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O vice-presidente e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão (Republicanos), criticou, neste domingo (23), a resistência do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) à prisão por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e avaliou que o caso somente escalou porque o sistema de "freios e contrapesos" institucionais não está funcionando.

"Lamento as falas e repudio o episódio envolvendo o Sr. Roberto Jefferson. Tal estado de coisas acontece porque o sistema de freios e contrapesos não está funcionando", escreveu Mourão.

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Jefferson teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. No começo da tarde, atacou policiais federais que foram cumprir a ordem judicial em sua casa na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro.

As imagens de um circuito interno de segurança mostram policiais chegando ao local. Jefferson atirou contra a Polícia Federal, que tentava prendê-lo, ferindo um delegado e uma agente. Ambos estariam fora de perigo. Segundo o ex-deputado, houve troca de tiros.

A decisão de Moraes foi tomada após Jefferson desrespeitar medidas restritivas às quais ele estava submetido em sua prisão domiciliar. Na sexta-feira, 21, o ex-deputado xingou a ministra Cármen Lúcia, do STF, de "prostituta". O ataque ocorreu após o voto da ministra a favor de punição da Jovem Pan.

Eleito senador pelo Rio Grande do Sul, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) avisou que vai atuar para que o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) seja um tema discutido na próxima legislatura. "Se há indício forte de crime de responsabilidade, que se abra o processo", disse o general ao Estadão.

No seu diagnóstico, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ultrapassou o limite da sua autoridade ao atuar como "investigador, denunciador e parte ofendida" nas ações. "Competiria ao restante da Corte dar um freio nele, mas não está fazendo isso. O Senado vai ter de fazer isso agora. A Corte poderia dizer: 'Alexandre, pode baixar tua bolinha aqui'", afirmou. Procurado, Moraes não se manifestou.

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A campanha do presidente Jair Bolsonaro reclama que Alexandre de Moraes está interferindo demais contra ele, no combate às fake news. Como avalia a reação das instituições à desinformação?

Na minha visão, Alexandre de Moraes vem prevaricando ou até, vamos dizer assim, ultrapassando o limite da sua autoridade porque, no momento em que ele conduz o inquérito onde é investigador, denunciador, julgador e também é parte ofendida, isso está errado. O devido processo legal não está sendo respeitado. No momento em que ele pega reportagem de um meio de comunicação que, há dois anos, disse que só falava fake news e a usa para fazer busca e apreensão na casa das pessoas, bloqueia as contas, ele ultrapassou o limite do seu poder. Competiria ao restante da Corte dar um freio nele, mas a Corte não está fazendo isso.

Caberá ao Senado dar esse freio no ministro?

O Senado vai ter de fazer isso (dar um freio em Alexandre de Moraes) agora. Já que a Corte... A Corte poderia dizer: "Alexandre, pode baixar tua bolinha aqui! Está errado isso que você está fazendo. Nós não vamos aprovar essas tuas medidas."

O sr. acha que impeachment de ministros do STF deve ser pautado no Senado?

Se está comprovado, há indício forte de crime de responsabilidade, que se abra o processo. Se o processo vingar, ok. Se não vingar, ok também.

Hoje esses pedidos ficam na gaveta. O sr. vai pressionar para que o tema seja pautado?

Vou. Se está comprovado, chegamos à conclusão de que há indício forte de crime de responsabilidade, como no caso desse ministro que você citou o nome, então vamos discutir.

O sr. se refere somente à atuação de Moraes no STF ou no TSE também? Eles endureceram o combate à desinformação com uma nova resolução.

Uma resolução é algo igual ao decreto presidencial, pode ser cassado pelo Senado. O Senado pode cassar essa resolução também. Não é lei, não é nada.

O sr. já externou uma proposta de mudanças no STF, depois disse que foi mal compreendido. Qual é exatamente sua proposta?

Um sistema jurídico correto tem várias nuances que têm de ser obedecidas. Uma delas é os magistrados atuarem de boa fé. E a lei ser fácil, compreensiva e valendo para todos. São coisas aqui no Brasil que, na minha visão, não estão ocorrendo. O que eu penso em relação à nossa Suprema Corte: tem de ser colocado um mandato, porque a pessoa ficar 25, 30 anos ou até mais, dependendo da idade que ele é nomeado, é muito tempo. Nosso sistema de freios e contrapesos, que faz a harmonia e o equilíbrio dos Poderes, não está funcionando.

Sua proposta prevê aumentar o número de ministros?

Ampliar ou diminuir o número de ministros é casuísmo.

O sr. viu o chavismo fazer isso na Venezuela?

Vi, claro. Aqui não vai ser feito, não vejo isso sendo feito. Mesmo porque implica em custos.

Mas o presidente externou sua opinião favorável...

O presidente deu uma externada ali, mas nunca tomou nenhuma atitude.

A reeleição não daria a ele a força política necessária?

Julgo que não. Sendo reeleito, ele tem logo dois cargos no STF para serem trocados, o que pode lhe dar maioria bem mais confortável lá dentro.

Criminalizar pesquisas é o caminho?

Não precisa. Se alguém faz pesquisa com viés para favorecer A ou B, isso tem que ser investigado e, se ficar comprovado, é um crime. Já existe lei para isso. Os institutos têm de recalibrar a metodologia e ser mais transparentes porque não é entrevistando 1.500, 2.000 pessoas que você, por meio de uma extrapolação de tendência, vai dizer que 160 milhões de pessoas vão votar dessa maneira. Acho que isso é complicado. Pode dizer também que 15 dias antes da eleição não se publica pesquisa nenhuma, de modo que não haja um direcionamento para o pensamento do eleitor, já que a maioria dos eleitores só se define no final.

O Ministério da Defesa decidiu não divulgar o resultado da fiscalização das eleições. Não é um contrassenso cobrar transparência e ocultar o conteúdo?

O Ministério da Defesa disse que vai apresentar seu relatório após o final do segundo turno. Não adianta apresentar um relatório parcial. Quando o ministro (Luís Roberto) Barroso criou aquela comissão de transparência, chamou as Forças Armadas para esse jogo. Se tivesse algum problema sério no primeiro turno, teria havido, vamos dizer assim, 'ó, deu problema'. Que eu saiba, não teve nada.

O presidente não falou até agora sobre a suposta fraude que alegava haver se não vencesse no primeiro turno. Se ele questionar uma eventual derrota, como o sr. vai se posicionar?

Esse é um cenário hipotético. Isso vem sendo muito mais colocado pelas palavras do próprio presidente, mas não pelos atos dele, porque, se tivesse dúvidas sobre o processo, ele não concorria, não é? Declarava a nulidade a priori e criava um caso aí, vamos dizer. Mas ele não fez isso. Ele está concorrendo dentro das regras do jogo normais.

Foi correta a decisão de não envolver generais da ativa do Exército no trabalho de fiscalização das urnas?

O Exército raciocina sempre dentro de um tripé. Agir dentro da legalidade, usando a legitimidade e mantendo a estabilidade. Não tem ruído. Essa turma não faz ruído. O ruído é feito pelo lado de fora, não pelo lado de dentro.

O Senado terá um general de quatro estrelas como presidente da Casa? Pretende se colocar na disputa?

Estou recém chegando ao Senado, então, minha visão é que eu tenho que aprender como é que funciona a Casa. Não é o momento de colocar meu nome. Se, eventualmente, uma maioria constituída vier me convidar para o cargo, vou pensar.

Apesar de ser vice, o sr. nunca deixou de manifestar divergências com Bolsonaro. Como será sua posição no Senado?

Num governo Lula, sou oposição ferrenha. Mas não sou oposição ao Brasil. Se uma pauta que for colocada por um eventual governo Lula estiver de acordo com aquilo que eu considero que é importante para o País, vai ter meu apoio.

E num governo Bolsonaro?

Eu estaria numa situação muito mais confortável.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou, nesta quinta-feira (11), que sua autodeclaração como branco no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao registrar sua candidatura a senador, foi um "erro de preenchimento". Quatro anos atrás, o então candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto se declarou como indígena.

"Sou descendente de índios sim, e com muito orgulho. Está estampado no meu rosto e na minha pele, independentemente de qualquer formulário burocrático. Resolveram fazer um escarcéu com um simples erro de preenchimento de um formulário", escreveu Mourão, no Twitter.

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O vice-presidente registrou sua candidatura na segunda-feira (8). Depois de protagonizar divergências com Bolsonaro ao longo dos últimos anos, Mourão foi preterido pelo ex-ministro Walter Braga Netto (PL), que concorrerá em outubro como vice do atual chefe do Executivo.

Mourão, que vai concorrer ao Senado no Rio Grande do Sul, declarou ao TSE um patrimônio de R$ 1,145 milhão, o que inclui uma casa de R$ 204 mil, um veículo automotor de R$ 61 mil e aplicações em renda fixa que somam R$ 880,761 mil. O vice-presidente terá o apoio de Bolsonaro e concorrerá na chapa do ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) ao Palácio Piratini.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou, nesta segunda-feira (1º), que há na sociedade um "pânico não justificado" com relação aos riscos à democracia. Manifesto organizado na Faculdade de Direito da USP em defesa do Estado Democrático, em meio aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas, já atingiu mais de 500 mil assinaturas.

"Eu acho que há uma certa, vamos dizer assim, um pânico que não é justificado na sociedade brasileira com essa questão de ataques à democracia. Se critica muito a pessoa do presidente Bolsonaro, mas o presidente, em nenhum momento, buscou fazer alguma mudança que levasse, vamos dizer assim, a um desabamento do nosso sistema", disse Mourão a jornalistas, ao chegar hoje ao Palácio do Planalto.

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De acordo com o vice-presidente, mudanças que poderiam levar ao que ele chamou de "desabamento" do sistema seriam, por exemplo, aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), algo que Bolsonaro cogitou durante a campanha eleitoral de 2018; reduzir a idade de aposentadoria dos magistrados da Corte de 75 anos para 70 anos, medida defendida por bolsonaristas; e falar em fechar o Congresso, algo que Bolsonaro defendeu no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC).

"Em nenhum momento ele tocou nisso aí. Ele tem uma retórica que é, vamos dizer, forte, mas é só isso aí. É uma retórica, as ações jamais foram nesse sentido. Então, eu acho que é um pânico desnecessário. Agora, nós vivemos exatamente numa democracia, então todo mundo é livre para expressar sua opinião e fazer o manifesto que julgar melhor", declarou o vice-presidente.

Ao ser questionado sobre a expectativa para a presidência de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições, Mourão evitou críticas diretas, mas disse que não concorda com alguns inquéritos do Supremo. "Eu espero que ele se comporte de acordo com as regras. Ele é o juiz e não tem VAR", disse, se referindo ao videoárbitro, um árbitro assistente de futebol que analisa as decisões tomadas pelo árbitro principal. "Ele tem que ser bem circunspecto e bem atento a todas as coisas que tem que fazer."

'Cartinha'

Na última quarta-feira (27), Bolsonaro criticou a elaboração da Carta em Defesa da Democracia, manifesto organizado na Faculdade de Direito da USP que reúne juristas, banqueiros e empresários e já conta com a adesão de mais de 500 mil pessoas.

"Vivemos num país democrático, defendemos a democracia, não precisamos de nenhuma cartinha para dizer que defendemos a democracia", afirmou o chefe do Executivo na convenção do PP que selou o apoio do partido à sua candidatura à reeleição. "Dizer que queremos cumprir e respeitar a Constituição, não precisamos então de apoio ou sinalização de quem quer que seja para mostrar que nosso caminho é a democracia, a liberdade, respeito à Constituição", seguiu Bolsonaro.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) mostrou-se cético nesta segunda-feira (27) sobre a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar a gestão de Milton Ribeiro no Ministério da Educação. Em linha com o discurso do governo, o general da reserva criticou a prisão preventiva do ex-ministro, já revista, mas falou em "prováveis crimes" do pastor presbiteriano.

Mourão minimizou o impacto da prisão de Ribeiro na campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), fator altamente considerado pelo chamado "QG da reeleição", como mostrou o Estadão/Broadcast Político. "Até porque durou pouco tempo, foi algo na minha visão um tanto quanto apressado. A decisão talvez não fosse a melhor, colocar prisão preventiva ainda com indícios fracos de prováveis crimes. É aguardar o trabalho de investigação", afirmou o vice-presidente na chegada ao Palácio do Planalto.

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Em seguida, evidenciou que não aposta na abertura de uma CPI do MEC. "Acho complicado, porque está todo mundo pensando em eleição, mais três meses tem eleição. Falta tempo para isso progredir. Acho que não vai para frente", declarou. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirma já dispor das assinaturas necessárias para protocolar o pedido de abertura de CPI, mas em busca de mais apoio para ter "margem de segurança", ainda não apresentou o documento. A instalação do colegiado é prerrogativa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Em relação ao anúncio feito ontem por Bolsonaro de que o general Braga Netto foi escolhido como candidato a vice-presidente em sua chapa, Mourão declarou que se trata de uma "confiança no trabalho" do ex-ministro da Defesa.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou, nesta segunda-feira (20), que o assassinato do jornalista inglês Dom Phillips foi um "dano colateral" pelo fato de estar junto ao indigenista Bruno Pereira na Amazônia, também assassinado. Ele ainda considerou a possibilidade de haver um mandante para os crimes, o que a Polícia Federal nega até o momento.

"Vai aparecer, se há um mandante. Se há um mandante, é comerciante da área que estava se sentindo prejudicado pela ação principalmente do Bruno e não do Dom. Dom entrou de gaiato nessa história, é dano colateral", afirmou o vice-presidente a jornalistas no Palácio do Planalto.

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Mourão ainda chamou o assassinato de Dom e Bruno de "morte estúpida". "Essas pessoas aí que assassinaram covardemente os dois são ribeirinhos", declarou o vice-presidente.

O pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, já confessou participação nos crimes.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) deixou claro, nesta segunda-feira (20), seu ceticismo em relação à possibilidade de se instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras sobre a alta dos combustíveis.

"Acho que não vai nem andar isso aí. Não tem nem tempo. Estamos aí em fase quase eleitoral", declarou o general da reserva a jornalistas no Palácio do Planalto. "Acho difícil que uma CPI vá andar nesse momento", acrescentou.

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Foi o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) quem sugeriu a instalação de uma CPI da Petrobras. Os próximos passos da ofensiva do governo sobre a estatal, que na última sexta-feira anunciou novo reajuste dos combustíveis, serão discutidos ainda hoje em reunião de líderes convocada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) minimizou nesta segunda-feira (16) a gravidade da presença de bandeiras a favor do Ato Institucional número 5 (AI-5) em manifestações bolsonaristas. "Isso aí já passou", disse o general da reserva a jornalistas no Palácio do Planalto.

Assinado em 1968, o AI-5 é o símbolo do endurecimento da ditadura militar instalada no Brasil naquela época ao permitir, por exemplo, o fim do habeas corpus e o fechamento do Congresso Nacional. Apologias à ditadura militar são consideradas inconstitucionais.

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"Cada fase da história do Brasil tem suas características e seus aspectos. Isso aí já passou, né? Quem nasceu em 68 tem quantos anos hoje? 54? Tem gente que sai de foice e martelo, ainda. Cada um com sua loucura", declarou o vice-presidente nesta manhã.

No domingo, dia 15, o presidente Jair Bolsonaro (PL) também minimizou a defesa do AI-5 por parte de seus apoiadores. "Um maluco levanta uma faixa lá: AI-5, existe AI-5? Tem que ter pena do cara", afirmou o chefe do Executivo, que é defensor do regime militar.

Mourão ainda evitou comentar nesta segunda suas expectativas em torno do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, nomeado por Bolsonaro em meio à pressão do governo sobre a Petrobras para contenção do aumento dos combustíveis. "Não tenho como te responder, vamos aguardar", limitou-se a dizer o vice-presidente.

Uma viagem internacional do presidente Jair Bolsonaro, em 6 de maio, vai marcar a nova configuração do poder. A partir desta data, a Presidência da República deve ser comandada interinamente pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A passagem do bastão para Pacheco ocorrerá porque os dois primeiros nomes da linha sucessória do Palácio do Planalto também estarão fora do País.

O roteiro do vice-presidente Hamilton Mourão e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi acertado na última hora porque eles precisam viajar no mesmo período que Bolsonaro, se quiserem evitar a impugnação de suas pré-candidaturas. Mourão vai concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul e Lira disputará novo mandato na Câmara.

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A Lei da Inelegibilidade determina que pré-candidatos não podem assumir a Presidência, nem temporariamente, nos seis meses anteriores ao primeiro turno das eleições, marcado para 2 de outubro.

AGENDAS

Bolsonaro estará em Georgetown, capital da Guiana, no dia 6 de maio. Mourão informou que nesta data participará de reuniões em Montevidéu, no Uruguai. "Temos contato lá com o presidente, vice-presidente e empresários. Tem as agendas da questão da navegação na Lagoa Mirim, o aeroporto de Rivera. Tem boas agendas para conversar lá. Tudo em Montevidéu", disse o general. A legislação não exige que vices deixem o cargo para disputar eleições.

Lira, por sua vez, viajará para Nova York, onde vai participar de premiação da Câmara de Comércio Brasileira Americana, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A homenageada será a empresária Luiza Trajano. O evento será no dia 9, mas Lira deve embarcar no dia 6, como Bolsonaro. A assessoria do presidente da Câmara não confirmou a viagem.

Assim, seguindo a linha sucessória, a Presidência da República deverá ficar com Pacheco, que não deve sair candidato neste ano. Procurada, a assessoria de imprensa do presidente do Senado disse que nada está confirmado. Pacheco chegou a ensaiar uma candidatura ao Planalto pelo PSD de Gilberto Kassab, mas desistiu.

O comando do País muda de mãos, seguindo a linha sucessória, em casos de viagens internacionais ou afastamentos do presidente, por motivo de saúde, como já aconteceu nas internações de Bolsonaro. Se, por algum motivo, Pacheco não puder assumir a Presidência, quem assume é o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

Na avaliação do advogado Douglas Oliveira, especialista em Direito Eleitoral, a lei "faz sentido" para evitar interferências e desproporcionalidades na campanha. "A lógica é não autorizar que alguém do Executivo, que tem os poderes financeiros da administração, possa se beneficiar do cargo para se eleger. Por isso, apenas na hipótese de reeleição os políticos podem se candidatar a outro cargo do Executivo sem deixar o mandato", disse ele.

Pacheco foi alçado à chefia do Congresso com apoio do Planalto, mas se distanciou de Bolsonaro. O governo tem enfrentado dificuldades de emplacar pautas no Senado, o que levou o presidente a escalar ministros para disputar cadeiras na Casa nas próximas eleições.

A Secretaria de Comunicação da Presidência foi procurada para comentar a possibilidade de Pacheco assumir o governo, mas não se manifestou.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) publicou no Twitter uma crítica indireta ao PSB, que veiculou nesta quinta-feira, 28 - na presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) -, o hino da Internacional Socialista durante o Congresso da Autorreforma do partido. "Os brasileiros que verdadeiramente amam o Brasil e o seu povo cantam o Hino Nacional, já os outros…", publicou o general. A sigla, no entanto, respondeu a Mourão na rede social com um vídeo dos presentes cantando, também, o Hino Nacional.

"Muito gentil de sua parte nos ajudar a esclarecer as fake news, sr. vice-presidente", escreveu o perfil do PSB, em tom de ironia, junto ao vídeo da solenidade, para provar que os dois hinos foram entoados.

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Alckmin, pré-candidato a vice-presidente na chapa de Lula, não cantou o hino socialista, mas o aplaudiu ao lado do presidente do PSB, Carlos Siqueira, responsável pela guinada à esquerda da legenda que no segundo turno da disputa presidencial de 2014 apoiou o tucano Aécio Neves na disputa contra Dilma Rousseff.

O hino da Internacional Socialista foi instituído em 1951 para marcar a união de partidos socialistas e social-democratas em todo o mundo.

Após anos de distanciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), o vice-presidente será candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul com apoio do chefe do Executivo.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) defendeu nesta quarta-feira, 27, o perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) menos de 24 horas após o parlamentar ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ataques à democracia e às instituições. "O presidente agiu dentro daquilo que a Constituição lhe faculta", afirmou o vice-presidente a jornalistas no Palácio do Planalto.

Ciente da crise causada pelo indulto na relação entre os poderes, Mourão avaliou que é preciso "manter a calma". "Agora, o Supremo julga aí o que ele achar. Na minha visão, acho que tem que se manter a calma e vamos evitar que algo que é muito pequeno se torne uma onda gigantesca."

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No mesmo tom de pacificação, o general evitou reiterar críticas ao ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que declarou no final de semana que as Forças Armadas estão sendo usadas para desacreditar o sistema eleitoral no Brasil. "Esse assunto já considero virado. O ministro Barroso fez a observação dele, houve a resposta do Ministério da Defesa, apenas comentei que as Forças Armadas não estão metidas nessa questão, estão fora", afirmou Mourão.

Na segunda-feira, 25, em entrevista à Gaúcha Zero Hora, o general da reserva reagiu a Barroso e disse que as Forças Armadas não eram crianças para receber orientações. "O ministro sabe da minha posição. Tá encerrada. Aquilo que eu falei, temos que manter a calma, vamos evitar que as coisas pequenas se transformem num tsunami", acrescentou o vice-presidente há pouco.

França

Aos jornalistas no Planalto, Mourão ainda minimizou as tensões entre Bolsonaro e o presidente reeleito da França, Emmanuel Macron, e seus impactos para os dois países. "Não acho que a relação entre a França e o Brasil seja uma relação ruim, né? Você pode até dizer que não temos amizade entre os mandatários. Ok. Mas a França tem 'ene' interesses aqui no Brasil. Acho que os interesses de ambos os países estão acima das vontades pessoais de cada um."

Viagem

O vice-presidente também revelou que vai viajar para o Uruguai na semana que vem, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) estiver na Guiana. Como mostrou reportagem do Broadcast Político, o vice-presidente não pode assumir o comando do País até as eleições, ou fica impedido pela lei eleitoral de disputar o Senado pelo Rio Grande do Sul. Por isso, toda vez que Bolsonaro se ausentar da Presidência, Mourão terá de viajar.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) voltou a chamar o golpe militar de 1964 de "Revolução Democrática". A declaração foi feita no Twitter para marcar o Dia do Exército, comemorado nesta terça-feira.

"O Exército, com uma história de vitórias, desde Guararapes, quando índios, brancos e negros combateram os holandeses, passando pela Guerra do Paraguai, 2ª GM e pela Revolução Democrática de 1964 até os dias atuais, preserva a soberania e contribui com o Brasil. Parabéns ao EB!", publicou o general da reserva na rede social.

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O golpe de 1964 deu início a 21 anos de ditadura militar e interrompeu o mandato do então presidente João Goulart, que, cumprindo a Constituição da época, assumiu o poder após a renúncia de Jânio Quadros.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) reagiu com ironia e risadas ao ser questionado sobre a possibilidade de se apurar os crimes ocorridos nos porões da ditadura militar, após a revelação feita pela jornalista Miriam Leitão, do jornal "O Globo", de áudios de sessões do Superior Tribunal Militar (STM) com relatos de tortura durante o regime. "Apurar o quê? Os caras já morreram tudo, pô. (sic) Vai trazer os caras do túmulo de volta?", declarou, rindo, o general da reserva na chegada ao Palácio do Planalto.

As mais de 10 mil horas de gravação analisadas pelo historiador Carlos Fico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), relatam, por exemplo, a tortura de uma mulher grávida que sofreu aborto após ser submetida a choques elétricos pelos agentes da ditadura.

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Na avaliação do vice-presidente, a tortura "é passado". "Isso é história, já passou. É a mesma coisa de voltar para a ditadura do Getúlio. São assuntos já escritos em livros, debatidos intensamente. É passado. Faz parte da história do País", avaliou Mourão.

Pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, o vice-presidente ainda disse nesta segunda-feira que a história da ditadura teria "dois lados", em linha com a bandeira de revisionismo histórico levantada pelo presidente Jair Bolsonaro. "A história sempre tem dois lados ao ser contada", afirmou. "Houve excessos: Houve excessos, de parte a parte. Não vamos esquecer o tenente Alberto, da PM de SP, morto a coronhadas pelo Lamarca e os facínoras dele", acrescentou o vice.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) confirmou que o general Paulo Sérgio, hoje comandante do Exército, vai assumir o ministério da Defesa com a descompatibilização de Braga Netto, principal cotado para compor a chapa com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pela reeleição. No lugar de Sérgio, quem será alçado à chefia da arma é o responsável pelo Comando de Operações Terrestres, Marco Antônio Freire Gomes, destacou Mourão.

Questionado nesta quarta-feira por jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto se as mudanças seriam essas, o vice-presidente confirmou. "Ao que consta, sim, porque amanhã (quinta-feira) de tarde é a passagem de comando do Exército, onde o Paulo Sérgio entrega o comando ao Freire Gomes. E não sei se ele assume o ministério amanhã mesmo de manhã ou dia 1º, na sexta-feira, não sei ainda".

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Mourão também elogiou a escolha de Freire Gomes para o Exército. "É um oficial discreto, ponderado e respeitado pelo restante do Exército. Então tá muito bem entregue o Comando", afirmou.

MEC

O general ainda comentou a exoneração de Milton Ribeiro do Ministério da Educação após o Estadão revelar a existência de um gabinete paralelo na pasta, com direito a cobrança de propina em ouro. "Acho que o próprio ministro se deu conta que estava numa situação complicada, tanto que ele escreveu uma carta ali para o presidente solicitando a exoneração dele", disse Mourão. "O ministro teve a saída que eu digo, condigna né, e aguarda-se aí que haja uma investigação completa sobre os próximos", acrescentou.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) minimizou o pedido de propina em ouro pelos pastores do gabinete paralelo do MEC, revelado pelo Estadão. Ele chamou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, de "pessoa honesta" e declarou que não vê problemas em o líder da Esplanada seguir no governo. Por outro lado, o general disse aguardar esclarecimentos sobre o caso.

"Não tenho mais detalhes para emitir qualquer opinião. A visão que tenho do trabalho do ministro Milton é que é pessoa honesta, tem honestidade de propósitos, é uma pessoa extremamente educada, cautelosa nas coisas. Então, acho que tem que esclarecer melhor essa situação para chegar à conclusão do que realmente ocorreu, e se realmente houve algo que não seja realizado dentro dos princípios da administração pública", declarou o vice-presidente a jornalistas nesta quarta-feira, na chegada ao Palácio do Planalto.

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Como mostrou o Estadão, o prefeito do município de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB), afirma que o pastor Arilton Moura pediu R$ 15 mil antecipados para protocolar demandas da prefeitura na pasta e mais um quilo de ouro após a liberação dos recursos.

"Enquanto não houver esclarecimento a respeito disso aí, acho que não há problema de ele continuar no governo, até pela forma que o ministro se comporta. Tenho muito respeito por ele", seguiu Mourão, que ainda considerou a hipótese de o áudio em que Ribeiro envolve o presidente Jair Bolsonaro (PL) no favorecimento a pastores ser uma montagem. "Você não sabe se foi editado. A gente não pode, a priori, chegar e emitir um juízo de valor".

De acordo com o general, pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, é preciso saber qual o valor executado após o intermédio dos pastores. "Tem que ver qual o valor que foi executado, se realmente houve tráfico de influência, se os recursos estavam fora do planejamento que já havia, se eles foram executados de forma correta. Tem uma porção de coisas que têm que ser verificadas, para que a gente possa chegar e dizer ‘isso está totalmente errado’", minimizou.

Eleições 2022

Mourão ainda disse que não foi convidado para o lançamento da pré-candidatura de Bolsonaro à reeleição, marcada para o próximo domingo, às 9h, em Brasília. "Se eu for convidado, eu vou", afirmou a jornalistas.

O vice-presidente também comentou a filiação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin ao PSB, que acontece nesta quarta-feira, em meio às negociações para o ex-tucano ser o vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

"Quem conhece a trajetória do Alckmin acha estranha essa mudança de comportamento dele. Se é para concorrer junto com Lula é algo mais estranho ainda. Um chamava o outro de ladrão e agora vão ficar abraçados? Na minha ética isso não funciona", disse o general.

Em discurso durante ato de filiação ao Republicanos, na noite dessa quarta-feira (16), o vice-presidente Hamilton Mourão garantiu que será leal ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao projeto de reeleição. O general assumiu sua pré-candidatura ao Senado pelo Rio Grande do Sul.

A declaração foi feita na sede do Republicanos, em Brasília, e vem no momento em que o partido do Centrão se distancia gradativamente do governo, diante da falta de espaço no Executivo. Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, o Republicanos considera até mesmo não fechar aliança com o PL de Bolsonaro nas eleições de outubro, liberando o voto de diretórios regionais.

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"Presidente Bolsonaro sabe perfeitamente que tem toda minha lealdade e apoio irrestrito ao seu projeto de reeleição, que considero fundamental para dar rumo às soluções, para que o Brasil atinja seu destino manifesto, que é sermos a maior e mais próspera democracia liberal abaixo do Equador", disse Mourão, que vive uma relação tensa com Bolsonaro.

O general afirmou, ainda, que não chegou o momento de encerrar sua participação na vida política do País. "Não posso me dar ao luxo de abandonar o campo de batalha", comentou.

Em mais um sinal de distanciamento em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB, mas de mudança para o Republicanos) saiu em defesa do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, e criticou a possibilidade de intervenção nos preços dos combustíveis. O governo estuda a criação de um subsídio para conter a disparada dos produtos.

De acordo com Mourão, Silva e Luna "é resiliente, sempre foi". "Como um bom nordestino, aguenta pressão", declarou o vice-presidente na chegada ao Palácio do Planalto.

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No último sábado, 12, Bolsonaro voltou a criticar a política de preços da Petrobras, que anunciou um forte reajuste dos combustíveis na semana passada, e disse que qualquer um em seu governo pode ser trocado.

Mourão ainda se mostrou contrário a uma intervenção no valor cobrado pelos combustíveis no País. "Intervenção no preço é algo que a gente sabe como começa e o término sempre vai ser uma bagunça", declarou.

Preocupado com a escalada do preço dos combustíveis - e seu impacto eleitoral -, o Executivo trabalha a hipótese de criar um subsídio para os produtos, caso a guerra entre Rússia e Ucrânia perdure e continue a pressionar a cotação do petróleo no mercado internacional, repassada pela Petrobras aos consumidores, ainda que parcialmente.

"O governo está buscando soluções junto com o Congresso, mudança do cálculo do ICMS, questão de fundo para estabilização, a redução do PIS/Cofins a zero. Então, são soluções que estão sendo buscadas em um momento difícil do mundo que, uma vez solucionada a situação do conflito vivido entre a Rússia e a Ucrânia, a tendência é que o preço volte aos níveis anteriores", acrescentou o vice-presidente sobre o tema.

As mudanças no ICMS cobrado pelos Estados sobre os combustíveis foram aprovadas pelo Congresso na última quinta-feira e sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro na noite de sexta-feira. O chefe do Executivo, no entanto, considera as alterações insuficientes e já acenou com a possibilidade de zerar o PIS/Cofins incidente sobre a gasolina.

O pré-candidato à Presidência Sérgio Moro (Podemos) fez questão de parabenizar o vice-presidente Hamilton Mourão pelo anúncio de sua filiação ao Republicanos. Em publicação na noite desta quinta-feira (24), nas redes sociais, o presidenciável descreveu o general como "uma voz sensata na República" e aproveitou para fazer um aceno ao presidente da legenda, Marcos Pereira.

O ato de filiação de Mourão, que atualmente é o principal quadro do PRTB, está marcado para 16 de março. Representando o novo partido, o vice-presidente deve concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul, embora também já tenha cogitado disputar o governo do Estado. Na semana passada, Mourão disse que estava "praticamente" decidido a deixar o PRTB para se filiar à legenda de Pereira.

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O elogio de Moro a Mourão ocorreu horas após o vice-presidente ser desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma live. Mais cedo, na quinta-feira, Mourão havia dito que o Brasil respeita a soberania da Ucrânia. "Quem fala dessa questão chama-se Jair Messias Bolsonaro. Mais ninguém fala. Quem está falando, está dando peruada naquilo que não lhe compete", criticou o chefe do Executivo, sem citar o vice.

Integrante do Centrão e da base aliada do governo no Congresso, o Republicanos tem se afastado do presidente e estuda anunciar neutralidade na eleição para o Palácio do Planalto. Diante desse cenário, Moro vê espaço para tentar estreitar sua relação com o partido, que é ligado à igreja Universal.

Na quarta-feira, 23, Marcos Pereira criticou Bolsonaro e disse que o mandatário, até agora, "só atrapalhou" o crescimento do partido. "Está caminhando bem a vinda de novos parlamentares, acho que vai ser bom. A gente vai sair um pouco maior do que é, sem a ajuda do presidente, pelo menos por enquanto, porque até agora ele só atrapalhou", disse o deputado a jornalistas, ao ser questionado sobre as negociações para filiação de novos parlamentares à legenda.

A relação da bancada evangélica como um todo com o chefe do Executivo está estremecida por causa da aprovação da legalização dos jogos de azar. Deputados que compõem a Frente Parlamentar Evangélica se sentiram abandonados e até mesmo traídos pelo Palácio do Planalto.

O Republicanos confirmou nesta quinta-feira, 24, que o vice-presidente Hamilton Mourão, atualmente no PRTB, se filiará ao partido. A cerimônia para oficializar o acordo está marcada para 16 de março, na sede da sigla, em Brasília (DF). Integrante do Centrão e da base aliada do governo no Congresso, a legenda tem se afastado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e estuda anunciar neutralidade na eleição presidencial.

"A chegada do general Hamilton Mourão representa uma honra para o Republicanos e reforça o projeto de ampliação da força política do partido nas eleições de outubro", informa nota assinada pelo presidente da sigla, deputado Marcos Pereira (SP). O vice-presidente, que deve concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul, havia dito na semana passada que sua entrada no partido estava "praticamente" decidida.

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Nesta quarta-feira, 23, Marcos Pereira criticou Bolsonaro e disse que o presidente, até agora, só "só atrapalhou" o crescimento do partido. "Está caminhando bem a vinda de novos parlamentares, acho que vai ser bom. A gente vai sair um pouco maior do que é, sem a ajuda do presidente, pelo menos por enquanto, porque até agora ele só atrapalhou", disse o deputado a jornalistas, ao ser questionado sobre as negociações para filiação de novos parlamentares à legenda.

No último dia 10, o partido decidiu não integrar federações neste ano. Ao Broadcast Político, Pereira afirmou, na ocasião, que a bancada só decidirá qual posição adotará na eleição em abril, após a janela partidária, quando deputados podem trocar de legenda sem perder o mandato. "O partido tem deputados que querem neutralidade, deputados que querem apoiar Lula, outros que querem Bolsonaro. Isso só vai ser discutido em abril", disse o dirigente.

O Republicanos tem se afastado de Bolsonaro por se sentir desprestigiado nas negociações políticas. Em novembro, o presidente se filiou ao PL, legenda comandada por Valdemar Costa Neto. Já a vaga de vice na chapa do presidente deve ficar com o Progressistas, que comanda a Casa Civil, com o ministro Ciro Nogueira.

O PL também foi contemplado com a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso. A pasta é liderada pela ministra Flávia Arruda. O Republicanos, por sua vez, é representado na Esplanada dos Ministérios por João Roma, titular da Cidadania.

"Todos os partidos merecem carinho e eu tenho certeza de que o presidente Marcos Pereira é uma das pessoas mais importantes para a reeleição do presidente Bolsonaro. Eu não tenho dúvida", respondeu Ciro Nogueira nesta quarta-feira, 23, ao ser questionado sobre a insatisfação do presidente do Republicanos com o governo.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), desautorizou a fala do seu vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) sobre não concordar com o ataque da Rússia à Ucrânia. Na live semanal desta quinta-feira (24), Bolsonaro fez questão de ressaltar que “quem fala sobre esse assunto é o presidente, e o presidente se chama Jair Messias Bolsonaro”. 

Mais cedo, ao chegar no Palácio do Planalto, Mourão havia afirmado que o Brasil não concorda com a invasão da Rússia à Ucrânia, já que o presidente não se pronunciou diretamente até o momento. “O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade”. 

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“Tá falando algo que não deve”, afirmou Bolsonaro consternado com a fala de Mourão. “Vou deixar bem claro, o artigo 84 da Constituição diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente, e o presidente se chama Jair Messias Bolsonaro e ponto final. Com todo respeito a essa pessoa [o vice-presidente da República] que falou isso, tá falando algo que não deve, não é de competência dela, é de competência nossa”. 

“Para vocês terem uma ideia do que é acertado naturalmente, quando é que eu falo sobre qualquer coisa, sobre esse problema da Rússia e Ucrânia?”, minimizou. “Eu falo depois de ouvir o ministro Carlos França, das Relações Exteriores, e o da Defesa, Braga Neto. Se for o caso, ouvir mais algum ministro para a gente... para eu tomar uma decisão. A decisão é minha, mas eu quero ouvir pessoas que são ministros para tratar desses assuntos. Somos da paz, queremos a paz, viajamos em paz”, disse o presidente. 

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