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Criadas cuidadosamente por suas cores e beleza, as carpas koi se transformaram em um ícone no Japão e podem ser vendidas por centenas de milhares de dólares e, inclusive, participar de concursos de beleza de peixes.

Estas carpas são populares há décadas no Japão, onde os criadores guardam seus exemplares mais valiosos, conhecidos como nishikigoi, para "desfiles de beleza" muito competitivos.

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Em um desses concursos em Tóquio, juízes de terno e gravata, com blocos de notas na mão, analisam os aquários dispostos em uma rua de pedestres da capital japonesa com as valiosas carpas koi.

O que está em jogo não é uma questão econômica, mas de prestígio.

Suas cores brilham com o sol: branco nacarado, vermelho intenso, cinza nuvem, azul escuro, amarelo dourado... Mas o contraste e as cores juntos só contam 30% neste concurso.

O que mais tem peso na nota final, 60%, são as curvas destes peixes, explica à AFP Isamu Hattori, presidente da principal associação japonesa de amantes de nishikigoi, que organiza este evento em Tóquio todos os anos.

Os 10% restantes são provavelmente o critério mais difícil de avaliar: o "hinkaku", a presença da carpa.

- 'Muitos segredos' -

"As carpas levam o hinkaku em seus genes desde seu nascimento", afirma à AFP Mikinori Kurihara, criador de nishikigoi em Kazo, ao norte de Tóquio.

Em seu sítio, milhares de pequenos nishikigoi nadam em tanques interiores com água filtrada, separados por idade e cor.

As carpas koi não selecionadas, muito mais numerosas, têm menos sorte: esperam em grandes tanques exteriores para serem compradas como alimentos para peixes tropicais.

"É um ofício realmente delicado e verdadeiramente difícil. Tudo conta: o sol, a qualidade da água, a alimentação", explica Kurihara, de 48 anos, que herdou a paixão pela criação destes peixes de seu pai e inicia agora seu filho de 24 anos no negócio.

"Temos muitos segredos", conta. "Mas ainda que os contemos a alguém, não vai adiantar, é preciso senti-lo", acrescenta.

Hoje em dia não há jardim tradicional japonês que se preze que não tenha um tanque com nishikigoi, embora sua criação seja relativamente recente.

Há uns 200 anos, habitantes da região montanhosa de Niigata (noroeste do Japão) começaram a favorecer a reprodução de raras carpas que não eram marrons, com fins ornamentais.

A paixão foi ganhando espaço em todo o Japão, e ultimamente também em outros países asiáticos, sobretudo na China, onde essas carpas simbolizam a perseverança que leva à riqueza.

É "como as pessoas que sobem na escala social", explica à AFP Yutaka Suga, professor no Instituto de Estudos Avançados sobre a Ásia da Universidade de Tóquio.

- 'Paz interior' -

As exportações japonesas de nishikigoi alcançaram em 2016 um recorde de 295 toneladas, para um volume de negócios de 3,5 bilhões de ienes (quase 27 milhões de euros), um aumento de quase 50% em relação a 2007, segundo o Ministério da Agricultura.

No total, 90% da produção local é exportada e leiloada. "Os preços se tornaram insanos. Agora os koi de dois anos podem ser vendidos por 30 milhões de ienes por unidade [cerca de 226.000 euros], enquanto há 10 anos, dois milhões de ienes [15.000 euros] já eram bastante", relata Hattori.

Mas assim como ocorre com os cavalos de corrida, os proprietários estrangeiros costumam deixar suas carpas mais valiosas em seus sítios japoneses, para que possam participar das prestigiosas competições do país, reservadas aos aquicultores locais.

É o caso de Yuan Jiandong, um colecionador chinês de nishikigoi que foi a Tóquio ver alguns de ser peixes competirem.

"Para mim, isto não é uma forma de fazer dinheiro, mas de gastá-lo por prazer", assegura rindo este chefe de uma empresa farmacêutica de Suzhou, perto de Xangai.

No entanto, não se trata só de mostrar a riqueza. "Quando você vê estes lindos peixes ondularem em seu tanque, se esquece do estresse e encontra a paz interior", assegura. E isso não tem preço.

A Páscoa será celebrada no dia 16 de abril e os ovos de chocolates estão custando mais caro quando comparados ao preço cobrado por barra de chocolate ou uma caixa de bombons. A Fundação Procon-SP listou alguns cuidados que devem ser tomados pelos consumidores quando forem fazer as compras de peixes e ovos de páscoa.

Veja as recomendações:

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Ovos de Páscoa:

– Como ocorre com outros alimentos, a embalagem de ovos ou da barra de chocolate deve estar em boas condições de armazenamento. Verifique se há sinais de violação do conteúdo. Evite produtos amassados ou com furos na embalagem;

– Quando houver inclusão de brinquedos observe se a embalagem contém o selo com a idade recomendável para seu uso. A embalagem do produto também deve trazer a seguinte frase: “Atenção! Contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade”;

– Os rótulos devem trazer, além da identificação do fabricante, a data de validade, o peso e a a composição (ingredientes);

– Uma pesquisa do Procon-SP feita no ano passado mostrou que o valor médio de uma barra de chocolate de 125 gramas era R$ 5,24. Já um ovo de páscoa da mesma marca, com personagens infantis na embalagem e pesando 120 gramas, chegava a custar mais de R$ 40,00. Por isso, avalie bem antes de comprar.

Peixes:

– Peixes frescos devem estar conservados em gelo. A higiene e o armazenamento são itens importantes. No supermercado devem estar em balcão frigorífico e na feira é necessário ter gelo picado por cima, estar exposto em balcão de aço inox inclinado e protegido do sol e de insetos, além de ser obrigatório que o feirante use luvas descartáveis;

– No caso do peixe congelado que é vendido em embalagens, o balcão onde estiver armazenado não pode estar superlotado. Isso impede a circulação do ar frio e compromete a qualidade do produto;

 – Quanto ao bacalhau, procure conhecer a procedência. Uma boa pesquisa de preços e tipos pode levar a uma compra mais acertada. Não adquira se ele estiver com manchas avermelhadas ou pintas pretas no dorso, sinais que indicam a presença de bolor ou deterioração.

Não se iluda, nem todo restaurante em que você pede salmão e atum, se come o salmão original - o de água gelada - ou o atum de verdade. Especialistas apontam que na maior parte dos restaurantes que servem a iguaria oriental, substituem os peixes tradicionais por outros semelhantes e de qualidade não tão boa quanto.

No caso do salmão, o peixe vendido é a espécie criada em cativeiro ou até mesmo a truta salmonada - outro peixe, que se alimenta de uma ração que muda a cor de sua carne. Já o 'atum' que comemos é a Albacora, conhecido como o atum de águas quentes. 

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Um dos especialistas ouvidos pelo LeiaJá foi o professor do curso de gastronomia do Senac, Victor Borba. “Nem todo salmão que chega no estado e em grande parte do Brasil é o salmão verdadeiro, o selvagem, e sim o de cativeiro, que vem direto do Chile. Ou ainda a truta salmonada, mais encontrada nas águas do litoral nordestino. Dificilmente o consumidor vai encontrar algum salmão que não seja de cativeiro. O salmão selvagem é muito mais caro e poucos estabelecimentos que servem sushis têm acesso a ele”, explica.

Na mesma linha de opinião, um chef de cozinha, que preferiu não se identificar, afirma que a troca de produto é comum. “É normal que os restaurantes substituam o salmão selvagem e o atum por outros tipos de peixes, como a Truta Salmonada (no lugar do salmão) e a Albacora (uma das espécies do atum de menor classificação). Não é todo lugar que você chega para comprar salmão, que você vai encontrar. É mais difícil conseguir. Eu posso afirmar que de fato, quando você vai consumir esse peixe em um restaurante, na maioria das vezes, não é salmão ou atum”, afirma. 

Para o professor do Senac, não se pode aceitar que um estabelecimento adquira truta salmonada e repasse para o consumidor como sendo o legítimo salmão. “O salmão de cativeiro é bom, não é ruim. Mas não deixa de ser perigoso como qualquer outro peixe servido cru. A forma de armazenar, de cortar é o que interfere em um bom sushi. Mas seria bom que os restaurantes esclarecessem para os consumidores no cardápio que o salmão fornecido é o salmão de cativeiro, não o selvagem”, aconselha Victor Borba.

Victor ensina também a forma mais prática de identificar se o peixe ali servido é atum ou albacora é na cor. "A albacora é uma espécie de atum muito comum no nordeste, e é mais clara que o atum, que é bem vermelho. Já a principal diferença entre o salmão e a truta salmonada é o brilho e o tamanho. A truta é bem menor e mais opaca". 

Restaurantes

Procurado pelo LeiaJá, o gerente do Tepan, Wellington de Almeida, afirma que o estabelecimento serve realmente o atum da melhor qualidade, mas o salmão é o de cativeiro. “O atum eu conheço bastante, por que eu vendo atum. Albacora e atum são o mesmo peixe, a diferença é que o atum é o peixe já adulto, e a albacora é o peixe mais novo. Nós servimos o atum, o peixe adulto”, afirma. “Nós servimos o salmão de cativeiro, mas no nosso cardápio não tem descrito. Colocamos que é o salmão. Hoje eu acredito que nenhum restaurante descreve e até mesmo serve o salmão selvagem”, conclui. 

Os restaurantes Udon e Zen também se pronunciaram. De acordo com Hugo Albuquerque, o Udon não fornece a truta salmonada, e sim o salmão de cativeiro. E o atum é o de melhor classificação. Já o Zen disse que compra o atum mais caro. "Fornecemos o melhor para os nossos clientes. Compramos o salmão de cativeiro que vem do Chile, mas não é a truta salmonada”, afirmou um dos sócios da empresa, Renato Tapel.

Propaganda enganosa?

Danielly Sena, gerente jurídica do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor – PROCON, esclareceu o que o consumidor deve fazer. “No primeiro momento, se o consumidor já consegui analisar a olho nu que não é o tipo do peixe escolhido, de imediato deve ser chamado o responsável do restaurante e fazer a reclamação para ver se é resolvido. Se não resolver, solicitamos que o cliente procure o PROCON para fazer a sua reclamação”, aconselha.

Em caso de denúncia, a gerente jurídica lembra que é interessante que o cliente tenha algum comprovante de pagamento ou do pedido, entre outras coisas que possam ajudar na hora de provar o ocorrido. "É muito importante que o cliente consiga o máximo de provas possíveis, inclusive fotos do cardápio e do prato para que facilite o processo”, afirma Sena.

Para abrir uma reclamação, o interessado deve comparecer à sede do órgão, no Bairro de São José, no Recife. “É um direito de o consumidor cobrar. Denuncie, essa é uma forma de a gente coibir para que outras empresas sirvam de exemplo e não venham praticar essa violação. Se você não denuncia, não só você está sendo pacífico e perdendo seu direito”. 

A hipótese de que o consumo de peixe vem causando uma doença misteriosa em Salvador provocou uma redução de quase 70% nas vendas de pescado, principalmente no litoral Norte, região de praias famosas e bem freqüentadas neste verão.

A informação é da Federação dos Pescadores e Aquicultores do Estado da Bahia (Fapesba), que emitiu, hoje (21), uma nota onde “condena o boato” de que a causa da doença é o pescado em geral.

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Segundo o presidente da Fapesba, Raimundo Costa, os boatos alimentam o pânico na população, que deixa de consumir peixes e causa impacto na renda dos trabalhadores que têm a pesca como fonte de renda, sobretudo, no período da alta estação, que começa agora em dezembro.

“Nós já estamos passando por uma crise financeira nacional, e essa informação em plena véspera de Natal, Ano Novo, chegada do verão e o fluxo de turismo aumentando, impacta qualquer comércio ligado ao pescado. Isso interferiu na economia dos trabalhadores e na economia do estado também, sobretudo, de Salvador”, argumenta.

Dores musculares e febre

Até ontem (20), a Secretaria de Saúde da Bahia havia notificado 22 pessoas com fortes dores musculares, sem relatos de dores de cabeça ou febre e com identificação de urina preta , além de insuficiência renal em alguns pacientes.

A Fapesba destacou, na nota de hoje, que os casos registrados estão sendo investigados pelo Laboratório de Virologia da Universidade Federal da Bahia, que identificou a presença de vírus nas amostras de sangue dos pacientes.

O pesquisador do laboratório, Gúbio Soares, disse à  Agência Brasil que as causas dos sintomas devem ser confirmadas até o fim do ano. Ele opinou que a associação da doença ao consumo de peixes é precoce, argumento utilizado, também, pela Fapesb.

Ao fim da nota, a Federação dos Pescadores diz que a população é advertida sobre o consumo de peixes, que não apresentam riscos comprovados, quando manuseados e conservados de forma higiênica e adequada. O texto reitera a importância de se comer peixes e acrescenta que “sua vulnerabilidade à contaminação é a mesma de qualquer outro alimento”.

Um episódio chocante pôde ser visto durante esta semana em Nova York, nos Estados Unidos, mais especificamente pelos moradores Hampton Bays. Milhares de peixes foram encontrados mortos em um canal local por falta de oxigênio nas águas. O fato fez com que toda a superfície do espaço ficasse encoberta por peixes mortos ou prestes a morrer. 

De acordo com o site Gizmodo, o Departamento de Conservação Ambiental do Estado de Nova York se pronunciou e informou que os peixes foram parar neste canal durante uma fuga de predadores. Pela regra do local, o canal é fechado durante a noite, o que impossibilita a reciclagem da água, consequentemente, do oxigênio presente, o que dificultou a respiração da enorme quantidade de animais. Além disso, não possibilitou a saída dos peixes para outras águas.  

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Diante disso, milhares deles morreram asfixiados, deixando a cena triste e fétida. Ao abrirem as comportas do canal, no dia seguinte, muitos dos peixes mortos foram levados para o mar ou a água os encaminhou para a costa. Poucos conseguiram sobreviver e saíram nadando em busca do mar. 

Pescadores locais ainda capturaram alguns peixes já mortos para servirem de isca para a pesca de lagostas, mas, o departamento ambiental informou que irá realizar testes nas águas do canal.

O Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Pernambuco concluiu e divulgou  uma pesquisa que estabelce comparações no preço dos produtos mais utilizados durante o feriado da Páscoa.  De acordo com a tabela divulgada pelo órgão, alguns preços caíram, a exemplo de crustáceos, que neste ano de 2016 estão mais em conta para o consumidor. Outros se mantiveram no mesmo valor, como alguns tipos de peixes e o valor do azeite aumentou mais de 50% em relação aos valores de 2015.

Na pesquisa, dos 33 tipos de peixes pesquisados, o que apresentou o maior aumento foi o filé de merluza que custava que, no ano passado o quilo custava R$ 10,98. Este ano, a mesma quantidade chegou a R$ 17,90. A tilápia e a cioba inteira mantiveram seus valores e o salmão teve uma queda de 9,13%.  Entre os crustáceos, os quilos do marisco e do sururu foram os que mais caíram. Ambos apresentaram uma queda de - 13,33%. Em 2015, o quilo era comprado a R$ 15,00, este ano pode ser adquirido por R$ 13,00.

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Já na área de mercearia, onde são pesquisados azeites, leites de coco e vinhos, foi o setor que apresentou o maior aumento. O azeite galo subiu de R$ 10,90 para R$ 17,09, registrando um aumento de 56,79%. De acordo com inforações do Procon, o levantamento foi realizado em oito estabelecimentos do Recife e um de Olinda. Foram pesquisados no total 33 tipos de peixes, sete de crustáceos e onze produtos de mercearia, totalizando 51 itens. 

No setor de crustáceos, o camarão cinza com cabeça é o produto que apresentou maior diferença de preços: o quilo mais barato pode ser levado por R$ 22,00 e o mais caro R$ 34,90, uma diferença de 58,64%. Já na área de mercearia o produto que apresentou maior disparidade de preços foi o leite de coco de 500ml. O valor mais barato encontrado pela equipe de fiscalização foi R$ 4,85 e o mais caro de R$ 7,75, uma diferença de 59,79%. Entre os peixes, o que apresentou maior diferença percentual foi o Serra em Posta, o valor mais barato encontrado foi R$ 14,90 e o mais caro R$ 28,64, uma diferença percentual de 92,21%.

A Vigilância Sanitária do Recife intensificará as fiscalizações para a Semana Santa. A Operação Pescado passará por mercados públicos, supermercados e feiras livres, de forma definitiva, na quinta (24) e sexta-feira (25), das 7h às 15h. A ação de vistoria foi iniciada na última semana. 

De acordo com o órgão, a meta é garantir a venda de produtos em bom estado de higiene e conservação, sem risco à saúde do consumidor. Maísa Belfort, gerente interina da Vigilância Sanitária, elucida que as penas vão “desde a apreensão do produto até a aplicação de processo administrativo-sanitário, podendo resultar em pagamento de multa”. 

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Além da venda de peixes, o órgão também recorda a necessidade da comercialização devida de chocolates, em local fresco e arejado, longe da exposição direta da luz solar. Os clientes devem estar atentos se as embalagens estão sem furos, nem amassadas, além de conter a data de validade e informações nutricionais. 

O combate ao Aedes Aegypti tem se intensificado a cada dia e, com isso, novas medidas estão sendo elaboradas e já utilizadas na efetivação dessa briga. Como forma de ação contra o mosquito está o uso de peixes em reservatórios de água.

De acordo com o Departamento de Endemias da Secretaria de Saúde do município de Riacho das Almas, agreste de Pernambuco, um estudo divulgado na última terça-feira (1) afirmou que a cidade apresentou redução no índice de infestação, de 7.9 para 1.9 com a adoção de peixes em reservatórios de água. Segundo o pesquisador e médico veterinário, Nelson Batista, o processo realizado pelos peixes nesta medida é de alimentação das larvas. “Os mosquitos depositam os ovos na água e, quando eclodem, as larvas são comidas pelos peixes”, explica.

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Diretor de endemias de Riacho das Almas, Dilson Pinangé diz que o Governo Federal não estava fornecendo os larvicidas de forma regular. Por conta disso, foi detectado o aumento significativo no índice de infestação que precisava ser combatido. “Testamos o uso de guarus e piabas nos reservatórios e o resultado foi bastante positivo. Superou as nossas expectativas”.

O município realiza a captura dos peixes em açudes da cidade por funcionários da prefeitura e os distribui gratuitamente nas residências e pontos comerciais que possuam reservatórios com água limpa e parada. Esses animais são usados em cisternas, tanques e caixas d’água. Em Riacho das Almas, são distribuídos no máximo dois peixes por reservatório. Para o departamento de endemias, essa quantidade de peixes já é suficiente para um combate seguro às larvas do mosquito.

Ao todo, já foram distribuídos aproximadamente 12 mil peixes. O pesquisador ainda afirma que diversos estudos estão sendo realizados sobre o assunto, inclusive, por que os peixes são predadores naturais das larvas. Sendo assim, a medida é bastante eficaz no combate ao mosquito Aedes Aegypti, além de não poluir a água já que não há uso de produtos químicos.

--> Meme do John Travolta, Impeachment e a guerra com o Aedes aegypti. Tudo isso e muito mais no Portal LeiaJá 

A lama que vazou com o rompimento da barragem da Samarco no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, já provocou a morte de 11 toneladas de peixes ao longo do Rio Doce, conforme informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O curso d'água foi atingido pelos rejeitos de minério de ferro da represa. Do volume de peixes mortos recolhidos, oito milhões foram retirados no trecho mineiro do rio, entre os municípios de Rio Doce e Aimorés, e três milhões a partir desse município até a foz, no distrito de Regência, município de Linhares, litoral do Espírito Santo.

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O recolhimento dos peixes, por determinação judicial, é feito pela Samarco com o acompanhamento de equipes do Ibama. Conforme o instituto, o trabalho ainda não foi concluído.

A morte dos peixes é causada basicamente pelo entupimento das guelras por lama. Baixos níveis de oxigênio na água, o que pode ser provocado pela presença em alta quantidade dos rejeitos de minério de ferro, também podem impedir a sobrevivência de animais aquáticos.

Uma equipe de cientistas australianos descobriu que os peixes em perigo de serem devorados emitem uma substância química, uma espécie de "apelo por ajuda", para atrair outros predadores e escapar durante a confusão.

Até o momento os cientistas sabiam que os peixes que são dominados por um predador produzem uma substância em sua pele que alerta os demais sobre o perigo. Mas desconheciam que os "apelos por ajuda" também os ajudavam a sobreviver.

"Após um minuto (de emissão da substância) se produz uma pequena aglomeração de predadores", disse à AFP um dos autores do estudo, Mark McCormick, da Universidade James Cook. "Para os predadores é como se alguém tocasse o sinal que indica o horário da refeição. Então chegam outros predadores e começam a perseguir o primeiro predador que havia atacado o peixe", explicou. O estudo mostra que em 40% dos casos o primeiro predador acaba soltando o peixe, que assim consegue escapar e sobreviver.

A pesquisa, publicada na revista científica Proceedings of the Royal Society B., se concentrou nos peixes Damisela — uma espécie de tamanho pequeno que vive em águas tropicais —, que apresentam características similares a peixes maiores como a truta de coral ou o pargo.

Segundo os cientistas, o próximo passo é investigar porque os pedidos de socorro são menos eficazes com a degradação dos recifes de coral. "Quando os recifes se degradam, os sinais químicos de algumas espécies ficam alterados. O que acontece é que o entorno acaba por modificar ou esconder estes sinais de alarme químicos", explica McCormick, que trabalha no Centro de Estudos dos Recifes de Coral da universidade.

O esmalte de nossos dentes, responsável pelo sorriso brilhante das estrelas, provém das escamas dos peixes - é o que diz um estudo publicado nesta quarta-feira pela revista britânica Nature.

O esmalte é um tecido dentário presente exclusivamente nos vertebrados. Mas a ganoína, tecido que lembra o esmalte, está presente nas escamas de inúmeros peixes fósseis e alguns peixes primitivos que vivem até hoje.

Mas quem veio primeiro: a ganoína ou o esmalte?

Para responder a esta questão, pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, e do Instituto de Paleontologia dos Vertebrados e de Paleontologia (IVPP) de Pequim, avaliaram os dados provenientes de dois campos de pesquisa bastante diferentes: a paleontologia e a genômica.

O estudo genético do Lépisostés (Lepisosteus), um dos raros peixes ainda vivos que apresentam ganoína, revelou a presença de dois dos três genes que codificam as proteínas do esmalte. "Isso nos permite concluir que a ganoína é um tipo de esmalte", explicou à AFP Per Ahlberg, da Universidade de Uppsala.

Por outro lado, os pesquisadores estudaram dois peixes fósseis, o Psarolepis e o Andreolepis, com mais de 400 milhões de anos, e descobriram a presença de esmalte em suas escamas. Mas não em seus dentes.

Resulto: originalmente, o esmalte estava presente na superfície do corpo, mas não nos dentes.

"O esmalte, que para nós é sinônimo de tecido dentário, não é originado nos dentes", garante Ahlberg. "Ele evoluiu sobre a superfície do corpo dos vertebrados, provavelmente de suas escamas, e colonizou os dentes bem mais tarde".

O estudo informa que outras análises de peixes primitivos serão necessárias para confirmar a época e o mecanismo que permitiu ao esmalte colonizar os dentes.

Local das provas de remo e canoagem nas Olimpíadas de 2016, a Lagoa Rodrigo de Freitas, cartão postal carioca na zona sul, enfrenta há dez dias mais uma mortandade de peixes. Foram recolhidas 43 toneladas de savelhas até o fim da tarde desta quinta-feira, 16, e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente reconhece que a situação deverá piorar nos próximos dias.

O cheio forte de peixe em decomposição incomoda quem passa na orla. A prefeitura atribuiu a mortandade a um "choque térmico" causado por chuvas intensas e pelo aumento do nível do mar, que ocasionaram grande entrada de água na lagoa semana passada. A variação de temperatura apontada pelo monitoramento foi de até menos 4 graus.

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Após três sucessivas mortandades no início dos anos 2000, que resultaram em 400 toneladas de peixes mortos, foram feitas obras para reduzir o despejo de esgoto. O que não impediu mortandade menor, há três anos.

"A lagoa é e sempre será um ecossistema frágil. Venho dizendo desde a última mortandade que é necessário plano de contingência para evitar que pequenas mortandades se tornem maiores, se não tiver uma rápida remoção dos peixes. Não é fatalidade, é porque infelizmente falta gestão", disse o biólogo Mario Moscatelli, responsável pelo replantio de manguezais.

Segundo a Companhia Municipal de Limpeza Urbana, dois catamarãs e um barco pequena recolher os peixes. Uma embarcação maior, que poderia agilizar a limpeza, está parada há pelo menos um ano. A secretaria informa que o desequilíbrio continuará nos próximos dias "devido à presença de matéria orgânica decorrente das chuvas e de parte dos peixes (mortos) que permanecem na água e podem comprometer o nível do oxigênio dissolvido".

Começa nesta sexta-feira (27) a Operação Pescado, realizadas nos boxes do Mercado de São José, área central do Recife. A inspeção tem o objetivo de verificar se os comerciantes estão cumprindo com as orientações sanitárias repassadas durante capacitação sobre a qualidade e os cuidados na venda dos peixes para a Semana Santa.

A Operação é realizada em pela Vigilância Sanitária (Visa) da Secretaria de Saúde do Recife, em parceria com Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), Procon-PE e Delegacia do Consumidor. Além dos mercados públicos, também serão fiscalizadas as peixarias, supermercados e mercadinhos.

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Durante o mês de março, os permissionários de boxes dos mercados públicos, donos de supermercados e mercadinhos do Recife receberam capacitação sobre as exigências para o comércio de pescados. Na última terça (24), os fiscais estiveram no local realizando fiscalização educativa.

Com informações da assessoria

Os vinte maiores chefs de cozinha do mundo participarão, a partir de 8 de junho, de uma campanha para "salvar os oceanos e alimentar o mundo", servindo em seus restaurantes peixes pequenos como anchovas ou sardinhas.

Renomados cozinheiros, como o espanhol Ferrán Adrià, o peruano Gastón Acurio ou o italiano Massimo Bottura, se encontraram nesta terça-feira na cidade espanhola de San Sebastián (País Basco, norte) para apresentar a campanha "Save the Oceans and feed the world" da organização Oceana.

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Com a campanha, a fundação de apelo ecológico busca salvar os mares e, ao mesmo tempo, fomentar o consumo sustentável de peixes, sem explorar espécies em risco de extinção e preferindo, por exemplo, a sardinha, o arenque, a anchova, a cavala ou o carapau - que muitas vezes são pescados não para consumo, mas para elaboração de farinhas e óleos de peixe.

A Oceana considera que com gestão adequada seria possível aumentar a população dos oceanos e, ao mesmo tempo, contribuir para uma melhor alimentação mundial.

"Poderíamos alimentar dezenas de milhões de pessoas simplesmente comendo diretamente as anchovas e outros peixes de forragem, em vez de destiná-los a engordar o salmão de cativeiro", afirmou o diretor executivo da Oceana, Andy Sharpless, no centro culinário de San Sebastián.

Segundo a FAO, as "pescas de redução", que destinam suas capturas a elaborar subprodutos de peixe, representam 37% de todas as pescas mundiais de peixe.

Em 8 de junho, coincidindo com o Dia Mundial dos Oceanos, os chefs, muitos deles donos de estrelas Michelin (ndr: prestigioso guia de restaurantes francês), passarão a oferecer em seus cardápios pratos elaborados com estes peixes, com o objetivo de aumentar seu consumo.

"Se estes chefs usam anchovas, vão ter uma influência sobre o público e vão conseguir uma mudança de hábitos. Serão fonte de inspiração e todo mundo vai querer copiar", previu Sharpless.

"Estamos deixando de usar uma comida maravilhosa", afirmou o chef peruano Gastón Acurio, do restaurante "Astrid y Gastón", que há muito tempo começou a usar a anchova em seus pratos.

Segundo o espanhol Pedro Subijana, dono de três estrelas Michelin, há espécies que as pessoas não cozinham porque não sabem como fazer: "nós temos a missão de ensinarmos".

Milhares de peixes mortos estão tomando as praias de Ilha Comprida, cidade turística no litoral sul do Estado de São Paulo. A mortandade, que ocorre desde a semana passada, se estende por 18 quilômetros de areia.

A prefeitura já recolheu oito toneladas de peixes apenas nas praias da região central, conforme informou a assessoria de imprensa. O mau cheiro incomoda os turistas que procuram as praias tranquilas da região.

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Entre os peixes mortos estão exemplares de corvina, pescada, peixe-espada e até filhotes de tubarão. A presença de cães e urubus atraídos pela mortandade incomoda os moradores.

Ambientalistas relacionam a morte dos peixes ao trânsito intenso de barcos pesqueiros próximos da costa. Na pesca de arrasto para a captura de camarões, os barcos descartam os peixes de pouco interesse comercial que ficam presos na rede.

Muitos espécimes morrem e acabam sendo levadas à praia pela maré. A Polícia Ambiental informou que vai intensificar a fiscalização da atividade pesqueira na região.

Ao menos 40 toneladas de peixes foram mortas pela manta de poluição que escureceu as águas do Rio Tietê, na quinta-feira (27), em Salto, no interior de São Paulo. A mortandade é a maior já registrada no município, segundo o secretário de Meio Ambiente de Salto, João De Conti Neto. Cardumes que subiam o Rio Tietê para desovar nesta época de piracema entraram no Córrego do Ajudante, numa tentativa de fugir da manta poluidora. Mas o córrego, que é raso, não tinha oxigênio suficiente e os peixes morreram asfixiados.

O desastre ambiental causou revolta nos moradores, que protestaram com lenços, rostos pintados e cartazes na beira do rio, enquanto equipes da prefeitura trabalhavam, das 7h de sábado às 16h de ontem, para retirar os peixes, que já atraíam urubus. Foi preciso usar uma retroescavadeira para retirar o material da água.

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Os peixes eram colocados em caminhões e, depois de pesados, eram enterrados. Mesmo assim, centenas de quilos não puderam ser retiradas e espera-se que sejam levadas pela correnteza com as próximas chuvas. "Fizemos 11 viagens de caminhão. É o maior desastre dessa natureza no nosso município", disse o secretário.

Para Conti Neto, "o mais revoltante" é que o município nem sequer foi avisado da existência da manta poluidora e não pôde fazer quase nada. "Fomos pegos de surpresa na madrugada de quinta-feira."

Relatório

Segundo Conti Neto, o município está fazendo um relatório para enviar ao Ministério Público Estadual. "Precisamos encontrar os responsáveis por esse crime ambiental", disse o secretário, acrescentando que "ainda são necessários estudos para confirmar a versão da Cetesb".

A agência ambiental divulgou nota, na quinta, afirmando que a manta foi causada pelo revolvimento de materiais sólidos que estavam no fundo do Tietê e de afluentes e foram levados pela chuva.

A manta poluidora, segundo a SOS Mata Atlântica, atingiu 70 km e passou por diversos municípios, no sentido do reservatório de Barra Bonita. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Villa Foria Pizzaria e Restaurante traz novidades em seu cardápio. A chef Glória Colares inclui agora no menu carnes, peixes e risotos. As combinações inéditas começam com as entradas.

Trouxinhas recheadas, feitas com massa de pastel recheada e acompanhadas de mel de engenho, fazem parte das novidades. Entre as opções de recheio, parmesão, queijo do reino, provolone, gorgonzola e carne de sol com queijo coalho. A brusqueta de parma, com pão artesanal, molho pomodoro, queijo, presunto de parma e lascas de parmesão, e o prosciutto recheado com presunto de parma, catupiry e geleia de damasco são outros destaques dos antepastos.

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Para o menu principal, a chef investiu em massas artesanais, como gnocci de ricota, massa de batata e ricota servida com creme de espinafre e fettuccine da casa, feito com bacon, camarão e molho de gorgonzola. De peixes, inéditos no cardápio da Villa Foria, salmão grelhado ao molho de laranja e mel, acompanhado com risoto de nozes e ervas e o filé de pescada amarela na crosta de castanha, com legumes na manteiga.

Os pratos de carnes são outras novidades do menu do restaurante. Entre eles, filé ao molho de gorgonzola com risoto de goiaba, filé ao molho roti, que acompanha risoto de alho poró e filé ao molho de ervas com fettuccine ao alho poró. As pizzas continuam no cardápio, mas há inovações, somando mais de 25 sabores, entre doces e salgadas. Na lista, salmão maçaricado com cream cheese, peperoni com gorgonzola, frango com pimenta biquinho e presunto de parma com chutney de manga e gengibre e delícia de abacaxi, que vem com doce de leite e leite condensado.

Nas sobremesas, além do bolo de rolo com sorvete de requeijão e calda de goiabada, entram o tiramisu, abacaxi flambado e panna cotta de iogurte com frutas vermelhas, que é nata cozida com calda de frutas vermelhas. O clássico petit gateau e o bolo de chocolate acompanhado com sorvete vanilla, da Dilleto, continuam na lista. O restaurante traz ainda saladas com novos ingredientes, todas acompanhadas de cascalhos de pizza. Entre elas, salada de frango, com mix de folhas, palmito, cubos de queijo coalho e molho caesar, salada de camarão, que vem com mix de folhas, rúcula, manga, abacaxi, tomate cereja, camarão grelhado e molho de mostarda e mel; e a salada de salmão, elaborada com mix de folhas, caponata de berinjela, filé de salmão e molho oriental.

Serviço

Villa Foria Pizzaria (Rua das Graças, 239 - Graças)

Terça, quarta e domingo l 18h às 23h; Quinta, sexta e sábado l 18h à 0h

(81) 3204 7154

Com a chegada da Semana Santa, é comum o comércio ter um aumento de vendas nos peixes e outros frutos do mar. Para orientar consumidores e os próprios comerciantes na hora da compra e venda dos produtos, a Vigilância Sanitária do Recife criou a “Operação Pescados”, que irá fiscalizar as condições de armazenamento e conservação dos alimentos em peixarias e mercados. A ação vai até esta sexta-feira (8).

Segundo a coordenadora da operação, Leila Vânia, caso algum estabelecimento vistoriado seja flagrado com pescados armazenados ou comercializados em desacordo com a legislação vigente, o proprietário poderá ser autuado com as penalidades que vão de multa a interdição.

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Ainda de acordo com a inspetora do órgão fiscalizador, o alimento não pode sofrer mudanças de temperatura. “A gente pede que os alimentos tenham a temperatura adequada mantida. O congelado deve ficar dentro do freezer, já o resfriado deve ser mantido em balcão de refrigeração ou coberto com gelo de modo que não comprometa o nível de resfriamento”, orienta Vânia.

A Vigilância Sanitária também orienta os comerciantes sobre a forma adequada e segura para comercializar os pescados. Caso o comerciante não disponha de balcão de refrigeração, a orientação é que a venda seja feita em pequenas quantidades. Se a equipe de inspeção encontrar um alimento em desgelo, o produto será apreendido imediatamente. O comerciante responsável responderá a um processo administrativo e será autuado de acordo com a legislação vigente.

Já quando o assunto é o consumidor, o órgão dá dicas indispensáveis na hora da compra. Confira a lista abaixo:

- A compra de peixes e frutos do mar deve ser feita em estabelecimentos credenciados a Vigilância Sanitária; 

- Quem for comprar peixe, deve observar se o pescado está com olhos brilhantes, escamas presas e brânquias rosadas ou vermelhas. Também é importante observar também o odor e a coloração do produto;

- Adquirir o pescado em estabelecimentos especializados, como peixarias ou supermercados com estrutura adequada para comportar esse tipo de produto. O peixe deve estar armazenado de forma segura para garantir o sabor e qualidade;

- Se o peixe estiver congelado, o consumidor deve verificar se a embalagem está íntegra e se contém o registro do Serviço de Inspeção Federal do selo do Ministério da Agricultura;

- Quem for comprar camarão, precisa observar se a cabeça e pernas do crustáceo estão bem presas.

- Para quem preferir o sururu, deve perceber se, quando pressionado, o alimento não se desmanche nas mãos;

- Por fim, olhar a data de validade do produto e o ambiente que o mesmo está sendo vendido é fundamental para garantir uma boa compra.

Com informações da assessoria

 

 

 

Novas mortandades de peixes aconteceram entre a tarde deste sábado, 15, e a manhã deste domingo, 16, em três regiões do interior de São Paulo. Os fenômenos estão relacionados à baixa-vazão dos rios, ao calor excessivo e até à volta das chuvas. No Rio Tietê, em Arealva, região de Bauru, 20 toneladas de tilápias criadas em tanques-rede apareceram mortas no sábado. Uma pá carregadeira da prefeitura foi usada para enterrar os peixes retirados do rio. Os espécimes estavam próximos do período de despesca e criadores estimaram o prejuízo em R$ 50 mil. Foram colhidas amostras para análise que determinarão a causa da mortandade.

No Rio Mojiguaçu, em Porto Ferreira, milhares de peixes boiaram nas proximidades da ponte velha, próximo da sede da Associação dos Canoeiros. Pescadores contaram pelo menos 15 espécies, entre elas mandis, piavas, lambaris e até os resistentes cascudos. Técnicos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e do Centro de Pesquisa e Treinamento em Aquicultura do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recurso Naturais Renováveis (Ibama), sediado na cidade, recolheram amostras para análises. Na manhã deste domingo, peixes mortos boiavam no Rio Paranapanema, entre Angatuba e Paranapanema, de acordo com relato de pescadores. Entre os espécimes, haviam tilápias que são criadas em tanques-redes na região.

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Durante a semana, aconteceram grande mortalidade de peixes nativos no Rio Piracicaba, em Piracicaba, e de espécies criadas em tanques-rede no Rio Araçuá, em São Manuel. Para técnicos da Cetesb, as mortandades estão relacionadas ao período de estiagem incomum nesta época do ano, quando ocorre a piracema - algumas espécies sobem os rios para desovar próximo das nascentes. O baixo nível dos mananciais, associado ao calor e ao lançamento de esgotos e outros poluentes, reduz o nível de oxigênio diluído na água. Quando cai chuva forte, além de conduzir sujeira e poluentes para o rio, a enxurrada revolve a matéria orgânica depositada no leito, elevando a turbidez da água e reduzindo a oxigenação.

Fósseis de um animal de transição entre peixes e animais terrestres com 375 milhões de anos contestam um conceito amplamente aceito da teoria da evolução de que grandes apêndices posteriores que dariam origem às patas teriam aparecido depois que os vertebrados migraram da água para a terra.

Descobertos em 2004, os fósseis bem preservados da pélvis e de parte da nadadeira pélvica do 'Tiktaalik roseae', que parecia um híbrido de crocodilo e peixe, indicam que as patas traseiras na verdade tiveram origem em nadadeiras posteriores, afirmaram cientistas em uma pesquisa publicada na edição online dos Anais da Academia Americana de Ciências (PNAS), com datas de 13 a 17 de janeiro.

"Até então, os paleontólogos pensavam que uma transição havia sido produto de uma locomoção com duas nadadeiras nos peixes, anterior a uma locomoção 'em quatro apêndices' entre os tetrápodes", explicou Neil Shubin, professor de anatomia da Universidade de Chicago, um dos principais autores da descoberta.

Segundo ele, "aparentemente esta transição teria ocorrido antes de tudo nos peixes e não entre os animais terrestres quadrúpedes", como se supunha. Os primeiros tetrápodes eram, de fato, animais exclusivamente aquáticos, ainda mal diferenciados dos peixes. Seus descendentes atuais são os anfíbios, as aves, os répteis e os mamíferos.

Hoje extinto, o 'Tiktaalik roseae' tinha cabeça achatada como a de um crocodilo e dentes cortantes de um predador. Ele tinha 2,7 metros de comprimento e possuía uma morfologia muito similar à dos peixes, mas a articulação de suas nadadeiras peitorais leva a crer que este animal conseguia sustentar o peso de seu corpo. O 'Tiktaalik roseae' representa a espécie de transição mais conhecida entre os peixes e os tetrápodes terrestres, segundo os autores desta pesquisa.

"O Tiktaalik era uma combinação de características primitivas e avançadas. Aqui, não só suas características eram distintas, mas elas sugerem uma função avançada. Eles parecem ter usado a nadadeira de uma forma mais sugestiva do modo como um membro é usado", explicou outro autor do estudo, Edward Daeschler, curador associado de Zoologia de Vertebrados na Academia de Ciências Naturais da Universidade de Drexel.

As primeiras análises sobre o animal foram realizadas em fósseis encontrados em 2004 no Ártico canadense, na altura da ilha de Ellesmere. Sem dúvida alguma, as nadadeiras eram utilizadas como remos para nadar, mas poderiam também servir como patas em algumas ocasiões, explicaram os autores deste estudo. Os trabalhos também permitiram aos cientistas fazer uma nova simulação, mostrando como o Tiktaalik se parecia e como se deslocava em seu hábitat.

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