Tópicos | pesadelo

Anitta deixou seus fãs confusos e intrigados ao aparecer em seu Twitter pedindo para que sua semana tenha sido apenas um pesadelo do qual ela acordaria no dia seguinte. Por ter deixado tudo de maneira não específica, não foi possível saber do que a cantora estava falando.

"Deus, eu rezo para que eu acorde amanhã e esteja de volta a última segunda-feira e descubra que toda essa semana tenha sido um grande pesadelo", escreveu.

##RECOMENDA##

Neste domingo, dia 5, Anitta voltou ao Twitter, continuando a publicação que havia feito antes de ir dormir:

"Acorde. Não era pesadelo. Vamos lá. Entregue nas mãos de Deus".

[@#video#@]

Na publicação, fãs demonstraram preocupação e carinho à ela para que fique tudo bem:

"Vish Anitta estou até com medo, é coisa séria?", escreveu uma seguidora.

"Vou orar por você e sua família", escreveu outra.

"Vai ficar tudo bem", comentou mais uma.

Vale lembrar que há poucos dias a cantora cancelou sua tradicional festa junina devido a problemas de saúde em em membro de família.

Taís Araújo usou o Instagram para publicar desabafo na manhã desta sexta-feira (7). Em seu texto, falou sobre a situação do Brasil, relacionando notícias recentes, como a própria pandemia por Covid-19, a operação policial realizada na favela do Jacarezinho no Rio de Janeiro e o ataque de um jovem a creche em Santa Catarina, que acabou matando crianças e professoras.

“Isso só me faz crer que no Brasil atualmente se você não morre por Covid, fome ou baleado, adoece psicologicamente diante desse pesadelo”, diz um trecho do texto da atriz.

##RECOMENDA##

Junto com uma imagem toda em preto, com as palavras “e eu te pergunto até quando?”, a atriz desabafou, lamentando ter tantas notícias ruins em tão pouco tempo.

“Não é textão que vai resolver o problema, por isso acredito que precisamos nos olhar e perguntar porque e até quando sustentaremos essa situação”, completou.

Confira o post de Taís Araújo:

[@#podcast#@]

Depois que uma chuva de meteorito caiu no município de Santa Filomena, Sertão de Pernambuco, o que está sendo comum na localidade é o comércio das pedras. No entanto, isso não está sendo nada satisfatório para uma família que encontrou o maior meteorito, que pesa quase 40 kg. "Isso virou um pesadelo. A gente passou uns dias sem comer e dormir", revela a mulher do homem que achou a pedra.

A situação parece tão complicada que, por questão de segurança, os envolvidos preferem não divulgar os nomes. A mulher relata que vários pesquisadores e colecionadores foram até a cidade na tentativa de comprar os meteoritos, até pessoas de fora do país. 

##RECOMENDA##

"“A gente acha uma pedra dessa, e o pessoal já pensa que a gente virou milionário. Não é bem assim. A gente está muito tenso”, disse o homem que encontrou o meteorito ao G1.

A pedra ainda não foi analisada, mas especula-se que seja do tipo condrito, um mineral importante para a ciência porque tem a mesma composição química do início do sistema solar, formado há mais de 4,6 bilhões de anos.

Os moradores da cidadezinha do Sertão pernambucano revelam que entre 100 a 200 fragmentos, incluindo a peça de quase 40 kg, caíram do céu no município.

Ainda em entrevista ao site, a mulher do homem que encontrou o maior meteorito da cidade revela acreditar que foi Deus quem mandou. "Porque caiu dentro da nossa propriedade. A gente tem que segurar [a pedra] mesmo".

Já chegaram a oferecer R$ 120 mil pela pedra, mas a família se nega a aceitar o valor por achar baixo o valor, já que a grama do meteorito está sendo vendida na cidade por até R$ 40, o que faria a maior ter um valor milionário. 

Com a trágica morte de Naya Rivera, que se afogou em um lago na Califórnia, seu ex-marido, Ryan Dorsey, está bem abalado. Uma fonte contou para a revista People que ele, que é também o pai de Josey, o filho da atriz de Glee, não está nada bem e tem tentado lidar com a perda súbita.

"Ryan mal tem dormido. É apenas um pesadelo. Embora ele não estivesse com Naya, é a mãe de Josey. Josey precisa da mãe".

##RECOMENDA##

Apesar de ter sido encontrado sozinho no barco, após o desaparecimento de Naya, o garoto está bem de saúde e está na companhia do pai. Essa pessoa próxima da família ainda acrescenta:"Ryan não consegue imaginar criar Josey sem Naya. É a situação mais devastadora". Lembrando que ambos foram casados de 2014 a 2018.

Após o fim das buscas, autoridades responsáveis pelo caso informaram que Naya teria salvado a vida de seu filho antes de desaparecer na água. Ela pode ter enfrentado uma corrente de água, teve tempo de socorrer Josey e colocá-lo no barco, mas não teve forças para se salvar.

Foto: Reprodução/Instagram/@nayarivera

Mayra Cardi recentemente expôs seu ex-marido, Arthur Aguiar, afirmando ter descoberto pelo menos 16 traições por parte dele. Um dos nomes que surgiu foi o de Aricia Silva, com quem o ator e cantor estaria se envolvendo desde 2018. Porém, por meio de seu Stories, a empresária saiu em defesa de Aricia afirmando que ela não foi o pivô do fim de seu casamento.

Primeiro, por meio da rede social, ela repostou uma seguidora que divulgou Arthur Aguiar cantando Minha Mina, uma de suas canções. A pessoa ainda disse: "Só resta saber qual das minas, né?" E a mãe de Sophia disse: "Qual das 16, né?"

##RECOMENDA##

Depois, ela respostou uma notícia que dizia o seguinte: "Aricia Silva nega ter sido pivô do fim do casamento de Mayra Cardi e Arthur Aguiar". A empresária ainda acrescentou: "De fato ela não foi, gente. Eu nunca disse que ela foi... ela foi apenas um dos vários casos dele! Deixem a moça em paz".

Depois, fez outros Stories em que aparece visivelmente abalada. "Jesus amado, olha o tamanho da minha olheira. Tô sem dormir. Comendo eu tô comendo, mas eu tô sem dormir nada. Eu preciso dar um jeito nessa minha cara, nessa minha pele. Parece que eu tô morando dentro do c* do furacão, vocês não estão entendendo. Cada segundo é uma surpresa, uma descoberta nova", afirmou.

"Tem horas que eu passo a mão no meu rosto e falo: cara, eu vou acordar desse pesadelo. E aí não é. É a minha vida mesmo. Eu nunca imaginei descobrir tanta coisa. (...) A internet é maravilhosa, as pessoas são incríveis, elas me atualizam. Coisas que eu nunca imaginei na vida serem reais. Não tá fácil, não. Eu não vou mentir para vocês. Eu mastigo caco de vidro com a boca fechada para sangrar por dentro e sorrir por fora", emendou Mayra.

Os chineses sofrem proibições de viagens impostas em vários países diante da epidemia de coronavírus, com estudantes que não podem retornar para suas instituições de ensino, funcionários impedidos de retornar ao trabalho, ou cientistas que precisam suspender suas pesquisas.

Os Estados Unidos rejeitam não-americanos que passaram pela China nos 14 dias anteriores, ou seja, o tempo máximo de incubação para pneumonia viral.

Austrália, Nova Zelândia e Filipinas adotaram medidas similares.

Veja algumas histórias de pessoas afetadas:

- Wang Bili, 32 anos, funcionário internacional, preso no Japão

No Japão para esquiar nas montanhas da Ilha Hokkaido (norte), Bili deveria voltar para os Estados Unidos em 10 de fevereiro para seu emprego em uma organização internacional.

"Fiquei surpreso com a decisão dos Estados Unidos. Tive que trocar minha passagem posteriormente, para poder respeitar o período de incubação", contou à AFP.

Após esse período, poderá retornar a Washington em meados de fevereiro. Ele duvida, porém, da eficácia da medida.

"No final, os Estados Unidos não podem saber se um chinês passou pela China! É algo puramente declarativo", diz, lembrando que um passaporte chinês não recebe um carimbo ao deixar a China.

O principal inconveniente para esse jovem chinês é o custo de sua estadia prolongada no Japão. "Mais mil dólares, mas o que posso fazer?", resigna-se.

- Chloe Liang, 22 anos, estudante em Sydney, bloqueada na China

Como os outros estudantes chineses atualmente na China, Chloe não pode voltar para sua universidade na Austrália.

"É uma medida muito brutal!", reclama a jovem.

"Há chineses que só souberam disso quando saíram do avião e tiveram que voltar para a China (10 horas de vôo), pagando do próprio bolso!", acrescenta.

Chloe se pergunta se conseguirá seu diploma. "Tudo isso é um pesadelo, pois atrapalha nossos projetos pelos próximos dois, ou três anos", diz.

Outra decepção: a estudante planejava fazer turismo na Nova Zelândia, mas teve de desistir, porque esse país adotou as mesmas medidas que a Austrália.

"Tudo estava reservado. Perdi muito dinheiro com cancelamentos de hotéis", reclamou Chloe.

- Sherry Huang, 36 anos, cientista e pesquisadora nos Estados Unidos

Pesquisadora da área biomédica, Sherry Huang ficou muito surpresa ao saber sobre a medida americana.

"A China é tão grande. Proibir todos os cidadãos de entrarem nos Estados Unidos não é razoável", afirmou.

A cientista está agora na casa dos pais na cidade costeira chinesa de Xiamen (leste), onde passou as férias do Ano Novo Lunar no final de janeiro. Não visitava o país desde 2016.

Sem laboratório, ou material em mãos, Sherry não pode fazer seu trabalho.

Seu laboratório americano recebeu subsídios para o novo projeto de pesquisa de Sherry. Se ela não puder começar a trabalhar pontualmente, seus chefes poderão atribuir o projeto para outra pessoa, o que teria "grandes repercussões" para ela, seus colegas e sua pesquisa, aponta a cientista.

- Xiao Shen, 22 anos, estudante em Melbourne, bloqueado em Pequim

No segundo ano no Instituto Real de Tecnologia de Melbourne (RMIT), Xiao Shen lamentou não ter sido contatado por sua universidade, ou pelas autoridades australianas.

"Soube de tudo pelo noticiário!", reclama, descrevendo a falta de comunicação como "irresponsável".

"Estou muito chateado!", queixou-se.

Segundo ele, a Austrália deveria proibir o acesso ao país apenas para turistas, ou chineses, procedentes de Hubei (centro da China), epicentro da epidemia atual.

"Entendo que é para garantir a segurança, mas é excessivo. Eles estão ignorando completamente os interesses dos alunos", completou.

Luisa Mell usou o Instagram nessa sexta-feira, dia 2, para anunciar que está se divorciando de Gilberto Zaborowsky, após sete anos de casados. A ativista dos animais postou um vídeo para mostrar uma ida a um zoológico e, na legenda, começou o texto escrevendo o seguinte:

Gente, estou passando por um momento pessoal, muito muito difícil na minha vida. Talvez, o momento mais difícil de todos que já enfrentei.

##RECOMENDA##

Os fãs logo passaram a questioná-la sobre o que estava acontecendo e Luisa responde:

Estou me divorciando...

Respondendo outra pessoa, ela ainda acrescenta:

Você não tem ideia de tudo o que aconteceu! Não vou falar porque ele é pai do meu filho... pelo meu Enzo vou me calar! Mas a dor é infinita...

Uma fã, por fim, comentou:

Meu Deus! Achava vocês em uma sintonia maravilhosa.

Luisa, então, conclui:

Eu também... mas a verdade era outra... parece um pesadelo.

Quando cuspiu no deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), durante a votação do impeachment Dilma Rousseff, o ex-BBB Jean Wyllys (Psol) nem devia imaginar que ele se tornaria o novo presidente do Brasil a partir do próximo ano. No entanto, o ferrenho crítico do militar já deixou claro que vai continuar as alfinetadas. Após o resultado desse domingo (28), Wyllys definiu a vitória de Bolsonaro como “um pesadelo”. 

“Os mistérios me amarram, não o dinheiro. E como creio nos mistérios penso que, para além de qualquer explicação material para esse pesadelo, qualquer análise da ciência política e da economia, penso que, para além desses motivos objetivos e reais, há uma razão outra: nós não merecemos, mas precisamos passar por esse pesadelo”, lamentou o parlamentar por meio do Facebook. 

##RECOMENDA##

 O psolista também disse que os brasileiros irão se dar conta por meio da dor as mentiras ditas. “Haddad e Manuela queriam ensinar pelo amor, mas foram recusados pela maioria. Então, apesar de mais vidas serem sacrificadas para isso, queria estar errado em meus prognósticos, restará essa coisa boa: acabaremos de vez com essas duas mentiras e o país se verá doravante como o que é. Agora podemos enfrentar esses males com mais clareza e consciência: a homofobia, o machismo e o racismo. É como se o inimigo tivesse perdido o manto da invisibilidade que lhe deu e lhe dava vantagem historicamente”.   

Jean falou que Bolsonaro “já começou a pôr fim e vai aprofundar ainda mais a morte do 'Brasil cordial' e da 'democracia racial, essas duas mentiras que serviram nesses anos todos para encobrir a fenda que é esse país e as mortes dos oprimidos”. Ainda pontuou que os “fascistas” não poderão ser mais tratados com condescendência. “Choremos, lamentemos, temamos até, mas estejamos certos de que essa situação nos deu a oportunidade de um recomeço sabendo que não há cordialidade nem democracia racial. E sabendo quem são os fascistas”, finalizou.

O quão terríveis podem ser os nossos pesadelos? Estamos sozinhos dentre as janelas do universo? O que de profano, ultrarromântico, caótico e celestial ecoa nas narrativas dos andarilhos dos mundos? Essas são algumas das indagações promovidas pelo livro "Pesadelos Infaustos", do escritor paraense Breno Torres, que vai ser lançado nesta terça-feira (5), na Livraria Fox, em Belém. A noite de autógrafos será a partir das 18 horas, com entrada gratuita e entregas de brindes.

Em um estilo narrativo experimental, arrojado e surpreendentemente poético, "Pesadelos Infaustos" propõe ao leitor - ao longo de dez profundas histórias - provocar, inquietar e inspirar a meditar sobre elas. O destaque do gênero Terror, da editora Arwen - no primeiro semestre de 2017 -, foi escrito ao longo de quatro anos de pesquisa e apresenta em cada uma de suas histórias uma criatura consagrada do mundo da fantasia. Para o escritor, a obra é empolgante, porque perpassa por diferentes gêneros. "'Pesadelos Infaustos' tirará o fôlego através do medo ou do deleite – ou, como é provável, através de ambos –, só nos resta conferir", comenta.

##RECOMENDA##

De vampiros, anjos caídos, bruxas e elfos a demônios, fadas, seres clássicos do folclore brasileiro e até da mitologia grega, "Pesadelos Infaustos" apresenta em ritmo eletrizante os dramas e horrores de criaturas arruinadas que são nada menos que representações mascaradas dos protagonistas da vida real: o ser humano e seus percalços. O que esperar do destino de uma bruxa que confia nas antigas magias malignas para tornar-se a maior de seu tempo? O que esperar de um sacerdote que comunga com o profano em seu próprio templo sagrado, ou do poder da racionalidade sobre uma musa grega que se alimenta da inspiração artística? O que poderá vir de um anjo injustamente expulso dos céus pelo próprio Criador, do bolero sangrento dançado por um vampiro milenar e sua vítima, do poder avassalador da pureza de uma criança contra o mal, da carnificina de um lobisomem que trucida o próprio destino?

As dez histórias, que seguem uma coesa linha elaborada para conduzir o leitor às mais diversas experiências, compõem a primeira obra solo do estudante de Letras da UFPA e professor de inglês Breno Torres, já foi anteriormente publicado em coletâneas de Terror e indicado ao Prêmio STRIX de Melhor Conto, promovido pela Editora Andross, por uma de suas histórias.

Breno Torres percorreu infância e adolescência se entregando devotamente à arte. Graduando em Letras pela UFPA e professor de Língua Inglesa, descobriu-se escritor ainda cedo nas mãos de mestres como J. K. Rowling, Anne Rice e C. S. Lewis, não parando mais desde então. Amante também de cinema, música, dança e da poesia do cotidiano, publicou contos de Horror em duas antologias, tendo sido indicado ao Prêmio STRIX de Melhor Conto por uma delas. "Pesadelos Infaustos" é sua primeira publicação solo.

Serviço

Lançamento do livro "Pesadelos Infaustos"

Data: 5 de setembro de 2017 (Terça-feira)

Local: Livraria Fox (Travessa Dr. Moraes, 584 - Nazaré)

Horário: 18h

Entrada livre

Por Rayanne Bulhões.

[@#galeria#@]

A inundação provocada pela tempestade tropical Harvey, que se move ao longo da costa do Texas em direção à Luisiana, é o "pior cenário de pesadelo possível". O alerta foi feito nesta terça-feira (29) pela Organização Meteorológica Mundial, que reconhece a gravidade da tempestade.

"Trata-se da combinação de todas as coisas que poderiam dar errado", disse Clare Nullis, porta-voz da entidade ligada à ONU.

##RECOMENDA##

Segundo ela, a tempestade atinge hoje um território equivalente ao da Espanha. "Os impactos ainda são desconhecidos", afirmou. "Os rios vão continuar a subir e não vimos ainda o final desse desastre", alertou Clare Nullis.

De acordo com a porta-voz, muito se aprendeu com o furacão Katrina, especialmente sobre evacuação e previsões. Mas, ainda assim, os serviços de meteorologia foram obrigados a introduzir novas categorias. "Nunca se viu enchentes acima de 76 centímetros", disse.

Harvey perdeu força e passou a ser uma tempestade tropical. "Mas o que é pouco comum é que ela se move de forma lenta. Parece ter parado na costa do Texas e se sentou ali, o que fez o impacto ser ainda maior", declarou. "O que vemos é que os ventos perderam força. Mas não a chuva", explicou.

Para a entidade, porém, não se pode concluir ainda que mudanças climáticas são responsáveis pelos acontecimentos no Texas. "Mudanças climáticas não causam ciclones tropicais. Mas o fato de termos mudanças climáticas, quando se tem um ciclone ou tempestade, pode levar a um aumento das chuvas. Mas isso ainda não é algo que possamos confirmar", completou.

Aumentar o bumbum para reconquistar o marido fez Mercedes cair na tentação de injetar no corpo biopolímeros sintéticos, substâncias que mataram 15 venezuelanos desde 2011. "A dor á tanta que não aguento ficar nem cinco minutos sentada", conta, com a voz embargada.

Há dois anos, por pressão das amigas e pela baixa auto-estima provocada pelo momento ruim que seu casamento atravessava, Mercedes decidiu ir a um salão de beleza em Caracas, onde lhe aplicaram 560cc do gel em cada nádega.

##RECOMENDA##

"Não pesquisei do que se tratava, só que deixava mais bonito", relata Mercedes à AFP enquanto aguarda, de pé, em um consultório médico na esperança de poder tirar os biopolímeros que hoje viajam pelo seu corpo.

Dias depois de aplicada a injeção, ao custo de 5.000 bolívares (800 dólares no câmbio oficial), ela diz ter sentido uma forte ardência nos glúteos, uma dor com a qual aprendeu a conviver, juntamente com a recriminação da família.

Mercedes diz ter voltado com o marido, apesar da crise conjugal. Infelizmente, não quer mais ficar nua para esconder os glúteos arroxeados, nem se sente à vontade para fazer sexo com o marido.

"Peço perdão a Deus e à Virgenzinha que possa sair disso, porque não tenho vida", afirma, com os olhos fechados, esta mulher de 45 anos, que prefere não dizer o sobrenome.

-- Não aos biopolímeros --

Astrid de la Rosa, que sofre danos causados pela migração do gel para a base das costas e o quadril, decidiu criar em 2011 a Fundação Não aos Biopolímeros, que registra pelo menos 15 mortos por transtornos relacionados com este silicone.

Atualmente, tem 40 mil casos em sua base de dados, um número crescente apesar de, em novembro de 2012, o governo ter proibido o uso de substâncias de preenchimento, como os biopolímeros, com fins estéticos.

O governo iniciou uma ofensiva contra centros estéticos que continuam aplicando as substâncias. A Justiça processou alguns esteticistas e médicos, enquanto outros casos são investigados.

"Há inclusive casos recentes de meninas a quem os pais deram de presente a injeção de biopolímeros em glúteos e seios aos 15 anos, e agora se arrependem", conta De la Rosa. "São injetados tanto em salões de beleza como por cirurgiões plásticos", prossegue.

Omar Guerrero, de 35 anos, professor em uma academia de San Cristóbal, no estado de Táchira (oeste), deixou que um enfermeiro lhe aplicasse a substância nos peitorais para exibir uma musculatura maior.

Por telefone, ele conta à AFP que está prostrado em uma cama há dois anos, quando o gel migrou para os músculos intercostais, limitando o movimento de sua caixa torácica e, com isso, a respiração.

"Não posso fazer exercícios, não posso correr, estou morto em vida", lamenta Guerrero, contando que pela aparência de seu peitoral aumentado, é discriminado nos hospitais "como se tivesse HIV", vírus causador da Aids.

O jovem recorreu ao consultório de um dos dois médicos que estão retirando a substância do corpo das pessoas: um no estado de Zulia (oeste) e outro em Caracas. Lá falaram a respeito do risco de morrer após uma cirurgia. "Não sei mais a quem pedir por um milagre. Isto é um inferno", afirma.

-- "Uma doença incurável" --

O consultório do cirurgião plástico Daniel Slobodianik, no leste de Caracas, está lotado de pacientes. Dos nove casos que tem agendados para atender esta tarde, sete são de mulheres com biopolímeros implantados, tanto da capital como do interior do país, entre elas Mercedes.

"No total, devo ter atendido 400 pacientes desde 2011", conta o especialista à AFP.

Na sala, entre outras, estão uma mulher de 60 anos, quase imóvel devido à dor causada pela inflamação provocada pelos biopolímeros; duas primas que injetaram o produto juntas e, embora não sintam dores, estão alarmadas com as notícias; e uma mulher que quer engravidar e teme pelas consequências para seu bebê.

Slobodianik é um dos médicos que retiram a substância com uma cirurgia - ao custo 6.000 dólares - ainda considerada "experimental" pela Sociedade Venezuelana de Cirurgia Plástica (SVCP), pois nem sempre garante melhora ou recuperação absoluta.

"A única forma de justificar a intervenção é quando o material tenta sair do corpo", afirma Jesús Pereira, presidente da SVCP. "É uma situação especial que pode gerar septicemia (infecção generalizada) e, com isso, a morte", continua.

Na SVCP, preferem que as mulheres com biopolímeros façam tratamentos com esteroides, que Pereira afirma que podem melhorar entre 48% e 62% a situação do paciente.

No entanto, Slobodianik diz já ter operado 50 mulheres e três ou quatro homens, só quando manifestam sintomas como dores ou ardor, mudanças de coloração na área e alergias na pele.

"O biopolímero não pode ser totalmente retirado, sempre fica um vestígio da substância com o qual o organismo vai lutar (...) É uma doença imunológica crônica (...) que 100% das pacientes que têm biopolímeros - todas - vão sofrer. É uma doença incurável", lamenta Slobodianik.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando