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Os Estados Unidos estão passando por uma onda de protestos desde a última semana para pedir justiça pela morte de George Floyd, 40 anos. Com a repercussão, diversos artistas aderiram aos protestos que nesta segunda-feira (1) chega ao seu oitavo dia.

Os atores Michael B Jordan, Jamie Foxx, Anna Kendrick, John Cusack participaram das manifestações no país. Além deles, a filha de Michael Jackson, Paris Jackson, as cantoras Ariana Grande, Halsey, Lauren Jauregui e o rapper Swae Lee também marcaram presença.

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Os protestos começaram quando o caso ganhou repercussão nas redes sociais após o vídeo da abordagem policial que acarretou na morte de Floyd viralizar. Nas imagens um policial branco aparece com os joelhos em cima do pescoço de Floyd enquanto ele gritava que não conseguia respirar.

Confira:

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Nesta segunda-feira (8) a cantora Pabllo Vittar utilizou suas redes sociais para enviar uma mensagem de apoio aos protestos que estão ocorrendo no Brasil e no mundo. Com uma série de imagens, Pabllo declarou seu posicionamento e levantou a bandeira LGBTQ+ contra o fascismo. 

As imagens foram criadas pelo Instagram “Seremos Resistência” e ganharam notoriedade nas redes sociais após o presidente Jair Bolsonaro compartilhar, no último domingo (31), um tuíte do presidente Donald Trump contra antifascistas.

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“Chegamos no mês de junho o mês do orgulho e num momento tão difícil que vivemos agora! Não podemos nos calar vidas estão sendo tiradas, o racismo e o preconceito nunca estiveram tão escancarados, temos que usar nossa voz pra unir forças e lutar pelos nossos não se cale, não se omita! Deixo aqui meu apoio a todos os protestos ao redor do mundo”, escreveu a cantora.

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A escalada da tensão política no País em meio à retórica persistente do presidente Jair Bolsonaro e aliados contra instituições estimulou nos últimos dias uma série de manifestações em defesa da democracia. Em forma de manifestos, artigos ou mesmo de atos nas ruas, os alertas e as críticas ao atual governo uniram segmentos diversos da sociedade, rivais na política e até mesmo no futebol.

Em Brasília, o presidente voltou a participar ontem de um ato crítico à atuação do Supremo Tribunal Federal. Alguns manifestantes empunharam uma faixa pedindo "intervenção militar". Como tem feito nas manhãs dominicais, Bolsonaro sobrevoou ao ato de helicóptero, acompanhado do ministro da Defesa, Fernando Azevedo. Ele chegou a montar em um cavalo ao se dirigir aos apoiadores.

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Horas antes, o decano do Supremo - ministro Celso de Mello - havia encaminhado mensagem a interlocutores na qual afirma que bolsonaristas "odeiam a democracia" e pretendem instaurar uma "desprezível e abjeta ditadura militar". Ele associa nas mensagens o momento político nacional à ascensão de Hitler na Alemanha. "É preciso resistir à destruição da ordem democrática", escreveu em letras maiúsculas o ministro relator do inquérito que apura suspeita de interferência do presidente na Polícia Federal.

Em artigo no Estadão, publicado ontem, Eros Grau, ex-ministro da Corte máxima do País, tratou da separação dos poderes e concluiu que "qualquer insurgência contra essa face do Estado que o Supremo Tribunal Federal é afronta a ordem e a paz social, prenuncia vocação de autoritarismo, questiona a democracia". Juristas também publicaram manifesto intitulado Basta! no qual afirmam que Bolsonaro exerce o mandato "para arruinar com os alicerces do nosso sistema democrático. A defesa da "vida, liberdade e democracia" motivou também a reunião de um grupo de mais de 1,6 mil personalidades de diferentes setores da sociedade e diversos segmentos ideológicos, que subscreveram um manifesto chamado Estamos #Juntos, publicado no sábado no Estadão e em outros jornais do País.

Uma manifestação organizada ontem por grupos ligados a torcidas organizadas de futebol reuniu corintianos, palmeirenses, santistas e são-paulinos na Avenida Paulista. Vestidos de preto, eles entoaram coro pela democracia e contra Bolsonaro, fazendo contraponto a um grupo menor de apoiadores do presidente presente na avenida. Houve confronto entre manifestantes e a Polícia Militar dispersou o grupo de torcedores com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

São Paulo

Um ato contra o governo Jair Bolsonaro, autointitulado pró-democracia e antifascista e organizado por grupos ligados a torcidas de futebol na Avenida Paulista, terminou ontem em confronto entre manifestantes e apoiadores do presidente e também com a Polícia Militar - que interveio e usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o início de uma briga em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).

A confusão, que durou ao menos uma hora, tomou conta da avenida e deixou um rastro de destruição: vidros quebrados, caçambas de lixo e entulho revirados e fogo ateado em objetos no meio da via. Seis pessoas foram detidas, segundo a PM.

No início da tarde, os participantes do ato convocado pelos coletivos se reuniram no Masp - eles ocuparam boa parte da faixa em frente ao museu. Os manifestantes gritavam "democracia", vestiam preto e usavam máscaras em razão da pandemia do novo coronavírus. A marcha teve início por volta de 12h.

Integrantes da manifestação levavam faixas com dizeres como "somos democracia". Parte dos participantes era da torcida organizada Gaviões da Fiel, do Corinthians. Eles cantaram músicas da torcida e paródias como "doutor, eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano". No ato, também havia torcedores do Palmeiras, do São Paulo e do Santos.

A poucos metros dali, em frente à sede da Federação das Indústrias de São Paulo, um grupo de manifestantes pró-Bolsonaro realizava um ato no local. A maioria vestia verde e amarelo. A PM havia separado os grupos. A briga em frente ao Masp envolvendo os manifestantes e a PM começou por volta das 14h20.

De acordo com o organizador do movimento Somos Democracia, o corintiano Danilo Pássaro, de 27 anos, a manifestação no Masp transcorria de forma pacífica e, segundo ele, já se encaminhava para o final, quando, por volta das 14 horas, "três ou quatro pessoas" com camisetas com inscrições neonazistas se infiltraram no grupo. Segundo Danilo, além deles, chegaram também três outras pessoas com farda militar, o que teria iniciado o tumulto. "Até então, estava tudo calmo. Nossas faixas eram pela democracia."

A PM passou a usar bombas de gás lacrimogêneo para dispensar os manifestantes. A partir daí a confusão aumentou e se estendeu por boa parte da avenida Paulista, em direção ao metrô Consolação. Um grupo passou a jogar pedras e outros objetos contra os policiais. Outros fizeram barricadas com uma caçamba de lixo. O disparo de bombas durou ao menos 40 minutos.

O tenente-coronel André Rosário da Silva, do 13° Batalhão da PM, que atendeu a ocorrência, afirmou que a PM agiu para dispersar um confronto que havia ocorrido entre os integrantes dos protestos rivais.

O governador de São Paulo, João Doria, defendeu a ação da PM no ato deste domingo. "A Policia Militar de São Paulo agiu hoje (ontem) para manter a integridade física dos manifestantes, na Avenida Paulista. Dos dois lados. A presença da PM evitou o confronto e as prováveis vítimas deste embate", escreveu no Twitter.

O secretário executivo da Polícia Militar, coronel Álvaro Camilo, afirmou ao Estadão que a corporação deverá agir nas próximas horas para tentar identificar os responsáveis pelo confronto.

Rio

No Rio, um grupo de torcedores da Democracia Rubro-Negra também fez ato contra Bolsonaro, na orla da Praia de Copacabana. Em meio à divisão entre as duas manifestações, um policial militar afirmou ao deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) que tinha mandado queimar uma bandeira do grupo contrário ao presidente.

Em Belo Horizonte, um grupo de pessoas também organizou um protesto contra o presidente Bolsonaro. A manifestação trazia cartazes de torcidas organizadas de futebol, como Resistência Alvinegra e Galo Antifa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após sete noites de protestos pela morte de George Floyd, espalhados por todo o território dos Estados Unidos, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, decretou um toque de recolher entre 23h e 6h a partir deste domingo (31).

A medida foi tomada após um aumento dos atos na capital do país o que, segundo o jornal "The New York Times", também fez com que o presidente Donald Trump e sua família fossem levados para o bunker da Casa Branca na sexta-feira (29).

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Já a revista "Times" publicou que funcionários do governo informaram que a família não chegou a correr perigo, mas que eles foram levados para lá após manifestantes se aproximarem da residência oficial do mandatário.

As manifestações pela morte de Floyd pelo policial branco Derek Chauvin, ocorrida na última segunda-feira (25, começaram em Minneapolis, mas se espalharam de leste a oeste do país. Os atos pedem justiça para o homem de 46 anos e também uma revisão da postura da polícia contra pessoas negras, evidenciando o racismo na sociedade norte-americana.

Conforme o jornal "Washington Post", já são 2.564 pessoas detidas em protestos em mais de 20 cidades norte-americanas.

Entre elas, está a filha do prefeito de Nova York, Chiara de Blasio, que foi detida na noite deste domingo após se recusar a deixar uma manifestação entre a 12th Street e a Broadway.

- Trump ameaça usar Exército: Após anunciar que classificaria as organizações antifascismo dos Estados Unidos como "grupos terroristas", o presidente dos Estados Unidos ameaçou usar o Exército para conter os protestos nas cidades que são governadas por democratas.

O mandatário também voltou a criticar a imprensa por "fazer de tudo para fomentar o ódio e a anarquia" nos protestos.

Apesar de ter se manifestado logo após o crime, pedindo a intervenção do FBI nas investigações sobre a morte de Floyd, Trump criticou constantemente as manifestações e enviou a Guarda Nacional para Minneapolis para controlar os atos.

Da Ansa

Depois de chamar as autoridades norte-americanas de "desgraça", ao protestar sobre o caso George Floyd, homem negro asfixiado e morto por um policial americano na semana passada, Lewis Hamilton voltou a se posicionar nas redes sociais desta vez contra seus colegas de Fórmula 1.

"Eu vejo aqueles de vocês que ficam calados, alguns de vocês são as maiores estrelas, e ainda assim ficam calados no meio da injustiça. Não há sinal de ninguém na minha indústria que, é claro, é o esporte dominado por brancos", afirmou, neste domingo, o hexacampeão mundial.

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Hamilton insinuou que exista racismo em seu esporte. "Eu sou uma das únicas pessoas negras lá e ainda estou sozinho. Eu teria pensado que agora você veria por que isso acontece e diria algo sobre isso, mas você não pode ficar ao lado. Só sei que sei quem você é e eu vejo você", disse, decepcionado.

George Floyd morreu asfixiado por um policial na cidade de Minneapolis, em Minnesota, Estados Unidos, que ficou por cerca de oito minutos pressionando o pescoço do homem negro de 40 anos com o joelho. A ação foi filmada e divulgada por todo o mundo.

Milhares de pessoas protestaram mais uma vez no domingo (31) em várias cidades dos Estados Unidos contra o racismo e a violência policial, em mais uma jornada marcada por distúrbios.

A revolta provocada pela morte na segunda-feira (25) da semana passada em Minneapolis de George Floyd, um cidadão negro de 46 anos, por um policial branco se propagou por todo o país.

Diante da Casa Branca, em Washington, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que desafiaram o toque de recolher imposto na capital.

Para evitar novos distúrbios, milhares de soldados da Guarda Nacional foram mobilizados em 15 estados e em Washington. O toque de recolher foi decretado em outras cidades, incluindo Houston e Los Angeles.

Em Saint Paul, cidade próxima a Minneapolis, epicentro do movimento, milhares de pessoas protestaram contra o racismo na tarde de domingo e exigiram que todos os policiais envolvidos na morte de Floyd sejam responsabilizados.

No momento, apenas um deles, Derek Chauvin, foi preso e acusado de homicídio não intencional.

Chauvin é o agente que aparece no vídeo da prisão de Floyd. A gravação mostra como ele coloca o joelho no pescoço de Floyd por vários minutos, enquanto a vítima, imobilizada de cabeça para baixo, reclama de não conseguir respirar.

Chauvin comparecerá nesta segunda-feira pela primeira vez a um tribunal por este caso.

- Saques -

Autoridades locais afirmam que entendem os motivos da revolta popular, mas pediram aos manifestantes que tentem manter a calma,

"Temos filhos negros, irmãos negros, amigos negros, não queremos que eles morram. Estamos cansados disso, esta geração não será devastada. Estamos fartos da opressão", disse à AFP Muna Abdi, uma mulher negra de 31 anos, em Saint-Paul.

Outros protestos aconteceram em Washington, Miami e Nova York. "Vidas negras importam" e "Não consigo respirar" (as últimas palavras ditas por George Floyd) são as frases mais gritadas nos protestos.

O ex-vice-presidente e candidato presidencial democrata para as eleições de novembro, Joe Biden, anunciou que esteve presente no sábado em uma manifestação contra o racismo que ocorreu em seu estado, Delaware.

Em Los Angeles, membros da Guarda Nacional começaram a patrulhar as ruas, mas isto não impediu que saques em várias lojas em um shopping center de luxo em Santa Monica.

"Por favor, voltem para casa cedo, fiquem em casa (...) Devemos voltar ao urgente, que é construção da justiça, não queimar a cidade", afirmou o prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, ao canal CNN.

Na Filadélfia, na costa leste, mais de 50 pessoas foram presas desde sábado, acusadas de saques, informou a polícia.

Apesar da presença da polícia, a violência ocorreu no sábado à noite em cidades como Nova York, Filadélfia, Dallas, Las Vegas, Seattle, Des Moines, Memphis, Los Angeles, Atlanta, Miami, Portland, Chicago, Chicago e na capital.

Houve bloqueio de estradas e incêndios em veículos e estabelecimentos comerciais, enquanto os policiais, mobilizados em grande número, responderam com gás lacrimogêneo e, em alguns casos, com balas de borracha.

- "Extremistas radicais" -

O presidente Donald Trump, que deve enfrentar a agitação civil mais significativa em seu mandato, enquanto o país é atingido pela pandemia de Covid-19, prometeu "conter a violência coletiva" e denunciou "extremistas radicais de esquerda", em particular o movimento "Antifa" (antifascista), que ele pretende incluir na lista de organizações terroristas.

No domingo, o presidente retuitou a mensagem de um radialista conservador que afirmava: "Isso não vai parar até que as pessoas boas estejam dispostas a usar força esmagadora contra os bandidos".

A prefeita de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, comparou a situação atual com os confrontos de Charlottesville, em que confrontos entre supremacistas brancos e antifascistas causaram uma morte e dezenas de feridos em agosto de 2017. Trump então comentou que havia "pessoas boas" dos dois lados.

"O presidente piora as coisas", disse a prefeita à CBS. Trump "deve unir nosso país, não atear fogo", disse à ABC Nancy Pelosi, a presidente democrata da Câmara dos Representantes

O ídolo do basquete Michael Jordan expressou apoio aos manifestantes. "Estou ao lado dos que estão denunciando o racismo e a violência arraigados contra as pessoas de cor em nosso país. Já tivemos o suficiente".

George Floyd, o americano negro que morreu esta semana asfixiado após um policial branco colocar o joelho em seu pescoço enquanto estava imobilizado deitado no chão, era uma alma generosa que havia deixado Houston para começar uma nova vida em Minnesota, onde perdeu o emprego durante a crise do coronavírus.

"Todo mundo amava meu irmão", disse Philonese Floyd na quinta-feira, um dia após a morte de George Floyd, que provocou protestos em massa e novas alegações de racismo nos Estados Unidos. "Ele era um bom gigante", disse Philonese à CNN. "Não maltratava ninguém".

Depois de se mudar para o norte em busca de um emprego como caminhoneiro, trabalhava como segurança no restaurante Conga Latin Bistro, que fechou durante a ordem de confinamento em Minnesota. 

"Ele nos mantinha seguros lá, sabia?", declarou Luz María González, frequentadora daquele restaurante, à Rádio Pública Nacional. "No fim da noite, ele dizia: 'Ei Luz, vou esperar contigo até que você pegue seu táxi.'"

Outras pessoas próximas a Floyd alegam que ele estava tentando ter uma vida melhor. "Queria fazer algo de impacto global", disse à emissora de televisão KPRC em Houston, Jonathan Veal, amigo de Floyd desde a sexta série no Instituto Jack Yates.

Floyd, imponente em seus dois metros de altura, foi jogador de destaque de basquete e futebol americano e artista de hip-hop. Mas decidiu sair de Houston porque estava tendo problemas para encontrar trabalho.

Veal disse que falou com Floyd pela última vez em janeiro, numa troca de mensagens de texto. "Há algumas coisas que preciso esclarecer para meus meninos", escreveu Floyd a Veal. "Minha fé está voltando para onde deveria estar."

Mas em 25 de maio, depois de nove minutos de agonia gravada em vídeo, ele morreu sob a pressão do joelho de um policial no pescoço, e ficou jogado na rua, desarmado e algemado.

"Por favor, por favor, não consigo respirar", implora Floyd ao policial, num apelo que é possível ouvir no vídeo que viralizou. A polícia o identificou como suspeito em um caso de falsificação em um supermercado. Um funcionário ligou para o 911 na segunda-feira depois que Floyd supostamente comprou cigarros com dinheiro falso.

- 'Mudando sua vida' -

Bridgett Floyd disse que seu irmão não era perfeito, embora seja "de partir o coração" que ele tenha sido morto pela polícia. "Foi exatamente o que eles fizeram", disse à NBC News. "Eles mataram meu irmão. Ele estava gritando por socorro."

Quatro policiais foram demitidos por este incidente. Um deles, Derek Chauvin, foi preso na sexta-feira (29) e acusado de assassinato em terceiro grau. A namorada de Floyd, Courtney Ross, afirmou que ele era uma luz brilhante na comunidade.

"Ele não passava de um anjo que foi enviado à Terra", declarou à CBS News. "E nós o demonizamos e o matamos." Floyd tinha dois filhos. Roxie Washington, mãe de sua filha de seis anos, que vive em Houston, o descreveu como um pai dedicado.

"As pessoas estavam erradas sobre ele porque ele era tão grande que sempre pensavam que ele era um lutador", afirmou Washington, de acordo com o Houston Chronicle. "Mas ele era uma pessoa adorável ... E ele amava a filha."

Stephen Jackson, um dos velhos amigos de Floyd, tornou-se uma estrela do basquete da NBA, mas Floyd nunca deixou isso mudar sua amizade. "Nos considerávamos gêmeos", afirmou emocionado Jackson em um vídeo publicado no Instagram.

"Ele estava mudando sua vida", ela se mudou para Minnesota para trabalhar e sustentar seus filhos, acrescentou Jackson. "Meu amigo estava fazendo o que deveria fazer, cara, e todos vocês chegam e matam meu irmão."

A rede de lojas Havan começou a vender alimentos não perecíveis como arroz, feijão e macarrão para conquistar o status de atividade essencial e reabrir durante a pandemia. A rede de lojas de departamentos pertence ao empresário bolsonarista Luciano Hang e é conhecida por vender eletrodomésticos e utilitários para o lar.

Essa foi a estratégia encontrada por Hang para driblar os decretos estaduais de fechamento do comércio e continuar operando. A comercialização de itens da cesta básica, iniciada há cerca de duas semanas, foi endossada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que havia incentivado o empresariado a "jogar pesado".

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Contudo, o baixo estoque reforça o argumento de que o objetivo de Hang é forçar a abertura das lojas na tentativa de mostrar-se como hipermercado. Na unidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, foi contabilizado nas prateleiras apenas 20 pacotes de feijão, 18 de arroz, 12 garrafas de óleo, 21 de milho verde, 17 de ervilha, 12 de molho de tomate e cinco de salsicha, apontou apuração da Folha de S. Paulo realizada nessa segunda-feira (18). Já na loja virtual, os únicos itens de alimentação à venda são chocolates e café.

Das 143 filiais, apenas 16 estão fechadas nos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Pará e Acre. O setor jurídico da Havan luta por liminares que concedam a reabertura, como ocorreu em Lorena e Araçatuba, localizadas em São Paulo. A mesma jogada foi tentada em Rio Branco, no Acre, e Vitória da Conquista, na Bahia, mas sem sucesso.

No município baiano, os diretores ignoraram o decreto da prefeitura e reabriram a unidade na última quarta-feira (13), mesmo após a recusa das autoridades públicas. Equipes da prefeitura foram ao local e interditaram a loja. Já no Acre, a unidade foi fechada pela Vigilância Sanitária no dia 1º de maio.

Outra forma de pressionar a retomada total das atividades nas lojas vem do protesto de funcionários. Mesmo em cidades de estados diferentes, as camisas e as mensagens estampadas são idênticas, assim como os gritos. Segundo a reportagem, uma funcionária que participou da manifestação ocorrida em Franca, São Paulo, disse que a movimentação espalhada pelo país tem apoio da empresa. A Havan não quis se pronunciar.

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O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro chegou por volta das 13h50 (horário local), deste sábado (2), na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba, para prestar depoimento no inquérito que investiga as acusações contra o presidente Jair Bolsonaro.

A previsão era que o depoimento começasse às 14h. No local, o ex-juiz federal foi recebido por grupos de manifestantes contra e a seu favor. Na ocasião, houve princípio de tumulto, mas a Polícia Militar (PM) conseguiu conter os ânimos de pelo menos 100 pessoas, usando um cordão de isolamento.

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Apesar da intervenção, um cinegrafista da RIC TV, afiliada Record, chegou ser agredido por um dos manifestantes. Eles estão reunidos com faixas, cartazes, carro de som e gritam palavras de ordem.

Moro será questionado sobre as acusações feitas por ele ao anunciar sua saída do governo, há uma semana. Na data, o ex-ministro disse que Bolsonaro tentou interferir no trabalho da PF e em inquéritos relacionados a familiares. Hoje cedo, em sua conta no Twitter, o presidente classificou Moro como "Judas" e relembrou o episódio em que foi esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018.

"Os mandantes estão em Brasília? O Judas, que hoje deporá, interferiu para que não se investigasse? Nada farei que não esteja de acordo com a Constituição. Mas também NÃO ADMITIREI que façam contra MIM e ao nosso Brasil passando por cima da mesma", escreveu Bolsonaro. 

Da Ansa

O Rio de Janeiro teve mais uma noite de protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste sábado (18). Panelaços foram ouvidos em vários bairros da capital como Laranjeiras, Cosme Velho, Copacabana, Leme e Botafogo, todos na zona sul. Além de bater panelas, moradores gritavam "fora, Bolsonaro".

A população vem protestando contra Bolsonaro há cerca de um mês, em resposta ao seu posicionamento contrário ao isolamento social, que vem sendo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e especialistas, como forma de combate à disseminação do coronavírus.

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Mais cedo, neste sábado, apoiadores de Bolsonaro fizeram uma carreata na cidade. Eles circularam pela zona sul da capital fluminense munidos de bandeiras do Brasil e com apoio de um carro de som.

A manifestação interditou o trânsito no Aterro do Flamengo, na altura do Monumento aos Pracinhas, no Centro. Também causou lentidão na orla, em bairros como Ipanema e Leblon. Os manifestantes pediam o fim das medidas de distanciamento social.

Apesar de estar cumprindo com as recomendações dos órgãos mundiais de saúde - que estabeleceram o distanciamento social como arma de combate ao coronavírus -, Jane Fonda não quer deixar o ativismo de lado. A atriz decidiu manter os protestos contra o aquecimento global em dia, no entanto, de uma outra maneira:pela internet. Ela participa, nesta sexta (3), de uma ação online junto ao Greenpeace e a outras celebridades. 

Jane Fonda é conhecida, além de seu trabalho expressivo como atriz, por seu ativismo. Ela já foi até presa algumas vezes por participar de manifestações mas não se intimida e se mantém na luta contra o aquecimento global e outras pautas. Em tempos de quarentena imposta pela pandemia da covid-19, a atriz precisou se adequar para não deixar os protestos pararem. “Estávamos planejando o maior protesto global de todos os tempos para esta data (o Dia da Árvore, celebrado em 22 de abril). Mas agora tudo é diferente, é claro. Estamos tentando descobrir o que podemos fazer através da internet, para que as pessoas fiquem conscientes da crise existencial da mudança climática”, disse em entrevista à revista Variety. 

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Nesta sexta (3), às 15h, Jane participa de um protesto virtual, no Instagram do Greenpeace USA, ao lado de outros artistas como Alyssa Milano e Marisa Tomei. A organização pretende realizar atos semelhantes até o dia 22, quando se comemora o Dia da Árvore. “São muitos fatores climáticos, e até mesmo o maior contato de humanos com animais, que levam a este tipo de pandemia. Aids e Ebola também vieram de animais", disse Jane.

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Panelaços e gritaria em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro se repetiram na noite desta quinta-feira (26) em diversos bairros do Rio de Janeiro, como Copacabana, Botafogo, Flamengo, Cosme Velho, Glória e Jardim Botânico, todos na zona sul.

As manifestações vêm ocorrendo desde a semana passada. Na Glória, manifestantes gritavam "assassino", enquanto no Jardim Botânico foram ouvidos gritos de "fora, lixo".

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Em Copacabana, na contramão da maioria, um apoiador do presidente colocou um aparelho de som na janela do apartamento e executou o Hino Nacional brasileiro.

O recuo do presidente Jair Bolsonaro do apoio às manifestações contra o Congresso e o Judiciário, marcadas para amanhã, não encerra a disposição do presidente de pressionar os outros Poderes, avalia o cientista político Luiz Werneck Vianna, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio).

O pesquisador vê nos atos, que foram desmobilizados, "uma tentativa de forçar os limites da institucionalidade para rompê-la". O objetivo seria "totalizar a política por um projeto de poder", sem objetivo. Segundo ele, diferentemente do que ocorreu no governo de Jânio Quadros (1961) e na ditadura (1964-1985), a iniciativa autoritária que ele atribui a Bolsonaro não tem programa. "É o poder pelo poder, para acumular poder", disse o cientista político ao jornal O Estado de S. Paulo.

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O recuo do presidente sobre os atos foi apenas "físico", por causa do coronavírus, ou político?

Foi político. Ele sentiu o esvaziamento. O coronavírus foi a sopa no mel.

Isso encerra o episódio ou o presidente tende a, mais adiante, retomar esse enfrentamento das instituições?

Essa coisa vai ser retomada, sim, quando ele encontrar condições favoráveis. Faz parte da natureza desse regime. É destruir as instituições da democracia política. E com apoio de massas.

Como o sr. analisa a convocação do ato que foi suspenso?

Há uma tentativa de forçar os limites da institucionalidade para rompê-la. Há uma estratégia por trás, que é a conquista do poder político total. Há uma tentativa de totalizar a política brasileira por um projeto de poder. Porque programa político não há. A luta é pelo poder. Ele quer todo o poder possível, acumular poder, maximizar poder. O limite do poder é o poder.

Isso tem precedente na história do Brasil?

Tem precedente, sim, mas havia um programa envolvido. Agora não tem programa nenhum... Jânio (Quadros, presidente em 1961 por sete meses, até renunciar) tinha um programa. Terceiro-mundista lá, aquela época do Terceiro Mundo, naquele contexto. Agora, não tem. Qual é o programa? O próprio regime militar, que não apelou às massas, mas quando tomou todo o poder para si tinha um programa, de modernização por cima da sociedade.

O sr. acha que nesses atos o presidente poderia se dirigir diretamente às pessoas?

Acho que há, na verdade, um projeto de fascistização do poder político no Brasil. Não tem programa econômico, não tem programa social, não tem programa de sociedade, de País, de nada. Quer o poder todo. Para quê? Conservar poder, mando.

E as pessoas comuns envolvidas nisso? O que as move?

Às elites econômicas interessaria o caminho de eliminação de obstáculos sociais à acumulação. Agora, mas só isso? A esta altura, não nos basta. A economia não tem andado. Não tem obstáculo nenhum diante dela. Não anda porque não tem agentes econômicos interessados, envolvidos, não tem sociedade para isso. Este governo não tem programa econômico. Tem um programa político, de extrair o máximo de poder possível de todas as fontes existentes de poder. Para exercer o poder total.

Mas tem muitas pessoas comuns, não empresários, que são entusiastas do presidente.

Essas perguntas poderiam ser feitas à expansão do fascismo na Itália, do nazismo na Alemanha… Bom, o nazismo teve as compensações do emprego, da ordem. Mas essa pergunta não sei responder. O que as pessoas estão querendo com isso...

Chamar os atos seria uma forma de Bolsonaro manter a narrativa "rebelde", de "mito"?

Eu não compartilho da ideia de que esse governo está tonto. Esse governo tem um projeto, o de conquistar todo o poder político para si. Quando conseguir isso, vai conservar isso. Para quê? Eles não sabem, não têm programa.

Com muita frequência, o presidente dá uma declaração controversa, polêmica. Aí tem uma reação e ele se corrige, volta atrás…

Mas volta atrás sempre em um movimento de dissimulação. Porque o norte permanece. Qual é o norte? É a conquista de todo o poder político. O caso aí dessa moça (a atriz Regina Duarte) que está na Secretaria de Cultura... Está aí em uma circunstância muito particular. Mais dia, menos dia, ela vai ser ejetada.

Quando vai e volta, ele hesita ou é método para testar reações?

É um método. É um método de teste de força. Porque o objetivo é, sempre, puramente político. Agora, vem cá. Tem uma realidade nova no País. Tem uma ralé. Essa ralé pode ser tornar uma base social de apoio a ele.

Quem seria essa ralé?

São os desapropriados de tudo. Não é só pobre, não. É classe média também. É ressentimento e falta de valores. A sociedade abdicou de valores, deixou-se perverter. Há agentes de perversão nisso.

Hannah Arendt fala em ralé, que seriam pessoas de todas as classes, mas não deram certo.

Isso, no sentido mesmo que Hannah Arendt fala.

O presidente ataca a imprensa profissional. A que atribui isso?

A imprensa profissional expressa interesses organizados. Ele quer desorganizar tudo. Precisa de um vácuo, um vazio.

Para o sr., as instituições estão ameaçadas?

Ah, estão. Tenta-se destituir as instituições. As instituições têm resistido. O fato é que a imprensa tem se comportado de forma muito valorosa. Os articulistas. A situação está cada vez mais clara. Estão pondo a nu as circunstâncias em que estamos envolvidos. Agora, depende de uma força política que interrompa essa maluquice, né?

Existe essa força?

Por ora, não existe.

O que explica que o presidente tenha chegado lá? A Lava Jato?

A Lava Jato ajudou muito, né? Porque minou as instituições, minou os partidos, desmoralizou a política.

Outros países já passaram por processos assim?

É, vamos ver se vai ter (Benito) Mussolini (ditador fascista da Itália de 1922 a 1945) aí. Não tem Mussolini, porque Mussolini era um homem preparado, tinha programa. Aqui, é um fascismo nu.

No curto prazo, acha que a política brasileira tem condições de se fortalecer? Ou vamos ficar na situação atual por muito tempo?

Depende de lideranças. Quer dizer, as nossas lideranças estão muito velhas. Estamos muito longe de um Ulysses Guimarães, estamos muito longe de um Tancredo (Neves).

Não existem hoje líderes novos fortes?

Ainda não tem, mas vai aparecer. O sapo pula por precisão, não por boniteza.

 

Centrais sindicais e movimentos sociais decidiram suspender as manifestações de rua marcadas para a próxima quarta-feira. A medida segue a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de evitar aglomerações para diminuir a propagação do coronavírus, considerado uma pandemia nesta semana. Os atos eram contrários à agenda de reformas econômicas promovidas pelo governo Jair Bolsonaro e favoráveis à revogação da lei do teto de gastos.

Em reunião realizada anteontem, a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) propuseram o cancelamento dos protestos. Em uma nota conjunta divulgada pelo Twitter, as entidades falam em "severa cautela" para evitar a proliferação do covid-19, mas defendem que os trabalhadores não deixem de lutar contra "mazelas promovidas pelo governo Bolsonaro".

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT), que também esteve presente à reunião, decidiu manter o calendário de mobilização para o dia 18, mas deve reavaliar a realização de atos públicos na próxima segunda-feira. A entidade afirmou que, diante da crise, o governo precisa atuar para garantir a preservação dos empregos e a retomada da economia.

Direitos

 

Ontem, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) divulgou um comunicado no qual também suspende as manifestações que estavam convocadas para o dia 18. A entidade pede que os empregadores assegurem todos os direitos aos trabalhadores infectados pelo coronavírus que, por isso, precisem ficar em isolamento domiciliar.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) informou que, neste momento, defende que a manifestação seja realizada pelas redes sociais e anunciou que deve organizar novos atos públicos após a contenção da pandemia de coronavírus.

No Twitter, o presidente da UNE, Iago Montalvão, afirmou que as entidades precisam "mostrar responsabilidade com a saúde do povo" e que não podem "ficar a reboque" das manifestações convocadas para amanhã em defesa do governo e contra o Congresso - que também foram suspensas por causa da pandemia.

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, em nota conjunta, cobraram a apresentação de um plano de emergência para enfrentar a crise do coronavírus e a suspensão da agenda de reformas, para que o poder público concentre seus esforços na saúde do povo brasileiro.

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) entrou, nesta quarta-feira (11), com representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Jair Bolsonaro por crimes comum, de responsabilidade e de improbidade administrativa. O chefe do Executivo vem incitando manifestações contra o Congresso Nacional e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) para o próximo domingo (15).

Além das declarações e articulação do presidente da República, o governo também utilizou canal institucional, como o perfil oficial do Twitter, para divulgação do protesto antidemocracia.

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“Este ato demonstra, mais uma vez, a intolerância da Presidência da República com os valores democráticos, uma vez que houve a retomada do ataque, por parte de Bolsonaro, aos poderes Legislativo e Judiciário, como já havia feito no dia 25 de fevereiro ao disparar, por sua conta pessoal do Whatsapp, mensagens convocando seus aliados para a mesma manifestação”, diz a representação.

No primeiro momento, ao ter mensagens vazadas no final de fevereiro, chefe do Executivo negou que tivesse incentivando protestos contra os demais poderes. Mas, desde a última semana, incitou o protesto publicamente em agendas em Roraima e nos Estados Unidos e nas redes sociais. Durante passagem por Miami, Bolsonaro usou o Orçamento para chantagear o Congresso Nacional, atrelando o ato do dia 15 ao acordo que selou a divisão do Orçamento.

*Da assessoria de imprensa

Estudantes, em sua maioria secundaristas, protestaram nesta quarta-feira (11) em vários pontos de Santiago, em uma onda de manifestações convocada em razão do segundo aniversário do governo do presidente conservador, Sebastian Piñera. Os protestos também coincidem com os 30 anos da volta à democracia ao Chile, após a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

"Não são 30 pesos, são 30 anos", foi uma das frases mais ouvidas durante as manifestações de ontem, em referência ao descontentamento em razão de uma indiferença às questões sociais durante as três décadas de governos democráticos cristãos, socialistas e de direita que se alternaram no poder desde a queda de Pinochet.

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Houve fortes confrontos fora do Instituto Nacional, um emblemático colégio público no centro de Santiago, que tem sido cenário de vários embates entre estudantes e a polícia. Nas manifestações de ontem, alguns alunos usaram um jaleco branco e um capuz para cobrir os rostos.

Em razão dos protestos, a importante Avenida Alameda teve o seu trânsito interrompido por várias horas. Manifestações também aconteceram em outros pontos de Santiago, em meio a uma crise social que atinge o país desde outubro.

O metrô de Santiago teve de fechar várias de suas estações. No entanto, a rede de transporte público anunciou a suspensão somente de duas rotas que seguiam para áreas ao sul de Santiago.

"Nosso governo e esse presidente precisam da ajuda de todos os chilenos para superar esses tempos difíceis e desafiadores", disse Piñera, em uma cerimônia no palácio presidencial de La Moneda, que estava cercado com forte esquema de segurança. Os protestos também ocorrem durante a campanha pela mudança da Constituição, que pode ser aprovada em plebiscito, marcado para abril. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (11), que ainda deve conversar com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a situação do surto de coronavírus. "Vou ligar para o Mandetta agora a pouco. Eu não sou médico, eu não sou infectologista. O que eu ouvi até o momento, outras gripes mataram mais do que essa", disse.

Questionado se a disseminação da covid-19 poderia atrapalhar a convocação para as manifestações do próximo domingo (15), o presidente não respondeu e negou ter convocado a população para os atos. "Eu não convoquei ninguém, pergunta para quem convocou", declarou.

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No sábado (7), entretanto, Bolsonaro voltou a citar os atos do próximo domingo e chegou a dizer: "Participem e cobrem de todos nós o melhor para o Brasil". Na ocasião, ele destacou que as manifestações eram "pró-Brasil" e não contra o Congresso Nacional e o Judiciário.

Pandemia

Nesta quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o coronavírus uma pandemia, quando o estágio de transmissão de uma doença é global. A organização informou que 118 mil pessoas foram diagnosticadas com o vírus em 114 países. Os números da OMS indicam 4.291 mortes pela doença até o momento.

O ministro Mandetta compareceu hoje à Câmara dos Deputados para falar sobre o assunto. A última atualização do Ministério registrou 52 casos de infecção pela covid-19, em oito estados. Os casos suspeitos são 907 e os descartados já são 935. Os confirmados se dividem em 30 em São Paulo, 13 no Rio de Janeiro, dois na Bahia, dois no Rio Grande do Sul, dois no Distrito Federal, um no Espírito Santo, um em Alagoas e um em Minas Gerais.

A polícia de choque da Venezuela usou nesta terça-feira (10) gás lacrimogêneo nas ruas de Caracas para dispersar as manifestações lideradas pelo presidente autodeclarado Juan Guaidó, que exige eleições presidenciais. Os manifestantes caminharam da Praça Juan Pablo II, em Chacao, rumo à Assembleia Nacional, localizada no centro da capital.

Os opositores ao governo do presidente, Nicolás Maduro, tinham como objetivo a retomada do controle da Assembleia Nacional, sob o comando dos parlamentares pró-governo desde janeiro. Guaidó fez um chamado à população para se juntar ao ato como uma forma de reviver os protestos de rua contra Maduro, que surgiram em 2019, mas perderam força este ano. Eles defendem um debate nacional sobre medidas para tirar a Venezuela da crise e, principalmente, articular a convocação de novas eleições presidenciais.

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Os milhares de manifestantes foram contidos pela polícia e, quando Guaidó tentava dialogar com os policiais para fazer a marcha continuar, os disparos de gás lacrimogêneo foram efetuados. A maioria dos milhares de manifestantes deixaram o local, enquanto outros com rostos cobertos respondiam aos disparos com pedras. Um veículo blindado bloqueou o caminho para chegar ao Palácio Legislativo, previsto como ponto final da manifestação.

A manifestação é um teste da capacidade de Guaidó em arregimentar apoiadores, que se mostram cada vez mais exauridos com os impactos da crise econômica e a inabilidade da liderança da oposição para tirar Maduro do poder, apesar do regime de sanções imposto pelos Estados Unidos. "A única opção possível para os venezuelanos é escapar do desastre", afirmou Guaidó, ao convocar a população na Segunda-feira.

Retomada

Antes de dar início aos protestos, Guaidó, de 36 anos, em cima de uma caminhonete e com um megafone, dizia à multidão que "hoje começa uma etapa de luta que será mantida até obter resultados". A mobilização de ontem foi a mais ambiciosa de Guaidó, desde que ele retornou de uma viagem por oito países.

No tour que realizou em busca de apoio diplomático, o líder oposicionista foi recebido por autoridades como Donald Trump, presidente dos EUA, Boris Johnson, premiê britânico, e Emmanuel Macron, presidente francês, além de discursar durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos. Guaidó também foi recebido por líderes da União Europeia.

Nesta terça, 10, os simpatizantes de Maduro também saíram às ruas. Os apoiadores do presidente venezuelano gritavam seu nome durante a passeata que também foi em direção à Assembleia Nacional. Os governistas consideram Guaidó um "traidor da pátria".

Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez (1999-2013), acusa a oposição de promover uma "guerra econômica" contra seu governo. O país vive uma profunda crise econômica, a inflação ultrapassa os 300% e um grave desabastecimento acirra ainda mais a tensão política.

'Encurralada'

O vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, considerado o número 2 do chavismo, disse que a marcha da oposição era uma tentativa de a direita recuperar sua capacidade de mobilização.

"Toda vez que a direita está encurralada, eles procuram eventos que possam aumentar a empolgação de pessoas que deixaram de estar empolgadas há muito tempo. Eles tentam criar liderança onde não há", disse Cabello.

Em janeiro, um grupo de legisladores apoiados pelo PSUV instalou o chavista Luis Parra como líder do Congresso, após tropas terem bloqueado a entrada de Guaidó. Depois, parlamentares da oposição reelegeram Guaidó para um segundo mandato - mas eles têm sido incapazes de se reunir no Palácio Legislativo desde então.

Mais de 50 países, incluindo o Brasil e os EUA, reconheceram Guaidó no ano passado como presidente legítimo da Venezuela, após a reeleição de Maduro, em 2018, ter sido considerada fraudulenta.

A Venezuela tem programada para este ano uma nova eleição parlamentar, mas a oposição, sob o comando de Guaidó, ainda não conseguiu definir se participará da disputa. Para os opositores, Maduro não oferece condições adequadas para que haja uma eleição justa.

Fuga

Contrariando a praxe de todas as eleições venezuelanas anteriores, Maduro tem buscado dificultar que organismos independentes internacionais participem do monitoramento das votações. Um levantamento feito pela ONU, divulgado na terça-feira, indica que, desde 2015, 4,9 milhões de venezuelanos já deixaram o país para escapar do drástico cenário de crise que parece não ter fim. (Agências Internacionais)

Uma multidão de cerca de dois milhões de pessoas tomou as ruas de Santiago em uma manifestação que marcou o Dia Internacional das Mulheres. A marcha se concentrou na Praça Itália, centro da capital chilena e símbolo dos protestos que há quatro meses pressionam o governo de Sebastián Piñera e já conseguiram mudanças, como a convocação de um referendo sobre a elaboração de uma nova Carta Magna. A atual foi elaborada ainda na ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Muitas manifestantes portavam lenços verdes, símbolo de um movimento surgido na Argentina em defesa da legalização do aborto no país e rapidamente replicado pelo mundo, além de cartazes pedindo ações do governo e da sociedade para enfrentar a violência contra as mulheres. Apesar de pacífica, houve confrontos com a polícia em alguns pontos de Santiago.

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"Somos uma geração de mulheres que gritou e acordou. Não temos mais medo, nos atrevemos a falar e lutar", disse Valentina Navarro, de 21 anos, à agência Reuters.

A grande maré roxa e verde, cores que representam o 8 de março e a luta pelo aborto, respectivamente, dominaram as ruas entre faixas, gritos e performances artísticas.

Entre elas, a mais repetida foi "Um estuprador no seu caminho", de autoria do coletivo feminista chileno Las Tesis. "E a culpa não era minha, nem de onde eu estava, nem de como me vestia. O estuprador é você", diz o refrão da música, que viralizou na internet, foi adaptada para várias línguas e reproduzida em diversos países. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro convocou hoje a população para participar dos protestos marcados para o próximo dia 15. Em vídeo publicado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Twitter, o presidente disse que a manifestação é "espontânea" e "pró-Brasil", e não contra o Congresso ou o Judiciário.

"Participem e cobrem de todos nós o melhor para todo o Brasil", declarou em evento em Boa Vista, Roraima, antes de viajar para Miami, nos Estados Unidos.

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Bolsonaro ainda disse que quem diz que os protestos do dia 15 são contra a democracia está mentindo. "É um movimento que quer mostrar para todos nós que quem dá norte para o Brasil é a população".

O presidente já havia chamado, por WhatsApp, aliados para participarem do ato, conforme revelado pela jornalista do Estadão Vera Magalhães, o que resultou em uma semana de crise entre Legislativo e Executivo.

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