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Um frentista foi vítima de ofensas racistas praticadas por um cliente de um posto de gasolina em Curitiba, capital do Paraná. Uma filmagem que circula nas redes sociais flagrou o momento em o ataque aconteceu.

"Qual é a fita? Eu sou empresário, maluco! Tenho CNPJ, tenho empresa (...). Eu pago trêz vezes mais [que o seu salário] só pra estar aqui te xingando de neguinho, seu otário! Nordestino dos infernos! Seu cuzão", diz o cliente.

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Em seguida, o frentista responde: "Cuzão é você, cara", diz. O cliente, então, parte para cima do trabalhador e o empurra.

Nesse momento, o cliente parte em direção ao frentista, que o empurra. "Você acha que você dá bronca, neguinho! É neguinho, macaco! Vai chamar a câmera? Filma essa bosta lá! Tá me tirando. Vou processar essa porra de posto. Veio do Nordeste querendo ser gente aqui em Curitiba? Volta para o Nordeste", continua.

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De acordo com o Uol, a vítima informou que registrou boletim de ocorrência após as agressões. A Polícia Civil do Paraná informou que já ouviu a vítima e agora analisa as câmeras de segurança do posto. A corporação também tenta identificar o autor das ofensas. 

Por meio de sua conta no X, antigo Twitter, o deputado estadual Renato Freitas (PT) compartilhou o vídeo. Ele garantiu que acompanhará o caso, na condição de presidente da Comissão de Igualdade Racial da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Expressões surgidas no período da escravidão no Brasil são ainda utilizadas atualmente, seja por costume ou falta de conhecimento do significado. Naturalizar esses termos é perpetuar o racismo estrutural no ambiente de trabalho e em outras esferas sociais. Ao LeiaJá, o professor de linguagens e redação, Diogo Xavier, lista algumas expressões de cunho racista que você deve eliminar no trabalho. Confira:

Da cor do pecado: "Possivelmente remete ao fato de que mulheres escravizadas eram alvo do desejo dos escravistas, que as assediavam ou estupravam, traindo suas esposas. A expressão coloca nas próprias vítimas a culpa de fazerem os homens caírem em 'tentação'". 

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Nhaca: "Usada para falar de mau cheiro, vem do nome de uma ilha, em Moçambique. Assim como “catinga” (referência à caatinga) associa aos nordestinos mau odor, “nhaca” lança esse estereótipo a pessoas pretas". 

Feito nas coxas: "Como as telhas de argila eram moldadas nas pernas de pessoas escravizadas, fazendo com que seus formatos fossem irregulares. A expressão é usada para se referir a um trabalho feito de qualquer jeito, mal feito".

Macumbeiro, “chuta, que é macumba”: "Macumba trata-se de um instrumento usado em cultos candomblecistas. Quando usado para se referir a rituais satanistas ou com intenções ruins, reforça um estereótipo que demoniza as crenças de origem africana".

À reportagem, o docente salienta que "nem todas as expressões ditas racistas de fato o sejam em seu surgimento". No entanto, ele observa sobre a possibilidade de substituí-las e, assim, "evitando perpetuar discriminações que remetem a uma longa história de exploração e sofrimento, é válida a remodelagem de nosso vocabulário". 

 

Durante o amistoso entre Brasil e Tunísia nesta terça-feira (27) em Paris, uma cena lamentável foi registrada pelas câmeras da transmissão. Após o segundo gol da seleção, marcado por Richarlison, uma banana foi atirada na direção dos jogadores brasileiros. 

No lance em questão, o meia Fred chega a chutar uma banana, mas uma outra fruta foi arremessada. Na transmissão da TV Globo foi explicado que, apesar de tentarem, os seguranças do Parque dos Príncipes não identificaram os autores do ato racista.

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Curioso é que nesse jogo em específico a CBF fez uma ação no agasalho que os jogadores entraram em campo, tampando com uma tarja as estrelas que representam os cinco títulos mundiais. A ideia é fazer uma reflexão que sem os jogadores pretos o Brasil não seria pentacampeão do mundo. 

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O ex-goleiro do Náutico e atual treinador do Potiguar de Mossoró, Nilson Corrêa, foi vítima de mais um ato racista na partida entre sua equipe e o Globo, pelo Campeonato Potiguar, nessa quarta-feira (9). Segundo o técnico, ele foi chamado de macaco por torcedores do time rival.

Após o jogo, Nilson, através de um vídeo, repudiou a situação e prometeu agir judicialmente contra a pessoa responsável pelo ato criminoso. Nas redes sociais, o Potiguar de Mossoró pediu providências às autoridades e revelou que os insultos foram ouvidos por um diretor do clube, que realizou a denúncia. 

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“Eu lamento pela pessoa. O racista, na verdade, é um estúpido. O que nos diferencia não é a tonalidade da cor da pele, somos feitos da mesma essência, temos alma espírito e não consigo entender o racismo”, disse Nilson.

“Existem as vias que se deve procurar para combater isso, não vou ficar alimentando essa situação, vamos fazer o que tem ser feito e não vou dar ibope para quem tem esse tipo de atitude. Vamos falar com ele na justiça”, completou o treinador.

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A Twitch denunciou na corte federal dos Estados Unidos dois usuários acusados de organizar ataques de ódio contra streamers que não são brancos ou heterossexuais da plataforma de streaming de videogames.

A plataforma, propriedade da Amazon, busca uma soma indeterminada de compensação financeira por danos atribuídos a dois indivíduos identificados em suas contas como "CruzzControl", residente na Holanda, e "CreatineOverdose", de Viena.

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Em agosto, ambos "começaram a coordenar ataques contra os usuários da Twitch nos quais entraram em seus canais e enviavam 'spam' de ódio nessas comunidades", denunciou a Twitch no processo apresentado na quinta-feira em San Francisco.

"Os acusados atacam os streamers inundando seus chats com mensagens de robôs que promovem conteúdo e linguagem racista, sexista e homofóbico", informou a plataforma, acrescentando que os agressores automatizaram a operação a tal nível que "geralmente superavam" a capacidade da ferramenta de moderação.

De acordo com o processo, embora a Twitch suspendeu ambas as contas e finalmente as baniu, os dois usuários fizeram novos registros na plataforma e retomaram os ataques.

A Twitch pediu à corte que obrigue os criminosos a arcar financeiramente com os danos causados e informou que seus nomes reais serão revelados assim que forem confirmados.

Os usuários da Twitch, a maior plataforma de streaming de videogames do mundo, realizaram um protesto virtual na semana passada como mostra de indignação diante dos ataques contra minorias.

A Twitch insiste que trabalha para melhorar as ferramentas que permitem proteger as contas de abusos, principalmente de streamers mulheres, não brancos e da comunidade LGBTQI+.

O motoboy Matheus Pires Barbosa continua recebendo a solidariedade de várias pessoas após sofrer ataques racistas por parte de um morador de um condomínio de luxo, em Valinhos, no interior de São Paulo. Após a repercussão do caso, o entregador já recebeu duas motos e arrecadou mais de R$152 mil através de uma vaquinha na internet.

Na última segunda-feira (10), o jovem de 19 anos, usou duas redes sociais para agradecer ao apresentador Luciano Huck, que o presenteou com uma motocicleta. A outra moto foi doada pelo humorista Matheus Ceará, a quem Matheus também agradeceu através de um post em suas redes sociais.

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Com o valor arrecadado na vaquinha, criado pelo perfil 'Razões para Acreditar', o entregador pretende comprar sua casa própria. 

Matheus ganhou uma legião de seguidores em sua rede social, mais de 1,9 milhoes de seguidores. O ataque sofrido pelo jovem ocorreu no dia 31 de julho e viralizou nas redes sociais na última sexta-feira (7).

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Britney Spears continua sendo muito amada. A princesinha do pop está sendo alvo de uma petição que aponta o desejo de ter estátuas da cantora pela cidade de Nova Orleans, nos Estados Unidos.

Após manifestantes na Inglaterra derrubarem a imagem do comerciante de escravos Edward Colston e a jogarem em um rio, a depredação de monumentos se espalhou pelo mundo e inspirou o pedido dos fãs da voz de Toxic.

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O abaixo-assinado hospedado no site Change.org pede ao governador do estado da Louisiana, John Bel Edwards, bem como a um senador e um deputado, que substituam as estátuas de confederados - que defendiam a escravidão no país - por bustos da loira.

Entre as justificativas para a homenagem estão: "O talento, força de caráter, superação de um colapso mental e ser uma inspiração para milhões". Além de doações para a caridade, como para ajudar vítimas de enchentes no Estado da Lousiana, onde Britney foi criada.

Até o momento, já são quase 16 mil assinaturas, e o número segue crescendo.

Camila Cabello declarou estar profundamente envergonhada de seus comentários racistas feitos no passado. Nesta quinta-feira, 19, a cantora de 22 anos de idade publicou um pedido de desculpas aos seus fãs depois que um usuário no Twitter compartilhou uma série de postagens do Tumblr da cantora com linguagens preconceituosas.

Quando eu era jovem, me utilizei de uma linguagem da qual estou profundamente envergonhada e me arrependerei para sempre. Eu fui ignorante e não tive instrução, e, uma vez que tomei conhecimento da história e do peso sobre o verdadeiro significado por trás desta horrível e danosa linguagem, eu fiquei profundamente envergonhada que já a tenha usado.

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A cantora continuou explicando que já havia se desculpado anteriormente por seu comportamento.

Eu já pedi desculpas e peço desculpas novamente agora. Eu nunca machucaria alguém intencionalmente e eu me arrependo do fundo do meu coração. Por mais que eu gostaria que pudesse, não posso voltar no tempo e mudar as coisas que disse no passado. Mas, uma vez que você sabe mais, você faz melhor e isso é tudo que posso fazer.

Cabello também compartilhou que ela cresceu muito desde o incidente.

Tenho 22 anos agora, sou uma adulta e cresci e aprendi e sou consciente da história e da dor que [a palavra] carrega de uma maneira que não era antes. Esses erros não representam a pessoa que eu sou ou a pessoa que eu sempre fui. Eu apenas apoio, e sempre apoiei, pelo amor e inclusão, e o meu coração nunca, mesmo no passado, teve qualquer vestígio de ódio ou divisão.

A verdade é que eu era vergonhosamente ignorante e sem consciência. Eu usei minha plataforma para falar sobre injustiça e desigualdade e continuarei fazendo isso. Não posso dizer o quanto eu peço profundas desculpas e o quão profundamente envergonhada eu me sinto, e me desculpo novamente, do fundo do meu coração.

Segundo a conta no Twitter, as postagens resgatadas são de 2012, quando Camila tinha 15 anos de idade e por vezes usou as palavras nigga e nigger. Os termos são considerados extremamente racistas por terem sido historicamente usados para humilhar a população negra dos Estados Unidos e demais países de língua inglesa. Após o incidente o Tumblr da cantora foi tirado do ar.

Escrever uma redação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) exige conhecimentos técnicos, como, por exemplo, de como fazer introdução, desenvolvimento e conclusão. Mas, além disso, é necessário que o candidato tenha conhecimento da sociedade e entenda pautas importantes de luta para a construção de um futuro melhor. Uma delas é o combate ao racismo no Brasil. Entre outros elementos que continuam perpetuando a cultura racista, estão os termos que humilham e constrangem negras e negros.

Racismo é crime no Brasil desde 1989, quando foi sancionada a Lei 7.716, pelo então presidente José Sarney. Mas desde muito antes disso, algumas expressões foram enraizadas no vocabulário popular de uma forma com que fossem repetidas e perpetuadas, muitas vezes por desconhecimento de seus reais significados; mas sempre constrangendo, importunando e humilhando pessoas negras, com seus cunhos racistas. Por isso, termos, frases e expressões ainda bastantes utilizados no dia a dia devem ser abolidos da redação do Enem, tanto como forma de permanecer dentro do propósito de respeito aos Direitos Humanos, como também de conscientização.

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Segundo a jornalista e ativista Taísa Ágatha, diversas expressões se configuram como racistas pois ligam a figura do negro à negatividade. “Como se o fato de serem negras intrinsecamente fosse uma coisa negativa criando-se assim os estereótipos. Grupos subalternizados geralmente sofrem com uma construção de imaginário social que os diminui enquanto sujeitos”, explica.

Por isso, uma das formas de combater o racismo é evitar alguns termos e expressões. “Continuar a perpetuar ideias escravocratas é perpetuar o suposto lugar social a que pessoas negras devem ocupar, sempre subalterno. Portanto, evitar expressões racistas é quebrar o ciclo de opressão estrutural a que pessoas negras são submetidas todos os dias”, completa.

Confira abaixo alguns termos racistas que deve ser evitados e podem ser substituídos na redação do Enem.

Denegrir

Com o significado de “tornar negro, escurecer”, denegrir se torna uma expressão racista quando é usada, comumente, de forma pejorativa, semelhante à difamação. O dicionário ainda considera duas formas corretas de escrevê-la: denegrir e denigrir, mas ambas carregam consigo a imagem do negro como algo negativo. Essa palavra pode ser substituída por humilhar, menosprezar.

Da cor do pecado

Termo que já foi título de novela, “da cor do pecado” se refere à imagem do negro (sobretudo da negra) como uma raça tentadora, sedutora e sensual, mas ainda assim negativamente. A expressão ainda ressalta a mulher negra como objeto de sexualização. Este termo não deve ser utilizado.

Criado-mudo

A origem está nas atividades desempenhadas pelos escravos aos seus senhores de engenho. Com a função de segurar as coisas para os donos das residências, os negros deveriam permanecer mudos para não atrapalhar os moradores das casas grandes. Assim surgiu o termo, aplicado ao móvel. Substitua por mesinha-de-cabeceira.

Lista negra, mercado negro, ovelha negra, magia negra…

Mais uma vez como forma de menosprezar a cor negra e tratá-la como negativa, as palavras compostas que geralmente são acompanhadas de “negro” ou “negra” devem ser evitadas do vocabulário escrito e falado. Elas carregam a o racismo estrutural dentro de suas composições. Para mercado negro, por exemplo, pode ser utilizado mercado ilegal.

Mulata, morena

A palavra “mulata” faz referência à mula e é usada para referenciar pessoas negras de pele clara. Morena, por sua vez, tem a mesma função, quando, na realidade, seu significado original é para caracterizar uma pessoa branca de cabelos pretos. Os termos ganharam a conotação porque racistas acreditam que caracterizar uma pessoa como “negra” é ofensivo.

Doméstica

Pouco difundido, o significado da palavra “doméstica” faz referência às escravas negras que saiam da senzala e do trabalho nas terras para a casa dos senhores de engenho, geralmente por terem peles mais claras e traços mais europeus. Lá, elas eram “domesticadas”, por meio de lições de bons modos e “corretivos”.. A expressão é uma forma de dizer que um animal foi civilizado, o que torna a expressão racista

Cabelo ruim

Muito utilizado para descrever cabelos cacheados e crespos, característica das raças de matrizes africanas, a expressão “cabelo ruim” é uma forma de praticar o racismo com os fenótipos e características dos negros.

Inveja branca

Se por um lado o negro é tratado como algo negativo, por outro, o branco ganha status de qualidade. Quando uma pessoa afirma ter uma “inveja branca”, ela quer dizer que sua inveja é “menos prejudicial” ou é uma “inveja boa”. Entretanto, não existem defeitos bons.

Ainda não entendeu? Nós preparamos um vídeo com alguns desses termos e suas possíveis substituições dentro ou fora de uma produção textual. Confira.

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O estado de Queensland, nordeste da Austrália, mudará o nome de 10 lugares em seu território cuja denominação inclui a palavra inglesa "nigger", um termo depreciativo para fazer referência à população negra.

O ministério de Recursos Naturais e Minas de Queensland apagou em maio qualquer referência a Niggers Bounce, uma montanha na região norte do estado, de suas bases de dados.

Depois examinou as mesmas bases de dados para eliminar outros nove nomes, Mount Nigger, Nigger Head e sete pontos chamados de Nigger Creek.

"A política de denominação de lugares permite deixar de utilizar nomes ofensivos e propor alternativas", informa um comunicado divulgado pelo governo.

As autoridades ainda não escolheram novos nomes para os locais. As antigas denominações continuarão nos mapas antigos e nos arquivos.

As mudanças foram anunciadas em pleno debate na Austrália sobre estátuas herdadas da época colonial e no momento em que muitos exigem um maior reconhecimento do papel dos aborígenes na história do país.

Os aborígenes e indígenas do estreito de Torres estão na Austrália há milhares de anos, muitos séculos antes dos colonos europeus, que chegaram em 1788.

"Celebramos a retirada dos nomes porque a palavra 'nigger' é, sem dúvidas, um insulto racista, um forte símbolo da escravidão, da supremacia branca e da violência", declarou o presidente da comissão contra a difamação, Dvir Abramovich.

O deputado britânico Virendra Sharma acusou a companhia Air China de fazer recomendações "racistas" a seus passageiros que visitam Londres, sugerindo a necessidade de uma prudência especial nos bairros habitados por indianos, paquistaneses e negros.

"Em geral, Londres é um destino seguro. É necessário, porém, ser precavido em caso de visita às zonas habitadas principalmente por indianos, paquistaneses, ou pessoas negras", afirma a revista "Wings of China", publicação dessa companhia aérea.

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"Aconselhamos os visitantes a não saírem sozinhos à noite, e as mulheres, a sempre irem acompanhadas", acrescenta a revista, o que motivou a denúncia do deputado Virendra Sharma.

Originário da Índia, ele imigrou para o Reio Unido nos anos 1960.

"Estou consternado de ver que ainda hoje há pessoas capazes de fazer afirmações tão claramente falsas e racistas", declarou o parlamentar em um comunicado.

Ele disse ter exigido, por meio da embaixada da China, que a companhia peças desculpas publicamente e retire a publicação de seus aviões.

Vítima de racismo no Facebook, a atriz Taís Araújo afirmou, neste domingo (1°), que não vai se intimidar diante das demonstrações de preconceito e classificou as pessoas que a atacaram como “covardes” e “pequenas”. Em uma nova publicação na rede social, a artista disse que os comentários racistas foram registrados e serão encaminhados a Polícia Federal.

“Não vou apagar nenhum desses comentários. Faço questão que todos sintam o mesmo que senti: a vergonha de ainda ter gente covarde e pequena nesse país, além do sentimento de pena dessa gente tão pobre de espírito”, frisou. “Não vou me intimidar, tampouco abaixar a cabeça... A minha única resposta pra isso é o amor!”, acrescentou Taís Araújo.

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Os comentários racistas foram feitos em uma foto usada como imagem de perfil da rede social da atriz na noite desse sábado (31). Frases como: "negra escrota", "cabelo de esfregão", "entrou na Globo pelas cotas", "já voltou para a senzala?" e "cabelo de lavar louça” foram soltas entre os internautas.

De acordo com a artista, no momento em que iniciaram os ataques ela estava no placo do Teatro Faap, onde está em cartaz com a peça O topo da montanha de um texto de Martin Luther King. “[Ele] fala justamente sobre afeto, tolerância e igualdade. Aproveito pra convidar você, pequeno covarde, a ver e ouvir o que temos a dizer. Acho que você está mesmo precisando ouvir algumas coisinhas sobre amor”, ironizou.

A esposa do ator Lázaro Ramos ainda agradeceu as demonstrações de apoio a ela e disse esperar que o episódio “sirva de exemplo” para outras pessoas. “Sempre que você encontrar qualquer forma de discriminação, denuncie. Não se cale, mostre que você não tem vergonha de ser o que é e continue incomodando os covardes. Só assim vamos construir um Brasil mais civilizado”, pontuou.

O ministro alemão da Justiça, Heiko Maas, escreveu uma carta ao Facebook na qual pede a eliminação das mensagens racistas publicadas na rede social, informou o jornal Tagesspiegel.

Na carta, o ministro convida os diretores do Facebook para uma conversa sobre as possibilidades de melhorar a eficácia e transparência da rede social sobre este tema. De fato, em suas regras, o Facebook se compromete a eliminar qualquer discurso que incite o ódio, principalmente qualquer conteúdo com um ataque direto a pessoas por sua raça, etnia, origem, religião, orientação sexual ou doença.

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A rede social, inclusive, estimula que os usuários denunciem este tipo de mensagem. Mas de acordo com Maas, os usuários criticam o fato da rede não eliminar certas mensagens denunciadas, apesar de serem abertamente racistas e xenófobas. O Ministério da Justiça afirma receber queixas de cidadãos sobre mensagens de ódio no Facebook.

A Alemanha vive um momento tenso à espera da chegada recorde de 800 mil refugiados este ano. Os ataques xenófobos contra os centros de recepção registraram um aumento considerável.

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