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Depois de Estados Unidos, Japão, Canadá e outros países europeus, a Austrália anunciou, no domingo (1º), que também vai exigir a apresentação de testes negativos de covid-19 dos passageiros procedentes da China, devido ao aumento no número de casos no gigante asiático.

"Esta medida é uma resposta à onda significativa de infecções por covid-19 na China e à possibilidade de surgimento de variantes do vírus neste país", justificou o ministro australiano da Saúde, Mark Butler.

A exigência de um teste de PCR negativo começará a ser aplicada a partir de 5 de janeiro a qualquer passageiro que desembarcar procedente da China.

O governo canadense já havia anunciado uma medida idêntica, em "resposta ao aumento da covid-19 na República Popular da China e devido aos poucos dados epidemiológicos e de sequenciamento do genoma disponíveis sobre esses casos".

Marrocos foi mais longe e proibiu, diretamente, a entrada em seu território de qualquer passageiro procedente da China, a partir de 3 de janeiro.

Embora vários países europeus, como França, Itália e Espanha, já tenham restringido a chegada de viajantes da China, todos os Estados-membros da União Europeia devem se reunir na quarta-feira (4) para discutir uma resposta comum, anunciou a Suécia, que assume a presidência rotativa do bloco a partir deste domingo (1º).

"Na ausência de informações completas da China, é compreensível que os países tomem as medidas que acreditam que vão proteger suas populações", disse o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Quase três anos após a detecção dos primeiros casos de coronavírus em Wuhan (centro), a China desmantelou sua draconiana política sanitária de "covid zero" no início de dezembro. Desde então, os hospitais se encheram de pacientes, a maioria idosos, os crematórios estão saturados, e muitas farmácias não têm antitérmicos para vender.

O país registrou 5.100 novos casos e uma morte por covid-19, nas última 24 horas. Especialistas consideram, no entanto, que estes números não correspondem à realidade, ante o fim dos testes sistemáticos de covid e a redefinição do critério de mortos pela doença.

Apesar do aumento da epidemia, as autoridades vão encerrar, em 8 de janeiro, as quarentenas obrigatórias para quem chega do exterior. A medida permitirá aos chineses voltarem a fazer viagens internacionais após quase três anos de isolamento.

- 'Luz da esperança' -

"A prevenção e o controle da epidemia entraram em uma nova fase. Ainda estamos em um momento difícil", mas "a luz da esperança está diante de nós", declarou o presidente Xi Jinping em um discurso de Ano Novo transmitido pela televisão.

Multidões se reuniram em Xangai e em Wuhan para celebrar a chegada de 2023, embora, nas redes sociais, os relatos tenham sido de comemorações mais tranquilas do que nos anos anteriores.

Na sexta-feira (29), a OMS anunciou que se reuniu com autoridades chinesas para discutir o ressurgimento da epidemia e que pediu que compartilhem "regularmente e em tempo real dados específicos sobre a situação epidemiológica".

Um estudo recente de pesquisadores chineses publicado na revista "Frontiers of Medicine" revelou que há cerca de 30 subvariantes de ômicron circulando há meses em Xangai.

Nesse contexto, em seu discurso de Ano Novo, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, colocou as tensões com Pequim de lado e disse que o governo está "pronto para fornecer a assistência necessária, com base em preocupações humanitárias".

França, Alemanha, Itália, Espanha, Dinamarca e Suécia expulsaram dezenas de diplomatas russos em dois dias, um gesto que marca uma nova degradação das relações com Moscou depois que massacres dos quais a Rússia é acusada vieram à tona.

A Itália decidiu expulsar 30 diplomatas russos por razões de "segurança nacional", disse o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, nesta terça-feira (5).

"Esta medida, tomada em comum acordo com os nossos parceiros europeus e atlânticos, foi necessária por razões ligadas à nossa segurança nacional e no contexto da atual situação de crise relacionada com a agressão injustificada da Ucrânia por parte da Federação Russa", disse o chefe da diplomacia italiana.

Os países ocidentais expressaram sua repulsa neste fim de semana após a descoberta de dezenas de corpos vestidos com roupas civis em Bucha, a noroeste da capital ucraniana, após a retirada das forças russas.

A Rússia nega seu envolvimento nos eventos e denuncia uma "montagem" de Kiev para prejudicar a imagem dos soldados russos.

Depois que a informação de Bucha veio à tona, a Lituânia anunciou na segunda-feira a expulsão do embaixador russo "em resposta à agressão militar da Rússia contra a soberana Ucrânia e às atrocidades cometidas pelas forças armadas russas".

No mesmo dia, a Alemanha anunciou que estava expulsando "um grande número" de diplomatas russos enviados a Berlim, segundo a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock. De acordo com informações da AFP, seriam 40.

Esses funcionários da embaixada russa são uma "ameaça para aqueles que buscam proteção entre nós", disse. A Alemanha recebeu mais de 300.000 refugiados ucranianos que fugiram dos combates em seu país desde 24 de fevereiro.

- 260 expulsos no total -

Pouco depois, a França anunciou a expulsão de 35 diplomatas russos "cujas atividades são contrárias aos interesses" do país, segundo uma fonte próxima ao ministério das Relações Exteriores francês.

Nesta terça, a Dinamarca também decidiu expulsar 15 diplomatas russos, acusando-os de serem "agentes de inteligência" que realizaram "atividades de espionagem em solo dinamarquês", disse o chefe da diplomacia dinamarquesa, Jeppe Kofod.

Outro país escandinavo, a Suécia, juntou-se à média com a expulsão de três diplomatas russos. E a Espanha decidiu expulsar "cerca de 25" diplomatas russos que representam "uma ameaça aos interesses de segurança" do país, anunciou o ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel Albares.

Vários Estados europeus já haviam tomado medidas semelhantes.

Em 29 de março, a Bélgica anunciou a expulsão em 15 dias de 21 pessoas que trabalhavam para a embaixada e consulado russos, suspeitas de estarem envolvidas em "operações de espionagem e influência que ameaçam a segurança nacional".

Holanda e Polônia seguiram o exemplo e também expulsaram dezenas de diplomatas.

De acordo com uma contagem feita pela AFP, cerca de 260 diplomatas russos foram expulsos no total de vários países da União Europeia desde o início da ofensiva russa.

O Kremlin denunciou, por sua vez, a "falta de visão" da Europa em expulsar inúmeros diplomatas, já que o movimento implica "a redução das possibilidades de comunicação na esfera diplomática nestas difíceis circunstâncias", segundo p porta-voz, Dmitry Peskov.

"E isso inevitavelmente levará a medidas de retaliação", acrescentou.

Vários países europeus iniciaram nesta quarta-feira (15) a vacinação contra a covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos, em um esforço para combater o avanço da pandemia e manter as escolas abertas diante da propagação da variante Ômicron.

Alemanha, Grécia e Hungria estão entre os países que iniciaram a campanha de imunização das crianças com uma forte demanda dos pais, de acordo com os médicos, pelos temores provocados pelas contagiosa nova variante.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, advertiu nesta quarta-feira no Parlamento Europeu que a ômicron pode ser "a nova variante dominante na Europa em meados de janeiro".

Com 66,6% da população do bloco vacinada, a dirigente europeia estimulou os países a trabalhar para aumentar a taxa de imunização porque "o preço que pagaremos se as pessoas não estiverem vacinadas continuará aumentando", com efeitos para as festas de Natal ou fechamentos de escolas e outras atividades.

Apesar de ser um dos países com uma das maiores taxas de vacinação na Europa, a Espanha criou uma campanha na televisão para promover a imunização entre as crianças de 5 a 11 anos de idade, crucial para romper a cadeia de infecções em seu entorno.

A Espanha tem 3,3 milhões de pessoas nesta faixa etária. Uma pesquisa do instituto Appinio mostra que 74% dos pais espanhóis com filhos entre 5 e 11 anos pretendem vaciná-los.

O início da campanha na Europa acontece um dia depois do alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a propagação sem precedentes da Ômicron, notificada em 77 países, mas que provavelmente já atingiu mais nações.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou em novembro a aplicação da vacina Pfizer-BioNTech para crianças de 5 a 11 anos, uma faixa etária que registra aumento nas infecções no continente.

Esta é uma versão adaptada com dose menor que a habitual e com frasco pediátrico com tampa laranja para distingui-lo das tampas de cor violeta usadas em pacientes mais velhos.

A vacinação das crianças já começou em vários países, como Estados Unidos, Dinamarca, algumas regiões da Áustria, Bolívia ou Chile, neste último caso a partir dos 3 anos.

Nos Estados Unidos, primeiro grande país a ampliar a vacinação para os pequenos, mais cinco milhões de crianças já foram imunizadas.

- Manter as escolas abertas -

Na Grécia, o ministro da Educação, Niki Kerameus, foi um dos primeiros a levar o filho ao hospital para receber a vacina. O país já tem mais de 30.000 agendamentos para a aplicação das doses em crianças.

A procura também é intensa na Alemanha, afirmou o médico Jakob Maske, porta-voz da Associação Alemã de Pediatras.

Maske, no entanto, considera que a vacinação das crianças não será um grande pontos de inflexão na luta contra a quarta onda da covid-19 na Alemanha.

"A faixa de 5 a 11 anos de idade representa apenas 3% da população alemã", disse à AFP.

Mas para o diretor da Associação de Professores da Alemanha, Heinz-Peter Meidinger, a vacinação "aumenta significativamente a possibilidade de manter as escolas abertas".

Outros países europeus, como Itália, Polônia, Portugal, República Tcheca, Chipre ou as nações bálticas, iniciarão campanhas similares nos próximos dias. Alguns ainda debatem o que deve ser feito.

A França aprovou a vacinação apenas para crianças com risco de desenvolver uma forma grave da doença, mas o governo cogita expandir a medida para todos voluntariamente.

A Suíça tem a aprovação da agência reguladora, mas provavelmente a campanha só começará em janeiro. Bélgica e Reino Unido aguardam as recomendações de suas agências reguladoras.

A França vai exigir um teste negativo de covid-19 de menos de 24 horas a todos os viajantes procedentes de alguns países europeus, entre eles Espanha, anunciou o primeiro-ministro Jean Castex em um comunicado.

A medida, que afeta os cidadãos que não estão vacinados, entra em vigor no domingo meia-noite e afeta todas as pessoas procedentes do Reino Unido, Espanha, Portugal, Chipre, Grécia e Holanda, segundo este comunicado.

Até agora, os viajantes do Reino Unido tinham que apresentar um teste negativo de um máximo de 48 horas e os do restante dos países europeus de até 72 horas.

"Ao mesmo tempo e porque as vacinas são eficazes contra o vírus, especialmente sobre a variante Delta, as restrições que pesam sobre os viajantes já vacinados totalmente com uma vacina reconhecida pela Agência Europeia de Medicamentos (Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen) serão levantadas a partir deste sábado, 17 de julho, seja qual for seu país de procedência", acrescentou o texto.

Além disso, o gabinete do primeiro-ministro também confirmou que a lista "vermelha" de países se amplia e inclui, a partir de agora, Cuba, Indonésia, Tunísia e Moçambique.

Os viajantes procedentes desses países devem ter um motivo de peso para justificar o deslocamento e, mesmo se estiverem vacinados, devem realizar uma quarentena de sete dias ao chegarem.

Os novos casos de covid-19 seguem aumentando na França e já superaram os 10.000 por dia, embora as internações nos hospitais não tenham aumentado, segundo os dados oficiais do governo.

Em uma declaração conjunta divulgada nesta quinta-feira (24), os líderes de 16 países europeus pediram que os "direitos fundamentais" da comunidade LGBT sejam respeitados, após a adoção de uma polêmica lei na Hungria.

"Devemos continuar lutando contra a discriminação para com a comunidade LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero e Intersexuais), reafirmando nossa defesa dos direitos fundamentais. Respeito e tolerância estão no centro do projeto europeu", afirmaram os líderes, horas antes do início de uma cúpula europeia em Bruxelas.

A declaração não menciona a Hungria explicitamente, mas se refere "às ameaças aos direitos fundamentais e, em particular, ao princípio de não discriminação com base na orientação sexual".

A adoção de uma nova normativa legal na Hungria, proibindo a "promoção" da homossexualidade para menores, causou um verdadeiro escândalo na UE, após reiteradas denúncias de assédio à comunidade LGTB neste país.

A polêmica explodiu em nível continental, depois que a Uefa rejeitou um pedido para iluminar um estádio em Munique com as cores do arco-íris, antes de uma partida de futebol entre Alemanha e Hungria.

Diante dessa recusa, a prefeitura de Munique decorou seus prédios públicos com essas cores (símbolo da comunidade LGTB), em um gesto que foi seguido em várias capitais europeias na noite de quarta-feira (23).

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse ontem que a nova legislação húngara é "uma vergonha".

Hoje e amanhã, em Bruxelas, os líderes europeus terão uma cúpula com uma intensa agenda concentrada em temas de relações exteriores. E deve incluir a mais recente controvérsia com a Hungria, que surge como mais um assunto urgente a ser debatido.

O transporte das vacinas contra a Covid-19 para oito países europeus sofrerá um pequeno atraso por um problema logístico, enquanto nos Estados Unidos o presidente Donald Trump finalmente assinou o plano de alívio econômico que estabelece novas ajudas a empresas e pessoas afetadas pela pandemia.

O atraso no envio das vacinas foi anunciado pelo Ministério espanhol da Saúde e pelo próprio grupo farmacêutico, um dia depois do início da campanha de imunização em vários países da União Europeia (UE), o que gerou esperanças contra uma doença que já infectou mais de 80 milhões de pessoas no planeta e matou mais de de 1,76 milhão.

"Devido a um pequeno problema de logística, modificamos o cronograma de um número limitado de entregas. A questão de logística foi resolvida, e as entregas estão sendo despachadas. Não há problemas de fabricação", disse o diretor global de comunicações da Pfizer, Andrew Widger.

Um dos países mais afetados da Europa com 50.000 mortos, a Espanha deveria receber nesta segunda-feira 350.000 doses da vacina fabricada pelos laboratórios Pfizer e BioNTech.

"A Pfizer Espanha indica que foi informada por sua fábrica de Puurs (Bélgica) sobre o atraso nos envios para oito países, incluindo a Espanha, devido a um problema no processamento de carga e envio", afirma o Ministério em um comunicado, que não revela os demais países afetados, o que o laboratório também não fez.

O próximo carregamento de vacinas chegará à Espanha na terça-feira, acrescentou o Ministério.

A Europa é a região mais afetada do mundo, com mais de 25,4 milhões de casos e quase 550.000 vítimas fatais.

Além da vacina Pfizer/BioNTech, a UE deve aprovar outros fármacos em breve, como a da AstraZeneca e Oxford, provavelmente em 6 de janeiro.

- "Ponto crítico" -

País mais afetado no mundo pela pandemia, os Estados Unidos superaram no domingo a marca de 19 milhões de casos, com mais de 333.100 mortes relacionadas com o vírus.

O presidente Donald Trump assinou finalmente no domingo o novo plano de ajuda para a economia americana aprovado pelo Congresso após meses de complexas negociações.

A Casa Branca anunciou que Trump assinou a lei "para restaurar o seguro-desemprego, interromper os despejos, fornecer assistência de aluguel, adicionar dinheiro para os programas de empréstimos para empresas, devolver nossos funcionários do setor aéreo a seus empregos, adicionar substancialmente mais dinheiro para a distribuição de vacinas, e muito mais".

Durante dias, Trump se recusou a assinar o pacote e, no domingo, continuou pressionando para que os cheques destinados aos contribuintes com mais dificuldades econômicas aumentem dos US$ 600 estipulados inicialmente para US$ 2.000.

O principal especialista em doenças infecciosas do governo americano, Anthony Fauci, alertou no domingo que o pior da pandemia ainda pode estar por chegar. O país se verá em um "ponto crítico", segundo ele, devido à propagação do vírus durante as viagens feitas no período de Natal.

Mais de um milhão de pessoas receberam a primeira dose da vacina no país nos Estados Unidos, na maior campanha de imunização da história americana, mas as autoridades admitiram que o ritmo de aplicação está um pouco abaixo do previsto.

- Sem fogos de artifício -

Antes da UE, muitos países começaram a vacinar contra o coronavírus, começando pela China, no verão (hemisfério norte, inverno no Brasil). Em dezembro, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Suíça, México, Costa Rica e Chile iniciaram a imunização.

Paralelamente à vacinação, no entanto, cada vez mais países detectam casos da nova cepa do coronavírus, possivelmente mais contagiosa, descoberta no Reino Unido.

Canadá, Itália, Suécia, Espanha, Portugal, Japão e Coreia do Sul estão entre os casos mais recentes de detecção da variante.

Durante o fim de semana, vários países voltaram a instaurar restrições, incluindo o território britânico de Gibraltar, que anunciou um toque de recolher noturno.

Israel iniciou no domingo um severo terceiro confinamento. O Exército do país começou a vacinar os soldados nesta segunda-feira, com 17 tendas para a campanha em diversos pontos do território. Até o momento 380.000 pessoas receberam a primeira dose no Estado hebreu.

A Arábia Saudita, o país árabe do Golfo mais afetado pela pandemia, anunciou a prorrogação por uma semana do fechamento de suas fronteiras terrestres e marítimas e da suspensão dos voos internacionais, devido à variante britânica do coronavírus.

Diante da ameaça de um novo surto do vírus com a chegada do inverno, a China, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez no fim do ano passado, reforçou os controles médicos, com verificação da temperatura, testes e inspeções nos aeroportos.

E a despedida de um ano difícil dentro de três dias acontecerá sem grandes celebrações.

Na Austrália, os moradores de Sydney não poderão comparecer à baía da cidade para contemplar o tradicional espetáculo de fogos de artifício após o aumento de casos na cidade, a mais populosa do país.

O sarampo voltou à Europa com força, atingindo particularmente quatro países nos quais a doença era considerada erradicada, informa nesta quinta-feira (29) a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Organização detectou 89.994 casos de sarampo em 48 países europeus nos primeiros seis meses de 2019, mais que o dobro em relação ao mesmo período de 2018 (44.175 casos).

Reino Unido, Grécia, República Tcheca e Albânia são os quatro países que perderam o status de "erradicação total" da doença, extremamente contagiosa. Para a OMS, o status de "erradicação" corresponde à ausência de transmissão contínua durante 12 meses em uma zona geográfica particular.

No Reino Unido, 953 casos foram registrados em 2018 (489 desde o início de 2019), 2.193 na Grécia (28), 1.466 na Albânia (475) e 217 na República Tcheca (569).

"O retorno da transmissão do sarampo é preocupante. Sem garantir e manter uma cobertura imunológica maciça entre as populações, crianças e adultos sofrerão inutilmente e alguns morrerão", advertiu Günter Pfaff, presidente da Comissão Regional de Verificação da Eliminação do Sarampo e da Rubéola.

"Cada um destes (quatro) países tem uma cobertura nacional de vacinação extremamente elevada. Então não se trata de exemplos de países com sistemas (de saúde) particularmente fracos", destacou Kate O'Brien, diretora do Departamento de Vacinação da OMS.

"Penso que isto é um aviso para todo o mundo: não basta ter uma cobertura nacional elevada, é preciso levá-la a cada comunidade, a cada família".

- Fatal -

O sarampo pode provocar complicações graves, as vezes fatais (37 mortes no primeiro semestre de 2019 e 74 em 2018 na Europa), e geralmente é transmitido por contato direto ou pelo ar, infectando as vias respiratórias e depois todo o organismo.

Na Europa, a doença atinge principalmente menores de 19 anos (60% dos casos).

No primeiro semestre de 2019, quatro países concentraram 78% dos casos na Europa: Cazaquistão, Geórgia, Rússia e Ucrânia.

O sarampo é declarado erradicado em 35 dos 53 países da região. Em 2017, eram 37. É endêmico em 12 países, entre eles França e Alemanha, onde a vacinação será obrigatória a partir de março de 2020.

Não há tratamento para o sarampo, mas pode ser prevenido com duas doses de uma vacina "segura e eficaz", segundo a OMS, que estima em mais de 20 milhões o número de mortes evitadas no mundo entre 2000 e 2016 graças à vacinação.

Em nível mundial, o número de casos triplicou entre 1º de janeiro e 31 de julho, com 364.808, contra 129.239 no mesmo período de 2018.

A OMS estima que há muitos casos não informados, e que a epidemia pode ser muito maior. República Democrática do Congo, Madagascar e Ucrânia são os países que lideram em número de casos.

A agência especializada da ONU avalia que ocorrem 6,7 milhões de mortes a cada ano relacionadas ao sarampo, segundo O'Brien.

Nos países ocidentais, é crescente a ideia de que existe um vínculo entre a vacina contra o sarampo e o autismo, baseada em um estudo falso, e a OMS afirma que não há qualquer risco com a vacinação.

Os principais índices acionários europeus fecharam em direções divergentes nesta terça-feira, 16, influenciados por notícias do corporativo, por mais uma polêmica envolvendo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e por dados mistos da região. Em meio a essa conjunção de fatores, o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 0,02%, aos 396,03 pontos.

Na segunda-feira, 15, o jornal Washington Post publicou que Trump revelou a autoridades russas informações sigilosas sobre o grupo terrorista Estado Islâmico. No entanto, as informações não poderiam ter sido compartilhadas nem mesmo com aliados americanos, segundo as fontes ouvidas pelo jornal.

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Tanto a Casa Branca quanto Moscou negaram a acusação. Investidores vêm acompanhando de perto o progresso do presidente americano no Legislativo, a fim de que o governo aprove uma proposta de reforma tributária, enviada há alguns dias para a Câmara dos Representantes. Agora, monitoram para saber se a nova polêmica pode prejudicar a tramitação do projeto.

Na Europa, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido avançou 2,7% em abril na comparação anual, no maior patamar desde setembro de 2013 e bem acima da meta de 2% do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, por sua vez, teve crescimento de 0,5% no primeiro trimestre ante o anterior e avanço anual de 1,7%. Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas econômicas subiu de 19,5 em abril para 20,6 em maio, mas abaixo da previsão dos analistas, de 22,0%.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,91%, em 7.522,03 pontos. No setor bancário, Lloyds subiu 1,10%, enquanto a petroleira BP teve ganho de 1,09%. Entre as mineradoras, Glencore e Antofagasta subiram 0,90% e 1,96%, respectivamente.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,02%, para 12.804,53 pontos, praticamente estável. Entre os bancos alemães, Deutsche Bank e Commerzbank tiveram queda de 0,63% e 0,26%, respectivamente. No setor de energia, E.ON caiu 0,25%. Já Deutsche Telekom avançou 0,97% e Thyssenkrupp teve alta de 4,12%.

Na Bolsa de Paris, o CAC-40 recuou 0,21%, a 5.406,10 pontos. Electricité de France SA, porém, teve alta de 7,1%, após o deputado conservador Édouard Philippe - um ex-funcionário da Areva - ser nomeado primeiro-ministro. A petroleira Total subiu 0,72% e Carrefour avançou 1,77%, mas Avanquest teve baixa de 7,80% e AXA, de 0,70%.

Em Milão, o índice FTSE-MIB fechou com ganho de 0,38%, em 21.787,90 pontos. Telecom Italia subiu 1,61% e Enel avançou 2,41%, mas Saipem caiu 0,40% e Fiat teve queda de 0,49%. Banco BPM fechou em queda de 0,92%.

Na Bolsa de Madri, o índice IBEX-35 avançou 0,22%, para 10.982,40 pontos. CaixaBank subiu 1,12% e Santander caiu 0,15%, no setor bancário, enquanto Iberdrola teve alta de 1,61% e Repsol avançou 1,22%.

Em Lisboa, o índice PSI-20 recuou 0,92%, para 5.195,57 pontos. Banco Comercial Português teve queda de 3,53%, mas Galp Energia subiu 0,48%. Sonae teve baixa de 1,87% e Sonae Capital caiu 3,40%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

As principais bolsas da Europa encerraram o pregão e a semana em queda, pressionadas pela baixa do petróleo e em meio à cautela dos investidores antes do feriado de Páscoa. Os mercados do continente só voltam a operar na terça-feira.

A semana foi de agenda fraca de indicadores e eventos, o que ocasionou baixa liquidez nos mercados. Desta forma, os investidores do continente basearam as negociações nas oscilações dos preços das commodities e na aversão ao risco após os atentados em Bruxelas. O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou a sessão desta quinta-feira, 24, em queda de 1,34% , aos 335,51 pontos. A baixa semanal foi de 1,81%.

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Na sessão desta quinta-feira, mais uma vez a queda do petróleo levou para baixo os papéis das empresas do setor. A commodity energética opera em baixa pressionada pela forte alta dos estoques nos Estados Unidos, reportada ontem, e pela valorização do dólar.

"Os mercados de petróleo parecem ter redescoberto que há estoques em excesso, o que, por várias razões, não parece ser a questão central nas últimas cinco semanas", escreveu Chris Beauchamp, analista de mercado sênior da IG, em nota enviada a clientes.

Os papéis das petroleiras BP caíram 0,77%, os da Royal Dutch Shell cederam 1,12% e os da Total perderam 1,70%, arrastando para baixo os índices em que são negociados.

Houve queda de ações de empresas ligadas a commodities, como a Rio Tinto (-1,60%), BHP Billiton (-2,15%) ArcelorMittal (-2,79%) e LafargeHolcim (-3,00%).

A bolsa de Londres fechou em 6.106,48 pontos (-1,49%), acumulando baixa semanal de 1,34%. A bolsa de Paris terminou em 4.329,68 pontos (-2,13%), com perda de 2,98% na semana.

A baixa de companhias industriais também pesaram sobre a bolsa de Frankfurt, que fechou em queda de 1,71%, aos 9.851,35 pontos, com baixa semanal de 1,00%. Os papéis da ThyssenKrupp caíram 1,94%.

Em Milão, os investidores avaliaram negativamente os planos de fusão entre o Banco Popolare e o Banca Popolare di Milano, que pode criar a terceira maior instituição financeira da Itália. As ações dessas empresas caíram, respectivamente, -4,81% e -5,35%. O índice FTSE-Mib perdeu 1,61%, encerrando em 18.165,84 pontos, com baixa semanal de 2,39%.

O índice IBEX-35, da bolsa de Madri, fechou com queda diária de 1,54%, aos 8.789,80 pontos, e perda semanal de 2,89%.

A bolsa de Lisboa encerrou em baixa de 1,08% na sessão, aos 5.098,14 pontos, e recuo semanal de 1,44%. (Com Dow Jones Newswires)

Catorze países europeus se uniram pela primeira vez para negociar uma redução do preço de um novo medicamento contra a hepatite C, o Sovaldi, informou nesta quinta-feira (10) a ministra da Saúde da França, Marisol Touraine. O Sovaldi (sofosbuvir), do laboratório americano Gilead, é um tratamento inovador contra esta doença viral, mas seu preço elevado (70.000 dólares por um tratamento de 12 semanas) preocupa as autoridades de saúde.

O medicamento representa "um avanço terapêutico considerável", mas "se aceitarmos um preço tão elevado, não poderemos curar todos e isso vai colocar a segurança social em risco, isto é, os outros doentes", disse a ministra.

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"Por essa razão, lancei uma inciativa inédita há várias semanas em Bruxelas para mobilizar todos os países europeus e para que unamos nossas forças para pesar nas negociações sobre os preços com este laboratório americano", acrescentou.

"Pela primeira vez, catorze países europeus se comprometeram juntos. Por esta razão, vamos negociar, país por país, porque é assim que se faz, mas trocando informação e dialogamos entre países europeus", acrescentou.

"Estamos falando de bilhões e não de milhões ou centenas de milhões", advertiu Touraine, ao se referir ao custo do tratamento para o sistema de saúde francês. "Quanto mais pudermos reduzir os preços, mais poderemos curar as pessoas, acho que é um argumento que o laboratório pode comprometer", acrescentou. "O preço vai cair, a negociação acaba de começar", garantiu Touraine, sem detalhar de quanto seria a redução esperada.

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