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Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 19, e se mantiveram nos maiores níveis desde setembro, com as negociações comerciais entre Estados Unidos e China no radar, após a confirmação do acordo preliminar.

O petróleo WTI para fevereiro avançou 0,54%, a US$ 61,18 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para fevereiro subiu 0,56%, a US$ 66,54 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, reforçou hoje à CNBC que a assinatura do acordo sino-americano deve ocorrer em janeiro de 2020. Segundo a Bloomberg, no entanto, o Ministério do Comércio chinês se absteve de confirmar esse cronograma. Ontem à noite, o diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Larry Kudlow, afirmou à Fox Business que haverá "retorno de tarifas" se o país asiático não cumprir as regras do acordo.

Hoje, Pequim anunciou que vai isentar, a partir de 26 de dezembro, seis produtos químicos americanos de uma segunda rodada de tarifas adicionais. "As concessões tarifárias chinesas em seis produtos petrolíferos dos EUA aumentam a confiança comercial, embora as concessões anunciadas não sejam substanciais", analisa Manish Raj, diretor financeiro da Velandera Energy.

No entanto, o chefe de pesquisa em commodity do Commerzbank, Eugen Weinberg, avalia que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) terá mais dificuldades para controlar os preços do petróleo no ano que vem, "já que o cartel enfrentará no futuro uma maior concorrência dos EUA - que é o maior consumidor de petróleo do mundo - como exportador".

 

*Com informações da Dow Jones Newswires

O petróleo fechou em alta nesta sexta-feira, 13, após Estados Unidos e China terem confirmado a conclusão da "fase 1" do acordo comercial entre os dois países. Os contratos da commodity alcançaram os maiores níveis desde meados de setembro, quando instalações petrolíferas na Arábia Saudita foram alvos de ataques, o que reduziu temporariamente a oferta.

O petróleo WTI para janeiro avançou 1,50%, a US$ 60,07 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), com alta semanal de 1,47%. Já o Brent para fevereiro subiu 1,59%, a US$ 65,22 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), com ganho de 1,29% na semana.

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A commodity chegou a perder força no fim da manhã, após um tuíte do presidente americano, Donald Trump. Apesar de ter confirmado o pacto preliminar com os chineses, o republicano criticou uma reportagem do Wall Street Journal sobre retirada de tarifas à China.

Mas o petróleo voltou a acelerar quando o país asiático confirmou o acordo. Os chineses disseram, no entanto, que as negociações para a "fase 2" do pacto comercial devem começar somente após a implementação dos compromissos acordados na "fase 1". Trump e o representante comercial americano, Robert Lighthizer, porém, declararam que a próxima fase começaria imediatamente.

Lighthizer disse, ainda, que Pequim se comprometeu a elevar suas compras de produtos agrícolas americanos a US$ 40 bilhões ao ano, mas que a ideia é que esse patamar chegue a US$ 50 bilhões por ano.

"O mercado parece ignorar fato de que o desenvolvimento da oferta continuará sendo o fator chave no médio prazo", avalia Eugen Weinberg, chefe de pesquisa em commodities do Commerzbank.

"É provável que a oferta não pertencente à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cresça 2,1 milhões de barris no próximo ano, mesmo que o Brasil se junte à Opep+ e reduza sua produção", afirma Weinberg, acrescentando que o mercado da commodity energética corre o risco de enfrentar um excesso de oferta na primeira metade de 2020.

Também nesta sexta, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos subiram 4 na semana, a 667.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 12, influenciados pelas notícias positivas de que um acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China estaria mais próximo. Os preços da commodity já apresentavam elevação moderada após a Agência Internacional de Energia (AIE) cortar sua previsão de crescimento da oferta de petróleo fora da Opep para 2020, em 200 mil barris por dia (bpd).

O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 0,71%, a US$ 59,18 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro subiu 0,75%, a US$ 64,20 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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Os contratos futuros de petróleo ganharam força com as declarações otimistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a chance de um acordo com a China. "Estamos muito próximos de um grande acordo com a China", escreveu Trump no Twitter.

Antes, o Wall Street Journal noticiou, com base em relatos de fontes, que Washington ofereceu a Pequim o cancelamento de uma rodada de aumento tarifário e a remoção de tarifas existentes em até 50% sobre US$ 360 bilhões em bens chineses.

Também hoje, bem mais cedo, a Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou relatório mensal em que reduz sua previsão de avanço na oferta de petróleo fora da Opep para 2020, em 200 mil barris por dia (bpd), para 2,1 milhões de bpd. Contudo, a agência ainda espera que os estoques mundiais tenham expansão de 700 mil bpd nos primeiros três meses do próximo ano.

A AIE atribuiu seu corte na projeção à produção menor de integrantes da Opep+ e também a uma perspectiva de crescimento mais fraco no Brasil, em Gana e nos Estados Unidos).

Em relatório, o Commerzbank afirma que ainda há otimismo no mercado ainda em relação aos cortes de produção da Opep +, acordados no final da semana passada, que impedirão um excesso de oferta no mercado de petróleo.

"Esse otimismo também foi impulsionado pelo relatório mensal da Opep publicado ontem, em que acredita que o mercado de petróleo ficará equilibrado no ano que vem, se compararmos a média anual da Opep com a atual produção dela. A OPEP prevê um excesso de oferta no primeiro semestre de 2020, no entanto, sublinha a necessidade de cortes adicionais na produção que foram acordados", avalia o banco alemão.

A produção da região do pré-sal deu um salto de 4,6% em outubro em relação a setembro, para 1,905 milhão de barris diários, impulsionada pela produção do campo de Lula, na bacia de Santos, que ultrapassou a marca de 1 milhão de barris. Em relação a outubro do ano passado, o crescimento da produção foi de 30,1%, segundo boletim da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado nesta segunda-feira, 2.

A produção total de petróleo atingiu 2,964 milhões de barris diários, alta de 1,3% contra o mês anterior e de 13,4% se comparada há um ano. A produção de gás natural subiu 2,1%, para 132 milhões de metros cúbicos por dia, volume 12,4% maior do que no mesmo mês do ano passado.

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O Rio de Janeiro continua como maior Estado produtor, com 2,249 milhões de barris diários de petróleo, seguido por São Paulo, com 305,9 mil barris diários e Espírito Santo com 302 mil barris diários.

Os campos marítimos produziram 96,5% do total de petróleo do País, informou a ANP.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, mesmo diante das incertezas sobre um possível acordo preliminar entre Estados Unidos e China. A commodity avançou apoiada em afirmações vindas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que avaliam potencial de aumento da demanda pela commodity energética em 2020, e desaceleração no crescimento da produção do petróleo de xisto nos Estados Unidos. O secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, disse ainda que os fundamentos econômicos globais permanecem fortes e que ele ainda confia que os EUA e a China chegarão a um acordo comercial.

O contrato do WTI para dezembro fechou em alta de 0,56%, a US$ 57,12 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro subiu 0,50%, a US$ 62,37 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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Na manhã desta quarta-feira, o secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, afirmou que "é muito prematuro" dizer se a Opep vai manter os cortes na produção nos níveis atuais ou aprofundá-los na reunião de dezembro, num momento em que o avanço na produção de óleo de xisto dos EUA está perdendo força. O líder do cartel disse, no entanto, que a demanda pela commodity energética tem potencial de crescer em 2020, fez os contratos futuros inverteram a tendência de queda e passarem a subir.

Segundo analistas da Commerzbank, a decisão de manter cortes na produção de petróleo sem aprofundá-los não será suficiente para evitar um excesso de oferta no primeiro semestre de 2020. "A Opep corre o risco de ver, após sua reunião, uma queda nos preços (da commodity energética) que poderia entrar em uma escala semelhante à do ano passado, quando o Brent caiu para US$ 50 o barril, no Natal. É pouco provável que isso seja do interesse da Arábia Saudita, afinal, o reino planeja colocar ações de sua empresa estatal de petróleo, Saudi Aramco, na bolsa de valores, em meados de dezembro. E o período de assinatura (oferta pública de ações) coincidirá com a reunião da Opep", avalia o Commerzbank.

Ainda nesta quarta-feira, o Departamento de Energia americano (DoE, na sigla em inglês) divulgou relatório de curto prazo sobre o setor, afirmando que o preço do barril tipo Brent deve ficar em média em US$ 60 em 2020, inferior à média de US$ 64 projetada para 2019. Já o petróleo WTI deve ficar em média US$ 5,50 mais barato (US$ 54,50) que o Brent ao longo de 2020. Baseando-se em dados preliminares, o DoE estima que os EUA tenham exportado 140 mil barris por dia (bpd) a mais de petróleo e derivados em setembro do que importou. Em outubro, as exportações totais excederam as importações em 550 mil bpd. Caso os números se confirmem, será a primeira vez que os EUA exportaram mais petróleo do que importaram desde o início desses registros, em 1949.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, anunciou a descoberta de um grande campo de petróleo que poderá ampliar as reservas conhecidas do país em cerca de 30%.

Rouhani disse, nesse domingo (10), que engenheiros iranianos descobriram um grande campo com 53 bilhões de barris de petróleo. Acrescentou que o campo de petróleo na província sudoeste do país, Khuzestan, cobre uma área de 2.400 quilômetros quadrados.

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A BP, gigante britânico do setor de petróleo, declarou que até o fim de 2018 o Irã ocupava o quarto lugar no mundo em reservas de petróleo, com total estimado de 155,6 bilhões de barris.

Se a dimensão na nova reserva de petróleo vier a ser comprovada, o volume elevaria a posição do país para logo depois da Venezuela e Arábia Saudita.

O anúncio surgiu no momento em que o Irã luta para vender seu petróleo no exterior, em meio às sanções impostas pelos Estados Unidos.

O país, aparentemente, está fazendo um apelo à comunidade internacional no sentido de reconfirmar sua importância como fornecedor de petróleo, numa tentativa de disseminar ressentimentos contra os Estados Unidos.

*Emissora pública de televisão do Japão

O Irã descobriu um novo campo de petróleo no sul do país, com cerca de 50 bilhões de barris de petróleo bruto, afirmou o presidente Hassan Rouhani neste domingo. A descoberta pode aumentar as reservas comprovadas do país em um terço, em meio às dificuldades provocadas pelas sanções impostas pelos Estados Unidos.

Rouhani fez o anúncio em um discurso na cidade de Yazd. Ele disse que o campo está localizado na província de Khuzestan, no sul do Irã, polo nacional da indústria de petróleo. Os 50 bilhões de barris seriam adicionados às provadas reservas iranianas de cerca de 150 bilhões.

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O novo campo de petróleo pode se tornar o segundo maior campo do Irã depois de um com 65 bilhões de barris em Ahvaz. Fonte: Associated Press.

A possibilidade de o óleo ter chegado na praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, foi descartada. Depois que vídeos e fotos foram compartilhadas com o poder público da capital pernambucana, os órgãos confirmaram se tratar de um alarme falso.

A Defesa Civil, Guarda Municipal, Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Brigada Ambiental e Vital Engenharia, responsável pela limpeza das praias, foram mobilizadas para a possível chegada da mancha. Horas depois, um drone e uma embarcação chegaram mais perto e confirmaram que a suposta mancha de óleo era apenas sargaço (alga marinha). 

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De acordo com Cássio Sinomar, Chefe da Defesa Civil do Recife, a prefeitura já tem o seu próprio plano de ação caso o óleo, que vem devastando o Nordeste, inclusive cidades vizinhas como Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, chegue na capital pernambucana.

“Nesse momento a gente recebeu uma informação de que existiria a possibilidade de chegada da mancha de óleo aqui na praia. De pronto foi articulado todo um plano de ação para que as equipes da prefeitura se deslocassem - seguindo o plano de ação. Mas já constatamos que se trata de sargaço”, afirmou Sinomar. 

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Os contratos futuros de petróleo fecharam em território positivo nesta terça-feira pelo terceiro pregão consecutivo, em meio ao otimismo com as negociações comerciais sino-americanas e expectativas de queda na oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 1,22%, a US$ 57,23 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro teve alta de 1,33%, a US$ 62,96 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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No início da tarde, o jornal South China Morning Postinformou que Pequim quer compromissos "mais sólidos" de Washington sobre remoção de tarifas antes de fechar um acordo comercial e que, sem isso, a visita do líder chinês, Xi Jinping, aos EUA seria "politicamente difícil". A notícia, porém, não afetou os contratos futuros de petróleo, que continuaram operando com foco no otimismo comercial.

Antes, a Dow Jones Newswires havia noticiado que EUA e China consideram suspender algumas tarifas de importação para garantir a assinatura do acordo comercial de "fase 1", que está em negociação. Além disso, o Financial Times havia informado que os americanos poderão retirar tarifas que incidem sobre US$ 112 bilhões em importações chinesas.

O apetite por ativos de risco também foi apoiado hoje pelo índice de atividade de serviços dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM), que subiu a 54,7 em outubro, superando a expectativa de alta a 53,5.

No caso do petróleo, contribuiu também a declaração da Opep de que sua oferta da commodity diminuirá continuamente nos próximos cinco anos, o que tende a elevar os preços. A Opep e aliados, incluindo a Rússia, vão debater se mantêm ou aprofundam os cortes na produção combinada, atualmente em 1,2 milhão de barris por dia (bpd), durante reunião marcada para 5 de dezembro.

Na opinião do analista da DTN Dominick Chirichella, o mercado do petróleo está começando a se tornar um pouco mais otimista, "com uma combinação de condições econômicas melhores, diminuição da contagem de plataformas de perfuração nos EUA e rumores de que a Opep aprofundará seu corte de produção na reunião de dezembro".

Para os analistas do ING Warren Patterson e Wenyu Yao, no entanto, a alta nos preços do petróleo "deve durar pouco", devido ao tamanho do superávit que é esperado para a produção da commodity energética no primeiro semestre de 2020. "O risco para essa visão é se a Opep+ surpreender o mercado em dezembro anunciando cortes ainda mais profundos do que o esperado para 2020", ponderam os especialistas.

Amanhã, os investidores acompanharão a divulgação de dados do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) sobre estoques de petróleo nos EUA na semana encerrada em 1º de novembro. Logo mais, às 18h30, são divulgadas as estimativas do American Petroleum Institute (API).

Os contratos futuros de petróleo fecharam em território positivo nesta segunda-feira. O dia foi de apetite ao risco nos mercados internacionais diante de notícias sobre avanços nas negociações comerciais com a China. Também nesta segunda-feira, o ministro de Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, disse esperar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) chegue a um acordo para cortar ainda mais sua produção em reunião marcada para dezembro, enquanto indicadores relativamente positivos da indústria da zona do euro foram monitorados.

O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,60%, a US$ 56,54 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro teve alta de 0,71%, a US$ 62,13 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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Os contratos futuros de petróleo ganharam força com o otimismo em torno da fala do secretário de Comércio americano, Wilbur Ross, em entrevista à Bloomberg no domingo, afirmando que EUA e China devem assinar a chamada "fase 1" do acordo comercial preliminar ainda este mês. Ross revelou também que serão concedidas "muito em breve" licenças para que companhias americanas vendam componentes à gigante tecnológica chinesa Huawei.

O otimismo no exterior também foi influenciado pela divulgação do índice de gerentes de compras industrial da zona do euro (PMI, na sigla em inglês), que subiu de 45,7 em setembro - que havia sido o menor nível desde outubro de 2012 - para 45,9 em outubro, segundo pesquisa final divulgada pela IHS Markit. O resultado ficou acima da previsão de 45,7 dos analistas, mas a leitura abaixo de 50 ainda indica contração na manufatura do bloco pelo nono mês consecutivo.

Outro assunto que pode ter contribuído para apoiar a commodity foi o anúncio de novas sanções contra iranianos. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos vai bloquear o fluxo de dinheiro à Equipe Geral das Forças Armadas do Irã (AFGS, na sigla em inglês), apontada como o órgão militar "mais sênior" no país persa, e a nove cidadãos iranianos, sob acusação de agir em nome do líder supremo Ali Khamenei para "oprimir o povo iraniano, exportar terrorismo e avançar políticas desestabilizadoras ao redor do mundo".

Entre as novidades no setor de energia, destaca-se a oferta pública inicial de ações (IPO) da petrolífera Saudi Aramco, anunciado no domingo, após cerca de quatro anos de adiamentos. O príncipe saudita Mohammed bin Salman deu autorização para a listagem nos últimos dias. A companhia, que produz cerca de 10 milhões de barris de petróleo por dia e é responsável por 10% da demanda global da commodity, vai entrar no mercado doméstico de ações em dezembro, com listagem na Saudi Stock Exchange (Tadawul).

"A entrada da Aramco provavelmente abalará os principais estoques de energia, já que os investidores dificilmente deixariam a gigante petrolífera saudita fora de suas carteiras de energia", avalia Ipek Ozkardeskaya, analista da London Capital Group. Segundo o analista, o setor de energia deve ser impactado pelo anúncio do IPO da Aramco.

A explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon no Golfo do México, em abril de 2010, criou o que ficou conhecido como o maior acidente ambiental da história americana. Quase 10 anos depois, os efeitos do derramamento de mais de 3 milhões de barris de petróleo, em um vazamento que levou cerca de 90 dias para ser estancado, ainda são discutidos pela comunidade científica. E o Brasil vive hoje sua maior tragédia no mar com óleo, com suspeitas sobre um petroleiro.

Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos, o acidente na plataforma, que levou à responsabilização da British Petroleum (BP), causou efeitos na costa dos Estados de Louisiana, Mississippi, Texas, Alabama e Flórida. Christopher Reddy, químico e cientista marinho no Woods Hole Oceanographic Institution, nos EUA, tem parte da carreira dedicada às pesquisas sobre o vazamento no Golfo do México, com trabalho inclusive in loco, em 2010. Ele alerta que é preciso tomar cuidado com comparações. "Parece ilustrativo, às vezes, mas pode levar a uma confusão. Normalmente há diferenças no tipo de óleo, quanto vazou e como são as áreas afetadas", afirma.

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Segundo ele, a estratégia inicial, contudo, é a mesma e tem como primeiro passo identificar e ter certeza de que o vazamento foi interrompido, para não piorar a situação. Reddy tem acompanhado as notícias sobre o Brasil e lamenta a falta de proteção adequada ao ver as fotos da população no Nordeste do País tentando limpar áreas com as próprias mãos. "Outra questão é que, por mais bem intencionadas que as pessoas estejam, podem estar criando problemas. Ao passar por uma área com os pés, é possível espalhar por um rastro o óleo", afirmou.

Diferenças

O tipo de óleo encontrado no Brasil é diferente do identificado depois do vazamento de 2010 no Golfo do México. "No Brasil, o óleo é pegajoso, o que pode ser bom, porque facilita o manuseio. O comportamento do óleo no Golfo do México, por sua vez, era muito diferente, e hoje a região está em uma situação bastante saudável", afirma Reddy. "É preciso ter um senso de estratégia. Identificar as áreas que precisam ser limpas de forma mais rápida e agir de forma sistemática. É como a triagem de um pronto-socorro, que identifica quem precisa de tratamento urgente", afirmou.

No caso do vazamento de 2010, conta o cientista, houve também um trabalho de conscientizar a população sobre a recuperação da área - e mostrar, por exemplo, que as pesquisas indicavam que os peixes não estariam contaminados. Ao Estado, Reddy destacou o quanto é necessário deixar a ciência de forma acessível à sociedade e evitar os alarmismos.

Nem toda avaliação sobre a situação dos ecossistemas atingidos pelo vazamento é como a de Reddy. Os efeitos agudos, segundo especialistas, se dissiparam, mas ainda há nível de contaminação em sedimentos mais profundos do mar, que afetam os microbiomas. Um estudo de 2018 feito por pesquisadora da Universidade do Sul do Mississippi e publicado pelo The Guardian apurou que restos de petróleo reduziram a biodiversidade nos arredores do vazamento.

No Golfo do México, foram usados dispersantes químicos para ajudar no processo de limpeza. É uma opção considerada controversa pelos efeitos na vida marinha e também na saúde de trabalhadores expostos aos químicos.

Deputados democratas do Comitê de Energia da Câmara pediram, neste ano, um posicionamento do governo americano sobre as políticas de prevenção a acidentes como o que atingiu o Golfo do México. Um dos pontos questionados pelos congressistas é o efeito do uso dos dispersantes químicos na saúde humana e no ecossistema. Desde a explosão, o tema é pauta de pesquisas científicas nos Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de quatro quedas consecutivas, os contratos futuros de petróleo fecharam em território positivo nesta sexta-feira, 1º de novembro. O dia foi de apetite ao risco nos mercados internacionais, com geração de empregos em outubro nos Estados Unidos acima do esperado, avanços nas negociações entre americanos e chineses e dado positivo do setor industrial da China.

O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 3,73%, a US$ 56,20 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro teve alta de 3,47%, a US$ 61,69 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o contrato do WTI caiu 0,81% e o do Brent recuou 0,53%.

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O otimismo no exterior ganhou força com a divulgação do relatório de empregos americano, conhecido como "payroll". Em outubro, os EUA criaram 128 mil empregos, segundo dados com ajustes sazonais divulgados pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio bem acima da mediana da previsão de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de geração de 75 mil vagas.

Já no início da tarde, o Ministério do Comércio da China (MofCom, na sigla em inglês) afirmou que o país asiático e os Estados Unidos "conduziram discussões sérias e construtivas" e "chegaram a um consenso sobre princípios". Antes, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, haviam conversado por telefone com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He.

Também foi considerada positiva a divulgação do índice ISM de atividade industrial, que subiu de 47,8 em setembro para 48,3 em outubro. Apesar de o resultado ter ficado aquém das projeções, o comportamento de alguns de seus componentes surpreendeu, como o número de novas encomendas, que avançou 1,8% em outubro ante setembro.

Na China, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial subiu de 51,4 em setembro para 51,7 em outubro maior leitura desde fevereiro de 2017, o que já havia apoiado o apetite ao risco desde cedo.

Além disso, a Baker Hughes informou no início da tarde que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos recuou 5 na última semana, a 691 - quedas na oferta tendem a fortalecer as cotações.

O Commerzbank destaca, no entanto, que a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) subiu 690 mil barris em outubro, para 29,6 milhões de barris, segundo dados da Reuters. "O que destaca a necessidade de redução da produção", afirma o banco em relatório a clientes.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (1º), a Operação Mácula, para apurar a origem e autoria do vazamento de óleo que atingiu mais de 250 praias do Nordeste. A investigação aponta como principal suspeito do derramamento um navio petroleiro de bandeira grega.

De acordo com a PF, a entidade conseguiu identificar a localização da mancha inicial de petróleo cru em águas internacionais, a aproximadamente 700 km da costa brasileira, em sentido leste, com extensão ainda não calculada. A partir da localização, com técnicas de geointeligência e cálculos oceanográficos regressivos, foi possível identificar o único navio petroleiro que navegou pela área suspeita.

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A embarcação atracou na Venezuela em 15 de julho, permaneceu por três dias e seguiu rumo a Singapura pelo Oceano Atlântico, vindo a aportar apenas na África do Sul. “O derramamento investigado teria ocorrido nesse deslocamento”, diz nota da PF. Acredita-se que o vazamento ocorreu entre 28 e 29 de julho.

O navio grego está vinculado, inicialmente, a uma empresa de mesma nacionalidade. Ainda não há dados sobre a propriedade do petróleo transportado pelo navio identificado. Foram solicitadas diligências em outros países por meio de mecanismos de cooperação internacional, pelo canal Interpol. Com isso, espera-se levantar dados adicionais sobre a embarcação, tripulação e empresa responsável.

A investigação criminal visa punir os responsáveis pela poluição e pela não comunicação do incidente às autoridades. Nesta sexta-feira, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro expedidos pela 14ª Vara Federal Criminal de Natal-RN, em sedes de representantes e contatos da empresa grega no Brasil.

Paralelamente, a Polícia Federal está realizando diversos exames periciais no material oleoso recolhido em todos os estados brasileiros atingidos, bem como exames em animais mortos, já havendo a constatação de asfixia por óleo, assim como a similaridade de origem entre as amostras.

De acordo com o Ibama, 286 localidades foram afetadas no Nordeste. Isto significa 98 municípios de nove estados atingidos. Em Pernambuco, foram recolhidos até o momento 1561 toneladas do resíduo.

A investigação teve ação integrada com a Marinha do Brasil, o Ministério Público Federal, o IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, Agência Nacional do Petróleo, a Universidade Federal da Bahia, Universidade de Brasília e Universidade Estadual do Ceará, bem como o apoio espontâneo de empresa privada do ramo de geointeligência.

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A origem do derramamento de óleo no Nordeste ainda é desconhecida pelo Governo Federal. No entanto, estudos do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), levantam a hipótese de que a poluição pode ter sido causada por um grande vazamento em minas de petróleo, além de também poder ter acontecido na região do pré-sal. A observação foi feita por um satélite da Agência Espacial Europeia.

Se tal suspeita se confirmar, a teoria de que o petróleo veio da Venezuela, levantada pelo Ministério do Meio Ambiente, pode cair por terra. De acordo com o Lapis, nesta última segunda-feira (29), foi detectado um padrão característico de manchas de óleo no oceano, com 55 km de extensão e 6 km de largura, a uma distância de 54 km da costa da Bahia. 

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O pesquisador do laboratório, Humberto Barbosa, aponta que o vazamento pode estar acontecendo abaixo da superfície do mar. "Foi a primeira vez que observamos, neste caso, uma imagem de satélite que detectou uma faixa da mancha de óleo original ainda não fragmentada e ainda não carregada pela correnteza", explica Barbosa.

As imagens foram observadas retroativamente, desde o mês de maio, processando esses dados por faixas, a partir de uma grande quantidade de dados de toda a Costa do Nordeste brasileiro, chegando até o Espírito Santo. 

A pesquisa aponta que as imagens demonstram que se trata de algo maior do que um mero derramamento acidental ou proposital de óleo a partir de um navio. Humberto alerta que é um vazamento que está abaixo da superfície do mar, consequência de perfuração. "Tivemos um grande impacto porque, pela primeira vez, encontramos uma assinatura espacial diferenciada", disse Barbosa.

Por meio de nota, a Marinha negou que haja óleo no mar próximo à costa da Bahia. "Em relação à possível mancha que estaria avançando pelo mar da Bahia, informamos que não se trata de óleo. Foram feitas quatro avaliações para confirmar: consulta aos especialistas da ITOF, monitoramento aéreo e por navios na região e por meio de satélite", sustenta a nota. "Segundo especialistas do ITOF, ela possui diversas características, podendo ser nuvem, fenômeno da ressurgência no mar etc".

A Marinha acrescentou que "a gravidade, a extensão e o ineditismo desse crime ambiental exigem constante avaliação da estrutura e dos recursos materiais e humanos empregados, no tempo e quantitativo que for necessário".

*Com informações da Agência Estado

O governo federal notificou 11 países cobrando esclarecimentos sobre 30 navios mapeados dentro da investigação sobre a origem do vazamento de óleo que atingiu diversas praias do Nordeste. A informação foi dada pelo coordenador de operações navais da Marinha, almirante de esquadra Leonarndo Puntel, em entrevista a jornalistas no sábado (26).

A investigação conduzida pela Marinha trabalha com a tese de que o responsável teria sido um navio-tanque. A apuração inicial avaliou 1.500 embarcações e afunilou a análise para 30 veículos marinhos de 11 países. O comandante não detalhou que nações estariam neste grupo, mas disse que o requerimento pede informações para os governos para saber se têm conhecimento de algum acidente.

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Os 30 navios estão entre os que passaram pela costa do Nordeste no período, identificados por fazerem comunicações por sistemas marítimos. Conforme Puntel, os investigadores calculam que o vazamento teria ocorrido no mês de agosto, com o óleo chegando às praias no fim daquele mês.

O almirante não descartou a possibilidade de que o episódio tenha sido causado por embarcações não oficiais, denominadas “dark ships”. Neste caso, contudo, a apuração será mais complexa e terá de envolver outras fontes de informação, como análise de imagens de satélite.

Puntel declarou que não é possível afirmar que o veículo era venezuelano. Mas que pesquisas da Petrobrás teriam identificado o óleo como proveniente daquele país. “Laudo da Marinha concluiu que óleo não era brasileiro. O laudo da Petrobrás foi além, porque tem amostras de óleos de outros países. Ele é de bacias venezuelanas. O navio a gente não sabe”, comentou.

Manchas

A coordenadora-geral de emergências ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fernanda Pirilo, afirmou na entrevista coletiva que não há novo óleo nas praias.

“Não há mais chegada de óleo novo, mas algumas praias ainda têm vestígio de óleo, temos os pontos identificados em que ainda há óleo residual, a maioria nos estados de Pernambuco e Bahia”, pontuou.

O comandante Leonardo Puntel acrescentou que a despeito da dificuldade de monitorar a evolução das manchas, dado que elas se deslocam debaixo da água a partir das correntezas marinhas, o exame realizado pelos órgãos envolvidos no grupo de acompanhamento detectou que houve um decréscimo da quantidade.

“As manchas de óleo tiveram dinâmica diferente. No início de setembro e outubro ela estava tranquila, não tinha grandes quantidades. Teve período na semana passada que houve aumento do volume no óleo na Bahia, Sergipe, Alagoas e Sul de Pernambuco. E este volume começou a decrescer agora”, observou.

A coordenadora do Ibama orientou a população dos locais a não entrar em contato com a substância. Já as condições de banho de cada praia são avaliadas pelos órgãos de saúde dos estados e municípios e devem ser verificadas juntamente a esses órgãos.

Brasília

O grupo de órgãos federais encarregados da coordenação das atividades mudou sua base para Brasília. Durante esta semana, várias autoridades do governo federal estiveram em Pernambuco. O comandante da Marinha relatou que ainda permanecem coordenações locais montadas em Recife e Salvador.

A coordenadora de emergências ambientais do Ibama acrescentou que a mudança facilita a atuação do grupo, já que aproxima seus integrantes do centro de decisão política do país. Questionada por jornalistas, ela negou dificuldades na interlocução das entidades tanto em relação ao Executivo quanto no tocante a administrações estaduais.

Depois de o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles insinuar que o Greenpeace estaria por trás do vazamento de óleo que afeta o Nordeste do país, o secretário do turismo de Pernambuco Rodrigo Novaes afirma que "acusar o Greenpeace é como acusar o Papa de ser traficante internacional". Para ele, a entidade é a mais respeitada da proteção do meio ambiente e foi acusada de "forma leviana" pelo ministro.

Novaes deu essa declaração no final da coletiva de imprensa que aconteceu na tarde desta sexta-feira (25), na Capitania dos Portos de Pernambuco, no bairro do Recife Antigo, com a presença do ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio - que estava no Estado para observar os possíveis impactos das manchas de óleo nas praias no turismo local.

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Entenda

Por meio do seu twitter, Ricardo Salles afirmou: "Tem umas coincidências na vida né.... Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento do óleo venezuelano...." Junto a declaração, Salles colocou uma foto do navio do Greenpeace, que é utilizado pela organização em ações de protesto contra crimes ambientais. 

Em resposta, o coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Marcio Astrini, disse que a área jurídica da organização já foi mobilizada e que Ricardo Salles será interpelado judicialmente. "Iremos à Justiça contra as falsas declarações feitas pelo ministro", disse Astrini. "A decisão está tomada. Agora, será analisada por nossa área jurídica".

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Depois de visitar a praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife, o Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio afirma que as praias atingidas pelo óleo e que já foram limpas estão “aptas para o banho”. No entanto, o ministro não tem nenhum embasamento técnico para tal afirmação e aponta que soube pelo Ministério da Saúde, que não repassou nada referente para a imprensa. 

“Existem hoje praias que já estão limpas e com total condição de receber os turistas e os banhistas. Mesmo as praias que já foram impactadas e já foram limpas, existe sim a possibilidade do turismo”, assegura Álvaro.

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A afirmação do ministro vai de encontro ao que está sendo indicado por diversos biólogos. Os estudiosos apontam que o banho só deve ser liberado nos locais que já foram atingidos pelo óleo depois de uma análise da água. Até esta sexta-feira (25), 10 cidades pernambucanas já foram atingidas. Em todo o Nordeste já foram retirados mais de 958 toneladas do petróleo. 

Na última quarta-feira (23), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquérito civil requisitando uma série de medidas do Governo de Pernambuco e do município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, acerca do combate ao óleo que atinge o litoral. À Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o MPPE requisitou a avaliação da balneabilidade, ou seja, condições para banho e atividades esportivas, das áreas de praia do Cabo de Santo Agostinho. Caso haja necessidade, as praias deverão ser interditadas. Foi fixado um prazo de cinco dias para o órgão prestar informações ao ministério público.

O ministro aponta ainda que menos de 10% das praias de Pernambuco foram impactadas pelo óleo. O Secretário de Turismo de Pernambuco Ricardo Novaes diz que Álvaro está equivocado e que os 10% se refere a extensão atingida de Porto de Galinhas.

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Depois de visitar o litoral sul de Pernambuco, o Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio anunciou que R$ 200 milhões de reais em linha de crédito serão liberadas para os pequenos e médios empresários que se sentirem impactados - e que vejam um abalo no seu rendimento do comércio. “A gente vai facilitar esse acesso para reformas e investimentos de diversas naturezas”, afirma Álvaro.

O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira (25), durante uma coletiva de imprensa na Capitania dos Portos de Pernambuco, localizado no bairro do Recife Antigo. “O setor do turismo envolve mais de 53 segmentos. É uma cadeia produtiva que gira a economia. Por isso, o Governo Federal, através do Ministério do Turismo, está oferecendo R$ 200 milhões em linhas de crédito que poderão ser usados até para a capital de giro”, salienta o ministro. 

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Marcelo Álvaro não deu detalhes de como esse valor poderá ser acessado pelos empresários que tiveram o seu empreendimento atingido pelas manchas de óleo no Nordeste. 

Partículas de óleo chegaram à Praia do Sossego, na Ilha de Itamaracá, Litoral Norte de Pernambuco, nesta sexta-feira (25). O município já havia sido atingido pela substância na quinta-feira (24) nas praias do Pilar e Jaguaribe. 

Segundo a Prefeitura da Ilha de Itamaracá, o resíduo chegou em mínimas quantidades em um trecho de três a cinco metros. A suspeita é que tenha sido uma parte do óleo da quinta-feira trazido pela maré. 

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A prefeitura pontuou ainda que, por ser uma pequena quantidade, não é necessário emitir alerta ou abrir protocolos. No dia anterior, foi instalada na Praia do Sossego uma rede de contenção. A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) monitora a rede. De acordo com a prefeitura, não há registro de resquício de petróleo no equipamento.

Pernambuco

A Secretaria de Meio Ambiente do Estado segue em monitoramento nesta sexta-feira. Por volta das 6h30, foi realizado um sobrevoo no Litoral Norte e em parte do Litoral Sul, não sendo identificadas manchas. O governo também continua realizando o trabalho de limpeza das praias, como a de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho. 

O secretário de Meio Ambiente, José Bertotti, visitará Tamandaré para avaliar a retirada de óleo na boca de estuários. "Faremos também o trabalho de verificação, que começou ontem, do óleo depositado no fundo de alguns arrecifes", diz o secretário. José Bertotti afirma ter solicitado serviço especializado à Marinha para esse tipo de recolhimento.

O Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco vai disponibilizar mergulhadores para fazer a visualização no fundo dos arrecifes. “No entanto, é bom que se afirme que o Governo Federal não tem disponibilizado serviços técnicos especializados da indústria petroleira”, critica Bertotti. Até a quinta-feira (24), foi recolhido em Pernambuco 1358 toneladas da substância.

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Com o recente desastre ambiental registrado nas praias do Nordeste do Brasil, o petróleo volta à cena dos noticiários e dos debates nas redes sociais. Como as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já foram impressas e estão a caminho dos locais de aplicação, não há expectativa para que derramamento seja abordado nesta edição. No entanto, tópicos relacionados ao combustível fóssil, como ecologia, biologia, química e atualidades, podem cair nas questões do processo seletivo.

Com a ajuda dos professores de geografia Benedito Serafim e Italo Souza, e do professor de biologia Douglas Marques, o Vai Cair No Enem preparou um quiz com tópicos e perguntas que podem ser tratados pelas provas do Exame. O LeiaJá publicou, no dia mundial do petróleo, em setembro, uma aula com os educadores, que pode ajudar o fera a responder o quiz a seguir

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