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Os contratos futuros de petróleo exibem alta forte na manhã desta segunda-feira (28) em meio à invasão russa à Ucrânia.

O Commerzbank afirma em relatório a clientes que há crescentes preocupações no mercado sobre problemas nas exportações russas, o que puxa para cima os preços do petróleo e do gás.

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Às 7h51 (de Brasília), o petróleo WTI para abril subia 4,96%, a US$ 96,13 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para maio, contrato mais líquido, avançava 4,95%, a US$ 98,78 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Investidores de Wall Street apostam que o movimento de alta que levou a cotação do barril de petróleo a mais de US$ 105, apurado na semana passada após o início da invasão russa, seja apenas o começo de uma trajetória persistente de elevação.

Investidores de Wall Street apostam que o movimento de alta que levou a cotação do barril de petróleo a mais de US$ 105, apurado na semana passada após o início da invasão russa à Ucrânia, seja apenas o começo de uma trajetória de elevação. Alguns consideram que a cotação possa se aproximar do recorde de 2008, quando se aproximou de US$ 150, devido às limitações globais de oferta.

A consultoria Rystad Energy aposta em patamar próximo de US$ 130 se a situação na Ucrânia piorar, enquanto analistas do JPMorgan acreditam que o petróleo pode chegar a US$ 120. O diretor executivo de futuros de energia da Mizuho Securities, Robert Yawger, projeta que o petróleo pode chegar a US$ 125 se o conflito no leste europeu piorar.

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O petróleo Brent, o indicador global dos preços do material, terminou a semana com o barril a US$ 94,12 e o petróleo norte-americano (WTI), a US$ 91,59. Ambos os indicadores, porém, chegaram a US$ 100 na quinta-feira, 24, pela primeira vez desde 2014.

Embora o choque de oferta deva levar a um aumento nos preços da gasolina na bomba, os investidores não estão apostando em uma desaceleração na demanda e dizem que a expectativa é que o mercado de alta de commodities continue. Com esse cenário em vista, o governo do presidente americano Joe Biden disse que está considerando liberar estoques estratégicos domésticos de petróleo para aliviar a pressão sobre os consumidores.

A Rússia responde por mais de 10% da produção mundial de petróleo, gás natural e trigo. As commodities representam uma grande parte da pegada econômica global do país, que também é um dos principais produtores de potássio, insumo fundamental para fertilizantes, além de paládio e platina, metais vitais para os conversores catalíticos que filtram as emissões dos carros. (*COM DOW JONES NEWSWIRES)

A invasão da Ucrânia pela Rússia trouxe tensão nesta quinta (25) aos mercados globais, com a queda das Bolsas e o temor de uma disparada dos preços do petróleo. Ao longo do dia, no entanto, depois de o presidente americano Joe Biden ter anunciado uma série de sanções aos russos, os investidores se acalmaram um pouco. Por aqui, a B3 fechou em queda de 0,37%, depois de recuar mais 2% durante a manhã. Na direção inversa, o dólar subiu 2,02%, cotado a R$ 5,10.

As incertezas em relação ao conflito levaram os investidores a correr para ativos mais seguros, como os títulos do Tesouro americano e o dólar, deixando um rastro de prejuízos nos índices acionários dos principais mercados mundiais. O índice Dax, da Alemanha, fechou em queda de 3,96%; o Pcac, de Paris, recuou 3,83%; e o FTSE, de Londres, 3,88%. Na Rússia, a Bolsa de Moscou chegou a cair 40% na retomada dos negócios, suspensos de madrugada.

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Em Nova York, as Bolsas oscilaram bastante e, como no resto do mundo, tiveram quedas expressivas no início da manhã. O cenário mudou depois do pronunciamento de Biden: os índices reagiram e fecharam em terreno positivo. O Dow Jones subiu 0,28%, enquanto o Nasdaq avançou 3,34%. O S&P 500, no entanto, não teve tempo para mudar a direção e caiu 1,49%.

As sanções atingem bancos russos e adicionam novos nomes de membros da elite próximos ao Kremlin. Os alvos de bloqueio dos americanos somam US$ 1 trilhão em ativos. Além disso, os Estados Unidos anunciaram sanções ao comércio exterior, que corta a venda de produtos de alta tecnologia para a Rússia.

Petróleo

Outra medida que ajudou a acalmar os ânimos do mercado foi a promessa de Biden de liberar as reservas americanas de petróleo, caso haja necessidade. A resposta do mercado foi imediata. As cotações, que haviam batido US$ 105 o barril durante o dia, caíram novamente abaixo de US$ 100. A medida reduz a pressão adicional sobre os preços da energia e dissipa temores sobre o impacto que a disparada do petróleo teria sobre a inflação e a política monetária global.

No Brasil, o Banco Central também tentou minimizar o nervosismo do mercado. A autoridade monetária disse que o Comitê de Estabilidade Financeira está atento "à evolução recente do cenário" e está preparado para atuar "minimizando eventual contaminação sobre os preços dos ativos locais", como o câmbio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os preços do petróleo dispararam nesta quinta-feira (24), com o Brent subindo acima de US $105 o barril, pela primeira vez desde 2014. Depois que a Rússia atacou a Ucrânia, aumentou as preocupações sobre interrupções no fornecimento global de energia.  

O petróleo Brent subia US $8,24 ou 8,5%, para US $105,08 o barril às 7h45 (horário de Brasília). O preço bruto dos Estados Unidos, WTI, saltava de US $7,78 ou 8,5% para US $99,88. O Brent e o WTI atingiram seu nível mais alto desde agosto e julho de 2014, respectivamente. 

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A Rússia lançou uma invasão na Ucrânia, o maior ataque de um Estado contra o outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos e a Europa prometeram penalidades mais duras à Rússia em resposta. A Rússia também é o maior fornecedor de gás natural para a Europa, cerca de 35% de sua oferta. 

“A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo e o segundo maior exportador de petróleo. Devido aos baixos estoques e à diminuição da capacidade ociosa, o mercado de petróleo não pode arcar com grandes interrupções no fornecimento”, afirma Giovanni Staunovo, analista do UBS. “As preocupações com a oferta também podem estimular a atividade de estocagem de petróleo, o que sustenta os preços", complementa.

Por Camily Maciel

 

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comentou há pouco na rede social Twitter o crescimento da arrecadação dos estados com ICMS sobre petróleo, combustíveis e lubrificantes. Em 2021, os estados e o Distrito Federal tiveram receita de R$ 109,5 bilhões com esse tributo, valor 36% maior do que os R$ 80,4 bilhões arrecadados no ano anterior. 

"É hora de união de esforços para garantir comida na mesa. Combustível caro implica em frete caro, o que sobrecarrega o preço dos alimentos", argumentou Lira. "Na esteira do que venho dizendo há meses, a arrecadação dos Estados aumentou significativamente, o que justifica a redução, por parte dos governadores, da alíquota de ICMS sobre combustíveis." 

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A Câmara aprovou no ano passado o Projeto de Lei Complementar 11/20, que estabelece valor fixo para cobrança de ICMS sobre combustíveis. O texto, agora em análise no Senado, obriga estados e Distrito Federal a especificar a alíquota para cada produto por unidade de medida adotada, que pode ser litro, quilo ou volume, e não mais sobre o valor da mercadoria. 

Na prática, a proposta torna o ICMS invariável frente a variações do preço do combustível ou de mudanças do câmbio. 

A proposta é considerada pelo governo uma das prioridades para agenda do Legislativo neste ano. O Congresso Nacional também está formulando uma proposta para autorizar a redução temporária de impostos sobre o diesel para enfrentar as consequências socioeconômicas da pandemia da Covid-19. 

*Da Agência Câmara de Notícias

O governo do Peru pediu neste domingo (23) ajuda internacional para conter um vazamento de 6 mil barris de petróleo no litoral. O óleo foi lançado ao mar quando um petroleiro descarregava na refinaria La Pampilla, localizada 30 quilômetros ao norte de Lima. O desastre foi resultado da violência das ondas que atingiram a costa peruana após o tsunami causado pela erupção de um vulcão no arquipélago de Tonga, no Oceano Pacífico.

No sábado, 22, o Peru declarou emergência ambiental por 90 dias úteis para realizar "trabalhos de recuperação" na área atingida e mitigar os danos. O incidente deixou pássaros mortos flutuando no mar, cobertos de óleo nas rochas, incapazes de voar, e os pescadores sem poder trabalhar.

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As correntes marinhas espalharam o petróleo ao longo da costa a mais de 40 quilômetros da refinaria, afetando 21 praias, segundo o Ministério da Saúde. O órgão de controle ambiental do Peru calculou que 1,7 milhão de metros quadrados de solo e 1,2 milhão de metros quadrados no mar foram afetados pela massa negra de óleo.

Limpeza

"Estamos fazendo um esforço incansável. Não é uma coisa comum isso acontecer e tentamos fazer o melhor que podemos", afirmou a bióloga Liseth Bermúdez, do Parque das Lendas. "Nunca na história do Peru se viu uma situação semelhante. Não há precedente para um tipo de derramamento na costa peruana. Não acreditávamos que seria dessa magnitude."

Brigadas de limpeza, que têm atuado em Ancón e em outros destinos populares na orla, encontraram enormes manchas de óleo na superfície do mar na baía. O pescador Alfredo Roque disse que as dificuldades devem durar muito tempo, já que uma grande quantidade de peixes recém-nascidos morreu.

Outras pessoas que viviam de atividades ligadas às praias também ficaram sem renda, como donos de restaurantes e funcionários do comércio local. "Não se vende nada. O peixe sai com cheiro de óleo, e as pessoas não compram, têm medo de se envenenar", afirma a vendedora Giovana Rugel, de 52 anos.

Extinção

Um zoológico de Lima está tentando salvar aves marinhas ameaçadas de extinção após o derramamento de petróleo. Mais de 40 aves, entre elas os pinguins de Humboldt, uma espécie ameaçada de extinção, foram resgatadas em estado crítico das praias e reservas naturais dos distritos de Ventanilla, na Província de Callao e no distrito de Ancón, perto de Lima.

As aves banhadas em óleo foram levadas ao zoológico Parque das Lendas, no distrito de San Miguel, na capital peruana, onde zoólogos e veterinários lutam para salvar suas vidas e remover o óleo de sua plumagem.

A Repsol, dona da refinaria onde ocorreu o vazamento, afirma que não foi responsável pelo desastre, já que as autoridades marítimas peruanas não emitiram alertas sobre um possível aumento das ondas após a erupção em Tonga. A empresa espanhola, que entregou um plano de contenção ao governo, disse que espera concluir, até o fim de fevereiro, a limpeza das áreas afetadas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, apoiado um dólar enfraquecido após decisões monetárias do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na quarta-feira, e do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), neste quinta. A baixa da divisa norte-americana ante rivais tende a beneficiar commodities cotadas na moeda, pois as tornam mais baratas e, portanto, mais atraentes a detentores de outras divisas.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo com entrega prevista para janeiro avançou 2,13% (US$ 1,51), a US$ 72,38, enquanto o do Brent para o mês seguinte subiu 1,54% (US$ 1,14) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 75,02.

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"O dólar está amplamente mais fraco e isso forneceu suporte à alta do preço do petróleo de hoje", comenta o analista da Oanda Edward Moya. Em relatório, Moya destaca que o movimento ocorre após mais decisões de bancos centrais de países desenvolvidos nesta quinta, desta vez na zona do euro e no Reino Unido.

"O BoE surpreendeu muitos operadores ao elevar a taxa de juros e, apesar de um posicionamento mais cauteloso do BCE, as previsões de crescimento do BC comum sugerem que a perspectiva da demanda por petróleo provavelmente não se deteriorará muito mais depois que a onda da variante Ômicron acabar", completa o analista.

O TD Securities comenta ainda que os movimentos do mercado após as decisões dos BCs fez com que investidores deixassem de lado as preocupações com a Ômicron e seus potenciais impactos sobre a atividade global.

O banco canadense ainda avalia que a perspectiva de excesso na oferta em 2022 em face de um enfraquecimento da demanda por causa da cepa está incorreta. "Afinal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) continua com dificuldade para cumprir o aumento em suas cotas de produção de referência, com a produção de novembro ainda lutando para subir o suficiente para cumprir as cotas, já que a produção na África Ocidental e na Malásia estão substancialmente abaixo do estimado", explica.

Este cenário, de acordo com a casa, denota o curto espaço que a Opep+ tem para elevar a produção no ano que vem, em esforço que ficaria dependente de Arábia Saudita, Rússia, Emirados Árabes Unidos e Iraque. "Enquanto os países da Opep não compensarem os subprodutores, a capacidade ociosa parece estar esticada", completa o TD Securities.

O governo da Índia informa, em comunicado nesta terça-feira (23) que concordou em liberar 5 milhões de barris de sua reserva estratégica de petróleo. O texto informa que o fato ocorre em paralelo e em meio a consultas com outros grandes consumidores globais de energia, incluindo os Estados Unidos, a China, o Japão e a Coreia do Sul.

A Índia diz acreditar que os preços dos hidrocarbonetos "devem ser razoáveis, responsáveis e determinados pelas forças do mercado".

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O país afirma que tem demonstrado várias vezes preocupação com a oferta de petróleo sendo "artificialmente ajustada abaixo dos níveis da demanda por países produtores", o que leva a preços mais altos e a "consequências negativas".

A Índia diz também que está atenta aos preços interno de petróleo e diesel, tendo ajustado tarifas no setor para conter pressões inflacionárias.

A nota qualifica essas reduções de tarifas como "passos difíceis" e com impacto fiscal "elevado" para o governo, mas argumenta que elas são tomadas para aliviar o quadro para a população.

A cotação do petróleo no mercado internacional e o câmbio não vão dar trégua à economia brasileira nos próximos meses e devem continuar pressionando os preços dos combustíveis, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. A tendência é de que as ofertas de petróleo e de derivados como a gasolina continuem descoladas da demanda. Assim, com mais compradores do que vendedores e também com a moeda americana valorizada em relação ao real, a expectativa é de alta de preços nos postos.

Vendido a mais de US$ 80, o barril do petróleo do tipo Brent, negociado em Londres, ficou 60% mais caro neste ano, e mais do que dobrou nos últimos 12 meses. No Brasil, a política da Petrobras é a de repassar para os seus preços as oscilações externas. Assim, a gasolina já acumula alta de 73% no ano, enquanto o óleo diesel já foi reajustado em 66%.

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Segundo importadores, há ainda uma defasagem entre os valores cobrados pela estatal e os preços negociados nos principais centros de comercialização do mundo. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula uma diferença, na média dos portos nacionais, de 11% para a gasolina e de 13% para o óleo diesel.

Com a defasagem entre os preços internos cobrados pela Petrobras e os negociados no mercado internacional, especialistas afirmam que não haveria espaço para os importadores competirem com a estatal no mercado interno de combustíveis.

"Os principais determinantes dos preços no Brasil - preço internacional do petróleo e dólar - continuam pressionando para altas. A defasagem já está significativa. Para os próximos meses, o preço internacional tende a ficar mais elevado, pois os estoques estão baixos e a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) está com condições de controlar a oferta. Pelo lado do câmbio, a situação atual não indica alívio", afirma o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Luciano Losekann, especialista na área de petróleo e gás natural.

INVERNO. A avaliação da S&P Global Platts é de que os estoques de derivados estão baixos nos principais centros de comercialização, justamente quando se aproxima o inverno no Hemisfério Norte, com aumento do consumo. "O refino, principalmente na Europa e em partes da Ásia, está sentindo uma pressão adicional dos altos preços do gás natural. Refinadores incapazes de substituir o gás por insumos mais baratos podem precisar cortar produção à medida que as margens são comprimidas", afirma a consultoria. Além disso, a S&P Global Platts acredita que a recuperação das economias, passada a crise gerada pela covid-19, continuará sustentando a demanda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O próximo leilão de exploração marítima de petróleo, marcado para 7 de outubro, inclui, entre as suas 92 ofertas, blocos com impacto direto e sobreposição a algumas das regiões mais sensíveis e importantes do ecossistema de recifes do Brasil. Trata-se da "Cadeia de Fernando de Noronha", que envolve a sequência de montes submarinos que se conecta no litoral e que forma o arquipélago de Fernando Noronha e a reserva biológica Atol das Rocas.

Região de biodiversidade única, a área de preservação integral também é fundamental para manter a subsistência de todas as atividades de pesca e turismo. O arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas foram reconhecidos em 2001 como Patrimônio Natural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura.

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O Estadão teve acesso a um estudo técnico realizado por pesquisadores e professores do Departamento de Oceanografia (Docean) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP). Os especialistas se debruçaram sobre os dados técnicos dos blocos que serão oferecidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O levantamento revela que, entre os 92 blocos que a ANP vai ofertar para exploração de grandes petroleiras, estão aqueles da chamada "Bacia Sedimentar Potiguar", uma área que tem blocos com impacto direto em três bancos submarinos da cadeia de Fernando de Noronha. São os chamados bancos Guará, Sirius e Touros. Os estudos revelam que dois desses blocos atingem diretamente cerca de 50% da área da base do monte Sirius e 65% de seu topo.

Do fundo do mar, o Sirius avança sentido à superfície e chega a ficar a apenas 54 metros abaixo do nível do mar. Trata-se, portanto, de uma área extremamente rasa. O mesmo impacto direto foi identificado sobre os bancos Guará e Touros.

Localizado na região oeste da cadeia de Noronha, o Sirius é o banco mais importante para manter a ligação dos ecossistemas oceânicos da região Nordeste. Entre ele e o arquipélago de Noronha está localizado o Atol das Rocas. Dada a sua importância ecológica, o Atol se tornou, ainda em 1979, a primeira unidade de conservação marinha do Brasil. Hoje, é classificado como uma reserva biológica.

"As pessoas conhecem o arquipélago de Noronha e o Atol, mas os bancos que fazem parte desse ecossistema, e que são pouco conhecidos, têm a mesma relevância e riquezas e são vitais para que todo o conjunto seja preservado, porque estão conectados", diz Mauro Maida, professor do Docean/UFPE, que assina o estudo com Moacyr Araújo, Beatrice Padovani Ferreira (Docean/UFPE) e Julia Araujo (IO-USP).

Questionada pela reportagem, a ANP declarou, por meio de nota, que a rodada de licitações foi aprovada após manifestação conjunta dos ministérios de Minas e Energia (MME) e do Meio Ambiente (MMA). Segundo a ANP, "os normativos em vigor a respeito das diretrizes ambientais foram cumpridos integralmente" e ajustes pedidos pelos órgãos vinculados ao MMA foram acatados, além de as informações ambientais "relevantes e disponíveis" terem sido tornadas públicas.

O órgão ponderou que a aprovação dos blocos para o leilão não significa aprovação tácita para o licenciamento. "As informações ambientais existentes acerca de determinada área, decerto, serão utilizadas por ocasião do respectivo licenciamento ambiental e não suprem a necessidade de estudos ulteriores, cuja exigência são próprias do licenciamento ambiental específico de determinado bloco ou área geográfica", afirmou.

Até o início deste mês, nove empresas tinham se inscrito para o leilão: Petrobras, 3R Petroleum, Chevron, Shell, Total Energies EP, Ecopetrol, Murphy Exploration & Production Company, Karoon Petróleo e Gás e Wintershall Dea.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dezenas de pessoas foram presas na Itália nesta quinta-feira (8), incluindo uma rica herdeira do setor de petróleo, durante uma operação policial em que houve o desmonte de uma rede de empresários com conexões com várias máfias italianas.

A polícia também apreendeu 1 bilhão de euros proveniente de uma gigantesca fraude de combustíveis organizada por grupos criminosos. Durante a chamada "Operação Petrol-Máfia", mais de 50 pessoas foram presas por envolvimento na lavagem de dinheiro das várias máfias da península, assim como por fraude fiscal ocorrida através de empresas ligadas ao setor petrolífero.

"As máfias, independentemente da região de origem, têm interesse em atuar em diversos setores, não só de drogas, mas também de petróleo", explicou o procurador de Reggio Calabria, Giovanni Bombardieri.

A Camorra de Nápoles e a 'Ndrangheta da Calábria alcançaram uma "sinergia nefasta para trabalhar com criminosos de colarinho branco", enfatizou em um comunicado.

Mais de 1.000 agentes participaram da operação na qual foram apreendidas propriedades, negócios e dinheiro vivo, cujo valor é de quase 1 bilhão de euros.

A investigação descobriu "a convergência gigantesca" que existe entre os diferentes grupos mafiosos da península para importar e comercializar ilegalmente combustível, de forma que se possa lavar o lucro ilegal através de pessoas que servem de fachada e empresas fantasmas.

Graças a um complexo sistema de faturas falsas, os acusados não realizavam o pagamento de impostos e, ao mesmo tempo, emitiam pagamentos por mercadorias inexistentes para lavagem de dinheiro do tráfico ilegal.

Por meio de doze empresas, 5 depósitos de combustíveis e 37 postos de gasolina, a 'Ndrangheta distribuía no mercado combustíveis que haviam sonegado o imposto especial e o imposto sobre o valor agregado.

Em um ano, de 2018 a 2019, os réus se esquivaram do pagamento de 5,8 milhões de euros (US$ 6,9 milhões) em impostos especiais.

Em Nápoles e Roma, a polícia desarticulou o chamado clã "Moccia", descrito como um dos "mais poderosos e perigosos", sob o comando da Camorra napolitana.

O grupo estava encarregado de manter relações com importantes figuras do setor público e privado italiano, com o objetivo de investir os lucros obtidos ilegalmente na economia legal, explicaram os promotores.

O clã contou com o apoio de uma ex-cantora e viúva de um conhecido empresário do petróleo, Anna Bettozzi, que aproveitou as injeções de dinheiro da Camorra para as suas empresas de fachada, conseguindo que a sua petrolífera passasse a faturar de 9 milhões de euros para 370 milhões de euros ao longo de três anos, informou o Ministério Público.

Um navio porta-contêiner de 400 metros de comprimento e 59 metros de altura - quase tão longo quanto o Empire State Building - encalhou nesta quarta-feira (24) no Canal de Suez, bloqueando a navegação em uma das principais rotas de abastecimento do mundo. Os contratos futuros de petróleo são alguns dos ativos que respondem com ganhos ao bloqueio, diante de preocupações sobre atrasos na oferta.

Às 8h57 de Brasília, o barril de petróleo WTI para maio subia 2,12%, a US$ 58,98, enquanto o de Brent para junho avançava 1,97%, a US$ 62,05. Os contratos já vinham em alta desde cedo, após uma série de índices de atividade (PMIs) europeus vir bem acima das expectativas.

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A embarcação, da japonesa Shoei Kisen e operada pelo conglomerado taiwanês Evergreen Group, viajava da China para o porto de Rotterdam, na Holanda. Autoridades egípcias já estão no local e esperam desencalhar o navio em poucas horas, mas analistas temem que o procedimento possa levar mais tempo. "O incidente cria distorção nos fluxos de petróleo e produtos que são transportados através do canal. Existem rotas alternativas, mas se o bloqueio durar mais, pode impactar os preços por alguns dias, diz Bjornar Tonhaugen da consultoria norueguesa Rystad Energy.

O consumidor, afetado pelo preço da gasolina, também está tendo dificuldades para recorrer ao substituto imediato nos veículos com motor flex. Motivado por uma combinação de entressafra e aumento de demanda, o preço do etanol hidratado acumula aumento de 21,1% desde janeiro, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O preço médio do litro do combustível saltou de R$ 3,221 para R$ 3,901, conforme o levantamento semanal da ANP. Apesar de ser mais cara que o etanol, a gasolina comum subiu menos: 14,6% de janeiro a março. O preço médio do litro da gasolina no país passou de R$ 4,622 para R$ 5,299.

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No atacado, o aumento é ainda maior. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o etanol acumula alta de 35% nas usinas do Centro-Sul, a principal região produtora do país.

Dependendo do modelo do veículo, o etanol torna-se vantajoso quando custa até ou menos que 75% do valor da gasolina. Segundo o levantamento da ANP, somente seis estados atingiram essa proporção na primeira semana de março: Goiás (68,9%), Mato Grosso (69,3%), Minas Gerais (72,8%), Amazonas (74,4%), Mato Grosso do Sul (74,7%) e Sergipe (74,9%).

Em alguns estados, o preço do etanol quase se iguala ao da gasolina. As maiores proporções foram registradas no Amapá (93,9%), Rio Grande do Sul (91%), em Santa Catarina (85,9%) e no Pará (83%).

Demanda e oferta

Mesmo com o etanol sendo desvantajoso na maioria dos estados, a demanda pelo substituto da gasolina está aumentando. De acordo com a edição mais recente do Boletim de Monitoramento Covid-19, do Ministério de Minas e Energia, o consumo de gasolina em 2021, até 23 de fevereiro, tinha caído 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Em contrapartida, o consumo de etanol hidratado subiu 6,1% na mesma comparação.

À demanda maior do etanol, somam-se fatores ligados à safra de cana-de-açúcar. A tradicional entressafra, no início do ano, encarece o etanol no primeiro quadrimestre. Neste ano, porém, a oferta continuará baixa por mais tempo.

Segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), a safra deste ano deve atrasar por causa da estiagem no segundo semestre do ano passado no Centro-Sul. Com menos chuva na primavera, as plantações de cana estão levando mais tempo para se desenvolver, fazendo parte das usinas adiar a colheita que costuma ocorrer no início de abril.

Durante a entressafra, a produção de etanol de milho costuma substituir o combustível proveniente da cana-de-açúcar. O ritmo, no entanto, é insuficiente para repor a oferta. Até a metade de fevereiro, conforme o levantamento mais recente da Única, a produção de etanol acumulava 29,68 bilhões de litros, queda de 8,54% sobre os 32,45 bilhões de litros obtidos no mesmo período na safra 2019/2020.

Contra a 'boiada' já anunciada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente do Partido Verde de Pernambuco repudiou a intenção do Governo Bolsonaro em explorar petróleo e gás natural próximo ao destino paradisíaco de Fernando de Noronha. Além do desmonte aos órgãos fiscalizadores, como ICMBio e Ibama, o secretário de Infraestrutura de Paulista, Jorge Carreiro (PV), ressaltou a importância da preservação para o equilíbrio ambiental.

O desejo do Governo Federal é explorar as bacias Potiguar, no território do Rio Grande do Norte e Ceará. Contudo, a área fica próxima ao território pernambucano de Fernando de Noronha, que conta com 21 ilhas e é considerado um Patrimônio Mundial Natural da Humanidade.

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A crise do óleo cru que afetou o litoral nordestino em 2019 mostrou o potencial destrutivo da extração indiscriminada do material. Ter esse risco ao lado do parque nacional marinho, classificado como um santuário ecológico, foi criticado por Carreiro. "Permitir um leilão de petróleo próximo ao arquipélago, além de predatório, trata-se da legalização da destruição de um dos mais importantes parques marinhos não só brasileiro como mundial", afirmou em nota.

Carreiro ressalta que a sociedade não acata a perseguição ao meio ambiente e aos órgãos de proteção ambiental. "A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são os únicos caminhos para reverter as mudanças climáticas, a exemplo das tempestades que destroem tudo [...] Se não lutarmos pelo equilíbrio ambiental logo virão, também, secas extremas", concluiu.



Confira a nota na íntegra:

"O PV Pernambuco repudia as ofertas do governo federal para exploração de petróleo e gás natural nas bacias Potiguar (RN e CE), próxima ao parque nacional marinho de Fernando de Noronha, território pernambucano. Mesmo não sendo feito um estudo ambiental na região, conforme declarou o ICMBio e o Ibama, Noronha se trata de um santuário ecológico, composto por 21 ilhas, protegido por lei, além de ser Patrimônio Mundial Natural da Humanidade, dada a diversidade da fauna, da flora e a fragilidade do ecossistema diante da ação humana. Permitir um leilão de petróleo próximo ao arquipélago, além de predatório, trata-se da legalização da destruição de um dos mais importantes parques marinhos não só brasileiro como mundial.

A sociedade brasileira não aceita a perseguição ao meio ambiente e o desmonte dos órgãos de proteção ambiental, a exemplo do que vem acontecendo com o Instituto Chico Mendes de Conservaçãoda Biodiversidade (ICMBio), criado desde 2007. A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são os únicos caminhos para reverter as mudanças climáticas, a exemplo das tempestades que destroem tudo – como a tragédia de Brumadinho e as recentes chuvas que não só devastaram, mas desabrigaram e destruíram comunidades nas regiões Sul e Sudeste do país. Se não lutarmos pelo equilíbrio ambiental logo virão, também, secas extremas. É dever do Estado Brasileiro promover a preservação do nosso ecossistema."

O preço do botijão de gás de 13 quilos nunca esteve tão alto no Brasil, e a tendência é piorar diante da atual escalada de preços do petróleo no mercado internacional. Nesta semana, a Petrobras anunciou aumento de 6% para o gás liquefeito de petróleo (GLP), que já tinha sido reajustado em 5% no início de dezembro passado - o que poderá levar usuários a buscarem alternativas, como a lenha e o etanol.

A alta afeta tanto o preço do gás de cozinha, que será vendido nas refinarias por R$ 35,98 o botijão, quanto o GLP a granel, utilizado por indústrias, comércio, condomínios e academias, entre outros.

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"O GLP está deixando de ser um produto de utilidade pública por causa do alto preço, as famílias em miséria absoluta só crescem no Brasil, contradizendo todo discurso de energia barata do governo. Nunca o preço foi tão alto", afirma o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, Alexandre Borjaili.

O preço do gás de cozinha ficou congelado entre 2007 e 2014, e passou a ter reajustes mensais em 2017, durante o governo Michel Temer. Na mesma gestão, após reação negativa à medida, o botijão passou a ter ajustes trimestrais. Com a entrada do governo Bolsonaro, em 2019, as mudanças de preço passaram a seguir as oscilações do mercado internacional do petróleo, sem periodicidade definida.

De acordo com a prévia do Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA-15), em 2020 o preço do gás de cozinha subiu 8,3%, enquanto o gás encanado caiu 1,09% e o gás veicular recuou 1,29%. A alta do botijão é quase o dobro da inflação prevista para o período, de 4,23%. A Petrobras fica com 46% do preço do produto, enquanto distribuição e revenda respondem por 36%; 18% se referem a impostos. Nas refinarias, o aumento chegou a 21,9% no ano passado.

"A tendência é que o preço do botijão atinja de R$ 150 a R$ 200 este ano", projeta Borjaili, informando que os revendedores estão buscando alternativas, levando em conta também a venda da Liquigás pela Petrobras. "O GLP, agora, está na mão de multinacionais e o princípio social do botijão de 13 quilos foi totalmente abandonado."

Variação

Colado no preço do petróleo, que não para de subir neste início de ano com as notícias sobre o início da vacinação contra a pandemia em vários países, o preço do botijão de 13 quilos oscilava entre R$ 59 e R$ 105, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biodiesel (ANP) da última semana do ano passado. O preço médio da revenda do botijão, ainda segundo a ANP, saiu de R$ 69, em março passado, para R$ 75 em novembro. Há cinco anos, era revendido a R$ 47,43.

Segundo a Petrobras, o preço do gás de cozinha foi afetado pela maior demanda em 2020, ao contrário de outros produtos da empresa, como gasolina e diesel. "Os preços internacionais de diesel e gasolina foram afetados negativamente pelas restrições de circulação devido à covid-19. Por outro lado, no mesmo contexto, os preços internacionais de GLP se valorizaram pela maior demanda para cocção, aquecimento e petroquímica. Esses efeitos se refletiram nos preços internacionais de referência e, consequentemente, nos preços internos praticados no Brasil", explicou a estatal.

O GLP também superou o preço do gás natural, o que é explicado pela diferença entre os dois combustíveis. "O 'gás encanado' e 'gás veicular' referem-se ao gás natural, produto extraído diretamente do subsolo e processado em Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN). Dessa forma, o gás natural não necessita passar pelo refino para produção e comercialização", explicou a empresa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram 562 mil barris, para 499,534 milhões de barris, na semana passada, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda de 3,1 milhões de barris no período.

Os estoques de gasolina caíram 1,125 milhões de barris, a 237,754 milhões de barris, ante expectativa de alta de 600 mil de barris. Já os estoques de destilados recuaram 2,325 milhões de barris, a 148,934 milhões de barris, ante projeção de baixa de 1 milhão de barris.

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A taxa de utilização das refinarias, por sua vez, caiu de 79,1% para 78%, ante previsão de alta a 79,80%. Os estoques de petróleo em Cushing recuaram 26 mil barris, a 58,383 milhões de barris. Fonte: Dow Jones Newswires.

Nesta terça-feira (15) foi realizado um webinário para apresentar os primeiros resultados das pesquisas sobre o impacto do derramamento de petróleo no litoral de Pernambuco. O momento foi promovido pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE), transmitido através do YouTube da Secretaria do Meio Ambiente (Semas) e durou aproximadamente três horas.

A live foi aberta pelo professor e presidente da Facepe Fernando Jucá, que introduziu a pauta e os demais convidados. Estiveram presentes cientistas e pesquisadores, o secretário do Meio Ambiente José Bertotti; Djalma Paes, da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH); e Janice Trotte-Duhá, assessora de assuntos do oceano junto à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha do Brasil.

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Como principais pontos da discussão estiveram os editais FACEPE 22/2019, que ofereceu apoio emergencial para Estudos de Impactos e Mitigação da Contaminação por Petróleo no Litoral de Pernambuco; e o FAPESP/FACEPE 23/2019, que deu o mesmo apoio para estudos de Prevenção, Mitigação e Análise de risco da tragédia-crime. Juntos, os editais investiram R$ 5,4 milhões para as propostas de intervenção registradas.

Também foram discutidos as parcerias acadêmicas realizadas entre instituições local e de outros estados, como a união entre UFPE, UPE e URFPE com as universidades de Campinas, São Paulo e AGGEU/Fiocruz.

Trotte-Duhá, que esteve à frente da parceria com a Academia de Ciências Brasileiras e Marinha do Brasil, foi uma das primeiras convidadas a compartilhar os seus resultados, que foram parte do núcleo de causas e medidas preventivas referentes ao derramamento. Até hoje, os culpados pelo crime ambiental não foram reconhecidos e a Marinha encerrou o inquérito sem identificá-los.

“Nós tivemos mais de 70 mil homens na praia, presentes, e com isso pudemos oferecer uma ação benigna, mais de assistência cívico-social nesse aspecto. Realizamos em Salvador a Reunião de Crítica, em 12 de dezembro de 2019, onde pudemos fazer um levantamento preliminar sobre ações propositivas de médio e longo prazo”, disse a secretária.

Além dos webinários realizados, o órgão de operações também participou da chamada CNPq/MCTI 06/2020, o programa ‘Ciência do Mar’, e a aderiu com o incremento de R$ 2 milhões a fim de aumentar o número de propostas contempladas.

Paes, da CPRH, reviveu os momentos de aparição do óleo nas praias e comentou que o necessário não foi realizado à época. “Nossas praias amanheceram todas tomadas pelo óleo e nós não tínhamos nenhuma tecnologia, até porque não foi tomada nenhuma providência dos protocolos necessários para isso, mas mesmo assim nós enfrentamos. O Governo do Estado colocou helicópteros que detectavam essas manchas em alto mar, tivemos o apoio da população, principalmente de pescadores, porque eles sabiam e entendiam das consequências que isso poderia incorrer nas suas vidas, no seu ganha pão”, disse o presidente.

No âmbito de ações e resultados, segundo o gestor, foram removidos uma tonelada e 600 mil Kg de piche, levados a um aterro sanitário, destinação correta desse tipo de resíduo. Tudo foi monitorado pela agência, que rastreou 48 praias e oito estuários, de 13 municípios diferentes, vítimas do crime. 70% do litoral pernambucano foi atingido.

A professora Beatrice Padavani (UFPE) exibiu os resultados de avaliação do impacto do óleo no sítio PELD-Tamandaré, localizado na região sul de Pernambuco e que se estende da costa até o talude continental. Na área, há diversas unidades de conservação a nível federal.

Com os gráficos, 56 pesquisadores de 19 instituições mostraram os trabalhos para acompanhar a dinâmica espacial e temporal dos ecossistemas da localidade. A pesquisadora destaca o estuário de Rio Formoso, onde foi concluído que havia baixa contaminação, mesmo após a limpeza.

Já em Praia da Pedra, os cientistas detectaram contaminação moderada, apesar dos esforços para livrar o estuário do material contaminado. Como as regiões já eram monitoradas desde antes do vazamento, as equipes puderam fazer comparações, através de medições do hidrocarbonetos poliaromáticos (HPA), substância derivada do petróleo.

Para encerrar o webinário, Jesser Fidelis de Souza Filho, coordenador do Departamento de Oceanografia da UFPE, falou sobre as alterações notadas em comunidades biológicas. Segundo o doutor, as equipes acompanharam a influência do HPA nas estruturas de algumas espécies marinhas, especificamente recifais, com foco nas praias de Gaibu e no estuário de Rio Formoso.

“Nos ambientes recifais imersos, estamos acompanhando os locais onde as manchas chegaram e se fixaram às rochas, e estão lá até hoje. Temos mais de 300 fotos registrando ao longo do tempo como está o comportamento dessa estrutura. Temos, principalmente na região do Rio Formoso, coletas realizadas entre março e setembro de 2020 que estão em processamento”, disse o professor.

O geocientista também fala que, com relação às espécies de importância ecológica, há um caranguejo que habita recifes da nossa região que teve alterações estruturais após o contato com o material nocivo.

“Estudamos a influência da contaminação por HPA nas estruturas ou alterações morfológicas dessas espécies. Temos três coletas voltadas para o HPA, antes da chegada do óleo, e tinha, exatamente em Gaibu, 11 coletas antes da chegada do óleo. Dessas coletas, onde nós reunimos 20 indivíduos dessa espécie por mês, nunca nenhum apresentou manchas e alterações na carapaça. Um mês após a chegada do óleo, começamos a detectar imediatamente manchas e alterações como corrosões na carapaça, na parte dorsal, na parte interna e na parte ventral, além de malformações morfológicas. Consideramos o efeito agudo nessa espécie de recifes”, concluiu.

 

 

A produção de petróleo no Brasil caiu 5,8% em setembro, para 2,907 milhões de barris diários, perdendo o patamar de 3 milhões de b/d conquistados em novembro do ano passado, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na segunda-feira, o Ministério de Minas e Energia já havia indicado que a queda da produção no mês passado deveria girar em torno dos 5%, segundo o Boletim de Monitoramento Covid-19.

O gás natural também registrou queda de produção, de 6,2%, para 125,2 milhões de metros cúbicos diários, contra os 133,5 milhões de m/d de agosto. Um dos motivos da queda foi a redução da produção na região do pré-sal, que manteve porém a fatia de cerca de 70% na produção total, um recuo de 9,9% frente a agosto, para 2,054 mi b/d.

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Localizado na região, o campo de Tupi (ex-Lula) teve queda de 5,07% na produção em setembro, para 1,003 milhão de b/d, mas manteve a liderança em relação aos outros campos, segundo os dados da ANP.

Búzios

O poço 7-BUZ-10-RJS do campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos, registrou recorde em volume produzido de petróleo e gás natural no mês de setembro de 2020. No total, ele produziu aproximadamente 69,6 mil barris de óleo equivalente por dia, o maior volume já registrado por um único poço em toda a série histórica, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo a agência, dos 273 campos que produziram no mês de setembro, apenas oito registraram volume superior ao do poço 7-BUZ-10-RJS.

A produção nacional foi de 2,907 milhões de barris por dia de petróleo e 125,255 milhões de metros cúbicos de gás natural, totalizando 3,695 milhões de barris de óleo equivalente por dia, queda de 5,9% em relação à produção de agosto, quando produziu 3,926 milhões de boe/d.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa, nesta segunda (12), diante de notícias de retomada na oferta em alguns países. O dia, além disso, foi de menos negociações, por causa de um feriado nos Estados Unidos, enquanto o avanço da Covid-19 continua a representar um risco para a atividade econômica e, consequentemente, para a demanda pelo óleo.

O petróleo WTI para novembro fechou em baixa de 2,88%, em US$ 39,43 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro recuou 2,64%, a US$ 41,72 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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Na Líbia, o maior campo de produção da commodity deve ser retomado em breve, após um longo período de paralisação diante de conflitos locais. Na Noruega, uma greve que havia interrompido 8% da produção nacional terminou há alguns dias, após um acordo, e alguns analistas, como o ING, destacaram que o mercado deixou em segundo plano os efeitos do furacão Delta sobre a região do Golfo do México, com impacto menor do que o temido por alguns. A Sucden Financial, em linha similar, aponta que os temores de destruição na área diminuíram, o que abriu espaço para a baixa nos contratos.

As notícias que podem se traduzir em maior oferta surgem em contexto também de dúvidas sobre a retomada econômica, após o auge do choque com a Covid-19. Hoje, a Organização Mundial de Saúde (OMS) destacou o fato de que ocorre uma alta nos casos da doença pelo mundo, sobretudo nas Américas e na Europa. O Reino Unido anunciou um plano de novas restrições para conter a doença, mas descarta medidas mais extremas. Na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) vê uma perda de fôlego na recuperação, diante dos novos casos.

O presidente Jair Bolsonaro aprovou Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que dispõe sobre a prorrogação de contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural no País.

Em nota divulgada neste domingo, o governo informa que a medida tem por objetivo "autorizar a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a avaliar a prorrogação da fase de produção em campos maduros concedidos à Petrobras dentro do Polígono do Pré-sal, buscando a manutenção da produção dos campos e atração de investimentos para a revitalização de jazidas maduras".

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