Tópicos | Nicarágua

A polícia da Nicarágua prendeu mais cinco opositores, entre eles dois candidatos à presidência, ampliando para sete a lista de detidos com base em leis promulgadas pelo presidente Daniel Ortega para "proteger a soberania" nacional. Com as novas prisões, agora são quatro pré-candidatos atrás das grades, reduzindo as chances dos rivais de Ortega.

A onda de prisões de políticos e líderes da sociedade civil sob acusações de subversão deixa Ortega concorrendo praticamente sem oposição nas eleições de novembro. Nesta terça-feira, 8, os EUA qualificaram a Nicarágua de "ditadura" e responderam à repressão sancionando quatro funcionários do governo, incluindo uma de suas filhas, Camila Antonia Ortega Murillo, e o presidente do Banco Central, Leonardo Ovidio Reyes Ramírez.

##RECOMENDA##

As sanções contra dezenas de outras autoridades nicaraguenses nos últimos anos, no entanto, não reduziram a repressão. Ontem, chegou a vez de colocar na cadeia o ex-chanceler José Pallais, membro do bloco opositor Coalizão Nacional, que foi acusado de "incitar a interferência estrangeira em assuntos internos e financiamento de atos de terrorismo".

Os delitos imputados a Pallais e aos outros seis detidos estão contemplados na lei de defesa e soberania, apresentada pelo governo de Ortega e aprovada em dezembro. Ontem, também foram presos Juan Sebastián Chamorro García - primo de Cristiana Chamorro Barrios, outra pré-candidata que foi detida no início do mês - e Félix Maradiaga.

A comunidade internacional reagiu, exigindo a libertação imediata de todos. Maradiaga seria o candidato à presidência da coalizão Unidade Nacional Azul e Branco e Chamorro García, da Aliança Cidadãos pela Liberdade, mas nenhum deles havia oficializado sua candidatura, já que o período de registro é entre 28 de julho e 2 de agosto.

Quem também está preso é o ex-diplomata e aspirante à presidência Arturo Cruz. Ele foi detido no sábado, 5, depois de retornar de uma viagem aos EUA. Maradiaga, Chamorro García e Cruz são investigados por "atos contra a soberania e terrorismo, que prejudicam a independência, por incitar a interferência estrangeira nos assuntos internos e pedir intervenções militares", segundo a polícia.

Na terça-feira, foram presos o empresário José Aguerri e a líder da sociedade civil Violeta Granera, ambos investigados pelas mesmas acusações. A ofensiva contra os opositores começou há uma semana com a detenção de Cristiana Chamorro, que está em prisão domiciliar. Ela não pertence a nenhum partido, mas aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Ortega.

De acordo com adversários, o presidente buscará um quarto mandato sucessivo, embora ainda não tenha oficializado a candidatura. Muitos consideram Cristiana, filha da ex-presidente Violeta Chamorro, a maior esperança de derrotar Ortega.

A opositora é acusada de fraude e lavagem de dinheiro por meio da fundação que levava o nome da sua mãe, que derrotou Ortega nas urnas e governou a Nicarágua de 1990 a 1997. A fundação de Violeta Chamorro encerrou suas operações em fevereiro, depois que uma lei aprovada pelo Congresso, de maioria governista, intensificou os controles sobre as contribuições que as ONGs recebiam do exterior. O governo considera a ajuda como interferência externa na política interna do país.

Ontem, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, exigiu a libertação de todos os detidos e "o fim da perseguição e da opressão da ditadura de Daniel Ortega". "A Nicarágua caminha para a pior eleição possível em razão da falta de garantias para realizar um processo livre, justo e transparente", disse.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, por meio de seu porta-voz, também criticou as prisões. "Guterres está muito preocupado com as recentes detenções e com a invalidação de candidaturas de líderes da oposição", disse Stéphane Dujarric. "Esses acontecimentos podem minar a confiança do público no processo democrático." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A jornalista e pré-candidata à presidência da Nicarágua Cristiana Chamorro foi detida nesta quarta-feira (2)em sua casa após o Ministério Público acusá-la de vários delitos, atendendo a uma denúncia do governo. As acusações podem torná-la inelegível. Chamorro é o nome com mais chances de derrotar nas urnas o presidente Daniel Ortega.

Segundo o irmão da candidata de oposição, Carlos Fernando Chamorro, a polícia chegou a meio-dia à casa de Cristiana com uma ordem de prisão emitida ontem pela juíza Karen Chavarría. "A esta hora, minha irmã, Cristiana Chamorro, ia dar uma entrevista coletiva para falar sobre a ação ilegal para despojá-la de seus direitos políticos, para inibi-la como candidata presidencial", publicou Carlos, em sua conta no Twitter.

##RECOMENDA##

Segundo a imprensa local, Cristiana foi acusada de "gestão abusiva, falsidade ideológica e participação em lavagem de dinheiro, bens e ativos, prejudicando o Estado da Nicarágua e a sociedade do país". Na acusação, o Ministério Público pede a desqualificação de Cristiana no processo eleitoral, assegurando que ela "não tem plenos direitos políticos e civis, pois está sob um processo criminal".

Cristiana ainda não havia oficializado sua candidatura, já que o período para registro é entre 28 de julho e 2 de agosto. O MP começou a investigá-la depois que o Ministério do Interior a acusou de supostas irregularidades na administração da Fundação Violeta Barrios de Chamorro (FVBCH), uma organização que leva o nome de sua mãe e é dedicada à defesa da liberdade de imprensa e de expressão.

Violeta Chamorro foi eleita presidente da Nicarágua em 1990, derrotando Ortega com mais de 14 pontos porcentuais de diferença. Também estão detidos, desde 28 de maio, o ex-administrador da FVBCH Walter Gomez e o ex-contador Marcos Fletes. "Eu sou inocente até que provem o contrário. Aqui não foram capazes de provar nenhuma acusação. Portanto, podemos disputar cargos eleitorais", disse Cristiana. Ela considera as acusações uma "farsa" para retirá-la da disputa eleitoral.

A opositora, que não é filiada a nenhum partido, tinha 21% de intenções de voto, atrás apenas de Ortega (30%), segundo uma pesquisa do instituto Cid Gallup, divulgada na semana passada. No dia 24, o governo congelou suas contas e ordenou o levantamento do sigilo bancário.

O bloco opositor, denominado Coalizão Nacional, acusou Ortega de "iniciar uma caça às bruxas" contra os pré-candidatos, pois "teme um processo livre e transparente".

Em comunicado, a secretaria-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) rejeitou a inabilitação da candidatura de Cristiana e declarou que "a Nicarágua se encaminha para as piores eleições possíveis". "Estas ações tiram toda a credibilidade política do governo e dos organizadores do processo eleitoral", disse a OEA.

Ortega, de 75 anos, governou a Nicarágua entre 1985 e 1990 e voltou a poder em 2007. Ele ainda não confirmou sua participação nestas eleições, mas adversários acreditam que ele buscará um quarto mandato presidencial consecutivo de cinco anos.

Desde 2018, Ortega enfrenta uma crise política detonada por protestos em massa contra medidas de seu governo que levaram a pedidos de renúncia. Os protestos deixaram 328 mortos e milhares de exilados, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Para Ortega, tratou-se de uma fracassada tentativa de golpe apoiada por Washington.

Os EUA acusaram ontem Ortega de temer eleições livres. "Proibir arbitrariamente a líder da oposição Cristiana Chamorro reflete o medo de Ortega de eleições livres e justas. Os nicaraguenses merecem uma democracia real", disse no Twitter o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.

A FVBCH encerrou as operações em fevereiro, depois que uma lei aprovada pelo Congresso, de maioria governista, intensificou os controles sobre as contribuições que as ONGs recebiam do exterior. O governo considera a ajuda um risco de interferência na política interna. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Nicarágua colocou em vigor nesta segunda-feira (25), pela primeira vez em sua história, prisão perpétua por feminicídio, quando a violência é cometida após um estupro, motivado por misoginia ou na presença dos filhos da vítima.

A lei, aprovada na semana passada pelo Congresso, entrou em vigor nesta segunda-feira após publicação no Diário Oficial. Também impõe a mesma pena para homicídio com agravos como envenenamento, asfixia, incêndio criminoso ou se a vítima for uma pessoa vulnerável.

A prisão perpétua “só se aplicará aos crimes mais graves contra a vida, como o patricídio, o homicídio qualificado e o feminicídio”, explicou à AFP o perito penal e ex-deputado da oposição José Pallais.

Com a reforma, a prisão perpétua foi incorporada ao Código Penal, que antes tinha pena máxima de 30 anos de reclusão, inclusive para o feminicídio, para o qual também era necessário mudar a Lei Integral contra a Violência contra a Mulher.

De acordo com um relatório da ONG “Católicas pelo direito de nascer”, publicado na imprensa local, na Nicarágua ocorreram 716 feminicídios entre 2010 e 2020, um número menor em comparação com seus vizinhos.

A prisão perpétua também se aplica aos homicídios motivados por “ódio”, “intolerância e discriminação” por motivos ideológicos, econômicos, sociais, religiosos, de sexo, cor da pele, nacionalidade, deficiência ou profissão da vítima.

O jurista Pallais considerou que a incorporação da prisão perpétua na legislação "é um enorme retrocesso" em termos de direitos humanos porque as condições das prisões no país são "desumanas".

Mas, na reforma, os legisladores pró-governo destacaram que a norma "não viola os direitos humanos" porque, segundo a nova lei, é uma "pena de prisão perpétua", com a qual o condenado pode apelar à liberdade condicional após 30 anos na prisão.

A lei aprovada afastou temporariamente o temor expresso pela oposição de que a prisão perpétua fosse aplicada aos críticos do presidente Daniel Ortega, que afirma que os pedidos de punição a seu governo são motivados "por ódio".

Iota atingiu a costa da Nicarágua nesta segunda-feira (16) como um furacão de categoria máxima, acompanhado por chuvas intensas e ventos que arrancaram árvores e telhados enquanto se moviam para a América Central, uma área devastada há duas semanas pelo ciclone Eta. "O olho do furacão já está tocando o limite da costa de Haulover", 41 km ao sul de Bilwi, a principal cidade do norte do Caribe, disse em entrevista a jornalistas o diretor de Meteorologia do Instituto Nicaraguense de Estudos Territoriais (Ineter), Marcio Baca.

O fenômeno chegou com ventos fortes de até 260 km/h e chuvas intensas que inundaram a favela de Bilwi, que ficou sem eletricidade horas antes da chegada de Iota, observaram jornalistas da agência France Press no local. Milhares de residentes foram transferidos para abrigos, enquanto outros permaneceram em suas frágeis casas de madeira. Os meteorologistas alertam para ventos devastadores, chuvas torrenciais e formação de ondas de até 6 metros.

##RECOMENDA##

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) informou em boletim emitido às 21h desta segunda (horário de Brasília) que o Iota estava localizado a 55 quilômetros de Puerto Cabezas, na Nicarágua, e a 165 quilômetros de Cabo de Gracias, na fronteira do país com Honduras.

No último dia 3, o furacão de categoria 4 Eta causou deslizamentos de terra na costa nordeste da Nicarágua, com ventos sustentados de no máximo 220 km/h. Segundo estimativas do país centro-americano, o Eta deixou quase 1,9 mil casas destruídas e outras 8.030 com danos parciais. Nesta temporada, foram registradas 30 tempestades tropicais, das quais 13 foram furacões e, destas, seis foram grandes. O dia 30 de novembro marca o fim oficial da temporada de furacões no Atlântico. (Com agências internacionais).

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, aprovou na terça-feira (29) por decreto uma pacote de leis contra crimes cibernéticos que aumenta o controle do governo sobre o que é publicado na internet. Segundo a oposição, as medidas são uma forma de calar a dissidência, impor a censura e controlar a atividade jornalística.

O projeto prevê penas de até 4 anos de prisão para quem o governo considerar que esteja divulgando "informações que ameacem a segurança nacional". Ontem, uma juíza condenou a jornalista Kalua Salazar a uma multa equivalente a 120 dias de trabalho (cerca de US$ 200) por ter denunciado um caso de corrupção na prefeitura de El Rama, cidade governada pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, partido de Ortega - um sinal da rápida deterioração do jornalismo independente na Nicarágua.

##RECOMENDA##

Em entrevista ao site da revista nicaraguense Confidencial, o professor de comunicação, Guillermo Rothschuh Villanueva, disse que o pacote de leis de Ortega é "uma nova tentativa de reduzir ainda mais o exercício da liberdade de expressão".

"A apresentação e discussão do projeto de lei que regulamenta os crimes cibernéticos ocorre em um contexto crítico para aqueles que assumem posições contrárias ao governo do comandante Ortega", disse o ex-reitor da Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade Centro-Americana (UCA).

A nova investida do governo nicaraguense contra os veículos independentes de comunicação acontece depois de Ortega impor multas milionárias às empresas. Hoje, todas as TVs com sinal aberto do país são controladas pelo governo e pelo empresário mexicano Ángel González. A programação é recheada de propagandas oficiais e programas de entretenimento - com pouco espaço para notícias.

No começo do mês, um dos poucos canais que não está sob o controle do Estado, o Canal 12, teve os seus bens e de seus donos bloqueados pela Justiça por suposta sonegação fiscal - a emissora é uma das duas com alcance nacional que faz uma cobertura crítica do governo de Ortega.

Repressão. Em 11 de setembro, a Nicavisión, empresa que controla o Canal 12, afirmou que foi notificada pelo fisco sobre uma dívida de 21 milhões de córdobas (cerca de R$ 3,4 milhões) em impostos que não teriam sido pagos, entre 2011 e 2013.

Emissora de TV com maior audiência no país, o Canal 10, sofreu as mesmas acusações do governo. O fisco garante que o veículo de comunicação deve 110 milhões de córdobas (cerca de R$ 17,8 milhões) em tributos.

Além de propostas de controle da imprensa, Ortega tem apresentado projetos de lei que intimidam opositores. No começo do mês, ele enviou uma proposta que prevê a pena de prisão perpétua para quem "cometer crimes de ódio" e "contra a paz".

Ex-guerrilheiro de 74 anos, Ortega está no poder há 13 anos - ele deve deixar o cargo em janeiro de 2022. Acusado de corrupção e responsabilizado pela crise econômica da Nicarágua, ele se tornou alvo de violentos protestos em 2018. Pelo menos, 328 pessoas morreram após uma forte repressão policial.

Mesmo sob pressão, a oposição se uniu para as eleições do ano que vem, formando uma frente chamada de Coalizão Nacional, que reúne estudantes, camponeses, empresários e integrantes de partidos de direita e de esquerda. Juan Chamorro, um dos líderes do movimento, disse que a libertação de 86 dissidentes é uma das prioridades da coalizão. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pediu nesta quinta-feira a autoridades da Nicarágua e à sociedade o fim da "violência sexual e do assassinato" de crianças e adolescentes, que deixou este ano 11 vítimas no país.

O Unicef expressou "preocupação profunda com os crimes e a violação sexual de crianças e adolescentes registrados no país". O órgão lamentou, especialmente, o assassinato de duas meninas, de 10 e 12 anos - uma das quais teria sido estuprada - no último sábado, quando banhavam-se em um rio próximo à sua residência, no município de Mulukuku, a 245 km de Manágua.

Outras duas crianças, de 2 e 4 anos, sofreram abusos nos últimos cinco dias, segundo denúncias de parentes à imprensa local. A Federação da Coordenadoria Nicaraguense de ONGs que trabalham com crianças e adolescentes (Codeni) contabiliza 11 crianças e adolescentes vítimas de assassinato em 2020.

"O Unicef faz um chamado com sentido de urgência e alarme" para que as autoridades competentes e a sociedade em geral empreendam ações para deter todo tipo de abuso e violação envolvendo crianças e adolescentes, diz a declaração, que também defende que as instâncias competentes "atuem para que todos os crimes cometidos sejam investigados, processados e condenados oportunamente".

O presidente Daniel Ortega, no contexto das festas nacionais e da consternação com o assassinato das meninas em Mulukuku, anunciou que irá impulsionar uma reforma polêmica das leis, para estabelecer a prisão perpétua como pena máxima para crimes que a legislação atual pune com 30 anos de prisão. Segundo o presidente, serão punidos os que cometerem crimes contra menores e crimes de ódio.

Opositores alertaram que Ortega pretende usar um fato que consternou os nicaraguenses para punir quem protestar contra seu governo com a prisão perpétua.

Os Estados Unidos incluíram a Nicarágua na lista negra do tráfico de seres humanos, ao apresentarem, nesta quinta-feira, seu relatório anual, em que alertaram que a instabilidade provocada pela pandemia levou a um aumento desta prática ilegal.

Washington também acrescentou à lista Afeganistão, Argélia e Lesoto. Considera-se que os países que constam da lista não fazem o suficiente para combater o problema.

"Apesar de a urgência sempre ter marcado a luta contra o tráfico de pessoas, as implicações da pandemia aumentaram a necessidade de que todas as partes interessadas trabalhem juntas, mais do que nunca, na luta para frear este delito", diz Pompeo, chefe da diplomacia americana, na introdução do relatório. "Sabemos que os traficantes de pessoas se aproveitam dos mais vulneráveis e buscam oportunidades para explorá-los."

Pompeo assinala que "a instabilidade e a falta de acesso a serviços críticos ocasionadas pela pandemia fazem com que o número de pessoas vulneráveis à exploração pelos traficantes cresça rapidamente".

A inclusão na lista negra pode levar a sanções. Os Estados Unidos podem limitar ou retirar sua ajuda às nações designadas em instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional.

Os quatro países somados à lista se unem aos outros 15 que constam da mesma, entre eles China, Irã, Coreia do Norte, Rússia, Síria e Venezuela. Em um movimento inesperado, a Irlanda foi incluída na lista de vigilância de Nível 2, assim como Hong Kong.

Um evento de boxe foi realizado na noite deste sábado, em Manágua, na Nicarágua, onde o presidente Daniel Ortega garante que apenas 11 casos do novo coronavírus foram confirmados, com três mortes, apesar da imprensa local assegurar a existência de mais de 32 mil casos da covid-19 no país.

Todos os 16 lutadores em ação, treinadores, apresentadores, juízes e ring girls usaram máscaras. Antes do início da luta os pugilistas foram borrifados com desinfetante e tiveram suas temperaturas medidas.

##RECOMENDA##

Aproximadamente 800 pessoas compareceram ao ginásio (o bilhete foi distribuído gratuitamente), que tem mais de oito mil lugares. Todos também foram "desinfetados" e tiveram suas temperaturas registradas. Eles se sentaram a um metro de distância cada um e no mínimo a dois metros do ringue.

"Os boxeadores nicaraguenses estão morrendo de fome. Eles não podem ficar trancados em casa. Nosso país é pobre. Aqui na Nicarágua não há quarentena", justificou o promotor Rosendo Alvarez, ex-campeão mundial em duas categorias.

Enquanto o mundo do esporte permanece parado, adiando ou cancelando competições por causa da pandemia do coronavírus, Tajiquistão, Bielo-Rússia, Nicarágua e Burundi têm jogos previstos, neste fim de semana, por seus campeonatos nacionais.

Esses países registraram casos de covid-19, mas não consideram necessário parar com as disputas esportivas. Na Nicarágua e Tajiquistão os jogos são disputados com portões fechados, enquanto Burundi e Bielo-Rússia são abertos.

##RECOMENDA##

Neste sábado, um duelo importante em Burundi reuniu o líder Le Messager Ngozi diante do Vital'O, pela 27.ª rodada. Com o empate sem gols, o primeiro colocado foi a 55 pontos, contra 41 do rival.

Na Bielo-Rússia, pela terceira rodada, mais um duelo sem gols entre Shakhter Soligorsk e Neman Grodno, equipes que dividem a quinta colocação no campeonato, com quatro pontos ganhos.

Municipal Jalapa (quarto colocado) e Chinandega (sexto) fazem o clássico da 13.ª rodada, neste domingo, na Nicarágua. Em outro duelo, o Walter Ferretti (quinto) terá pela frente o vice-líder Esteli. A liderança é do Manágua.

No Tajiquistão, a disputa da Supercopa vai reunir, neste domingo, Istiklol e Judzhand, respectivamente, primeiro e segundo colocados do campeonato nacional. O Estádio Central Republicano (Pamir), para 20 mil espectadores, estará vazio.

Mais de 100.000 pessoas deixaram a Nicarágua desde o início, em abril de 2018, fugindo de um movimento de protesto reprimido violentamente - informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) nesta terça-feira (10).

"Os estudantes, defensores de direitos humanos, jornalistas e agricultores nicaraguenses continuam fugindo de seu país a uma taxa média de 4.000 pessoas por mês", levando a mais de 100.000 pessoas que fugiram do país desde o início da crise, disse a porta-voz do Acnur, Shabia Mantoo, em coletiva de imprensa em Genebra.

"Sem nenhuma resolução da crise interna à vista, o Acnur espera que esses números aumentem", acrescentou. Liderada pelo ex-guerrilheiro sandinista Daniel Ortega, a Nicarágua está passando por uma grave crise política desde abril de 2018.

Um primeiro movimento de protesto contra uma reforma da Previdência Social se transformou em uma onda de manifestações, exigindo a saída do presidente. Ortega é acusado de estabelecer uma ditadura corrupta no país, bem como eleições antecipadas.

A repressão foi sangrenta. Mais de 325 pessoas foram mortas, e centenas de opositores, presos. O país está mergulhado em uma profunda recessão econômica.

A maioria dos exilados fugiu para a Costa Rica, que recebeu cerca de 77.000 pessoas. Pouco mais de 8.000 fugiram para o Panamá; 3.600, para o México; 9.000, para a Europa; e 5.100, para outros países - completou o Acnur, que identificou um total de 103.600 refugiados e demandantes de asilo na Nicarágua em todo mundo.

Pelo menos seis índios nicaraguenses morreram e desapareceram após um ataque armado de colonos contra uma comunidade no norte da Nicarágua, denunciou nesta quinta-feira (30) a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

O ataque ocorreu na noite de quarta-feira (29) na Reserva da Biosfera de Bosawás, uma zona de proteção ambiental. Os colonos também queimaram as habitações indígenas. (Com agências internacionais).

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça da Nicarágua mandou soltar o ex-militar Pierson Gutiérrez Solís, condenado em novembro de 2018 a 15 anos de prisão por matar a estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima.

A mulher de 30 anos foi assassinada em julho de 2018, quando o carro em que ela estava foi metralhado, em meio à repressão aos protestos contra o regime de Daniel Ortega.

##RECOMENDA##

Segundo o G1, Solís foi beneficiado por uma lei de anistia aprovada em junho passado e teve sua soltura determinada no último dia 23 de julho, aniversário de um ano do homicídio. A medida beneficiou "todas as pessoas que participaram dos eventos a partir de abril de 2018 até o presente".

O ex-militar, que atuava como vigilante, havia sido condenado pelo homicídio e por porte e posse ilegal de armas.

Da Ansa

O governo americano endureceu, nesta quarta-feira (17), sua postura contra o que chama de "troica da tirania", ao anunciar que permitirá abrir ações judiciais contra empresas estrangeiras presentes em Cuba, ao mesmo tempo limitando o envio de remessas e as viagens para a ilha, enquanto decretou novas sanções contra Venezuela e Nicarágua.

"Quando a Venezuela for livre, Cuba for livre e a Nicarágua for livre, então este vai ser o primeiro hemisfério livre de toda a história da humanidade", disse o presidente americano, Donald Trump.

Pela manhã, o secretário de Estado, Mike Pompeo, anunciou que em 2 de maio vai entrar em vigor uma norma que permite processar em tribunais americanos empresas estrangeiras presentes em Cuba, que administrem bens confiscados após a revolução, terminando com uma isenção de duas décadas, apesar das advertências de seus parceiros.

Pouco depois, em Miami, durante um encontro com exilados cubanos, o assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, anunciou "mudanças regulatórias para restringir viagens não familiares" à ilha e novos limites ao envio de remessas.

"As pessoas estão vivendo aqui, mandando dinheiro e, assim, mantendo o governo. O propósito é mudar o governo, não manter um sistema totalitário", disse à AFP Raymon Molina, veterano da fracassada invasão à Baía dos Porcos em 1961.

Não há cifras oficiais, mas estima-se que as remessas sejam a segunda fonte de renda da ilha, atrás da exportação de serviços médicos. Segundo o Havana Consulting Group, 70% dos cubanos recebem estas remessas.

Cuba rejeitou nesta quarta-feira o anúncio da entrada em vigor do título III da Lei Helms-Burton, uma norma que permite entrar com ações nos tribunais americanos contra as empresas que registrarem ganhos graças a ativos que tiverem sido nacionalizados durante a revolução de 1959.

Seu ministro de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, repudiou "energicamente" o anúncio e disse que "é um ataque ao Direito Internacional e à soberania de Cuba e de países terceiros".

A vice-secretária do Departamento de Estado para o Hemisfério Ocidental americano, Kimberly Breier, esclareceu que não haverá isenções.

A União Europeia, principal parceiro comercial de Cuba desde 2017, e o Canadá manifestaram nesta quarta-feira seu desagrado em uma declaração conjunta e prometeram "proteger os interesses" de suas empresas junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Sanções contra o Banco Central da Venezuela

Cuba, que sofre um embargo americano desde 1962, é acusada por Washington de apoiar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cujo governo não é reconhecido pelos Estados Unidos, que apoia o líder opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela.

Os Estados Unidos lideram a pressão internacional para tirar Maduro do poder e têm aplicado sanções financeiras e petroleiras contra a combalida economia venezuelana. Neste âmbito, penalizaram também empresas que levavam petróleo venezuelano para a ilha.

Nesta quarta-feira, Bolton indicou que Washington proibirá as transações americanas com o Banco Central da Venezuela, assim como as de sua diretora, Iliana Ruzza Terán.

O vínculo entre Cuba e Washington se deteriorou ainda mais depois da chegada à Casa Branca de Bolton, que já tinha anunciado antes a adoção de "ações diretas" contra o que chamou de "troica da tirania", integrada por Cuba, Nicarágua e Venezuela.

O Departamento do Tesouro também anunciou sanções contra Laureano Ortega Murillo, filho do presidente nicaraguense, Daniel Ortega, e da vice-presidente, Rosario Murillo.

Problemas à vista

Breier esclareceu que os únicos negócios que serão afetados pela entrada em vigor da norma serão as empresas que operam em propriedades confiscadas de cubanos que emigraram para os Estados Unidos.

Quando a lei foi adotada, há mais de duas décadas, o Departamento de Estado avaliou que existissem 200.000 ações em potencial. Mas até o momento, os governantes americanos adiaram a entrada em vigor desta cláusula a cada seis meses para evitar problemas com seus aliados.

Em sua declaração conjunta, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, a comissária de Comércio, Cecilia Malmström, e a chanceler canadense, Chrystia Freeland, reiteraram que a "aplicação extraterritorial de medidas unilaterais" sobre Cuba "é contrária ao direito internacional".

O governo de Trump tem adotado uma postura firme contra Cuba, que contrasta com a flexibilização de seu antecessor, Barack Obama, que considerou que a estratégia impulsionada durante meio século por Washington contra o regime cubano não tinha dado resultados.

A lei ativada por Washington, que leva o nome do senador de extrema direita Jesse Helms e do congressista Dan Burton, foi aprovada depois que Cuba derrubou dois aviões fretados por ativistas cubanos exilados, o que pôs fim aos esforços do então presidente americano, Bill Clinton, para reconstruir os vínculos entre os dois países.

Às vésperas de completar um ano que a Nicarágua vive cotidianamente protestos contra o governo do presidente Daniel Ortega, a polícia disparou gás lacrimogêneo contra manifestantes, enquanto tentavam participar de um ato. Mais de 100 pessoas foram detidas.

As forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo e abriram fogo contra os manifestantes no último sábado (16).

##RECOMENDA##

Os Estados Unidos conclamaram o governo nicaraguense a "deixar de usar força excessiva em manifestantes pacíficos e jornalistas exercendo seu direito a uma imprensa livre".

Histórico

Os protestos contra Ortega começaram em abril de 2018, liderados pela Aliança Civil, com críticas ao governo, como falta de liberdade, autoritarismo e repressão.

Observadores internacionais estimam que mais de 500 pessoas foram mortas e outras centenas foram presas. Autoridades nicaraguenses também proibiram protestos contra o governo.

Na semana passada, o governo Ortega prometeu que levaria 50 oposicionistas detidos para a prisão domiciliar.

*Com informações da DW, agência pública de notícias da Alemanha

A justiça nicaraguense determinou penas de mais de 200 anos para os líderes opositores Medardo Mairena e Pedro Mena pela atuação nos protestos violentos contra Daniel Ortega, no ano passado.

Mairena foi condenado a 216 anos de prisão por terrorismo e outros seis crimes outorgados pela Promotoria à sua participação nos protestos, incluindo a morte de quatro policiais e de um civil, de acordo com o advogado Julio Montenegro, da Comissão Permanente de Direitos Humanos (CFDH).

##RECOMENDA##

Já Mena foi condenado a 210 anos de prisão também por terrorismo, além de outras violações referente a protestos, em que foram mortas 325 pessoas e centenas detidas.

Porém, os acusados só irão cumprir a pena máxima de 30 anos de prisão, prevista na legislação nicaraguense.

O futuro chanceler, Ernesto Araújo, afirmou neste domingo, 23, que nenhum integrante do governo da Nicarágua participará da posse de Jair Bolsonaro como presidente da República no próximo dia 1º de janeiro.

Por meio de sua conta no Twitter, Araújo disse que a posse do futuro mandatário "marcará o início de um governo com postura firme e clara na defesa da liberdade". "Com esse propósito e frente às violações do regime Daniel Ortega contra a liberdade do povo da Nicarágua, nenhum representante desse regime será recebido no evento do dia 1º", continua a mensagem.

##RECOMENDA##

Este é o terceiro país vetado de ter representantes na posse. Na semana passada, Bolsonaro afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, não seriam convidados para o evento por "serem ditadores".

A pedido da equipe de Bolsonaro, o Itamaraty teve que enviar comunicados aos governos dos dois países os desconvidando de participar da cerimônia de posse. Inicialmente, a diplomacia brasileira havia convidado todos os países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas, razão pela qual o convite foi feito.

A Justiça da Nicarágua condenou a 15 anos de prisão o vigilante que confessou ter matado a tiros a estudante pernambucana Raynéia Gabrielle Lima em Manágua, capital do país centro-americano. O crime aconteceu em 23 de julho, no auge da crise nicaraguense. A condenação de Pierson Adán Gutiérrez Solís foi proferida no fim de novembro pelo juiz Abelardo Alvir Ramos e divulgada nesta quarta-feira (12) pelo jornal "El Nuevo Diário".

De acordo com o jornal, Pierson Adán Gutiérrez Solís estava conversando com outros dois vigilantes quando viu o carro onde estava Raynéia se movendo "de forma errática" em "atitude suspeita". Foi então que um dos guardas disparou um tiro preventivo e, em seugida, Solís atirou e atingiu a jovem. O vigilante foi preso em 27 de julho com uma carabina M4, o mesmo tipo de armamento que teria sido usado para matar Raynéia.

##RECOMENDA##

Entenda o caso

A estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima foi morta, na noite de segunda-feira (23) da semana passada, com um tiro no peito que, segundo o reitor da Universidade Americana (UAM), Ernesto Medina, foi disparado por um “um grupo de paramilitares” no sul da capital Manágua.

A Nicarágua vive uma crise sociopolítica com manifestações que se intensificaram desde abril. Os manifestantes pedem a saída do presidente Daniel Ortega, que se mantém há 11 anos no poder, em meio a acusações de abuso e corrupção. A repressão aos protestos populares já deixou entre 277 e 351 mortos, de acordo com organizações humanitárias locais e internacionais.

O assassinato da estudante brasileira ocorreu horas depois de o reitor participar de um fórum no qual disse que o crescimento econômico e a segurança na Nicarágua, antes da explosão dos protestos contra Ortega, em abril, “era parte de uma farsa” porque “nunca houve um plano que acabasse com a pobreza e a injustiça”.

O governo de Daniel Ortega foi acusado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) pelos assassinatos, maus tratos, possíveis atos de tortura e prisões arbitrárias ocorridas em território nicaraguense.

A Organização Nicaraguense Pró-Direitos Humanos (ANPDH) comunicou que ao menos 545 pessoas morreram e 4.533 ficaram feridas desde o começo da crise sociopolítica na Nicarágua, em 18 de abril, quando teve início os protestos contra o governo do presidente Daniel Ortega.

"O número de vítimas está incluído em um relatório preliminar das consequências dos protestos cívicos na Nicarágua como um direito humano", informou o secretário-executivo da organização humanitária, Álvaro Leiva.

##RECOMENDA##

O governo de Nicarágua reconheceu apenas 199 mortes durante a crise. As autoridades consideram os ataques como tentativa de golpe de Estado, que já teria sido perdida.

A ANPDH também afirmou que 1.315 pessoas foram sequestradas por grupos paramilitares e que continuam desaparecidas ou foram presas injustamente.

Além disso, a ONG apontou que 47 imóveis foram destruídos por grupos paramilitares no decorrer da crise, e que outras 40 casas foram alvo de ataques e saques feitos por policiais e grupos armados não autorizados.

A caça que paramilitares e policiais antimotim empreenderam contra manifestantes da oposição na Ilha de Ometepe afugentou os turistas que antes rejeitavam abandonar o destino paradisíaco, mesmo quando um de seus vulcões entrava em erupção.

Ometepe, uma das maiores ilhas vulcânicas do mundo, foi afetada pelos protestos contra o governo de Daniel Ortega, no poder há 11 anos. A ilha, de 40 mil habitantes, se juntou às manifestações que começaram em abril e já deixaram mais de 320 mortos.

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A economia da Nicarágua foi devastada por quase cinco meses de distúrbios desencadeados por uma reforma da previdência que resultou em protestos pela renúncia do presidente Daniel Ortega, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Em junho, a atividade econômica do país registrou uma queda de 12,1% em comparação com o ano anterior, segundo o Banco Central. De acordo com economistas, 200 mil empregos foram perdidos - 70 mil no setor de turismo, que, nos últimos dois anos havia se transformado na principal fonte de divisas do país.

As receitas de hotéis e restaurantes caíram 45%, em junho, em relação a 2017. Do mesmo modo, o setor de construção contabilizou queda de 35% e as vendas no varejo caíram 27%. Além disso, foram retirados US$ 900 milhões de depósitos em bancos que precisaram ajustar sua carteira de empréstimos para preservar a liquidez.

##RECOMENDA##

A União dos Produtores Agropecuários da Nicarágua informou que mais de 4.855 hectares de terras particulares foram ocupadas por partidários do governo ou confiscados em retaliação pelo seu apoio aos manifestantes, segundo afirmam líderes do setor. O equivalente a 91% das terras ocupadas eram utilizadas para agricultura e criação de gado.

Desde o começo, os manifestantes se defrontaram com a violência da polícia e de civis partidários do governo. Mais de 300 pessoas morreram nos tumultos, segundo grupos de direitos humanos.

O governo qualificou os manifestantes como terroristas e afirmou ter derrotado uma tentativa de tirar Ortega do cargo patrocinada pelo governo dos EUA e pela oposição, incluindo empresários.

Um fator importante foi que os países de onde vêm os turistas com alto poder aquisitivo - EUA, Canadá, Espanha e Grã-Bretanha - emitiram alertas pedindo a seus cidadãos para evitarem viagens à Nicarágua. Empresas aéreas como American Airlines e United reduziram seus voos para Manágua, assim como Spirit e Delta.

Durante anos, Ortega manteve uma relação relativamente estável com o setor privado. Desde seu retorno ao poder, em 2007, o presidente, que um dia foi um comandante rebelde marxista, abrandou sua posição, deixando o setor empresarial agir como desejasse. No entanto, em abril, as empresas, que foram pegas de surpresa pelas mudanças na previdência, se uniram rapidamente à oposição. À medida que a crise se agravou, o setor privado passou a pedir a antecipação das eleições.

Juan Sebastián Chamorro, que dirige a Fundação Nicaraguense para o Desenvolvimento Econômico e Social, destacou que o governo deu sinais de que reconhece a gravidade do impacto econômico. Emitiu novos títulos de dívida, baixou regras para tornar mais rígida a venda de dólares e reduziu o gasto público, pois previa uma queda de 10% na arrecadação.

Mas, segundo especialistas, não se sabe se essas medidas serão suficientes para conter a desaceleração se não for encontrada uma solução política que devolva a estabilidade. Fonte: Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando