Tópicos | PCC

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 6, a Operação Cravada para desarticular núcleo do Primeiro Comando da Capital responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a organização em âmbito nacional. A ação foi determinada pelo juízo da Vara Criminal de Piraquara, no Paraná, que viu ainda "relevante função" e "grande poder de decisão e comando" de treze pessoas na organização, determinando a inclusão emergencial dos mesmos no Sistema Penitenciário Federal.

Até o momento, a PF fez 28 prisões - oito delas em presídios e duas em flagrante, durante a realização de buscas. Cerca de 180 Policiais Federais cumprem nesta terça 85 mandados - 55 de busca e apreensão e 30 de prisão - em sete Estados - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.

##RECOMENDA##

Das 30 ordens de prisão, oito são cumpridas em presídios - três em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul e quatro no Paraná.

Ao determinar a expedição dos mandados de prisão, o juízo considerou quatro fatos constatados pela investigação. O primeiro deles indica que os investigados "integram organização criminosa, considerando que há associação de 95 pessoas, a fim de se obter lucro, mediante a prática de infrações penais, principalmente, o tráfico de drogas".

A decisão destaca ainda a prisão em flagrante de três supostos membros da facção por tráfico de drogas, realizadas em dois momentos - durante a apreensão de 332,1 quilos de substância entorpecente análoga à maconha, na cidade de Itapecerica da Serra, e durante abordagem policial realizada em Curitiba.

Já a quarta infração penal investigada diz respeito à associação ao tráfico. Segundo a PF, a organização conta com "departamentos específicos para a gerência e coordenação do tráfico de drogas, como, por exemplo, o 'Setor das Lojas', 'Setor da 100%', 'Setor do BOB', 'Setor do Óleo', bem como os 'Setores da Financeira' e da 'Rifa', estes dois últimos responsáveis pelos lucros auferidos da prática criminosa."

A investigação teve início, de acordo com a Polícia Federal, em fevereiro deste ano, com base em informações sobre a existência de um núcleo financeiro da facção criminosa na Penitenciária Estadual de Piraquara, no Paraná.

O esquema consistia na arrecadação de valores de membros, chamados de "rifas", que eram repassados aos líderes da organização por meio de diferentes contas bancárias, indicou a PF.

A investigação indica que cerca de R$ 1 milhão circulava nas contas ligadas à facção por mês.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça (6) a Operação Cravada para desarticular o núcleo financeiro do Primeiro Comando da Capital, o PCC, que, segundo a PF, era responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores "para financiamento de crimes" em diferentes Estados do País. Até o momento, a PF fez 28 prisões - oito delas em presídios e duas em flagrante, durante a realização de buscas.

Cerca de 180 Policiais Federais cumprem 85 mandados - 55 de busca e apreensão e 30 de prisão - em sete estados - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais. As ordens foram expedidas pela Vara Criminal de Piraquara, no Paraná.

##RECOMENDA##

Das 30 ordens de prisão, oito são cumpridas em presídios - três em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul e quatro no Paraná.

No Paraná as ordens são cumpridas nos municípios de Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá, Centenário do Sul, Arapongas, Londrina, Umuarama, Pérola, Tapejara, Cascavel e Guarapuava.

Já em São Paulo, os policiais cumprem mandatos em Praia Grande, Itapeva, Osasco e Itaquaquecetuba, Hortolândia, na capital paulista e no presídio de Valparaíso.

Nos outros Estados, a ação é realizada nas cidades de Uberlândia (MG), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR), Caruaru (PE) e Dourados (MS).

A ação tem apoio do Ministério Público do Estado do Paraná, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de São Paulo, do Departamento Penitenciário Federal, da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e da Polícia Militar de SP.

Segundo a PF, a investigação teve início em fevereiro deste ano, com base em informações sobre a existência de um núcleo financeiro da facção criminosa na Penitenciária Estadual de Piraquara, no Paraná.

A apuração constatou que o núcleo financeiro da facção é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a organização em âmbito nacional. Para dificultar o rastreamento do dinheiro, os pagamentos, chamados de "rifas", eram repassados à organização por meio de diversas contas bancárias e de maneira intercalada, apontou a Polícia Federal.

De acordo com a PF, a investigação indica que cerca de R$ 1 milhão circulavam nas contas ligadas à facção por mês.

A investigação identificou e bloqueou mais de 400 contas bancárias suspeitas em todo o país. Os valores que transitavam entre tais contas eram utilizados "para pagar a aquisição de armas de fogo e de entorpecentes para a facção, além de providenciar transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da organização em locais próximos a presídios", indicou a PF.

A Polícia Federal informou que os investigados podem responder pelos crimes de Tráfico de Entorpecentes, Associação para o Tráfico, Organização Criminosa, entre outros.

Cravada

Segundo a Polícia Federal, o nome da operação faz referência a uma jogada de xadrez na qual "uma peça, quando ameaçada de captura pela peça adversária, fica impossibilitada de se mover, em razão de haver uma peça de maior valor em risco".

"De igual forma, a operação deflagrada hoje visa sufocar as reações das lideranças de Facções Criminosas, atingindo os núcleos importantes de comunicação e de gerenciamento financeiro", indicou a PF.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (6) a Operação Cravada para desarticular o núcleo financeiro do Primeiro Comando da Capital, o PCC, que, segundo a PF, era responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores para financiamento de crimes em diferentes Estados do País.

Cerca de 180 Policiais Federais cumprem 85 mandados - 55 de busca e apreensão e 30 de prisão - em sete estados - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais. As ordens foram expedidas pela Vara Criminal de Piraquara, no Paraná.

##RECOMENDA##

Das 30 ordens de prisão, oito são cumpridas em presídios - três em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul e quatro no Paraná. Até o momento, 18 prisões já foram realizadas.

No Paraná as ordens são cumpridas nos municípios de Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá, Centenário do Sul, Arapongas, Londrina, Umuarama, Pérola, Tapejara, Cascavel e Guarapuava.

Já no Estado de São Paulo, os policiais cumprem mandatos em Praia Grande, Itapeva, Osasco e Itaquaquecetuba, Hortolândia, na capital paulista e no presídio de Valparaíso.

A ação tem apoio do Ministério Público do Estado do Paraná, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de São Paulo, do Departamento Penitenciário Federal, da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e Polícia Militar de SP.

Segundo a PF, a investigação teve início em fevereiro deste ano, com base em informações sobre a existência de um núcleo financeiro da facção criminosa na Penitenciária Estadual de Piraquara, no Paraná.

A apuração constatou que o núcleo financeiro da facção é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a organização em âmbito nacional. Para dificultar o rastreamento do dinheiro, os pagamentos, chamados de "rifas", eram repassados à organização por meio de diversas contas bancárias e de maneira intercalada, apontou a Polícia Federal.

De acordo com a PF, a investigação indica que cerca de R$ 1 milhão circulavam nas contas ligadas à facção por mês.

A investigação identificou e bloqueou mais de 400 contas bancárias suspeitas em todo o país. Os valores que transitavam entre tais contas eram utilizados "para pagar a aquisição de armas de fogo e de entorpecentes para a facção, além de providenciar transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da organização em locais próximos a presídios", indicou a PF.

A Polícia Federal informou que os investigados podem responder pelos crimes de Tráfico de Entorpecentes, Associação para o Tráfico, Organização Criminosa, entre outros.

Cravada

Segundo a Polícia Federal, o nome da operação faz referência a uma jogada de xadrez na qual ‘uma peça, quando ameaçada de captura pela peça adversária, fica impossibilitada de se mover, em razão de haver uma peça de maior valor em risco’.

"De igual forma, a operação deflagrada hoje visa sufocar as reações das lideranças de Facções Criminosas, atingindo os núcleos importantes de comunicação e de gerenciamento financeiro", indicou a PF.

Um homem acusado de tráfico de drogas foi preso, na noite da quarta-feira (6), em Moreno, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O suspeito já havia sido preso em São Paulo por formação de quadrilha e associação à facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

De acordo com a Polícia Militar (PM), informações davam conta de um comércio ilegal de drogas no distrito de Bonança. No local, o suspeito estava em frente a sua residência com uma pequena quantidade de droga.

##RECOMENDA##

No interior da casa, a polícia encontrou dois pacotes com aproximadamente 1 kg de maconha cada um, além de duas porções de 500 gramas, uma pedra de crack do tamanho de uma caixa de fósforos e duas porções de cocaína. Também foi apreendida uma munição de revólver calibre 38. O suspeito foi encaminhado para a delegacia da cidade.

Os desembargadores da 11ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) mantiveram a condenação a 30 anos de prisão do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos William Herbas Camacho, o Marcola, no âmbito da Operação Ethos, que desmontou o núcleo jurídico da facção. Além dele, outros dois criminosos também tiveram suas condenações mantidas.

Deflagrada em 2015, a Operação Ethos teve como foco o combate à chamada "sintonia da gravata" - advogados pagos para atuar em ações criminosas do PCC.

##RECOMENDA##

"Assim, diante dos elementos de convicção destacados, que não deixam nenhuma dúvida acerca da responsabilidade penal do recorrente em relação aos fatos que lhe foram imputados nestes autos, a condenação proclamada na origem deve ser mantida", escreveu o desembargador Xavier de Souza, relator do recurso de Marcola contra apelação.

A denúncia dá conta de que em 2015, em uma rotina de varredura no telhado da Penitenciária de Presidente Venceslau (SP), onde foi encontrada carta com informação de que dois advogados do PCC estavam mancomunados com "um integrante do Condepe, Conselho Estadual da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Luiz Carlos dos Santos, sendo que este receberia mensalmente a quantia de aproximadamente R$ 5 mil, pagas pela organização criminosa autodenominada 'PCC', para obter informações privilegiadas dentro do referido Conselho".

Luiz Carlos dos Santos já foi condenado a 16 anos e dois meses de prisão por fabricar relatórios falsos sobre presídios em contrapartida a propinas da facção.

Segundo a denúncia, Santos usava "sua influência, para passar a interferir em órgãos públicos e autoridades do Estado (delegados de polícia, juízes, promotores, desembargadores, etc), efetuando vistorias em estabelecimentos prisionais previamente indicados pelo PCC e produzindo relatórios que não espelhavam a realidade, para servir de subsídio a futuras denúncias a organismos nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos".

A Promotoria dá conta de que foi descoberta uma "célula jurídica" do PCC, "antigamente denominada de 'sintonia dos gravatas', que foi criada, inicialmente, para prestar serviços exclusivamente jurídicos aos líderes pertencentes à sintonia final geral ou do conselho deliberativo da organização criminosa PCC".

"Contudo, com o passar do tempo, este núcleo evoluiu, deixando de prestar apenas assessoria jurídica para, agora, servir de elo de comunicação das atividades criminosas entre os líderes presos e aqueles que estão em liberdade."

Dois integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram expulsos do Paraguai por ordem do governo nacional, informou nesta terça-feira, 7, a Direção Geral de Migrações daquele país. Os brasileiros Carlos Henrique Silva Candido Tavares, o "Faixa", de 38 anos, e Oziel Rizzo de Sá, o "Padrinho", de 37, são acusados de cooptar paraguaios na unidade prisional em que estavam detidos para as atividades criminosas da facção. Os dois são considerados líderes qualificados na estrutura da facção. O "Faixa" era homem de confiança do narcotraficante Jarvis Chimenez Pavão, extraditado para o Brasil em dezembro de 2017.

Os dois estavam presos no Grupamento Especializado da Polícia Nacional, em Assunção, a mesma penitenciária onde cumpria pena Marcelo Piloto, ligado ao Comando Vermelho, deportado em novembro do ano passado, após assassinar uma jovem no interior do presídio. Os deportados foram entregues à Polícia Federal do Brasil na noite de segunda-feira, 6, no setor brasileiro da Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR). Eles cumpriam pena de 14 anos, após serem capturados em novembro de 2014, quando tomaram uma família como refém durante um assalto.

##RECOMENDA##

Segundo a denúncia, o "Padrinho" e o "Faixa", na companhia de outros dois criminosos, sequestraram um produtor rural em Santa Rita, no Paraguai, e o levaram para sua casa, fazendo a família refém. A polícia paraguaia cercou o local. Os dois cúmplices foram mortos, mas os brasileiros do PCC só se entregaram depois de oito horas de negociações. Na época, eles haviam fugido de uma das unidades prisionais brasileiras em Foz do Iguaçu.

De acordo com o Ministério do Interior do Paraguai, outros 17 integrantes da facção paulista, presos em unidades paraguaias, estão com processos de expulsão ou deportação para o Brasil adiantados. Desde o início do ano, o Paraguai mandou de volta para prisões brasileiras ao menos 30 presos, suspeitos de ligação com facções brasileiras que agem no país vizinho.

A megaoperação para tirar de São Paulo o principal chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais 21 lideranças, em 13 de fevereiro, contou com uma ação de inteligência para isolar outros 134 presos, apontados como mensageiros da facção. Dois meses depois, o Ministério Público (MPE-SP) e a gestão João Doria (PSDB) monitoram a ascensão de novos líderes, sob promessa de transferi-los para prisões federais caso ganhem força no comando do crime.

Embora fosse considerada importante para desestabilizar a cadeia de comando do PCC, a transferência para o sistema federal deixou autoridades preocupadas com possíveis retaliações - a exemplo do que houve em maio de 2006, quando o PCC promoveu uma série de ataques em São Paulo. Por isso, forças de segurança elaboraram uma estratégia: dificultar a emissão de "salves".

##RECOMENDA##

"Isso foi feito com o setor de inteligência identificando presos que poderiam mandar algum tipo de mensagem para quem está na rua", disse o coronel Nivaldo Restivo, secretário estadual de Administração Penitenciária (SAP). "Essa decisão de concentrar e isolar potenciais fornecedores de informação e de ordens acabou tirando a voz do bando."

Uma semana antes de deflagrar a Operação X (nome dado à ação), a SAP abriu cerca de 300 vagas na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, localizada na região oeste, transferindo detentos de lá para unidades próximas. Na manhã do dia 13, os espaços serviram para receber 129 "mensageiros do PCC", trazidos do Estado inteiro, com prazo de permanência de 30 dias. Mais cinco chegaram depois. As demais vagas eram destinadas a presos que poderiam se envolver em motins ou ações intimidatórias em represália à transferência dos seus líderes - o que não aconteceu.

O primeiro pedido de transferência foi feito pelo MPE-SP à Justiça em 28 de novembro de 2018. Por cautela, o Judiciário optou por autorizar a operação após o Natal, já que nessa época parte dos presos estaria nas ruas por causa das chamadas "saidinhas".

Vácuo de liderança

A Operação X foi planejada por 52 dias, com o Ministério Público e com o governo federal. Os 22 chefes do PCC foram transportados em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para unidades da União, onde ficam em celas isoladas e submetidos a um sistema de segurança máxima. No perímetro das prisões, o policiamento recebeu reforço das Forças Armadas.

Entre os alvos da transferência, não havia só membros da chamada Sintonia Geral Final - a alta cúpula do PCC, da qual Marcola faz parte -, mas também criminosos do segundo e do terceiro escalão, considerados sucessores naturais.

"(São pessoas que) sempre estiveram perto de Marcola, próximas do poder", afirmou o promotor Lincoln Gakiya, do MPE-SP, responsável pelo pedido de transferência à Justiça. "Isso leva, momentaneamente, a uma quebra no comando. Ao menos desde 2002, era a mesma cúpula que comandava as ações da facção."

O PCC, no entanto, não deve ficar por muito tempo "acéfalo", diz Gakiya. Segundo investigações, Marcola já havia instruído outros membros sobre como manter a operação criminosa - que é ancorada no tráfico de drogas - em caso de ausência. "Os negócios comuns do PCC não pararam um minuto porque tem muita gente na rua e muita gente no sistema (penitenciário) com condição de dar continuidade a esses negócios ilícitos", afirmou o promotor.

O exemplo mais recente envolve a apreensão de um helicóptero, flagrado no último sábado pela Polícia Federal durante a Operação Flying Low. A aeronave vinha do Paraguai e pousou em Presidente Prudente para reabastecer. Nela, os agentes encontraram meia tonelada de cocaína - a principal suspeita é de que a droga seja do PCC.

Para Gakiya, a disputa de poder deve ocorrer entre membros que ficaram em São Paulo e pode ser marcada por violência. "Vai acontecer o que já aconteceu em outras máfias conhecidas mundialmente, que não ficam sem comando", disse. "Alguém da rua ou de dentro do sistema pode querer tomar essa liderança para si."

Tanto o MPE-SP quanto a SAP monitoram "candidatos" a líder da facção. Representantes dos dois órgãos afirmam que, em caso de identificação, a política será a mesma: transferir para prisões federais. "Temos feito acompanhamento 24 horas por dia. Se detectarmos, vamos adotar todas as providências para sufocar isso novamente", disse Restivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A polícia prendeu nesta terça-feira (9) o ex-policial civil Augusto Peña, condenado a 22 anos de prisão pelo sequestro do enteado de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado líder máximo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O ex-policial era procurado desde a condenação, em 2015.

Ele foi abordado por policiais militares de Ibaté, no interior de São Paulo, quando tentava entrar em uma casa, no bairro São Benedito. Sua atitude foi considerada suspeita. Os policiais constataram que havia um mandado de prisão contra ele. O ex-policial foi levado para uma cadeia pública da região, onde aguardaria transferência para um presídio.

##RECOMENDA##

Peña e outro ex-policial civil também condenado foram acusados de sequestrar, em abril de 2005, Rodrigo Olivetto de Morais, filho da ex-mulher de Marcola, para extorquir dinheiro do traficante. Morais foi levado para a Delegacia Central de Suzano, na Grande São Paulo, onde foi ameaçado e espancado.

Os policiais exigiram R$ 1 milhão para não prendê-lo sob a falsa acusação de tráfico de drogas. O PCC pagou R$ 300 mil e ele foi solto. Os policiais também teriam recebido, em abril de 2006, R$ 40 mil para facilitar a fuga do traficante Gilmar Horta Lisboa, o Pebinha.

Com a descoberta do plano, o preso foi removido para outra unidade. Como represália ao não cumprimento do acordo, o PCC ordenou um ataque à delegacia de Suzano, mas a Polícia Civil foi avisada sobre a ação e emboscou o grupo, matando quatro integrantes da facção criminosa. Na manhã seguinte, o PCC se vingou assassinando dois carcereiros e um amigo dele numa feira livre da cidade.

Especialistas em segurança pública afirmam que as extorsões contra integrantes do PCC teriam sido o estopim para os ataques contra as forças policiais, em maio de 2006, em todo o Estado de São Paulo. Na ocasião, PCC comandou rebeliões em 74 presídios e matou 43 agentes públicos. Entre 12 e 20 de maio daquele ano, 493 pessoas foram assassinadas, a maioria por policiais, na maior crise já registrada na segurança pública paulista.

Menos de dois meses após ser transferido para o presídio federal de Porto Velho (RO), o chefe máximo do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi levado na manhã de ontem para outra unidade de segurança máxima, desta vez em Brasília. Outros três líderes da facção também foram alvo da operação - um sinal de que o governo pode adotar o rodízio em prisões federais para dificultar a reorganização da cúpula do PCC e planos de fuga.

Além de Marcola, foram transferidos Cláudio Barbará da Silva, o Barbará; Patric Velinton Salomão, o Forjado; e Pedro Luiz da Silva, o Chacal. Inaugurada em outubro, a unidade de Brasília é a mais nova administrada pela União e abriga outros presos pertencentes à facção paulista. Entre eles, o irmão de Marcola, Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o Marcolinha, considerado um dos seus principais conselheiros.

##RECOMENDA##

Marcolinha havia sido transferido para Brasília no dia 13 de fevereiro, com Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal, e Antônio José Muller Júnior, o Granada. Na ocasião, um total de 22 membros do PCC foi retirado do sistema prisional de São Paulo para presídios federais.

A operação de ontem foi coordenada pela Secretaria de Operações Integradas, criada pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. Marcola e os demais foram levados de Porto Velho por aeronaves da Força Aérea Brasileira. Também participaram da segurança agentes do Departamento de Penitenciário Nacional e do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal.

Em nota, o ministério afirmou que a transferência fazia parte de protocolos de segurança de "alternância de abrigo dos detentos de alta periculosidade ou integrantes de organizações criminosas, entre as unidades prisionais federais". Segundo a pasta, a medida seria estratégica para o isolamento dos chefes de facção e para enfrentar o desmonte dos grupos criminosos.

Moro ligou para o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), para informar a transferência. Para reforçar a segurança, a Força Nacional passou a fazer proteção do perímetro das áreas que contornam a penitenciária. Mesmo assim, Rocha se queixou. "Quero deixar claro o meu repúdio a essa atitude impensável do ministro Moro. Estão trazendo para dentro do DF o crime organizado, e o DF não foi feito para o crime organizado. Bandidos precisam de isolamento, e não é a 6 km do Palácio do Planalto que teremos esse isolamento."

Ação de inteligência

 

Alvo de ameaças do PCC, o senador Major Olímpio (PSL-SP) diz que o rodízio de prisões federais para líderes como Marcola serviria para pegar a facção "de surpresa" e dificultar a reconstrução da cadeia de comando. "Com rodízio maior, a liderança não cria vínculo com a unidade nem consegue captar funcionários por corrupção", disse. "Marcola é a maior liderança criminosa do País, tem muito poder e comanda uma estrutura empresarial. A tendência é que ele passe por outras unidades depois."

Outra vantagem seria frustrar planos de fuga. Em fevereiro, o governo decretou Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para reforçar o perímetro das penitenciárias em Porto Velho e Mossoró (RN). "Brasília, além do maior aparato de segurança, fica no centro do Brasil: é mais difícil operar uma aeronave clandestina para o resgate", afirmou. "Se eles tinham algum plano de fuga, vão começar do zero."

Ex-corregedor do presídio de Porto Velho, o juiz federal Élcio Arruda defende que é mais difícil ocorrer fuga na capital federal. "Porto Velho está a poucos quilômetros da Bolívia, sabemos que o Marcola possui diversos parentes lá. Esses contatos demonstram uma facilitação maior para um projeto de fuga."

Para Arruda, lideranças de "maior envergadura" devem passar por rodízio entre as prisões, mas é preciso evitar que membros de uma mesma facção fiquem concentrados em determinada unidade. "Deve haver rotatividade com objetivo de o Estado marcar sua presença", disse. "Historicamente, junção de lideranças é um facilitador da convergência de ideias. O ideal é fazer o hibridismo (entre os grupos criminosos)." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A juíza Andrea Cristina de Miranda Costa, da 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte, condenou 25 integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) acusados de cometer ataques em diversas cidades de Minas Gerais. O grupo respondia pelos crimes de organização criminosa, porte de arma de fogo, associação para o tráfico, incêndio criminoso e dano contra ônibus e prédios públicos cometidos em junho do ano passado.

As penas variam entre 22 anos e 8 meses a 32 anos e 2 meses de prisão, todas em regime inicial fechado. Somadas, as condenações ultrapassam 706 anos de reclusão. Os acusados já se encontravam presos desde julho de 2018, em regime disciplinar diferenciado, de acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). Na sentença, a juíza Andrea Costa determinou a manutenção dessa condição até julho deste ano.

##RECOMENDA##

De acordo com as investigações, os 24 homens e uma mulher praticavam crimes de forma "ordenada e mediante divisão de tarefas" desde novembro de 2017. O objetivo seria "obter vantagem indevida, praticando crimes de tráfico de drogas, incêndios e danos ao patrimônio".

Segundo o Ministério Público, os réus também eram responsáveis por ordenar a outros integrantes da facção atentados contra agentes de segurança publica, além de incêndios e danos a edifícios.

Na sentença, a juíza Andrea Costa afirmou que o grupo tinha "desprezo e indiferença" pelas instituições do Estado e destacou as consequências "altamente prejudiciais" dos crimes, voltados a difundir o medo e lesar o patrimônio público.

Além dos 25 condenados, a magistrada absolveu um dos acusados e expediu alvará de soltura na última sexta-feira, 8. Segundo ela, não foram apresentadas provas suficientes para a condenação. Além disso, perícia criminal apontou que áudio enviado por aplicativo de mensagem não correspondia à voz do réu.

Investigação

A onda de incêndios a ônibus e prédios públicos em Minas Gerais foi ordenada pelo PCC, conforme informou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Os ataques simultâneos - os primeiros da história da facção - atingiram os municípios de Alfemas, Itajubá, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Uberaba, Uberlândia e a capital, Belo Horizonte. Também foram registrados casos semelhantes no Rio Grande do Norte.

À época, mais de 80 pessoas foram presas e 22 menores foram apreendidos sob suspeita de participação nos crimes.

As investigações foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, braço do Ministério Público, e a Promotoria de Justiça de Tóxicos de Belo Horizonte. A denúncia contra os réus condenados neste mês foi apresentada ainda em junho de 2018.

Em novembro do ano passado, o último interrogatório com o acusados foi marcado por esquema de segurança especial no Fórum Lafayette, no centro de Belo Horizonte. Por ordem da presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais foi realizado reforço no policiamento da região, com atuação conjunta da Polícia Militar com a Secretaria de Estado de Administração Prisional e o Instituto de Criminalística de Minas Gerais.

A Polícia Federal (PF) apresentou ao presidente Jair Bolsonaro áudios que mostram o possível interesse do Primeiro Comando da Capital (PCC) no atentado de que foi vítima, em setembro do ano passado, durante a campanha eleitoral.

As conversas foram captadas pelo setor de inteligência e sustentam uma das linhas de investigação de inquérito que apura se Adélio Bispo, autor da facada, agiu a mando de alguém.

##RECOMENDA##

Bolsonaro relatou nesta quinta-feira, 28,, durante café da manhã com alguns jornalistas no Palácio do Planalto, ter ouvido os áudios. Na ocasião, o presidente não mencionou ter recebido o material da Polícia Federal. O jornal O Estado de S. Paulo não foi convidado para o encontro.

O Estado apurou que o presidente teve acesso ao material da PF em encontro no Planalto na segunda-feira. Estavam presentes na reunião o delegado federal responsável pelo caso, Rodrigo Morais, o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o superintendente da PF em Minas Gerais, o delegado Cairo Costa Duarte.

Antes da reunião, Moro disse à imprensa que o presidente seria informado do andamento do inquérito, ainda sem conclusão. "O presidente é a vítima, então, é interessado. Então, será apresentado a ele o resultado da investigação até o momento", disse o ministro da Justiça e Segurança Pública na ocasião.

Atualmente, o inquérito sobre o atentado está na fase final e a principal linha de investigação tenta esclarecer se o PCC teve participação no ataque. Um dos focos é saber se a facção criminosa financiou a defesa de Adélio no caso.

Filtro

Na conversa com jornalistas, Bolsonaro também fez comentários sobre as polêmicas envolvendo declarações de seus filhos nas redes sociais. O presidente afirmou que "os filhos não mandam no governo", quando perguntado sobre o comportamento do vereador Carlos Bolsonaro, pivô de uma crise que culminou com a queda de Gustavo Bebianno da equipe de ministros. "Nenhum filho manda no governo, isso não existe", disse o presidente, segundo o UOL. A declaração foi confirmada ao Estado pela Secretaria de Comunicação da Presidência.

Assim que o comentário do presidente foi divulgado, Carlos reagiu pelo Twitter. "Como vocês são baixos! Nenhum dos filhos mandam no governo mesmo e qualquer um que conversa com o presidente deve e tem de ser filtrado", escreveu.

Bolsonaro comentou, ainda, sobre os desentendimentos que culminaram com a demissão de Bebianno. Ele lamentou o vazamento de conversas pelo WhatsApp entre os dois que culminaram com a demissão do ministro e ex-presidente do PSL, partido do presidente. Os áudios foram vazados pelo agora ex-ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de realizar a prisão de Renato Carvalho de Azevedo, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), na última terça-feira (18) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, uma ação em conjunta entre a Polícia Militar e a Polícia Federal descobriu, na sexta-feira (21), uma segunda pessoa ligada a facção residindo no mesmo edifício de luxo. Após confirmar as informações e constatar que não havia ninguém no apartamento, a polícia soube que o suspeito se encontrava em um hospital e foi até o local para efetuar a prisão.

Ligado ao tráfico de drogas, Edson Gomes da Silva, conhecido como “Tchoka”, de 35 anos, estava usando um nome falso no momento que foi autuado. Na sua residência foram encontrados uma certidão de nascimento e RG no nome de Handerson Mendonça de Aquino, um revólver calibre 38 e várias munições, além de um veículo de luxo registrado no nome de Handerson.

##RECOMENDA##

Na chegada da Polícia ao hospital, Edson se identificou como Handerson e afirmou ser proprietário do veículo, mas no decorrer do interrogatório após ser autuado em flagrante pelos crimes de organização criminosa, posse irregular de arma de fogo, lavagem de dinheiro e ocultação de bens, ele não quis confirmar sua verdadeira identidade para os policiais.

[@#galeria#@]

Edson, ou “Tchoka”, foi facilmente identificado, segundo a polícia. Integrante da facção criminosa OKAIDA da Paraíba tem ligação direta com o PCC. Conhecido por facilitar o tráfico entre os estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, o suspeito também já participou de algumas fugas e, por conta disso, a polícia não revelou o hospital que ele se encontra.

Em setembro deste ano, mais precisamente no dia 9, Edson se encontrava na prisão de segurança máxima Romeu Gonçalves Abrantes-PB1, em Jacarapé João Pessoa, quando bandidos explodiram o portão de acesso a unidade. Com relatos de bombas e muitos tiros 105 detentos fugiram, entre eles, Edson Gomes da Silva.

Em 2009, Edson estava detido na delegacia São José do Mipibu em Natal/RN. Bandidos entraram na delegacia para resgatar Edson e outros cinco presos que se encontravam detidos no local. Todos foram libertados. Além disso, as armas e munições dos policiais foram levadas na ocasião.

.

O integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), Renato Carvalho de Azevedo, vulgo Fuzil e XRE, de 28 anos, foi preso em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, na última terça-feira (18). Natural da Bahia, ele é acusado pela execução de mais de 200 desafetos e possui vários mandados de prisão em aberto.

A prisão ocorreu após informações repassadas pelos setores de inteligência das polícias federal e militar para as representações da Polícia Federal e Militar de Caruaru. O foragido estava em um apartamento no 11º andar na companhia da esposa e dois filhos.

##RECOMENDA##

No interior do apartamento, foram encontrados uma pistola calibre .380, dois carregadores sem documentação, cerca de 80 munições .380, seis celulares e 70 gramas de maconha. Na garagem, foram recolhidos três carros, uma moto e outra pequena quantidade de maconha. Segundo a Polícia Federal (PF), todos os veículos estavam com sinais de adulteração.

Renato contou que todos os documentos que possuía eram falsos. Confessou também estar em Caruaru há quinze dias, mas antes se escondia em Campinas-SP após vários integrantes da facção serem presos na Operação Echelon, deflagrada no dia 16 de junho deste ano.

O acusado afirmou ter perdido as contas de quantas execuções praticou mediante utilização de arma de fogo, contra rivais, e enforcamento, contra membros do PCC que tenham infringido o Estatuto da Facção. Renato comentou também ter participado de vários confrontos contra o Comando Vermelho e mediou julgamentos, decidindo se integrantes seriam ou não executados.

Esta é a terceira vez que ele é preso. Renato recebe ajuda financeira do PCC para seu sustento. Agora ele também foi autuado por posse irregular de arma de fogo, posse de drogas, lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Em sua audiência de custódia, teve a prisão preventiva confirmada, sendo encaminhado ao Presídio de Limoeiro. Renato entrou para o PCC em 2015, tendo feito o 'batismo' na penitenciária de Lavínia, em São Paulo.

Promotores e delegados de polícia ouviram nesta segunda-feira (17) no presídio de Presidente Venceslau (SP), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). O criminoso foi questionado sobre planos de ataques a autoridades, mas detalhes do depoimento não foram revelados.

Pelo menos cinco promotores participaram do interrogatório ao detento por cerca de três horas. Eles fazem parte da força-tarefa montada para investigar as ameaças que foram descobertas neste mês por meio de monitoramento de mensagens saídas de dentro do presídio para comparsas dos criminosos.

##RECOMENDA##

Marcola foi ouvido em uma sala da Penitenciária 2, a P2, onde cumpre pena no complexo prisional.

As mensagens da facção criminosa foram descobertas em cartas com duas mulheres que visitaram presos no local. Elas foram escritas de forma codificada, mas o Ministério Público teria decifrado os textos e estaria estudando a transferência de Marcola e de outros líderes para presídios de segurança máxima fora de São Paulo.

Alvos

Pelo que foi apurado pela promotoria por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), entre as futuras vítimas do PCC estariam o secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, o deputado estadual Coronel Telhada (PP) e o coordenador de presídios Roberto Medina. Todos eles foram avisados sobre a possibilidade de atentados e tiveram a segurança reforçada.

Antes disso, outro plano foi descoberto, dessa vez envolvendo o investimento de R$ 100 milhões em um ataque para libertar Marcola da prisão. O motivo seria justamente a intenção das autoridades de transferir o líder da facção, condenado a mais de 200 anos, para um presídio federal.

O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) descobriu que o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem cinco alvos em seu plano de atentados contra autoridades em São Paulo. O atual secretário da Administração Penitenciária (SAP), Lourival Gomes, e o deputado estadual Coronel Telhada (PP) completam a lista que tem o ex-secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto, o promotor Lincoln Gakiya e o coordenador dos presídios na região oeste do Estado, Roberto Medina.

A descoberta da existência de novos alvos da facção criminosa foi relatada na sexta-feira (14), pelos promotores de Justiça Sebastião José Penna Filho Brasil, do setor de inteligência do Ministério Público de São Paulo, e Amauri Silveira Filho, secretário executivo do Gaeco, ao procurador-geral de Justiça Gianpaolo Poggio Smanio. "Considerando a gravidade, levamos estes fatos ao conhecimento de vossa excelência, com a sugestão de que as autoridades nominadas sejam comunicadas", escreveram os promotores.

##RECOMENDA##

De fato, todos os citados no documento foram informados pelo MPE sobre os planos da facção e colocados sob escolta policial. A ordem para matar as autoridades seria uma represália à possível transferência de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o sistema prisional federal. Atualmente, o líder máximo da facção está com parte da cúpula do grupo na Penitenciária 2 (P2) de Presidente Venceslau, na região oeste do Estado. Marcola é o único líder de facção criminosa que permanece fora do sistema federal.

Ferreira Pinto, ex-secretário da Segurança Pública e da Administração Penitenciária, foi o primeiro dos alvos a ser posto sob escolta da PM. O plano para matá-lo foi descoberto há quase um mês pela inteligência da PM e agora foi confirmado pelo Gaeco. No dia 8, a polícia prendeu em Presidente Venceslau Maria Elaine de Oliveira e Alessandra Cristina Vieira que iam visitar os presos Julio Cesar Figueira e Mauro Cesar dos Santos Silva, ambos detidos no Raio 1 (seção da cadeia) da P2, o mesmo onde está Marcola. Com as duas, os policiais encontraram mensagens codificadas que foram decifradas. O texto relatava os preparativos da facção para matar Medina e Gakiya, que é especializado em investigar a facção criminosa.

Fontes

No documento enviado ao procurador-geral, os promotores relatam que núcleos do Gaeco obtiveram com outras fontes informações sobre os planos para matar Lourival Gomes, que ocupa a pasta da Administração Penitenciária desde 2009, e do deputado Coronel Telhada. Em 2010, Telhada era comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) quando o PCC tentou matá-lo. Os bandidos dispararam 11 tiros contra o policial, que conseguiu escapar. Na época, a tropa comandada por Telhada era responsável por algumas das principais ações contra a facção no Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Foto: TV Globo/Reprodução

Cartas decifradas pela Polícia Militar de São Paulo apontaram um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para matar um promotor que combate a facção no interior do Estado e o coordenador dos presídios da região oeste. O material com as ameaças da facção estava com duas mulheres que haviam visitado presos na região de Presidente Venceslau. Elas foram detidas pelas Rondas Ostensivas de Aguiar (Rota) da PM no sábado (8).

##RECOMENDA##

De acordo com a PM, as cartas foram escritas de forma codificada. Nelas, há mensagens de integrantes da facção. Conforme apurado pela PM, em um dos textos o os bandidos indicam a rotina do promotor e do coordenador. "A cidade dele é bem maior pra dar balão, depois é mais difícil, mas os irmãos tão nessa pegada", diz.

Outra carta, datada de 2 de dezembro deste ano, afirma: "Os amigos querem informações toda semana para saber se vocês estão chegando com a sintonia com lealdade já demonstrada em outras situações importantes para a família."

Em nota, o Ministério Público de São Paulo afirmou que reforçou a segurança pessoal de Lincoln Gakiya. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que tomou medidas de segurança para o funcionário Roberto Medina.

Também por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) diz que "adotou, há algum tempo, todas as providências necessárias ao impedimento de eventuais ações em Presidente Venceslau incluindo a proteção da população local e do efetivo policial empregado na missão. Por determinação da pasta o promotor citado já está sob escolta policial".

O documento estava com Maria Elaine de Oliveira e Alessandra Cristina Vieira, mulheres de presos da Penitenciária 2 (P2) de Presidente Venceslau, onde cumprem penas os chefes da facção criminosa, entre eles Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. A polícia o encontrou na bolsa de Maria Elaine, guardada no carro dirigido por Alessandra.

De acordo com a inteligência da polícia, nele havia a transcrição de dois "salves", comunicados da facção com ordens ou pronunciamentos de sua cúpula e a resposta dos subordinados. No primeiro, os bandidos afirmam à cúpula que estão com o levantamento completo do primeiro alvo, chamado pelos bandidos de "frango". "Dá pra fazer ele a hora que quiser. Nóis (sic) já tem o carro e o orário (sic) tudo dele." O alvo seria Medina, que, como coordenador dos presídios da região oeste, tem sob suas ordens a P2.

##RECOMENDA##

A comunicação continua afirmando que o outro "frango", o "japonês" (o promotor Lincoln Gakiya, responsável por investigar a atuação da cúpula da facção) "é um pouco mais complicado". O problema aqui seria a rota de fuga depois do ataque. "A cidade dele é bem maior", diz o documento, que estava criptografado e foi decodificado pelos agentes.

O segundo "salve" codificado mostra que a missão de matar as duas autoridades seria cumprida pelo setor do PCC conhecido como "sintonia restrita", responsável por assassinatos de integrantes do sistema penitenciário federal em 2016 e 2017. Ele havia sido enviado pela cúpula da facção ao grupo. "Essa missão é de extrema, pois se o amigo aqui for para a federal, essa situação tem que ser colocada no chão de qualquer forma", diz o "salve".

O documento prossegue mostrando a importância que a cúpula dá para a missão. "Os amigos querem informações toda semana para saber se vocês estão chegando com a sintonia com lealdade já demonstrada em outras situações importantes da família. Infelizmente a carona não deu certo. Existe (sic) traidores no meio de nois (sic) mas esses na melhor hora vão ter a resposta à altura".

Pedido

Na semana passada, o Ministério Público Estadual (MPE) apresentou um pedido assinado por uma dezena de promotores em que se solicitava à Justiça a transferência de Marcola e outros 13 integrantes da cúpula da facção. O Judiciário ainda não decidiu o que fazer. Em novembro, a Justiça havia determinado a ida de seis presos da chamada Sintonia de Outros Estados e Países para o sistema federal, em razão da participação deles nos crimes descobertos durante a Operação Echelon, como a execução de dezenas de rivais em outros Estados e o tráfico de drogas.

A cúpula da facção de imediato começou a planejar uma represália. Seu plano era matar o ex-secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto. Também planejou um resgate da cúpula, por meio do ataque à P2 de Presidente Venceslau. Para tanto, mercenários foram contratados para explodir a muralha e extrair de suas celas os chefes da facção, que seriam transportados para o exterior em aviões. Desde que os dois planos foram descobertos, Ferreira foi posto sob segurança e quase uma centena de homens do Comando de Operações Especiais (COE), armados com metralhadoras, e das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), blindados e helicópteros foram levados para Presidente Venceslau, a fim de proteger o perímetro.

A inteligência desconfia que a descoberta desses planos é o que explica a referencia à "carona" feita em um dos "salves" apreendidos. Com as duas havia ainda bilhetes com anotações sobre o "bob geral dos pavilhões". Segundo a polícia, trata-se de contabilidade de venda de maconha (bob) nos presídios. Ao lado de indicações sobre quilos, havia anotações sobre valores das vendas de até R$ 7,5 mil.

Visita

Com base nos documentos, a Seccional de Presidente Venceslau prendeu em flagrante as duas sob as acusações de colaboração com tráfico e organização criminosa. Uma das mulheres estava registrada como visita na P2 de um detentos que divide a cela com Marcola, o que seria outro indício de que o líder do PCC estaria por trás dos planos de atentados contra as autoridades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) planeja assassinar o ex-secretário da segurança Pública Antonio Ferreira Pinto para ameaçar o governo de São Paulo, com o objetivo de impedir a transferência de líderes da facção criminosa de penitenciárias estaduais para o sistema prisional federal.

O plano para matar o ex-secretário foi descoberto há cerca de 20 dias quando comunicações entre integrantes da organização foram detectadas pela Polícia Militar. Desde então, Ferreira Pinto está sob proteção policial. Procurador de Justiça, ele havia dirigido a secretaria entre 2009 e 2012 - antes foi secretário da Administração Penitenciária de 2006 a 2009.

##RECOMENDA##

A Segurança Pública não revelou quantos homens estão fazendo a proteção do secretário. Também não informou se outras autoridades estão sob a mira da facção. A escolha de Ferreira Pinto como alvo é simbólica.

Foi ele quem decidiu pela primeira vez enviar ao sistema prisional federal líderes da facção envolvidos em assassinatos de agentes públicos em São Paulo.

Para lá foram Roberto Soriano, o Tiriça, e Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí. Em 2016, foi a vez de o Estado mandar para o sistema federal outro líder do grupo: Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, sob a acusação de ele ter ordenado a rebelião no Centro de Detenção de São José dos Campos.

Na semana passada, parte do segundo escalão do PCC teve a transferência a prisões federais deferida pela Justiça com base em dados da Operação Echelon, em que o Ministério Público Estadual investigou a atuação da chamada Sintonia dos Estados e outros países, setor responsável pelo controle da facção fora de São Paulo. O grupo era acusado de ordenar dezenas de homicídios de bandidos rivais e atentados contra agentes penitenciários federais.

Outro pedido de transferência da cúpula da facção está sendo preparado pelo Ministério público Estadual, que quer mandar o líder máximo do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o sistema federal. Nas unidades mantidas pela União, de segurança máxima, estão os chefes das demais facções do País - a única exceção é Marcola. A decisão de mandá-lo ao sistema federal enfrenta resistência dentro do governo do Estado. A atual gestão da Segurança Pública acredita poder controlar melhor a facção se a cúpula do PCC continuar no sistema prisional paulista.

Planos

O atentado contra Ferreira Pinto não é o primeiro plano terrorista que estava sendo preparado pela facção e foi descoberto pela polícia este ano. Antes do 1.º turno das eleições, a Polícia Federal havia interceptado comunicações da cúpula do PCC. As gravações mostravam que os bandidos planejavam ações contra autoridades, órgãos públicos e integrantes do sistema penitenciário federal. O motivo era a suspensão de visitas íntimas de membros das organizações criminosas detidos nas penitenciárias federais.

Depois, no início de outubro, nova ameaça foi descoberta: o plano de resgate de parte da cúpula da facção, detida na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, na região oeste de São Paulo. É lá que está presa a cúpula do PCC. Temendo endurecimento no tratamento após a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, os bandidos teriam contratado mercenários para atacar a prisão e retirar Marcola de lá. O grupo usaria um avião para levar o bandido ao exterior, provavelmente a Bolívia.

Para impedir isso a Segurança Pública fechou a pista do aeroporto de Presidente Venceslau e enviou à cidade homens das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e do Comando de Operações Especiais (COE). Especialistas em salvamento em selvas e em luta antiguerrilha, homens do COE levaram metralhadoras MAG, de calibre 7,62 mm, para proteger o perímetro da prisão, além de blindados da tropa de choque. No começo do mês, a Rota detectou o sobrevoo de um drone na área e o perseguiu. A prisão continua cercada pela tropa de choque. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça de São Paulo determinou a transferência de pelo menos seis integrantes da cúpula da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) a um presídio federal. Os envolvidos foram investigados pela Operação Echelon, que apontou o controle de negócios da facção por detidos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista.

Nas decisões, o juiz Paulo Sorci, da 5.ª Vara de Execuções Criminais de São Paulo, cita as atividades realizadas pelos detentos no presídio. "O grupo criminoso mantém em andamento projetos de tomada de pontos de vendas de drogas que estão sob controle de facções rivais, mantém o propósito de cometer assassinatos e, inclusive, idealizaram os atentados contra agentes públicos e prédios públicos no início de junho de 2018 nos Estados de Rio Grande do Norte e Minas", escreveu o juiz. "Como se verifica, o grande objetivo desse núcleo criminoso está na disseminação do modo de agir da facção criminosa autodenominada PCC, para os demais Estados brasileiros."

##RECOMENDA##

As decisões foram assinadas entre o dia 19 de outubro e o dia 15 deste mês e referem-se a Cláudio Barbosa da Silva, o Barbará, Almir Ferreira, o Nenê da Simioni, Reginaldo do Nascimento, José de Arimateia Pereira, Cristiano Gangi e Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden (foto abaixo).

Os presos citados nas sentenças chefiavam a célula do PCC encarregada de expandir os negócios da quadrilha fora de São Paulo. Eles haviam assumido a função após outros 14 detentos, incluindo o líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, terem sido transferidos para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), área de isolamento no presídio de Presidente Bernardes, também no interior paulista, no ano passado.

As sentenças proferidas por Sorci são desdobramentos da Echelon e não têm relação com um pedido feito à Justiça este mês pelo Ministério Público Estadual (MPE) para transferir chefes do PCC a presídios federais. Em outubro, a polícia descobriu um plano de resgatar a cúpula da facção da penitenciária em Presidente Venceslau - até o aeroporto da cidade foi fechado para impedir essa ação.

O Estado cogitou transferir os líderes do PCC, mas a ideia dividia opiniões dentro do governo paulista. O Primeiro Comando é a única organização do crime organizado no Brasil cujos membros da cúpula não estão em um presídio federal.

Salves

Nas sentenças, Sorci cita a troca de mensagens entre os detentos. "Descobriu-se que aqueles presos 'escolhidos' escreviam 'mensagens', conhecidas como 'salves', que deveriam ser enviadas para líderes que se encontravam livres (foragidos e libertados), sendo que outros detidos codificavam os bilhetes."

A investigação que culminou na Echelon, deflagrada pela Polícia Civil e pelo MPE em junho contra membros do PCC, partiu de uma "pescaria" feita nos dutos de esgoto das raias da Penitenciária 2. A interceptação das mensagens foi feita com a instalação de telas.

A investigação também apontou a existência de ordens para matar policiais e agentes penitenciários. Para o juiz, mesmo detidos em penitenciária de segurança máxima, houve "práticas delitivas gravíssimas", o que justificaria a transferência.

O juiz determinou a transferência dos detentos pelo prazo de 360 dias. Procurada pela reportagem nesta quarta-feira, 21, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) não quis se manifestar sobre as sentenças. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A advogada argentina Laura Marcela Casuso, de 54 anos, que defendia o narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, foi assassinada a tiros, na noite desta segunda-feira (12) em Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com o Brasil. Conforme a polícia paraguaia, a morte está relacionada com a guerra entre facções brasileiras para o controle do tráfico na região.

Laura atuava também na defesa do traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o "Marcelo Piloto", ligado à facção carioca Comando Vermelho e preso no Paraguai desde dezembro de 2017.

##RECOMENDA##

A advogada foi atingida por oito disparos de pistola 9 mm quando saía de uma reunião, no centro da cidade, para atender a um telefonema. Ela foi emboscada quando se preparava para embarcar em seu SUV Range Rover, com placa brasileira do município paulista de Santana de Parnaíba.

Laura chegou a ser levada para um hospital, passou por uma cirurgia, mas não resistiu. Conforme o secretário de Segurança Pública de Pedro Juan Caballero, Teófilo Giménez, a suspeita é de que os assassinos sejam brasileiros. O crime aconteceu a 400 metros da linha de fronteira e os atiradores estavam a bordo de uma Toyota Hillux que teria sido furtada no Brasil.

Uma das hipóteses é de que a advogada tenha sido morta a mando de um de seus clientes. O Comando Vermelho divulgou recentemente vídeo em que ameaça matar a procuradora-geral do Paraguai, Sandra Quiñonez, em represália ao tratamento dado a seu líder, Marcelo Piloto, preso no país desde dezembro passado. Dias antes, o traficante havia declarado que pagava para receber proteção de um alto oficial da Polícia Nacional do Paraguai, o diretor geral de Investigações Criminais Alberto Cañete. O comissário negou a acusação.

Foi a advogada quem organizou a entrevista coletiva em que, da prisão, o traficante carioca Marcelo Piloto, afirmou ter feito o pagamento de propina a oficiais da Polícia Nacional do Paraguai. Considerado um estrategista do Comando Vermelho, responsável pelas rotas de drogas e armas, 'Piloto' foi condenado a 26 anos de prisão pela Justiça do Rio de Janeiro e teve pedida sua extradição para o Brasil.

Polícia paraguaia encontrou carro-bomba

Na coletiva, no início deste mês, o traficante brasileiro também assumiu crimes que teria praticado no Paraguai, o que seria uma estratégia para não ser extraditado, já que teria de responder pelos crimes à justiça paraguaia. No dia 4 de outubro, com a ajuda da PF brasileira, a polícia paraguaia prendeu cinco traficantes que planejavam resgatar 'Piloto'. Semanas depois, um segundo plano de resgate com o uso de carros-bomba levou o Ministério Público a declarar o preso "terrorista".

Por sua vez, Jarvis Pavão é apontado pela polícia brasileira como um dos maiores fornecedores de cocaína para o Brasil. Preso no Paraguai, ele foi extraditado para o Brasil em dezembro de 2017 e cumpre pena de 17 anos e 8 meses no presídio federal de Mossoró (RN). Laura, a advogada argentina falava português fluentemente e costumava circular pelo Brasil.

Ela teria atuado também na defesa do traficante Elton Leonel Rumich da Silva, o 'Galã', de 34 anos, preso em março deste ano, no Rio de Janeiro, com documentos falsos.

Região vive disputa intensa desde 2016

Pavão e 'Galã' são suspeitos de envolvimento no atentado que matou o megatraficante Jorge Rafaat Toumani, em Pedro Juan Caballero, em junho de 2016, desencadeando uma guerra na fronteira. Até então considerado 'intocável', o chefão das drogas foi atingido por disparos de metralhadora ponto 50 que estraçalharam seu utilitário Hammer blindado.

Ao menos 50 mortes, nos últimos dois anos, são atribuídas à rivalidade entre as facções brasileiras pelo controle da fronteira. Em um único dia, 17 de outubro último, cinco pessoas supostamente ligadas ao tráfico internacional foram executadas a tiros, em Pedro Juan Caballero e na brasileira Ponta Porã. Uma das vítimas, o piloto brasileiro Mauro Alberto Parreira Espíndola, de 58 anos, trabalhou para o narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, também preso na penitenciária de Mossoró.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando