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O ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), disse na noite deste domingo (5) que a ida do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, para o segundo turno, como adversário da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), deixa claro o cenário político para a disputa ao Palácio do Planalto. "Acho que historicamente e ideologicamente ficou bem definido (o cenário de polarização entre PT e PSDB)", disse o ministro, ao chegar ao hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, onde a presidente Dilma Rousseff deverá fazer declaração à imprensa nas próximas horas.

Segundo o ministro, "apesar de toda a campanha que a presidente Dilma sofreu, ela manteve um patamar alto" de votação. Na avaliação do pedetista, isso se deve ao fato de a economia brasileira, em sua avaliação, ir bem, com a insatisfação se restringindo a alguns setores.

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"Quem está em crise é o mundo, não é o Brasil", comentou o ministro, destacando que o Brasil é um dos países que mais geram empregos no mundo, apesar da crise financeira mundial. Sobre a possibilidade de o PT obter apoio da candidata do PSB, Marina Silva, no segundo turno, o ministro respondeu: "O diálogo é fundamental em política."

Além de Manoel Dias, já chegaram ao hotel os ministros Luiz Alberto Figueiredo, das Relações Exteriores, e Ideli Salvatti, da Secretaria de Direitos Humanos. Dilma segue neste instante no Palácio da Alvorada, onde acompanha a apuração dos votos e já discute a estratégia de campanha para o segundo turno.

Estão reunidos com a petista o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Comunicação Social, Thomas Traumann, além de coordenadores da campanha, como o jornalista Franklin Martins e o ex-chefe de gabinete Giles Azevedo.

O senador e postulante ao governo de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), saiu em carreata esta sexta-feira (3). O local escolhido foi, mais uma vez, o Ibura, na Zona Sul do Recife. O bairro populoso recebeu ato semelhante da coligação Pernambuco Vai Mais Longe, no último domingo (28). A carreata no meio da tarde não teve muita adesão, poucos carros acompanharam a comitiva que seguiu até a UR2. 

Antes de iniciar o trajeto,  ao lado do senador Humberto Costa e do deputado José Chaves, o pessebista conversou com a imprensa e não se mostrou intimidado pelas pesquisas que apontam o seu opositor à frente na disputa. No entanto, ele ressaltou que os resultados das amostras podem interferir na escolha do eleitor. “É claro que quando a pessoa se depara com uma diferença que se amplia, acaba sendo influenciando. Essa divergência nos abre uma grande perspectiva, pois se há uma diferença desse nível, pode ter alguma coisa errada. Mas estamos com uma expectativa muito boa para domingo”, pontuou.

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O candidato também não acredita que a disputa seguirá para o segundo turno. De acordo com Armando, os demais concorrentes pontuam pouco, o que acaba não influenciando relativamente no resultado do pleito. Em contrapartida, ele ressalta que, caso a eleição seja muito apertada, os poucos votos dos demais concorrentes podem interferir no resultado e despontar a eleição para o segundo turno. 

Armando também comentou a afirmação do candidato da oposição, Paulo Câmara (PSB), ao declarar que seria difícil governar sem a contribuição de Eduardo Campos. Ele ressaltou que a declaração do socialista apenas confirmou sua avaliação desde o início da campanha. “Ele mesmo ratificou o que eu dizia desde o começo e fui acusado de arrogante. Acho que o povo de Pernambuco não vai querer correr esse risco, por isso acredito na minha eleição”, concluiu o candidato. 

Erros passados devem ser considerados na avaliação do presente. O PTB errou. O PT também errou. O PTB errou ao se aliar com o PT no 1° turno nesta eleição para o governo. Com isto, enfraqueceu a possibilidade da realização do 2° turno. O PTB errou ao desprezar Lula e Dilma desde o início da campanha. O PTB errou ao ter desprezado a força do eduardismo. Portanto, os erros do PTB possibilitaram que Paulo Câmara adquirisse forte favoritismo para vencer a eleição no próximo domingo.

O PT comete equívocos estratégicos desde 2012 quando optou por retirar João da Costa da disputa para prefeito do Recife. Com isto, permitiu a consolidação do eduardismo na capital pernambucana. O PT errou ao não escolher João Paulo para ser candidato a governador. Com mais esta atitude, o PT fortaleceu o PSB em Recife. Portanto, PTB e PT contribuíram decisivamente para o fortalecimento de Paulo Câmara.

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O PSB foi sábio. O ex-governador Eduardo Campos no auge da sua avaliação lançou Geraldo Júlio como candidato a prefeito do Recife em 2012. Geraldo venceu e passou a representar a escolha de Eduardo que “deu certo“. O eduardismo já existia na eleição de 2012. Capacidade de trabalho, carisma, sensibilidade social e bom gestor eram as características do governador Eduardo Campos atribuídas pelos eleitores em pesquisas qualitativas. São estas características que formam o eduardismo. E o eduardismo, como a vitória de Geraldo Julio mostrou, tem força para influenciar a decisão dos eleitores.

Diante da conjuntura propicia, a qual foi construída, em parte, pelos erros do PT e PTB, Paulo Câmara defendeu  o legado de Eduardo Campos. Câmara desprezou a crítica pessoal advinda do PTB e optou por defender a continuidade. Aliás, a continuidade é a essência da eleição deste ano em Pernambuco. E as pesquisas do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) mostram isto com clareza.

Observem que: 1) 67% dos eleitores afirmam que Pernambuco mudou para melhor nos últimos anos; 2) Neste universo, 71,4% asseveram que Eduardo Campos foi o principal responsável pela mudança; 3) 84% acreditam que Pernambuco continuará mudando para melhor; e 4) 50,2% acreditam que Paulo Câmara é o candidato que tem condições de fazer com que Pernambuco continue mudando para melhor – Fonte: IPMN, 02/10/2014 – (Registro TRE:  29-30 SET: PE 00035/2014).

Em todas as pesquisas do IPMN realizadas neste ano verifiquei o desejo de continuidade do eleitor. Em decorrência, constatei, no decorrer da trajetória eleitoral, que o eleitor desejava continuidade em virtude do eduardismo. Portanto, se o eleitor desejava continuidade, ou seja, continuar mudando, era óbvio que Paulo Câmara conquistaria eleitores à medida que fosse reconhecido pelos sufragistas como o candidato que tinha o apoio de Eduardo Campos.

No decorrer da campanha, Eduardo Campos foi vítima da tragédia. Inicialmente, a comoção, como era esperado, em razão do ineditismo da tragédia, possibilitou forte comoção. Em seguida, acomoção eleitoral surgiu. Ou seja: o candidato Paulo Câmara conquistou eleitores rapidamente, já que a morte trágica do governador Eduardo Campos possibilitou que Paulo se tornasse conhecido celeremente. Porém, a comoção eleitoral não substituiu oeduardismo, o qual já existia. Portanto, não foi a comoção eleitoralque possibilitou o crescimento eleitoral de Paulo Câmara. Foi oeduardismo. A comoção eleitoral acelerou o processo de conhecimento de Paulo como candidato de Eduardo Campos e fortaleceu o eduardismo.

O desempenho do candidato numa eleição pode ser prognosticado. Basta que a conjuntura seja adequadamente interpretada. E pesquisas sábias sejam realizadas. Neste sentido, a conjuntura, caracterizada pelo eduardismo, fortalece Paulo Câmara. Portanto, Câmara, o candidato que representa para parte dos eleitores a continuidade e a defesa do legado de Eduardo Campos, deve ser eleito governador no próximo domingo.

Gráfico 1 – Desempenho dos candidatos –  Registro TRE: 28-29 JUL: PE 00010/2014; 25-26 AGO: PE 00018/2014; 8-9 SET: PE 00022/2014; 22-23 SET: PE 00028/2014; 29-30 SET: PE 00035/2014

Desempenho dos candidatos ao Governo de Pernambuco - Registro TRE: 28-29 JUL: PE 00010/2014; 25-26 AGO: PE 00018/2014; 8-9 SET: PE 00022/2014; 22-23 SET: PE 00028/2014; 29-30 SET: PE 00035/2014

Em ano de eleição presidencial, muitas celebridades declararam nas redes sociais os seus candidatos. Cientes da influência que têm, eles tentam marcar posição e inspirar fãs a seguirem suas preferências políticas.

Confira na galeria algumas declarações e preferências dos famosos para a eleição presidencial do próximo dia 5 de outubro.

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O presidenciável Eduardo Campos (PSB) declarou sua opinião sobre algumas bandeiras polêmicas. Em entrevista realizada na manhã desta segunda-feira (11), a um portal de notícias, Campos afirmou ser a favor da união homossexual, contra a legalização da maconha e também ter opinião contraria a descriminalização do aborto no Brasil. O pessebista ainda se opôs a revisão da Lei da Anistia e a união das policias civil e militar, mas é contra a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas. 

Durante a entrevista, Eduardo Campos ainda declarou que a situação econômica do país está precária. O socialista comparou a economia à derrota da seleção brasileira no mundial. ”Felipão fez o 7 a 1 no campo e a Dilma fez o 7 a 1 na economia, com 7% de inflação e 1% de crescimento. Isso precisa mudar, com a inflação voltando ao centro da meta, em 4,5% e depois chegarmos aos 3%, que é uma inflação que outros países da região, como Chile e Colômbia já tem”, concluiu Campos.

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta segunda-feira, 7, que o Brasil avançou nos últimos anos em relação ao turismo, mas que ainda há muito a ser feito. Em evento da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, em que foi homenageado, em São Paulo, Fernando Henrique comparou o Brasil com a Turquia.

"Avançamos, mas não fizemos o suficiente. Estive recentemente em Istambul e é impressionante, a Turquia recebe 30 e poucos milhões de turistas, aqui é meia dúzia de milhões", afirmou, ressalvando que a Turquia tem uma vantagem geográfica para atrair turistas europeus.

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O ex-presidente chegou a dizer que se sente menos inseguro em São Paulo que no Rio e citou a importância para economia e também para o desenvolvimento social do País de ter um turismo forte. Ele reforçou a importância de melhorar o ambiente para atrair turistas internacionais, com melhorias na segurança pública, saneamento básico e transporte. "Talvez não tenhamos feito ainda em conjunto o suficiente para tornar o País mais atrativo. Em suma o panorama é de melhora, mas falta muito o que fazer e ainda bem, temos o que fazer", finalizou.

Em seu primeiro discurso após ser escolhido vice do candidato do PSDB Aécio Neves à Presidência, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse nesta segunda-feira, 30, que o "ódio" é o único discurso do PT. "Tenho o couro duro. Mas o ódio é contraproducente para quem se utiliza dele como arma política. Parece que não sobra ao PT, não sobra à presidente Dilma nenhum outro argumento a oferecer a não ser este, uma vez que ela não tem mais nada de novo e de relevante para oferecer ao Brasil", afirmou o tucano. Em discursos recentes, o ex-presidente Lula tem acusado a oposição de pregar o ódio contra o PT. As investidas contra o partido, segundo Lula, teria como origem, além dos opositores, "a elite conservadora e a imprensa".

Ungido por unanimidade pela Executiva Nacional do PSDB, Aloysio Nunes reconheceu ter pisado numa "casca de banana" após ter sido vítima do que considera como "provocação insolente" no início de maio. Na ocasião, ele xingou, nos corredores do Senado, uma pessoa que o questionou sobre o suposto envolvimento com o cartel de Metrô de São Paulo. "Alguém que estava lá apenas para atirar uma casca de banana no meu caminho, eu pisei nessa casca de banana", afirmou, ao dar o episódio como encerrado.

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Aécio Neves negou que a escolha de Aloysio tenha ocorrido devido ao fracasso do PSDB de buscar aliança com outros partidos políticos. "Ao contrário, jamais nós buscamos aliança que negociasse qualquer posto no governo. O que houve foram manifestações explícitas de outros partidos políticos de disposição e vontade pessoal de participar da nossa chapa", disse, ao destacar que a coligação do partido contará com sete legendas.

O presidenciável do PSDB fechou a aliança com DEM, PTB, Solidariedade, PMN, PTdoB e PTC. Os acordos devem lhe render cerca de quatro minutos na propaganda eleitoral no rádio e na televisão.

Além da escolha de Aloysio Nunes, que conquistou 11,1 milhões de votos nas últimas eleições para o Senado em São Paulo, Aécio Neves fez questão de exaltar que o PSDB está "mais unido do que nunca" ao citar o ex-adversário dentro do partido José Serra. Aécio disse que Serra talvez seja hoje um dos interlocutores mais próximos que tem dentro da legenda. Antes do anúncio de Aloysio, que é ligado a Serra no PSDB, o presidenciável disse ter conversado com o ex-governador.

Ao anunciar a decisão, Aécio destacou que Aloysio está preparado para servir ao Brasil "em qualquer eventualidade".

Ceará

Com a definição de Aloysio na vice, o ex-governador do Ceará, o empresário Tasso Jereissati, será candidato ao Senado na chapa comandada pelo senador Eunício Oliveira (PMDB), candidato ao governo local. Tasso era um dos cotados para ser vice de Aécio.

Questionado se vai subir no palanque de Eunício Oliveira, Aécio desconversou. "O meu palanque é Tasso Jereissati. Com a dinâmica da campanha, nós vamos saber qual caminho seguir".

O PSDB lançou uma nota, no último domingo (22), acusando o PT de fazer ataques à imprensa. Os tucanos afirmam que o Partido dos Trabalhadores criou “uma lista negra” para expor jornalistas e artistas que pensam diferente da legenda. 

Confira a nota na íntegra:

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Nota do PSDB à Imprensa – Pelo direito à opinião!

O site do Diretório Nacional do PT deu mais um triste passo no estímulo à intolerância, ao ódio e à divisão do país, ao passar a atacar oficialmente, sem nenhum subterfúgio, o livre direito à opinião.

O PT e suas lideranças, que têm perpetrado ataques diários e insistentes à imprensa e seus profissionais, chegaram agora ao absurdo de criar “listas negras” para expor, à execração da sua militância, jornalistas e artistas que pensam diferente do partido e têm a coragem de expressar publicamente estas opiniões.

Não por acaso, na última sexta-feira a Folha de S. Paulo noticia o gesto de um governador do PT de processar criminalmente uma jornalista apenas por ter reproduzido uma declaração de terceiros.

A radicalização das ações do partido contra a liberdade de imprensa e opinião preocupa muitos brasileiros.

Na internet, aumentam as calúnias e difamações contra os adversários do PT. Aqueles que ousam manifestar opiniões contrárias aos interesses do partido são perseguidos por uma rede de comentários agressivos e desrespeitosos.

Há pouco tempo, o jornalista Merval Pereira, de O Globo, foi constrangido em local público. O mesmo aconteceu com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, agredido verbalmente por militantes petistas.

Hoje, os jornais noticiam que agressões à imprensa e a defesa do “controle social da mídia ” ocuparam papel de destaque na Convenção Nacional do PT.

O PSDB repudia toda e qualquer tentativa de limitação do exercício da livre opinião e manifesta, mais uma vez, o seu compromisso com a defesa de todas as liberdades, especialmente a de imprensa.

Brasília, 22 de junho de 2014

O Governador de Pernambuco João Lyra Neto divulgou na noite desta quinta-feira (19) uma nota oficial sobre o projeto imobiliário do Consórcio Novo Recife no terreno localizado no Cais José Estelita. Lyra se mostrou a favor de um debate sobre o projeto ao mesmo tempo em que defende a reintegração de posse do local.

Segundo o governador, os projetos de construção devem respeitar os princípios do planejamento, sustentabilidade ambiental e da convivência entre as pessoas. Porém, de acordo com ele, há uma diferença entre o debate do projeto imobiliário no Cais e a ação de reintegração de posse do terreno. Esta última, ainda de acordo com ele, tinha que ser cumprida por se tratar de uma decisão do poder judiciário do Estado. 

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Por último, Lyra disse que não cabe ao Governo do Estado julgar o mérito da decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco e sim apoiar o Poder Judiciário no cumprimento dela. Ele encerra a nota dizendo: "Cumpri, integral e rigorosamente, todas as atribuições constitucionais que jurei ao tomar posse como Governador de Estado". 

Confira a íntegra da nota

"No que diz respeito ao projeto imobiliário do Consórcio Novo Recife em terreno localizado no Cais José Estelita, reitero minha compreensão de que o empreendimento deve ser amplamente debatido com a participação da sociedade civil organizada, iniciativa privada e poderes públicos, num grande diálogo em clima de entendimento ecolaboração mútua.

Com a experiência de prefeito por dois mandatos, defendo que o nosso país precisa de uma ampla reforma urbana, na qual sejam respeitados os princípios do planejamento, sustentabilidade ambiental e da convivência entre as pessoas. A legislação do solo urbano no Brasil tem se mostrado absolutamente anacrônica e carece de uma reformulação urgente. Precisamos construir as cidades do futuro.

Uma coisa é o debate sobre o projeto imobiliário no Cais José Estelita, que deve prosseguir no rito democrático. Outra coisa é a ação de reintegração de posse do terreno, emitida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

É dever do Governador do Estado manter o respeito à Constituição e a convivência harmônica entre as três esferas de poder: Executivo, Legislativo e Judiciário. Para que todos compreendam as medidas adotadas pelo Executivo Estadual, é preciso uma breve retrospectiva dos fatos:

No dia 22 de maio passado, manifestantes ocuparam terreno na área privada do empreendimento imobiliário do Consórcio Novo Recife. Imediatamente, os proprietários ajuizaram ação para reintegração de posse. No dia 23, o juiz José Ronemberg Travassos da Silva, da 19ª Vara Cível, a quem o processo foi distribuído, determinou ao oficial de justiça Antônio Carlos Araújo a vistoria do imóvel. No cumprimento da diligência, o oficial de justiça constatou a invasão e foi hostilizado e ameaçado pelos ocupantes, fato que consta nos autos do processo.

No dia 29 de maio, o Poder Judiciário determinou a reintegração de posse do terreno, conforme despacho do desembargador substituto Márcio Aguiar, que solicitou a força policial no sentido de fazer cumprir a decisão. Por absoluta intransigência dos ocupantes, a determinação do Judiciário não pode ser atendida.

No dia 13 de junho, o Poder Judiciário requereu, mais uma vez, em caráter de "urgência", a força policial para o cumprimento do mandado de reintegração de posse. Em 18 de junho, a 4ª Câmara Civil do TJPE, por unanimidade, manteve a decisão.

Não cabe ao Governo do Estado julgar o mérito da decisão e sim, conforme determina a Constituição Brasileira, apoiar o Poder Judiciário no cumprimento da mesma.

Esse é o Estado Democrático de Direito que conquistamos após muitas lutas contra o regime autoritário. A ação de reintegração de posse, prevista pela Constituição Brasileira, sob pena de intervenção federal no Estado caso não seja cumprida, ocorreu no dia 17 de junho - após 29 dias de ocupação. Os oficiais de justiça José Roberto de Araújo e Márcia Gomes, acompanhados da Polícia Militar de Pernambuco, tentaram por mais de uma hora chegar a um entendimento com os ocupantes acampados no terreno. Ofereceram, inclusive, transporte para seus pertences, o que foi aceito por muitos, até que se estabeleceu um impasse. Como foi atestado pelos Oficiais de Justiça, houve por parte dos ocupantes resistência à ordem judicial e ameaças à integridade física dos agentes públicos presentes. Em razão disso, os oficiais de justiça demandaram o uso da força necessária para o cumprimento da ordem. Todos os fatos foram consignados nos autos do processo, gravados em vídeo pela Polícia Militar e registrados pela imprensa. Eventuais excessos, sejam de policiais ou dos acampados no terreno, estão sendo apurados.

Cumpri, integral e rigorosamente, todas as atribuições constitucionais que jurei ao tomar posse como Governador de Estado.

 João Soares Lyra Neto

Governador do Estado de Pernambuco"

Apresentada nesta quarta-feira (28), uma pesquisa realizada pela Amcham-Recife aponta a mobilidade como um dos principais calos na vida do empresariado pernambucano. De acordo com o estudo, 96% dos empresários locais estão insatisfeitos com a estrutura das rodovias do Estado. O levantamento escutou 128 executivos dos vários ramos de negócios localizados no Recife e municípios circunvizinhos. 

Na opinião de 46% dos entrevistados, a mobilidade urbana é o principal entrave para a produtividade na empresa, seguida da situação das rodovias (20%). As queixas são maiores dos que as relacionadas aos serviços de telefonia e banda larga (11%) e energia elétrica (9%). “Os empresários também apontaram quais investimentos melhorariam o cotidiano das empresas e o transporte público foi o mais lembrado (78%)”, observou a gerente regional da Amcham, Alessandra Andrade. 

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Vias urbanas, calçadas e transportes públicos fluviais também foram apontados pelos entrevistados em relação aos investimentos necessários. A minoria (19%) indicou a necessidade de desenvolvimento de ciclovias. Apesar da insatisfação com as rodovias e a mobilidade urbano, os empresários do Estado elogiam a estrutura do Aeroporto Internacional dos Guararapes e assinalam o Arco Metropolitano como a obra estruturadora mais importante para o Estado. 

Diretor presidente da Concessionária Rota do Atlântico, Elias Lages enfatizou que mudanças significativas no panorama da infraestrutura e da mobilidade nas rodovias do Estado exigem investimentos e, principalmente, tempo. “Infraestrutura demanda naão só capital inicial, mas investimento de longo prazo. Não é só trocar a capa asfáltica, é todo um envoltório de investimentos. E são esses investimentos que trarão segurança para o empresariado se instalar na região onde a infraestrutura propicie desenvolvimento ao seu negócio”, afirmou. 

Gustavo Maia, cofundador do Colab.re - aplicativo com mais de 50 mil cadastrados que permite aos usuários reportar problemas urbanos e encaminha as reclamações aos órgãos públicos competentes –, lembrou que a população não deve aguardar a ação dos políticos sem se mobilizar. “A sociedade precisa estar mais ativa. É importante ter pessoas pensando a cidade, tem que passar por cima do poder público, encarar prefeito e governador e dizer o que pode ou não pode ser feito”, destacou Maia, ao citar o movimento Ocupe Estelita e o debate sobre a implantação do projeto Novo Recife. 

No Brasil, 28 de abril é uma data na qual se comemora o Dia da Sogra. Historicamente, a brincadeira em torno da mãe do companheiro numa relação afetiva é sempre carregada de humor e piadas. A equipe do LeiaJá foi às ruas do centro do Recife para ouvir a opinião de genros e noras sobre as sogras, muitas vezes tidas como figuras chatas e de difícil convívio. Alguns recusaram a gravar depoimento, pois não quiseram "se comprometer". Quem se dispôs a falar, apenas enalteceu a figura da sogra em suas vidas, até mesmo como uma "segunda mãe". Confira: 

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A vida é dureza. Sempre foi. Cada vez mais. Hoje em dia, invade a casa da gente. Rádio, televisão e a hipnose da família eletrônica dos “I”, “Face”, “WattsApp” nos levam a prestar menos atenção ao próximo mais próximo. Em matéria de informação o que nos chega é a violência nas mais variadas e requintadas formas; a corrupção organizada pelos homens do colarinho branco, amarelado pelo suor fétido dos seus usuários rechonchudos; tome imposto de verdade e engula a mentira dos serviços públicos.

O jeito é falar de moleza. Moleza inocente. Natural. Na maioria das vezes, herdadas. Vem no DNA. É mole e atormenta quem não merece: as mulheres. E  atende por um nome assustador: celulite. Um terror que se localiza nas redondezas da região glútea e, dependendo do caso, se espalha pela parte posterior das coxas. As magrinhas não estão imunes às ondulações do tecido fibroso que nem casca de laranja.

No começo da década de noventa, em parceria com o famoso J. Michiles, nasceu a marchinha cujo refrão é o seguinte: “Gordinha, linda Afrodite/parei no seu it de anjo barroco/você me deixa louco com seu apetite/acredite/adoro celulite!”. Criamos o bloco. Disputa acirrada para escolher a porta-bandeira (quem ganhou? Segredo de confissão). Quase sai tapa. O bloco era curtição e somente uma vez foi às ruas. A preguiça era muito grande. A gente anunciava todo ano a presença de celebridades (Jô Soares, Wilza Carla) e, no clima de carnaval,...tudo era fantasia. Mas as portadoras de celulite estavam de alma e tecido adiposo lavados: o frevo-canção era uma resposta ao Bloco da Malhação da academia da saudosa Jandira Airam, letra de minha autoria, musicada, adivinhem por quem? O doce amigo e notável compositor Luiz Bandeira. Refrão: “Malha, menina!/menina, malha!/fica durinha senão encalha!” Quase linchado, fui perdoado com a apologia à celulite.

Bem, a celulite é a saúva do século XXI: ou se acaba com ela ou ela põe em risco  o sexo feminino. Tem receita de todo tipo: fórmulas caras, “cientifícas”, naturais, soluções caseiras (manteiga de cacau com açúcar e pó de café, eca!, banho de algas, três copos ao dia de suco de limão e pimenta caiena,  a couve milagrosa e por aí vai).

E haja maluquice. As loucademias de ginásticas são verdadeiros sanatórios que fabricam a neurose da “mulher perfeita” (para ela e o espelho, espelho meu), o ideal da Vênus calipígia (com todo respeito) de bunda dura e pacientes de ortopedistas e fisioterapeutas.

Aliás, “A bunda dura” é um artigo atribuído (?) a Arnaldo Jabor e leitura recomendável para auxiliar o tratamento psicanalítico no mundo que glorifica os “máximos”; canoniza a aparência; subestima a essência; e, para mergulhar na inconsciência, consome, adoidado, pílulas para dormir, para acordar, para sorrir, para sentir prazeres em escala negada pela natureza. Somos vítimas da civilização do medo generalizado em fuga permanente do real que dói, maltrata, mas que precisa ser enfrentado.

Ora, a mulher não precisa ser dura, nem mole; não precisa ser uma estátua de charme; não precisa se redesenhar a cada década passada; basta ser mulher no corpo cuidado, adequado a cada idade e sem perder o viço interior do senso de humor e do amor; manter acesa a luz de uma sabedoria que emana dos sentimentos da maternidade; mulher que ria, faça rir e que tenha idéias mais longas do que os cabelos. Esta escultura da alma feminina jamais perderá a graça e a capacidade de sedução.

E nós homens, fracotes, como precisamos delas. Precisamos daquela metade que na narrativa da obra platônica, o “Banquete”, é separada do ser original completo e, a partir de então, vaga pelo mundo em busca da outra metade.

Encontrando, amigas, é prudente relevar o desleixo do toalha molhada em cima da cama; de mijar no assento do vaso sanitário; de jogar a pelada regada a cerveja, conversando leseira. Encontrando, amigos, vale sentir no corpo da mulher, o suave aconchego, revestido pela gordurinha localizada e pela indesejada celulite. E todo dia, repetir, em tom de prece, o que diz o cancioneiro “Meu amigo, se ajeite comigo e dê graças a Deus”.

O diretor-geral da petroleira francesa Total no Brasil, Denis Besset, disse nesta quarta-feira (9), que o pré-sal brasileiro pode levar o dobro do tempo para ser explorado e desenvolvido por causa da exigência da Lei de Partilha de que a Petrobras seja operadora única.

"O que se poderia fazer em 15 anos vai se fazer em 30 anos ou mais", disse, em mesa-redonda no IX Fórum Ibef de Óleo e Gás, promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) no Rio. "É uma lei que não favorece a otimização do desenvolvimento do pré-sal."

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O atraso acontecerá basicamente pelas limitações de investimento da Petrobras. O presidente da BG no Brasil, Nelson Silva, também fez coro e disse que esta é uma posição da indústria, já manifestada inclusive pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).

Besset também reclamou do custo Brasil, que segundo ele pode sufocar a indústria nacional. E criticou as regras punitivas para descumprimento das normas de conteúdo local. O executivo propõe que as multas, caso aplicadas, sejam revertidas para o desenvolvimento da cadeia de fornecedores, em vez de serem remetidas ao governo.

"O sistema existente é punitivo. Se não se cumpre, paga-se uma multa forte, de centenas de milhares de reais. Poderia haver uma obrigação de se investir na cadeia de investidores."

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse não achar ruim o recurso da oposição apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a instalação da CPI da Petrobras. "Quem sabe será muito bom ouvir o STF porque essa é uma questão nova, inédita, e precisa ser resolvida definitivamente", disse.

No fim da manhã desta terça-feira (8), senadores e deputados que defendem investigações sobre a Petrobras levaram ao presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, pedido de mandado de segurança com solicitação de liminar para tentar viabilizar uma CPI exclusiva sobre a estatal. O grupo, liderado pelo pré-candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves (MG), acusa o governo de tentar impedir os direitos das minorias no Congresso.

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Mais tarde, os senadores deve analisar o relatório de Romero Jucá (PMDB-RR) sobre as questões de ordem colocadas em plenário na semana passada questionando a abrangência temática da CPI. Só no Senado são dois pedidos de investigação: um da oposição, exclusivo sobre Petrobras, outro de parlamentares da base aliada, que acrescenta o metrô de São Paulo e o do Distrito Federal, além do porto de Suape, no objeto de apuração da comissão.

Para Renan, deveria valer a CPI ampliada, proposta por governistas. Sem querer arcar sozinho com o desgaste político da decisão, ele escalou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa para dar o parecer final. A reunião está marcada para hoje à tarde, mas aliados de Dilma vão tentar adiar uma definição.

Entenda

O recurso ao STF vem em resposta aos dois requerimentos de criação de CPI protocolados na semana passada por aliados da presidente Dilma Rousseff - um com pedido de comissão exclusiva do Senado e outra mista, integrada por deputados e senadores. A proposta dos governistas é investigar, além da Petrobras, o cartel no metrô de São Paulo e irregularidades no Porto de Suape. A oposição, por sua vez, apresentou outros dois requerimentos de CPI - uma mista e outra apenas de senadores - para investigar exclusivamente a estatal.

Na tentativa de cortar pela raiz qualquer possibilidade de investigação, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou uma questão de ordem dizendo que os objetos da CPI da oposição não tinham conexão entre si, o que ia de encontro à Constituição. Líder do PSDB na Casa, o senador Aloysio Nunes (SP) também questionou a abrangência da CPI proposta pelos governistas. O presidente do Senado mandou a decisão para a CCJ.

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Sport e Ceará fazem a primeira partida da final da Copa do Nordeste nesta quarta-feira (02), na Ilha do Retiro. O Leão da Ilha busca uma vitória por um ou mais gols de diferença, para ter a vantagem de decidir a partida contra o Vozão, no jogo da volta no estádio Castelão.

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Nossa equipe esteve nas ruas do Recife para saber do torcedor o que esperar desta partida final pela Copa do Nordeste. Confira a opinião dos torcedores no vídeo acima.

A Petrobrás sempre esteve no centro dos debates políticos nas campanhas presidenciais brasileiras. Na era FHC, vários partidos de esquerda acusaram Fernando Henrique de desejar privatizar a Petrobrás. Na eleição de 2002 e 2006, ambas as disputas vencidas pelo PT, Lula trouxe a agenda da privatização da Petrobrás e colocou em saia justa os competidores José Serra e Geraldo Alkmin. Já em 2010, a presidente Dilma Rousseff foi eleita defendendo o fortalecimento da Petrobrás.

O debate sobre a Petrobrás realizado pela classe política não é sincero. Não existe, por exemplo, nenhum presidenciável que frise para a opinião pública que nas eras Lula e Dilma a Petrobrás foi utilizada para impedir o preço do aumento de combustíveis. Tal ação contraria a lógica do mercado, a qual é caracterizada pela liberalização de preços. Mas, certamente, agradaria os eleitores, pois estes não desejam, obviamente, pagar mais pela gasolina.

No debate sobre os campos do Pré-Sal, nenhum político condenou o governo Lula por propor ao Congresso Nacional que a Petrobrás tivesse participação obrigatória de 30% na exploração dos novos campos de petróleo e a justificativa era simples: aqueles que fossem contrários a esta proposta seria acusado de privatista. No entanto, nós sabemos que não são raros os atores políticos que defendem a privatização.

A luta pela construção da Refinaria em Pernambuco foi de todos – sociedade, imprensa e atores políticos. Nesta luta, ninguém ousou a fazer duas perguntas básicas: 1) Construir a Refinaria em Pernambuco é o melhor para as finanças da Petrobrás? 2) A construção da Refinaria obedece a estratégia de mercado traçada pela Estatal? Ao contrário. A emoção dos atores políticos foi entrelaçada com a da sociedade e todos defenderam junto ao governo Lula a construção da Refinaria em Pernambuco.

No momento a Petrobrás sofre com más notícias, inclusive os presidenciáveis da oposição defendem que seja realizada uma CPI. O PT não a deseja, por razões óbvias. E a imprensa cumpre o seu papel: noticia e solicita explicação aos envolvidos na disputa política. Entretanto, nenhum dos atores políticos envolvidos e nem a imprensa faz a pergunta necessária: o que desejamos para a Petrobrás?

A Petrobrás é uma empresa de economia mista e principalmente por este motivo, precisa ser transparente. Ela é também a responsável por regular os preços de combustíveis no Brasil. Então, ela contribui para o controle da inflação, mas inibe a livre concorrência, e, por consequência, passa a ser mal vista pelo mercado. A Petrobrás é uma empresa que recebe recursos da União quando necessário, mas também contribui, quando necessário, para a diminuição do déficit público. Portanto, o que se pretende fazer com a Petrobrás? Espero que os presidenciáveis respondam tal indagação o quanto antes.

Para o meia Bruno César, do Palmeiras, o encontro entre o seu time e o Santos, no próximo domingo, na Vila Belmiro, vai reunir os dois principais favoritos ao título do Campeonato Paulista. A partida vale o posto de melhor campanha da primeira fase da competição e a equipe alviverde depende de um empate para seguir na liderança geral e adquirir o direito de sempre decidir em casa nos jogos do mata-mata do torneio.

O jogador espera ser novamente escalado como titular pelo técnico Gilson Kleina. Depois da boa atuação diante da Ponte Preta, na vitória por 3 a 2, no último sábado, no Pacaembu, Bruno César vive a expectativa de poder atuar em uma espécie de final antecipada do campeonato. "Palmeiras e Santos são favoritos ao título, mas não adianta chegar na hora das decisões e não vencer os jogos. As duas equipes jogam ofensivamente e por isso têm garantido bons resultados", afirmou o atleta em entrevista coletiva nesta terça-feira.

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O Palmeiras ostenta a melhor campanha até o momento por conta do empate do Santos com o Rio Claro, por 3 a 3, no último domingo, e tem no encerramento da primeira fase um clássico para se preparar para a fase final da competição. "O jogo vai mostrar como esses dois times vão chegar nas decisões. O clássico vai mostrar para que a gente veio", disse o meia palmeirense.

Bruno César contou que costuma ter boas atuações contra o Santos e lembrou que em sua estreia como titular do Corinthians, em 2010, inclusive marcou gol contra o clube da Vila Belmiro. Naquele mesmo ano, o meio-campista também teve participação destacada pelo Santo André no Paulistão, no qual a equipe do ABC foi à final e acabou batida justamente pelo Santos na disputa pelo título.

Fazia tempo não ficava parado diante de uma tela esperando o fim dos créditos, pois estava completamente envolvido com o que acabara de assistir. É uma terrível sensação, já que o que culmina por me deixar assim é um fiapo de alento envolvido numa imensidão de pensamentos que quase sempre me põem em estado de inércia sobre a vida, a minha existência e a fímbria que abarca tudo isso. Corriqueiramente, costumo passar os próximos dias imerso em pensamentos “contraproducentes”, que apenas me conduzem a um estado de desejo por fazer algo a mais, ao passo que minha visão de mundo só piora. Sim.

Um dos destaques da Copa das Confederações, a seleção do Uruguai desembarcará no Brasil no mês de junho com o melhor ataque do mundo. A opinião é de Luis Suárez, atacante uruguaio que deve formar dupla com Edinson Cavani no time sul-americano na Copa do Mundo.

Para o jogador, a dupla é a melhor pela eficiência no ataque e por causa do bom entrosamento. "Formamos o melhor ataque do mundo porque vivemos para o gol, mas sabemos passar a bola a outro jogador que estiver melhor colocado. Este é o segredo do Uruguai: nossa união", disse o atacante do Liverpool ao jornal italiano Gazzetta dello Sport.

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Apesar da confiança no ataque uruguaio, Suárez diz que sua seleção não é uma das favoritas ao título. "Tenho consciência de que o Uruguaio não está entre os favoritos, mas quando nos encontramos frente a frente contra qualquer adversário, onze contra onze, sempre olhamos nos olhos. E nunca somos os que baixam primeiro os olhos", disse o atacante.

A eficiência ofensiva e a postura aguerrira dos uruguaios deverá ser útil no complicado Grupo D, da Copa, o chamado "grupo da morte". Os vizinhos sul-americanos terão pela frente dois campeões mundiais logo na primeira fase: a Inglaterra e a Itália, além da modesta Costa Rica.

Na avaliação de Suárez, a Itália segue como uma das favoritas no Mundial, apesar das oscilações recentes. "Eles têm uma tradição na Copa, com uma dinâmica que é sempre a mesma. Eles chegam sem maior consideração, mas depois do grupo da morte, estarão na boca de todos como a surpresa mais positiva", projetou.

"Nós e os italianos temos uma característica em comum muito importante, talvez a mais importante de todas: sabemos disputar um torneio breve e terrivelmente intenso", comparou Suárez, lembrando a boa campanha dos uruguaios na Copa das Confederações. Na ocasião, o Uruguai ficou em quarto lugar ao ser derrotado, nos pênaltis, justamente pela Itália.

As manifestações ocorridas em junho de 2013 mereceram os aplausos da população brasileira. As pesquisas à época revelaram que a opinião pública apoiava tais eventos. As agendas trazidas pelos manifestantes para às ruas incentivaram ações dos gestores brasileiros, em particular da presidenta Dilma Rousseff, e tiveram o mérito de mostrar a inquietude social presente nas regiões metropolitanas.

Contudo, após as manifestações de junho, novos atores entraram em cena e contribuíram para que o apoio às manifestações passadas decrescesse. O movimento intitulado Black Bloc foi às ruas e decidiu atentar contra o patrimônio público e as pessoas. Vidraças quebradas, ônibus queimados, policiais e civis feridos, conflitos bélicos entre manifestantes e policiais. Tais cenas, transmitidas pela TV e redes sociais, propiciaram que as manifestações conquistassem a antipatia de parte da população.

No último dia 10 de fevereiro deste ano, a imprensa nacional e internacional noticiou o falecimento do cinegrafista da Rede Bandeirantes de televisão, Santiago Dantas, em razão de ferimento provocado por rojão, atirado por um ou dois manifestantes, enquanto ele exercia a sua atividade profissional na capital fluminense. O ferimento e a posterior morte de Santiago provocou reações indignadas de jornalistas e da população e nas redes sociais, pessoas opinaram intensamente contra os manifestantes.

A morte de Santiago Dantas nos incentiva a ter um novo olhar para as manifestações: por que manifestantes optam por atos de violência? O que desejam esses manifestantes? Manifestações violentas são meios adequados para pressionar governos? Somos  favoráveis às manifestações, quando estas acontecem sem depredação ou violência, com ideais bem definidos. Dessa forma, as consideramos legítimas e instrumentos apropriados para pressionarem gestores públicos.

O filósofo Thomas Hobbes afirma que quando o estado não está presente, o estado de natureza surge. Aliás, o estado tem origem em um contrato social firmado entre os indivíduos que não mais desejam viver num estado de natureza, o qual é caracterizado pela guerra de todos contra todos. Hobbes argumenta que as instituições estatais devem preservar a vida dos indivíduos que estão sob a proteção do estado.

As manifestações são garantidas constitucionalmente. Mas, no instante em que manifestantes praticam atos de violência contra pessoas e patrimônio, eles estão incentivando o estado a se posicionar. E, diante disto, o ente estatal precisa garantir a vida dos indivíduos e a proteção do patrimônio, seja ele público ou privado. Portanto, as manifestações ocorridas no segundo semestre do ano de 2013 e as deste ano estão provocando o poder estatal a agir com o objetivo de garantir a lei a e ordem. Lei e ordem que são bens vitais do estado de direito.

A morte de Santiago Dantas deve servir como um freio para aqueles manifestantes que saem de casa com a intenção de ferir o estado de direito. O estado, por meio da polícia e demais departamentos, deve garantir a lei e a ordem, e, acima de tudo, proteger a vida de todos, inclusive dos manifestantes. Aqueles que, por algum motivo, decidam atentar contra a lei devem ser presos e punidos pela justiça. A democracia não é um regime que requer baderna e liberdade, mas o exercício de liberdade diante da lei. Minha solidariedade à família de Santiago Dantas.

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