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A série de falsos alarmes de bombas, que evacuou mais de 100 mil pessoas em vários lugares públicos de Moscou na última semana, pode ter sido causada por conservadores ortodoxos que se opõem à distribuição do filme "Matilda" nos cinemas russos.

Na mesma semana em que as ameças simultâneas ocorreram, as autoridades religiosas da Federação Russa já haviam lançado uma campanha de protesto para bloquear o lançamento do longa. Foram organizadas manifestações nas principais cidades do país, inclusive algumas salas de cinema foram alvos de ameaças por parte de ativistas.

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O filme, dirigido por Alexei Uchitel, conta a história do romance entre Nicolau II, o último dos czares, considerado como um mártir pela Igreja Ortodoxa, e a bailarina Matilda Kshesinskaya. Ele é baseado nas memórias da artista.

Segundo a produtora de "Matilda", a distribuidora Karo recebeu uma carta do grupo radical Ortodoxo Estado Cristão em protesto pela estreia do filme. No entanto, de acordo o líder do grupo, Alexander Kalinin, eles "não têm nada a ver com essa ação".

No texto, "alguns meninos" o informaram que "há métodos muito mais eficazes do que incêndios criminosos" para convencer os distribuidores a boicotarem o filme. Os autores da carta ainda afirmaram que com os alertas teria sido possível "desetabilizar toda a infra-estrutura da Rússa apenas com chamadas telefônicas".

Na última quarta-feira (13), a polícia russa evacuou vários centros comerciais, shoppings, estações ferroviáris e universidades, após receber denúncias de ameças de bomba. As chamadas foram recebidas ao mesmo tempo, o que deixou as autoridades em alerta.

Da Ansa

O governo russo confirmou nesta terça-feira (20) o encontro entre o presidente Vladimir Putin e o líder brasileiro, Michel Temer, agendado para a quarta-feira, em Moscou. De acordo com a agência de notícias Tass, Temer e Putin "discutirão toda a gama de assuntos interessantes às relações russo-brasileiras".

"Os dois darão especial atenção aos esforços para expandir e diversificar os laços comerciais e econômicos, a fim de favorecer a cooperação nas áreas culturais e humanitárias", informou o governo russo, citado pela Tass. Também está prevista a assinatura de uma série de acordos entre Rússia e Brasil. O peemedebista inicia hoje uma viagem internacional pela Rússia e pela Noruega, tentando demonstrar estabilidade na política brasileira, abalada pelos escândalos de corrupção e inquéritos na Operação Lava Jato.

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O presidente tentará também reverter o isolamento internacional que marca seu governo. O Brasil ficou de fora do roteiro de vários líderes europeus, como François Hollande (França), Sergio Mattarella (Itália) e Angela Merkel (Alemanha), que vieram recentemente para a América Latina e estiveram na Argentina.

Nesta terça-feira, Temer terá um encontro com o presidente da Duma Federal (Câmara dos Deputados russa), Vyacheslav Volodin, e depois participará do Seminário de Captação de Investimentos Russos no Brasil.

Quase um milhão e meio de russos marcharam nesta segunda-feira no centro de Moscou no Dia do Trabalhador, um comparecimento muito maior que nos anos anteriores, segundo a polícia da capital russa.

"Quase 1,5 milhão de pessoas marcharam pelo 1º de maio", declarou em um comunicado citado pela agência de notícias Interfax.

Sob um sol radiante, os manifestantes marcharam pela Praça Vermelha, agitando bandeiras e balões junto aos muros do Kremlin. Em 2016 e 2015, apenas 100.000 pessoas participaram deste desfile em Moscou, de acordo com dados da polícia.

"Para mim, trata-se de uma festa imortal!", declarou à AFP Vladimir Nikolaevich, um comandante reformado do exército russo, que marchou com seu uniforme de gala.

Alguns dos manifestantes agitavam bandeiras comunistas e retratos de Lênin, ao som de uma fanfarra. Outros gritavam palavras de ordem contra o governo, como Vladislav Riazantsiev, um dos líderes do movimento "Bloco de Esquerda".

"Somos contra (o presidente russo Vladimir) Putin, mas não contra ele como pessoa", disse à AFP.

No total, 2,6 milhões de russos marcharam neste Dia Internacional dos Trabalhadores, um feriado na Rússia, segundo as autoridades.

Ao menos 27 passageiros ficaram feridos em um voo da Aeroflot entre Moscou e Bangcoc quando o avião entrou em uma zona de forte turbulência, anunciou nesta segunda-feira a companhia nacional russa.

O incidente ocorreu pouco antes do pouso na noite de domingo, de acordo com a empresa.

Um funcionário da embaixada russa na Tailândia, Denis Antonyuk, disse que as vítimas eram 24 russos e três tailandeses.

"Quinze russos e dois tailandeses seguem no hospital", afirmou.

A Tailândia é um destino muito popular entre os turistas russos, onde chegam graças a dezenas de voos diários procedentes de várias cidades russas.

Mais de um milhão de russos viajaram à Tailândia em 2016, principalmente às localidades mais turísticas do sul do país.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está se encontrando com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, no Kremlin, em Moscou, nesta quarta-feira. Uma reunião entre os dois não estava prevista até ontem.

Hoje, o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, informou que a reunião entre Tillerson e o ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, foi um encontro "tenso". Lavrov acusou os EUA de realizarem um ataque ilegal contra uma base militar síria na semana passada e disse que estava tentando entender as "reais intenções" do governo de Donald Trump. Fonte: Associated Press.

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Uma semana após a prisão do principal líder da oposição na Rússia, Alexei Navalny, a capital Moscou voltou neste domingo (2) a ser palco de manifestações contra a corrupção e o presidente Vladimir Putin.

Com o pretexto de que os atos não haviam sido autorizados, assim como na semana passada, a Polícia tentou conter os manifestantes e deteve pelo menos 31 pessoas, de acordo com a agência "Interfax". Entre os presos estaria Pavel Dyatlov, adolescente de 16 anos que se tornou símbolo dos protestos após ter sido fotografado pendurado em um poste. Todos são acusados de "violação da ordem pública".

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Atos também foram registrados nas cidades de Novosibirsk, Samara e Astrakhan, mas sem episódios de violência. Navalny, um blogueiro que virou o adversário mais popular de Putin, cumpre pena de 15 dias de prisão por conta dos protestos de 26 de março.

Seu objetivo é desafiar o presidente nas eleições de 2018, embora para isso ele precise reverter uma sentença de cinco anos de reclusão por fraude em uma empresa estatal.

Milhares de russos estão marchando nas ruas de Moscou para marcar a data de dois anos desde que o líder oposicionista Boris Nemtsov foi morto a tiros perto do Kremlin.

Nemtsov foi um forte crítico do presidente russo Vladimir Putin. Sua morte no dia 27 de fevereiro de 2015 naquilo que pareceu um assassinato encomendado despertou ódio e medo do movimento oposicionista no país.

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O protesto neste domingo em Moscou deve reunir a maior multidão de opositores do governo desde que marcha com o mesmo motivo foi organizada no ano passado.

Manifestantes hoje carregavam bandeiras russas e cartazes com declarações de Nemtsov como: "a Rússia vai ser livre", "se existe Putin, não existe Rússia" e "nossa única chance está nas ruas".

Manifestações similares em memória de Nemtsov devem ocorrer em outras cidades pela Rússia, incluindo São Petersburgo e a cidade natal do líder oposicionista Nizhny Novgorod. Fonte: Associated Press.

Dezesseis trabalhadores originários do Quirguistão morreram na manhã deste sábado (27) em um incêndio num armazém de Moscou, anunciaram autoridades russas. Os socorristas chegaram às 5h GMT ao armazém, localizado em uma zona industrial no norte da capital russa, e encontraram 16 corpos, segundo a agência oficial TASS, que citou o Ministério de Situações de Emergência.

Quando tentavam apagar o fogo, os bombeiros encontraram "um dormitório isolado pelas chamas. Derrubaram a parede e encontraram os corpos", assinalou a agência. O incêndio destruiu 200m² do armazém, e foi apagado às 7h GMT, segundo as autoridades.

Ilia Denisov, representante do Ministério de Situações de Emergência, explicou que as vítimas eram trabalhadores imigrantes oriundos do Quirguistão. Segundo ele, o fogo foi provocado pela ruptura de uma lâmpada em uma área em que havia uma grande quantidade de produtos inflamáveis e papel.

"O fogo se espalhou do primeiro andar, através do elevador, até o local onde estavam as vítimas", assinalou Denisov, citado pela agência Interfax. Dezenas de trabalhadores imigrantes se concentraram neste sábado diante do armazém, alguns deles à espera de notícas.

O prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, afirmou no Twitter que os feridos foram levados para o hospital. A causa do fogo é desconhecida, e foi aberta uma investigação para determinar se o mesmo teve origem criminosa ou acidental. A Rússia é um país com infraestrutura obsoleta da era soviética, no qual não são aplicadas com rigor as medidas de segurança.

Dezesseis pessoas morreram na manhã deste sábado em um incêndio num armazém de Moscou, anunciaram autoridades russas. Os socorristas chegaram às 5h GMT ao armazém, localizado em uma zona industrial no norte da capital russa, e encontraram 16 corpos, segundo a agência oficial TASS, que citou o Ministério de Situações de Emergência.

Quando tentavam apagar o fogo, os bombeiros encontraram "um dormitório isolado pelas chamas. Derrubaram a parede e encontraram os corpos", assinalou a agência. O incêndio destruiu 200m² do armazém, e foi apagado às 7h GMT, segundo as autoridades. As vítimas podem ser imigrantes das ex-repúblicas soviéticas, declarou uma fonte das forças de segurança às agências de notícias russas. O armazém pertencia a uma loja de impressão.

A causa do fogo é desconhecida, e foi aberta uma investigação para determinar se o mesmo teve origem criminosa ou acidental. A Rússia é um país com infraestrutura obsoleta da era soviética, no qual não são aplicadas com rigor as medidas de segurança.

Ao menos três pessoas morreram e 26 ficaram feridas, neste sábado, em uma gigantesca briga de várias centenas de pessoas em um grande cemitério do sudoeste de Moscou, anunciaram as autoridades russas.

"Até agora temos 26 feridos e três mortos", declarou à agência Interfax um porta-voz dos serviços de saúde da cidade de Moscou. Quatro dos feridos estão em estado grave, acrescentou. Um total de 50 pessoas foram detidas, segundo a polícia.

Segundo os meios russos, os confrontos no interior do cemitério de Khovanskoye, nos arredores de Moscou, envolveram ao menos 200 imigrantes das antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central e habitantes do Cáucaso russo.

Imagens da televisão russa LifeNews mostram dezenas de homens, muitos deles armados com paus e barras de ferro perseguindo-se na entrada e no interior do cemitério de Khovanskoye, o maior da Europa, com uma superfície de 197,2 hectares, enquanto foram ouvidos disparos.

O ministro russo do Interior confirmou que foram utilizadas armas de fogo nos confrontos, que segundo esta fonte ocorreram por divergências sobre o direito de trabalhar no recinto do cemitério.

A babá detida em Moscou após matar uma menina de quatro anos e decapitá-la "por ordem de Alá" já sofreu problemas psíquicos, afirmou seu pai nesta quinta-feira.

Goulchekhra Bobokoulova, de 38 anos e proveniente de Uzbequistão, divorciada e mãe de três filhos, foi internada em um hospital psiquiátrico em 2002, disse seu pai Bakhredtdine Turayev em uma entrevista publicada pelo site de informação Gazeta.ru.

"Começou a dizer coisas estranhas, ouvia vozes, parou de obedecer, se tornou agressiva", contou Turayev.

"Tentava acalmá-la, mas ela só repetia: 'Tenho medo, papai!'. Nós a levamos a um hospital. Permaneceu ali por 13 dias", acrescentou.

Depois de sua permanência no hospital psiquiátrico regional de Samarkand, uma cidade do sudoeste do Uzbequistão, voltou para casa e precisou tomar medicamentos durante um longo período, disse seu pai.

"Depois voltou a ser normal", disse Turayev, de 62 anos.

Gulchekhra Bobokulova foi detida na segunda-feira passada pela polícia perto de uma estação de metrô no noroeste de Moscou quando perambulava com a cabeça de uma menina de quatro anos, dizendo que era terrorista.

"Isso é o que Alá me ordenou", declarou a mulher na quarta-feira ao comparecer diante de um juiz.

Depois de depor, o juiz ordenou sua detenção preventiva até 29 de abril acusada de ter assassinado a menina de quatro anos e de tê-la decapitado por uma razão desconhecida.

Durante a audiência, Gulchekhra fez declarações incoerentes.

"Alá enviará um segundo profeta para trazer notícias da paz, olá a todos", declarou.

"Tenho fome, vou morrer em uma semana, é o fim do mundo, me proibiram de comer, olá a todos", disse, saudando a imprensa.

A mulher foi submetida a exames psiquiátricos e não se exclui que no momento do crime estivesse sob "a influência de psicotrópicos ou drogas", indicaram os investigadores.

O Papa Francisco se reunirá nesta sexta-feira (12), em Cuba, com o patriarca de Moscou, Kirill I, no primeiro encontro entre os líderes de duas igrejas separadas há quase um milênio. Um evento histórico desde o cisma do século IV, que também marca o papado do primeiro pontífice latino-americano.

A notícia foi anunciada de forma inesperada pelo Vaticano na semana passada e representa uma nova etapa nas relações entre as duas igrejas cristãs mais importantes do mundo. Cuba, considerado território neutro, acolherá a reunião, que será realizada no aeroporto de Havana José Martí e terá uma duração de duas a três horas.

"O encontro será realizado em Cuba, onde o papa fará escala antes de sua viagem ao México, e onde o patriarca estará em visita oficial", anunciou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

"Este encontro dos primados da Igreja católica e da Igreja ortodoxa russa, preparado há algum tempo, será o primeiro na história e marcará uma etapa importante nas relações entre as igrejas", afirmoou o Vaticano em um comunicado conjunto da Santa Sé e do patriarcado de Moscou.

O pontífice e o líder da Igreja ortodoxa russa terão "um encontro pessoal no aeroporto internacional José Martí de Havana, que concluirá com a assinatura de uma declaração comum", informou Lombardi.

Desde 1054, data das excomunhões mútuas e do maior cisma da cristandade, nenhum pontífice ou patriarca de Moscou - as duas igrejas cristãs mais importantes do mundo - haviam se encontrado.

Os dois líderes religiosos acertaram o encontro na América Latina, já que Kirill foi convidado pelo presidente cubano Raúl Castro a visitar a ilha e o Papa tem programada uma viagem ao México de 12 a 17 de fevereiro.

O encontro, segundo Lombardi, terá como mediador o presidente anfitrião. "Trata-se de um sinal de esperança", conclui o comunicado do Vaticano, que convida "todos os cristãos a rezar com fervor para que Deus abençoe esse encontro, para que dê bons frutos".

Há anos se falava de um encontro entre o pontífice e o patriarca de Moscou, líder de dois terços dos 200 milhões de ortodoxos no mundo.

Após a eleição do papa argentino, em março de 2013, aumentaram as esperanças, principalmente depois que, em novembro de 2014, Francisco comentou com a imprensa durante um voo de regresso da Turquia sobre sua vontade de se reunir com o líder ortodoxo.

O Papa considera prioritária a aproximação entre religiões, em particular com as cristãs, muitas das quais estão lutando no Oriente Médio contra o radicalismo islâmico.

"A atual situação no Oriente Médio, na África do Norte e Central e em outras regiões, onde os extremistas cometem um verdadeiro genocídio contra as populações cristãs, precisa de medidas urgentes e coordenadas", explicou em um comunicado a igreja ortodoxa russa, que confirmou que será um dos principais temas do encontro.

"O tema da perseguição dos cristãos será central", afirma a nota, que reconhece que "apesar dos obstáculos, conseguiram organizar o encontro". As diferenças históricas entre católicos e ortodoxos russos são numerosas e profundas, mesmo que as duas igrejas concordem em muitas questões teológicas.

Entre as diferenças mais importantes figura que os ortodoxos não reconhecem a primazia papal.

As condenações moderadas de Francisco à política intervencionista do presidente russo Vladimir Putin na Ucrânia, que foi recebido em duas ocasiões no Vaticano, foram gestos apreciados pela igreja russa, embora criticadas pelos católicos ucranianos de rito grego, que apoiam o governo ucraniano.

Há dez dias, o bispo de Roma anunciou de forma inesperada que em outubro visitará a Suécia para participar na cerimônia por ocasião dos 500 anos da ruptura entre Martin Lutero e a Igreja católica, um gesto histórico de reconciliação com os protestantes.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, chegou à capital da Rússia, Moscou, na terça-feira em uma visita não anunciada, em sua primeira viagem fora de seu país desde o início do conflito em março de 2011, informou nesta quarta-feira o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov.

Em um comunicado divulgado pelo Kremlin, o presidente russo disse que o governo sírio havia "alcançado resultados significativamente positivos" em sua luta contra um conjunto de forças de oposição.

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A Rússia começou uma campanha de bombardeio aéreo em apoio às forças de Assad no final de setembro. Putin disse que a Rússia estava disposta a "não só para tomar o caminho da ação militar na luta contra o terrorismo, mas tomar o caminho para uma solução política" para acabar com o conflito na Síria.

De acordo com o comunicado do Kremlin, Assad expressou gratidão pelo apoio da Rússia.

"Todos entendem que qualquer ação militar sugere outras medidas políticas", disse o presidente sírio. "E, claro, o objetivo comum para todos nós deve ser o que o povo sírio quer ver para o futuro do seu país".

A agência estatal de notícias Sana na Síria confirmou nesta quarta-feira que Assad se reuniu com Putin, a convite do presidente russo, para discutir futuros planos militares bilaterais e expressar gratidão do povo sírio ao apoio russo.

Segundo a agência, os dois líderes discutiram a continuação das operações militares contra grupos terroristas na Síria, usando os termos do governo sírio para os seus adversários, e outras operações conjuntas entre os dois aliados.

Assad também disse a seu colega russo que o terrorismo está impedindo o caminho para uma solução política para o conflito que já dura a quatro anos, informou a agência Sana, e disse que qualquer operação militar entre os dois países deve ser seguida por medidas políticas.

O presidente russo reiterou o compromisso de seu país para apoiar Assad através de canais políticos e militares, disse a Sana, e disse que iria recorrer a outras potências mundiais para olhar para uma solução diplomática para o conflito potencial. Fonte: Dow Jones Newswires.

A "Bomba do Tzar", a bomba atômica mais potente do mundo criada por cientistas soviéticos e convertida em símbolo da Guerra Fria com seus oito metros de extensão e 25 toneladas de peso, está sendo exposta pela primeira vez em Moscou.

Chamada oficialmente de AN602, esta bomba de hidrogênio, que foi testada com êxito em 1961, faz parte (sem sua carga atômica) de uma exposição sobre a história nuclear russa que pode ser vista no Manège de Moscou, um prédio histórico da capital.

A bomba, de uma potência de 50 megatoneladas, foi criada por uma equipe de cientistas soviéticos dirigida por Andrei Sakharov, futuro prêmio Nobel da Paz, e, em 30 de outubro de 1961, foi testada com sucesso em Nova Zembla, um arquipélago do Oceano Ártico russo.

O ensaio fazia parte do projeto de pesquisa nuclear lançado por Stalin em 1945, pouco depois de terminada a II Guerra Mundial, e que tinha como objetivo equiparar a ex-URSS aos Estados Unidos, que já tinham uma bomba atômica.

A indústria nuclear russa celebra em 2015 o 70º aniversário de sua criação. A exposição coincide com um momento delicado nas relações entre a Rússia e os países ocidentais devido ao conflito na Ucrânia.

A Rússia vetou no Conselho de Segurança, nesta quarta-feira (29), uma resolução para criar um tribunal especial para julgar os responsáveis pela queda do voo MH17 sobre o leste da Ucrânia, em julho de 2014, que provocou a morte de 298 pessoas.

Onze dos 15 membros do Conselho de Segurança votaram a favor do texto, redigido por Austrália, Bélgica, Malásia, Holanda e Ucrânia. A Rússia vetou, enquanto Angola, China e Venezuela se abstiveram.A sessão do Conselho de Segurança começou com um momento de silêncio em homenagem às vítimas.

"Sobre quais fundamentos se pode assegurar que a investigação será imparcial?", questionou o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, em discurso no Conselho após a votação. Churkin perguntou ainda como esse tribunal poderia resistir a um "agressivo fundo de propaganda na mídia".

A Rússia elaborou um projeto alternativo de resolução que não inclui um tribunal, mas que pede uma investigação internacional completa. Antes, o ministro malaio dos Transportes, Liow Tiong, fez um apelo aos membros do Conselho para que adotassem a resolução, afirmando que um tribunal de Justiça seria o mais adequado.

"Todas as pessoas que viajam de avião estarão mais expostas a riscos, se os autores não prestarem contas", alegou. O voo MH17 foi derrubado em 2014 por rebeldes do leste da Ucrânia durante um confronto entre as Forças Armadas de Kiev e os separatistas pró-russos.

O jovem pianista russo Dmitri Masleiev conquistou, nesta quarta-feira, em Moscou o primeiro prêmio do concurso Tchaikovsky, um dos mais prestigiados do mundo, à frente do americano George Li e do russo-lituano Lukas Geniusas.

"Estou muito emocionado, não esperava esta grande surpresa. Este prêmio representa tudo para mim. Tudo pode começar agora", declarou à AFP Masleiev, de 27 anos, que recebeu o prêmio das mãos do pianista francês Michel Béroff e de seu colega russo Denis Matsuiev.

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O segundo prêmio foi concedido "ex aequo" ao americano George Li, de apenas 19 anos, e ao russo-lituano Lukas Geniusas, de 25.

Classificado como "Jogos olímpicos musicais" durante sua inauguração por parte do ministro russo da Cultura, Vladimir Medinski, este prêmio foi dado a vários pianistas estrangeiros, entre eles ao americano Van Cliburn na primeira edição de 1958, em plena Guerra Fria.

A caminhada do vôlei de praia rumo às Olimpíadas Rio 2016 começa nesta quarta-feira (27) na Rússia. O primeiro passo em busca da classificação olímpica será dado em Moscou, na disputa do primeiro Grand Slam do Circuito Mundial 2015. Os atuais campeões do Circuito Brasileiro e vice-campeões do Super Praia 2015, Ricardo e Emanuel, já começam a competição como favoritos a subir ao pódio no final. O baiano já alcançou por quatro vezes o feito em Moscou, foi vice-campeão em 1999 e 2009 e terceiro colocado em 2012 e 2013, além do título em 2005 com Emanuel em Saint Petersburg. Já o paranaense é bicampeão em Moscou nos anos de 2011 e 2012, com dois vice-campeonatos em 2009 e 2013, e um terceiro lugar em 1999.

Para Emanuel, a disputa de mais um Grand Slam em busca da vaga olímpica é uma motivação para sua carreira. Ele afirma que tanto ele com Ricardo vêm de intensos treinamentos preparatórios para o torneio. “Treinamos forte nas últimas duas semanas e isso foi importante para fazermos alguns ajustes. Trabalhamos muito e bem, estamos preparados e felizes por estarmos vivendo esse momento juntos novamente, iniciando mais uma temporada de classificação olímpica. A partir de agora, todos os jogos são decisivos, todos os torneios contam muito, precisamos ter resultados e uma boa regularidade” afirmou o paranaense, ganhador de três medalhas olímpicas, ouro em Atenas-2004, prata em Londres-2012 e bronze em Pequim-2008.

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Ricardo acredita que a experiência pode contar pontos a favor da dupla que entra no torneio visando à disputa de mais uma olimpíada desta vez no Brasil. “Temos que entrar concentrados ao máximo. O circuito vai ser de altíssimo nível, a começar aqui por Moscou, e o foco de todas as parcerias está em 2016. Temos um objetivo, que é a vaga nas Olimpíadas do Rio, precisamos usar a experiência a nosso favor, com paciência para buscar os melhores resultados”, afirmou Ricardo, que também possui três medalhas olímpicas, um ouro em Atenas-2004, prata em Sydney-2000 e bronze em Pequim-2008.

Milhares de pessoas participaram neste sábado em uma passeata no centro de Moscou para expressar apoio ao presidente russo, Vladimir Putin, e manifestar oposição a qualquer tentativa de levar para a Rússia revoltas populares como a de 2014 na Ucrânia.

"O exemplo ucraniano nos ensinou muitas coisas, não permitiremos o Maidan em nosso país", afirmaram os organizadores da passeata, que reuniu 35.000 pessoas, segundo a polícia moscovita.

O protesto tinha como objetivo recordar o primeiro aniversário das manifestações da Praça Maidan, em Kiev, que forçaram o fim do governo do presidente Viktor Yanukovich, e mostrar que a Rússia não aceitaria atos similares.

"Não a Maidan, não à guerra", "Maidan é uma doença. Vamos curar", afirmavam alguns cartazes exibidos por manifestantes.

Yanukovich, presidente da Ucrânia desde 2010, fugiu do país em fevereiro de 2014 e seguiu para a Rússia após a violenta repressão de Maidan, uma praça do centro de Kiev, epicentro dos protestos contra seu regime.

Pouco depois, a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia, de maioria de língua russa, e apoiou os separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia quando iniciaram a insurgência contra o governo de Kiev em abril.

O conflito entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-Moscou provocou quase 5.700 mortes em 10 meses, segundo o balanço mais recente da ONU.

Passeatas do mesmo tipo aconteceram neste sábado em várias cidades russas como São Petersburgo (noroeste), Ekaterimburgo (Ural) ou Vladivostok (leste).

Putin continua sendo o político mais popular na Rússia, apesar da crise econômica que o país enfrenta, sobretudo por culpa da queda do preço do petróleo.

Estados Unidos e União Europeia aprovaram sanções econômicas contra Moscou em represália por sua intervenção no conflito do leste da Ucrânia.

Moscou, 27/12/2014 - A imprensa estatal da Síria disse que o governo do presidente Bashar al-Assad está preparado para participar de negociações de paz que devem ser promovidas pela Rússia no próximo mês. Segundo uma fonte de Ministério de Relações Exteriores, o governo "está preparado para participar de reuniões preparatórios, de consultoria em Moscou, que devem atender às aspirações dos sírios de encontrar uma saída para a crise".

O Ministério de Relações Exteriores da Rússia disse nesta quinta-feira que esperava realizar negociações de paz após 20 de janeiro de 2015 entre o governo Assad e representantes da oposição. A Síria vive seu quarto ano de guerra civil, que já deixou mais de 200 mil mortos e desalojou um terço da população do país. O conflito também abriu espaço para o surgimento do grupo terrorista Estado Islâmico, que agora domina boa parte do território da Síria e do vizinho Iraque.

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A Rússia é o principal aliado de Assad e não está claro se algum dos grupos de oposição vai concordar em participar das negociações de paz em Moscou. Segundo o governo sírio informou na imprensa estatal neste sábado, os encontros na capital russa serviriam apenas para preparar o caminho para reuniões a serem realizadas na própria Síria. "Essas reuniões visam um acordo sobre a realização de uma conferência de diálogo entre os próprios sírios, sem nenhuma intervenção externa", disse a fonte do Ministério de Relações Exteriores.

Os principais grupos de oposição da Síria apoiados pelo Ocidente têm dito que qualquer negociação de paz precisa incluir a formação de um governo de transição com poderes plenos, uma exigência rejeitada por Assad. Fonte: Associated Press.

O índice Micex, da Bolsa de Moscou, encerrou em forte baixa de 1,7%, aos 1.423,78 pontos, após Kiev afirmar que a Rússia invadiu território ucraniano nesta quinta-feira, prejudicando esperanças de que uma solução diplomática pode ser encontrada para a crise em breve.

Fatores geopolíticos continuam a ser o catalisador por trás de movimentos de mercado na Rússia. O primeiro-ministro da Ucrânia pediu aos países do Ocidente que congelem os bens da Rússia, o que levou imediatamente as ações para baixo. Os papéis do Sberbank terminaram em queda de 4,3%, da VTB cederam 3,6%. Os papéis da Gazprom perderam 1,3% e da Lukoil recuaram 0,6%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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