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 O atual prefeito de Petrolina e pré-candidato ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho (DEM) recebeu apoio oficial do partido Podemos para as eleições de 2022, nesta segunda-feira (7), no Recife. 

O evento que reuniu lideranças de todas as regiões do estado, aconteceu em um auditório de um hotel da zona sul do Recife. O acontecimento foi marcado por discursos sobre mudanças, retrocesso da economia, entre outros. Miguel Coelho falou sobre o recorde de desemprego em Pernambuco.

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"Pernambuco tem mais de 30% de sua população com desalentados. Mas mesmo nesse cenário, é possível mudar. Pernambuco pode voltar a dar orgulho. É hora de perguntar se devemos condenar o nosso estado a mais quatro anos do que aí está ou se vamos ter a coragem de voltar a sentir o sabor da esperança e do desenvolvimento”, questionou Miguel. 

Segundo a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, o partido tomou a decisão de apoiar Miguel Coelho pela transformação que o prefeito fez em Petrolina. "Eu acredito na sua história e no seu potencial. Vi o que você fez, construindo uma maternidade, uma UTI para pessoas com câncer. É nossa obrigação darmos as mãos e escolhermos aquele que vai governar o futuro de nossos filhos. Por isso, com muito orgulho, venho aqui falar do apoio do Podemos a sua pré-candidatura”. 

Novos filiados 

Além do apoio a Miguel, o partido teve o objetivo de filiar políticos do estado e fortalecer a legenda. Foram filiados os prefeitos de Tuparetama, Sávio Torres, e de Lagoa de Itaenga, Graça do Moinho, o deputado estadual Wanderson Florêncio, além de outras lideranças. O ato também contou com a presença de políticos de diversos partidos como o senador Fernando Bezerra (MDB); os deputados Fernando Filho (DEM), Antonio Coelho (DEM), Alessandra Vieira (PSDB), Romero Sales Filho (PTB), as prefeitas de Bezerros, Lucielle Laurentino (DEM); Célia Sales, de Ipojuca (PTB); Zé Martins (PSB de João Alfredo), além de outros ex-prefeitos, vices e vereadores. 

*Por Camilla Dantas 

A candidatura do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro à Presidência enfrenta resistências nas fileiras do Podemos, e a briga, agora, é pela distribuição do fundo eleitoral. Na Câmara, a bancada do Podemos - partido ao qual Moro se filiou em novembro - reivindica prioridade sobre os R$ 228,9 milhões do fundo para as disputas deste ano, sob o argumento de que, sem recursos, os deputados correm risco de derrota nas urnas e a sigla pode até mesmo não sobreviver.

O Podemos tem apenas 11 deputados federais e conta com um fundo eleitoral menor do que o dos concorrentes, como PL, PT, PSDB, MDB e PDT.

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O tamanho da bancada também tem impacto no tempo de propaganda de rádio e TV. Enquanto a maior parte dos principais candidatos terá direito a 20 minutos semestrais de propaganda partidária, o ex-ministro da Justiça ficará com apenas 10 minutos em razão do tamanho do Podemos.

Líder do Podemos na Câmara, o deputado Igor Timo (MG) disse que não faz sentido focar os repasses do partido para a campanha presidencial em detrimento da eleição no Congresso. "A gente sabe que é um cobertor curto, não tem como fazer mágica. Mas não adianta também custear integralmente uma campanha presidencial e o partido deixar de existir. Se não tiver deputado, como vai se manter?", questionou Timo.

Apesar de destacar o apoio a Moro, o líder do Podemos lembrou que o valor do fundo para as campanhas é calculado com base no número de deputados federais eleitos. "É natural que quem precise do fundo possa, de fato, reivindicar algum montante referente ao que ele mesmo gerou para o partido", disse o deputado, ao argumentar que o ex-juiz pode compensar a barreira financeira atraindo doações de pessoas físicas. Na prática, quem define como será distribuído o recurso do fundo eleitoral é a cúpula da sigla.

Desde 2015, as doações de empresas são proibidas, mas as transferências de pessoas físicas estão liberadas. "A campanha do Moro tem condição natural de arrecadar recursos. Tem muita gente que enxerga no Moro uma possibilidade real, inclusive nós, de uma mudança para o cenário nacional, para o País mais equilibrado. Muitas pessoas contribuem nesse sentido", afirmou Timo.

A possibilidade de Moro deixar o Podemos e migrar para o União Brasil - partido que será resultado da fusão entre o DEM e o PSL - vem sendo discutida, mas também enfrenta dificuldades. "Tem muita coisa ainda para se discutir. A gente está vendo esse 'approach' que tem sido feito pelo União Brasil na busca do Moro, oferecendo condições que talvez o Podemos não tenha", observou o líder do Podemos na Câmara.

O PSDB do governador de São Paulo, João Doria, e o MDB da senadora Simone Tebet (MS), ambos candidatos à Presidência, fizeram uma ofensiva sobre o União Brasil e começaram a discutir a possibilidade de montar uma federação entre as três legendas, mas a hipótese é vista como improvável. O modelo de federação obriga os partidos a ficarem juntos e se manter aliados em eleições durante quatro anos.

Pacote

O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), disse ao Estadão que "há tempos" tem conversado sobre o assunto com o PSDB e o MDB. Escolhido para comandar o União Brasil, Bivar afirmou que Moro poderá fazer parte desse grupo. Não indicou, porém, que ele terá prioridade sobre os demais concorrentes.

"A gente (União Brasil e MDB) já vem conversando há algum tempo. Não temos um candidato no momento; a gente vai discutir os nomes. Tem o PSDB também. O Moro, se quiser, pode entrar nesse pacote", comentou Bivar.

Na prática, a federação vai muito além de uma aliança presidencial e precisa ser reproduzida em eleições para governadores e prefeitos, sempre por no mínimo quatro anos. Alas do MDB apoiam a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta lista estão o senador Renan Calheiros (AL), o ex-senador Eunício Oliveira (CE), o ex-presidente José Sarney e muitos diretórios do partido no Nordeste.

Além disso, no Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) é adversário do PSDB e deve enfrentar nas urnas o senador tucano Izalci Lucas. Outro complicador é que o próprio Ibaneis planeja abrir o palanque para o presidente Jair Bolsonaro (PL). "Não acredito que aconteça (a federação). São muitas divergências nos Estados", disse Ibaneis ao Estadão.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve confirmar a existência do União Brasil nesta terça-feira, 8. "Entrando nesse processo, a gente zera tudo", disse Bivar, para quem as discussões sobre candidatura presidencial começarão a tomar forma no novo partido a partir de março.

De qualquer forma, a candidatura de Moro também não é unanimidade no Podemos, tanto que uma parte dos deputados do partido não esconde a simpatia por outros presidenciáveis. É o caso de Bacelar Batista (BA), que apoia Lula; e de José Medeiros (MT) e Diego Garcia (PR), que defendem a reeleição de Bolsonaro.

Garcia já anunciou até mesmo que vai sair do Podemos. Medeiros, por sua vez, postou uma mensagem no Twitter, no dia 24 de janeiro, dizendo que "com a possível ida do ex-ministro Sérgio Moro para o UB (União Brasil), a presidente Renata se credencia como uma importante candidata a vice do presidente@jairbolsonaro".

Moro não é o único que sofre oposição dentro do próprio partido. Doria também tem adversários no PSDB. O caso mais recente foi protagonizado pelo senador Tasso Jereissati (CE), que tem reiterado apoio a Tebet. Na quinta-feira, 4, o senador esteve com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e disse a ele que a senadora não tem rejeição e é capaz de unir forças.

O problema é que o nome de Tebet também não tem consenso no MDB, tanto que setores do partido querem apoiar Lula logo no primeiro turno. O pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, é outro que vê crescer no partido dissidências pró-Lula. Mesmo após o lançamento da candidatura de Ciro, no último dia 21, parte dos deputados e senadores do PDT ainda manifesta incômodo com a estagnação do ex-ministro nas pesquisas de intenção de voto.

Procurada, a assessoria de Sergio Moro respondeu que não ia comentar e que o assunto diz respeito ao partido. A presidente do Podemos, Renata Abreu, não retornou os contatos da reportagem.

O general Santos Cruz afirmou que bolsonaristas devem ter "vergonha na cara" e deixar o Podemos, atual partido do ex-juiz Sergio Moro e por onde o novo afiliado deve se lançar como candidato à Presidência da República. Cruz acredita que a saída de governistas é uma questão de “coerência”.

"Não dá para bolsonaristas ficarem dentro do partido. É questão de coerência e vergonha na cara. O cara tem que procurar o agrupamento com o qual se identifica. Não é desprezo a quem apoia outro candidato e tem todo direito e liberdade. Mas tem que procurar um partido que tenha pessoas com o mesmo raciocínio", disse o general à revista Crusoé.

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Moro foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, mas deixou o cargo sob alegações de interferência na Polícia Federal, em 2020. O ex-juiz era considerado o “braço direito” do presidente e uma das catapultas para a campanha eleitoral de sucesso, que acabou obtendo vitória em 2018, sob um forte discurso anticorrupção.

Já Santos Cruz é ex-ministro de primeira ordem do governo Jair Bolsonaro (PL) e atualmente, alinhado a Moro, também faz oposição ao mandatário e deve tentar um assento no Congresso Nacional. Ainda com futuro incerto no Podemos, o militar vai avaliar nos próximos dias qual cargo deve disputar em outubro em reunião com a presidente do Podemos, Renata Abreu. Estão na mesa as opções de disputar uma vaga na Câmara ou no Senado. "Qualquer das duas posições eu entendo que tem função legislativa importante", afirmou.

Santos Cruz está filiado ao partido desde novembro do ano passado, pouco após a filiação de Sergio Moro. Nos primeiros seis meses do governo Bolsonaro, o general foi ministro da Secretaria de Governo, mas deixou o cargo em junho de 2019. Ele rompeu com o presidente após entrar em conflito direto com o vereador Carlos Bolsonaro.

Senadores do Podemos, partido do pré-candidato à Presidência Sérgio Moro, protocolaram no sábado (5), uma representação para apurar suposto crime de abuso de autoridade por parte do subprocurador Lucas Rocha Furtado.

O documento, apresentado à Procuradoria-Geral da República (PGR), é uma reação às investigações em curso sobre a atuação do ex-juiz da Lava Jato na consultoria americana Alvarez & Marsal. A pedido de Lucas Rocha Furtado, o TCU passou a investigar se houve conflito de interesse na atuação de Moro junto à consultoria americana.

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Ao Estadão, subprocurador afirmou que trabalha dentro dos limites de suas atribuições. 

O ex-juiz e pré-candidato à Presidência Sérgio Moro (Podemos) levantou nesta terça-feira, 1º, a possibilidade de privatizar a Petrobras e "todas as estatais". Durante visita ao interior paulista, em São José do Rio Preto, o presidenciável classificou a petroleira como "atrasada" no setor de energia e defendeu a criação de um "ambiente favorável" para os negócios no País.

Moro argumentou que o resto do mundo caminha para priorizar a geração de energia limpa, como a solar, em detrimento da fóssil, vinda da exploração de petróleo.

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"A Petrobras teve papel importante para o País, mas é uma empresa atrasada, que ainda vive da exploração do petróleo, um combustível que o resto do mundo já não está mais usando", disse, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

Em entrevista ao Estadão em novembro, o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, responsável por elaborar o plano econômico no projeto de governo de Moro, afirmou considerar necessária a criação de condições para abrir a economia brasileira ao setor externo, mas fez uma ponderação sobre a quantidade de estatais que deveriam ser privatizadas. "É importante que se dê uma correta dimensão de qual é o tamanho do Estado na economia", disse.

De forma semelhante a Moro, outros presidenciáveis da 'terceira via' levantam o argumento da sustentabilidade ao se referirem ao "core-business" da Petrobras. O pré-candidato do Novo, Felipe d'Avila, afirmou recentemente que falta "visão de futuro" a quem propõe manter a petroleira sob domínio do Estado. "O mercado mundial caminha em direção a uma economia de baixo carbono. A escolha certa para o longo prazo é a privatização", disse d'Avila nas redes sociais.

A declaração foi uma resposta ao pré-candidato Ciro Gomes (PDT), que pretende "reestatizar" a companhia e transferir 60% de seu capital de volta para a União. Felipe d'Avila rebateu e chamou a proposta de populista. "O populismo sempre oferece uma solução que não funciona, e de quebra ainda concentra poder", afirmou o pré-candidato do Novo.

O postulante do PSDB ao Planalto, João Doria, também já revelou que pretende colocar a Petrobras à venda caso seja eleito. Em live com ex-presidentes no último domingo, 30, o tucano defendeu que a companhia seja desmembrada em "três ou quatro" empresas para torná-la mais competitiva.

O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) divulgou um vídeo, neste sábado (29), pedindo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abra as suas contas e dê explicações ao povo brasileiro sobre os casos de corrupção investigados pela Lava Jato que, segundo ele, aconteceram durante o governo do petista. O ex-ministro da Justiça disse também que a Justiça não chega a quem é rico e poderoso.

Moro falou sobre o assunto um dia após o arquivamento do processo do triplex do Guarujá, pela Justiça Federal de Brasília. Lula havia sido condenado por corrupção neste caso pelo próprio ex-juiz, mas a condenação foi anulada após o Supremo Tribunal Federal (STF) apontar a suspeição do então magistrado.

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"O Lula não foi absolvido, o que estamos vendo é a anulação por motivos formais. É aquela velha história, se você é rico e poderoso a Justiça não chega para você", declarou Moro, que é pré-candidato à Presidência da República.

"O Lula tem que abrir as contas, as palestras que ele recebeu das empresas investigadas na Lava Jato. Ninguém disse que ele é inocente. O povo brasileiro merece uma explicação de todos os crimes que a gente viu no período que ele era presidente da República", emendou.

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O líder do Podemos no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou, nesta quarta-feira (26), que o partido não negocia a migração do ex-juiz federal Sergio Moro para o União Brasil, sigla formada pela fusão entre DEM e PSL. "Não existem conversas entre partidos. O que existe é um convite de um partido", disse o parlamentar ao Broadcast Político, em referência às articulações de setores do União para trazer à legenda o também ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro. O objetivo é ter Moro como candidato à Presidência pelo partido e fortalecê-lo como principal nome da chamada terceira via.

A fala de Dias, no entanto, contrasta com a do deputado federal Júnior Bozella, um dos líderes do União Brasil em São Paulo, que afirmou que a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, está ciente da negociação e estaria mostrando "desprendimento" em relação a Moro.

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"O PSL sempre esteve trabalhando para estar junto com Moro. Agora com o União Brasil a tendência é a gente vencer essa etapa", disse o deputado ao Broadcast Político, reforçando que, "se não tiver um desprendimento, não consegue vencer a polarização". Segundo ele, o presidente do PSL, Luciano Bivar, e o próprio Moro também "têm mostrado esse desprendimento".

Dias afirmou, no entanto, que a decisão sobre uma migração é exclusiva de Moro. "É uma decisão solitária. O partido não pode influir em uma decisão que deve ser do convidado. Ele é convidado, ele responde ao convite. Não devemos interferir."

O senador ainda declarou que o Podemos é entusiasta de uma coligação com o União Brasil, na qual a sigla indicaria a vice do ex-juiz da Lava Jato. "Hoje, quem tem candidato a presidente é o Podemos, então quem indica o vice é o União Brasil. Se não ocorrer, a mudança de sigla, é assim que funciona."

Informações de bastidores apontam que Renata Abreu poderia ser indicada como vice de Moro, caso ele decida ser candidato pelo União Brasil. Dias não descartou um cenário em que o Podemos tenha a vice na chapa, mas ponderou: "Aí será uma outra discussão. Se ele (Moro) muda para o União Brasil, o União Brasil vai procurar uma aliança com o Podemos se desejar."

Caso Alvarez & Marsal

O líder do Podemos no Senado saiu em defesa do correligionário e negou que Moro tenha decidido divulgar quanto recebeu enquanto trabalhou na consultoria Alvarez & Marsal por pressão política. Ele disse também que o Podemos não teve interferência na questão.

"É uma decisão dele e não diz respeito à pressão. Isso [a divulgação] já estava programado. Ele não divulgou antes porque existe um momento para divulgação por causa da declaração do Imposto de Renda e do registro dele como candidato na Justiça Eleitoral", afirmou, ao relembrar que candidatos a cargos eletivos são obrigados a declarar seus bens para a Justiça Eleitoral.

Dias criticou a tentativa de transformar a passagem de Moro pela consultoria em uma "ilegalidade que não existe." "Ele vai apresentar por respeito ao público. Há uma distorção, tentativa de transformar isso numa ilegalidade que não existe. Isso confunde a opinião pública."

Os pré-candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Sérgio Moro (Podemos) subiram o tom na troca de ataques por meio de declarações e publicações em rede social nesta quarta-feira, 19. Chamado de "canalha" pelo ex-presidente petista, Moro respondeu: "Canalha é quem roubou o povo brasileiro durante anos e usou o dinheiro para financiar ditaduras".

A Operação Lava Jato, que levou o petista à prisão, está no centro desse debate, assim como a atuação de Moro como juiz dos processos contra Lula na vara federal de Curitiba, cujas condenações foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal.

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O ex-presidente Lula concedeu entrevista para 'veículos independentes' nesta quarta-feira e, ao comentar sua condenação, voltou a defender sua inocência. "Eu, graças a Deus, consegui desmontar o canalha que foi o Moro no julgamento dos meus processos, o (Deltan) Dallagnol e as fake news contra mim", afirmou.

Em eventos e entrevistas desde que anunciou sua pré-candidatura, Moro narra com frequência sua atuação como juiz no enfrentamento de casos de corrupção envolvendo Lula e o PT. Apoiadores de Moro apostam justamente nesse histórico e discurso anticorrupção como principal trunfo de sua pré-candidatura.

Lula, por sua vez, classifica a Lava Jato como uma "quadrilha" e recorre à anulação de suas condenações pelo STF para argumentar que foi vítima de perseguição.

Em publicação nas redes sociais, Moro afirmou que "quadrilha" é o nome do grupo colocado pelo ex-presidente na Petrobras, empresa central das investigações lideradas pelo presidenciável do Podemos.

Em clima de embate eleitoral, o ex-juiz afirmou ainda que Lula será "derrotado" em outubro. O petista aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e tem mantido vantagem de dois dígitos em relação ao segundo colocado, o presidente Jair Bolsonaro (PL). Moro tem aparecido em terceiro lugar, mas ainda abaixo de dois dígitos.

A manifestação de Moro contra Lula foi celebrada por movimentos de renovação política que apoiam a pré-candidatura do ex-juiz. O Movimento Brasil Livre (MBL) fez publicação nas redes sociais dando destaque à fala do ex-ministro da Justiça, que deixou a toga para participar do governo Bolsonaro, com quem rompeu em 2020. O vereador Rubinho Nunes (PSL), integrante do grupo, escreveu: "Moro colocou Lula em seu devido lugar".

A fala também foi replicada nos perfis de Arthur do Val (Patriota) e Adelaide Oliveira, pré-candidatos a governador e deputada federal, respectivamente. Um grupo de integrantes do MBL prepara filiação ao Podemos para dividir palanque com Moro na campanha deste ano, incluindo o coordenador nacional do movimento, Renato Battista.

A militância digital do MBL ajudou a colocar a #LulaCanalha entre os trending topics no Twitter entre a tarde de quarta e a manhã de hoje.

O ex-juiz e pré-candidato à Presidência Sérgio Moro (Podemos) afirmou nesta quarta-feira, 19, que a legenda tem conversado com outros partidos para compor uma aliança na corrida eleitoral. Segundo ele, a ideia é promover a "construção conjunta" de um projeto para o País para as eleições de 2022. Moro citou União Brasil, Cidadania e Novo.

"Se um partido puder vir (para formar uma aliança), ótimo. Caso contrário, se tivermos apoio de outros partidos (em um eventual governo), como tem acontecido com (integrantes do) Novo, Cidadania e União Brasil, teremos condições de construir um projeto em conjunto", disse Moro, em entrevista à rádio Jovem Pan Maringá.

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Segundo ele, a ideia é que esses acordos ajudem a compor a base governista caso seja eleito. "Acho que isso [conversas com outros partidos] é fundamental. Precisamos pensar também adiante em um País que precisa ter alianças dentro do Congresso, alianças baseadas em projetos, princípios e valores que temos que realizar", afirmou.

Ao contrário do União Brasil, Novo e Cidadania já têm pré-candidatos lançados à disputa presidencial, respectivamente Felipe d´Ávila e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Numa iniciativa em defesa do ex-juiz, aliás, protocolou representação contra o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), e o subprocurador-geral junto à Corte, Lucas Furtado, por suposto abuso de autoridade contra Moro. O tribunal investiga o rompimento de contrato do ex-juiz com a consultoria americana Alvarez & Marsal.

Filiação

Também nesta manhã, em outra entrevista, desta vez concedida à Rádio Difusora de Nortelândia-MT, Moro foi questionado sobre sua possível migração para o União Brasil, que nasce da fusão entre DEM e PSL já em tramitação no Tribunal Superior Eleitoral. "Não tem nada concreto. Estou no Podemos", declarou. O tema veio à tona após reportagem do jornal O Globo divulgar que o partido presidido pela deputada Renata Abreu (Podemos-SP) poderia abrigar o ex-juiz em troca de lançar a dirigente como vice.

Segundo pesquisa Ipespe divulgada na última sexta-feira, 14, Moro segue em terceiro lugar na disputa, com 9% das intenções de votos. Na liderança, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 44%, seguido de Jair Bolsonaro (PL) com 24%.

Desde que divulgou sua pré-candidatura, Moro tenta ocupar o espaço da chamada terceira via, rompendo a polarização entre Lula e Bolsonaro. Sua candidatura como terceira via tem atraído a atenção de um grupo muito próximo de Jair Bolsonaro: os militares. Para esse grupo, o ex-juiz é de quase uma unanimidade por ter colocado Lula atrás das grades e por simbolizar as ideias do salvacionismo da República e do combate à corrupção, assuntos que acompanham a maioria das manifestações políticas dos militares desde a criação da República.

Mudanças no Podemos

Nesta terça-feira, 18, o agora ex-presidente do Podemos do Paraná, Cesar Silvestri Filho, abandonou o posto de dirigente máximo da legenda no Estado para se filiar ao PSDB. A mudança ocorre com a promessa de que ele seja o pré-candidato tucano ao governo paranaense em outubro, garantindo palanque no Estado para o pré-candidato do PSDB ao Planalto, João Doria.

Para Moro, a saída de Silvestri não significa um possível enfraquecimento do Podemos. "Lamentável a saída dele, mas acho que temos de respeitar. Essas construções de liderança dentro dos partidos são normais. O Podemos está forte. Não é esse fato de ontem que gera o enfraquecimento do partido", disse em entrevista à Rádio Difusora.

O ex-procurador Deltan Dallagnol, que chefiou a força-tarefa da Operação Lava Jato, manteve o discurso de combate à corrupção ao participar do podcast "Fala Para o Vereador" nesta segunda-feira, 17. Filiado ao Podemos, com a possibilidade de disputar uma vaga à Câmara dos Deputados em 2022, o ex-chefe da Lava Jato afirmou que é que um 'cidadão engajado em mudanças e quer um país melhor para nossos filhos'.

Deltan divulgou em seu perfil no Instagram as ponderações feitas ao podcast criado pelo promotor de justiça de Santa Catarina Affonso Ghizzo Netto. No vídeo de cinco minutos, o ex-procurador e possível candidato à Câmara destaca dez medidas contra a corrupção, dentre as 70 listadas no livro 'Novas medidas contra a Corrupção', que podem ser aplicadas ao contexto de municípios, segundo ele.

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Entre os pontos citados por Deltan como medidas que podem ser adotadas pelos entes públicos contra a corrupção estão: a implementação de política de dados abertos; a desburocratização; o estabelecimento de programas anticorrupção nas escolas; a adoção de processo seletivo simplificado para cargos em comissão; a exigência de ficha limpa para servidores públicos; a implantação de uma controladoria do município; a adoção de um programa geral de prevenção da gestão municipal; e a necessidade de declaração de bens por servidores públicos.

Deltan renunciou definitivamente ao seu cargo no Ministério Público em novembro, pouco mais de um ano depois de deixar a coordenação da Lava Jato de Curitiba. Um mês depois de deixar a Procuradoria, o ex-chefe da Lava Jato se filiou ao Podemos, mesmo partido a que coloca o ex-juiz Sérgio Moro como pré-candidato à Presidência.

Como mostrou o Estadão, em seu evento de filiação, Deltan tentou fazer uma ponte entre o perfil de procurador e de candidato, resgatando o que toma como avanços da Lava Jato e criticando medidas do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) devem começar a migrar de seus atuais partidos para o Podemos, legenda do ex-juiz e pré-candidato à Presidência Sérgio Moro, a partir deste mês. O grupo vinha manifestando apoio ao nome de Moro para o Planalto desde o anúncio de sua pré-candidatura, em novembro passado, e ensaia a formação de palanques estaduais com ele.

O deputado estadual Arthur do Val (Patriota), pré-candidato ao governo de São Paulo, afirmou ao Estadão que o movimento de migração é "natural", uma vez que o MBL e o ex-juiz defendem ideais semelhantes. "O Podemos garantiu não apenas a legenda para eu disputar o governo, como também liberdade para todos que os outros que participarão das eleições tenham tudo o que precisarem no partido", disse.

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Um dos principais atrativos da sigla, além da presença de Moro, seria a garantia de "independência" para o MBL. Membros do movimento declaram com frequência sua fidelidade aos ideais do MBL, em detrimento de partidos políticos. A filiação deve ocorrer junto com a divulgação de uma "carta de independência" entre o grupo e a legenda.

Além de Arthur do Val, o bojo de lideranças do MBL que acertam filiação ao Podemos inclui o deputado federal Kim Kataguiri (hoje no DEM), o vereador Rubinho Nunes (hoje no PSL) e a ativista Adelaide Oliveira, que foi candidata a vice-prefeita de São Paulo em 2018 pelo Patriota.

O MBL é um dos principais movimentos defensores da Operação Lava Jato. Em evento realizado em novembro, integrantes já manifestavam interesse em projetar um palanque com Moro para Arthur do Val. Na ocasião, Adelaide descreveu ambos como os futuros presidente da República e governador paulista.

O pastor Silas Malafaia não está aberto ao diálogo com o ex-juiz e ex-ministro da justiça Sergio Moro (Podemos). Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, o aliado de Jair Bolsonaro chamou o presidenciável de “Judas”.

“Não converso com Judas”, foi a resposta do pastor, que é mais um aliado de Bolsonaro na mira de Sergio Moro, candidato à presidência da república pelo Podemos. “No ano passado, ele viu trabalhadores sendo presos por causa de governos esquerdopatas insensatos e não abriu a boca para nada. Eu vou dar atenção a um cara desse? Manda ele plantar batata”, disse Malafaia. 

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Sergio Moro recentemente se encontrou com RR Soares, que é apoiador de Bolsonaro e comanda a igreja Internacional da Graça de Deus. Com Malafaia, entretanto, ainda não há perspectiva de encontro. Em busca de alianças, Moro tem marcado algumas reuniões já pensando nas eleições.

O pré-candidato do Podemos à Presidência, Sérgio Moro, intensificou as conversas com o PSDB do governador de São Paulo, João Doria, e vai investir em viagens pelo interior paulista no fim deste mês. O objetivo de Moro é afunilar o campo da terceira via na disputa ao Palácio do Planalto.

A ideia do grupo do ex-juiz da Lava Jato é convencer Doria, também presidenciável, a ser vice da chapa. Em conversas reservadas, interlocutores do governador dizem, porém, que ele não aceitará ocupar outra posição que não a de candidato ao Planalto. Até agora, Moro e Doria firmaram apenas um pacto de não agressão.

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Pesquisa divulgada nesta quarta (12), pela Genial/Quaest mostrou que, se a eleição fosse hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria no primeiro turno. No primeiro levantamento do ano eleitoral, Lula aparece com 45% das preferências e o presidente Jair Bolsonaro vem em segundo, com 23%. Moro ocupa o terceiro lugar, com 9%; Ciro Gomes (PDT) tem 5% e Doria, 3%.

Aliados de Moro avaliam que a única forma de quebrar a polarização entre Lula e Bolsonaro é investir em uma dobradinha do Podemos com o PSDB. Moro e Doria combinaram de avaliar as pesquisas até maio.

Agendas conjuntas

Organizador das viagens e espécie de porta-voz da pré-campanha de Moro em São Paulo, o deputado Júnior Bozzella (PSL-SP) pretende fazer com que Doria acompanhe parte dos encontros do ex-juiz, que foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro.

Bozzella defende a união entre Moro e Doria. "Os dois estão habilitados para ser chefes da Nação. Agora, pode ser um em um primeiro momento e outro, no segundo momento. Até porque os dois defendem o fim da reeleição", afirmou.

Entre os dias 31 deste mês e 2 de fevereiro, o pré-candidato do Podemos vai a Ribeirão Preto, Barretos, São José do Rio Preto e Bebedouro. Bozzella, que já foi do PSDB, tenta agendar encontro entre Moro e o tucano Duarte Nogueira, prefeito de Ribeirão. Doria não decidiu se vai aceitar o convite para acompanhar a ida de Moro às cidades paulistas. A equipe do tucano fará uma reunião na segunda-feira, para discutir cenários eleitorais e o assunto deve ser avaliado.

Convenções

No domingo (9), em entrevista ao Canal Livre, da Band, Doria afirmou que uma definição sobre candidaturas de terceira via deve ficar mais clara em junho, período próximo das convenções que definirão os candidatos a presidente.

"Haverá um juízo para se encontrar a melhor via. Em junho vamos ter essa concretude para que a terceira via possa ser expressada em um ou dois candidatos. Lembrando que Ciro Gomes (PDT) será candidato até o final", disse. Apesar do discurso, tanto o tucano quanto o ex-juiz descartam abrir mão da candidatura presidencial, mas a campanha de Doria trabalha com a possibilidade de Moro desistir da disputa.

O comando da pré-campanha do ex-juiz admite que não tem sido fácil atrair aliados no mundo político. Na avaliação de Bozzella, para chegar ao segundo turno o ex-ministro da Justiça terá de conquistar parcerias com partidos grandes. "Precisa ter mais estrutura, partido. Sozinhos, ele e o Podemos vão ter dificuldades. Se Doria for para um lado, o Moro for para outro e não tiver o União Brasil (fusão entre o DEM e o PSL) nessa equação, dificulta muito o enfrentamento", afirmou.

Pelo país

Em São Paulo, o presidenciável do Podemos tem sinalizado apoio à pré-candidatura de Arthur Do Val (Patriota) ao governo (mais informações nesta página). Um grupo de aliados do ex-juiz, porém, tenta negociar a abertura de palanque para o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que é pré-candidato à sucessão de Doria. O União Brasil, por exemplo, já anunciou apoio a Garcia.

Em fevereiro, Moro viajará pelo Nordeste, região onde o PT, tradicionalmente, domina o eleitorado. Estão previstas agendas no Ceará e Piauí. O ex-ministro já visitou Pernambuco e Paraíba. Nos encontros, tem sido ciceroneado por ex-bolsonaristas, como o deputado Julian Lemos (PSL-PB).

No Sul e no Sudeste, Moro tem se aproximado de governadores. No fim do ano passado, ele esteve com Romeu Zema (Novo), de Minas, e Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul. Em seu Estado natal, o Paraná, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, já liberou o governador Ratinho Júnior para abrir seu palanque para Moro. Mas o espaço também deve ser dividido entre Bolsonaro e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). "Vai ter muito voto no Moro (no Paraná)", disse Kassab.

Em oposição ao ex-ministro Sérgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o pré-candidato do Podemos à Presidência da República não prega a cartilha que o elegeu em 2018.

"Ele confessou que deveria ser mais taxativo contra o armamento", disse Bolsonaro em entrevista a jornalistas no Palácio da Alvorada. "Não é a minha cartilha, a do povo que me elegeu."

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Além disso, Bolsonaro questionou os índices de intenção de voto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas mais recentes para a campanha presidencial de 2022. "Tem voto, mas não acredito nesse montante todo que está aí."

O presidente afirmou que, após se filiar ao PL, pretende usar o tempo de propaganda eleitoral no ano que vem para mostrar o que fez. Dessa forma, de acordo com o chefe do Executivo, o eleitor poderá comparar o governo ao do petista. "Quando se fala em três anos sem corrupção, não é por acaso, são medidas que tomamos."

Enquanto tenta a reeleição, Bolsonaro se movimenta para emplacar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, como candidato a governador de São Paulo. Nesta sexta-feira, 24, o chefe do Planalto confirmou Tarcísio na campanha. "Certeza que Tarcísio é o nosso candidato."

Nos últimos dias, Bolsonaro também conversou com o empresário Paulo Skaf e a deputada Janaína Paschoal, apontados como possíveis candidatos ao Senado ou a vice na chapa do governo, mas declarou que não fechou nada com os dois.

Nem o clima de confraternização do Natal dos Catadores e da População em Situação de Rua, que ocorreu na noite dessa quarta-feira (22), na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Osasco, fez o ex-presidente Lula (PT) ponderar os ataques contra o ex-juiz da Lava Jato, e agora pré-candidato do Podemos, Sergio Moro.

Ao afirmar que a atuação Moro teve a única intenção de impedir que participasse das últimas eleições, Lula concluiu que a crise na indústria que o Brasil atravessa é culpa do ex-juiz de primeira instância e do ex-procurador do Ministério Público, Deltan Dallagnol.

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Ambos abandonaram o Judiciário e se filiaram ao Podemos para concorrer a cargos eletivos em 2022. Enquanto a Lava Jato era diluída, já como ministro do Governo Bolsonaro, Moro viu a credibilidade da operação derreter com a divulgação de mensagens trocadas com Deltan para incriminar o ex-presidente, caso que ficou conhecido como Vaza Jato. 

"Isso tudo graças a um juiz e um procurador que queriam ser donos do país. Agora, viraram políticos. Mas nós vamos dar uma 'surra' neles. Eu falei para ele [Moro] que estava condenando com uma mentira. Agora, anda com cara de bunda", apontou o petista em seu discurso.

Filiado ao Podemos há pouco mais de um mês, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro já experimenta obstáculos na articulação para consolidar uma candidatura à Presidência em 2022. Além do ambiente hostil de parte do mundo político por causa de sua atuação como juiz da Operação Lava Jato, Moro ainda enfrenta resistência de setores do próprio partido. A tarefa de costurar eventuais alianças e apoios foi delegada à presidente da legenda, a deputada federal Renata Abreu (SP).

Chamada de "chefe" por Moro, a parlamentar carrega a procuração do pré-candidato para conversas partidárias que envolvem o varejo político regional. A agenda de Moro ficou concentrada em reuniões com apoiadores, entrevistas à imprensa e eventos para a divulgação de seu livro, cujo acesso chega a custar R$ 90.

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Na última semana, Moro esteve nos Estados Unidos para trazer sua mulher, Rosângela, e seus dois filhos de volta ao Brasil definitivamente. Enquanto isso, Renata comandou a reunião considerada até agora a mais importante para uma futura candidatura do ex-juiz. Ela esteve com o presidente do PSL, Luciano Bivar, e o deputado federal Junior Bozzella (PSL-SP). Ambos costuram a fusão entre o PSL e o DEM que resultará no União Brasil. As siglas representam, juntas, a maior bancada do Congresso.

As conversas ocorrem desde outubro. Bozzella é defensor da ideia de que o ex-juiz deveria ter Bivar como vice em 2022. O problema é que até agora o futuro presidente do União Brasil não mergulhou no projeto Moro.

Para Bozzella, ainda há margem para tirar aliados do presidente Jair Bolsonaro. "É um processo, vai levar um período lá na frente para a caneta do Bolsonaro começar a esvaziar. As pessoas também vão mudar as suas posições", disse.

Moro esteve ao lado de Renata com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, logo após ele ser derrotado nas prévias do PSDB. Dirigentes do Podemos relataram que Renata deixou as portas abertas do partido para Leite, indicando a possibilidade de ele eventualmente ocupar o posto de vice. Pela lógica das negociações políticas, uma chapa pura tem menos chance de se concretizar, pois afasta possíveis alianças.

Empresária e advogada, Renata herdou do pai e do tio o comando do PTN - então um partido nanico -, que ela transformou no Podemos. Além de Moro, sua cartada maior, a legenda terá na eleição outros nomes que agregam uma imagem "lavajatista" e de centrodireita: Deltan Dallagnol e o general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz. A presidente do Podemos tenta agora convencer Rosângela Moro a disputar uma vaga na Câmara, segundo afirmam aliados do exjuiz. No entanto, a ideia ainda enfrenta resistência do casal.

Estados

Regionalmente, Moro continua a ter problemas internos no partido. O assunto foi discutido durante uma reunião no Rio, no último dia 9. Em Roraima, o dirigente da legenda, Pastor Isamar, já recebeu Bolsonaro em sua igreja e deixou o Podemos para se filiar ao PTB.

Outro reduto bolsonarista está no diretório de Mato Grosso, cujo maior representante é o deputado federal José Medeiros, também fechado com o presidente. Dirigentes do partido disseram ter dado um ultimato para que Medeiros anunciasse apoio de maneira clara e pública ao ex-juiz ou deixasse a legenda. O Estadão não localizou Medeiros. Seu gabinete não respondeu aos contatos da reportagem.

Outra preocupação está na relação entre o líder da bancada na Câmara, Igor Timo (MG), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), outro pré-candidato à Presidência. Questionado sobre quem é seu favorito, Timo declarou apoio a Moro, ao lado de Pacheco: "A chapa dos sonhos".

Na Bahia, um dos mais antigos quadros do Podemos, o deputado federal João Carlos Bacelar, declarou abertamente, durante uma visita de Lula, apoio a Jacques Wagner (PT) para governador. Ele, no entanto, já deu declarações públicas de que vai apoiar o candidato de seu partido ao Planalto. Procurado, o deputado não se pronunciou.

Meta é chegar a 15% em março, diz líder

Ao avaliar internamente o resultado da mais recente pesquisa Ipec de intenção de voto à Presidência, divulgada na semana passada, dirigentes do Podemos consideram que ainda é cedo e há tempo para Sérgio Moro crescer. "Como a presidente do Podemos, Renata Abreu, tem dito, a meta é ter 15% até março do ano que vem", disse o líder da bancada do Podemos na Câmara, deputado Igor Timo (MG).

A pesquisa Ipec apontou que o ex-juiz tem 6% das intenções de voto, patamar distante dos primeiros colocados Jair Bolsonaro (21%) e Luiz Inácio Lula da Silva (48%). Dirigentes do Podemos afirmam, entretanto, que pesquisas internas dão a Moro 11%. "Já estamos muito próximos do objetivo inicial", disse Timo. "É bom lembrar que Moro se filiou ao Podemos e entrou para valer no jogo político há pouco mais de 30 dias."

A equipe de marketing do ex-juiz avalia que a distância do período eleitoral faz das pesquisas uma amostragem diferente do que será o resultado das urnas. A avaliação é de que Moro tem potencial de roubar votos dos eleitores de Bolsonaro.

DESAFIO. O cientista político Humberto Dantas afirmou que, na maioria das pesquisas, Moro "não descola, de forma absoluta, como terceira via". "O primeiro desafio: quem testa rejeição tem visto o exjuiz com bastante dificuldade." Segundo Dantas, Moro também precisa se "descolar da pauta anticorrupção", que não deveria se "sobrepor aos temas mais sociais e econômicos gritantes atuais".

O cientista político ainda avaliou que o ex-juiz "precisa se encontrar politicamente, abrir espaço no partido, abraçar prefeito, viver a realidade" longe de Brasília: "Precisa encarar a sociedade e imprimir uma marca que o coloque perto das pessoas".

É fato que Moro tem se esforçado, aproveitando as viagens para divulgar seu livro Contra o Sistema da Corrupção. No Recife, por exemplo, ganhou um chapéu de sertanejo e fez questão de posar para fotos com o adereço.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Oficialmente atuante no cenário político com a filiação ao Podemos após a ida de Sergio Moro, nessa quarta-feira (16), o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, rebateu Lula (PT) e afirmou que o ex-presidente não está preparado para reassumir o Planalto. 

Em mais uma posição alinhada ao ex-juiz, que tenta ampliar suas intenções de voto à Presidência, Dallagnol indicou que Lula ainda recarrega um pensamento retrógrado e propaga teorias delirantes por não ter explicação para os desvios na Petrobras no seu governo.

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Em seu perfil no Twitter, o ex-integrante da linha de frente da Lava Jato e agora cotado a um cargo eletivo em 2022, Deltan compartilhou um vídeo de Sergio Moro (Podemos) em que desafia Lula a expor a teoria de envolvimento dos Estados Unidos na sua prisão ao atual presidente Joe Biden, que era vice de Obama na época da operação. 

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O prefeito de Juazeiro do Norte, no Ceará, Gledson Bezerra (Podemos), flagrou um homicídio nesta terça-feira (14). Ao se deparar com um homem esfaqueando outro, o gestor contou que perseguiu o autor do crime, chegou a atirar na perna dele e conseguiu prendê-lo. Gledson Bezerra também é policial civil e deu voz de prisão ao criminoso. O prefeito deu detalhes da ação durante uma entrevista à Rádio Vale FM. 

"Eu me deparei com um indivíduo que estava cravando uma faca no pescoço de outro, a vítima lá se debatendo no chão e um buraco enorme no pescoço da vítima. Como eu estava passando de carro, a minha esposa chamou atenção, ela disse: ‘O que é aquilo?’ E eu percebi, dei ré no carro, o autor montou na moto e saiu correndo”, contou o prefeito.

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“Quando eu constatei que era um homicídio, botei [o carro] atrás do autor, e ele se evadiu de moto na frente e saiu em alta velocidade. Quando chegou lá na frente eu dei ordem de parada, ele não atendeu, eu joguei o carro por cima da moto dele para ele parar, era num terreno baldio, e aí quando ele caiu, ainda saiu correndo, eu botei atrás dele ainda, dei voz de parada, ele não atendeu aí, ele ainda meio que se virou para trás, eu mandei parar, ele não parou, e eu tive que dar um tiro na perna dele, porque ele simulou um ataque”, acrescentou Gledson. 

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O prefeito também contou que o homem esfaqueado morreu e o autor do crime foi levado pelo Samu para fazer um procedimento na perna. “Eu esperei a chegada da viatura e do Samu também, e dei voz de prisão no indivíduo. E infelizmente foi constatado que ele cometeu um homicídio, o cara morreu na hora", disse, pontuando também que ainda nesta terça-feira estaria indo prestar esclarecimentos à Polícia Civil sobre o ocorrido. 

Em um evento virtual realizado nesta segunda-feira (13) pelo Derrubando Muros, grupo que reúne economistas, empresários, educadores, banqueiros e intelectuais de centro, o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) se apresentou como um pré-candidato com "viés liberal" na economia e disse "ter dúvidas" se o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vão aceitar participar de debates com ele na campanha presidencial do ano que vem.

"Tem que ver se vai ter debate. Eu me disponho a ir, mas tenho dúvidas se o ex e o atual presidente vão se dispor a ir nessa arena", disse.

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Em uma tentativa de se contrapor aos dois líderes das pesquisas de intenção de voto, o ex-juiz disse que Bolsonaro "flerta com o autoritarismo" e tem um "projeto pessoal e familiar de poder", enquanto Lula representa o governo que deixou "os dois maiores escândalos de corrupção da história".

Em outra passagem, Moro, que falou dos Estados Unidos, deu sua versão sobre sua decisão de entrar na política. "Se tivesse um candidato competitivo de centro contra os dois, eu provavelmente ficaria no setor privado", afirmou.

Apesar do tom duro, o pré-candidato do Podemos disse que não pretende adotar uma postura agressiva na campanha e admitiu que vai ser questionado sobre suas decisões na Lava Jato e no governo Bolsonaro, que integrou como ministro.

"Essa campanha vai ter um componente sobre o passado. Algumas pessoas são críticas em relação à algumas decisões que eu tomei, mas tenho tranquilidade, tanto no caso da Lava Jato como no Governo. Às vezes foram decisões difíceis, mas estou pronto para defendê-las."

O ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), que está como pré-candidato à Presidência da República, não quer conversa com o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) para as eleições de 2022. Segundo O Globo, Moro se desagradou com declarações do pedetista.

Ciro fez ataques ao livro de memórias recém lançado pelo ex-juiz, dizendo que o texto expõe "hipocrisia" e "falsidade" de Sérgio Moro. Além disso, em vídeo divulgado nesta quinta-feira (9), Ciro Gomes aumentou o tom de ataques aos seus adversários - entre eles está o ex-juiz.

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O Globo salienta que Moro e Ciro chegaram a fazer parte do mesmo grupo de WhatsApp que também incluia o governador de São Paulo, João Dória (PSDB) e o ex-ministro da Saúde Luiz Mandetta. No entanto, os dois não trocavam palavras pela rede social.

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