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O ex-governador de Nova York Andrew Cuomo foi denunciado nesta quinta-feira (28) à Justiça americana pelo delito sexual de "toque forçado", de acordo com um porta-voz do tribunal. Este é o primeiro processo movido contra o outrora poderoso político democrata desde que ele foi forçado a renunciar em agosto após uma série de acusações de assédio.

"Uma denúncia foi apresentada contra o ex-governador Andrew Cuomo no tribunal da cidade de Albany", disse Lucian Chalfen, um porta-voz dos tribunais do Estado de Nova York, que descreveu a denúncia como um "crime sexual".

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Apresentada pelo gabinete do xerife no tribunal da cidade de Albany, capital do Estado, a denúncia acusa Cuomo de apertar o seio esquerdo de uma das denunciantes, que revelou o caso em dezembro de 2020. O tribunal de Albany convocou o ex-governador a se apresentar em 17 de novembro para responder à denúncia, informou em um comunicado.

Os investigadores do gabinete do xerife, que investigaram as acusações a partir de 5 de agosto de 2021, determinaram que havia evidências suficientes para apresentá-la ao tribunal.

Cuomo, de 63 anos, renunciou após uma investigação preliminar que descobriu que ele assediou sexualmente 11 mulheres, incluindo ex-funcionárias. Ele refutou as acusações e garantiu que era vítima de uma vingança política.

Cuomo conquistou a simpatia da população do país e sua popularidade se expandiu além das fronteiras no ano passado por sua sinceridade ao falar sobre a situação do coronavírus em suas aparições diárias perante a imprensa, antes de estourar o escândalo.

Segundo o código penal dos Estados Unidos, o toque forçado é um delito leve que pode levar a até um ano de prisão.

A acusação não é incomum e é normalmente apresentada em casos em que os promotores não conseguem provar que o toque foi feito para fins sexuais.

Para provar essa tese, os promotores devem demonstrar que o réu agiu para degradar sua vítima ou para sua própria gratificação sexual. Os promotores teriam de provar vários elementos do crime, incluindo que o toque não foi acidental, mas realizado intencionalmente e com força. (Com agências internacionais)

O ex-governador de Nova York, Andrew Cuomo, foi denunciado nesta quinta-feira (28) à Justiça americana pelo delito sexual de “toque forçado”, de acordo com um porta-voz do tribunal.

Este é o primeiro processo movido contra o outrora poderoso político democrata desde que ele foi forçado a renunciar em agosto após uma série de acusações de assédio.

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"Uma denúncia foi apresentada contra o ex-governador Andrew Cuomo no tribunal da cidade de Albany", disse Lucian Chalfen, um porta-voz dos tribunais do estado de Nova York, que a descreveu como um "crime sexual".

Cuomo é acusado de apertar o seio esquerdo da denunciante em dezembro de 2020. A queixa foi apresentada pelo gabinete do xerife do condado de Albany em nome do estado de Nova York.

O ex-governador, de 63 anos, renunciou após uma investigação preliminar que descobriu que ele assediou sexualmente 11 mulheres, incluindo ex-funcionárias.

Ele refutou as acusações e garantiu que era vítima de uma vingança política.

Cuomo conquistou a simpatia da população do país e sua popularidade se expandiu além das fronteiras no ano passado por sua sinceridade ao falar sobre a situação do coronavírus em suas aparições diárias perante a imprensa, antes de cair em desgraça.

Segundo o código penal dos Estados Unidos, o toque forçado é um delito leve que pode levar a até um ano de prisão.

O estado e a cidade de Nova York, muito afetados pela Covid-19 no ano passado, são os primeiros a exigir a vacinação dos profissionais mais expostos ao contágio, como os funcionários da saúde ou educação, o que elevou consideravelmente a taxa de imunização apesar de uma minoria hesitante.

Desde segunda-feira, todos os funcionários de hospitais públicos e privados - da saúde ou setor administrativo - do estado, o que representa quase 520.000 pessoas, precisam apresentar um certificado de vacinação com as doses completas. Em caso contrário, estas pessoas correm o risco de uma retenção do salário em um primeiro momento, antes da possibilidade de demissão.

A governadora Kathy Hochul, que ameaçou recorrer à Guarda Nacional para substituir os profissionais da saúde não vacinados, celebrou o fato de não ter sido necessário fechar nenhum hospital desde segunda-feira, quando entrou em vigor a obrigatoriedade do certificado sanitário no estado de 20 milhões de habitantes, o quarto mais populoso do país.

A covid-19 provocou mais de 56.000 mortes no estado - 34.000 apenas na cidade de Nova York - desde março de 2020.

Outros estados do país adotarão medidas similares. A Califórnia exigirá a vacinação a partir desta quinta-feira, mas os profissionais da saúde que se recusam a tomar a vacina poderão seguir trabalhando desde que se submetam a exames todas as semanas.

Kathy Hochul, que substituiu Andrew Cuomo em 25 de agosto, elogiou a elevada taxa de vacinação entre os profissionais de saúde, que na quarta-feira alcançou 87%.

O percentual dos funcionários das casas de repouso que receberam pelo menos uma dose subiu 71% em 24 de agosto para 92% na segunda-feira.

Para a governadora, que enfrenta o primeiro teste político, isto "mostra que obrigar os profissionais da saúde a tomar a vacina é o caminho correto", apesar de a medida ter sido alvo de vários recursos judiciais, até agora sem sucesso.

Na cidade de Nova York ainda restavam na quarta-feira quase 3.000 funcionários dos serviços de saúde ou de hospitais públicos não vacinados, de um total de 43.000, contra 5.000 no início da semana e quase 8.000 na semana anterior, informou o doutor Mitchell Katz, que dirige o Departamento de Saúde da cidade.

"Temos quase 500 enfermeiras para substituir temporariamente porque ainda não se vacinaram ou preferiram a aposentadoria. Ainda não demitimos ninguém", declarou. Ele explicou que quem receber a primeira dose ao chegar ao local de trabalho poderá atuar normalmente.

"Quase 100% de nossos funcionários estão vacinados", anunciou o grupo privado Northwell Health, que administra 23 hospitais e mais de 800 estabelecimentos de cuidados ambulatoriais no estado.

O grupo afirmou que dos 76.000 funcionários, incluindo 18.900 enfermeiras e 4.000 médicos, "algumas centenas de funcionários não vacinados foram contactados na semana passada".

"Duas dezenas de funcionários que ainda não foram vacinados (na segunda-feira) deixaram o sistema", afirmou a Northwell Health, que não explicou se a medida envolveu demissões.

Mas a situação é desigual no estado, que vai até a fronteira com o Canadá.

Um hospital de Buffalo (quase 600 leitos), no norte do Estado, informou que 5% dos funcionários (167 de 3.303) estão de licença não remunerada. Mas a taxa alcança 20% em um serviço de longa permanência que depende do hospital, onde 100 dos 474 profissionais não tomaram a vacina.

Desta maneira, o hospital teve que suspender cirurgias não urgentes e reorganizar os horários.

A vacinação obrigatória para os profissionais da saúde é um teste para a cidade de Nova York antes da aplicação da medida para os professores, que teve a entrada em vigor adiada para sexta-feira por decisão judicial.

"Tomem a primeira dose até segunda-feira ou não venham trabalhar. Vocês decidem", escreveu no Twitter o prefeito democrata Bill de Blasio.

A primeira-dama Michelle Bolsonaro tomou a vacina contra o novo coronavírus em Nova York porque o imunizante foi oferecido pelo médico quando ela se submeteu ao exame de PCR, obrigatório para autorização de embarque, antes de retornar ao Brasil. Michelle resolveu aceitar ser imunizada porque "já pensava em receber" a vacina. A informação foi divulgada na noite desta sexta-feira, 24, em nota oficial, pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom).

Michelle acompanhou o presidente Jair Bolsonaro nas agendas oficiais na comitiva ao Estados Unidos. Bolsonaro fez o discurso de abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira, 21. De acordo com nota da Secom, ela também cumpriu agenda sobre doenças raras na Missão do Brasil na ONU.

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O comunicado diz que o médico, durante a testagem de Michelle, perguntou se ela gostaria de "aproveitar a oportunidade" para ser vacinada. "Como já pensava em receber o imunizante, resolveu aceitar. A primeira-dama reitera a sua admiração e respeito ao sistema de saúde brasileiro, em especial, aos profissionais da área que se dedicam, incansavelmente, ao cuidado da saúde do povo", afirma o texto.

Nesta quinta-feira, 23, o presidente havia revelado, durante a transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, que a primeira-dama tinha se vacinado. "Minha esposa, nos Estados Unidos, falou comigo se toma ou não toma a vacina. Dei minha opinião, não vou falar qual foi, mas ela tomou a vacina", afirmou o presidente. Na ocasião, no entanto, Bolsonaro não deixou claro se o imunizante havia sido aplicado em solo americano, o que foi confirmado hoje pela Secom.

Leia a íntegra da nota oficial da Secom:

"A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) informa que a Primeira-Dama, senhora Michelle Bolsonaro, integrante da Comitiva Presidencial à Nova Iorque (EUA), deslocou-se àquele país para acompanhar o senhor Presidente da República nas agendas oficiais, bem como para cumprir uma agenda, sobre doenças raras, na Missão do Brasil na Organização das Nações Unidas. Antes de retornar ao país, submeteu-se ao teste de PCR, obrigatório para autorização de embarque e, durante a realização da testagem, a Primeira-Dama foi indagada pelo médico se ela gostaria de aproveitar a oportunidade para ser vacinada. Como já pensava em receber o imunizante, resolveu aceitar. A Primeira-Dama reitera a sua admiração e respeito ao sistema de saúde brasileiro, em especial, aos profissionais da área que se dedicam, incansavelmente, ao cuidado da saúde do povo."

 

Depois de um longo intervalo, devido à pandemia da covid-19, Nova York inaugura sua Semana de Moda Primavera/Verão 2022 com a volta dos desfiles em uma passarela com público presencial, apresentando grandes nomes, como Tom Ford e Altuzarra.

As restrições contra o coronavírus privarão esta edição, no entanto, de seu habitual sabor internacional.

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A pandemia ofuscou as últimas duas Semanas da Moda, em setembro de 2020 e fevereiro de 2021, marcadas pela prevalência dos desfiles virtuais.

O CEO do Conselho de Designers de Moda da América (CFDA, na sigla em inglês), Steven Kolb, diz que vê espaço para apresentações em modo virtual e presencial.

Segundo ele, "há um otimismo real, energia e entusiasmo com o retorno dos shows ao vivo".

"Somos resilientes e otimistas", acrescentou Kolb.

Em Nova York, cujos "desfiles de moda" precedem os de Londres, Milão e Paris, não faltam passarelas icônicas, como a de Tommy Hilfiger no Apollo Theatre, em 2019, ou o evento inspirado no Studio 54 de Michael Kors no mesmo ano.

"Este é um momento importante para Nova York e estamos orgulhosos de apoiar a cidade e a indústria", disse o estilista Michael Kors.

Na terça (7), a fundadora da Collina Strada, Hillary Taymour, confirmará sua proposta de conscientização ambiental, com a apresentação de um jardim, em um terraço no Brooklyn.

Na quinta à noite (9), LaQuan Smith apresentará sua coleção no Empire State, e o dia terminará com desfiles de Moschino, Sergio Hudson e Carolina Herrera.

Cada vez mais isolado após a divulgação de uma investigação que o acusa de assédio sexual e a abertura de várias ações judiciais, o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, reluta em renunciar.

A promotora federal de Nova York Letitia James concluiu suas investigações - que não visavam incriminar Cuomo - com a publicação de um relatório devastador de 165 páginas que lista onze queixas de mulheres que afirmam ter sido vítimas de gestos inadequados ou insinuações por parte do governador de 63 anos de idade.

Mas Cuomo ainda está longe de acertar as contas com a justiça. Nesta quarta-feira, três advogados dos condados de Westchester, Manhattan e Nassau, no estado de Nova York, informaram que esperam obter todos os elementos úteis do relatório para realizar suas próprias investigações sobre crimes que podem ter sido realizados em sua jurisdição.

Na terça-feira, o promotor do Condado de Albany, capital de Nova York e onde fica a sede do governo, fez um anúncio semelhante, evocando uma "investigação criminal em andamento" de sua parte.

Politicamente, Cuomo, que dirige o quarto estado mais populoso do país (com cerca de 20 milhões de habitantes), parece cada vez mais isolado. Um pedido de renúncia foi lançado conjuntamente por quatro governadores de estados vizinhos (Connecticut, Rhode Island, Nova Jersey , Pensilvânia), todos os membros do Partido Democrata, como ele.

Os governadores se juntaram a uma longa lista que vai do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, com quem tinha relações hostis, ao presidente Joe Biden, considerado seu amigo.

"Eu realmente acho que você deve renunciar pelo bem do estado de Nova York e de nosso povo. Se não o fizer, a onda de pedidos de renúncia, que é universal neste momento, de democratas e republicanos, irá engoli-lo. Se quiser esperar o impeachment, pode, mas isso pode acontecer em breve em nosso estado", disse De Blasio à CBS nesta quarta-feira.

- "Quem vai lutar por ele?" -

Cuomo se defendeu na terça-feira contra atos indecentes e assédio sexual. Ele já havia rejeitado os primeiros pedidos de demissão em março, argumentando que só deveria prestar contas aos moradores de Nova York e não aos políticos.

"Ele quer resistir porque a única coisa que importa para Andrew Cuomo é ser o governador de Nova York", disse Lincoln Mitchell, professor de ciência política da Universidade de Columbia, à AFP.

Cuomo ocupa desde 2011 o mesmo cargo que seu pai, Mario Cuomo, ocupou entre 1983 e 1994. Foi reeleito em 2014 e 2018 e, até agora, era considerada sua intenção de voltar a se candidatar em 2022.

À frente do estado, o ex-secretário de Habitação de Bill Clinton, que foi casado com uma das filhas de Bob Kennedy, adotou várias leis progressistas, como o casamento gay em 2011 e o salário mínimo de US $ 15 a hora.

Foi especialmente no período mais difícil da pandemia de coronavírus, durante a primavera de 2020, quando Nova York estava totalmente sob o impacto da covid-19, que Cuomo adquiriu visibilidade como figura nacional. Com as suas conferências de imprensa diárias, racionais e tranquilizadoras, este político experiente com fama de ser duro e autoritário mudou de status.

No entanto, seu equilíbrio já havia sido ofuscado pela subnotificação do número de mortes por covid-19 em asilos.

“Uma vez que o presidente dos Estados Unidos, que é o líder do partido, diz que não pode ficar, fica muito difícil (para ele permanecer no cargo)”, acrescenta Mitchell, que pergunta: “Quem vai lutar por ele?"

Segundo o analista político, Biden pode ter incentivado todos aqueles que temiam Cuomo e não ousavam enfrentá-lo.

“Poucas pessoas gostavam dele e agora se sentem apoiadas”, explica ele.

Além das investigações judiciais, o governador também é ameaçado no Parlamento estadual por um procedimento que pode levar à sua destituição.

"Assim que recebermos todos os documentos e evidências úteis do promotor, agiremos com diligência e buscaremos concluir nossa investigação para chegar à acusação o mais rápido possível", disse o líder da Câmara, o democrata Carl Heastie, garantindo que Cuomo "não pode permanecer no cargo."

A procuradoria do Estado de Nova York acusou na terça-feira (3) o governador democrata Andrew Cuomo de assédio sexual contra ao menos 11 mulheres, entre elas uma policial que fazia sua segurança pessoal. As acusações aumentaram a pressão para o governador deixar o cargo. Ameaçado por um processo de impeachment, ele perdeu o apoio da cúpula do partido no Estado, bem como do presidente e amigo Joe Biden.

As investigações da procuradoria indicam que Cuomo assediou sexualmente funcionárias e ex-funcionárias do governo, numa violação de leis estaduais e federais sobre abuso sexual.

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O relatório divulgado pela procuradoria e elaborado por dois advogados independentes afirma também que o governador manteve um comportamento sistemático de abuso, com toques indesejados e comentários inadequados contra mulheres no ambiente de trabalho.

A investigação foi coordenada pela a procuradora-geral do Estado, Letitia James, e tem 165 páginas, durou 5 meses e interrogou 179 testemunhas.

O presidente Joe Biden defendeu a renúncia de Cuomo. A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, que é do Estado de Nova York, fizeram o mesmo.

Biden, que quando as acusações surgiram no início do ano evitou se manifestar, contribuiu para o isolamento do governador de Nova York. "Acredito que ele deve renunciar", disse o presidente.

Na Assembleia Legislativa de NY, o presidente da Casa, Carl Heastie, que é democrata, disse que Cuomo não tem mais condições de permanecer no cargo e prometeu abrir um processo de impeachment contra ele o quanto antes.

Desrespeito

No relatório, as testemunhas dizem que Cuomo, de 63 anos, assediou várias mulheres, muitas das quais jovens, envolvendo-se em toques indesejados, beijos, abraços e comentários impróprios.

As testemunhas descrevem também o ambiente da sede do governo de NY, que fica em Albany, no interior do Estado, como tóxico e marcado por uma cultura de medo e intimidação imposta pelo governador a seus assessores, o que, para os investigadores, contribuiu para os assédios.

Anne L. Clark, uma das advogadas responsáveis pelo relatório divulgado pela procuradoria de NY, disse que a conduta do governador claramente atende o padrão legal usado para determinar o assédio de gênero no local de trabalho.

"As mulheres também descreveram para nós o fato de o governador procurá-las, olhá-las fixamente, olhá-las de cima a baixo ou fitar seu peito ou nádegas", disse ela.

Ainda de acordo com a advogada, Cuomo rotineiramente interagia com as mulheres de maneiras que focalizavam seu gênero, às vezes de maneira sexualizada. "Elas consideravam esse comportamento humilhante e ofensivo", acrescentou.

Outro lado

O governador se defendeu dizendo num comunicado que os fatos são muito diferentes do que foi apresentado no relatório. "Eu nunca toquei ninguém de uma maneira inapropriada ou tive um comportamento sexualmente inadequado", disse Cuomo.

O governador argumentou ainda que tem tendência a abraçar ou beijar as pessoas na bochecha, gestos que ele descreveu como "destinados a transmitir calor, nada mais".

Cuomo ainda apresentou fotos mostrando-o abraçando e beijando membros do público e líderes poderosos. "Eu faço isso com todo mundo", disse ele. "Preto e branco, jovem e velho, heterossexual e LGBTQ, pessoas poderosas, amigos, estranhos, pessoas que encontro na rua."

A legislação de NY inclui flertes indesejados e piadas de conteúdo sexual no ambiente de trabalho no rol de crimes que podem ser enquadrados como assédio sexual, independentemente da intenção do acusado.

Em 2019, Cuomo patrocinou uma lei que facilitou para que vítimas de assédio comprovassem seus casos na Justiça. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, "assediou sexualmente várias mulheres", incluindo suas funcionárias - afirmou a procuradora-geral do estado, Letitia James, nesta terça-feira (3), ao anunciar as conclusões de uma investigação independente sobre as acusações feitas contra o poderoso democrata.

"A investigação independente concluiu que o governador Andrew Cuomo assediou sexualmente várias mulheres e, ao fazer isso, violou a lei federal e estadual", declarou James, em entrevista coletiva.

A procuradora disse ainda que investigação mostrou como Cuomo "assediou sexualmente funcionárias e ex-funcionárias do estado de Nova York, ao avançar com toques não desejados e não consentidos e ao fazer vários comentários de natureza sexual sugestiva que geraram um ambiente de trabalho hostil para as mulheres".

A investigação também descobriu que Cuomo e sua equipe próxima tomaram medidas de represália contra ao menos uma ex-funcionária por denunciar sua experiência.

James disse que as provas encontradas durante a investigação serão publicadas junto com o relatório.

Ao menos oito mulheres, trabalhadoras atuais e ex-funcionárias, denunciaram o que, segundo elas, foram palavras e gestos inadequados por parte de Cuomo, cuja gestão da pandemia de covid-19, por outro lado, foi elogiada em todo o país.

Uma ex-funcionária disse que no ano passado o governador colocou a mão embaixo de sua blusa.

Cuomo nega esses comportamentos de assédio sexual e rejeita os pedidos de renúncia, aos quais se somaram inclusive colegas de partido de Nova York e do Congresso americano.

Em março, o presidente Joe Biden opinou que se as acusações contra Cuomo fossem comprovadas, ele deveria se demitir.

Conhecida por seu papel na série "Lost" e no filme "Garota exemplar", a atriz americana Lisa Banes faleceu dez dias depois de ser atropelada por um veículo de duas rodas em Manhattan - informou um porta-voz da polícia de Nova York nesta terça-feira (15).

Lisa Banes, de 65 anos, foi declarada morta ontem (14) no hospital, após o acidente sofrido em 4 de junho, perto do Lincoln Center, disse o porta-voz à AFP, sem conseguir especificar o tipo de veículo.

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Ela atravessava a rua quando foi atropelada por um motorista que não respeitou o sinal vermelho e fugiu. A atriz teve traumatismo craniano.

Uma investigação está em curso, mas nenhuma prisão foi feita até o momento, completou o porta-voz.

"Estamos com o coração partido pela morte trágica e sem sentido de Lisa. Ela era uma mulher de espírito vivo, cheia de bondade e generosidade e dedicada ao seu trabalho, fora de cena, na frente das câmeras, ou, mais ainda, com sua esposa, sua família e seus amigos", disse o agente da atriz, David Williams, citado pela emissora NBC.

A companheira de Lisa, Kathryn Kranhold, tuitou hoje uma série de fotos em sua homenagem.

Quando a atriz ainda estava hospitalizado, Kathryn fez um apelo a testemunhas no jornal The Daily News para tentar encontrar o motorista.

Lisa Banes atuou em vários filmes e programas de televisão, assim como em muitas peças da Broadway.

Legisladores do estado de Nova York aprovaram na terça-feira (30) uma iniciativa que legaliza o uso recreativo da maconha, que o governador Andrew Cuomo já anunciou que vai sancionar.

Com o projeto de lei apoiado pelas duas câmaras do estado, onde os democratas de Cuomo têm maioria, Nova York se unirá a outros 14 estados americanos - mais o distrito de Columbia - que já permitem o uso da cannabis.

"Esta legislação histórica dá justiça a comunidades marginalizadas há muito tempo, abraça uma nova indústria que vai fazer a economia crescer e estabelece garantias de segurança substanciais para a população", afirmou Cuomo em um comunicado.

O gabinete do governador afirmou que a entrada em vigor da lei pode representar 350 milhões de dólares por ano em impostos e criar dezenas de milhares de postos de trabalho.

A lei permitirá a maiores de 21 anos comprar maconha e cultivar plantas para o consumo pessoal, com um plano para que parte dos recursos arrecadados seja destinado ao tratamento contra a dependência química e a campanhas de educação.

Nova York também eliminará de forma automática os antecedentes de pessoas condenadas por crimes relacionados à maconha que não serão mais criminalizados

A lei também vai eliminar as multas por posse de até 85 gramas da droga, novo limite de posse particular, e será ampliado o programa de uso medicinal da maconha.

A decisão acontece no momento em que Cuomo enfrenta uma investigação por suposto assédio sexual e intimidação de funcionárias, além de acusações de que sua administração ocultou o número real de mortes relacionadas com a covid-19 nas casas de repouso.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, reiterou neste domingo (7) sua negativa de renunciar, apesar dos pedidos para que o faça de parte de influentes colegas democratas por causa de um escândalo de assédio sexual.

"Não vou renunciar por causa de acusações", disse o governador depois que Andrea Stewart-Cousins, líder do Senado no estado de Nova York, disse que ele deveria deixar o cargo "pelo bem do estado".

"Não há forma de que eu renuncie", repetiu Cuomo.

Stewart-Cousins disse em um comunicado que as acusações de assédio contra Cuomo por parte de ex-auxiliares ocorreram em um momento crítico, quando o estado luta contra a Covid-19 e em meio a acusações de que o governo Cuomo gerenciou mal a resposta inicial à pandemia.

"Precisamos governar sem distrações diárias. O governador Cuomo deve se demitir", afirmou.

Carl Heastie, o líder democrata da Câmara Baixa, emitiu um comunicado pouco depois. "Acho que é hora de que o governador considere seriamente se pode satisfazer de forma efetiva as necessidades do povo de Nova York", diz o texto, divulgado pelo The New York Times.

Cuomo, inicialmente elogiado pela gestão da pandemia em seu estado, sofreu uma queda espetacular da opinião pública, e os republicanos também pediram sua renúncia.

Sua ex-assistente Lindsey Boylan alega que o governador lhe deu um beijo na boca impulsivamente, uma acusação que ele negou.

"Nunca toquei ninguém de forma inapropriada", disse Cuomo na quarta-feira. "Não foi intencional, e me desculpo sincera e profundamente", disse.

A procuradora-geral do estado, Letitia James, chefia uma investigação sobre as acusações.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, autorizou formalmente nesta segunda-feira (1º) que ele próprio seja investigado pelas acusações de assédio sexual feitas por duas ex-funcionárias.

A procuradora-geral do estado, Letitia James, afirmou que o gabinete de Cuomo concedeu autorização por escrito para conduzir uma investigação independente das alegações.

"Essa é uma responsabilidade que não levamos de forma leviana, já que as alegações de assédio sexual devem sempre ser levadas a sério", ressaltou James em um comunicado.

A carta de James indica que os resultados da investigação serão "revelados em um comunicado público".

Cuomo afirmou no domingo que "lamenta sinceramente" que sua conduta tenha sido "mal interpretada como um flerte indesejado".

O governador de 63 anos se tornou alvo de críticas, inclusive de outros membros do Partido Democrata, depois que a ex-assessora Charlotte Bennett revelou ao The New York Times que Cuomo a havia assediado sexualmente no ano passado.

A denúncia veio quatro dias depois que outra ex-colaboradora, Lindsey Boylan, descreveu ter tido um contato físico indesejado com Cuomo.

O governador negou ter se envolvido em qualquer conduta ou proposta inadequada, mas admitiu no domingo que sua conduta fosse investigada.

Para conduzir a investigação, Cuomo inicialmente escolheu um ex-juiz federal, mas figuras importantes de seu partido disseram que isso não garantia transparência.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, não concordou com os comentários de Cuomo.

"Isso não é um pedido de desculpas. Parece que ele está dizendo: 'Eu estava brincando'. O assédio sexual não é engraçado. É sério", criticou De Blasio, rival de longa data de Cuomo.

Uma membro de um grupo de parlamentares do estado de Nova York que lutam contra o assédio sexual classificou os comentários de Cuomo de "insultuosos".

"Ele não assume nenhuma responsabilidade. Não há razão para pensar que ele não vai repetir esse comportamento", analisou Riya Pasarell.

De acordo com Bennett, de 25 anos, Cuomo disse a ela em junho passado que ele estava aberto a namorar mulheres mais novas e perguntou se a diferença de idade poderia influenciar um relacionamento romântico, informou o Times.

Embora Cuomo nunca tenha tentado tocá-la, "entendi que o governador queria dormir comigo e me senti terrivelmente desconfortável e com medo", continuou Bennett.

Na quarta-feira, Boylan, 36, disse em um blog que Cuomo a assediou quando ela trabalhou para seu governo de 2015 a 2018.

A mulher disse que Cuomo a beijou sem consentimento nos lábios, sugeriu que ela jogasse "strip poker" e "tocou minha parte inferior das costas, braços e pernas".

O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, foi acusado de assédio sexual por uma segunda ex-assessora neste domingo (28) e a procuradora-geral estadual, Letitia James, informou que deve abrir uma investigação formal e independente contra o democrata - sem a indicação de investigadores pelo político.

Segundo as acusações de Charlotte Bennett, 25 anos, publicadas no jornal "The New York Times", o governador de 63 anos falou para ela por diversas vezes que estava "aberto" a ter relações sexuais com mulheres mais jovens e ficava fazendo perguntas sobre como era sua vida sexual.

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Em uma nota, Cuomo reconheceu que fez comentários que "podem ter sido insensíveis ou muito pessoais" e que eles foram "mal interpretados" não sendo uma "tentativa de sedução" das mulheres que trabalharam com ele.

"Eu entendo agora que a minha maneira de agir e que meus comentários podem ter sido insensíveis e muito pessoais. Eu sinto muito", disse ainda o governador, negando, no entanto, as acusações de Bennett.

As acusações contra Cuomo foram consideradas graves por diversos democratas muito influentes, como a líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, que classificou as denúncias de "muito críveis".

"As mulheres que fizeram as acusações sérias e críveis contra o governador Cuomo merecem ser ouvidas e tratadas com dignidade", acrescentou Pelosi, defendendo uma investigação independente.

Quem também adotou a mesma linha foi a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, que afirmou que as denúncias devem passar "por uma revisão séria" e que foi "muito difícil ler" as afirmações de Bennett ao jornal.

Além de enfrentar as denúncias por assédio sexual, o democrata também está no meio de outra polêmica, dessa vez, sobre a pandemia de Covid-19.

De acordo com as denúncias, que já são alvo de investigação, o governador determinou uma alteração no registro das mortes pela doença em asilos para que só fossem contadas aquelas que, de fato, ocorreram na clínica e não dos idosos que foram levados para os centros médicos. Cerca de oito mil dos 15 mil óbitos nos asilos teriam sido camuflados. 

Da Ansa

Os American Depositary Receipts (ADR), recibos de ações negociadas em Nova York, da Petrobras tiveram queda de 16,22%% antes da abertura do mercado nos Estados Unidos nesta segunda-feira (22) após o presidente da República, Jair Bolsonaro, indicar o general e ex-ministro da Defesa Joaquim Silva e Luna, atualmente diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, para assumir a presidência da petroleira e um assento no Conselho de Administração da estatal. A decisão final sobre a substituição cabe ao conselho de administração da empresa, que se reúne na terça-feira (23).

O EWZ, maior fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) do Brasil em Nova York, registrou perda de 4,95% antes da abertura do mercado.

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O anúncio de Bolsonaro deve mexer com as ações da Petrobras nesta segunda também no Brasil. Na sexta-feira (19), as declarações do presidente provocaram pânico no mercado financeiro e as ações tiveram queda de quase 8%.

Num único dia, a Petrobras perdeu R$ 28,2 bilhões em valor de mercado. Em Nova York, as perdas na sexta-feira também foram fortes após o fechamento do mercado, depois de Bolsonaro ter anunciado a mudança no comando da empresa.

A XP já rebaixou a recomendação para as ações da Petrobras de neutro para venda e revisou o preço-alvo de R$ 24 por ação para os papéis ON e PN ante R$ 32 mantido anteriormente.

"Vemos esse anúncio (da troca no comando da empresa) como uma sinalização negativa, tanto de uma perspectiva de governança, dados os riscos para a independência de gestão da Petrobras, como também por implicar riscos de que a companhia continue a praticar uma política de preços de combustíveis em linha com referências internacionais de preços, ou seja, que reflitam as variações dos preços de petróleo e câmbio", explica a XP.

No documento assinado pelos analistas Gabriel Francisco e Maira Maldonado, a casa justifica ainda que existem muitas incertezas para justificar uma tese de investimento na Petrobras: "Acreditamos que as ações deverão daqui em diante negociar com um desconto mais alto em relação ao histórico e a outras petroleiras globais", dizem. "Além disso, as incertezas para a política de preços de combustíveis da Petrobras implicam uma menor correlação das ações em relação aos preços do petróleo daqui para frente, dados os riscos de que não sejam totalmente repassados aos preços dos combustíveis. Com isso, esperamos uma deterioração nos resultados no futuro, não apenas devido às margens de refino mais baixas, mas também devido aos riscos que a Petrobras deva realizar importações de combustível com prejuízo para evitar qualquer risco de desabastecimento no mercado local", afirmam.

O estado de Nova York esgotará seu lote de vacinas contra a covid-19 nesta sexta-feira (21), informou o governador Andrew Cuomo, pressionando o novo governo federal a enviar novas doses.

"O estado de Nova York finalizará seu lote de vacina para a primeira dose hoje. Mas nosso novo estoque chegará durante a semana", afirmou Cuomo em sua conta no Twitter.

“Assim que chegar colocaremos a vacina em mais braços, o mais rápido possível”, acrescentou o governador, que há uma semana pediu ao governo federal que acelere a entrega das vacinas aos estados.

Desde que Nova York ampliou a vacinação primeiro para maiores de 75 anos e depois, nesta semana, para maiores de 65 anos, seguindo orientação do governo federal, muitos enfrentam dificuldades para marcar uma consulta para se vacinar nos portais online do estado ou da cidade.

Alguns centros de vacinação cancelaram milhares de consultas já marcadas e deixaram de agendar novas.

"Não marquem consultas a menos que saibam que terá uma dose", pediu Cuomo aos centros de vacinação nesta sexta-feira.

Pessoas que já receberam a primeira dose da vacina têm garantida uma segunda, garantiu.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, escreveu em uma carta enviada ao presidente Joe Biden na sexta-feira que mais de 500.000 pessoas - de uma população de 8,6 milhões - foram vacinadas contra o vírus na cidade.

Mas, quando os critérios de vacinação foram ampliados, "os estoques se esgotaram", lamentou o prefeito em seu pedido de ajuda.

Biden prometeu acelerar a campanha de vacinação para chegar a 100 milhões de inoculações até o 100º dia de sua presidência e assinou vários decretos na quarta-feira, assim que assumiu o cargo, para intensificar a luta contra o vírus.

A pandemia já deixou mais de 410.000 mortos nos Estados Unidos, mais do que em qualquer outro país do mundo, e Biden estimou nesta sexta-feira que o número final de mortos pode ultrapassar 600.000.

É necessário fechar as escolas de Nova York para lidar com uma segunda onda do coronavírus? Como a taxa de positividade nas escolas é pequena e as academias, bares e restaurantes permanecem abertos, a decisão enfurece milhares de pais que exigem a retomada imediata das aulas presenciais.

Com 1,1 milhão de alunos em 1.800 escolas públicas, a maior cidade dos Estados Unidos foi uma das poucas do país a reabrir escolas em setembro.

Agora, no entanto, seguiu caminho oposto aos países europeus, onde as instituições de ensino permanecem abertas, mas bares, academias e restaurantes foram fechados.

Muitos pais não estão satisfeitos, embora o prefeito Bill de Blasio lembre que foi esse o acordo com o poderoso sindicato dos professores caso os testes positivos ultrapassassem o limite de 3% durante sete dias na cidade, que registra mais de 24 mil mortes por covid-19 desde março.

"A decisão do prefeito é ridícula. É como se as crianças fossem a última prioridade da cidade. Eles precisam reabrir as escolas agora. Não daqui a uma semana ou duas. Agora!", disse à AFP Yelena, uma mãe de 40 anos que tem três filhos em escolas públicas no Upper East Side de Manhattan.

- Escolas essenciais? -

Yelena e dezenas de pais foram à prefeitura de Nova York na quinta-feira para apresentar ao prefeito uma petição com mais de 13 mil assinaturas pedindo que as escolas sejam declaradas como serviço essencial e mantidas abertas.

Os pais ressaltam que as escolas são seguras e que a taxa de positividade nas escolas é muito inferior à média da cidade: 0,23%. Eles também afirmam que a medida pune as crianças mais desfavorecidas - como as 60 mil que não têm computador - e as mães que trabalham.

"Vamos perder uma geração inteira com as aulas online", declarou Megan Cossey, mãe de um menino de 11 anos e uma das organizadoras do protesto.

As escolas de Nova York fecharam no dia 16 de março, quando a cidade se tornou o epicentro da pandemia nos EUA, e assim continuaram até o fim do ano letivo em junho.

- Negociações sindicais -

Porém, depois do verão (boreal), em setembro, Nova York foi a única grande cidade do país a reabrir escolas, ainda que com um mês de atraso para instalar medidas de segurança negociadas com o sindicato dos professores.

Uma das condições negociadas com o sindicato é que as escolas fechassem se o índice de testes positivos superasse 3%, um percentual baixo, já que em outras regiões do país ele era fixado em até 10%.

Mais tarde, alguns pais até assinaram uma petição para manter as escolas fechadas, e muitos estudantes optaram por aulas 100% remotas. Apenas 300 mil alunos aceitaram o modelo híbrido.

Michael Mulgrow, presidente da Federação Unida de Professores, defendeu o fechamento das instituições de ensino e ressaltou que os especialistas em saúde pública recomendam cautela com o feriado de Ação de Graças, na próxima semana.

O nível de testes positivos de Nova York ainda é baixo em comparação com a maioria dos outros estados do país, mas aumentou em relação ao verão, quando girava em torno de 1%.

Jessica Justman, professora de epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade de Columbia, disse que a decisão de fechar as escolas é correta e que é necessário também proibir as pessoas de comer dentro de bares e restaurantes, o que depende do governador Andrew Cuomo.

Mas para alguns pais, como Laura Espinosa, uma equatoriana de 38 anos, as aulas remotas são um pesadelo.

Seus filhos, gêmeos de seis anos, têm transtorno do espectro autista e são hiperativos, de modo que Espinosa não consegue mantê-los sentados em seu pequeno apartamento. Com a escola fechada, as crianças não assistem a nenhuma aula e impedem que a filha mais velha se concentre em suas aulas online.

"Em casa, a saúde mental de nossos filhos e a nossa está piorando a cada dia. Nos sentimos impotentes e ansiosos. Meus filhos precisam de instrução presencial; as crianças precisam voltar à escola", disse esta mulher que mora no Brooklyn e participou da manifestação de pais em frente à prefeitura.

O governador Andrew Cuomo anunciou nesta segunda-feira (5) o fechamento de escolas em nove bairros de Nova York a partir desta terça-feira (6), na tentativa de impedir que a cidade seja atingida por uma segunda onda de contaminações da covid-19.

Cuomo adiantou em um dia a data definida pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que no domingo anunciou a intenção de fechar as escolas de diversos bairros da cidade a partir de quarta-feira.

Os alvos são alguns bairros do sul do Brooklyn e algumas áreas do leste e do sul do Queens, onde a taxa de testes positivos encontra-se acima de 3% há sete dias seguidos.

A medida irá afetar as escolas públicas e privadas, explicou Cuomo em coletiva de imprensa.

O plano revelado no domingo pelo prefeito prevê também o fechamento temporário de todos os comércios não essenciais, como os restaurantes, que reabriram as portas em Nova York em 22 de junho para entregas e atendimento de clientes ao ar livre.

Cuomo, porém, preferiu não fechar os restaurantes destes bairros e pediu que pontos mais específicos dentro das zonas delimitadas pela prefeitura fossem afetados.

"Os comércios destes bairros não têm uma capacidade de propagação [do vírus] importante. Estamos falando de pequenos comércios", justificou o governador.

Muitos comércios destas áreas se viram obrigados a fechar as portas definitivamente devido ao confinamento. Os que permanecessem abertos atravessam sérios problemas financeiros.

Dois dos bairros alvos tiveram uma taxa de testes positivos superior a 8% nos últimos sete dias. A maioria dos bairros têm uma forte população judia ortodoxa, que não vê com bons olhos o distanciamento social e o uso de máscaras.

No conjunto do estado de Nova York, a taxa de testes positivos segue baixa, em 1,22%.

A Procuradoria-Geral do estado de Nova York investiga a morte, em março deste ano, de um homem negro, após a divulgação de um vídeo nesta semana que mostra como a polícia o prendeu: colocando-lhe um capuz e forçando-o ficar de bruços no chão.

A morte de Daniel Prude, de 41 anos, em Rochester, norte do estado de Nova York, uma semana depois de sua prisão, foi divulgada por sua família nesta quarta-feira (2), e renovou a indignação pelo tratamento de pessoas negras por parte da polícia americana.

"A morte de Daniel Prude foi uma tragédia", disse a promotora Letitia James em um comunicado divulgado na quarta-feira, ao anunciar a investigação.

"Compartilho das preocupações da comunidade para garantir que haja uma investigação justa e independente sobre sua morte e apoio seu direito de protestar", acrescentou Letitia, que também é negra.

Em 23 de março, o irmão da vítima ligou para a polícia para que ajudasse Prude, que tinha problemas psicológicos, quando este saiu de madrugada nu pelas ruas cobertas de neve.

O vídeo recém-obtido pela família, filmado pelas câmeras colocadas nas vestes dos policiais, mostra Daniel Prude nu e desarmado.

A polícia ordenou que se jogasse no chão, ele obedeceu e foi algemado, mas depois mostrou-se agitado. Os policiais, então, colocaram-lhe um capuz feito para que os agentes evitem cuspes, ou mordidas, dos detidos. Ele foi obrigado a manter a cabeça para baixo durante dois minutos.

Prude perdeu a consciência. Os policiais tentaram reanimá-lo, mas não conseguiram e o levaram para um hospital, onde morreu uma semana depois, quando foi retirado das máquinas que o mantinham com vida.

Segundo o jornal local Democrat and Chronicle, a necropsia determinou que sua morte foi um homicídio causado por "complicações de asfixia devido a uma dominação física". Também detectou um baixo nível da droga alucinógena PCP no sangue de Prude, o que foi descrito como uma complicação.

"Chamei (a polícia) para que ajudassem meu irmão, não para que o linchassem", disse Joe Prude em coletiva de imprensa na quarta-feira.

Os policiais envolvidos não foram suspensos. Um protesto pela morte de Prude na quarta-feira em Rochester foi dispersado pela polícia com spray de pimenta e terminou com várias prisões, informou o jornal local. Outro protesto pelo caso está previsto para esta quinta-feira à noite na cidade de Nova York.

A morte em maio de George Floyd, outro homem negro, asfixiado por um policial branco em Minneapolis, desencadeou protestos gigantescos nos EUA e em outros países, convocados pelo movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) contra o racismo e contra a violência policial.

Os verões em Coney Island têm sua própria trilha sonora: gritos animados nas montanhas-russas, risadas nos carros "bate-bate" e gargalhadas infantis nas xícaras giratórias.

Mas, este ano, a pandemia de coronavírus silenciou o famoso parque de Nova York, que enfrenta um dos períodos mais difíceis de sua história de 150 anos e teme por seu futuro.

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"É horrível, é deprimente", diz Dennis Vourderis, sentado entre os brinquedos fechados do parque de diversões da Roda-Gigante Deno, da qual é proprietário junto com seu irmão.

O ano de 2020 deveria ser enorme para Deno, já que o parque celebraria o 100º aniversário de sua atração mais conhecida: a roda-gigante de 45 metros de altura.

Mas a Covid-19 e a ausência de turistas estrangeiros ocasionaram o primeiro fechamento da roda-gigante no verão desde sua abertura em 1920, encerrando um período de atividade que sobreviveu até mesmo à Segunda Guerra Mundial.

- "O parque de diversões do povo" -

"Não conseguiremos ganhar dinheiro o suficiente para pagar o aluguel nesta temporada. De fato, estamos analisando seriamente vender o negócio", lamenta Michael Sarrel, dono do Ruby's Bar and Grill, um restaurante que atende os turistas desde 1934.

Localizada no extremo sudoeste do Brooklyn, Coney Island começou a receber atrações em 1880 e é conhecida como "o parque de diversões do povo" em Nova York.

Em um ano normal, cerca de sete milhões de pessoas comparecem à sua praia lotada e passeiam por seu calçadão, assistem ao concurso anual para ver quem come mais cachorro-quente, deliciam-se com ostras fritas, ou algodões-doces, e desfrutam de seus brinquedos de atração.

Após anos de declínio da área entre os anos 1970 e 1990, Coney Island foi revitalizada desde o início do século.

A limpeza e as melhorias da área também provocaram uma batalha por sua alma, já que várias negócios pequenos e familiares desapareceram e foram logo substituídos por redes caras.

- Gentrificação -

Um porta-voz do governo municipal de Nova York disse à AFP que estão "trabalhando com parceiros" em Coney Island sobre maneiras de "manter seu encanto".

Mas os comerciantes apontam que não receberam ajuda suficiente para sobreviver à crise.

Os empréstimos governamentais de proteção foram suficientes para cobrir apenas um par de semanas de gastos, disse à AFP a diretora-executiva da Aliança para Coney Island, Alexandra Silversmith.

Coney Island sobreviveu a outras crises no passado, especialmente a passagem do furacão Sandy em 2012, que destruiu comércios e atrações.

Os proprietários das atrações afirmam, porém, que tem sido mais difícil com a pandemia: junto com a devastação financeira veio o trauma psicológico de não saber quando poderão reabrir.

Local foi escolhido pelas autoridades de Nova Iorque. (David Dee Delgado / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

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A prefeitura de Nova Iorque financiou a pintura da frase “Vidas negras importam”, que ocorreu nesta quinta (9), diante da Trump Tower, o principal edifício empresarial do presidente norte-americano, acusado pela oposição a seu governo de adotar posturas racistas. O prefeito Bill de Blasio é um dos principais críticos a Trump e já chegou a ensaiar, no ano passado, uma corrida eleitoral para concorrer ao pleito presidencial de 2020. As informações são do jornal The New York Times.

"As vidas negras são importantes em nossa cidade, e as vidas negras são importantes nos Estados Unidos da América", alfinetou De Blasio, que participou da pintura, na Quinta Avenida. 

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Desde o início de seu mandato, Trump vem convivendo com atritos com autoridades de seu estado de origem, incluindo o procurador de Manhattan, que o intimou a pagar oito anos de impostos pessoais e comerciais.

O edital público de artes que financiou a pintura foi anunciado no mês passado, e o local de sua impressão foi escolhido pelas próprias autoridades locais. "Vamos mostrar a Donald Trump o que ele não entende. Vamos pintar na frente do prédio dele”, afirmou De Blasio.

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