Tópicos | Macaxeira

Na campanha de imunização do Recife, a invisibilidade da periferia às vistas da gestão pública foi novamente exposta com a disposição de apenas dois dos 19 pontos de aplicação em regiões de maior vulnerabilidade social. Distantes das doses, distribuídas em locais de vacinação que poderiam ser distribuídos com equidade, o limite do acesso à Saúde ultrapassa a insegurança dos bairros e a frágil condição financeira da população, sobretudo da negra, que recebeu bem menos doses que brancos e pardos.

Com 1.237.614 adultos que precisam ser imunizados, nem 31,36% do público está devidamente protegido. O Vacinômetro da campanha, o qual a Secretaria de Saúde (Sesau) informa atualizar diariamente, apesar do último registro ser da terça-feira (27), mostra que só 388.047 recifenses concluíram o ciclo vacinal com duas doses ou com a dose única da Janssen.

##RECOMENDA##

Baixa proteção aos negros

No recorte racial, o Plano Vacina Recife evidencia uma realidade largamente desproporcional. A desconfiança dos moradores de comunidades sobre um possível propósito discriminatório é apresentada na entrega do imunizante. Só 44.229 negros estão protegidos contra a Covid-19 na capital. O número é bem inferior aos 157.958 de pardos vacinados. A desigualdade é ainda maior em relação aos brancos, que representam 177.804.

Para exaltar o modo como trata a pandemia desde janeiro, o prefeito João Campos (PSB) forçou uma comparação dos índices do Recife aos de Nova York. A diferença é que, enquanto decretos de convivência com a pandemia ainda reprimem as atividades comerciais em Pernambuco, que acumulou 587.849 infectados e 18.702 óbitos na quarta (28), na metrópole norte-americana o fim das medidas restritivas foi anunciado por uma queima de fogos no dia 15 do mês passado.

Dentre a pouca oferta do auxílio municipal e a ampliação da entrega de imunizantes, uma das ações de maior orgulho da gestão é a disposição de 26 pontos de vacinação entre os oito distritos sanitários do município. Porém, sete deles são híbridos - funcionam como centros e drive-thrus - e atendem ao público da mesma região.

Na Zona Sul, apenas a Unidade Pública de Atendimento Especializado (UPA-E) do Ibura garante o imunizante aos bairros do entorno. Morador da UR-10, o quitandeiro Samuel da Silva, de 63 anos, precisou cruzar a cidade para conseguir tomar a segunda dose no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte.

"Foi meio contramão, mas valeu à pena ir para finalizar com a segunda dose. Tive que ir lá porque mais perto não tinha vaga", reclamou o comerciante.

Da UR-05, o feirante João Sobral, 62, conta que já deveria ter concluído o esquema vacinal. O prazo para a segunda dose expirou nessa terça e ele ainda não conseguiu o novo agendamento em nenhum centro. Para a primeira, desembolsou duas passagens de ônibus até o Geraldão, na Imbiribeira, mas ainda não sabe quando vai conhecer o sentimento de proteção. "Minha sobrinha não tá conseguindo. Só tá dizendo que não tem vaga", relatou.

Sem mais orientações no aplicativo Conecta Recife e desconectado do mundo digital, Seu João pretende ir a um posto de saúde na região para tentar marcar a dose complementar. A vizinha de bairro, Dona Lúcia de Souza, 71, já tentou informações em uma Unidade Básica de Saúde, mas saiu decepcionada sem saber ao certo o que fazer.

LeiaJá também: Periferia em depressão e a epidemia dentro da Covid-19

"A vacina não tá muito boa não porque falta muita gente até para tomar a primeira. Tem um posto ali, mas não sabem informar nada a agente e a pessoa dá não sei quantas viagens, e 'diz eles' que não sabem", criticou. "Devia botar posto de vacinação e liberar logo para o pessoal com menos de 30 anos", acrescentou a idosa.

Com a mobilidade reduzida pela idade avançada, se não fosse o filho para levá-la de carro até o imunizante, Dona Lúcia estaria exposta ao vírus no transporte público ou enfrentaria uma longa caminhada entre a infraestrutura precária e as condições geográficas do Ibura. "Ia ter que ir de ônibus ou a pé porque ninguém vinha buscar. É longe. Daqui para lá é uma tirada medronha", aponta.    

Já na Zona Norte, o Parque da Macaxeira é o principal ponto para a população das áreas de morro. Apesar de morar em Casa Amarela, o dono de um box de reparos em eletroeletrônicos no Mercado Público, Romualdo Oliveira, 61, entende que a cobertura vacinal poderia ser expandida com a descentralização da campanha. "Devia ter aqui no posto, devia ter aqui no colégio. Lugares mais próximos, né?", questionou.

Ele sente na pele outro reflexo da pandemia, a desinformação. Sem ter tomado sequer uma dose, Seu Romualdo admite certo receio pelos possíveis efeitos colaterais e certo desinteresse em participar do Plano Vacina. No mesmo Mercado, a feirante do Alto Santa Izabel, Evânia Xavier, 43, aguarda a segunda vacina e confirma que muitas pessoas estão com medo dos imunizantes por falta de conscientização. Ela cobra por mais diálogo e propõe ações educativas da Prefeitura para convencer sobre os benefícios de se imunizar contra a Covid-19.

"Tem pessoas que não querem ser vacinadas. Tá faltando informação para o pessoal que tá achando que vai tomar e vai ficar doente [...] todo mundo já tomou vacina um dia e teve reação", incentiva Evânia, que ganhou um reforço com o depoimento de Seu Samuel, "tomei a primeira e não tive reação, e a segunda também não", garantiu.

Nesse ponto, Recife e Nova York se aproximam. Com cerca de dois milhões de nova-iorquinos que ainda não foram vacinados, o prefeito Bill de Blasio tenta meios para confrontar o negacionismo. Com apenas 60% dos cidadãos protegidos com as duas doses, nessa quarta (28), o gestor norte-americano anunciou que vai pagar US$ 100, equivalente a R$ 500, para quem participar da campanha anticovid.

Inclusas nos distritos sanitários VIII e VII, o levantamento da Prefeitura informa que 51.708 aplicações de segunda dose e dose única foram realizadas na área da Macaxeira, e o total de 31.191 na do Ibura.

[@#galeria#@]

Procurada pelo LeiaJá, a Sesau não soube pontuar quais centros foram entregues em áreas consideradas como periferia, nem o porquê das áreas de morro da Zona Norte ficarem desassistidas pela campanha.

Sobre a escolha dos pontos, a Secretaria de Saúde explicou que os locais são escolhidos em centros exclusivos para evitar aglomeração, por isso não pretende utilizar as unidades de saúde. O objetivo é garantir o funcionamento dos demais serviços da rede municipal com menor risco de transmissão.

Em nota, a Sesau conta que os locais 'estratégicos' são definidos com "facilidade de acesso e com parada de ônibus próximas, contemplando tanto quem vais se vacinar a pé, quanto quem utiliza transporte público, carro, moto ou bicicleta", complementou.

Os locais de vacinação contra a Covid-19 no Recife funcionam todos os dias, das 7h30 às 18h30, mediante agendamento.

Os centros informados pela Prefeitura são:

- Sest Senat (Porto da Madeira)*;

- Porto Digital (Bairro do Recife);

- Unicap (Boa Vista)*;

- Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Dois Irmãos*;

- Parque de Exposição de Animais, no Cordeiro;

- Unidade de Cuidados Integrais (UCIS) Guilherme Abath, no Hipódromo;

- Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro*;

- Ginásio Geraldão, na Imbiribeira*;

- Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), na Tamarineira*;

- Parque da Macaxeira, na Macaxeira*;

- UPA-E do Ibura;

- UniNassau, nas Graças.

*representam pontos híbridos que atendem como centro e drive-thru.

Os locais exclusivos na modalidade drive-thru são:

- Fórum Ministro Artur Marinho - Justiça Federal de Pernambuco (Avenida Recife), no Jiquiá; 

- Juizados Especiais do Recife, na Imbiribeira;

- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária;

- Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Bairro do Recife;

- BIG Bompreço de Boa Viagem;

- BIG Bompreço de Casa Forte;

- Carrefour (Torre).

Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Neste sábado (23) e domingo (24), os parques da Jaqueira, Santana, Macaxeira e Treze de Maio receberão a campanha 'Bora se Cuidar' que leva ações educativas para orientar e conscientizar as pessoas em relação ao cumprimento das medidas e protocolos contra o novo coronavírus.

No Parque da Jaqueira a campanha acontece no sábado, das 13h às 17h, e no domingo, das 8h às 12h. Já no Santana, Macaxeira e Treze de Maio a ação está prevista para o período das 13h às 17h, tanto no sábado quanto no domingo. 

##RECOMENDA##

A campanha prevê a atuação de promotores com placas educativas, arte-educadores e aplicação de adesivos com o QR code nos quiosques e cardápios dos comerciantes que atuam nos parques, além da colocação de banners nas entradas dos equipamentos e placas nos parques infantis.

Equipes de arte-educadores realizam performances lúdicas a partir de personagens e situações contextualizadas com o ambiente. Além disso, a utilização do QR code convida a população a visualizar a campanha em ambiente virtual, evitando assim a entrega de panfletos e o contato direto entre as pessoas. 

Acessando a plataforma, a população recebe informações sobre a importância do uso de máscaras, manter distância de 1,5 metro entre as pessoas e a lavagem das mãos ou a utilização do álcool em gel sempre que necessário. A campanha também prevê a sinalização educativa dos demais parques da cidade.

[@#galeria#@]

Uma tentativa de assalto a um motorista de caminhão resultou em um grave acidente, na madrugada desta sexta-feira (22), no sentido Paulista da BR-101, no bairro da Macaxeira, Zona Norte do Recife. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um dos dois suspeitos morreu após cair da carroceria.

##RECOMENDA##

A dupla de suspeitos subiu na carroceria do caminhão por volta das 3h40. Um deles caiu e morreu após ser atropelado no km 76, no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife. Já no km 62, o semirreboque do veículo tombou fora da pista e o outro suspeito ficou ferido.

Ainda de acordo com a PRF, a parte frontal do caminhão, conhecida como cavalo motor, passou por cima do meio-fio e o condutor também ficou ferido após perder o controle. Ele foi encaminhado ao Hospital da Restauração, na área Central do Recife.

[@#video#@]

A Prefeitura do Recife, a CBF Social e a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) iniciaram, na manhã desta quinta-feira (13), no campo do União da Macaxeira, zona norte da cidade, as atividades da escolinha de futebol do projeto Gol do Brasil. A aulas, direcionadas a crianças e adolescentes dos 6 aos 17 anos, acontecerão das terças às sextas, com o objetivo de usar o futebol com instrumento de transformação de vidas e ensino de valores. O Recife é a primeira capital do Nordeste a receber o projeto, que vai beneficiar, inicialmente, 240 meninos e meninas em situação de vulnerabilidade social na Macaxeira e áreas próximas.

 O coordenador pedagógico do Gol do Brasil, Wellington Lima, explica que a Prefeitura entra com o material humano, como professores e monitores, além do espaço físico, enquanto a CBF e FPF fornecem a orientação técnica e o material esportivo - camisas, jaquetas, bolas e marcadores de barras (pinos). “Nossa principal meta é ajudar na formação cidadã, melhorar a qualidade de vida e prevenir os males decorrentes do ócio”, explica Wellington.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com Wellington, o projeto tem como pilar as dez habilidades para a vida estabelecidas pela ONU: autoconhecimento, resolução de problemas, tomada de decisão, pensamento criativo, relacionamento interpessoal, comunicação eficaz, empatia, lidar com sentimentos, lidar com estresse e pensamento crítico.

Pai do pequeno Michael Júnior, de seis anos, que estava no meio do campo participando dos treinamentos com bola, o operador de empilhadeira José Michael, morador da Macaxeira, elogiou a iniciativa. “Fiquei sabendo do Gol do Brasil pela professora de reforço do meu filho. Trata-se de um projeto muito importante, principalmente porque ajuda a tirar as crianças e os adolescentes dos caminhos que não prestam”, ressaltou.

Professora de educação física e orientadora do projeto, Paula Brasil disse que estava motivada com sua primeira turma, após preparação na CBF. “Trabalho na Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer da Prefeitura do Recife desde 2014 e estou gostando muito de participar desse projeto. É uma proposta que tem como atrativo não apenas uma escolinha de futebol, mas todo um processo educacional visando À formação de um adulto responsável e feliz”, opinou.

Após participar intensamente das aulas de futebol no campo e também da palestra educativa, Maria Vitória, de dez anos, disse que gostou muito da primeira aula. “Moro aqui perto, em Nova Descoberta, e sempre participo das peladas de rua com meu irmão e meus vizinhos. Foi por isso que meu pai me matriculou. Foi tudo muito bom, pois além de jogar bola, fiz novos amigos e recebi mensagens bonitas da professora Paula”, disse. Guilherme Henrique, de 12 anos, também elogiou o Gol do Brasil. Estou achando tudo legal, porque a gente joga bola, faz amigos e aprende muita coisa importante”, argumentou.

Da assessoria

O Parque Urbano da Macaxeira recebe, neste sábado (26), mais uma edição do programa Meu Bairro É o Bicho. A ação terá início às 9h com término previsto para às 12h. Dentro das atividades do programa estão o atendimento veterinário para os animais, a aplicação de vermífugos e o agendamento de castração canina e felina.

 A expectativa é atender cerca de 100 animais e moradores da região. Todos os serviços prestados pelo programa são totalmente gratuitos e frutos de parceria com empresas, cursos técnicos e clínicas veterinárias.

##RECOMENDA##

Os moradores do bairro também terão atendimento clínico com aferição de pressão e medição de glicose, além de consultoria jurídica.

Essa é a quarta edição do programa que já foi realizado no Alto do Mandu, Nova Descoberta e Campina do Barreto. Ao todo, mais de 400 pessoas e animais já foram beneficiados com a ação.

SERVIÇO:

Meu Bairro É o Bicho

DATA: 26 de outubro (sábado)

HORÁRIO: das 9h às 12h

LOCAL: Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, s/n - Macaxeira

(Parque Urbano da Macaxeira)

Com informações de assessoria

Ônibus novos e com ar-condicionado que estavam parados na garagem da empresa Mobibrasil entrarão em circulação a partir desta quinta-feira (1º), afirma o Grande Recife Consórcio de Transporte. A resposta do órgão acontece depois que a Frente de Luta Pelo Transporte Público denunciou a inatividade dos veículos. 

Ainda de acordo com o Grande Recife, serão nove veículos especiais articulados, mais nove veículos especiais pesados compondo uma frota de 18 veículos mais um carro reserva. Os ônibus começaram a operar na linha 2490 - TI Camaragibe/TI Macaxeira.

##RECOMENDA##

“Fica demonstrado, mais uma vez, que as empresas de ônibus só cumprem as regras por meio da pressão. Serão novos ônibus com ar à disposição da população que já sofre com a falta de qualidade no serviço. Vamos fiscalizar para que a entrada de novos ônibus não signifique a retirada de outros e a consequente diminuição da oferta. Estamos monitorando”, afirma o advogado Pedro Josephi, representante da Frente de Luta pelo Transporte Público.

Um homem identificado como José Santino denúncia que encontrou um rato em um saco de pipoca comprado, segundo ele, no Terminal Integrado da Macaxeira, que fica no bairro de Dois Irmão, Zona Norte do Recife. O homem, que chegou a comer a pipoca, relatou a Polícia Civil que passou mal e foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento da Caxangá, Zona Oeste da capital pernambucana.

Essa não é a primeira vez que alguém denúncia encontrar um rato enquanto comia pipoca. Em setembro de 2018, uma criança de 9 anos precisou ser levada ao hospital, onde foi medicada e ficou em observação, após o roedor estar entre o alimento. Já em 2019, uma mulher de 31 anos também encontrou um rato em meio a pipoca e registrou um Boletim de Ocorrência. 

##RECOMENDA##

Agora, as investigações sobre o caso de José Santino, serão conduzidas pela Delegacia da Macaxeira, onde possivelmente a pipoca foi comprada pela vítima.

LeiaJá também

-> Após rato ser encontrado em pipoca, fábrica é interditada

-> Casal encontra porca de parafuso em saco de batata frita

Um veículo pegou fogo na rotatória da Avenida da Recuperação, no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife, na manhã desta terça-feira (18). Não houve feridos na ocorrência.

A via é utilizada pelos condutores que vêm da BR-101 com destino à Avenida Norte. O local da ocorrência fica nas proximidades do Terminal Integrado (TI) da Macaxeira. A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) esteve na avenida, mas o incêndio havia sido controlado e não havia congestionamento, pois o tráfego já não era intenso no horário.

##RECOMENDA##

O fogo foi combatido pelo Corpo de Bombeiros, acionado por volta das 7h30. Uma viatura foi enviada ao local. Os bombeiros constataram perda total do carro.

Não há informações das causas do incêndio. A assessoria do Corpo de Bombeiros recebeu a informação de que o condutor do veículo não se evadiu do local.

Um idoso, de 69 anos, morreu após ser atropelado por uma máquina de recapeamento, nessa segunda-feira (20). O equipamento desgovernado desceu a Rua Anita, no bairro da Macaxeira, localizado na Zona Norte do Recife, e só parou quando colidiu em um poste.

Segundo testemunhas, Manoel Francisco da Silva passava no local, quando o condutor do equipamento perdeu o controle e atingiu o idoso. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, porém, ele morreu antes de receber o atendimento.

##RECOMENDA##

 

Bem antes do Brasil ser ‘Brasil’ como conhecemos, ela já era queridinha dos habitantes originais dessas terras. Citada na carta de Pero Vaz de Caminha e, muitos anos mais tarde, no clássico Casa Grande e Senzala, do escritor Gilberto Freyre, esse tubérculo ficou conhecido em solo nacional por diferentes nomes: macaxeira, mandioca, aipim; e há séculos vem fazendo parte da alimentação de famílias espalhadas por todo o território brasileiro.

A macaxeira, como é chamada no Nordeste, é produzida em todo o país, durante o ano inteiro. O Brasil, aliás, é o segundo maior produtor do alimento no mundo, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). De tão presente no dia a dia dos brasileiros, e de tão importante, ela já foi até mote para um discurso presidencial; em 2015, quando a ex-presidenta Dilma Roussef classificou a raiz como sendo “uma das maiores conquistas deste país”, na cerimônia de abertura dos Jogos Mundiais Indígenas.

##RECOMENDA##

Mas, para além da mesa, a macaxeira é mesmo uma importante herança cultural, compartilhada pelos povos indígenas. A raiz foi um dos primeiros produtos apresentados pelos povos originários aos portugueses, quando de sua chegada em idos de 1500, e os forasteiros logo se encantaram com a versatilidade e sabor do alimento.

LeiaJá também

--> Indígenas brasileiros: luta e preservação identitária

Antes mesmo da chegada dos estrangeiros, os habitantes dessas terras já lidavam com o tubérculo tendo ‘domesticado’ a planta. Os indígenas amazônicos, através de suas técnicas e expertise, desenvolveram inúmeras variedades da raiz (há mais de quatro mil catalogadas) e descobriram várias maneiras de consumi-la. Maneiras, essas, que o brasileiro usa em seu cotidiano até os dias atuais. Da macaxeira se faz pratos salgados, doces, farinha, tapioca, mel, vinagre, cachaça, cerveja (produzida em Pernambuco) e até vinho (produzido no Pará por Raquel e Mariane Tupinambá). Ela também é usada para consumo animal e até para a produção de cosméticos, como shampoos e hidratantes corporais, além de tijolos ecológicos na construção civil.

Sem contar no impacto que o cultivo do tubérculo representa na economia nacional. Segundo a Embrapa, para cada dois hectares de macaxeira plantados, um emprego direto é gerado. Só no estado da Bahia, 335 mil hectares são usados no plantio do tubérculo. Da produção total, 90% é representada pela agricultura familiar. Os povos indígenas, que nos legou tal tradição, continuam se dedicando ao cultivo da mandioca. Na aldeia Ekeruá, localizada em Avaí, São Paulo, os Terena fizeram do plantio uma forma de subsistência e independência, assim como seus antepassados.

Migrantes do estado do Mato Grosso do Sul, os índios dessa etnia reinventaram o cultivo da raiz, sem desmatamento e resgatando técnicas tradicionais como o murundum - que consiste na formação de 'montinhos' de terra para ajudar na colheita manual e proteger o solo contra a erosão. Dessa maneira, eles deixaram de trabalhar para outros proprietários de terra, sob um pagamento mínimo - segundo o último Censo, feito pelo IBGE em 2010, 83% dos 897 mil indígenas brasileiros recebiam até um salário mínimo ou não tinham rendimentos -, virando donos de sua própria produção e mudando sua realidade econômica, promovendo uma maior independência para os seus.

Da etnia dos Terena saiu a primeira chef indígena do país. Kalymaracaya veio da aldeia Bananal, no Mato Grosso do Sul, ainda pequena pra estudar em Campo Grande. Nas férias, ela acompanhava a avó e a mãe na cozinha e aprendeu com elas os segredos da culinária tradicional. Mais tarde, ela decidiu que usaria em seu trabalho os saberes e sabores da sua aldeia para que assim pudesse ensinar sobre sua cultura além de fortalecê-la.

Na estreia de Kalymaracaya como chef, ela não poderia ter outro ingrediente como protagonista que não a mandioca. Ela preparou o Hî-Hî, um bolinho feito da raiz envolto em folha de bananeira. A plateia era formada por não-índios e a aceitação do prato foi um sucesso absoluto. A chef explicou, em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o motivo da escolha: "A mandioca representa a nossa comida brasileira e a gente come tudo com a mandioca. É o alimento mais brasileiro que existe".

Depois da primeira experiência, a chef passou a ministrar palestras e cursos nos quais ensina o preparo de receitas com ingredientes tradicionais de sua etnia, além de falar um pouco sobre outros aspecto de seu povo. "As pessoas têm pouco conhecimento do que é uma tribo indígena e às vezes fazem até perguntas absurdas. Como chef eu falo da gastronomia e da cultura, ensino um pouco do idioma Terena, das pinturas". Além de salvaguardar suas tradições através da culinária, Kalymaracaya também atua como secretária do Conselho Comunitário Urbano Indígena de Campo Grande (CCUI), no qual trabalha por melhorias em diferentes áreas sociais para a comunidade indígena.

 

Receita

O Hî-Hî, tradicional prato dos Terena, "parece uma pamonha", como diz a chef Kalymaracaya, mas é, na verdade, um bolinho de macaxeira que pode ser acompanhado por carne vermelha, frango, mel, melado e até doce de mamão. A chef ensinou como preparar a delícia. Confira.

 

Ingredientes:

1.500 Kg de mandioca ouro (amarela) crua “in natura” sem o pavio

10 folhas de bananeiras inteiras

3 Pano de algodão

6 folhas de bocaiuva (espécie de palmeira) ou 1 rolo de barbante

3 litros de água

Modo de preparo

Limpe bem as folhas de bananeira, retire os talos e passe as folhas na chama do fogo. Rale a mandioca na parte mais fina do ralador, adicione 1 litro de água e mexa bem, separe um pano de algodão, você vai espremer todo o líquido da mandioca, deve repetir o processo até retirar todo o amido da mandioca e deixá-la seca.

A mandioca espremida vai formar uma massa seca, coloque três colheres de sopa na folha de bananeira e enrole, precisa ficar no modelo retangular, amarre com a folha de bocaiúva, ou barbante. Depois de todos eles fechados, em uma panela coloque 2 litros de água e disponha-os, o tempo de cocção é de 30 minutos em fogo alto.

Fotos: Pixabay/Divulgação/Reprodução Instagram/Sérgio Araújo

Para comemorar o Dia do Circo, próxima quarta (27), a Escola Pernambucana de Circo (EPC) promete celebrar a data com apresentações para adolescentes do projeto pedagógico, Viver e Aprender para Crescer com Você, na sua sede, localizada no bairro da Macaxeira, às 14h30.

A programação ainda conta com exibições dos educadores da EPC e a presença do grupo convidado Malanarquistas. Após as apresentações, os educandos farão um cortejo por algumas ruas da comunidade.

##RECOMENDA##

O dia 27 de março foi escolhido como Dia do Circo em homenagem ao palhaço brasileiro Piolin (Aberlado Pinto), que nasceu na mesma data em 1897, e que se destacava pela criatividade cômica e pela habilidade como ginasta e equilibrista.

Serviço

EPC comemora Dia do Circo

27 de março | 14h30

Sede da EPC (Av. José Américo de Almeida, Macaxeira, nº 05. Fica na segunda rua após a Academia da Cidade da Avenida Norte)

Gratuito

Nesta quinta-feira (27) acontece o 1º Festival de Atletismo, no Parque da Macaxeira, na Zona Norte do Recife. O evento, organizado pela Prefeitura, terá inscrições gratuitas e é voltado para crianças e adolescentes de até 17 anos.

O Festival está inserido no programa Recife Esportes de Rendimento, que tem o objetivo de preparar atletas para competir em alto nível. A expectativa da Prefeitura é reunir cerca de 200 participantes, que podem se inscrever gratuitamente no local do evento.

##RECOMENDA##

“A ideia da competição é estimular a prática esportiva e descobrir talentos”, afirma a treinadora Cisiane Lopes, que disputou como atleta na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, na modalidade marcha atlética, e que hoje coordena as atividades do Recife Esportes de Rendimento no Parque da Macaxeira.

O 1° Festival de Atletismo trará provas de velocidade, resistência e salto em distância, com medalhas para os três primeiros colocados de cada prova e troféu para a escola municipal que inscrever o maior número de alunos.

Serviço

 1º Festival de Atletismo  

Quinta-feira (27), a partir das 14h

Parque da Macaxeira, situado no final da Avenida Norte

Por Thiago Herminio


A importância do voto será o tema do debate que acontecerá, nesta quinta-feira (13), a partir das 19h, na Escola Pernambucana de Circo. O técnico jurídico do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), Eduardo Japiassú, irá palestrar sobre o panorama histórico do voto, seu significado, importância, trâmites e características do processo eleitoral como votos brancos e nulos e coeficiente eleitoral. 

O encontro, com entrada gratuita, faz parte do projeto Café com Circo, que foi criado com o objetivo de promover debates de assuntos relevantes não só na política, como também nas áreas de cidadania, arte, cultura e entretenimento. Mais informações pelos telefones (81) 3266-0050/3034-3127 ou (81) 9 8606.7715. 

##RECOMENDA##

Uma caminhonete caiu de viaduto na tarde desta sexta-feira (22) no bairro da Macaxeira, Zona Oeste do Recife. O condutor teve uma fratura no braço e foi socorrido para um hospital privado.

O acidente ocorreu por volta das 13h, no sentido Recife da BR-101. Segundo informações recebidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista perdeu o controle da caminhonete.

##RECOMENDA##

O veículo ficou virado no canteiro da rodovia, atraindo curiosos. O Corpo de Bombeiros também foi acionado para o local.

No próximo domingo (22), a pista de bicicross do Parque Santana, Zona Norte do Recife, será reaberta aos praticantes. O evento, que marca a volta de uma das principais pistas de alto rendimento da cidade, é a 4ª etapa do Campeonato Pernambucano, promovido pela Federação Pernambucana de BMX (FPBMX). Entretanto, o espaço já está funcionando regularmente para o público em geral.

Em matéria recente, o LeiaJa.com visitou alguns grupos que praticam no Parque da Jaqueira e também no local citado. Pilotos e professores comentaram o quadro atual da modalidade em Pernambuco e lamentaram que tanto na Jaqueira, quanto na Macaxeira, ainda não têm as condições ideiais para as competições. Desde 2014, a pista do Parque Santana estava funcionando ainda com pendências no projeto.

##RECOMENDA##

"Havia algumas pendências no projeto, por isso ficamos sem o espaço. Mas já está funcionando com horário determinado. Recentemente conseguimos um sistema de largada e estamos fazendo alguns ajustes, como a pintura para estar perfeita no domingo", contou Vandré Vital, presidente da FPBMX.

Segundo Vandré, a Secretaria ainda está no aguardo por mais licitações para as obras necessárias na Macaxeira. Ainda existe a possibilidade de que a pista fique pronta ainda em 2017.

[@#galeria#@]

No próximo sábado (22), comemora-se o Dia da Macaxeira. Para celebrar a data, o restaurante ‘Barcaxeira’, em Porto de Galinhas - Litoral Sul de Pernambuco -, promove ‘Festival Amamos Macaxeira’, que começa nesta sexta-feira (21) e segue até o sábado.  

##RECOMENDA##

Entre os pratos que serão oferecidos no cardápio, estão 'Massaroquinha de camarão com Crispis de Couve, 'Cumbuca de Macaxeira com carne de sol Gratinada com mix de queijo' e 'Padoca: bolinho quente de macaxeira com brigadeiro de café com sorvete de ninho trufado'.

Para registrar o evento, o artesão Mestre Nena, presidente e ceramista do Centro de Artesanato do Cabo de Santo Augustinho, vai produzir uma cumbuca comemorativa e personalizada do Barcaxeira como mimo para quem for desfrutar do menu especial. No sábado (22), Nena estará no local, a partir das 16h, confeccionado cumbucas para os clientes.

Serviço

Barcaxeira

Rua da Esperança, 458, Porto de Galinhas 

(81) 3552-1913

Os moradores do bairro da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, recebem neste sábado (20) a primeira a ação de 2016 do Programa É Meu Direito. A iniciativa será realizada na comunidade do Buriti, das 8h às 11h.

O programa oferece uma variedade de serviços como os de acesso à orientação jurídica, mecanismos de mediação de conflitos, atendimento ao consumidor pelo PROCON, e a emissão de documentos.

##RECOMENDA##

Serão emitidas cédulas de identidades, 2ª via de registros de nascimento, casamento e óbito, CPF, além do registro de foto 3x4. A média de atendimento é de 400 pessoas por ação. O Programa É Meu Direito é da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

Serviço

Programa É Meu Direito!

Local: Escola Coronel Othon, s/n – Buriti, Macaxeira.

Data: 20/02/2016

Horário: 8h às 11h

Com informações da assessoria

O projeto ‘Se liga na bicharada’, idealizado pela professora Nathalie Sena da Silva, da Escola Municipal Presbítero José Bezerra, no bairro da Macaxeira, Zona Norte do Recife, venceu a etapa Nordeste do 9º Prêmio Professores do Brasil. Inscrito na categoria Ciclo de Alfabetização, o projeto de Nathalie é a única iniciativa de Pernambuco que vai concorrer à premiação nacional, na próxima quinta-feira (3) de dezembro.

O Prêmio, que é realizado pelo Ministério da Educação (MEC), valoriza experiências inovadoras, desenvolvidas por professores da educação básica pública, que contribuam para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem. A etapa nacional vai premiar 30 experiências de todo o país, distribuídas em seis categorias, cada uma recebendo R$ 7 mil. Em cada categoria, deverá ser premiado um professor por região.

##RECOMENDA##

A professora Nathalie Sena desenvolveu o projeto 'Se liga na bicharada' com seis estudantes que apresentavam déficit de aprendizagem e faziam parte do Se Liga, projeto de correção de fluxo e combate ao analfabetismo para alunos que não se alfabetizaram na idade correta. Alex Costa da Silva, Eduardo Ferreira da Silva, Rogério Barros da Silva Fonseca, Kevin Walker da Silva, Luiz Claudio da Silva Rodrigues e Thalita dos Santos Correia, que tinham entre 10 e 12 anos, foram orientados pela educadora a iniciar a leitura por meio de livros paradidáticos.

O projeto foi norteado a partir do livro ‘O sapo que engoliu a lua’, do escritor Celso Antunes. O grupo escreveu e ilustrou seu próprio livro, com o título ‘O sapo e a escada’. A obra foi bordada pelos alunos, com linhas, agulhas e tecidos recebidos em doações, sendo finalizada após oito meses de aulas. "O mais impressionante é que eles não sabiam ler, nem escrever. Eu percebi que eles se identificaram mais com o alfabeto de animais e surgiu o livro", afirma Nathalie.

Outra iniciativa da Rede Municipal do Recife que obteve destaque no prêmio foi o projeto ‘Tenho medo, mas dou um jeito’, desenvolvido na Creche Municipal João Eugênio, na Iputinga, vencedor da etapa estadual. Ao constatar que as crianças chegavam à unidade de ensino muito inseguras, a equipe formada pela professora Mirtes Ramos e pelos auxiliares Walter Mauro e Joanita de Paula pensou numa maneira de estimular os alunos a lidarem melhor com seus medos. "Elas tinham insegurança de ficar sozinhos nas salas e na hora de ir ao banheiro", conta Walter.

Para acabar com essa segurança, a equipe de professores começaram a contar histórias para trabalhar o tema a partir desses elementos, fazendo a ligação com o medo de escuro, de ir ao banheiro ou ficar na sala a sós. 

Com informações da assessoria de imprensa

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou, nesta quarta-feira (4), que um trecho da BR-101 [entre os quilômetros 63 e 61,5] no bairro da Macaxeira, Zona Norte do Recife, está interditado. O bloqueio foi realizado por conta de uma obra de recuperação da estrada.

Ainda conforme a PRF, os trabalhos estão sendo executados antes do CT do Náutico. A interdição ocorre no sentido Abreu e Lima e tem previsão inicial de durar dois dias.

##RECOMENDA##

Há um desvio pela via local. Mas, segundo a PRF, para evitar o congestionamento a recomendação é seguir pela Avenida Agamenon Magalhães até a PE-15 e de lá seguir para Abreu e Lima.

Os moradores da Comunidade Alto do Buriti, na Macaxeira, Zona Norte do Recife, poderão fazer neste sábado (29) exame de mamografia gratuito. O serviço promovido pela Secretaria de Saúde do Recife atenderá mulheres de 50 a 69 anos, das 8h às 12h. 

Para fazer o exame é necessário que a paciente leve uma indicação médica e pegue uma das 80 fichas que serão distribuídas no local. O resultado ficará pronto em até 15 dias e será disponibilizado na Unidade de Saúde da Família da área.

##RECOMENDA##

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando