras, pobres dos cunhados, pobre dos sobrinhos, foi para os pobres. Tão achando o que? Que nós somos abilolados? Que nós somos tontos, que nós sofremos de amnésia? Esse discurso de novo porque é preciso lembrar o Brasil todo dia. O povo não pode esquecer desse mal”, ressaltou Malta. 

O senador também chamou Lula de “presidiário chefe” ao sugerir que o ex-presidente possa ser convocado para depor na CPI da Petrobras. Magno questionou quem foi que destruiu a Petrobras. “Só essa CPI vai poder revelar a verdade. Essa CPI pode convocar Dilma para falar da lambança da Pasadena. Essa CPI pode convocar Paulo Roberto Costa, Palocci e porque não o presidiário chefe que recebeu um presente do papa. Tudo mentira. Pelo amor de Deus, o papa manda terço para presidiário do mundo todo, é uma orientação (...) eu acho que um terço era o que eles cobravam nos contratos da Petrobras, essa cambada de cara e pau. Superfaturaram contratos, os contratos eu tenho certeza que todos aqueles delatores terão o maior prazer de aparecerem na CPI”, continuou a criticar. 

“O Brasil não esqueceu que nossas instalações na Bolívia não foram invadidas por Evo Morales, foi algo combinado com o Lula, que entregou as instalações da Petrobras da Bolívia, o exército boliviano entrou, fingiu que invadiu”, acrescentou.

Magno Malta ainda garantiu que o povo brasileiro acordou. “Esse quadro nocivo, nojento que estamos vivendo, eu espero que o povo brasileiro do meu Estado, que não esqueçam o que essa corja fez no Brasil. Essa gente assaltou a Petrobras”. 


 

Medo é a palavra que acompanha os moradores das áreas de risco e não dá sossego. Eles, que lidam diariamente com o perigo de deslizamentos de barreiras e desmoronamentos em morros, ficam ainda mais apreensivos com o inverno próximo e os altos volumes de precipitações que têm atingido a Região Metropolitana do Recife.

Um caminho de barro, com muito lixo e mato no percurso, e alguns pedaços de tijolo e madeira improvisando uma escada, leva até a casa de Karla Maria Silva, 32 anos. Desempregada, ela mora com os três filhos numa casa pequena embaixo de uma barreira na comunidade Campo do Fluminense, no bairro de Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife. 

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Morando no local desde setembro do ano passado, ela e as crianças ficam apreensivas a qualquer sinal de chuva. “É difícil viver aqui, quando chove, morro de medo. A gente vive assustado, mas fazer o quê? não temos para onde ir”, desabafou Karla, que usa os R$287 que recebe do bolsa família para pagar o aluguel da casa. O espaço, de risco, não oferece conforto nem tão pouco tranquilidade. “Domingo passado [29] mesmo, um pedaço dessa barreira caiu, a casa ficou cheia de barro”, contou Karla.

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Também moradora do Campo do Fluminense, Roselândia Santos, 28 anos, é praticamente vizinha de Karla. Vivendo em um barraco no alto da barreira há seis anos, não vê outra opção a não ser encarar o medo.“A gente tem que viver, para onde eu vou? para debaixo da ponte?”, indaga a dona de casa. “Quando chove, fico em cima da cama com os meninos, é a maneira que encontrei de me proteger”, revela ela, que mora com seus três filhos. 

No Alto São Sebastião, também em Nova Descoberta, a situação não é muito diferente. “Todo inverno é essa tensão, desde sempre. A gente morre de medo”, afirma a dona de casa Maria Auxiliadora Pereira. Nos dias de chuva, o receio é ainda maior. “Até pra sair de casa é difícil. A prefeitura não faz nada e diz que não coloca lona aqui porque não tem nenhuma do tamanho da barreira”, conta. 

O bairro Nova Descoberta é um dos que serão contemplados por uma série de obras da Autarquia de Urbanização do Recife (URB). De acordo com uma nota enviada pela pasta ao LeiaJa.com, em convênio com o Orçamento Geral da União (OGU), serão investidos R$ 7,7 milhões em intervenções que “vão garantir mais segurança em períodos de chuva, mobilidade, acessibilidade e qualidade vida para a população dos morros do Recife”.

“Eu não tô muito feliz não. Num tempo de chuva desse, a gente morando no pé dessa barreira... Como vou ficar feliz, né?”. O desabafo é de seu Lourival Gonçalves, 60 anos e que há 30 vive na Rua Alto Só Nós Dois, no bairro de Passarinho, na Zona Norte do Recife. Morando em uma casa que ele mesmo construiu, o pedreiro aposentado sente receio de ficar no espaço, principalmente nos dias de chuva. “A prefeitura vem, coloca a lona, mas a gente não dorme sossegado. A gente fica sempre com cuidado”, conta. “A gente mora aqui porque não tem opção. Vou ficar aqui até quando? não sei”, conclui. 

Vizinha de seu Lourival, em 2015 a auxiliar de serviços gerais Antonia Julieta da Silva, 38 anos, passou por momentos de terror quando a barreira que fica atrás da casa dela deslizou e invadiu a residência. “Foi terrível, rachou a casa inteira. A Prefeitura veio aqui e condenou a casa. Mas para onde a gente vai? nem auxílio-moradia foi dado pra gente. Não tenho como ir embora daqui”, conta. 

Apesar da lona colocada no dia que a reportagem visitou o local, Antonia ainda sente medo. “A lona não resolve o problema, só ajuda para não entrar água no barro. Mas, ainda assim, fico assustada e quando chove vou pra casa da minha sobrinha. Sem contar que esse pé de cajá está condenado e pode cair a qualquer momento e atingir a minha casa”, afirma.  

A diarista Telma Felipe da Luz, 42 anos, cansou de esperar e resolveu pedir um empréstimo para pagar a construção do muro de arrimo na parte de trás da casa onde mora, no Córrego José Aprígio, no bairro da Guabiraba. Dividindo os custos com uma vizinha, viu isso como a única saída para resolver o problema. “Durante anos essa barreira caía e entrava aqui dentro de casa. A gente tinha que dormir na casa dos vizinhos. Então tivemos que resolver por conta própria”, relata.  

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A URB informou que “estão em andamento 15 obras de contenção de encostas definitivas, com a construção de muros de arrimo, e outras 25 têm previsão de iniciar ainda este ano. As intervenções vão beneficiar mais de 2,5 mil pessoas a um custo de mais de R$ 48 milhões”. Ainda segundo nota da Autarquia, os contratos estão divididos entre recursos do PAC Encostas e um convênio com o Orçamento Geral da União (OGU), e “preveem a construção de muros de arrimo com tela argamassada, rampas e escadarias de acesso, drenagem, entre outras melhorias”.

Ainda no texto, a pasta explicou que as obras do PAC Encostas foram divididas em lotes e os serviços já foram iniciados. A URB explicou que o Lote 2, com seis obras, está em fase conclusão e o Lote 3, com 11 obras, está em execução. Foram investidos mais de R$ 9 milhões nas obras. A Autarquia garantiu que ainda este ano terão início as obras dos Lotes 4, que inclui o Córrego José Aprígio, e 5, com investimentos de R$ 30,5 milhões e garantiu que "orçamento para as demais etapas já está assegurado pelo Ministério das Cidades e ao todo serão 102 áreas serão atendidas num investimento total de R$ 150 milhões". Os demais lotes serão licitados ainda este ano, prometeu a URB.

O LeiaJa.com entrou em contato com a Defesa Civil do Recife, mas os nossos questionamentos não foram respondidos.

O cantor João do Morro pode até estar fora da programação do Carnaval do Recife, em especial sua participação no Galo da Madrugada. O próprio, em entrevista ao LeiaJá, chegou a lamentar a ausência em um dos festejos mais esperados do anos pelos brasileiros, mas um hit criado pelo cantor promete ainda repercutir muito entre as diversas músicas criativas inventadas por ele. 

O músico, que já foi rotulado por crias letras machistas, elaborou uma versão da música "despacito" defendendo a mulher. "Sim, a mulher sai só para se divertir, a mulher não sai para arrumar macho não. Sim, tem outra coisa que eu quero dizer, é que a mulher não depende de macho não. Se você está sofrendo, se ele vive te batendo, e ainda por cima te traindo, ele só quer estar com os amigos e nunca sai contigo, diga assim para ele: “dê o pi...”. Em apresentação em uma boate no Recife, nesse sábado (3), antes de começar a música, ele ressaltou: "Você é uma mulher igual a mãe dele, a esposa dele e a filha dele. Toda mulher tem que ser respeitada, então saia dessa e dê um baile".

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Rotulado por crias letras machistas, João do Morro, no ano passado, levantou a bandeira do feminismo. O músico ficou famoso, no Recife, por suas composições inusitadas. Ele chegou a polemizar e receber uma nota de repudio do PT, anteriormente, ao fazer uma “homenagem” a então presidente Dilma Rousseff. Na entrelinhas, ele deixou a entender que a crise no governo da petista estava associada à sua vida sexual. Na letra, João do Morro pediu ajuda a “Santo Antônio” para ajudar a encontrar um parceiro para a presidente.

Com o tema: "Muitos nomes uma só mãe", a 113ª festa de Nossa Senhora da Conceição do Morro atrai milhares de fiéis e devotos que sobem o Morro da Conceição para agradecer e realizar pedidos à santa.

O Reitor do Santuário, José Ulisses, explica mais detalhes da celebração. Confira a seguir:

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Um vídeo no qual aparece um cachorro chorando no topo do morro da Asa Delta, em São Paulo, viralizou nas redes sociais. O relato é de que o animal, que parecia perdido e possivelmente abandonado, chorou dia e noite durante três dias seguidos. Ele foi cuidado por guardas que fazem a segurança do teleférico instalado no morro e chamou a atenção de transeuntes e turistas.

A responsável pela gravação do vídeo se chama Tatiana Rocha. Por meio da sua página no Facebook, ela falou que foi assistir ao pôr do sol no morro quando se deparou com a cena apelidando o cachorro de doguinho. “Quando fiz o vídeo não sabia ainda que ele havia sido abandonado por seu dono fazia 3 dias. Não sabia que esse latido era mais um choro e um pedido de socorro do que qualquer outra coisa”, escreveu.

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Tatiana disse que era “escrotice” um ser humano abandonar um animal. “Porque está velho ou por qualquer outro motivo que, com todo perdão, não tem justificativa para fazê-lo. Já estava desacreditava do ser humano e cada vez mais começo a achar que não merecemos os animais porque eles estão anos-luz na nossa frente”, desabafou. 

Doguinho teve um final feliz. Após toda a repercussão, uma pessoa se comoveu com a situação e adotou o animalzinho.

O Ministério das Cidades anunciou investimento de R$ 1,03 bilhão para obras de saneamento básico e de infraestrutura em áreas de morro. O ministro Bruno Araújo assinou a entrega dos recursos em evento na manhã desta quinta-feira (24).

Um total de R$ 900 milhões será direcionado para obras de saneamento em cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), além de Goiana, na Mata Norte do estado. O recurso foi liberado em convênio entre o Ministério das Cidades e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e serão executados através de parceria público-privada. Desse valor, R$ 406 milhões serão investidos construção de redes de coleta e tratamento sanitário do Recife.

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O ministro alegou que o modelo de parceria foi escolhido devido à celeridade. “Se nós fossemos aguardar as intervenções somente com recursos públicos, levaríamos décadas e décadas para a universalização do saneamento na Região Metropolitana do Recife. A previsão é que isso seja realizado nos próximos quatro anos”, disse Bruno Araújo.

Já os R$ 125 milhões restantes vão para construção de muros de arrimo, instalação de tela com argamassa, rampas e escadarias de acesso, drenagem e pavimentação na capital. Para o uso desse recurso foi firmada uma parceria entre o Ministério das Cidades e a Prefeitura do Recife.

De acordo com a Prefeitura do Recife, com o valor será possível a eliminação definitiva de 1787 pontos de risco, com ações em 77 localidades, beneficiando mais de seis mil pessoas. “A previsão é que em 90 dias, após todo o processo de licitação, as obras já possam ser iniciadas e algumas delas serem concluídas durante o verão deste ano”, afirmou o prefeito Geraldo Julio.

O dia 8 de dezembro, data dedicada à Nossa Senhora da Conceição, tem um significado marcante para a estudante Rayanne Freitas, 18 anos, e sua família. O seu pai, o empresário Eugênio Freitas e sua mãe, a dona de casa Flávia Maria, acordam na data às 4h da manhã, anualmente, para agradecer ao que chamam de cura proporcionada pela santa à filha. Ao todo, são cerca de 15 km a pé de sua residência, no bairro da Imbiribeira, até subir o Morro, em Casa Amarela, em agradecimento. Eles afirmam que o esforço é o mínimo diante da cura de Nani, como foi apelidada carinhosamente, que antes de completar quatro anos, teria que enfrentar uma batalha difícil para a sua idade.  

Os primeiros sintomas que Nani apresentou, à época, assustou a família e a avó Dona Onilda que, com o passar do tempo, não vendo melhora da neta, fez uma promessa à Nossa Senhora da Conceição. A menina tinha um quadro de sintomas hemorrágicos. Qualquer pancada era sinônimo de um hematoma no seu então frágil corpo. Foi internada em alguns momentos de maiores instabilidades e, até chegou, à UTI. A suspeita chegou a ser de Leucemia. “Tempos difíceis”, recorda a mãe. 

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A avó dona Onilda, prontamente, se apoiou em sua fé para pedir à Nossa Senhora da Conceição a cura da neta, seja lá qual fosse a doença a ser enfrentada. Cerca de um ano depois, o diagnóstico foi o de plaquetopenia, quando as plaquetas estão em um nível inferior ao normal. Foi cogitado até a retirada do baço, um órgão localizado abaixo do diafragma.

Uma promessa foi feita. Acreditando na melhoria da saúde de Nani, a menina vestiria apenas azul e branco até “ficar boa”. Assim foi feito e, por mais de dois anos, a pequena garota cumpriu o prometido até os sintomas que, antes afligiam à família, fossem amenizando até desaparecerem. 

Dona Onilda acredita que sua fé na santa foi fator primordial para a melhora apresentada. “Depois da promessa, ela foi melhorando. Eu acho que tudo vem da nossa fé. Podemos fazer mil promessas, mas se não tiver fé, a gente não alcança”. Apesar de terem se passado mais de 12 anos, ela disse que não há de se esquecer o que chama de graça alcançada. “A gente não esquece quando uma pessoa alcança uma graça. É uma felicidade sem fim. Agradeço ao meu Deus e a Nossa Senhora da Conceição”.  

O pai Eugênio conta que foi um período difícil e também se diz grato. “Foi um momento muito difícil porque eu tinha um entendimento da situação e sabia que tinha algo errado. Eu acreditava que era uma doença e creio que, depois da promessa, aconteceu outra por causa da fé. Todos os anos percorro os 15 quilometros em agradecimento à santa, que me deu essa tranquilidade em relação a saúde da minha filha. A fé, tenho plena certeza, foi o diferencial nessa história”, acredita.

A mãe Flávia Freitas também recorda com emoção a situação em que via a filha quando era internada. “Eu como mãe entrava em desespero ao ver a minha menina naquele estado. Ficava apavorada e pedíamos muito em orações, que foi o que curou a minha filha após tanto sofrimento com os cuidados também da médica hematologista Patrícia Marques, que acompanha ela até hoje. A sua tia Fátima também fez uma promessa à santa. Foi Nossa Senhora da Conceição que a curou e Deus. Enquanto vida eu tiver, eu nunca vou deixar de ir aos pés da santa agradecer o tanto que ela e Deus foram bons na vida da minha filha”.

Lembranças da Infância

Apesar da pouca idade, Rayanne recorda de alguns fatos que ficaram em sua alma. “Lembro-me de quando dormia e, às vezes, acordava sangrando. Lembro também que minha mãe chorava muito, das noites no hospital que só queria dormir no hospital com a minha irmã mais velha Maria Cláudia e da minha vó que levou, quando estava internada, uma boneca da Xuxa. É algo que me emociona e, hoje, tenho certeza, de que a fé ajudou muito. Na verdade, foi algo essencial”, ressaltou.

Uma nova fase começaria na vida de Nani com o nascimento de sua filha Isabella, que completou oito meses de vida, um dia antes do aniversário da santa, que Nani ressalta que será sempre lembrada em sua história. Ao lado do esposo Hiago, a garota de outrora fragilizada pela instabilidade de suas plaquetas enche a boca para agradecer. “Sou abençoada pela família que construí e pela fé daqueles que me amam tiveram em Nossa Senhora da Conceição. É um dia muito especial”, ressaltou.

A irmã Eugênia Freitas também lembra dos fatos e agradece. “Eu era pequena e não entendia porque, às vezes, Rayanne não podia voltar para casa. Não sabia a gravidade, mas lembro bem que não queria ver a minha irmã no hospital e não gostava quando ia só eu e minha irmã para a escola. Eu sentia falta dela. Eu dedico uma boa parte dela estar boa aos meus pais e à minha avó, pessoas de fé”.

Maria Cláudia, a irmã que dormia ao lado de Nani quando estava no hospital, se recorda emocionada. “Ela só queria dormir comigo e todo o cuidado era para ela. Depois de tudo que aconteceu e ver ela saudável, eu me tornei devota de Nossa Senhora da Conceição, que ajudou muito a consolar nos momentos de dificuldade e que é a nossa base no momento agora de agradecer”, complementou.

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Os moradores dos morros do Recife agora possuem mais uma tecnologia contra o perigo dos deslizamentos. Desde a última segunda-feira (25), técnicos da Defesa Civil começaram a instalar os sensores geotécnicos, prismas que identificam os momentos que antecedem o deslizamento de barreiras.

Com o funcionamento do equipamento, será possível saber com antecedência a possibilidade de queda de barreira, fazendo, então, a evacuação dos moradores. Deverão ser implantados 100 equipamentos em um raio de 2,8 km.

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Para fazer a leitura dos prismas, será instalado o equipamento principal, a Estação Total Robotizada (ETR), nas dependências da Escola Estadual Lagoa Encantada, no Ibura, na Zona Sul do Recife. A estação emite um sinal infravermelho que é refletido nos 100 espelhos instalados nos morros e encostas. Através desses sinais, será possível captar pequenas movimentações de terras, abrangendo uma área circundada de encostas em 360 graus.

Esta será a primeira ETR do Nordeste. Segundo a Defesa Civil, os equipamentos são de alta tecnologia e já operam em Mauá e Santos, em São Paulo; Blumenau, em Santa Catarina; Petrópolis, Nova Friburgo e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Salvador-BA e Teresópolis (RJ) serão os próximos municípios a receber os sensores geotécnicos.

A seleção dos municípios vulneráveis a risco de deslizamentos para a instalação dos sensores é feita com base no histórico de desastres naturais e de seus impactos sociais e econômicos da região. De acordo com a Defesa Civil, a ordem de instalação foi dada pelo fator climático de cada região. Após a instalação dos sensores, acontece a etapa de configuração e ajustes técnicos dos equipamentos para que ocorra a transmissão de dados ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em São Paulo.

Recife já tem parceria com o Cemaden, com 20 pluviômetros automáticos instalados em locais próximos a áreas de risco de desastres naturais, além de 24 pluviômetros semiautomáticos do Projeto Pluviômetros nas Comunidades. Esses equipamentos podem medir, em milímetros, a quantidade de chuva precipitada, durante um determinado tempo e local.

Dentro do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos e Deslizamentos do Cemaden, os municípios recebem a Estação Total Robotizada acompanhada de 100 prismas na primeira etapa e, na segunda etapa, um conjunto de equipamentos de monitoramento, composto por 15 plataformas de coleta de dados. Cada plataforma é integrada de um pluviômetro e seis sensores de umidade do solo, responsáveis por coletar dados sobre quantidade de chuvas acumuladas e de água no solo. 

Morte - No dia 17 de abril, uma barreira deslizou no Alto José Bonifácio, na Zona Norte do Recife, e um morador faleceu. Essa foi a primeira morte por deslizamento em 2016.

A Operação Inverno completa dois meses nesta quinta-feira (14). A ação da Secretaria Executiva de Defesa Civil (Sedec), que tem por objetivo proteger moradores de áreas de risco das chuvas, realizou 22.574 vistorias técnicas neste período. Também foram realizadas 164 palestras educativas em escolas municipai e 5.827 pontos de risco foram cobertos com lonas plásticas para reduzir o impacto da chuva.

Desde março a Sedec faz visitas à residências do Recife com o objetivo de conscientizar a população sobre as práticas seguras que devem ser adotadas de modo a evitar acidentes durante o período chuvoso. Aos sábados, mutirões reúnem diversos serviços em diferentes localidades de risco da cidade. Bairros como Jordão, Vasco da Gama, Ibura, Linha do Tiro, Várzea, Nova Descoberta, Cohab, Dois Unidos e Coqueiral foram contemplados. 

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Neste sábado (16), mais cinco localidades vão receber a atividade: UR-10, na Cohab; Alto Jardim Progresso, em Nova Descoberta; Rosa Selvagem (Jardim Teresópolis 2), na Várzea; Córrego da Fortuna, em Dois Irmãos; e Córrego do Deodato, em Água Fria. De acordo com a Sedec, a realização desses mutirões durante a manhã dos sábados são importantes para reforçar as atividades feitas diariamente. 

A aplicação da geomanta impermeabilizante está em execução nas localidades de Lagoa Encantada, Ibura e Córrego do Eucalipto. Além disso, estão em andamento 15 obras do programa Parceria nos Morros, no qual a Prefeitura disponibiliza acompanhamento técnico e material de construção e os próprios moradores entram com a mão de obra. Essas ações de aplicação de geomanta impermeabilizante de PVC e do programa Parceria nos Morros também terão continuidade ao longo da Operação Inverno.

Com informações da assessoria

A Secretaria Executiva de Defesa Civil (Sedec) já realizou 14.496 vistorias técnicas para monitorar a situação dos imóveis situados nas áreas de risco da cidade, dentro do primeiro mês da Operação Inverno 2015. Para reduzir o impacto da chuva e, assim, evitar ocorrências, 3.111 pontos de risco já foram cobertos com lonas plásticas. 

A Sedec também realizou 95 palestras educativas em escolas municipais e 7.355 residências foram visitadas com o objetivo de conscientizar a população sobre as práticas seguras que devem ser adotadas de modo a evitar acidentes durante o período chuvoso. O trabalho preventivo vem sendo realizado desde o começo do ano, mas tem sido intensificado desde que a Operação Inverno 2015 começou, em meados de março.

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Aos sábados, 16 mutirões reunindo diversos serviços já foram realizados em diferentes localidades de risco da cidade como Lagoa Encantada, Nova Descoberta, Linha do Tiro, Macaxeira, Jordão, Bomba do Hemetério, Barro, entre outros. A realização desses mutirões durante a manhã dos sábados é uma parte importante do trabalho de prevenção para o período chuvoso, que soma-se às atividades diárias de monitoramento das equipes técnicas. 

O plano é realizar, até o fim do ano, 40.600 vistorias técnicas e cobrir 11.400 pontos de risco com lonas plásticas. Antes de 2016, as equipes também querem promover 200 palestras educativas e visitar 9 mil residências ao longo desse período. A aplicação da geomanta impermeabilizante está em execução em pontos de risco nas localidades do Alto do Maracanã, Jordão Baixo, Vila dos Milagres e Córrego Leôncio Rodrigues. Além disso, 20 obras do programa Parceria nos Morros devem ser concluídas até o final de abril.

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Na manhã desta segunda-feira (23) Gilvandro Ermínio da Silva, 48 anos, pedreiro, acabou morrendo depois que sua casa desmoronou após a queda de um muro e parte de uma obra que estava sendo feita pelo vizinho de uma residência logo acima da sua em um morro Ibura, zona sul do Recife.

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A princípio, o Corpo de Bombeiros havia divulgado que o incidente teria sido provocado por um deslizamento de barreira, mas a hipótese foi descartada. Uma outra pessoa estava na casa que desabou. Maria José da Conceição, 45, foi resgatada pelo corpo de Bombeiros e encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, onde passou por uma bateria de exames e foi liberada em seguida, reclamando apenas de dores.

Segundo a Defesa Civil, o muro, a cozinha e a área de serviço da casa de nº 163, onde estava sendo feita uma obra sem autorização, desabaram. Toda a terra retirada no local foi colocada na parte de trás do imóvel e o peso excessivo provocou o incidente. A casa atingida ficou totalmente destruída e outras duas estão interditadas preventivamente. O dono do imóvel, de número 163, onde estava sendo realizada a intervenção ilegal, não quis conceder entrevista. Sua residência será demolida.

A busca pelo corpo de Gilvandro da Silva durou algumas horas e só foi possível encontrá-lo com a ajuda de um cão farejador da raça labrador, treinado especialmente para ocasiões como essa, a exemplo dos cães policiais.

Na manhã desta segunda (23), segundo o Corpo de Bombeiro, um deslizamento de uma barreira no bairro do Ibura, zona sul do Recife, atingiu uma casa onde estavam duas pessoas. Uma das vítimas, Gilvandro Ermínio da Silva, 48 anos, pedreiro, foi soterrado e acabou perdendo a vida. A outra, Maria José da Conceição, 45, foi resgatada pelo corpo de Bombeiros e encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, onde passou por uma bateria de exames e foi liberada em seguida, reclamando apenas de dores.

*Após uma análise mais apurada do local do incidente, a hipótese de deslizamento foi descartada. Confira mais aqui.

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A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) alertou que, nesta quarta-feira (4), um "distúrbio ondulatório do leste" se aproxima da costa do Estado, o que pode ocasionar chuvas com acumulados acima de 30 mm na Região Metropolitana do Recife (RMR) e Zona da Mata. Traduzindo os termos técnicos, a expectativa é de chuvas fortes nas próximas 24 horas. Um aviso como esse muda o dia de muitas pessoas, principalmente daquelas que não se sentem seguras dentro da própria casa.

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É o caso de muitos moradores de Casa Amarela, Alto José Bonifácio, Alto José do Pinho e Alto Santa Terezinha, na zona norte do Recife. Residentes de uma ocupação desordenada de morros, eles são vizinhos de grandes barreiras desprotegidas ou com lonas plásticas desgastadas. 

De acordo com muitas dessas pessoas, a Prefeitura do Recife está à beira da omissão. Eles alegam que a Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir) não é proativa, aparecendo só quando acionada. Dizem também não entender os critérios de obras, visto que algumas barreiras estão com muro de arrimo, outras com lonas, outras com plantações, mesmo estando adjacentes.

O morador do Alto de Santa Terezinha, Severino José da Silva, de 66 anos, diz que viver nos pontos altos da cidade tem suas dificuldades, mas que já se acostumou. “Viver no morro é melhor do que viver embaixo”, opina. “É complicado quando precisa de ambulância”, pondera o aposentado, notando que a partir de determinado trecho da rua não há mais espaço para veículos passarem.

Há cerca de dois anos, outro aposentado, o senhor José Pereira da Cunha, 71, caiu da barreira ao lado da casa. Ele lembra que foi socorrido graças a um vizinho que, de longe, com a ajuda de um binóculo, lhe viu cair. O acidente resultou em problemas de vista para José. “Minha irmã lutou muito para a prefeitura dar um jeito nessa barreira. Ela morreu tem trinta anos e nada foi resolvido”, comenta. Atualmente, o tal barranco está com lona, mas já danificada. 

A porteira Natália Rejane Bonifácio, 28, divide uma pequena casa na encosta com duas irmãs e o filho de sete anos – a mãe mora na residência ao lado. “Eu tenho muito medo de que isso aqui caia. Tem muita casa por aqui do lado dos buracos”, lembra.

Também em outro morro da zona norte, há aproximadamente cinco anos, uma barreira cedeu. O deslizamento levou três casas. Agora restam algumas estruturas das moradias e uma placa de “Área de risco – proibido construir neste local”. A barreira que se formou tem resto velho de lonas e muito lixo. A dona de casa Joselina Muniz de Santana, 50, mora em frente a esse barranco e teme que o seu terreno diminua cada vez mais. “Eu queria sair daqui, mas não sei como”, resume.

A vontade de deixar o morro não é só de Joselina. Ela também foi expressada por Severino: “Eu até queria sair daqui, mas o pobre vai morar onde?”. Por José Pereira: “Tenho vontade de sair daqui, mas não tem jeito”. Por Natália: “Eu queria me mudar, mas a gente não tem condições”. Os morros estão habitados por insatisfeitos, que, sem condições de deixarem o local, se contentam com menos distúrbios ondulatórios do leste, menos chuvas fortes.

Poder público

Por meio de nota, a Secretaria Executiva de Defesa Civil do Recife (Sedec) afirma que atua com base no Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR), que aponta a existência de 677 setores de risco no Recife. As áreas, conforme o órgão, são monitoradas e recebem ações como vistorias técnicas periódicas para acompanhar cada caso.

Sobre as lonas plásticas, a Secretaria garantiu que são colocadas diariamente nos pontos de risco identificados pelas equipes técnicas. “Neste ano, cerca de mil pontos já foram cobertos com aproximadamente 300 mil metros quadrados de lonas plásticas com o objetivo de reduzir o impacto da chuva e, assim, minimizar o risco de ocorrências”.

Através do Programa Parceria nos Morros, a Sedec confirma que concluiu 42 obras de pequeno e médio porte e cerca de 20 seguem em andamento em diversas localidades do Recife como Jardim Monteverde, Alto José do Pinho, Córrego do Inácio, Jordão, Bomba do Hemetério, entre outros. 

A Defesa Civil também explicou que utiliza a geomanta impermeabilizante de PVC, com durabilidade de cinco anos, e é revestido com uma camada de proteção mecânica de cimento e pigmento na cor verde. O produto está sendo utilizado em 107 pontos de risco. O investimento foi de R$ 2 milhões e 400 mil, além dos R$ 150 milhões utilizados em 104 obras em áreas de encostas em todo o Recife.

Os moradores de áreas de risco podem solicitar a colocação de lonas através do 0800 081 3400.

Provavelmente você já deve ter ouvido falar ou visto algum filme brasileiro que envolva favelas e policiais. O longa Alemão possui esse tipo de abordagem, mas sofre ao ser tachado de “mais do mesmo” por internautas nas redes sociais. Com participação especial de Cauã Reymond, a trama mostra a saga de cinco policiais infiltrados na tentativa de escaparem vivos do Complexo de mesmo nome, localizado no Rio de Janeiro.

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Embora Alemão tenha um pouco desse “mais do mesmo” dos outros filmes (tráfico, favela, polícia vs. traficante), ele tem um direcionamento diferente. Em Tropa de Elite, por exemplo, o capitão Nascimento é aplaudido enquanto que no novo filme de José Eduardo Belmonte não existem heróis e vilões. Traficante ou policial, a busca deles é pela sobrevivência.

Com direção de José Eduardo Belmonte, Alemão tem ótimas atuações apesar do roteiro fraco, com lacunas que não foram fechadas. Branco (Milhem Cortaz), Samuel (Caio Blat), Carlinhos (Marcelo Melo Jr.), Danilo (Gabriel Braga Nunes) e Doca (Otávio Müller) são policiais que trabalham infiltrados no Morro do Alemão, Rio de Janeiro, antes da histórica invasão da polícia e do exército em 2010. O suspense começa quando alguém revela suas verdadeiras identidades para o traficante do local Playboy (Cauã Reymond). Durante todo o filme, eles ficam escondidos numa pizzaria a fim de procurar uma solução para escapar com vida daquele lugar.

Quem também integra o elenco do filme é Antonio Fagundes. Embora todo o elenco esteja bem, ele e Milhem Cortaz possuem as melhores atuações do longa. Outro destaque é para Marcelo melo Jr., nome pouco conhecido entre os brasileiros, mas que assume com maestria o seu papel. Além de tiros e medo, Alemão também inclui amor, sentimento que será fundamental para o desfecho da trama.

A história pouco aborda a vida pessoal dos policiais, o que importa naquele momento é a situação de vida ou morte em que eles estão no Morro do Alemão. Na trilha sonora não deixam de tocar o funk e rap. O problema está na música instrumental utilizada: repetitiva e angustiante. 

Em uma das sequências, Alemão apresenta um estilo próximo aos filmes de Quentin Tarantino. O Morro do Alemão vira cenário de um faroeste moderno, com metralhadoras e até bombas. Durante a subida dos créditos, o filme traz uma reflexão. A polícia, que salvou o Morro do Alemão dos traficantes, é mostrada com outra face em imagens reais nos protestos ocorridos em 2013. Inclusive o caso de Amarildo, ajudante de pedreiro que foi confundido com um traficante e acabou sendo morto por policiais, ganha espaço nesse momento reflexivo. 

Alemão estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (13) devido ao novo padrão estabelecido pela Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec).

 

 

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