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Os brasileiros Frei Betto e Leonardo Boff, expoentes da Teologia da Libertação, se disseram esperançosos com a eleição do argentino Jorge Bergoglio como novo Papa, e consideram que a escolha do nome Francisco pode indicar que trabalhará pelos pobres. "Nunca houve um Papa com este nome, São Francisco de Assis. É muito significativo por três razões: é símbolo da ação pelos pobres; da ecologia, pelo amor à natureza; e terceiro, foi um santo que sonhou que a Igreja estava desmoronando e que precisava reconstruí-la", disse nesta quinta-feira à AFP o escritor e frade dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, mais conhecido como Frei Betto.

O novo Papa "está consciente da crise da Igreja, da necessidade de uma reforma séria, começando pela Cúria Romana. Isso me deixa esperançoso", acrescentou. "Estou satisfeito de que seja latino-americano, argentino. Mas Deus continua sendo brasileiro, isso é claro. É nosso consolo", acrescentou aos risos.

Frei Betto indicou que desconhece a atitude de Bergoglio durante a ditadura militar argentina (1976-1983), mas afirmou que teme que sua eleição tenha sido decidida em parte sob a lógica de que a Igreja deve neutralizar o avanço do "progressismo político" na América Latina, onde a esquerda -e o secularismo- ganharam terreno na última década. "Temo que o Papa possa se prestar a isso, mas veremos como irá se manifestar", afirmou.

Leonardo Boff, outro dos pensadores da Teologia da Libertação que surgiu na América Latina após o Concílio Vaticano II (1962-1965), descreveu o Papa Francisco como um homem "sóbrio, sério, simples". "O Papa Francisco é uma promessa. Primeiro pelo nome: São Francisco recebeu de Cristo o pedido de reconstruir a Igreja. Francisco é o irmão universal", declarou em sua conta no Twitter este teólogo que pendurou a batina em 1992, oito anos depois de ser condenado ao silêncio obsequioso (proibição de publicar e ensinar) por Joseph Ratzinger, logo depois designado Papa Bento XVI.

Boff também destacou a humildade do novo pontífice, que "inovou" ao pedir a benção do povo no momento em que foi anunciada sua escolha. O sacerdote e teólogo suíço Hans Kung, uma das figuras mais progressistas da Igreja, declarou que está "feliz" com a esta eleição. "É um homem culto, jesuíta, com uma formação sólida. Também é um homem sensível, simples", acrescentou à emissora italiana Rai Radio 3 este crítico do anterior Papa, Bento XVI.

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Um sol forte e muito calor foram o presente de Recife e Olinda nesta terça-feira (12), dia em que as cidades completam idade nova. Em um dos cartões postais da mais velha, Olinda, que faz 478 anos, a Praça da Sé reuniu muitos turistas na manhã desta terça. Já no Recife, que completa 476, a orla de Boa Viagem estava repleta de gente que tirou a manhã para caminhar. 

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Morador de Boa Viagem, Manoel Ambrósio de Queiroz, de 74 anos, sempre pratica exercício e joga conversa fora com os amigos na orla da praia. Neste aniversário de Recife, ele alega que ainda há muitos problemas que devem ser resolvidos na cidade, principalmente, os relacionados à infraestrutura. “Existe uma disputa entre prefeitura e os proprietários de imóveis. Não se define que tem responsabilidade pela manutenção das calçadas. Você vê galerias sem tampas, esgoto escorrendo pelo meio fio, colocando em risco a vida de quem passa pelo local”, enumerou o aposentado que mora no bairro há 33 anos

As amigas Feliciana Brito, Dalva Xavier e Dilva Darce, também moradoras de Boa Viagem, afirmam que gostam muito de onde moram. “Eu não me mudaria daqui, eu adoro o Recife. É uma cidade muito bonita”, explicaram. 

Já no centro, onde o ponto forte é o comércio, a dona de uma banca de revistas destacou o crescimento da cidade. “Está melhorando e mais a cada ano. Tem mais ônibus que faz integração e facilita a volta do trabalhador para casa. Ainda tem mais posto médico e alguns vão até as residências dos pacientes”, disse a comerciante Ana Daniela Cavalcante, de 35 anos.

Em Olinda, algumas reclamações são feitas por moradores do bairro de Rio Doce, em relação à falta de segurança e iluminação pública. “Gosto muito daqui, tem mais emprego e mais oportunidade, mas quando chega 17h tenho que fechar a porta do meu comércio por que está sem luz no poste e tem assalto. Alguns aproveitam para usar drogas”, relatou Jerusa Maciel, 38, moradora da Vila Olímpica. 

Na Cidade Patrimônio, o Alto da Sé recebeu turistas de várias partes do mundo que atracaram estes dias em cruzeiro no Recife. Eles foram avisados pelos guias que hoje era aniversário da cidade e quem comemorou foram os artesãos do espaço, que aproveitaram o movimento atípico para um dia de semana. “É uma oportunidade boa de ganhar dinheiro”, afirmou o artesão em madeira, Belmiro Oliveira, 50. 

“É um orgulho pra mim comemorar o aniversário de Olinda e estar junto a ela neste aniversário. Orgulho de ser olindense e pernambucano”, afirmou o artesão que é morador do bairro de Bonsucesso há 23 anos. 

Quase dois em cada três brasileiros são a favor de cotas em universidades públicas tanto para negros quanto para pobres como para alunos da escola pública. Pesquisa nacional do Ibope feita a pedido do Estado mostra que 62% da população apoia a implementação dos três tipos de cotas - mecanismos que facilitam o acesso desses segmentos sociais às vagas do ensino superior.

Há variações significativas, porém. O grau de apoio muda de região para região, entre classes sociais, de acordo com a cor da pele do entrevistado e segundo o seu grau de escolaridade.

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Outra constatação importante da pesquisa é que há um apoio significativamente maior às cotas que levam em conta a renda (77%) e/ou a origem escolar (77%) dos pretendentes às vagas que às cotas baseadas só na cor autodeclarada do aluno (64%).

Em contraposição aos 62% que apoiam todos os tipos de cotas, 16% dos brasileiros são contra qualquer uma delas, segundo o Ibope. Os restantes não souberam responder (5%) ou são a favor de um ou dois tipos de cotas, mas contra o terceiro: 12%, por exemplo, defendem cotas para alunos pobres e para alunos da rede pública, mas são contrários às cotas para alunos negros.

A oposição às cotas para pobres, negros e alunos da rede pública tende a ser maior entre brancos, entre brasileiros das classes de consumo A e B, entre pessoas que cursaram faculdade e entre os moradores das capitais e das Regiões Norte e Centro-Oeste.

Já o apoio à política de cotas nas universidades públicas é proporcionalmente mais alto entre quem estudou da 5.ª à 8.ª série, entre os emergentes da classe C, entre nordestinos e moradores de cidades do interior do País.

Essa diferença de perfil entre os contrários e os a favor sugere que aqueles que estão em busca de ascensão social e econômica tendem a ter mais simpatia por políticas que aumentem suas chances de chegar à faculdade, enquanto aqueles que já chegaram lá - a maioria sem ter se beneficiado desses mecanismos - têm maior probabilidade de serem contrários a esse favorecimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A palavra “direito”, em sentido de algo de que se dispõe, algo que se “tem”, é associada a uma faculdade de fazer, aí incluída as possibilidades de deixar de fazer e de impedir alguém de determinada conduta. Isso o que tradicionalmente se chama de direito subjetivo, no sentido literal de direito do sujeito, a facultas agendi do direito romano. Não qualquer faculdade, porém só aquelas que encontram proteção nas regras de direito, nas normas de agir (norma agendi). Sim, pois o ser humano dispõe de muitas faculdades que não constituem seu direito, tais como suicidar-se ou eliminar o próximo mais fraco. Já no século XIX, juristas como Rudolf Von Jhering e Bernard Windscheid afirmavam ser o conceito de direito subjetivo o mais discutido; ao lado do conceito de norma, tornou-se o mais importante da teoria geral do direito moderna.

Na tradição que vem pelo menos da Grécia antiga, uma das forças do jusnaturalismo, a doutrina do direito natural, estava exatamente na idéia de que há certos direitos que não dependem de reconhecimento por qualquer instância de poder que seja. Nesse sentido a metáfora sobre direitos “naturais”, entendendo-se como “natureza” as forças acima da vontade humana e mesmo independentes de sua existência. Desde pelo menos a Antígona, de Sófocles, essa é uma idéia milenar que ainda hoje mantém um forte apelo na tese dos direitos humanos universais.

Quando já adiantada a modernidade, aparecendo as primeiras idéias positivistas, a filosofia do direito debate-se entre duas grandes vertentes. A da tradição jusnaturalista: o ser humano tem certos direitos subjetivos pelo simples fato de ser humano, cabendo ao ordenamento jurídico objetivo reconhecê-los. E a do positivismo emergente: o ser humano tem apenas os direitos subjetivos que o ordenamento jurídico objetivo concede.

Isso pode ser detectado nas diferentes formas de contratualismo imaginadas por Jean-Jacques Rousseau e Thomas Hobbes, que podem ser aqui tomados como paradigmas.

O contrato social, para Rousseau, é estabelecido entre o cidadão e o Estado, consistindo de direitos e deveres recíprocos. Isso significa que o Estado pode exigir deveres do cidadão, sim, mas este também pode exigir deveres do Estado. Logo, se o cidadão conserva seus direitos subjetivos para contratar, ele os traz da vida natural para a vida social, limitando os poderes do Estado. O contrato constitutivo das sociedades humanas é assim bilateral e sinalagmático.

Em Hobbes, o contrato é entre os cidadãos, sendo o Estado o resultado e não parte do mesmo, pois os indivíduos abdicam de todos os seus direitos originários, desde que os demais cidadãos façam o mesmo. O Estado não tem qualquer dever para com o cidadão, já que todos os “direitos naturais”, no sentido bem literal do homem livre no estado de natureza, são transferidos ao Estado, o qual passa a ter direitos de vida e morte sobre o sujeito.

Logo, o ser humano entra na vida social sem quaisquer direitos, contentando-se com aqueles que o Leviatã houver por bem lhe conferir. Só em dois casos tem direito de resistir e pode rebelar-se: se o Estado quer matá-lo, pois o direito natural à vida é o mais fundamental, ou se o Estado não mais consegue manter a ordem do pacto social e proteger-lhe a vida dos ataques dos demais cidadãos, como no caso de guerra civil.

Tem-se então em Rousseau, mais fiel à tradição jusnaturalista, a prevalência do direito subjetivo e em Hobbes, a do direito objetivo. O dilema, claro para os juristas posteriores, é que, de um lado, o direito subjetivo se basearia em uma instância transcendente, difícil de detectar e controlar política ou juridicamente, tal como a “Vontade Geral”, as diretrizes da razão ou a vontade de Deus, como no caso dos jusnaturalismos; de outro, o sujeito fica à mercê do Estado, esmagado por sua onipotência, e o direito se esvazia de todo conteúdo ético válido em si mesmo, tal como nos positivismos, forçados a reconhecer como “direito” válido as mais cruéis ditaduras.

"Me sinto como um tablete de manteiga que é esticada esticada para cobrir um pão grande demais." disse Bilbo Bolseiro em O Senhor dos Anéis: A irmandade do Anel. 10 anos depois do início da bem sucedida franquia de fantasia, temos essa mesma sensação ao assistir O Hobbit: Uma Jornada Inesperada.

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Dirigido pelo mesmo diretor da trilogia anterior que arrebanhou 11 oscars no último filme, Peter Jackson, o filme serve como o prelúdio para a saga mostrada 11 anos antes, mostrando a saga de Bilbo, o tio aventureiro do protagonista Frodo de O Senhor dos Anéis. 

Para recriar a terra média, o diretor voltou a Nova Zelândia e aos estúdios da WETA digital para recriar os detalhes do mundo criado por Tolkien em sua obra O Hobbit. Antes dele, dois outros diretores abraçaram e abandonaram o projeto, um deles ficando nos créditos como roteirista, Guilhermo Del Toro (O Labirinto do Fauno). O Hobbit foi um livro escrito para seu filho quando este era criança, e tal influência é sentida nos personagens, muito mais cômicos e menos sérios do que os apresentados na trilogia anterior.

As comparações são inevitáveis. O trabalho visual de O Hobbit continua forte com a direção de fotografia de Andrew Lesnie e o excelente trabalho musical de Howard Shore. Bilbo é mostrado tanto em sua versão mais idosa já vista em O Senhor dos Anéis como a versão aventureira mais jovem interpretada de maneira confortável por Martin Freeman (da série britânica Sherlock).

Junto com eles estão rostos conhecidos de personagens como Gandalf (Ian Mackellen) e alguns novos como os anões liderados por Thorin (Richard Armitage, que fez uma forte carreira de TV). Bilbo é recrutado de maneira relutante por Gandalf para ajudar os anões a penetrarem em sua montanha natal que foi conquistada por um dragão. Existem também participações especiais de Elrond (Hugo Weaving) e Galadriel (Cate Blanchett), além de Saruman (Christopher Lee).

O tom é mais leve que o dos filmes anteriores, e fora Thorin, a maior parte dos anões serve de alívio cômico em bom pedaço do filme. Ainda assim, Jackson carrega nas tintas para dar a Thorin uma presença quase trágica em cena, e não faltam momentos épicos e outros mais divertidos, como a festa inesperada na toca de Bilbo e combates com Orcs nas profdezas de uma montanha.

Mas, diferente de O Senhor dos Anéis, o Hobbit é uma história mais simples e com menos voltas que seu parente anterior. As imagens, embora ainda bem feitas, são hoje em dia o lugar comum dos filmes de fantasia, e portanto, não exercem a mesma fascinação do trabalho de Jackson de 10 anos atrás. Dá a sensação de estarmos assistindo o mesmo filme novamente.

Numa decisão claramente mercadológica, a história foi preenchida para caber em três filmes diferentes, uma escolha que é visível no desperdício de tempo dedicado a planos abertos que mostram a terra média, na duração das seqüências de ação e diálogos desnecessários a história do filme.  Algumas seqüências, como a inicial, são demasiadamente longas: O filme efetivamente começa mais de 15 minutos depois do início da sessão. Com duas horas e quarenta minutos, a terra média parece um lugar bem menos interessante do que era dez anos atrás.

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada foi gravado numa tecnologia de captação, chamada de High Frame Rate (HFR) 3d, que duplica a quantidade de quadros exibidos por segundo no filme. O sistema permitiria em teoria um movimento mais suave e fluido, particularmente nas versões em 3d. Não foi possível para o Leiajá  verificar a eficácia e os efeitos desta tecnologia sobre o filme, já que a sessão para a imprensa organizada pela Espaço Z e a UCI cinemas foi exibida em película analógica 2d e não em versões digitais. Estas versões, porém, estarão disponíveis para o público recifense.







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O candidato Humberto Costa (PT) comentou após sua votação, neste domingo, sobre o balanço dessas eleições. Entre outros assuntos, o candidato comentou sobre o uso da máquina pública e sobre esta ter sido uma das campanhas mais milionárias da história do Recife.

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O Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo. Estamos acima da média tributária mundial, de 27,1%, e da média latino-americana, de 28,1%. Aqui, o imposto médio sobre uma empresa é de 34% sobre a receita anual e os impostos brasileiros sobre o setor privado são superiores aos cobrados em países como o Chile, México e Uruguai. E, ao contrário de outros países, o Brasil vem apresentando um aumento nas taxas desde 1998, chegando a 32,6% em 2009.

Uma das principais causas para o aumento da carga tributária brasileira está no aumento dos gastos públicos. Após a estabilização do Real, o Brasil reduziu a emissão de moeda e, para financiar os gastos foi preciso aumentar a carga tributária. Pagamos imposto sobre quase tudo. Pagamos a tributação sobre sua renda, que é o imposto de renda mais o INSS. Pagamos a tributação sobre os patrimônios, principalmente o IPTU e o IPVA e pagamos também tributação sobre consumo, os tributos que estão embutidos no preço dos produtos e dos serviços, sendo estes os que mais são sentidos pela população.

Se colocarmos em números, em média, são 18% de tributos sobre a renda, 3% sobre o patrimônio e 23% sobre o consumo, chegando a um total de 44% do rendimento apenas para tributação. O grande problema não está no pagamento, e sim, na falta do retorno dos impostos pagos pela população.

Entre os países integrantes do G8, os Estados Unidos, Canadá, Japão e Rússia têm impostos mais baixos que o Brasil. Estamos na última posição, abaixo inclusive do Uruguai e Argentina, na posição dos países que investem em serviços como educação, saúde e segurança, em resposta aos tributos pagos pelos contribuintes. Ou seja, somos o país que menos devolve a população em serviços públicos o valor de impostos que se paga, conforme afirma o Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES).

Em um contexto federativo, não há uma distribuição igualitária das receitas tributárias, de modo que inexiste um sistema justo em favor das unidades federativas economicamente mais frágeis ou menos privilegiadas, o que dificulta o acesso, por parte do cidadão, aos serviços públicos com o padrão mínimo de qualidade e que deveria ser disponibilizado através da cobrança desses impostos.

Se compararmos com os países europeus, lá a tributação é mais justa, uma vez que ocorre principalmente sobre a renda, para depois recair sobre as contribuições sociais e, por último, sobre o consumo. Infelizmente, temos uma carga tributária de país europeu, acima de 30% da renda, mas uma estrutura fiscal que privilegia mais os ricos do que às classes média e baixa, visto que a tributação sobre o consumo pesa mais sobre a população de menor renda, ou seja, faz com que quem ganhe menos acabe pagando mais tributos, pois não se tem como diferenciar tributação sobre alimentos que é pago pelo pobre ou pelo rico, já que ela é exatamente a mesma – o que acaba tornando o sistema tributário injusto.

Devemos construir a consciência de que os impostos têm a finalidade de fomentar o desenvolvimento social e de financiar os serviços públicos, e quando aplicados de forma correta – em educação, saúde, saneamento básico e tantos outros serviços necessários à população – proporcionam um desenvolvimento econômico-social que nos levará ao grupo dos países desenvolvidos, em que economia e qualidade de vida são equivalentes.

Cabe a nós cobrar que as aplicações sejam feitas de forma coerente.

Um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e divulgado nesta sexta-feira revelou que 38,4% das 2 mil pessoas consultadas deixaram de comprar algo devido à preocupação com a crise internacional. Mas a maioria, 60,8%, não alterou seus hábitos de consumo.

O levantamento questionou os entrevistados sobre a situação da economia brasileira. Para 48,8%, a economia brasileira está crescendo; 43,2% acreditam que ela está estagnada; e 4,6% acham que ela está diminuindo.

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A maioria dos consultados também mantém o otimismo em relação ao cenário econômico do País. Na pesquisa, 53,7% acham que a economia vai crescer; 35,5% acreditam que ocorrerá uma estagnação e apenas 6,4% acham que vai diminuir.

A pesquisa, que foi feita entre os dias 18 e 26 de julho deste ano, em cinco regiões do País, tem margem de erro de 2,2 pontos porcentuais, para baixo ou para cima.

O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) teve avaliação positiva de 56,6% da população, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT). Para 7% da população, o governo Dilma teve avaliação negativa.

A última pesquisa da CNT havia sido feita em parceria com o Instituto Sensus, em agosto do ano passado. Na época, o governo Dilma recebeu avaliação positiva de 49,2% da população e negativa de 9,3%. Os resultados das pesquisas são comparáveis porque seguiram a mesma metodologia.

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De acordo com a pesquisa, 75,7% da população aprova o desempenho pessoal da presidente, e 17,3% desaprovam. Na pesquisa de agosto do ano passado, 70,2% aprovavam o desempenho de Dilma e 21,1% reprovavam.

Segundo o levantamento, 15,9% dos consultados acreditam que Dilma está fazendo um governo melhor que o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, para 34,6%, o governo Dilma tem sido pior que o governo Lula. Para 48,2%,os governos estão iguais.

Recentemente li um post interessante  escrito por um funcionário da Microsoft que havia deixado a companhia para juntar-se ao Google e depois retornou após descobrir que a grama não era tão verde assim lá do outro lado da cerca. O Google é bem conhecido por fornecer um dos melhores ambientes de trabalho do mundo, mas como muitas companhias que têm sido reverenciadas de forma similar, parece estar eliminando esse ambiente, pelo menos de acordo com este post. Tudo isto soou muito familiar e vejo no Google uma repetição de todos os erros catastróficos cometidos pela IBM, Apple, Microsoft, Netscape, Sun, e Yahoo em algum momento da história das comapnhias.

Deste grupo, a Microsoft sobreviveu, a IBM está quase restaurada e a Apple, na verdade, se tornou maior do que nunca, sugerindo que o padrão não precisa ser terminal. Mas a Sun, Netscape e possivelmente o Yahoo ilustram que esse pode ser certamente o fim de empresas que um dia foram bem sucedidas. Vamos dar uma olhada em como a falta de capacidade da Google de aprender com os erros dos outros está ambientando o palco para seu fracasso.

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O blog Microsoft-Google-MicrosoftVárias vezes em minha própria carreira eu poderia ter escrito algo similar ao post que descreve como o Google perdeu sua forma. Ele conta a triste história de uma companhia que iniciou fundada com pó de fada e sonhos e que, de repente, teve de enfrentar duas realidades: perder o foco e começar a ser tornada obsoleta pelo Facebook. O que é interessante é que o escritor, James Whittaker, deixou e depois voltou para a Microsoft. Imagino que isto seja devido ao fato de a Microsoft estar em um estado estável, enquanto o Google está em transição, e transições são incrivelmente dolorosas e desmotivadoras, principalmente quando elas vêm à custa de queridos direitos.

Whittaker também conta a história de uma companhia que perdeu sua essência e que tem a necessidade desesperada de ser vista como bem sucedida. Uma companhia que interpretou errado o conselho de Steve Jobs sobre ter foco e simplicidade. O Google está simplificando e se focando nas pessoas, o que é algo consistente ao conselho de Jobs, mas a companhia parece ter pulado a parte sobre decidir no que eles são bons e focarem-se nisso. O Google ainda parece estar atrás da Microsoft, Apple ou, neste post, do Facebook.

A IBM agora está mais focada Quando passei por um problema semelhante pela primeira vez, eu era um analista interno da IBM. A companhia dominava o mercado da tecnologia e estava operando atualmente sob o modelo que conhecemos por SaaS. De fato, era ainda mais avançado. Tudo era basicamente serviço. Líderes corporativos viram os computadores pessoais emergirem e a Apple crescer como uma ameaça. Responderam a essa ameaça através da criação do IBM PC e da formação de uma parceria com a Microsoft para formar um bloqueio para a Apple e então eles viram a Sun aparecer e decidiram sacrificar a estrutura principal no altar da computação cliente-servidor. Depois, identificaram a Microsoft como uma ameaça e decidiram fazer softwares terceirizados para a plataforma OS/2.

Cada tentativa de se tornar outra companhia enfraqueceu a IBM a um ponto onde a empresa quase foi à falência. Agora que a IBM mudou suas engrenagens e está se focando em ser a melhor IBM que ela pode ser, sem tentar parecer ser o Google ou o Facebook, suas ações estão sendo negociadas pelo preço mais alto do que eles já venderam.

A Microsoft ainda encara desafios A próxima da lista é a Microsoft, a qual o sucesso foi ligado à terceirização de software. Os engenheiros de hardware nunca entenderam o software realmente e a grande ideia da Microsoft foi a de fornecer serviços terceirizados. Primeiro o fizeram para a Apple e depois para a IBM. O que, eventualmente, resultou no Windows. Contudo, a IBM ficou preocupada por estar tendo seu lugar tomado pela Microsoft, e então as duas companhias entraram em guerra. A Microsoft começou a vender diretamente para corporações.

Depois, a Microsoft viu a AOL como uma ameaça e criou o MSN, mas faltou a parte de Web nele e ele foi emboscado pelo Netscape. No processo, a Microsoft perdeu o foco nos usuários e nos OEMs. Começou a se preocupar com o fato de a Sony estar planejando transformar o PlayStation em um PC e então criou o Xbox, o que mais tarde alienou os OEMs e, basicamente, acabou com o negócio de jogos de computador.

Finalmente, o Google chegou e a Microsoft gastou bilhões tentando ser melhor que o Google. Mas a Microsoft não pareceu entender o modelo central do Google. O modelo uma vez imbatível de software terceirizado para a plataforma Windows já não era mais tão imbatível assim. A Microsoft continua, mas os OEMs que inicialmente fizeram a companhia imbatível agora estão usando o Google, e a Microsoft perdeu seu lugar no campo dos smartphones e tablets.

A Apple, que uma vez esteve perto de seu fim, agora está mais forte que nunca A Apple, que começou como uma companhia de computadores pessoais, teve seu lugar inicialmente tomado pela Commodore, que se focava melhor no cliente, e quase chegou ao seu fim tentando ser uma melhor fornecedora de computadores para negócios. Após perder Jobs, a Apple pareceu ter se perdido, primeiro ao tentar ser como a Compaq, Sony/HP e então Microsoft. A companhia expandiu massivamente suas linhas de hardware e depois se aventurou em softwares terceirizados através do licenciamento com o MacOS.

A Apple estava apenas meses de distância de falir quando Jobs voltou. Ele reconcentrou a companhia nos negócios voltados aos clientes de computadores e então, prevendo que o crescimento do PC estava diminuindo e reconhecendo que acertaria a Microsoft em seu ponto fraco, passou para o entretenimento. O novo foco nos clientes e na excelência permitiu que a companhia recriasse a sua própria imagem. A Apple é a única empresa que, após perder seu foco, emergiu mais forte do que em sua melhor época.

O Netscape culpou a Microsoft equivocadamente O Netscape foi o primeiro exemplo do que acontece ao esquecer sua essência. O Netscape era a Internet e, quando as pessoas inicialmente começaram a usar a Web virtualmente, todas elas utilizavam um produto Netscape. Mas o Netscape não conseguiu entender como fazer o que o Google eventualmente viria a fazer mais tarde: monetizar a Web da forma correta. No lugar disso, a companhia decidiu focar-se em eliminar a Microsoft.

Milhões de dólares foram gastos  por muitas companhias nas últimas três décadas neste esforço de derrubar a Microsoft do que de qualquer outra estratégia fracassada, e isso ocorreu com quase todas as companhias. O que é fascinante é que quando você conversa com um ex-executivo do Netscape, ele irá muitas vezes dizer que a companhia foi retirada dos negócios pela Microsoft, a qual, em uma briga similar com o Google, não tem tido muito sucesso. Cada grande fracasso levou a uma decisão tomada pelos executivos do Netscape que era ligada, em grande parte, a algo que não tinha nada a ver com seu domínio da Internet.

O sol se pôs para a Sun ao passo que ela tentava ser a Microsoft A Sun protagonizou algo similar ao efeito que o Google teve para a Microsoft com a IBM. A companhia foi, em grande parte, responsável por fazer a IBM esquecer seu modelo de sucesso e quebrar sua fórmula. Mas logo depois a Sun se fixou na Microsoft, criando uma estratégia que ‘comoditizava’ a indústria, ainda que não fosse conseguir sobreviver em um mercado de comodities. Resultado: a Sun causou uma quantidade significativa de danos a Microsoft, mas, durante esse processo, faliu.

A Sun foi um dos exemplos mais catastróficos do que ocorre quando uma companhia esquece seu propósito e foca-se excessivamente no modelo de outra companhia. Na realidade, a Sun deveria ter entendido que ela não era uma concorrente direta da Microsoft e sim ter identificado a IBM, HP e a crescente Dell como suas rivais primárias. A Sun estava em guerra com o modelo de terceirização que a Microsoft representava, mas em vez de seguir os passos da Apple e focar-se em concluir soluções e ser proprietária das mesmas a Sun tentou se transformar na Microsoft e foi paralisada no meio dessa transição.

Yahoo: A história mais triste de todas Talvez a companhia que mais esteja sofrendo seja a Yahoo. Possuía redes sociais antes de começarmos a chamá-las de redes sociais. Ainda mais triste é o fato de que a AOL e a Compuserve (que se fundiram) também as possuíram, antes do Yahoo. O Yahoo se fascinou pelo Google, companhia na qual o Yahoo pôs um grande investimento. Mas em vez de alavancar a parceria e reconhecer que o Yahoo estava mais perto do objetivo de fornecer informações de propaganda de alto valor do que o Google (dado o envolvimento mais acentuado dos clientes), os executivos da companhia foram atrás do objeto brilhante além do Google e o perseguiram.

É irônico que o Facebook seja hoje a maior ameaça ao Google e tanto a Microsoft quanto o Yahoo não tenham sido nada além de um estimulo que manteve o Google focado na sua busca. De fato, vou argumentar que caso os dois tivessem evitado o negócio de buscas, o Google teria se tornado tanto regulado como um monopólio óbvio e  vulnerável aos avanços na tecnologia que teria deixado passar.

O Yahoo perdeu sua essência completamente e foi forçado a processar o Facebook por causa de uma tecnologia que ele não utiliza mais. Em vez de ser uma fornecedora  dominante de redes sociais a companhia é agora um exemplo patético do que acontece quando se perde sua essência.

A Google em negação, a beira do precipício A Google está no negócio de propaganda e ainda assim parece estar em algum tipo de estado de negação. Todo o seu foco deveria estar centrado em encontrar maneiras de tornar as propagandas na internet mais rentáveis e em ser a fonte primária de gestão de receitas de propagandas para todos. Sua fórmula vencedora estava monetizando a Web, constituída na verdade por um super conjunto de propagandas. Mas é claro, institucionalmente, que a Google está em negação sobre a fonte real de seu sucesso.

A Google deveria ter trabalhado para ter a Microsoft e o Facebook como seus parceiros, não concorrentes. Julgando pelo blog do ex-funcionário da Google que nos botou para pensar, a Google parece estar deixando a ideia de se tornar a Microsoft e tentando se tornar o Facebook, e fracassando nesse processo.

O que é particularmente triste é que a Google parece ter vindo ao mercado com a ideia de ser uma anti-Microsoft, com a percepção implícita de que a gigante dos softwares era uma força do mal. Hoje, se você fizer uma busca nas duas companhias, você possivelmente encontrará referências durante os últimos cinco anos que denunciam que a Google está fazendo mais coisas ruins do que a Microsoft.

Essa busca sugere que nas melhores universidades (e a Google só contrata das melhores) eles simplesmente não ensinam muita história e, possivelmente, aparentam focarem-se em falar mal de quem esteja no poder, o que indica que a próxima geração possivelmente sairá da faculdade desejando acabar com a Google, bem como a geração do Google, que saiu desejando destruir a Microsoft, que por sua vez teve uma geração que entrou no mercado querendo tomar o lugar da IBM.

Será que o Facebook poderá evitar tais erros? Dada esta tendência, o Facebook pode parecer ser a próxima companhia a cometer o erro de esquecer sua essência e focar-se excessivamente em outra companhia. A Pinterest começou a emergir como uma desafiante a coroa e, enquanto a Pinterest está no espaço do Facebook, seria tolo tentar ser uma Pinterest melhor se isso significasse abandonar tudo pelo o que o Facebook já é conhecido. Por hora, não há indicação de que o Facebook esteja cometendo esse erro, mas dado o histórico de outras empresas é fácil imaginar que ela eventualmente o fará, seja para ir atrás da Pinterest ou de alguma outra companhia.

Três passos fáceis para destruir uma companhia A lição? Parece existir um caminho bem definido sobre como destruir uma companhia de sucesso. Tudo começa de dentro, com a companhia esquecendo sua essência ou deixando de entender a fórmula que criou o seu sucesso em primeiro lugar. Segue-se com um foco excessivo no concorrente, o que faz a companhia competir com aquele novo concorrente na zona de conforto do mesmo. Tudo isso termina com uma série de esforços mal executados e cada vez mais desesperados para se tornar a companhia que tanto os assusta.

Reciprocamente, existem três passos fáceis para garantir o sucesso. Conheça sua fórmula para o sucesso e a proteja. Concentre-se no objetivo – o cliente – não no competidor. E tente ver para onde o mercado está caminhando e chegue lá antes, o que normalmente significa que você precisará guiar o mercado para aquele objetivo.

A IBM e a Apple representam o que pode acontecer quando executivos esquecem a essência e, mais recentemente, elas são índices de como competir em um mercado que muda constantemente.

Seria sábio para os executivos atuais, particularmente aqueles do Google, darem um passo atrás e decidir se eles querem ser a próxima IBM ou Apple ou a próxima Netscape ou Yahoo.

Eu sei em qual lado eu gostaria de estar, ainda assim continuo a me surpreender com o número de executivos que estão fazendo estratégias que os colocam no caminho mal sucedido.

Como é aquele antigo ditado? Aqueles que não aprendem com a história estão condenados a repeti-la? Pode parecer que, a menos que algo mude, este possa ser o epitáfio do Google.

No centro deste padrão estão os conceitos de predisposição de confirmação, a noção de que favorecemos raciocínios que confirmam nossas crenças e uma armação para explicar porque o raciocínio muitas vezes resulta em decisões irracionais. Uma vez que você entenda isso, você poderá explicar porque os executivos cometem esses erros repetidas vezes.

Texto produzido por Rob Enderle, que é presidente e analista chefe do Grupo Enderle. Anteriormente ele era o ‘Senior Research Fellow’ dos Grupos Forrester Research e Giga Information. Antes disso trabalhou para a IBM ocupando cargos de auditoria interna, análise competitiva, marketing, finanças e segurança. Atualmente Rob escreve sobre tecnologias emergentes, segurança e Linux em várias publicações e aparece em programas de TV nacionais que incluem os canais CNBC, FOX, Bloomberg e NPR.

 

Por Joana Barros*

As dúvidas sobre qual a atividade física ideal para manter a forma e aliar essa prática com a saúde do corpo são várias. Muitas querem saber: “estou na menopausa e o que faço para diminuir seus sintomas?”, “qual o treino adequado para aumentar coxas e glúteos?”, “devo praticar exercícios quando estou na TPM?”, “depois que tive filhos, minha barriga não é mais a mesma, e agora?”.

O Universo feminino engloba muitas indagações e desejos, mas estou aqui para esclarecer sobre alguns e indicar qual o caminho para que seus objetivos sejam alcançados, sejam eles ligados a saúde ou estética. Com tantas mudanças hormonais comuns na menopausa, que ocorre geralmente por volta dos 51 anos, devemos aproveitar todos os meios para amenizá-la. Durante essa fase a mulher reduz ou para de produzir estrogênio, que é responsável pela distribuição de gordura corporal e características femininas.

Segundo Guimarães e colaboradores (2011) da Revista brasileira de atividade física e saúde, alguns sintomas da menopausa são irritabilidade, depressão, insônia devido a suores noturnos, diminuição da atenção, memória, concentração da gordura corporal em locais como quadril e abdômen dentre outros. Com isso a prática de atividades físicas vem para minimizar tais sintomas, afinal durante os exercícios liberamos hormônios responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar, dentre eles a cerotonina e endorfina e ainda eliminamos a gordura localizada.

Para as que querem hipertrofia nas pernas e glúteos devem praticar treinamento de força (musculação) no mínino três vezes por semana com duração média de 50 minutos à uma hora. A série deve ser elaborada de acordo com sua individualidade biológica, restrições e objetivos. Utilize o máximo de carga que puder, a depender do grau de treinabilidade que você se encontra, porém treine seus músculos e não o ego. Use cargas que possibilite você realizar seus exercícios com qualidade.

Durma bem, afinal processos metabólicos são mais efetivos durantes o sono e temos a liberação de alguns hormônios ligados ao anabolismo, dentre eles o hormônio do crescimento (GH). Deixe o medo de lado e tente novos tipos de treino e exercícios, nossos músculos reagem mais rapidamente a novos estímulos. Exercite os músculos dos membros superiores, afinal, não vale a pena ter pernas lindas e desenhadas enquanto os braços estão flácidos.

E quando estamos ‘naqueles dias’ e ficamos emotivas, impacientes, indispostas, com dores abdominais e até mal-humoradas? Então devemos encarar qualquer atividade física que proporcione prazer, reduzindo os sintomas e principalmente as incômodas dores abdominais. Elas ocorrem devido à retenção líquida comum do período menstrual. Com as contrações abdominais provocadas pelos exercícios, a força aplicada nesta região expulsa o fluxo reduzindo o inchaço e a retenção líquida. Nesse caso o recomendado são exercícios aeróbicos como caminhada e corrida que são exemplos simples e práticos.

Por fim se você precisa eliminar aquelas ‘gordurinhas’ e/ou flacidez que ficaram após o parto, o indicado são os exercícios associados a um treino de fortalecimento muscular do abdômen. Esses devem ser feitos especialmente para você, assim o treino ajudará os músculos dessa região a voltarem à posição aproximada já que eles (músculos) se afastam no período de gestação para dar espaço acomodando o bebê. Alerto que a prática só é indicada após liberação médica.

Por esses esforços e outros motivos é que devemos comemorar todos os dias a vitória de ser mulher. Já que é nossa uma das maiores dores, também somos exemplo de força, mesmo que a sociedade direcione esse mérito apenas a imagem masculina. Somos nós que abraçamos o filho, com um sorriso no rosto, após um doloroso parto. Então meus ‘Parabéns’ vai para você mulher que acorda cedo para trabalhar, alimenta-se adequadamente, foca em resultados e mesmo que demore a chegar ao corpo ideal não desiste. O reconhecimento também é para você que mesmo que não tenha objetivo estético, preza pela saúde que é o essencial.

*Joana Barros é Educadora Física e Especialista em Exercício Físico Aplicado a Reabilitação Cardíaca e Grupos Especiais.

Por Joana Barros*

Todos nós que temos um objetivo de alcançar bons resultados nos treinos, nos esforçamos para que tudo esteja conforme as dicas dos profissionais que nos orientam (educador físico e nutricionista). Porém sempre fica aquela indagação: O que devo comer antes e depois do treino para que meu corpo responda positivamente aos estímulos dados durante os exercícios?
Assim como uma reeducação alimentar é essencial para qualquer pessoa, devemos também ser esclarecidos a respeito de quais nutrientes devemos ingerir antes e após os exercícios.
 
Segundo o nutricionista Cleydson Sobral, a alimentação antes do treino deve conter nutrientes para fornecer energia, aumentar força e resistência, evitando uma possível fome e hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue) durante o treino. Evitando também um possível catabolismo muscular (desgaste energético muscular).
 
Ele complementa, que o interessante seria fazer uma refeição de em torno 60 a 90 minutos antes do treinamento. Logo, a individualidade sempre deverá ser respeitada. Essa refeição deve conter uma quantidade adequada de carboidratos complexos e proteínas. Esse carboidrato tem como objetivo aumentar o conteúdo de glicogênio nos músculos e no fígado, podendo ser um fator importante para melhorar o desempenho.
 
Após o treino, alimente-se também para que seu corpo reponha o que foi degradado durante os exercícios. Nesse momento o corpo está mais apto a receber os nutrientes que devem ser ingeridos logo após a prática dos exercícios. Nesse caso seria recomendado a utilização de carboidratos de alto índice glicêmico e proteína de elevado valor biológico, derivada da proteína do soro de leite.
 
Tudo isso depende da individualidade biológica de cada pessoa e da intensidade do treino. Sendo assim é importante procurar um nutricionista, pois a escolha do alimento depende do consumo diário de cada um. Lembre-se de jamais treinar com fome e hidratar-se durante as atividades.


* Joana Barros é especialista em exercício físico aplicado a reabilitação cardíaca e grupos especiais

Pergunta 1: o que tem de errado com Steve Ballmer, CEO da Microsoft? Pergunta 2: será o mesmo problema que assombrou os ex-CEOs da Research in Motion (RIM), Mike Lazaridis e Jim Balsillie? Pergunta 3: será que o problema vai perseguir o novo CEO da RIM, Thorsten Heins? Pergunta 4: e Tim Cook, sucessor de Steve Jobs na Apple? Pergunta 5 (e mais importante): como profissional de TI, você se importa com isso?

Minhas respostas às perguntas seguem na mesma ordem: 1- Falta de visão; 2- Sim; 3- Provavelmente; 4- Vai ser difícil prever; 5- Pode apostar que tem!

Vou explicar melhor começando com Steve Ballmer e dando ao homem o crédito que ele merece. Sob sua liderança os software da Microsoft avançaram muito em qualidade e segurança. E eu não diria que são totalmente justas as críticas sobre a incapacidade de inovar da empresa: o SharePoint, Lync e Live Meeting são produtos que levam a sério a inovação. E do meu ponto de vista um bocado de inovação está ocorrendo com o Visual Studio, Azure e Kinect.

A inovação portanto está lá, assim como a qualidade. O que está faltando é habilidade de juntar tudo num contexto coerente que faça sentido para quem olha de longe. Isso é o tal "storytelling", tão popular atualmente entre as conversas sobre liderança e gestão.

O conceito de visão não é bem compreendido do ponto de vista corporativo. Não é certamente beber um chá alucinógeno e andar por aí vendo cores deslumbrantes, dizer "Uau!" e suspirar de tempos em tempos. Ter visão é ser capaz de contar histórias - criar narrativas claras, estimulantes, fáceis de compreender que respondem a pergunta mais importante sobre os produtos que sua empresa tem para vender: prá que servem?

Vamos pegar o exemplo do conjunto SharePoint/Lync/Live Meeting. É uma tecnologia maravilhosa para empresas do século XXI, com funcionários do século XXI e gestão do século XXI. Empresas que precisam apoiar a colaboração informal entre seus empregados, não importa em que lugar o planeta eles estejam. E não dá pra dizer que você não ouviu da própria Microsoft explicação sobre esses produtos. Tem um bocado de informação sobre eles e sobre o que fazem. Mas o que está faltando é a história que diz o que eles podem fazer por você. É preciso visão para enxergar e habilidades narrativas para explicar.

Um exemplo de visão: quando a IBM anunciou o sistema de gestão de bancos de dados relacionais (DB2) ela também criou uma metodologia de design para acompanhar o conceito - as famosas "12 regras da normalização", de Codd e Date (que na verdade são 13 regras, mas que foram numeradas de zero a doze e isso virou piada nos círculos de TI desde então). Qualquer pessoa responsável na IBM pelo DB2 sabia que a metodologia de design era necessária para evitar que o cliente caísse na armadilha de replicar o caos anterior do seu sistema de dados ao adotar a tecnologia DB2.

Mas a empresa não se contentou com a metodologia, ela criou uma narrativa, uma história por trás dela. Na verdade a IBM criou duas narrativas atraentes: uma era o que a tecnologia poderia fazer por uma empresa e a outra era a diferença que o design de dados organizados poderia provocar na mesma empresa.

Quando a Microsoft lançou o SharePoint nada disso estava lá. Era puro lançamento de tecnologia que dava a impressão de que você continuaria com a mesma árvore de diretórios e a mesma lista de keywords com um pouquinho a mais de variação.  Acontece que o SharePoint (e, nesse mesmo contexto, toda a indústria de gestão de conteúdo) precisa de um conjunto de regras equivalentes às de Codd e Date, só que para dados desestruturados: um jeito organizado de desenhar taxonomias. A Microsoft certamente tem talento para criar essas regras. O que faltou? A visão para reconhecer que isso deveria ser parte do pacote.

Quando uma empresa vende seus produtos, seus gerentes de produto precisam ser capazes de vê-los do ponto de vista dos ambientes onde eles vão estar de forma que a relevância de seu uso seja destacada. Se os gerentes podem enxergar um cenário, eles podem criar narrativas atraentes que garantem que todos entendam que os produtos vão ajudá-los a fazer alguma coisa que não conseguiam fazer antes e como isso será conseguido.

Por falar de liderança sem visão, a RIM é um estudo de caso. E tristemente na minhão opinião seu novo CEO vai continuar a tradição.

Muito tempo atrás, quando a terra era jovem, os BlackBerrys eram objetos de desejo e alguns de nós ainda estávamos usando produtos da Palm. Os BlackBerrys eram um grande sucesso, mas com duas fraquezas visíveis: poucos usuários de BlackBerry queriam usar seus BlackBerrys como telefones celulares, por conta do formato do aparelho, da qualidade do som etc.; e aqueles de nós que preferiam usar nossos PDAs Palm sabiam que era possível achar muitas apps para a plataforma Palm mas muito poucas para BlackBerry.

Mesmo sem ter a visão de Steve Jobs, que eles precisariam ter para desenhar um equipamento como o iPhone, teria sido relativamente fácil para a RIM fazer seus equipamentos mais atraentes como celulares e criar um mercado de apps para eles. O que estava faltando? Lazaridis e Balsillie eram herdeiros intelectuais de Henry Ford. Ford teve a inspiração para criar o Modelo T, mas lhe faltou visão para entender que esse era apenas o primeiro passo na evolução do automóvel, não o último. Ao ter a primeira idéia ele continuou a repeti-la sem evoluir. Lazardis e Balsillie fizeram a mesma coisa.

Quando ao seu sucessor, Thorsten Heins, eu espero que ele esteja só disfarçando quando diz que a única coisa que falta à RIM é a capacidade de executar melhor. Por que, se ele está falando sério, então eu tenho algumas sugestões de quem a RIM deveria executar.

Na minha opinião, a RIM só tem um cartucho restante. Ela tem de usar como vantagem o único produto no qual ela ainda é competitiva: o BlackBerry Enterprise Server. Se a RIm descobrir um jeito de criar plug-ins de integração para outros smartphones e tablets - iOS, Android e Windows 8 - ela poderá sobreviver como uma empresa de infraestrutura. Quanto a seus smartphones e tablets eu sugiro parar de fabricar, porque não vão vender mesmo.

E esse pensamento nos leva a Tim Cook, CEO da Apple. Eu não o conheço, não circulamos pelos mesmos lugares. Sua experiência anterior é operacional, o que não é promissor mas também não pode ser considerado impeditivo para o sucesso. Seu grande desafio é o modelo de negócios da Apple, que foi construído em torno de Steve Jobs. Cook não vai ser capaz de preencher todos os papéis de Jobs na Apple, o que significa que ele vai ter de encontrar uma solução organizacional que transfira um monte de tarefas de Jobs para outras fontes.

Distribuir papeis antes assumidos por um só indivíduo para vários outros geralmente atrasa o processo de decisão: o que antes era formulado na cabeça de uma pessoa só, tem agora que ser criado e decidido pelo consenso de várias. Tavez Cook seja capaz de delegar. Para sua sorte, mesmo que não seja capaz de faze-lo, ele vai ter a chance de correr pegando o vácuo do momento atual da empresa. E por conta da cultura extremamente sigilosa da Apple, vamos ter dificuldade para saber o que de fato está acontecendo.

E o que tudo isso tem a ver com você? De um jeito ou de outro você é um líder de TI. Pode ser pelo cargo, ou pode não ser pelo título do seu crachá, mas se você se interessou pelo título desse artigo você está preocupado com o assunto e não apenas em sobreviver aos seus chefes.

Como dizer se você é um líder? Simples: os outros seguem o seu comando. É o exato significado da palavra. E se você quer que outros sigam seu comando, você precisa ser capaz de explicar para onde você acredita que eles devem ir. Isso vale se você é responsável pela implantação de uma tecnologia na empresa, pela adoção de uma estratégia de cloud computing ou pelo mero upgrade de um módulo de ERP.

O que quer que seja, você precisa primeiro ter a visão de como ele vai funcionar, e então ser capaz de compartilhar o filme que está em sua cabeça com todas as pessoas de forma que todos possam ver também.

Isso não é a soma e substância da liderança. Isso não é nem aquilo em que os líderes deveriam gastar a maior parte do seu tempo e energia, mas é, no entanto, o ponto de partida para tudo o mais que vem depois.

Bob Lewis é presidente da consultoria independente IT Catalysts, Inc., especializada em eficiência organizacional de TI e integração com negócios.

O trabalho de um CIO não é mais o que costumava ser. Já não são métricas de sucesso de um data center ou a alta disponibilidade de sistemas – agora os CIOs lideram os processos de negócio, e a tecnologia é uma ferramenta para isso. A métrica que uma empresa deve utilizar para medir o desempenho do seu CIO hoje é a sua agilidade em sugerir e implementar inovações tecnológicas alinhadas com o negócio. As empresas que não a utilizam - ou que restringem a capacidade de seus CIOs de maximizar a agilidade - terão grandes desafios no mercado atual.

Uma pesquisa anual da McKinsey sobre executivos de empresas de TI aponta que as organizações planejam gastar mais em tecnologias que irão ajudá-los a impulsionar a inovação. As expectativas para melhorar a eficiência dos processos de negócio permeiam 45% da opinião dos entrevistados. Por outro lado, 44% preveem redução dos custos de TI.

Destaca-se nessa pesquisa a evolução do papel do CIO, com crescente demanda por apoio na criação de valor ao negócio.  Cerca de 40% dos entrevistados indicaram que é prioridade para a empresa ter gestores de TI com informações para apoiar o planejamento, a tomada de decisão e a agilidade do negócio, número bem acima dos 30% constatados na mesma pesquisa há apenas um ano.

Para exemplificar melhor o que significa criar valor e agilidade para o negócio,  vamos falar de um exemplo prático. Suponha que uma empresa queira lançar um tipo de serviço que nunca vendeu antes, e que precisa ser vendido online, como uma assinatura. Primeiramente, será preciso modificar os sistemas de faturamento para processar os pagamentos de assinatura, e então trabalhar na interface no banco de dados do cliente. Os sistemas financeiros precisarão de ajustes para reconhecer rendimentos recorrentes e a empresa necessitará de um processo de entrada de pedido manual para solicitações via telefone. Por último, mas não menos importante, será necessário acrescentar alguns parâmetros adicionais para o site porque esse novo serviço é configurável. 

Agora, multiplique tudo isso por dois, cinco ou nove, pois é a quantidade de sites que a empresa opera globalmente. Por que existem tantos? Porque a empresa cresceu organicamente. Cada vez que adicionou uma região nova ou adquiriu uma empresa, adicionou também outro site em um novo grupo de servidores em um banco de dados.

Esse tipo de mudança no negócio, ou de inclusão de possibilidades para os clientes, gera uma série de reestruturação dos sistemas de TI que pode levar meses e até anos, dependendo do quanto a empresa está voltada para inovação. E sempre que a infraestrutura de TI da companhia não consegue incorporar rapidamente um novo processo de negócios que proporcionaria a ela uma vantagem competitiva, perde-se o índice de agilidade.

A falta de agilidade de muitas organizações pode ser resolvida com maior foco em investimentos para aperfeiçoamento de seus sistemas - eliminando variações regionais do mesmo aplicativo,  reduzindo o número de aplicativos, virtualizando servidores. Porém, esse aperfeiçoamento não é atraente. Em tempos economicamente difíceis, isso facilmente é deixado para depois, já que não parece ser urgente. Até que chega o dia em que seria bom adicionar uma nova opção de pagamento ou lançar um produto, e o departamento de TI não pode realizar uma inovação que faria grande diferença no resultado final da empresa.

Adiar o investimento de TI que aumente a agilidade não é uma maneira de reduzir custos e sim uma forma de subsidiar a ineficiência. Não é coincidência que o exemplo apresentado tenha relação com o site da corporação e sua capacidade de incorporar novos produtos ou processos. As transações online são uma ilustração perfeita do quanto a separação entre o negócio e a tecnologia está diminuindo. Antes, a tecnologia era uma ferramenta que facilitava operações, agora, está integrada em todos os aspectos e processos do negócio. Os negócios online não existem sem a tecnologia. Quase todas as funções importantes para o marketing são movidas à tecnologia - previsão de demanda de produtos, ligações, mensagem etc. Vendas, serviços, comunicação -  todos esses recursos estão intricadamente ligados à tecnologia. O banco de dados é o último deles.

Quando a agilidade é o objetivo, deve-se assegurar que está medindo os aspectos corretos, que levarão a empresa ao sucesso. Muitos líderes de TI monitoram prazos de desenvolvimento e métricas de entrega, enquanto empresários tendem a medir o tempo para o lançamento. Mas, quando ou se um projeto cumpre seu prazo de entrega não é o que mais importa. O propósito da TI é criar valor para a empresa, então a pergunta que deve ser feita é se dado projeto entregou os benefícios prometidos.

É por isso que não basta para o CIO de hoje compreender o papel da tecnologia nos negócios - ele deve compreender e potencializar o negócio! Tecnologia e negócios são a mesma coisa. Não investir pode custar caro e a falta de agilidade tem um preço muito alto. Adiar a busca pela agilidade pode colocar o negócio em risco, e, provavelmente, seja vital em um momento em que a empresa mais precisa.

Texto de Felipe Soares, Diretor de TI da Dell.

O Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgou hoje os números da pesquisa de intenções de voto para prefeito do Recife, realizada entre os dias 16 e 17 deste mês de janeiro. O levantamento tem margem de erro de 3,5 pontos de percentagem, para mais ou para menos, um nível de confiança de 95%, e aplicou 816 questionários.

A Tabela 1 mostra quatro cenários de intenção de votos estimulada, elaborados pela pesquisa, em que o atual prefeito João da Costa aparece como candidato do PT. O IPMN também confeccionou outros panoramas aventando a possibilidade de o deputado João Paulo vir a ser o representante petista, substituindo João da Costa (vide Tabela 2, abaixo). A pergunta estimulada é aquela na qual se apresenta ao entrevistado uma relação de nomes dos candidatos (normalmente impressa num disco de papel-cartolina), em ordem aleatória, para que ele escolha um nome de sua preferência.

Nos quatro cenários mostrados na Tabela 1 nota-se uma nítida polarização entre o prefeito e o pré-candidato oposicionista, deputado federal Mendonça Filho. Nos três cenários em que essas pré-candidaturas líderes se confrontam há empate técnico, com o deputado liderando em dois deles e o prefeito em um, sempre com uma pequena margem de diferença de apenas um ponto de percentagem.

No levantamento, a votação do atual mandatário recifense varia de 17% a 19% e a do ex-governador oscila de 16% a 20%, nos cenários em que os dois postulantes estão presentes (a margem de erro é de 3,5 pontos de percentagem, para mais ou para menos)

Nesses cenários, sobressai-se o fato de que João da Costa e Mendonça Filho terem intenções de voto bem acima das conferidas a um bloco intermediário de pretendentes à PCR, formado por Raul Henry, Raul Jungmann e Daniel Coelho.

Prevalecendo os números listados na Tabela 1, se a eleição fosse hoje, haveria segundo turno entre o atual prefeito e o ex-governador Mendonça Filho nos cenários I, III e IV, pois nenhum dos dois teria alcançado 50% mais um dos votos válidos. No cenário II, em que o nome do ex-governador não aparece no disco mostrado ao entrevistado, o segundo turno de votação dar-se-ia entre João da Costa e um dos três postulantes do bloco intermediário, todos empatados tecnicamente, com ligeira vantagem numérica para Raul Jungmann.

Chama à atenção, ainda, na Tabela 1, o enorme contingente de eleitores que ainda não se decidiu por nenhuma das pré-candidaturas aventadas. Esse contingente está englobado na categoria de votos brancos, nulos, não sabe, não respondeu. Na média dos cenários da Tabela em apreço, esse conjunto representa 45% dos eleitores, o que é compreensível em virtude da distância de tempo que ainda falta para a realização do pleito. Tal alheamento eleitoral está espelhado no fato de que, no momento presente, 74% dos eleitores pesquisados pelo IPMN ainda estão indiferentes, não estão interessados, ou se interessam pouco pelo pleito do próximo ano, no Recife.

De fato, quanto mais distante do pleito, mais os eleitores se mostram reticentes em manifestar preferência por este ou aquele candidato, optando por declarar que vai votar em branco, anular o voto ou, simplesmente, que não sabe em quem vai votar.  Na fase atual, as candidaturas ainda não estão consolidadas, os arcos de apoiamento não foram formados, as pré-campanhas não ganharam as ruas, etc., etc. À medida que o processo eleitoral vai avançando, os eleitores vão conhecendo melhor os nomes postos em disputa, começam a se envolver mais no processo político-eleitoral, passam a inclinar-se por determinadas candidaturas e, finalmente, fazem suas escolhas, diminuindo drasticamente os percentuais de votos brancos e nulos e de indecisos.  

João Paulo como candidato do PT

Quando o deputado federal João Paulo entra no lugar de João da Costa como representante do PT ocorre uma mudança radical nos números da pesquisa IPMN. O ex-prefeito lidera com folga nos dois cenários da Tabela 2, sendo que naquele em que o ex-governador Mendonça Filho não está (Cenário II), a soma das intenções de voto de todos os candidatos da oposição não chegar sequer à metade das conferidas a João Paulo. Os percentuais de intenção de votos do petista, nas duas simulações, foram de 43% e de 46%, respectivamente.

Configurados os cenários postos na Tabela 2, se a eleição fosse realizada hoje, ela seria definida no primeiro turno, com o ex-prefeito tendo entre 58,9% e 67,6% dos votos válidos nos cenários I e II, respectivamente.

 

TABELA 2

INSTITUTO DE PESQUISA MAURÍCIO DE NASSAU (IPMN)                                             

 RECIFE: PESQUISA DE INTENÇÃO DE VOTOS (%) P/ PREFEITO    

    CENÁRIOS COM JOÃO PAULO CANDIDATO PELO PT

(16 e 17 de Janeiro de 2012)

Candidatos

Cenário I

Cenário II

João Paulo

43

46

Mendonça Filho

17

x

Raul Henry

x

7

Raul Jungmann

5

7

Daniel Coelho

6

6

F. B. Coelho

2

x

Sílvio Costa Fº

x

x

Priscilla Krause

x

2

B/N/NS/NR

27

32

                                                                         Fonte: elaboração própria, com base na pesquisa do IPMN

Como se vê, a sombra do ex-prefeito continua rondando a figura de João da Costa, desta feita exibindo substantivo peso eleitoral, fustigando com números o esforço de viabilização política do chefe do executivo.  

Confira o comentário de Maurício Costa Romão, em vídeo.

 

* Maurício Costa Romão, Ph.D. em economia, é consultor da Contexto Estratégias Política e de Mercado, e do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau.

Não é novidade que o trânsito no Brasil está cada vez mais caótico. Tal situação parece estar associada ao crescimento da frota que se amplia em proporção muito superior a expansão da vias e a um sistema de transporte coletivo que não proporciona um serviço em nível aceitável de qualidade de forma a incentivar o brasileiro a deixar o veículo em casa e utilizar o transporte coletivo.

Até alguns anos atrás o parágrafo acima poderia descrever a situação do trânsito das grandes cidades do centro-sul do Brasil, no entanto os constantes congestionamentos são cada vez mais freqüentes na região Nordeste. O ritmo de crescimento da região nos últimos anos tem contribuído para tal contexto, as grandes e médias cidades da região tem se familiarizado com a rotina de transito e engarrafamentos.

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Um bom exemplo do que está acontecendo na região são os dados sobre a aquisição de carros novos no estado de Pernambuco. Segundo dados da ANFAVEA no ano de 2005 em Pernambuco foram vendidos cerca de 84 mil carros já em todo o ano de 2010 tal valor se aproximou dos 212 mil carros. 

O resultado de tamanho inchaço na frota são congestionamentos e diminuição na qualidade de vida do morador. Segundo a Pesquisa Mensal de Expectativa de Consumo do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, 71,8% dos recifenses estão muito insatisfeitos ou insatisfeitos com o transito da região.

Algum alento para tal situação ocorre em algumas capitais nordestinas que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014, nas quais há a promessa de investimentos em mobilidade urbana.

A despeito de tais projetos, as principais saídas para a resolução do problema do ponto de vista do cidadão de Recife são: Criação de mais viadutos (11,9%), construção de mais estradas (10,2%) e maior fiscalização no transito (9,1%). A educação no transito é uma alternativa de segundo plano, pois apenas 5% dos entrevistados apontam tal item como uma boa alternativa para a superação dos problemas no trânsito; uma prática comum na cidade de São Paulo, o rodízio de veículos é a solução dos problemas do transito para apenas (3,3%) dos entrevistados.

No médio prazo o panorama do trânsito não é nada promissor, pois vários são os incentivos a aquisição de veículos e poucos os incentivos para a utilização de transporte coletivo, a exemplo de: O aumento da renda de um grupo substancial de nordestinos “nova classe C” que tende a elevar a frota, tal segmento possui entre alguns de seus principais projetos de consumo a aquisição de um veículo; o recente afrouxamento do crédito para aquisição de veículos; a má qualidade dos serviços de transporte coletivos, etc .

Em Recife segundo pesquisa do IPMN, o ônibus é o meio de transporte mais utilizado para deslocamentos na cidade 66,1%, no entanto, dentre os indivíduos que pretendiam adquirir um veículo nos próximos meses (50%) utiliza o ônibus como meio de transporte principal. Logo, nos próximos meses tende a ocorrer uma migração de indivíduos do transporte coletivo para o transporte através de carros/motos, inchando ainda mais a frota.

* Texto opinativo produzido pelo economista do Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau e mestre em Engenharia de Produção Djalma Silva Guimarães Júnior. 

As marchas contra a corrupção realizadas nos dias 7 de setembro e 12 de outubro revelam dois importantes sinais: primeiro, a onda de protesto sai do espaço virtual e entra no mundo real, revelando, de um lado, a latente indignação da sociedade brasileira e, de outro, o enfraquecimento dos canais de expressão da democracia representativa frente à capacidade de mobilização das redes sociais; o segundo é o silêncio ensurdecedor dos movimentos sociais, prova evidente de descarada submissão aos encantos do governismo.

Porém, a mais importante lição a ser extraída desses eventos é a ampliação do exercício da cidadania. Não basta ser o cidadão-eleitor que a cada pleito cumpre o poder-dever de eleger representantes e logo, logo, se desgarram do pacto político celebrado nas urnas. O exercício da cidadania não se esgota no ato de votar. Nasce de uma conquista penosa, cruenta, tendo por base a desconfiança congênita dos detentores do poder, se estende e permanece no estado de alerta que é vigiar; se reforça na prerrogativa de denunciar; se consolida na função de controlar.

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Desta forma, a sociedade de cidadãos é mais influente, participante e dona do seu destino ao exercer os papeis, acima mencionados, e, quando necessário, a resistência, a rebeldia e a dissidência. A este fenômeno, o grande pensador e economista indiano Amartya Sen denominava de “impaciência construtiva” que outra coisa não é, senão, a política da sociedade.

Portanto, queiram ou não queiram, as pessoas que estão mobilizadas, indo às ruas, clamando por ética e decência, estão fazendo política, por maior que seja a descrença, a desilusão a aversão à política, praticada em meio às contradições de grandezas e misérias.

A propósito, teço essas considerações por conta da reação dos participantes da marcha realizada em Boa Viagem, ao vaiarem o deputado federal Paulo Rubem Santiago (PDT-PE). A vaia, independente de qualquer tipo de juízo de valor sobre o referido parlamentar, é uma forma extremada de condenação generalizada da política e da democracia cujo aperfeiçoamento está exatamente nas mãos e na força da cidadania.

Com efeito, a experiência histórica demonstra que a cesta básica para uma vida digna e com sentido social contém democracia política e riqueza distribuída com equidade. As duas coexistem inseparavelmente e somente são alcançadas pelo exercício da política que, como dizia Weber, é como furar “tábuas duras”, mas ao fim e ao cabo, “vale a pena”.

Revoluções? São momentos melancólicos da história; falência das soluções políticas; partos com a dor da violência que dá a luz aos rebentos que geram a violência.

Bernard Crick, no seu livro intitulado Em defesa da política (Ed. UNB), ensina: “A política representa, quando menos, alguma tolerância para verdades diferentes, algum reconhecimento de que é possível governar, aliás, melhor, através do debate de interesses opostos”.

Não surpreende, pois, que os ditadores maiores detratores da política sejam ou tenham sido ditadores a exemplo de Salazar: “Detesto a política do fundo do meu coração essa confusão de idéias sem fundamentos e planos impraticáveis”; Mussolini: “A Itália só pode produzir porque não há mais políticos; Fidel Castro: “Nós não somos políticos. Nós fizemos uma revolução para ver-nos livres dos políticos”.

Neste clima de descrédito, desilusão e, porque não dizer, de justificada irritação com os políticos, merece serena atenção o conceito de Afonso Arinos de Melo Franco: “Não existe a boa ou a má política. Existe a política ou a não-política”.

A favor das marchas, vou remar contra a corrente da condenação generalizada dos políticos. Não faltarão boas e sensatas companhias.

 

* Texto opinativo produzido pelo ex-Ministro da Fazenda e ex-Governador de Pernambuco Gustavo Krause

 

 

  

O Tribunal de Contas da União (TCU) tem um novo membro. Uma mulher, a propósito. E, mais que isso, uma pernambucana. A deputada Ana Arraes (PSB-PE) é mãe do governador de Pernambuco Eduardo Campo e filha do ex-governador, Miguel Arraes. Mas, apesar do parentesco, é importante destacar que Ana tem méritos próprios para assumir uma importante cadeira como ministra do TCU.

Estamos falando da primeira mulher a ocupar o cargo de ministra no órgão auxiliar de controle externo. A vaga foi deixada pela aposentadoria do ministro Ubiratan Aguiar. Depois de uma reunião com Eduardo Campos, os demais concorrentes Sérgio Brito (PSC-BA) e Vilson Covatti (PP-RS) desistiram da disputa. O segundo mais votado foi o deputado Aldo Rebelo (PC-doB-SP), que obteve 149 votos, enquanto a terceira colocação ficou com o deputado Átila Lins (PMDB-AM), com 47 votos.

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O nome de Ana Arraes para ministra do tribunal representa a força da mulher e da Pernambuco no alto escalão brasileiro. Esta semana, a presidente Dilma Rousseff, afilhada política do pernambucano e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi a primeira mulher a discursar na abertura da Assembleia-Geral da ONU e recentemente outras mulheres têm conquistado cargos de relevância no cenário político do País.

 

A filha do ex-governador de Pernambuco tem um currículo inolvidável. Filiada ao PSB desde 1991, Ana é formada em direito, já tendo sido assistente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco, secretária de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE), técnica judiciária do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e secretária parlamentar na Câmara dos Deputados. A primeira eleição para deputada federal aconteceu em 2007, e desde então permanece na Casa. Na última eleição, Ana Arraes foi votada para  continuar no cargo por mais de 380 mil pernambucanos. Até então, ela é titular da Comissão de Defesa do Consumidor e vice-líder do bloco PSB-PTB-PCdoB.

 

Durante os quatro anos e meio de cumprimento de seu dever como deputada, foi autora de pelo menos 158 projetos. Em seu discurso nesta nova conquista, Ana Arraes destacou a importância da mulher neste papel, lembrando da participação igualitária da figura feminina no processo de tomadas de decisões, fundamental para o fortalecimento da democracia e composição da sociedade refletida na função pública, nas políticas públicas e na legislação do País.

 

Agora, Ana sobe mais um importante degrau em sua carreira política, ao conquistar, por mérito e competência,  o direito a um cargo vitalício,   mas acima de tudo,  o dever de fiscalizar os  gastos públicos em nosso país.  Estamos certos e confiantes de que ela  trabalhará arduamente para que o tribunal seja rigoroso com os desmandos daqueles que não zelam pelo dinheiro público.  Sim, uma escolha justa e plausível.  A mãe do grande Governador  Eduardo Campos tem uma história de vida marcada por uma longa militância política, e certamente será lembrada na história pelas conquistas que ainda fará como membro da mais alta corte de contas do Brasil.

 

* Artigo de Opinião produzido por Janguiê Diniz, Doutor em Direito e fundador e acionista controlador do Grupo Ser Educacional. Texto originalmente publicado no Blog do Janguiê

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